A Secretaria de Saúde de Ipiaú informa que hoje, 27 de novembro, tivemos o registro de 01 caso de coronavirus.

A Secretaria de Saúde de Ipiaú informa que hoje, 27 de novembro, tivemos 13.401 casos registrados como suspeitos, sendo 3.192 casos confirmados, dentre estes, são 3.105 pessoas RECUPERADAS, 01 está em isolamento social, 00 internada e 86 foram a óbito. 10.204 casos foram descartados e 05 pessoas aguardam resultado de exame. Nesse momento, temos 01 caso ativo

O uso da máscara é indispensável, evite aglomerações, use álcool 70% e lave as mãos com água e sabão sempre que puder.
Prefeitura de Ipiaú/Dircom

Doria vence prévias do PSDB para disputar Presidência em 2022

Foto: Divulgação

O governador de São Paulo, João Doria, venceu, neste sábado (27), as prévias presidenciais do PSDB contra o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.

O anúncio foi feito pelo presidente do PSDB, Bruno Araújo.

O resultado põe fim a uma novela que começou no domingo (21), quando a votação foi impedida por uma pane no aplicativo (investiga-se um ataque hacker) e o resultado, postergado. O saldo foi de vexame e tensão no partido —a possibilidade de judicialização do resultado, que já era grande, só fez crescer.

Neste sábado, cerca de 36 mil filiados puderam votar por meio de uma nova ferramenta online. No total, 44,7 mil se cadastraram para votar nas prévias —cerca de 3 mil votaram pelo app e o restante, tucanos com mandato, em urnas eletrônicas, no último domingo. Esses votos foram guardados para serem computados.

Bruno Araújo citou tentativas de ataque ao sistema de votação nas prévias da legenda neste sábado, mas disse que houve boa resistência do novo aplicativo contratado.

A semana agravou a divisão entre Doria e Leite, enquanto evidenciou o alinhamento de Virgílio ao governador de São Paulo.

O paulista levantou suspeitas de que as regras de votação foram feitas para beneficiar o gaúcho, além de lembrar a relação do rival com o deputado Aécio Neves (MG), falando na necessidade de depurar o partido.

Doria foi alvo ainda de acusação de compra de votos pela deputada Mara Rocha (AC), episódio que não teve desdobramentos —a não ser pelas referências de Leite. Contudo, o governador paulista foi colocando panos quentes nas polêmicas e preparando o terreno para a votação no sábado.

“Entendemos que a dimensão do nosso partido, a dimensão daquilo que representa o único partido do Brasil que faz prévias, é mais importante do que qualquer outro sentimento que possa ter sido expressado de forma emocional, de forma instável ou de forma deliberada”, resumiu, na terça (23).

O fiasco da votação do último domingo já era previsto na equipe de Doria, que considerava o app original frágil. A ferramenta já havia sido alvo de contestação pelas campanhas de Doria e de Leite devido a vulnerabilidades, mas mesmo assim foi mantida.

Tucanos que acompanharam as prévias afirmam que, apesar de favorito por estar à frente de São Paulo, sede do tucanato, Doria viu seu adversário crescer, mas recuperou terreno na reta final —virou o voto, por exemplo, de dois deputados federais.

Por isso, para Leite e seus aliados, o adiamento beneficiou o paulista. O entorno do gaúcho afirma que Doria conquistou novos votos com base em barganha e intimidação, sobretudo em São Paulo, o que a campanha paulista nega.

Doria, que costuma dizer ser “filho de prévias”, vence a sua terceira em seguida. Ele foi vitorioso nas indicações para concorrer à Prefeitura de São Paulo, em 2016, e ao governo do estado, em 2018 –tendo conquistado os dois cargos.

Ao bater o rival gaúcho e obter a vaga de candidato à Presidência, Doria consolida seu projeto político iniciado em 2016 e abre caminho para ampliar sua influência na sigla –apesar da resistência de tucanos da ala histórica e de seu principal rival interno, Aécio.

Depois de um processo com críticas e acusações de parte a parte, Doria terá o desafio de unir a sigla em torno da sua campanha ao Planalto.

Doria já afirmou acreditar que as prévias fortalecem o PSDB e que, superada a votação, todos os membros do partido serão aliados e vencedores.

Nos dias que antecederam a primeira votação, Leite e Doria já procuravam baixar a temperatura publicamente: fizeram um último debate morno e ensaiaram um discurso de unidade durante uma reunião em Porto Alegre. Nos bastidores, a briga voto a voto seguiu até o final.

O gaúcho, que foi procurado por outras siglas neste ano, disse que não deixaria o partido se perdesse. Leite vinha afirmando ainda que, no caso da derrota, não concorreria a nenhum cargo em 2022 e terminaria seu mandato no Rio Grande do Sul.

Outra tarefa do agora presidenciável é estabelecer conversas e negociações com partidos da chamada terceira via, com o objetivo de evitar a fragmentação do campo político que pretende apresentar uma alternativa viável contra Jair Bolsonaro e Lula (PT), que estão à frente nas pesquisas.

Durante a campanha, Doria se comprometeu a buscar as demais legendas e até sinalizou que poderia abrir mão da cabeça de chapa em nome de um projeto comum. Com cerca de 5% nas pesquisas e criticado por não alavancar seu nome a partir do trunfo da vacinação, o tucano está atrás de Sergio Moro (Podemos).

A maior rejeição de Doria nas pesquisas e a opinião de que sua candidatura é um projeto pessoal que isolaria o PSDB foram argumentos mobilizados por Leite, mas não bateram a ampla vitrine de programas e investimentos apresentada pelo governador paulista a seu favor.

