Polícia Militar prende homem em Itagibá que tinha em seu desfavor um mandado de prisão em aberto por tentativa de homicídio
Na noite desse sábado, por volta das 23h10min, a guarnição da 55ª CIPM/Itagibá recebeu uma denúncia, via telefone funcional, informando que havia uma pessoa no Loteamento Primavera, no município de Itagibá, teria em seu desfavor um mandado de prisão em aberto e estaria na festa da cavalgada da lua.
A guarnição efetuou uma varredura no local do evento e localizou o suspeito, confirmando a denúncia que realmente havia um mandado de prisão em aberto por tentativa de Homicídio, mandado N° 0000392-64.2020.8.05.0117.01.0001-16
Após ser abordado foi dada voz de prisão, sendo o suspeito conduzido à delegacia de Itagibá, para as providências da polícia civil.
Conduzido: I. S. S., Nas: 04/11/2001, End: Rua A, Nova Esperança, Itagibá - BA
Informações: Ascom/55ª CIPM-PMBA, uma Força a serviço do cidadão!
Partidos da terceira via veem com preocupação fiasco de prévias do PSDB
Foto: Lailson Leoncio/Futura Press/Folhapress |
O fiasco nas prévias do PSDB para escolha do candidato do partido à Presidência da República causou surpresa e até preocupação em possíveis aliados de outras siglas nas eleições de 2022. Mais do que falha técnica no aplicativo de votação, o problema revelou desorganização, falta de preparo e divisão do PSDB, com potencial de prejudicar a campanha ao Palácio do Planalto.
A opinião foi manifestada ao Estadão por dirigentes de legendas da centro-direita, que discutem com os tucanos o lançamento de um nome da terceira via para se contrapor às candidaturas do presidente Jair Bolsonaro e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As prévias do PSDB acabaram adiadas por causa da instabilidade no sistema de votação, num processo que terminou por expor ainda mais o racha no partido, com troca de acusações entre os governadores de São Paulo, João Doria, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.
O ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio, também pré-candidato nas prévias, ficou ao lado de Doria e se posicionou primeiramente contra o argumento de Leite sobre a necessidade de suspender as prévias diante dos problemas constatados no aplicativo de votação. Os dois acabaram cedendo, mas até agora não há acordo sobre nova data para as eleições internas. Doria e Virgílio querem a continuidade da votação no próximo domingo; Leite avalia que seria melhor retomar as prévias em fevereiro de 2022.
Falhas no aplicativo, verificadas desde cedo, impediram muitos filiados de votar e provocaram inúmeros protestos. “O processo de votação em aplicativo encontra-se pausado em razão de questões de infraestrutura técnica, que não comportou a demanda dos votantes das prévias. Os votos registrados neste domingo estão preservados e o PSDB está definindo, junto com os candidatos, em que momento o processo será retomado”, informou o PSDB, em nota divulgada neste domingo, 21.
Sem fim
O presidente do PSL, deputado Luciano Bivar (PE), afirmou que o processo é ruim e mostra falta de preparo do PSDB. “Acho que não se pode criar um fato e não ter um final organizado”, argumentou Bivar, que vai comandar o União Brasil, partido a ser criado com a fusão entre o PSL e o DEM. “Não sou do quadro do PSDB, longe de mim daqui de longe julgar, mas acredito que essa decisão deveria sair hoje (domingo).”
Outro dirigente de partido de centro que tem conversado com o PSDB disse ao Estadão que as prévias arranharam ainda mais a imagem da sigla e podem até mesmo dificultar um acordo para fazer com que os tucanos liderem uma chapa da terceira via.
Além das dificuldades para votar, o problema técnico motivou acusações de fraude entre aliados dos dois principais adversários na disputa. Nos bastidores, apoiadores do governador de São Paulo acusaram a campanha de Leite de querer ganhar no “tapetão” em um processo “vergonhoso”. O deputado Aécio Neves (MG), um dos principais aliados do governador gaúcho, defendeu o adiamento do resultado, como ocorreu.
Em conversas reservadas, Aécio disse que adversários de Leite estavam usando desculpas para justificar uma possível derrota, mesma acusação feita pela campanha de Doria em relação ao rival. Durante todo o dia não faltaram denúncias de compra de votos, pagamento de cabos eleitorais e tentativas de melar o processo.
Aliado do PSDB, o presidente do Cidadania, Roberto Freire, tentou jogar água na fervura política. “Estamos no início de uma nova realidade em que você não precisa sair de casa para votar. Isso ainda não está consolidado”, disse Freire. “Tem muito mais acerto do que problemas. Temos que nos acostumar com isso e cada vez vamos ter menos dificuldade.”
Estadão
MTST faz novo almoço com camarão em ocupação de SP após polêmica
Foto: Jardiel Carvalho/Folhapres |
Após alvoroço político nas redes sociais, o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) organizou, na tarde deste domingo (21), um novo almoço com camarão seco doado por apoiadores para moradores da ocupação Carolina Maria de Jesus, no bairro Jardim Iguatemi, na zona leste de São Paulo.
O ingrediente repercutiu nas últimas semanas, após circular uma foto que mostra o ator e cineasta Wagner Moura comendo uma marmita que tinha camarão servida em evento organizado pelo MTST na ocupação, no último dia 12.
“O trabalhador precisa se alimentar e tem direito de comer camarão, e não só camarão, mas carne, bife, o que quiser”, diz Claudia Garcez, coordenadora estadual e organizadora da ocupação. “Esse pensamento de que pobre tem que ir pra fila do osso é genocida.”
Membro da coordenação nacional do MTST e colunista da Folha, Guilherme Boulos (PSOL) esteve no evento e disse que decidiram fazer o almoço deste domingo como um ato de resistência e em resposta às críticas. “Essas pessoas que estão do outro lado não engolem quando veem um sem teto comendo camarão, quando veem que tem cinema dentro de uma ocupação. Mas essas mesmas pessoas não deram um pio sobre a fila do osso.”
Foram distribuídas 300 refeições, todas elas com o camarão seco, como acarajé, caruru e moqueca de língua.
“Por isso, vai ter camarão sim, vai ter acarajé. A gente não pode aceitar que essa elite brasileira queira dizer o que o povo brasileiro pode comer ou não”, disse.
“A gente está lutando contra a fome que esse governo trouxe para as famílias que têm sentido na pele toda a crise econômica nessa pandemia e contamos com a solidariedade de chefs e instituições que estão ajudando a fazer esse evento”, diz Garcez.
O almoço deste domingo foi organizado pela chef Bel Coelho e por Beatriz de Sousa, dona do restaurante Acarajazz, que doou as refeições do último evento no local. Todos os ingredientes, incluindo o camarão seco, foram doados por apoiadores, entre eles, quitandas, instituições, restaurantes e chefs como Alex Atala.
A foto de Wagner Moura, publicada nas redes sociais por Boulos, mostrava o diretor de “Marighella” comendo, em uma marmita plástica, um prato que incluía camarão seco.
Em seguida, o filho do presidente e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) publicou em seu Twitter uma crítica ao movimento por servir camarão ao que chamou de “elite do partido”.
Bolsonaristas, então, passaram a criticar o MTST pela escolha do crustáceo para o cardápio do evento que doava refeições.
“Quem gosta de ver pobre roendo osso é o Bolsonaro”, escreveu o MTST em resposta, ao lado de foto de Eduardo Bolsonaro vestido de xeque em viagem ao Oriente Médio.
O assunto logo se tornou um dos mais comentados na rede social e viralizou com o uso do termo “acarajé”.
A marmita que Moura comeu durante o evento na verdade, não era um acarajé, bolinho feito à base de feijão fradinho e frito no azeite de dendê e que leva camarão, e sim um prato com vatapá, caruru, camarão seco e salada.
