Boletim Covid/ 28 de novembro confirma 01 caso ativo de coronavirus
A Secretaria de Saúde de Ipiaú informa que hoje, 28 de novembro, tivemos 13.406 casos registrados como suspeitos, sendo 3.192 casos confirmados, dentre estes, são 3.105 pessoas RECUPERADAS, 01 está em isolamento social, 00 internada e 86 foram a óbito. 10.209 casos foram descartados e 05 pessoas aguardam resultado de exame. Nesse momento, temos 01 caso ativo.
O uso da máscara é indispensável, evite aglomerações, use álcool 70% e lave as mãos com água e sabão sempre que puder .
Prefeitura de Ipiaú/Dircom
Bahia registra 414 novos casos de Covid-19 e mais 2 óbitos pela doença
Foto: Josué Damascena/Arquivo/Fiocruz |
Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 414 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,03%) e 357 recuperados (+0,03%). O boletim epidemiológico deste domingo (28) também registra 2 óbitos. Dos 1.259.286 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.228.878 já são considerados recuperados,3.124 encontram-se ativos e 27.284 tiveram óbito confirmado.
O boletim epidemiológico contabiliza ainda 1.627.949 casos descartados e 253.536 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas deste domingo. Na Bahia, 52.532 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.
Republicanos puxa tapete de candidatura do ministro João Roma ao governo da Bahia
Foto: Alan Santos/Arquivo/PR |
A intenção do ministro da Cidadania, João Roma, de disputar o governo da Bahia está prestes a ir por água abaixo, caso ele pretenda se lançar pelo Republicanos. Acontece que o partido deve descartar as candidaturas a governador nas próximas eleições e se concentrar em eleger o maior número de deputados e senadores para turbinar o fundo eleitoral.
Uma saída para o ministro é se filiar a outra legenda, como o PL, provável destino do presidente Jair Bolsonaro. Inclusive, a possibilidade de Roma procurar novo abrigo já vem sendo ventilada nos bastidores há algumas semanas.
Por outro lado, a eventual filiação de Roma ao PL traz outra implicação importante na Bahia: a impossibilidade de a sigla apoiar a candidatura do ex-prefeito ACM Neto (União Brasil) ao Palácio de Ondina, o que até então era dado como certo.
A ida do chefe do Planalto para o partido de Valdemar da Costa Neto estava marcada para o último dia 22, mas foi adiada após desentendimentos entre ambos. Bolsonaro queria o controle do diretório de São Paulo, e também fez uma série de outras exigências, como o veto a alianças com partidos de esquerda.
Covid-19: o que se sabe até agora da variante Ômicron
Foto: Débora Barreto/Arquivo/Fiocruz |
O surgimento de uma variante no novo coronavírus confirmado em regiões da África preocupa especialistas internacionais de saúde. Batizada de Ômicron – letra grega correspondente à letra “o” do alfabeto -, a cepa B.1.1.529 foi identificada em Botsuana, país vizinho à África do Sul, em meados de novembro. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a variante pode ser responsável pela maior parte de novos registros de infecção pelo novo coronavírus em províncias sul-africanas.
Onde a variante foi identificada?
Além de países vizinhos a Botsuana – África do Sul, Lesoto, Namíbia, Zimbábue e Eswatini (ex-Suazilândia) -, casos da variante Ômicron também foram registrados em outras regiões: Hong Kong, na China, foi a primeira delas. Israel e Bélgica também tiveram registros, casos que seguem isolados.
O que há de diferente?
Nos casos analisados, constatou-se que a variante é portadora de dezenas de mutações genéticas que podem afetar os índices de contágio e de letalidade. A OMS, entretanto, afirmou que ainda não há estudos suficientes para afirmar as propriedades da Ômicron, mas que já existem esforços científicos acelerados para estudar as amostras. Um time de cientistas de universidades da África do Sul está decodificando o genoma da Ômicron, juntamente com dezenas de outras variantes do novo coronavírus.