O gaúcho procurou angariar votos em São Paulo com a ajuda do ex-governador Geraldo Alckmin, que só consideraria permanecer no PSDB caso Leite vencesse.

Na visão de parte dos tucanos, o estilo mais incisivo e pragmático de Doria poderia impor uma dificuldade a mais para a união da legenda.

Com Doria presidenciável, não haveria espaço para deputados bolsonaristas —em geral, ligados a Aécio e apoiadores de Leite— na bancada federal e uma debandada seria provável. O deputado mineiro, porém, nega planos de deixar a sigla.

Já para aliados de Doria, uma vitória de Leite, que fortaleceria a ala de Aécio no partido, acabaria por transformar o PSDB em um partido do centrão.

Doria, que em 2018 fez campanha por Bolsonaro sob o slogan “BolsoDoria”, passou a ser um dos principais opositores do presidente.

Com uma campanha que teve como alvos também Bolsonaro e Lula, Doria percorreu 21 estados do país e obteve o apoio formal de cinco diretórios, incluindo o de maio peso, São Paulo, que sozinho representou 35% dos votantes.

Erros de Leite na reta final contribuíram com o resultado –o vaivém de declarações após a suspensão das prévias, o pedido feito por um aliado para adiar a votação devido a desconfianças no aplicativo e a revelação pela Folha de que o gaúcho atuou, a pedido do governo Bolsonaro, para adiar a vacinação.

A ironia é que a campanha de Leite teve início após um movimento político equivocado de Doria, que tentou tomar para si a presidência do PSDB em fevereiro e, como troco, viu surgir um rival apoiado pela bancada.

Durante a campanha, o governador paulista teve estrutura mais robusta e investiu em pesquisas, sustentado pela máquina do PSDB paulista, experiente em prévias, e até pela máquina do governo, com um orçamento previsto de R$ 50 bilhões para investimentos nas cidades.

A Folha revelou que, em 2021, Doria multiplicou o repasse de verba política, chegando a R$ 1 bilhão.

O marketing da campanha de Doria, coordenado pelo publicitário Daniel Braga, incorporou a rejeição a ele –o governador assumiu-se “chato” e “calça apertada” ao som de “O Homem Disparou”, hit da eleição de 2020.

Houve uma gafe no interior da Paraíba, quando Doria provocou risos da plateia tucana ao perguntar: “quem aqui já foi a Dubai?”.

Após dois coordenadores das prévias –o senador José Aníbal (SP) e o ex-deputado Marcus Pestana (MG)— declararem apoio a Leite, a campanha de Doria afirmou que “a parcialidade antes velada se tornou explícita”.

“As raposas estavam dentro do galinheiro. É debochar na cara dos filiados do PSDB”, disse Wilson Pedroso, coordenador da campanha de Doria.

Os aliados de Leite também reclamam do rival, apontando que Doria agiu com pressão. O maior exemplo foi a demissão de um secretário da capital após ter declarado voto no gaúcho.

Eles acusam ainda a tentativa de fraude por parte dos paulistas pela filiação extemporânea de 92 prefeitos e vices que, ao final, foram excluídos da votação.

Em eventos de campanha, Leite criticou Doria duramente, afirmando que “o sentimento do PSDB raiz é maior do que qualquer tipo de pressão” e condenou o voto em troca de vantagens indevidas.

Para estrategistas de Leite, táticas de intimidação podem ter feito a diferença no resultado, mas terão o efeito colateral de agravar a imagem de Doria no partido.

Agora convocado a fazer campanha para Doria e esquecer todos os ataques, Leite chegou a fazer um trocadilho, na sexta (19): “Não adianta depois chorarmos o leite derramado, porque vamos todos nos ver numa calça justa”.
Folhapress

Bahia tem segundo dia consecutivo com mais de 3 mil casos ativos de Covid-19 após 3 meses

Foto: Divulgação

Após três meses, a Bahia voltou a registrar por dois dias consecutivos a marca de mais de 3 mil casos ativos de Covid-19. Neste sábado (27), são 3.069 pessoas que tiverem o diagnóstico positivo para a doença que ainda não são consideradas recuperadas, enquanto que na sexta (26) foram 3.110. A última vez que esses números tinham sido alcançados foi nos dias 28 e 29 de agosto, quando foram 3.277 e 3.141 casos ativos registrados, respectivamente.

A secretária da Saúde do Estado, Tereza Paim, aponta que este é um cenário preocupante, pois quanto mais casos ativos, maior é a chance de espalhamento do vírus. “Essa é uma doença colaborativa. Na medida em que as pessoas não seguem recomendações de uso de máscara, de distanciamento físico e, principalmente, de completar o esquema vacinal, teremos novos casos”, afirma.

Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 516 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,04%) e 552 recuperados (+0,04%). O boletim epidemiológico deste sábado (27) também registra 5 óbitos. Dos 1.258.872 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.228.521 já são considerados recuperados, 3.069 encontram-se ativos e 27.282 tiveram óbito confirmado. Os dados ainda podem sofrer alterações devido à instabilidade do sistema do Ministério da Saúde. A base ministerial tem, eventualmente, disponibilizado informações inconsistentes ou incompletas.