Naquela ocasião, 150 refeições foram doadas: cem acarajés prontos e cinco kits com o equivalente a 50 acarajés. Esses kits tinham os ingredientes separados, para serem comidos no prato.
O camarão seco, que aparece em receitas como bobó, moqueca e pirão, é mais fácil de ser encontrado em mercados e é mais barato do que o camarão rosa grande ou um camarão tigre, por exemplo.
Segundo a chef Bel Coelho, o camarão é parte do acarajé, de raiz africana, e base de muita comida popular e de terreiro. “Alguns camarões, como os carnudos, são, de fato, mais caros. Mas quando ele passa por um processo de secagem ou de defumação, fica mais barato.”
“A ideia [do almoço] não é devolver nem reagir, é uma pauta positiva para falar da identidade alimentar do Brasil”, diz. “No fim, as pessoas não estão criticando os pobres só porque comeram camarão, mas estão criticando a comida afro-brasileira, a comida de terreiro, de santo.”
“O acarajé é uma receita que resgata a cultura do nosso povo. A maioria dos moradores da ocupação são mulheres negras e nordestinas. Nada mais justo do que oferecer uma comida que representa um símbolo de resistência”, diz Beatriz de Sousa, do Acarajazz.
Nathalia Durval / Folha de São Paulo
Boletim Covid/ 21 de novembro, confirma: Nesse momento, temos 00 caso ativo.
A Secretaria de Saúde de Ipiaú informa que hoje, 21 de novembro, tivemos 13.344 casos registrados como suspeitos, sendo 3.188 casos confirmados, dentre estes, são 3.102 pessoas RECUPERADAS, 00 está em isolamento social, 00 internada e 86 foram a óbito. 10.151 casos foram descartados e 05 pessoas aguardam resultado de exame. Nesse momento, temos 00 caso ativo.
O uso da máscara é indispensável, evite aglomerações, use álcool 70% e lave as mãos com água e sabão sempre que puder .
Prefeitura de Ipiaú/Dircom
Bahia registra 244 novos casos de Covid-19 e mais 3 óbitos pela doença
Foto: Paula Fróes/GOVBA/Arquivo |
Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 244 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,02%) e 317 recuperados (+0,03%). O boletim epidemiológico deste domingo (21) também registra 3 óbitos. Dos 1.255.481 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.225.440 já são considerados recuperados, 2.811 encontram-se ativos e 27.230 tiveram óbito confirmado. Os dados ainda podem sofrer alterações devido à instabilidade do sistema do Ministério da Saúde. A base ministerial tem, eventualmente, disponibilizado informações inconsistentes ou incompletas.
O boletim epidemiológico contabiliza ainda 1.611.934 casos descartados e 250.931 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas deste domingo. Na Bahia, 52.478 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19. Para acessar o boletim completo, clique aqui ou acesse o Business Intelligence.
Vacinação
Com 10.952.306 vacinados contra o coronavírus (Covid-19) com a primeira dose ou dose única, a Bahia já vacinou 86,02% da população com 12 anos ou mais, estimada em 12.732.254. A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) realiza o contato diário com as equipes de cada município a fim de aferir o quantitativo de doses aplicadas e disponibiliza as informações detalhadas.
Após suspensão das prévias no PSDB, Doria e Arthur Virgilio decidem não se pronunciar
Foto: Fátima Meira/Futura Press/Folhapress |
Após a suspensão das prévias no PSDB, os candidatos João Doria e Arthur Virgilio Neto decidiram não se pronunciar publicamente às 18h como previsto anteriormente.
O partido não definiu quando a votação será retomada — há impasse sobre isso entre os concorrentes. Até lá, a sigla afirma que manterá os votos deste domingo lacrados.
Para tentar uma solução, os candidatos já citados anteriormente, além do governador Eduardo Leite, discutiram, em reunião com a direção do PSDB ao longo da tarde, adiar ou prorrogar as prévias.
A reunião foi proposta pela campanha gaúcha. O problema agravou a briga entre as campanhas de Leite e de Doria.
A Ordem dos Pastores Batistas do Brasil vem a público manifestar repúdio à ação sofrida pelo Pr. Carlos Januário
A Ordem dos Pastores Batistas do Brasil vem a público manifestar repúdio à ação sofrida pelo Pr. Carlos Januário e solidariedade ao momento de tensão, fazendo isso através da Nota em anexo.
Parabenizamos o Dr. Isaías Lins pela defesa contundente e inteligência hermenêutica que resultou no arquivamento do processo.
Nossa preocupação agora se volta para o futuro e agiremos para preservar nossos direitos de “liberdade religiosa e liberdade de consciência e crença” exarados claramente na Constituição do Brasil.
Ordem dos Pastores Batistas do Brasil
bit.ly/notaopbb2111
Polícia Federal apreende 265 kg de cocaína no Porto de Natal
Foto: Policia Federal |
Em operação conjunta com a Receita Federal, a Polícia Federal (PF) apreendeu 265 quilos de cocaína, no Porto de Natal, no Rio Grande do Norte, na tarde desse sábado (20).
De acordo com a PF, a droga estava escondida em um carregamento de mangas e tinha como destino o Porto de Roterdã, na Holanda.
A apreensão ocorreu durante uma fiscalização de rotina que envolveu o uso de cães farejadores de drogas. Não houve prisões.
A cocaína apreendida foi recolhida para o depósito da PF, que dará prosseguimento às investigações e irá instaurar inquérito policial para identificar os responsáveis pela ação criminosa.
Edição: Aécio Amado
Por Agência Brasil - Brasília
Na eleição do Chile, candidato da direita radical chega em vantagem
Foto: Ernesto Benavides/AFP |
José Antonio Kast é o candidato ultraconservador à presidência do Chile – e é o favorito na eleição deste domingo, 21. Com um discurso pouco convencional, ele flerta com a ditadura de Augusto Pinochet e com o nacionalismo populista. Até bem pouco tempo, sua candidatura estaria restrita a um nicho de saudosistas do general. Mas hoje, com o presidente Sebastián Piñera em queda livre, Kast tornou-se um bastião do conservadorismo chileno e herdou o apoio da direita moderada.
De acordo com a última pesquisa eleitoral divulgada, Kast tem 25% das intenções de voto e o socialista Gabriel Boric tem 19%. Os outros candidatos não chegam a 12%. Assim, José Antonio Kast e Gabriel Boric avançariam para o segundo turno. Kast, no entanto, chega à eleição como favorito: segundo pesquisas feitas nesta semana, ele teria 44% dos votos no segundo turno, e derrotaria o seu provável oponente, Boric, que teria 40% dos votos.
“As autoridades não são capazes de manter a ordem pública e a esquerda relativiza a violência. Se não mudarmos, vamos direto para o precipício e para o subdesenvolvimento”, diz uma propaganda de Kast. No seu programa de governo, duas propostas chamam a atenção: eliminar o atual Instituto Nacional de Direitos Humanos (INDH) e retirar o Chile da ONU.
Segundo Kast, o INDH protege apenas manifestantes – e não a polícia. No caso da ONU, segundo ele, não faz sentido o Chile participar de uma organização que tem como membros Nicarágua, Venezuela e Coreia do Norte. Foi com esse tipo de diatribe que ele decolou, deixando para trás Sebastián Sichel, aliado de Piñera, e Gabriel Boric, o nome da esquerda.
Em entrevista a uma rádio, Roberto Izikson, do instituto de pesquisas Cadem, afirmou que o perfil do eleitorado de Kast é composto de pessoas mais velhas, com alto poder aquisitivo, que votaram contra a nova Constituição no plebiscito do ano passado.
Segundo a cientista política Danae Mlynarz, a razão do crescimento de Kast é seu discurso bélico. “É mais que seu discurso de ódio, presente em suas falas homofóbicas, sexistas e xenófobas”, afirma. Sobre imigração, por exemplo, ele promete construir uma vala na fronteira com Peru e Bolívia para impedir a entrada de estrangeiros.