Tulio de Oliveira, diretor do Centro para Respostas e Inovações Epidêmicas da universidade de KwaZulu-Natal, afirmou em coletiva de imprensa que a variante Ômicron possui “uma constelação incomum de mutações”. A variante Delta, por exemplo, possuía duas mutações em relação à cepa original do novo coronavírus, enquanto a Ômicron possui cerca de 50 – 30 delas localizadas na proteína Spike, responsável por infectar células saudáveis, explicou o brasileiro.
Em reunião de emergência realizada na tarde de sexta-feira (26), representantes da OMS classificaram a Ômicron como variante de preocupação (VOC) – mesma categoria das variantes Delta e Gama.
Existem casos no Brasil?
O Brasil ainda não registrou nenhum caso da nova variante. Para tentar frear a chegada da Ômicron ao país, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, determinou que voos com origem de países do sul da África não poderão desembarcar no Brasil. Outros países, como a Inglaterra, também proibiram a chegada de voos vindos da região.
A Pfizer, responsável por uma das vacinas inovadoras contra o novo coronavírus, afirmou que espera conseguir colocar no mercado uma nova versão do imunizante que seja eficaz contra a variante Ômicron em um prazo de até 100 dias. A eficácia das vacinas existentes ainda não foi testada em relação à nova variante.
Por que Ômicron?
A OMS usa letras do alfabeto grego para denominar as variantes importantes do novo coronavírus. A última variante registrada havia sido a Mu, que deveria ser seguida das letras gregas Nu (equivalente ao N) e Xi. As letras, no entanto, poderiam causar confusão, já que Nu em inglês tem pronúncia quase idêntica à palavra new (novo). Enquanto a letra Xi corresponde a um nome comum na Ásia, principalmente na China. A OMS decidiu, então, pular as duas letras.
Agência Brasil
Mulher é detida após xingar Bolsonaro na via Dutra, em Resende (RJ)
Foto: Pedro Ladeira/Arquivo/Folhapress-Jair Bolsonaro |
Uma mulher de 30 anos foi detida e levada à delegacia depois de xingar o presidente Jair Bolsonaro às margens da via Dutra no sábado (27), em Resende (RJ).
Bolsonaro esteve na cidade para participar da cerimônia de formatura dos cadetes da Aman (Academia Militar das Agulhas Negras).
Antes do evento, estava com sua comitiva na Dutra, próximo à Aman, e acenava aos veículos que trafegavam pela rodovia que liga São Paulo ao Rio, as duas cidades mais populosas do país, quando foi xingado.
A mulher, que era passageira do automóvel e não teve seu nome revelado, “proferiu palavras de baixo calão e xingamentos”, segundo a polícia. O carro foi abordado pela PRF (Polícia Rodoviária Federal).
No local, ela foi encaminhada à equipe da Polícia Federal que estava na Dutra e, de lá, levada para a delegacia da PF em Volta Redonda (RJ), distante cerca de 50 quilômetros, para o registro de um termo circunstanciado pelo crime de injúria.
A mulher não chegou a ficar presa e foi liberada depois de ter assumido o compromisso de que vai comparecer em juízo.
A pena para o crime de injúria, se condenada, é de até três anos de reclusão e multa, conforme o artigo 140 do Código Penal, mas, no caso de ser cometido contra o presidente da República, é aumentada em um terço.
Depois, Bolsonaro esteve na formatura de 391 cadetes do quarto ano da Aman, onde se formou em 1977. Os cadetes se dividem entre infantaria, cavalaria, artilharia, engenharia, material bélico, intendência e comunicações.
Pela primeira vez em 210 anos, conforme a Aman, houve a formatura de um grupo misto, com 23 mulheres.
Além de Bolsonaro, participaram da cerimônia o vice, Hamilton Mourão, e os ministros Braga Netto (Defesa), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência).
Não foi a primeira vez que alguém foi detido por envolver o nome do presidente. Em março, em Uberlândia (MG), por exemplo, um homem foi preso por ter publicado em seu perfil no Twitter a frase: “Gente, Bolsonaro em Udia [Uberlândia] amanhã…Alguém fecha virar herói nacional?”.
A Polícia Militar foi à sua casa no mesmo dia, à noite, dando voz de prisão a ele e avisando que ele teria que acompanhá-los à Polícia Federal.