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 1.625.493 casos descartados e 254.612 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas deste sábado. Na Bahia, 52.528 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Prefeita inaugura o Natal Luz em Ipiaú neste domingo

Funcionários da Prefeitura Municipal de Ipiaú estão concluindo os últimos detalhes da montagem da decoração do “Natal Luz” nas praças Rui Barbosa e Cinquentenário, entre outras praças da cidade. Os trabalhos estão sob a coordenação da decoradora Sunelma Calhau e se destacará pela intensa luminosidade, além de peças gigantes que darão realce ao tema “Presente de Natal”.
A partir das 20h30 deste domingo a prefeita Maria das Graças entregará a decoração para a população que a cada ano desta gestão se apresenta mais moderna, colorida, cheia de luz e brilho. A inauguração do Natal de Ipiaú que será na Praça Rui Barbosa ainda contará com a Parada de Natal e com a apresentação do Grupo Vocal do Coral Municipal.

Vale mencionar que junto com Sunelma estavam profissionais eletricistas, iluminadores, carpinteiros, pintores e outros. A equipe trabalhou com vontade para que tudo aconteça como bem merece a cidade. Vale mencionar os nomes populares de cada um desses trabalhadores: Dinho, Beto, Cesar, Buda, Irmão, Alex, Jabá, Nanau, Canu, Gibí, Jones, Nel, Rafael, Gabriel, Nete e Adla.

A prefeita Maria das Graças destacou que ornamentar a cidade não tem a ver só com a celebração de uma data especial. “Como gestora da cidade, a ideia é fazer da ornamentação da cidade nesse período algo tradicional, que além de aquecer nosso coração com a popular festa, traz movimento para o comércio e autoestima para os ipiauenses”, lembrou a prefeita.

José Américo Castro: Prefeitura de Ipiaú/Dircom

Ipiaú participará pela terceira vez da Feira Baiana da Agricultura Familiar em Salvador

A Queijaria Relíquias de Minas, empreendimento da agricultora Simone Faulhaber, localizado na Fazenda Santo Antônio, região dos Bois, representará o município de Ipiaú na 12ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária que acontecerá no período de 15 a 19 de dezembro de 2021, em formato híbrido, presencial e virtual, no Parque Costa Azul em Salvador. A queijaria foi o primeiro empreendimento da agricultura familiar neste município a receber o certificado de registro do Serviço de Inspeção Municipal (SIM).

A definição da participação da queijaria na 12°Feira Baiana da Agricultura Familiar ocorreu durante uma reunião do Fórum de Secretários de Agricultura do Território de Identidade do Médio Rio das Contas, na última quinta-feira, 25, no auditório local do Escritório da Ceplac, com a presença de técnicos da Companhia de Desenvolvimento de Ação Regional - CAR, órgão da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural e do colegiado territorial.

Apesar da escolha oficial, produtos de outros agricultores familiares de Ipiaú também estarão expostos na feira. Essa é a terceira vez consecutiva que Ipiaú participa da feira, realizada anualmente em Salvador.

A prefeita Maria das Graças tem sido uma grande incentivadora da agricultura familiar, por considerar que o segmento tem sido determinante para o fortalecimento da economia municipal. Ela não mede esforços para que Ipiaú esteja sempre representado na feira estadual que é uma grande vitrine para os agricultores locais mostrarem seus produtos orgânicos, de economia solidária, comercializados a preços justos.

COOPROAF
A comissão das entidades, presidido pelo Representante da CAR Regional Jequié, Jeferson Andrade, deliberou ainda que a Cooperativa de Produção e Comercialização dos Produtos da Agricultura Familiar do Sudoeste da Bahia (Cooproaf), representará o Território do Médio Rio das Contas nesse evento que visa contribuir para a apresentação e promoção de alimentos saudáveis e demais produtos originários da agricultura familiar, assentamentos da reforma agrária, povos e comunidades tradicionais e da economia solidária, dos 27 Territórios de Identidade da Bahia.

Na edição presencial da Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária serão montados 27 estandes, onde serão comercializados mais de 1.500 produtos de diversas regiões do estado. A Feira contará com muitas novidades, a exemplo da umbuteria, chocolateria, licuriteria e cafeteria, além de uma vasta programação cultural, cozinha show, vila gastronômica, espaço para lazer infantil, e outras atrações.

José Américo Castro: Prefeitura de Ipiaú/Dircom

Presidente diploma cadetes e fala sobre governo: “aqui é mais difícil”

Foto: Clauber Cleber Caetano/PR
O presidente Jair Bolsonaro presidiu hoje (27) a cerimônia de formatura de 391 novos aspirantes a oficial do Exército na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende sul do Rio de Janeiro. Bolsonaro fez um discurso de improviso à tropa e evitou falar de política.

O presidente Jair Bolsonaro presidiu hoje (27) a cerimônia de formatura de 391 novos aspirantes a oficial do Exército na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende sul do Rio de Janeiro. Bolsonaro fez um discurso de improviso à tropa e evitou falar de política.

Durante a fala, o presidente relembrou os quatro anos necessários para a conclusão do curso e comparou a jornada à da presidência. “Eu até hoje guardo os ensinamentos que aqui aprendi. Nos momentos difíceis a frente da Presidência da República eu vejo o que passei por aqui e me conformo dizendo: aqui foi mais difícil.”

Bolsonaro também exaltou as 23 mulheres que integram a turma e que se formam “mostrando para todos nós que quem tem garra, determinação, força de vontade, coragem e fé consegue atingir os seus objetivos. Parabéns a vocês todas.”

O presidente atribuiu ao Exército Brasileiro suas conquistas pessoais. “Esta formação marca a vida de todos nós. Essa formação nos fará vencer obstáculos. Lembrem-se de uma coisa: o que for possível nós faremos, o que não for, entregaremos nas mãos de Deus; Ele no dia a dia nos dá exemplos de superação”, afirmou.