Para Cristóbal Rovira, cientista político da Universidade Diego Portales, Kast mobiliza vários setores do seu eleitorado porque trabalha com “diferentes agendas”, algo característico da direita populista radical. Um desses setores é a “família militar”, da qual fazem parte pessoas vinculadas ao regime militar de Pinochet ou têm saudades da ditadura. “Ele coloca em dúvida se o julgamento feito contra os militares foi realmente justo”, afirma.
Com tal linha de pensamento, era inevitável que Kast gravitasse na direção de Donald Trump e Jair Bolsonaro. Em 2018, ele esteve no Rio de Janeiro e se encontrou com o presidente brasileiro. De presente, deu a Bolsonaro uma camisa da seleção chilena de futebol e uma cópia do livro El Ladrillo, que aborda as mudanças econômicas realizadas pelos economistas liberais de Chicago durante os anos de ditadura militar do Chile.
“Que a gente siga fortalecendo a relação entre os dois países e juntos possamos construir uma aliança que derrote definitivamente a esquerda na América Latina”, disse Kast, na ocasião, pelo Twitter. Hoje candidato à presidência, ele é chamado pela imprensa e por analistas de “Bolsonaro chileno”.
Moderação
Apesar da admiração por Bolsonaro e de não ter muito freio na língua, Kast vem tentando se controlar nas últimas semanas e descolar a sua imagem de radical adepto do bolsonarismo. O objetivo é estratégico: angariar mais votos.
Em um debate no fim de setembro, Sichel, um conservador moderado, questionou Kast a respeito de sua paixonite por Bolsonaro. Falando como um bom político, de olho no segundo turno, ele respondeu que não apoia completamente o brasileiro. “Ele fez coisas importantes, como a redução da criminalidade e da corrupção no Brasil. E isso eu apoio”, afirmou.
Filho de um ex-oficial do Exército nazista que imigrou para o Chile, Kast, um advogado, foi deputado federal por quatro mandatos seguidos. Em sua segunda tentativa de chegar à presidência, terá pelo caminho o maior rival ideológico: Gabriel Boric, ex-líder estudantil, que deve atrair o voto da esquerda. No segundo turno, em 19 dezembro, se as pesquisas se confirmarem, os dois disputarão a cadeira de Piñera.
Polarização na eleição do Chile
Há pouco mais de dois anos, quando o presidente Sebastián Piñera disse em uma entrevista para um canal de televisão que o Chile era um verdadeiro oásis em meio a uma América Latina em convulsão, pois tinha uma democracia estável, ele não imaginava que em poucos dias estudantes começariam a protestar de forma organizada. Muito menos que isso seria apenas o início de uma grande revolta social que acabou abalando a política do país.
De lá para cá, o governo abandonou o seu programa, perdeu força e Piñera se tornou um coadjuvante. Após as eleições primárias de julho deste ano e a definição dos candidatos para a disputa eleitoral, foi observado também um enfraquecimento das candidaturas de centro-direita e de centro-esquerda. Enquanto isso, Boric, um candidato de esquerda moderado, e Kast, que concorre por fora sem ter participado das primárias, ganharam espaço.
“Vejo uma situação bem complexa, essa é a eleição com maior incerteza que já tivemos. Nós não sabemos de fato quantas pessoas vão votar e qual é o perfil. A idade que têm, onde vivem, o poder aquisitivo. Dependendo de como isso se configurar, o cenário pode mudar”, afirma a cientista política Danae Mlynarz. Desde 2011, o voto não é obrigatório no Chile e o país costuma ter uma baixa participação nas urnas. Em 2017, nas últimas eleições presidenciais, por exemplo, menos de 50% da população votou no primeiro turno.
Estudante de química na Universidade Católica do Chile, Almendra Leyton nem cogita deixar de participar das eleições. Ela tem consciência da responsabilidade do seu voto. “Sinto que é algo muito importante, ainda mais depois do que aconteceu em de 2019, onde as nossas grandes necessidades como país foram mais do que expostas, como educação e saúde de qualidade para todos, o fim dos fundos de pensão, entre outras bandeiras”. A jovem de 20 anos votará em Boric e está incomodada com as campanhas difamatórias, as fakenews e com a polarização que essas eleições têm gerado, apesar de acreditar que é algo inevitável em virtude do momento que o país vive.
Um estudo publicado na edição de setembro / outubro da revista Nueva Sociedad mostra que no Chile a polarização ocorre apenas entre as elites e não na população em geral. Na elite econômica do país, por exemplo, 72% se declaram de direita, 18% de centro e 5% de esquerda. Já na elite cultural, 26% são de direita, 17% de centro e 56% de esquerda. Quando a mesma pesquisa foi feita entre os cidadãos comuns, os resultados apresentados foram diferentes, mostrando que há um maior equilíbrio de posicionamento ideológico. Dentre os entrevistados, 34% afirmaram ser de centro, 22% de direita e 30% de esquerda.
“Se analisarmos a situação da elite política em nosso país, há um setor expressivo que é de direita, outro de esquerda e poucos se posicionam ao centro. Caso Boric e Kast realmente avancem para o segundo turno, nenhum dos dois deve obter um grande número de votos. Se eles são os dois polos nessas eleições, o que ficar em primeiro lugar terá uma maioria frágil”, avalia Cristóbal Rovira, cientista político da Universidade Diego Portales e um dos autores do estudo
Cristóbal afirma também que no segundo turno, o desafio dos dois candidatos será conquistar os votos do eleitorado de centro, já que a população não está tão polarizada. Se um candidato seguir com uma agenda mais radical, será mais difícil ele conquistar esse eleitor”, ressalta. Nesse ponto, Boric leva vantagem sobre Kast, mas ainda assim ele precisará ampliar suas alianças partidárias.
A história mostra que a população chilena já esteve mais dividida em relação à política. Um exemplo foi o resultado apertado no plebiscito de 1988 pela manutenção ou não do governo Pinochet. Com a redemocratização e o passar dos anos, essa polarização perdeu força. Parte disso se deve ao fato da direita e da esquerda se posicionarem nas questões públicas de maneira mais moderada.
Segundo Cristóbal, esse movimento fez com que centro-direita e a centro-esquerda se aproximassem após os anos 2000, apesar das suas diferenças, o que acabou incomodando parte dos cidadãos. Setores esquerdistas, por exemplo, passaram a criticar a centro-esquerda alegando que ela se adaptou ao neoliberalismo. Alguns anos depois surge a Frente Ampla, uma coalizão política e pela qual Gabriel Boric concorre nas eleições deste ano após ter vencido as eleições primárias da esquerda.
Aos 18 anos, Andrés Montenegro vai votar pela primeira vez para presidente e está ansioso pelo momento. Para fazer a sua escolha, ele se informou sobre os candidatos, viu debates na televisão, conversou com sua família e com seus amigos de escola. “Vou votar naquele que é menos antagonista às minhas ideias, o que me representa um pouco mais”, diz. Andrés é aluno do Instituto Nacional General José Miguel Carrera, um dos colégios mais antigos do país e onde estudaram vários ex-presidentes.
Neste domingo, os chilenos também vão eleger deputados e senadores. Caso ocorra segundo turno na eleição presidencial, ele será disputado no dia 19 de dezembro. O próximo presidente irá governar o Chile de 2022 a 2026.
Estadão
STF ignora trégua e impõe novas derrotas a Bolsonaro e seus aliados
Foto: Alan Santos/PR |
Pouco mais de dois meses depois de o presidente Jair Bolsonaro mudar de postura e recuar dos ataques que vinha fazendo ao STF (Supremo Tribunal Federal), o Judiciário segue impondo derrotas ao chefe do Executivo e a seus aliados.