Foi preso até o dia seguinte com base na Lei de Segurança Nacional sob a acusação de “fazer propaganda” e “incitar” a prática de crimes contra a vida do presidente da República.
O homem disse que a publicação era uma piada e nem sabia se Bolsonaro iria mesmo à cidade. O presidente visitou o município mineiro no dia
Marcelo Toledo/Folhapress
Homem é preso pela Polícia Militar em Itagibá por cometer lesão corporal contra outro homem
Por volta das 02h10min deste domingo(28/11/21), a guarnição da 55ª CIPM/Itagibá foi solicitada, via telefone funcional, onde foi informada que no Bar do Parque do Vaqueiro, em Itagibá, um indivíduo teria agredido uma pessoa conhecido como Lucas, deixando gravemente ferido.
A guarnição deslocou ao local, e chegando lá, se deparou com a vítima com lesões na boca, sangramento no nariz e hematomas abaixo dos olhos.
A vítima relatou aos policiais militares que estava catando latinhas e, ao sair do sanitário foi surpreendido pelo autor que já chegou lhe golpeando com socos no seu rosto, sem saber os motivos da agressão.
Segundo relato do autor, ele estava fazendo uso de cocaína, momento em que a vítima se aproximou e lhe pediu um pouco da droga. Que ao recusar, a vítima xingou ele e sua mãe. Em seguida, o autor partiu para as agressões.
Os envolvidos foram conduzidos, inicialmente, para o Centro Médico(CEMED), onde a vítima foi atendida. Posteriormente, foram conduzidos para o Plantão Central na Delegacia Territorial de Ipiaú.
Autor: J. S. S., Nasc. 27/05/84; Vitima: L. M. S., Nasc. 16/03/89
Fonte: Ascom/55ª CIPM-PMBA, uma Força a serviço do cidadão!
Dário Meira: Homem è preso pela Polícia Militar no Distrito de Planalto Iris por agredir e ameaçar companheira (Lei Maria da Penha)
Foto: Divulgação/PM |
A guarnição deslocou até o local e manteve contato com a vítima, que relatou que seu esposo tinha lhe agredido e estava lhe ameaçando com um facão.
Foto: Divulgação/PM |
O autor foi imobilizado e os envolvidos conduzidos à delegacia local para que fosse tomadas as medidas de polícia judiciária.
Autor: A. S. F., Nasc. 02/03/1977; END: Rua Calçada S/N Planalto Iris; Vitima: E. de J. S., Nasc. 02/09/1990; End: Rua Calçada S/N Planalto Iris
Fonte: Ascom/55ªCIP-PMBA, uma Força a serviço do cidadão!
Homem é preso pela Polícia Militar no Centro de Ipiaú por furtar produtos de uma loja de departamento e de supermercado.
No final da manhã de sábado (27/11/21), em ronda pelo setor comercial da cidade de Ipiaú, a guarnição da 55ª CIPM/Ronda Comercial foi solicitada por uma funcionária de uma Loja de Departamento, localizada na rua 2 de Julho, centro de Ipiaú, que informou aos policiais militares que, ao visualizar as imagens das câmeras, notou um indivíduo moreno, com blusa cinza, calça escura e sapatênis, com uma sacola listrada, furtando produtos diversos colocando na sacola e evadindo em seguida.
Foto: Divulgação/PM |
Diante do relato a guarnição realizou rondas pela área comercial, encontrando o suspeito, conforme visualizado nas imagens da câmera, que não portava documentos e alegou não lembrar numeros e data de seus registros pessoais.
O suspeito foi conduzido à delegacia juntamente com a solicitante/vítima, porém não foram encontrados os produtos furtando da loja de departamento, sendo encontrado com ele 1 litro de Whisky Black Label e 2 protetores Solar, que segundo testemunhas, foram furtados num supermercado próximo à loja de departamento.
Assim, o suspeito foi apresentado para que fossem adotadas as providências legais para autuação do delinquente.
Autor: M. de O. S.End: Travessa São Félix, Barrio Euclides Neto
Fonte: Ascom/55ª CIPM-PMBA, uma Força a serviço do cidadão!