Jair Bolsonaro também afirmou que é papel dos formandos defender a democracia brasileira e a liberdade, além de frisar a necessidade de respeito pela Constituição. “Nós atingiremos o nosso objetivo, que é o bem estar de toda a nossa população.”

Além da defesa de valores, Bolsonaro também discursou sobre a amizade e o companheirismo entre integrantes das Forças Armadas. “Sem gratidão não chegaremos a lugar algum. Quem esquece o seu passado está condenado a não ter futuro”, frisou.

Duque de Caxias, patrono do Exército Brasileiro, também foi exaltado durante a fala. ”Um homem exemplo para todos nós. E digo a vocês: quem fará o futuro da nossa pátria não será um homem ou uma mulher. Seremos todos nós, 210 milhões de habitantes.”
Duração

Sob sol forte, a cerimônia de formatura dos 391 novos aspirantes a oficial do Exército durou aproximadamente 1h30. No moimento dos aspirantes receberem a espada de Duque de Caxias, Bolsonaro desceu do palanque das autoridades e foi cumprimentar e tirar fotos com familiares de formandos. Ele ficou cerca de 20 minutos no pátio.

Na cerimônia também estavam presentes, o vice-presidente Hamilton Mourão, o ministro da Defesa, Walter Braga Netto e os comandantes das três Forças, além de outros generais.
Edição: Pedro Ivo de Oliveira
Por Douglas Correa - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Inflação alta nos EUA corrói popularidade de Biden e ameaça eleição legislativa

Foto: Pedro Ladeira/Arquivo/Folhapress

A maior inflação dos últimos 31 anos paira sobre o governo do democrata Joe Biden nos Estados Unidos, país em que os eleitores costumam ser impiedosos com mandatários acossados por esse obstáculo na economia.

Nos 12 meses terminados em outubro, o índice no país chegou a 6,2%. Em um ano, o preço da gasolina subiu 50% e o da carne, 25%. Carros usados estão 26% mais caros, uma alta impulsionada pela queda na produção de veículos novos por causa da escassez global de semicondutores.

“A inflação prejudica os americanos, e reverter a tendência [de alta] é uma das minhas maiores prioridades”, disse Biden no último dia 10. A missão tem a ver ainda com tentar escapar da sina de dois de seus antecessores, que também se viram às voltas com escaladas inflacionárias na década de 1970.

Gerald Ford (1973-1977) instou a população a economizar, pediu que pegassem carona e baixassem a temperatura de aquecedores e distribuiu broches com os dizeres “Whip Inflation Now” (derrote a inflação agora, com o acrônimo WIN significando vitória). O item virou piada e passou a ser usado de cabeça para baixo (para formar a sigla NIM ou “Need Immediate Miracles”, preciso de milagres imediatos). O republicano perdeu a eleição em 1976.

Seu sucessor, Jimmy Carter, tentou debelar a alta de preços pedindo que os americanos abandonassem o “consumismo desenfreado”. Diante da pouca disposição da população para o sacrifício, o Fed (Banco Central) elevou brutalmente as taxas de juros —o que acabou causando uma recessão que contribuiu para a derrota do democrata na tentativa de reeleição, em 1980.

Neste ano, a alta dos preços aliada ao desabastecimento nos supermercados e farmácias atingiram em cheio a popularidade de Biden. Em janeiro, logo após a posse, a aprovação ao mandatário estava em 57%. Na última pesquisa Gallup, do dia 16, essa parcela caiu para 42%.

Trata-se da menor taxa de aprovação para um presidente nesse estágio de mandato desde Dwight Eisenhower (1953-1961) —exceção feita a Donald Trump e seus 37% de aprovação a essa altura.

Biden tem dito a aliados que pretende concorrer à reeleição em 2024, e nesta semana a secretária de imprensa Jen Psaki confirmou a intenção. Mas, além de convencer eleitores de que sua idade não será um empecilho (ele estará com 82 anos), precisa persuadi-los de que consegue derrotar a inflação.

Até economistas do establishment democrata, como o ex-secretário do Tesouro Larry Summers, criticam a condução da economia. “As pessoas veem [a inflação] como sinal de que o governo não tem controle sobre as coisas”, disse.

Na prática, a maior parte da alta de preços se deve a desajustes na cadeia de fornecimento por causa da pandemia. A demanda por alguns produtos subiu mais do que a capacidade dos setores retomarem a produção e aumentarem a oferta —o que também se dá com a mão de obra, em falta. Além disso, consumidores que passaram meses economizando, sem ter onde gastar por causa do comércio fechado, agora estão indo às compras. E ainda pesa a alta do petróleo, que leva ao encarecimento de fretes e de inúmeros produtos; um fenômeno mundial.

Mas, para os republicanos, o Fed tem sido leniente ao não apertar a política monetária mais rapidamente e os pacotes de estímulo do presidente pressionam a inflação. (Trump aprovou um durante a pandemia, e Biden agora passou o seu, ainda mais generoso.)

A oposição tem sido bem-sucedida na missão de culpar o democrata. Em levantamento The Washington Post-ABC News de 10 de novembro, 48% dos entrevistados afirmaram que Biden é culpado pela alta de preços —50% não o responsabilizam.

“Os EUA não estão acostumados a esse nível de inflação, que é o dobro ou triplo das taxas habituais. E apesar de o presidente ter influência apenas parcial sobre a alta de preços, leva a maior parte da culpa, especialmente com os democratas no controle do Congresso”, diz Mark Jones, pesquisador no Instituto Baker e professor na Universidade Rice.