O presidente mudou de estratégia após as manifestações de 7 de setembro -quando elevou o tom e ameaçou não cumprir ordens do STF. Desde então, parou de disparar críticas a integrantes da corte e passou até a defender a lisura das urnas eletrônicas.
Nos bastidores da corte, entretanto, a nova postura de Bolsonaro é vista com desconfiança e há um entendimento da maioria dos magistrados de que o tribunal não pode baixar a guarda.
Por isso, o Supremo mantém o tom das críticas ao governo e continua a impor reveses ao Executivo. A decisão de derrubar as emendas de relator, por exemplo, representou um duro golpe no Palácio do Planalto e ampliou as dificuldades governistas para construção de uma base de apoio sólida no Congresso.
Essas emendas eram manejadas pelo governo em parceria com a cúpula do Legislativo para beneficiar deputados e senadores aliados e facilitar a aprovação de projetos de interesse de Bolsonaro.
O STF, entretanto, afirmou que não havia transparência na destinação das verbas e suspendeu os repasses.
Bolsonaro chegou a criticar a decisão monocrática da ministra Rosa Weber contra tais emendas, mas a pressão não foi suficiente para evitar uma derrota no plenário, que ratificou a ordem da magistrada pelo placar de 8 a 2.
Nos últimos meses, até o ministro Dias Toffoli, um dos integrantes do Supremo mais próximos de Bolsonaro, mudou de postura e passou a dar sinais de distanciamento do presidente.
Além de também ter votado para derrubar as emendas de relator, afirmações recentes do magistrado foram interpretadas como uma tentativa de afastar a pecha de bolsonarista.
A fama do ministro nesse sentido começou a ganhar corpo ainda nas eleições de 2018, quando Bolsonaro era favorito e Toffoli afirmou que preferia chamar a ditadura militar iniciada em 1964 de “movimento”, e não de “golpe”.
Em evento no STJ (Superior Tribunal de Justiça) no fim de outubro último, entretanto, o ministro deu efusivos parabéns ao presidente do Supremo, Luiz Fux, pelo discurso de 8 de setembro. Em sua fala, o magistrado rebateu os ataques de Bolsonaro à corte e a Alexandre de Moraes, por ser um “bastião” da defesa da democracia.
Sem citar o chefe do Executivo, Toffoli disse que os perigos do mundo contemporâneo são as ameaças às instituições.
O magistrado afirmou ainda que o mundo vive uma batalha pela verdade factual. “Se uns dizem que a terra é plana, como discutir com eles? Se essa tribuna não é uma tribuna, é uma mesa, como conversarmos?”.
Além de Toffoli, outros ministros não têm hesitado em dar decisões contrárias a líderes do bolsonarismo tampouco demonstram que há chance de recuarem devido às críticas que recebem da militância do presidente.
Na última semana, por exemplo, a corte autorizou a abertura de inquérito contra Bia Kicis (PSL-DF) e José Medeiros (Podemos-MT), dois dos deputados mais fiéis a Bolsonaro, para investigar a suposta prática de racismo de ambos.
No caso da parlamentar, que preside a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), a mais importante da Câmara, a apuração foi autorizada pelo ministro Ricardo Lewandowski e servirá para verificar se ela cometeu crime pela forma como criticou, nas redes sociais, o processo seletivo realizado pela empresa Magazine Luiza com vagas destinadas a negros.
Na publicação, Kicis ataca a empresa e compartilha uma imagem em que a pele dos ex-ministros Sergio Moro e Luiz Henrique Mandetta foi pintada de preto.
Já Medeiros tornou-se alvo de inquérito por decisão de Alexandre de Moraes após ter chamado de “mulamba” uma mulher que defendeu a abertura da CPI da Covid no Senado para investigar o governo federal. Ambas as decisões foram tomadas a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República).
As derrotas do presidentes e aliados se estendem ao âmbito eleitoral, sob a liderança dos três ministros do STF que integram o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A corte apertou o cerco contra o bolsonarismo e tomou decisões que visam evitar a disseminação de fake news e preparar o tribunal para as eleições de 2022. Os julgamentos foram marcados por críticas ao chefe do Executivo e seu entorno.
Nos pleitos anteriores, a corte editou resoluções e recomendações sobre o tema, mas as medidas não foram suficientes, e a Justiça fracassou no combate às notícias falsas.
Agora, o tribunal optou por firmar uma jurisprudência que represente de fato uma ameaça aos políticos que propagarem informações fraudulentas.
A mais importante delas foi tomada em 28 de outubro. O tribunal cassou o deputado estadual Fernando Francischini (PSL-PR) por ter feito uma transmissão ao vivo nas redes sociais no dia das eleições de 2018. Na ocasião, ele afirmou que tinha provas de que as urnas eletrônicas haviam sido adulteradas para prejudicar o então candidato Jair Bolsonaro.
Apesar do período de trégua, o chefe do Executivo classificou a decisão como um “estupro” e uma “violência” da corte eleitoral.
O TSE seguiu enviando duros recados ao presidente. Mesmo decidindo favoravelmente a Bolsonaro ao rejeitar ações do PT que pediam a cassação do presidente por suposto envolvimento em esquema de disparo em massa de fake news nas eleições de 2018, a corte não poupou críticas e alertas.
Alexandre de Moraes, por exemplo, fez inúmeras ponderações antes de votar contra a ação. “Nós podemos absolver aqui por falta de provas, mas sabemos o que ocorreu. Sabemos o que vem ocorrendo e não vamos permitir que isso ocorra”.
E avisou: “Se houver repetição do que foi feito em 2018, o registro será cassado, e as pessoas que assim o fizeram irão para cadeia por atentar contra as eleições e contra a democracia no Brasil”.
Bolsonaro, por sua vez, que chegou a anunciar que não respeitaria resultado das eleições realizadas via voto eletrônico e chegou a insinuar que havia um complô no Judiciário para derrotá-lo no pleito, mudou de postura sobre as urnas eletrônicas.
“Tenho tranquilidade, porque o voto eletrônico vai ser confiável ano que vem. Por quê? Porque tem portaria do presidente do TSE, o Barroso, convidando entidades para participar das eleições, entre elas as nossas, as suas Forças Armadas”, afirmou em 5 de novembro.
Matheus Teixeira / Folha de São Paulo
Homem bate na mãe, tenta agredir pai e ameaça “beber sangue” da família
Foto: Polícia Militar |
Um homem muito agressivo com a família, mas que fugiu ao ver os policiais, foi preso na segunda vez que partiu para cima dos próprios pais, na tarde de sábado (20), no Loteamento Ananias, em Rondonópolis (215 km ao Sul).
As vítimas contaram que ele estava muito agressivo com a própria família e a mãe dele pediu o celular de uma sobrinha para filmar as atitudes do filho. Ele não gostou e partiu para cima da própria mãe, tomou o celular da mão dela e arremessou no chão, danificando o aparelho. Depois empurrou a mãe na parede e arremessou um capacete no tórax dela.
O pai do suspeito interveio para socorrer a esposa, foi agredido pelo filho com um banco, mas ele conseguiu se desvencilhar evitando a lesão e em seguida ameaçou dizendo que iria “beber sangue” de todos eles.
Quando ele percebeu a chegada da Polícia Militar fugiu pelos fundos da chácara, adentrando na mata, não sendo possível localizá-lo. Contudo, uma hora depois, ele voltou para a casa dos pais mais agressivo ainda, mas desta vez, foi preso, algemado e levado para a Delegacia da Polícia Civil onde vai responder pelos crimes de lesão corporal, dano e ameaça.