Cirurgias de Catarata são realizadas para pacientes de Ipiaú nesse final de semana.
Foto: Divulgação/Prefeitura de Ipiaú/Dircom |
Neste sábado e domingo, 27 e 28 de novembro, respectivamente, foi dado início as cirurgias de catarata para a população de Ipiaú.
As cirurgias que estão sendo realizadas em Santo Antônio de Jesus é resultado do Mutirão de Oftalmologia que atendeu cerca de 3 mil pessoas no início de novembro.
Foto: Divulgação/Prefeitura de Ipiaú/Dircom |
Os pacientes, um total de 40, foram enviados para realizar a cirurgia com transporte exclusivo da Secretaria Municipal de Saúde, assim como acompanhados pela sua equipe de enfermagem. Além disso receberam os óculos escuros recomendados nesses casos e kit lanche.
Foto: Divulgação/Prefeitura de Ipiaú/Dircom |
"Meu objetivo é sanar as demandas reprimidas dos pacientes que precisam de atendimento oftamológico, para isso, muitos outros mutirões virão", salientou a secretária da pasta, Laryssa Dias que finalizou agradecendo a prefeita de Ipiaú,
"agradeço a prefeita Maria , por todo apoio e investimento na saúde."
Toda ação, desde o Mutirão de Oftalmologia, foi organizada pela Prefeitura de Ipiaú por meio da Secretaria de Saúde do município.
Prefeitura de Ipiaú/Dircom
‘Eu vou te queimar’, PM é chamada após filho espancar mãe que recusou dar R$ 5 mil
Foto: Ilustração |
Um homem de 37 anos foi preso em flagrante neste sábado (27) em Corumbá a 444 quilômetros de Campo Grande, depois de espancar a mãe de 59 anos, quando a mulher recusou dar dinheiro ao filho.
A polícia foi chamada por volta das 13h15 deste sábado (27) até a casa a região central depois da mulher ser agredida pelo filho, que estava embriagado e teria usado entorpecentes. A vítima disse que o autor exigiu que ela lhe desse o valor de R$ 5 mil para ir para a Capital e parar de importuná-la.
Mas, quando a mulher se recusou a dar o dinheiro para o filho, ele a agrediu e ainda disse, “Eu vou te bater e te queimar sua vagabunda se contar para alguém”. A vítima estava se queixando de dores na cabeça após levar socos do filho, preso em flagrante por violência doméstica.
Com combustível cada vez mais caro, carros elétricos ganham espaço e podem se tornar realidade em MS
Carros são recarregados com energia solar - Foto: Arquivo Pessoal |
A tecnologia de massa ainda não chegou aos carros voadores imaginados na franquia 'De Volta para o Futuro', mas os carros elétricos — mais econômicos e sustentáveis — são uma realidade cada vez mais próxima, com o aumento do uso da energia solar e a conscientização dos motoristas.
Dono do primeiro ponto de recarga e possivelmente também do primeiro carro movido por energia elétrica de Mato Grosso do Sul, o empresário Henderson Martins, de 44 anos, fez a conversão da sua Ford Ranger e rodou pela primeira vez com o veículo carregado em janeiro de 2020.
Ao mesmo tempo em que adaptava sua Ranger, Henderson, que tem uma empresa de energia solar em sociedade com o irmão, montava também a estação de recarga pioneira de MS, que foi noticiado pelo Jornal Midiamax na época.
Henderson e o irmão na estação de recarga. (Foto: Arquivo Pessoal) |
Desde então, o mercado vem crescendo e Campo Grande já ganhou mais seis estações e muitos adeptos. "Vejo que cada dia mais as pessoas estão começando a trocar o carro à combustão pelo carro híbrido, que é o elétrico com combustão. Eu conheço alguns clientes nossos que já deixaram de ser 100% combustão e estão no híbrido e pretendem, daqui a uns anos, migrar para o 100% elétrico", disse ele ao Jornal Midiamax.
Os carros que rodam atualmente e que foram adaptados são no modelo híbrido, que podem ser movidos tanto com energia elétrica como com combustíveis. E com o preço da gasolina chegando a custar R$ 8 reais em MS, a conversão para 100% elétrico pode chegar antes do imaginado. "As pessoas estão tomando ciência que a combustão não vai existir mais, então estão migrando", opinou ele.