Camisetas com os dizeres “Bidenflation” e a ilustração de uma bomba de gasolina tornaram-se febre entre eleitores de Trump. Viralizou ainda um misto de meme e fake news que mostra a foto de prateleiras vazias de uma loja, com a frase “América de Biden”, ao lado de outra com um mercado bem suprido na “América de Trump”. Ocorre que a imagem das gôndolas cheias é de um mercado na Austrália, em 2012; a da carestia, de uma loja na Carolina do Sul durante o furacão Florence, em 2018 (ironicamente, no governo Trump).

No início, o governo adotou uma postura de negação. Em julho, Biden afirmou que a alta de preços era transitória. Agora, a Casa Branca e apoiadores admitem o problema, mas culpam empresas gananciosas e dizem que o pacote Build Back Better, que tramita no Congresso, vai ajudar a economia e aliviar a pressão inflacionária.

O democrata tem anunciado ainda medidas cujo efeito é mais político do que econômico: autorizou o uso de parte da reserva estratégica de petróleo, em ação conjunta com a China e outros países —na prática, o aumento na oferta não deve ser suficiente para baixar preços; e lançou um plano para resolver gargalos em portos e uma ofensiva antitruste.

A alta de preços ainda está distante dos picos enfrentados por Ford (12,3%) e Carter (13,3%). E outros indicadores da economia são positivos —e resultam, em parte, dos pacotes de estímulo criticados por republicanos. O país já recuperou 80% das vagas perdidas na pandemia e a taxa de desemprego está em 4,6%; em muitos setores, há falta de mão de obra e alta de salários.

Mas, desconcertando técnicos, a população americana está mais desanimada com a economia agora do que no primeiro pico da crise sanitária, em abril e maio de 2020, quando o desemprego chegou a quase 15%. Segundo a pesquisa Post-ABC News, o índice de pessimismo chega a 70%.

“O desemprego caiu muito, mas o humor dos consumidores não reflete indicadores objetivos, ao menos não automaticamente. O efeito da inflação [sobre o humor dos eleitores] é poderoso, porque ela é palpável na bomba de gasolina, no supermercado, nas compras de Natal”, diz Charles Franklin, professor da Universidade Marquette e especialista em pesquisas políticas.

Ele lembra que a taxa de aprovação de Biden começou a cair em julho, com a desastrosa retirada das tropas americanas do Afeganistão, mas que a queda continuou em setembro e outubro, quando o assunto não estava mais no noticiário. Para ele, questões raciais e da educação também têm afetado a popularidade.

O cenário deixa as perspectivas do Partido Democrata para as eleições legislativas de meio de mandato, em 2022, mais sombrias. Jones lembra que as “midterms” geralmente já são duras para o partido na Presidência. “Com as dificuldades econômicas, os conflitos internos entre as alas progressista e centrista do partido e o controle republicano no redesenho de distritos, aumenta o risco de perda da maioria democrata na Câmara e no Senado”, diz. “A única esperança de Biden é, simultaneamente, resolver o conflito entre as alas democratas, estender a recuperação econômica para os mais excluídos e reduzir a inflação.”

O problema é que o remédio para acabar com a inflação pode matar a retomada. O Fed a coloca em risco se acelerar muito o aperto na política monetária, reduzindo ainda mais a compra de títulos —que injetava liquidez no mercado— e começando a elevar juros antes do esperado.

“Liberar a reserva estratégica [de petróleo] é uma das poucas coisas que pode afetar preços a curto prazo, e isso Biden já fez. Historicamente, o Fed reduz a oferta de dinheiro e eleva o desemprego como arma contra a inflação. Isso desencadeou, ou ao menos exacerbou, as recessões do fim dos anos 1970 e início dos 1980, quando o Fed conseguiu de fato conter a inflação, mas pagou um preço alto sobre o emprego.”

À época, a elevação de juros fez a desocupação passar de 7,4% para 10% e afetou fortemente diversos países emergentes endividados, inclusive o Brasil. Biden agora não tem opções fáceis pela frente.

Patrícia Campos Mello/Folhapress

É possível desenvolver ‘muito rápido’ vacina contra ômicron, diz cientista de Oxford

Foto: Fábio Pozzebom/Arquivo/Agência Brasi
O cientista britânico que liderou as pesquisas sobre a vacina Oxford/AstraZeneca contra o coronavírus afirmou neste sábado (27) que é possível criar uma nova contra a variante ômicron “muito rápido”.

O professor Andrew Pollard, diretor do Oxford Vaccine Group, considerou que é “altamente improvável” que esta nova variante se propague com força entre a população já vacinada, “como já vimos no passado” com a variante delta.

Mas se for o caso, “seria possível agir muito rápido”, explicou à BBC, porque “os processos de desenvolvimento de uma nova vacina estão cada vez mais robustos”.

Embora também pense que as vacinas atuais devem servir contra a nova cepa, considerada “preocupante” pela OMS (Organização Mundial da Saúde), afirma que isso só poderá ser confirmado nas próximas semanas.

Vacinas pelo mundo e a aplicação no Brasil
Vacinas pelo mundo e a aplicação no Brasil
Até o momento, nenhum caso com a variante ômicron oi detectado no Reino Unido, um dos países da Europa mais afetados pela pandemia, com mais de 144.500 mortes.

Os fabricantes de outras vacinas, como Pfizer/BioNTech, Moderna e Novavax também se mostraram confiantes em sua capacidade para combater a nova cepa.