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Menino morto após afundar em piscina de escola em SP disse que 'ia para o céu' pouco antes, diz pai
Luigi, de 9 anos, morreu após afundar em piscina de escola particular em São Vicente, SP — Foto: Arquivo pessoal |
O pai do menino de nove anos que morreu após afundar na piscina da escola onde estudava, em São Vicente, no litoral de São Paulo, contou que, pouco antes de morrer, o filho disse durante um culto que estava "indo para o céu". A Polícia Civil investiga o caso, trabalhando com a hipótese de mal súbito.
"Luigi era um menino carinho, amoroso, muito afetuoso. A vida dele era abraçar todos, sem exceção", conta o pai, o autônomo Rafael, ao g1 neste sábado (20), que prefere que o sobrenome da família não seja divulgado. O menino, que estudava em uma escola particular no Rio Branco, tinha arritmia e déficit intelectual. "Constava na ficha da escola, inclusive que não podia fazer esforço físico", diz.
O que confortou a família, conforme o próprio pai relata, foi uma mensagem enviada por uma frequentadora da mesma igreja que eles. "No domingo [antes da morte], estivemos no culto [...]. Ao término do santo culto, ele abraçou uma irmã e disse 'dá um glória a Deus que eu estou indo para o céu", relatou. "Após receber a mensagem dessa irmã, Deus nos confortou grandemente".
O caso aconteceu por volta de 15h30, em uma escola particular na Rua Antonio Riscale Husni, no Rio Branco. Testemunhas disseram à Polícia Militar que o menino estava dentro da piscina recreativa da escola e, inesperadamente, afundou. A piscina tem 70 centímetros de profundidade.
Ainda conforme o depoimento, logo depois, passados alguns segundos, ele foi resgatado e socorrido por uma professora. O Corpo de Bombeiros foi acionado e prestou os primeiros socorros, levando a criança ao Hospital Municipal de São Vicente, mas Luigi não resistiu e morreu em seguida.
Foto de arquivo da escola mostra piscina utilizada pelas crianças da unidade. Caso teria ocorrido nesse local — Foto: Reprodução/Redes sociais |
O pai diz que recebeu uma ligação da escola informando que ele tinha desmaiado e estava sendo levado para o hospital. Chegando à unidade, já receberam a notícia do falecimento. "Imaginávamos que fosse do coração", recorda.
Segundo ele, naquele dia, eles não foram avisados previamente que seria dia de piscina. "Não tem recado na agenda e, também, como não sabíamos, não foram enviadas roupas de banho", explica. Eles souberam do acontecido mais tarde. A certidão de atendimento dos bombeiros e o atestado de óbito constariam afogamento. A Polícia Civil, no entanto, trabalha com a hipótese de mal súbito (veja detalhes abaixo).
Investigação
Ao g1, a Polícia Civil informou que analisou as câmeras de monitoramento da unidade, e que havia 19 crianças na área recreativa. A piscina, com 70 centímetros de profundidade, era usada pelos alunos do 5º ano e estava sendo supervisionada por uma professora. No entanto, Luigi era do 2º ano, segundo seu pai. Ainda de acordo com a polícia, nas imagens, é possível ver que o menino estava pulando na água, vai até a borda, e de repente afunda.
Na sequência, a professora o tira da água, ainda vivo, conforme destaca a polícia. Uma testemunha informou à investigação que, na última semana, segundo a mãe, o menino teria desmaiado. Ainda conforme a polícia, a causa provável da morte da criança é um mal súbito, mas isso só será determinado no exame necroscópico, que demora cerca de um mês para ter o resultado.
O caso foi registrado no 3º Distrito Policial de São Vicente como morte suspeita, e segue sob investigação. Nas redes sociais, o Colégio Luiz Júnior afirmou que lamenta o ocorrido, e que está prestando todo o apoio aos pais do aluno. A unidade ainda frisa que a escola se cerca de todos os cuidados com os alunos nos momentos de atividades pedagógicas e/ou recreativas.
Moro promete nova política para relação com a Câmara
Foto: Adriano Machado/Reuters/ Ex-juiz fala em repetir tentativa que acabou não dando certo com Bolsonar |
Político de baixa expressão por 30 anos, Jair Bolsonaro prometeu virar a mesa das relações políticas em Brasília ao se eleger na onda antissistema de 2018. Ao contrário disso, reforçou o modelo existente. Juiz federal por mais de 20 anos e ministro desse mesmo Bolsonaro por 16 meses, Sergio Moro promete repetir a tentativa caso vença a corrida eleitoral do ano que vem.
Para além das indicações dadas no discurso de quase 50 minutos da filiação de Moro ao Podemos, no último dia 10, a Folha conversou nos últimos dias com aliados do ex-juiz sobre a seguinte questão: como, em caso de vitória, obter apoio legislativo sólido em um cenário em que a maioria do mundo político, da esquerda à direita, o rejeita?
Tanto no discurso lido em um teleprompter no dia 10 como na fala de seus correligionários posteriormente sobressai um argumento quase único, o de que bastará uma nova postura, um novo jeito de se relacionar com congressistas, em suma, uma nova política para que as placas tectônicas de Brasília se movam em favor do ex-comandante da Lava Jato.
Isso em um cenário atual em que bilionárias emendas parlamentares decidem votações e em que o nome do ex-ministro é fortemente rejeitado por oposição, centrão e bolsonaristas, donos de nada menos do que cerca de 70% da atual composição da Câmara dos Deputados.
“O programa de governo do Moro vai ficar muito claro. Os partidos que concordarem e quiserem se aliar serão recebidos de braços abertos. Os que forem contra, paciência. Não vamos ceder em princípios. Determinadas alianças não faremos”, diz o senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) a respeito das eleições.
Caso Moro seja eleito e se depare com um cenário no qual Arthur Lira (PP-AL) seja reeleito presidente da Câmara, o senador avalia que o diálogo se dará de modo institucional apenas.
Para o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, outro dos que se desiludiram com o bonde da nova política de Bolsonaro, de quem foi ministro, é necessário quebrar os atuais padrões de negociação, baseados em dinheiro e cargos.
“É preciso estabelecer os padrões de negociação. Não tem problema em ter oposição. É bom ter oposição. O que tem que ter é a capacidade de não fazer dessa forma viciada, negociando dinheiro e cargos, mas, sim, um relacionamento de respeito, confiabilidade, honestidade, sinceridade, que é tudo o que ele [Moro] faz. A experiência de vida dele é essa.”
O senador Álvaro Dias (Podemos-PR), outro entusiasta de Moro, reforça a avaliação. Segundo ele, serão bem-vindos aqueles que admitirem o novo modelo.
“A política brasileira tem se mostrado fisiológica, é uma atração fatal pelo poder. A questão é: que método adotar para ter o apoio da maioria? Evitar o toma lá dá cá, sem dúvida. Eu vejo com grande possibilidade uma relação republicana”, afirma o senador, que disputou a Presidência em 2018 e ficou em nono lugar.
“O Congresso, em primeiro lugar, dança a música que toca a Presidência. E depende muito do início, da postura do início do mandato. É preciso aproveitar esse momento de euforia, em que todos desejam o melhor para o país.”
A democracia pressupõe a relação independente e harmoniosa entre Legislativo e Executivo. Para além dessa condição imperativa, nas últimas décadas os dois Poderes estabeleceram um cabo de força que propiciou momentos de majoritária subserviência do Congresso ao Planalto e, na linha contrária, na destituição de dois presidentes, Fernando Collor (1992) e Dilma Rousseff (2016).
Bolsonaro, deputado federal por sete mandatos, assumiu a Presidência criticando o fisiologismo. A princípio, tentou governar se relacionando com frentes parlamentares, não com partidos, quase todos podres segundo a ideologia bolsonarista.
Assim que sentiu uma maior ameaça de impeachment, porém, se juntou ao centrão, grupo político ao qual pertenceu por anos, apesar de ter conseguido se apresentar a seus eleitores como uma figura totalmente distante disso.