Henderson contou que recebeu um empresário de Três Lagoas que comprou um carro movido à energia. O três-lagoense queria entender sobre a recarga e o uso do veículo elétrico. "Um carro elétrico é muito mais simples que um a combustão", explicou.
Fonte de energia sustentável
Estação é abastecida com energia solar. (Foto: Arquivo Pessoal) |
Apesar dos combustíveis fósseis estarem caros, a energia elétrica na bandeira vermelha também têm gerado reclamações, principalmente por conta da seca nas hidrelétricas do Brasil. Porém, utilizar um carro elétrico juntamente com uma fonte de energia sustentável além de custar mais barato, também ajuda o meio ambiente.
Utilizar veículos elétricos é um avanço para a diminuição dos gases de efeito estufa responsáveis pelo aumento do aquecimento global. Para ser realmente sustentável, a medida deve vir acompanhada de outras ações que classifiquem o veículo como verdadeiro carro ecológico.
Quando movido por bateria, o veículo não contamina a natureza quando está circulando, mas a energia produzida para a recarga pode ser contaminante, dependendo dos processos para a formação dela.
A estação de recarga criada pelo empresário utiliza energia solar para fazer o abastecimento dos veículos e é gratuita. Outra, das sete estações da Capital, fica no estacionamento do Shopping Campo Grande. Ela também não cobra pelo abastecimento e utiliza a rede elétrica convencional para o serviço.
Custo x benefício
Atualmente, algumas fabricantes já produzem carros 100% elétricos, mas o motorista pode optar por fazer a conversão do próprio carro. Porém, segundo o empresário, que também é engenheiro elétrico, atualmente comprar um carro elétrico está compensando mais, por conta da alta do dólar — que está custando mais de R$ 5.
"Todos os materiais são importados e com a alta do dólar está muito difícil fazer projeto. [Com o valor gasto para] fazer uma conversão igual a da minha picape hoje, você compra um carro elétrico. Não uma picape, mas um carro com entrada elétrica", opinou Henderson. Para fazer a conversão, é necessário trocar todo o motor e também alguns equipamentos do veículo. "Vai usar só a carcaça praticamente", explicou ele.
Segundo levantamento da Revista Carro, o carro elétrico mais barato vendido no Brasil é oJAC E-JS1, que custa em torno de R$ 154,9 mil. Os preços variam, podendo chegar aos R$ 500 mil do Jaguar I-Pace S, considerado o 10º mais barato do país.
No quesito de custo para rodar com o veículo, segundo Martins — utilizando com base o gasto com a Ranger —, a economia chegou a mais de 80%. Ele gastava em torno de R$ 400 com gasolina para rodar por volta de 300 quilômetros. "De energia você não vai gastar 100 reais por mês. Em torno de 70 a 80 reais para ter essa mesma autonomia", relatou.
Apesar dos benefícios, o investimento do setor em Mato Grosso do Sul ainda é totalmente da iniciativa privada, mas o alinhamento com políticas públicas e setor da indústria pode favorecer e acelerar o desenvolvimento e atingir mais pessoas. Não é preciso ir à Lua para saber que voltar o olhar para o sustentável é "um pequeno passo para o homem, mas um grande salto para a humanidade" — parafraseando o astronauta Neil Armstrong, em 1969.
Por: Midiamax.uol.com.br
Vitorioso, Doria prega união no PSDB e com aliados contra Lula e Bolsonaro
Foto: Divulgação/João Doria |
Vitorioso nas prévias presidenciais do PSDB, o governador João Doria (SP) faz um discurso em que prega a união de seu partido e de outras siglas em torno de um projeto liberal para enfrentar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (sem partido, rumo ao PL).
A Folha teve acesso ao texto que Doria fará neste sábado (27), após derrotar o governador Eduardo Leite (RS) e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio, na disputa interna que quase desandou devido a problemas técnicos no domingo passado (21). O paulista teve 53,99% dos 30 mil votos na prévia, ante 44,66% do gaúcho e 1,35% do manauara.