Folhapress


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Ministros do STF se dividem sobre argumentos do Congresso para liberar orçamento secreto

Foto: Nelson Jr./Arquivo/STF/Plenário do ST

Enquanto o Congresso busca um caminho para destravar os repasses do orçamento secreto, o Supremo Tribunal Federal (STF) encontra-se dividido sobre a argumentação apresentada pelas cúpulas de Câmara e Senado até o momento. Um documento elaborado pelo Legislativo afirma ser impossível indicar os autores das indicações para as emendas de relator de 2021 e 2020, o que, para uma ala de ministros, contraria a decisão da Corte de exigir transparência. Um outro grupo do STF, no entanto, pondera que as medidas apresentadas pelo Congresso em resposta à determinação judicial já são suficientes para, ao menos, liberar os recursos que estão represados — em paralelo à publicação do ato interno sobre o tema, os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), apresentaram um recurso ao Supremo pedindo a liberação. A reportagem é do jornal “O Globo”.

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Simulação aprimora a tropa nas ocorrências de crimes contra bancos

Foto: Divulgação DCS PM
Explosões com granadas, tiros de festim e sirenes de viaturas marcaram a primeira simulação da Polícia Militar da Bahia para o aprimoramento da tropa nas ocorrências de crimes contra instituições financeiras, realizada nesta madrugada de sexta-feira (26), no centro de Jequié.A simulação, inédita na Bahia, foi concluída com respostas imediatas e precisas pelos 22 policiais militares das Companhias Independentes de Policiamento Especializado (Cipes) que se formam hoje no Curso de Primeiras Respostas em Crimes contra Instituições Financeiras.
Foto: Divulgação DCS PM
Iniciada às 2h20, a simulação durou quase duas horas e utilizou artefatos de grande impacto, disparos de tiros de festim e até carros incendiados nas possíveis rotas de fuga de criminosos, de forma transmitir a realidade dentro dos limites de segurança, garantindo a integridade da população e dos policiais militares participantes.

Toda a ação foi supervisionada pelo comandante de Operações de Inteligência (Coint), coronel Anildo Rocha, e do Comandante de Policiamento Regional do Sudoeste (CPR/SO), coronel Ivanildo Silva. A atividade prática aconteceu em toda área do 19° Batalhão e contou com a participação de policiais das unidades vizinhas (55ª CIPM, 79ª CIPM e 93ª CIPM) e de apoio tático e especializado (CIPT/Sudoeste, Cipe Central e CIPRv) na realização dos bloqueios e barreiras estratégicas.
Imagem: Divulgação DCS PM
Além da Polícia Militar, o simulado teve a parceria de outras forças da Segurança Pública, a exemplo da Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar e Polícia Rodoviária Federal, que, juntos, mostraram a importância de uma ação coordenada e integrada, desde os primeiros procedimentos, para o sucesso da operação.

“O resultado desta simulação foi muito positivo. Tínhamos todos os riscos controlados e aferimos com segurança, precisão e excelência as condutas policiais que devem ser adotadas em uma situação real. Agradecemos todos os envolvidos e parceiros que tornaram possível essa grande simulação”, avalia o coronel Ivanildo.
Foto: Divulgação DCS PM
Curso – Iniciado na segunda-feira (22), o Curso de Primeiras Respostas em Crimes contra Instituições Financeiras envolveu disciplinas como protocolo de primeiras respostas, modalidades de crimes, procedimentos iniciais nas ocorrências com explosivos, noções básicas de inteligência direcionada ao policiamento convencional, balística veicular, geolocalização, plano de ação emergencial, técnicas de combate motorizado rural e montagem de plano de bloqueio, totalizando 60 horas/aula no período de uma semana.

Além das aulas ministradas por oficiais da PMBA, foram realizadas palestras do tenente coronel Sávio Pelegrini (PMMT), que abordaram o plano de defesa utilizado e primeiras respostas em crimes contra instituições financeiras; o perito criminal Saulo Peixoto, da Coordenadoria Regional de Polícia Técnica de Jequié, falou sobre a preservação local de crime e cadeia de custódia; e a palestra do gestor de segurança privada Edson Barbosa, explanou sobre sinistros a carros fortes em vias intermunicipais.
Fonte: DCS PM

Prates volta a confrontar decreto de Rui com imagem de Fonte Nova lotada: ‘Carnaval liberado’

Foto: Betto Jr./Secom PMS/Arquivo

Após a resposta dada pelo ex-secretário Fábio Vilas-Boas, o titular da Saúde de Salvador (SMS), Leo Prates (PDT), voltou a ironizar o decreto estadual do governador Rui Costa (PT).

Em um tuíte, o pedetista publicou um vídeo de uma partida de futebol realizada na noite desta sexta-feira (26) entre Bahia e Grêmio, na Arena Fonte Nova.

“E o ‘Carnaval’ liberado pelo decreto estadual continua…. Fonte Nova hoje. Vamos todos pagar a conta”, escreveu Prates.

Confira o tuíte:

E o “Carnaval” liberado pelo Decreto Estadual continua… Fonte Nova hoje. Vamos todos pagar a conta!

 Por: Politica Livre

Governo vê risco de derrota de Mendonça e impõe plano para influenciar senadores

Foto: Isac Nóbrega/Arquivo/PR-André Mendonça

Em meio à perspectiva de votação apertada no Senado e o risco de derrota da indicação do ex-ministro André Mendonça para uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal), o governo Jair Bolsonaro adotou como estratégia tentar ampliar a margem de aprovação na votação anterior, na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Assim, eles esperam influenciar os demais senadores para a decisão no plenário.

Atualmente, governistas e oposicionistas apontam que a situação está completamente indefinida, com a perspectiva de um placar equilibrado. Aliados do governo estimam que ainda há divisões nas maiores bancadas do Senado, em particular no MDB, no PSD, no PP, no DEM e no PL.