Hoje Bolsonaro lidera um dos momentos de maior toma lá dá cá da história do Congresso, em que o bilionário esquema de direcionamento de emendas do relator em troca de votos tomou corpo.
Tudo isso de braços dados ao PL, partido ao qual prometeu se filiar, e ao PP, as duas siglas do centrão e que estiveram entre os principais alvos da Lava Jato de Moro.
Mesmo assim, os moristas dizem acreditar que tudo pode ser diferente, basta ter postura.
“É preciso exercitar na sua plenitude a capacidade de diálogo com o Congresso, tem que ser incansável no convencimento”, diz Álvaro Dias.
Oriovisto cita positivamente Collor, que sofreu impeachment, Bolsonaro, reprovado por 57% da população, e Jânio Quadros, que renunciou com apenas sete meses de governo, como exemplos de trajetória similar à que pretende ver Moro trilhar: outsiders que se elegeram contra o sistema e com forte discurso anticorrupção.
A aposta entre aliados de Moro é que o ex-juiz crescerá nas pesquisas de opinião e angariará apoio popular, do mercado financeiro —na semana que passou ele anunciou o nome do ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore como um de seus conselheiros na macroeconomia— e de formadores de opinião de tal forma que os partidos tradicionais se verão sem opção a não ser apoiá-lo. E, nesse caso, terão de negociar e ceder aos limites impostos pelo próprio ex-magistrado.
Para mandar um recado, por exemplo, Moro quer revisar o programa de compliance do Podemos e usá-lo como um modelo para os outros.
“Ele não ganha com articulação de partidos, ele ganha se for como Bolsonaro, se o eleitor vier em massa. Uma vez eleito, porém, corre o risco de ficar preso na tese de que ainda é juiz. Ele vai ter que entender que não é juiz, que é político, e vai ter que dialogar, senão repete Bolsonaro, que chegou querendo dar coice e deu no que deu”, afirma o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS).
Além do Podemos, que conta com apenas 11 dos 513 deputados, Moro tem esperança de reunir parte da base que está mais alinhada a Bolsonaro e, principalmente, partidos de centro e centro-direita que digladiam entre si em busca de uma terceira via —PSD, PSDB, DEM e MDB, em especial.
Hoje a oposição é majoritariamente anti-Moro, em especial o PT, em decorrência de o ex-juiz ter condenado e preso Lula, retirando o petista da disputa presidencial de 2018. Em 2021, o Supremo considerou Moro parcial nos processos contra Lula. Com isso, foram anuladas ações dos casos tríplex, sítio de Atibaia e Instituto Lula pela Lava Jato.
Já o centrão liderou o processo de esvaziamento das propostas de endurecimento da legislação penal que o então ministro da Justiça de Bolsonaro tentou emplacar no Congresso. Tendo vários integrantes também alvos da Lava Jato e de Moro, o grupo milita ativamente contra o ex-juiz. Por fim, há os bolsonaristas, segundo quem Moro não passa de um traidor do atual ocupante da cadeira presidencial.
Em entrevista à Bloomberg, na quinta-feira (17), Moro confirmou manter conversas com PSDB, MDB e União Brasil (fusão do DEM com o PSL, ainda pendente de aprovação pela Justiça Eleitoral) e mandou sinais, inclusive, ao centrão, afirmando que não se pode generalizar e que “existem partidos e pessoas no centrão que são pessoas boas”.
Em seu discurso de filiação ao Podemos, porém, Moro pouco fez para tentar compor com os políticos que integram esses grupos. Ao contrário, reuniu em uma frase um ataque direto a todos eles: “Chega de corrupção, chega de mensalão [PT e centrão envolvidos], chega de petrolão [PT e centrão envolvidos], chega de ‘rachadinha’ [Bolsonaro]”, disse, de acordo com o discurso que lia no teleprompter.
Inflado por apoiadores no auditório, acrescentou um adendo à sua proposta de nova política, se referindo exatamente ao modelo que o ex-chefe prometeu erradicar, mas, uma vez na cadeira, ampliou a patamares jamais vistos: “Chega de Orçamento secreto!”.
Neste sábado (20), ao participar do congresso anual do MBL (Movimento Brasil Livre), o ex-juiz foi questionado sobre a fala a respeito do centrão e afirmou que há “pessoas boas” em todos os partidos.
“Para governar e se ter um projeto que possa ser realizado, o diálogo é necessário. Então, tem que conversar com todo o mundo. E em todos os partidos, esquerda, direita, centro, centrão, tem pessoas boas, tem pessoas com as quais se pode conversar e construir um projeto”, disse.
Moro afirmou que, no caso de chegar ao Planalto, adotará um “discurso conciliatório”, mas será “vigoroso” na defesa de princípios e valores de seu projeto.
“Há uma linha a ser traçada que não será ultrapassada mesmo na formação de alianças políticas. Outros já falaram isso no passado, mas eu posso dizer, e pedindo a confiança de vocês, que eu tenho credibilidade para afirmar isso”, disse, sem detalhar o tal limite.
Ranier Bragon e Julia Chaib / Folha de São Paulo
Agro esbarra em acesso a tecnologia para reduzir emissões e cumprir acordo
Foto: Yves Herman/Reuters/Arquivo |
O acordo do metano, assinado pelo Brasil e outros 102 países na COP26, em Glasgow, estipulou o compromisso de cortar em 30% as emissões do gás poluente até 2030 e elevou os desafios para a agropecuária, em busca de uma produção mais sustentável.
Depois do desmatamento, a pecuária é a atividade responsável pela maior quantidade de emissões de dióxido de carbono e também é a principal emissora de metano na atmosfera – ambos são gases que contribuem para o aquecimento global.
O Brasil é o quinto maior emissor de metano, segundo dados de 2018, sendo que a maior parte das emissões do agronegócio vem da chamada fermentação entérica. O gás é produzido no aparelho digestivo do gado e em processos naturais. Outro percentual vem de resíduos de aterros e da produção de óleo e gás.
O acordo inclui metade dos 30 principais emissores de metano. Das grandes economias, China, Rússia e Índia não firmaram o compromisso.
“É um desafio, mas o Brasil não pode ficar de fora. É difícil de cumprir, mas a gente espera que um grande esforço seja feito, para benefício das exportações brasileiras”, diz José Augusto de Castro, presidente-executivo da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil).
Ele ressalta que a agropecuária pode, em um primeiro momento, perder parte da competitividade, mas é preciso que governo e setor privado reforcem parcerias. “Por mais que as transformações possam incomodar parte do setor, o país não pode dar as costas para o mundo na questão ambiental.”
“O acordo foi um avanço, e o compromisso feito pelo Brasil acabou indo além do imaginado. É preciso agora mostrar para o mercado que somos capazes de fazer isso, não pode ficar só no discurso”, diz o professor da FGV (Fundação Getulio Vargas) Eduardo Assad, especialista em agronegócio.
“Ao mesmo tempo, o país poderia ter tido uma posição muito mais firme na conferência, com o compromisso de fazermos uma agricultura equilibrada, mas perdemos esse lugar no mundo nos últimos dois anos. Chegamos até a COP26 de joelhos.”
Entre as iniciativas para redu- zir emissões, o governo tem des- tacado o Plano ABC+, que tem o objetivo de controlar a emissão de gases (entre eles o metano). A meta é evitar o lançamento de 1,1 bilhão de toneladas equivalentes, por parte do setor agropecuário, até 2030.
A primeira fase do plano previa iniciativas como plantio direto e recuperação de pastagens, e a segunda inclui tecnologias como sistemas irrigados. O incentivo para a adoção dessas práticas se dá por meio de crédito público, com o Plano Safra.
Hoje, porém, os recursos que financiam a produção de baixo carbono equivalem a R$ 5 bilhões, ou 2% do total do programa de 2021 e 2022.
Para analistas ouvidos pela Folha, o volume de recursos necessários para cumprir as metas precisará ser aumentado. Os aportes privados também devem ajudar ainda mais a suprir o aumento da demanda por investimentos.
Luiza Bruscato, coordenadora do GTPS (Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável), considera que é preciso, primeiro, estimar as emissões de metano pelo setor pecuário de forma eficiente.
“Temos várias realidades dentro do Brasil, cada uma com suas particularidades, mas o primeiro desafio é estimar as emissões. Feito isso, o Plano ABC+ é muito robusto. Se a gente conseguir implementá-lo por completo, recuperando pastagens degradadas sem desmatar mais, já estaremos lá na frente.”
Ela diz ser preciso melhorar a comunicação do agronegócio. “O Brasil precisa fazer uma conta melhor do balanço das emissões, também pensando no caso do carbono. Nosso resultado pode ser muito melhor do que o de países que só fazem confinamento e não têm reservas de preservação.”
Durante a COP, a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) defendeu que o produtor brasileiro tem compromisso com a sustentabilidade ambiental.
Muni Lourenço, vice-presidente da entidade, afirmou que o país ocupa posição de destaque no mundo devido à produção de carne bovina com uso de tecnologias de baixa emissão de carbono.
“Somos um dos maiores produtores de carne bovina do mundo e temos potencial para ampliar essa produção com sustentabilidade ambiental, incorporando técnicas sustentáveis à cadeia produtiva”, afirmou na conferência.
Ele também disse que as tecnologias de baixa emissão de carbono têm permitido a redução da área de pastagens e aumentado o número de animais por hectare.
Do ponto de vista das técnicas, a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) destaca que já vem desenvolvendo estratégias para a redução do metano, como o melhoramento genético vegetal, por meio do desenvolvimento de pastos mais facilmente digeríveis pelos animais.
Uma segunda estratégia se dá pelo melhoramento genético dos próprios animais, para que eles possam ser abatidos antecipadamente, o que diminui o tempo de geração de gases por cabeça. Nos últimos dez anos, o tempo de abate foi reduzido de 48 meses para 36 meses. Uma das premissas do Plano ABC+ é a intensificação dessa prática.
Outra medida vem do uso de aditivos (via taninos e óleos essenciais) misturados na ração animal. Esses estudos ainda estão em fase inicial.
“A agricultura brasileira já vem contribuindo com a redução nas emissões há pelo menos três décadas. Ao aderir ao acordo das reduções de metano, o Brasil se dispõe a ajudar, em conjunto com os outros países, a chegar ao corte de 30% nas emissões. Podemos dar uma contribuição de 3% a 4% nessa meta”, estima o presidente da Embrapa, Celso Luiz Moretti.
Ele também destaca que é impossível zerar as emissões de metano pela pecuária, mas, com avanço na integração de lavoura e floresta, é possível compensar os efeitos disso.
Na visão de Paulo Camuri, economista sênior do WRI Brasil, embora seja difícil dimensionar o volume de recursos necessários para fazer a transição acordada na COP26, é factível que o Brasil consiga reduzir em 30% as emissões de metano.
“O jeito de fazer uma pecuária com menor emissão, tanto de metano quanto de carbono, já existe. Mas só ter a tecnologia não basta para garantir que o acordo vá ser cumprido. É preciso que os agricultores tenham acesso às práticas.”
Em sua avaliação, pelos dados dos últimos dez anos do Plano ABC+, o produtor tem se mostrado disposto a adotar práticas para aumentar a sustentabilidade e há espaço para ampliar o financiamento ao plano. “O produtor já descobriu que as tecnologias disponíveis para produzir com baixa emissão de carbono até reduzem os custos de produção.”
“O próximo passo é garantir que as tecnologias disponíveis para produzir carne com menor emissão de metano e carbono cheguem a mais produtores, tanto grande quanto pequenos, com custos acessíveis.”
Douglas Gravas / Folha de São Paulo
Presidente da Fundação Palmares diz que Dia da Consciência Negra é racista
Foto: Reprodução/Twitter/Arquivo |
Presidente da Fundação Palmares, instituição responsável pela promoção e preservação de manifestações culturais negras, Sérgio Camargo ironizou o Dia da Consciência Negra, comemorado neste sábado (20).
No Twitter, ele chamou a data de “Dia da Vitimização do Negro”, “Dia da Mente Negra Escravizada pela Esquerda” e “Dia do Culto ao Ressentimento pelo Passado”. Não é uma atitude nova desde que o jornalista de formação assumiu o órgão —em anos anteriores ele, ironicamente, chamou o feriado de “Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo” ou ainda de “Dia da Falsa Abolição”.
Também repetindo uma postura recorrente em relação à data, Camargo qualificou a celebração como racista e preferiu exaltar o Dia da Abolição da Escravatura e a figura da princesa Isabel.
O 20 de novembro marca a morte de Zumbi dos Palmares, líder quilombola que também dá nome ao órgão. A data se contrapõe ao 13 de maio de 1888, que marca o fim da escravidão no Brasil e que, até os anos 1970, era o principal dia de comemoração da luta negra no país.
A partir daquela década, porém, movimentos negros formado por ativistas e estudantes, como o Grupo Palmares e o Movimento Negro Unificado, passaram a questionar a escolha da data por pessoas brancas. A figura do quilombola surgiu então em oposição à da princesa Isabel, uma mulher branca supostamente redentora.
Camargo aproveitou para relembrar uma entrevista que deu em 2019, pouco depois de assumir a presidência da Fundação Palmares, em que defendeu o fim do Dia da Consciência Negra. “Não se trata de ‘esnobar’ a data, mas de expor sua real motivação: sob o disfarce de ‘combate ao racismo’, tentam segregar negros, despertando ódios e ressentimentos”, escreveu ele.
Até a famosa frase de Morgan Freeman, sobre a consciência humana e o fim do racismo, surgiu entre as suas publicações.
Militantes do movimento negro questionam a nomeação de Camargo, bolsonarista que não nega apenas a importância de Zumbi de Palmares como outras lutas históricas da comunidade negra, para a presidência da entidade.
Há dois anos no cargo, ele vem empreendendo uma cruzada ideológica lá. Entre as medidas tomadas estão a exclusão de 27 negros de lista de personalidades homenageadas pela instituição, como os cantores Elza Soares e Gilberto Gil e a escritora Conceição Evaristo, e a publicação de um relatório segundo o qual metade do acervo da biblioteca da entidade seria excluído por ser marxista. Entre os autores citados no documento estavam Max Weber, Eric Hobsbawn, H. G. Wells, Celso Furtado e Marco Antônio Villa.
Em outubro, Camargo foi afastado pela Justiça das atividades relacionadas à gestão de pessoas da instituição após uma série de denúncias de assédio moral, perseguição ideológica e discriminação contra funcionários da fundação.
Folha de S. Paulo
Ministro diz que Brasil está com o controle da pandemia nas mãos
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasi |
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse hoje (20) que o Brasil está com o controle da pandemia de covid-19 nas mãos. Ele reafirmou que as doses de vacina para 2022 já estão garantidas e que o Brasil tem potencial, inclusive para se tornar um exportador de imunizantes.
Queiroga voltou a citar como exemplos o acordo da Pfizer com a brasileira Eurofarma para produzir 100 milhões de doses da vacina contra a covid-19 e a capacidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de fabricar vacinas com ingrediente farmacêutico ativo (IFA) nacional.
“Nós temos a Fundação Oswaldo Cruz já produzindo vacina com IFA nacional. A nossa expectativa é de um potencial de produção de até 40 milhões de doses todos os meses. Ou seja, nós temos uma potencialidade de produzir próximo de 500 milhões de vacina [anualmente] na Fundação Oswaldo Cruz. Com isso, o Brasil passará de um país importador de vacinas para um país que vai exportar vacinas, ajudando países vizinhos da América Latina e nossos irmãos da África de língua portuguesa”, disse Queiroga.