Cálculos do governo e de críticos da indicação de Mendonça, em particular ligados ao presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (DEM-AP), mostram situações divergentes e reforçam a hipótese de uma votação apertada.

O Senado tem 81 senadores e a aprovação se dá por maioria simples. Articuladores do governo afirmam que há 46 votos a favor da aprovação de Mendonça no plenário. Por outro lado, os opositores dizem estimar 48 votos pela derrubada da indicação.

Especificamente na CCJ, etapa anterior à votação no plenário, o governo conta com uma maioria considerável para a aprovação da indicação do ex-ministro da AGU (Advocacia-Geral da União). A sabatina está prevista para ocorrer na próxima semana.

Os articuladores do governo afirmam que a indicação de Mendonça já conta com pelo menos 16 votos na CCJ —a comissão tem 27 membros, e a votação também é por maioria simples.

Mesmo os senadores contrários ao ex-ministro dizem acreditar que o nome de Mendonça passará sem dificuldades na comissão.

Os governistas afirmam, nos bastidores, que vão investir nos próximos dias para tentar ampliar essa margem, de forma a influenciar a votação no plenário.

Um líder do governo disse, sob reserva, que a campanha ganhou novo cenário com o agendamento da sabatina por Alcolumbre. Por isso, a eventual dificuldade enfrentada no plenário poderá ser revertida nos próximos dias, com negociação mais intensa nas grandes bancadas, hoje divididas.

Parte dessas legendas abriga críticos do governo e senadores que se consideram independentes, como Renan Calheiros (MDB-AL) e Omar Aziz (PSD-AM), o que pode dificultar o trabalho de convencimento liderado pelos aliados de Bolsonaro.

Além disso, a resistência ao nome de Mendonça se manteve também em partidos que integram o núcleo da base governista, como é o caso do PP e do PL. As duas siglas são a casa de dois articuladores do Palácio do Planalto: Ciro Nogueira (Casa Civil) e Flávia Arruda (Secretaria de Governo), respectivamente.

O cenário detectado por governistas indica que políticos do centrão ainda podem ser um obstáculo para a aprovação de Mendonça —ou, ao menos, podem tornar esse trabalho mais custoso.

Às vésperas da indicação de Mendonça, ainda em julho, parlamentares influentes do centrão se diziam contrários ao nome e trabalhavam nos bastidores para que Bolsonaro indicasse o procurador-geral da República, Augusto Aras.

Esses políticos afirmavam que Mendonça seria um ministro alinhado unicamente ao presidente e teria uma postura considerada lava-jatista —pouco generosa em relação a políticos investigados. Aras, por outro lado, teria um diálogo mais fluido com o próprio centrão.

Depois que Bolsonaro formalizou a indicação de Mendonça, esse grupo se dividiu. Os parlamentares fiéis ao governo e dirigentes dessas siglas passaram a apoiar o nome do ex-AGU, mas nem todos os parlamentares seguiram os líderes de suas bancadas.

Por isso, o Planalto admite a resistência e um cenário incerto para a aprovação do nome, ainda que diga enxergar a possibilidade de conquistar votos.

No radar dos articuladores do governo, o único partido que já indicou uma posição majoritariamente favorável a Mendonça é o Podemos, cuja bancada tem nove senadores.

Nas palavras de um aliado de Bolsonaro, o partido tem “praticamente uma unanimidade” para aprovar a indicação. Uma exceção já computada é o senador Jorge Kajuru (GO), que é integrante da CCJ e declara voto contrário a Mendonça.

A sabatina de Mendonça foi marcada por Alcolumbre na quarta-feira (24), mais de quatro meses após a indicação de Bolsonaro. A interlocutores Alcolumbre vinha afirmando que apenas colocaria em pauta a sabatina quando tivesse votos suficientes para derrubar a indicação.

O senador pelo Amapá vinha sofrendo pressões para pautar a sabatina de Mendonça, apesar do alívio proporcionado por uma recente decisão do STF, que garantiu a ele a prerrogativa para agendar as análises dentro da comissão.

Por outro lado, cresceu a pressão sobre seu aliado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, que marcou um esforço concentrado e vinha dizendo que tinha a expectativa era de que Alcolumbre realizaria todas as sabatinas pendentes.

Alguns senadores chegaram a ameaçar paralisar as atividades na Casa se a sabatina de Mendonça não fosse marcada.

Nos bastidores, comenta-se que o principal motivo pelo qual Alcolumbre vinha segurando a sabatina de Mendonça é o fato de ter perdido o controle sobre a distribuição de emendas.

Além disso, ele também gostaria de ver substituída a indicação de Mendonça por Aras. Mendonça é o nome “terrivelmente evangélico” que Bolsonaro havia prometido indicar para uma vaga no STF.

ENTENDA TRAMITAÇÃO DAS INDICAÇÕES NO SENADO
A avaliação sobre a nomeação é feita pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Para iniciar o processo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), deve ler o comunicado da indicação em plenário, o que já foi feito
A principal etapa na comissão é a realização de uma sabatina do candidato pelos congressistas. Concluída a sabatina, a CCJ prepara um parecer sobre a nomeação e envia a análise ao plenário
A decisão sobre a indicação é feita em uma sessão plenária da Casa. A aprovação do nome só ocorre se for obtida maioria —ao menos 41 dos 81 senadores
Depois da aprovação pelo Senado, o presidente pode publicar a nomeação e o escolhido pode tomar posse no tribunal
Renato Machado, Bruno Boghossian e Julia Chaib/Folhapress

Nova variante do coronavírus domina preocupação de empresários

Foto: Renan Calixto/Arquivo/GOVBA

O avanço da nova cepa do coronavírus a essa altura da pandemia foi um balde de água fria para o empresariado. O primeiro olhar sobre o assunto ainda é feito com cautela, insegurança e uma ponta de esperança de que se trate apenas de alarme falso ou seja contido em breve.