O ministro participou hoje, no Rio de Janeiro, do lançamento da semana nacional de Mega Vacinação contra covid-19, criada para reduzir o número de brasileiros que ainda não se imunizaram com a segunda dose. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 21 milhões de pessoas ainda não completaram o esquema vacinal de duas doses.
Durante a cerimônia de lançamento da campanha, o ministro aproveitou para receber sua dose de reforço e convocou toda a população para se imunizar contra a doença. “Nós estamos com o controle da pandemia nas nossas mãos e depende de cada um de nós a efetividade das ações para por fim ao caráter pandêmico dessa doença”, disse.
Queiroga disse que a vacinação contra a covid-19 tem sido fundamental na redução dos casos e mortes pela doença no país. De abril deste ano, a vacina foi a grande responsável pela queda de 90% nos óbitos de abril, quando se registrou a maior média de mortes diárias (mais de 3 mil), até hoje, que tem uma média de 268 óbitos por dia, de acordo com os dados mais recentes da Fiocruz.
“Nós queremos que as pessoas busquem livremente as salas de vacinação, para reforçar a cobertura vacinal mais ainda e também aplicar a dose de reforço, e proteger a população contra um eventual surto de novos casos, como temos visto na Europa”, afirmou Queiroga.
Janssen
Em entrevista à imprensa, o ministro explicou que as pessoas que foram imunizadas com a Janssen em junho e julho terão que tomar uma dose de reforço desse mesmo imunizante. Segundo ele, as doses dessa vacina, quase 40 milhões, já foram adquiridas e devem chegar ao país em breve.
Queiroga disse que ainda será preciso analisar se os imunizados com a Janssen precisarão de uma terceira dose.
Sobre a CoronaVac, o ministro explicou que, por enquanto, não há intenção de fazer novas compras do imunizante. Ele disse que a vacina produzida pelo Instituto Butantan foi importante no início da campanha de imunização mas que mostrou ter uma efetividade mais baixa do que a Pfizer e a AstraZeneca. “Logicamente, se surgirem evidências científicas mostrando que essa vacina de vírus inativado é tão boa quanto as outras, não há problema em usar não só essa, como qualquer vacina que seja aprovada pela Anvisa”.
Agência Brasil
Brasil registra 217 mortes por covid-19 em 24 horas
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil |
As secretarias municipais e estaduais de Saúde registraram, em 24 horas, 8.833 casos de covid-19 e 217 mortes resultantes de complicações associadas à doença. Os dados estão na atualização diária do Ministério da Saúde, divulgada neste sábado (20).
Com isso, o número de vidas perdidas para a pandemia chegou a 612.587. Ainda há 2.858 mortes em investigação, situação ocorre pelo fato de haver casos em que o paciente faleceu, mas a investigação sobre a causa demanda exames e procedimentos posteriores.
Com os novos casos registrados, o número de pessoas que contraíram covid-19 até hoje chegou a 22.012.150. Estão em acompanhamento 181.824 casos de pessoas que tiveram o quadro de covid-19 confirmado. Até esta quinta-feira, 21.217.739 pessoas já se recuperaram da covid-19.
Os números em geral são menores aos domingos, segundas-feiras e nos dias seguintes aos feriados por causa da redução de equipes para a alimentação dos dados. Às terças-feiras e dois dias depois dos feriados, em geral, há mais registros diários pela atualização do acúmulo de dados.
Estados
Segundo o balanço do Ministério da Saúde, o estado com mais mortes por covid-19, até o momento, é São Paulo (153.460), seguido por Rio de Janeiro (68.832), Minas Gerais (56.023), Paraná (40.749) e Rio Grande do Sul (35.940).
Os estados com menos óbitos resultantes da doença são Acre (1.845), Amapá (1.996), Roraima (2.039), Tocantins (3.908) e Sergipe (6.040). Não se registraram mortes por covid-19 ontem e hoje nos estados do Acre, do Amapá e de Roraima.
Boletim Epidemiológico - 20/11/2021/Divulgação Ministério da Saúde |
Até o início da noite de hoje, o sistema do Ministério da Saúde marcava a aplicação de 297,9 milhões de doses no Brasil, sendo 157,3 milhões da primeira dose e 128,4 milhões da segunda e da dose única. Foram aplicados 11,5 milhões de doses de reforço.
Edição: Claudia Felczak
Por Agência Brasil - Brasília
Brasileiro: Atlético-MG derrota Juventude e fica muito perto do título
Foto: Pedro Sousa/Atletico/Direitos reservados |
Foto: Pedro Sousa/Atletico/Direitos reservados |
Após este triunfo o líder Galo alcançou 74 pontos. Para o Jaconero o revés representou a permanência com 39 pontos, muito perto da zona do rebaixamento.
A vitória do Atlético-MG foi construída graças a dois gols de Hulk no segundo tempo, um deles em cobrança de pênalti. Com estes gols o atacante chegou ao total de 14 e assumiu a artilharia isolada da competição.
Vitória importante
Quem também alcançou uma vitória importante foi o Grêmio, que bateu a Chapecoense por 3 a 1. Com esta vitória o Tricolor alcançou os 35 pontos, e passa a vislumbrar a saída do Z4.
Foto: Pedro Sousa/Atletico/Direitos reservados |
Os gols do Grêmio foram marcados por Thiago Santos, Lucas Silva e Laércio (contra). Já o gol contra de Bruno Cortez descontou para o Verdão do Oeste.
Por Agência Brasil - Rio de JaneiroAthletico-PR supera Bragantino e conquista Copa Sul-Americana
Foto: Reuters/Mariana Greif/Direitos reservados |
O Athletico-PR conquistou a Copa Sul-Americana após derrotar o Bragantino por 1 a 0 na final, na tarde deste sábado (20) no estádio Centenário, em Montevidéu (Uruguai). Este é o segundo título do Furacão na história da competição, o primeiro foi alcançado em 2018, quando superou o Junior Barranquilla (Colômbia).
O time do Paraná é o primeiro do Brasil a conquistar a Sul-Americana por duas vezes, nesta oportunidade em campanha com 11 vitórias e duas derrotas.
Copa do Brasil
Foto: Reuters/Mariana Greif/Direitos reservados |
O Bragantino começou mandando na partida, mantendo a posse de bola e criando dificuldades para o Athletico-PR sair jogando. Com isso, a equipe paulista criou as melhores oportunidades primeiro, ambas com Cuello. Porém, quando chegou, o Furacão foi mais eficiente.
Aos 28 minutos Terans avançou pela direita e bateu forte para defesa parcial de Cleiton. A bola subiu e Nikão pegou de voleio para fazer um belo gol.
Foto: Reuters/Mariana Greif/Direitos reservados |
O Massa Bruta ainda tentou o empate antes do intervalo, mas Santos defendeu boa finalização de cabeça de Ytalo. Com isso o jogo foi para o intervalo com a vantagem do Furacão.
A dinâmica na etapa final mudou muito pouco, com o Bragantino tendo mais posse de bola, mas encontrando muitas dificuldades diante de um Athletico-PR que soube negar espaços na defesa para sair apenas em contra-ataques rápidos. Com isso, o Furacão segurou a vantagem de 1 a 0 e garantiu a conquista do título da Copa Sul-Americana.
Foto: Reuters/Mariana Greif/Direitos reservados |
A equipe paranaense ainda tem a oportunidade de levantar mais um troféu na atual temporada, pois disputa a final da Copa do Brasil contra o Atlético-MG, a partir do dia 12 de dezembro.
Por Agência Brasil - Rio de Janeiro
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