“É preocupante, mas não temos dúvidas de que a ciência vai trazer a solução para essa nova variante”, afirma Nelson Mussolini, presidente do Sindusfarma, que representa as grandes farmacêuticas.

Paulo Solmucci, presidente da Abrasel (associação de restaurantes), acha que é alarmismo. “A menos que se comprove a ineficácia das vacinas para essa variante, não vemos razão para o pânico”, diz.

Na avaliação de José Carlos Martins, da CBIC (setor da construção), é preciso entender o real risco da variante para saber como lidar.

Para Ricardo Roriz, da Abiplast, o avanço da nova variante coloca em xeque a recuperação. “Enquanto isso, o mundo vive sem previsão de retomar a normalidade da sensação de segurança e bem-estar das pessoas e da possibilidade da volta consistente da economia”, diz.

A preocupação da hotelaria é com a aproximação das festas de final de ano e o Carnaval, segundo Manoel Linhares, presidente da Abih (associação da indústria de hotéis). Ele diz que o setor está aguardando a definição dos protocolos dos órgãos para adequar a operação.

“Estamos acompanhando. Somos a favor de que a Saúde decida logo que não deve ter aglomeração, porque a hotelaria não aguenta fechar de novo”, diz.
Painel SA/Folhapress

Derrota de Doria nas prévias pode acionar plano para manter Alckmin no PSDB

Foto: Werther Santana/Arquivo/Estadão/Geraldo Alckmim

Lideranças tucanas afirmam que uma eventual derrota de João Doria nas prévias do PSDB marcadas para este sábado (27) pode colocar em marcha um pacote para segurar Geraldo Alckmin no partido.

O ex-governador tem dito a aliados que pretende migrar para o PSD, de Gilberto Kassab. Os tucanos consideram que ele preferirá ficar no PSDB se receber a proposta de ser candidato a governo de SP pela sigla.

Em caso de revés de Doria, eles dão como certo que Rodrigo Garcia (PSDB) toparia ser vice de Alckmin, ainda que sua candidatura já tenha sido homologada.

Uma evidência de que Alckmin não está certo de sua saída, para esses tucanos, seria a demora do ex-governador em deixar de fato o PSDB. Outros ponderam que ele só quer dar seu voto em Leite, contra o desafeto Doria, nas prévias do partido antes de deixá-lo.
Painel/Folhapress

União Brasil corre risco de rachar contra candidatura de Sergio Moro

Foto: Dida Sampaio/Arquivo/Estadão/Sergio Moro

Ainda engatinhando, a União Brasil arrisca rachar internamente a respeito da escolha de um candidato presidencial para 2022.

Enquanto uma ala pressiona para apoiar Sergio Moro (Podemos), outra acompanha as prévias do PSDB e torce pela derrota de Eduardo Leite, com o objetivo de atraí-lo para a sigla que une DEM e PSL. Esse grupo não quer o ex-juiz na cabeça da chapa de modo algum, mas aceitaria vê-lo como vice do governador do Rio Grande do Sul.

Lideranças de partidos da base de Jair Bolsonaro estão de olho nessa movimentação e chamam a dupla Leite-Moro de chapa dos sonhos. estrelas Alguns deles já acreditam ser possível que Moro apareça à frente do presidente nos próximos meses, o que poderia impulsionar um desembarque do governo rumo à chamada terceira via.

Políticos experientes, no entanto, apontam que o governador do Rio Grande do Sul é muito menos conhecido e deve aparecer nas pesquisas menor, o que exigiria que o ex-juiz fosse muito desprendido para aceitar a ideia.
Painel/Folhapress

Comissão da Câmara aprova 14° salário a aposentados e pensionistas do INSS

Concessão do benefício terá impacto de R$ 39,26 bilhões, em relação a 2020, e de R$ 42,15 bilhões, no que diz respeito ao ano de 2021
Comissão da Câmara aprova 14° salário a aposentados e pensionistas do INSS; projeto ainda deve ser votado na CCJ e passar pelo Senado para ser aprovado
A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou a proposta que assegura excepcionalmente nos anos de 2020 e 2021 o pagamento em dobro do abono anual aos segurados e dependentes do INSS. A proposta ainda será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa e, se aprovada, segue para o Senado Federal. Pelo texto, limitado ao valor de dois salários mínimos e com as parcelas pagas no mês de março dos anos de 2022 e 2023. O abono é destinado a beneficiários da Previdência Social que durante o ano receberam algum tipo de auxílio, como por morte, acidente, doença ou até mesmo reclusão. O relator, deputado Fábio Mitidieri (PSD-SE) diz que a concessão do benefício em dobro do chamado 14º salário tem como objetivo reduzir o impacto econômico da pandemia da Covid-19 entre os segurados, principalmente os de baixa renda. “É o melhor possível dentro da urgência e dentro da emergência que nós temos. É merecido, aos 35 milhões de aposentados que aguardavam por esse momento. O grande vitorioso aqui, não sou eu, são os 35 milhões de beneficiados”, afirmou. Na avaliação do governo, numa concessão do 14º, terá um impacto em relação a 2020 de R$ 39,26 bilhões e de R$ 42,15 bilhões no que diz respeito ao ano de 2021.*Com informações do repórter Daniel Lian 
Por: Jovem Pan

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