Na fala, Doria acena a seus rivais, particularmente Leite, com quem travou uma amarga disputa ao longo das prévias —Virgílio, que nunca teve chances, trabalhou em dobradinha com o paulista, embora tenha reservado críticas ao que chama de falta de traquejo político do colega.
“A eleição foi linda. Não tenho dúvidas de que foi difícil a decisão. Eduardo Leite e Arthur Virgílio são meus amigos e do mesmo partido. A partir de agora, fazemos parte da mesma chapa”, diz o texto.
Doria fala à sua plateia, o militante do PSDB, e homenageia em sequência líderes históricos do partido: o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, os ex-governadores paulistas Mário Covas, Franco Montoro e José Serra.
Surpreendentemente, sobra deferência até a um desafeto, Geraldo Alckmin, elogiado pontualmente por suas “escolas técnicas”. O ex-governador paulista está de saída do PSDB, provavelmente para o PSD, para tentar voltar ao cargo que ocupou em quatro ocasiões.
Alckmin se credenciou para votar nas prévias, na qualidade de ex-presidente do partido, integrando um grupo com grande peso proporcional no certame. Foi duramente criticado nos bastidores por aliados de Doria por isso.
Mais do que pregar a união do PSDB, de saída uma missão quase impossível dada a animosidade entre seu grupo e o liderado por Aécio Neves (MG), que apadrinhou Leite, Doria já acena aos aliados que quer convencer a trabalhar juntos na chamada terceira via.
“Ninguém faz nada sozinho. Precisaremos da ajuda de todos. Da união do Brasil. Da união do PSDB. Da união com outros líderes e partidos”, diz o texto. Leite era visto por parceiros potenciais em 2022 como um nome mais agregador, até porque tem menos densidade política por ser jovem (36 anos) e governar um estado menor do que São Paulo.
De resto, o discurso é um compêndio das bases da campanha de Doria, se de fato se viabilizar como candidato no ano que vem.
Como o pânico pelo surgimento da variante ômicron sugere, a economia pode ser o tema dominante da campanha de 2022, mas a pandemia não estará exatamente no retrovisor.
Bolsonaro, claro, é um dos alvos preferenciais de Doria no discurso. Ele já faz seu “hedge” antecipando a usual crítica pelo associação com o hoje presidente no segundo turno de 2018. “Bolsonaro vendeu um sonho e entregou um pesadelo”, diz o texto, falando sobre a erosão institucional nesses quase três anos de governo.
Sobra também para o PT. “Os governos Lula e Dilma representaram a captura do estado pelo maior esquema de corrupção do qual se tem notícia no país. A moralidade convertida em roubalheira. Fazer políticas públicas para os mais pobres não dá direito, a quem quer que seja, de roubar o dinheiro público.”
Aqui a consonância é com Sergio Moro, o ex-juiz símbolo da Lava Jato que se lançou como candidato a presidente. No grupo de Doria, não é segredo o desejo de ver ambos unidos em 2022 —com o tucano à frente.
Doria embarca na terça (30) para Nova York, onde lidera uma missão empresarial. O discurso para os investidores quem quem irá se encontrar está pronto.
Ele repete a promessa de fazer um governo liberal, com ênfase em privatizações, concessões, investimento em infraestrutura e responsabilidade fiscal. Ao mesmo tempo, promete aumento de emprego e renda, e reformas “não para gerar superávit primário, mas para gerar inclusão”.
“Vamos reconstruir o Brasil. Há milhões de brasileiros vivendo na miséria. E é para eles que temos de olhar primeiro. Com programas de transferência de renda, sem furar o teto de gastos, ensino integral para as crianças, atendimento de saúde às famílias mais pobres e programas de geração de emprego”, disse.
Por fim, completando o padrão ESG (a sigla inglesa para ambiente, social e governança, mantra do bom-mocismo empresarial atual) de qualquer discurso público nesses dias, referências à preservação do ambiente, da economia de baixo carbono, da ciência —sem, claro, esquecer de acenar ao agronegócio (que é “aliado do meio ambiente”).
Igor Gielow/Folhapress
Empresas avaliam trocar a Bolsa brasileira pela a americana
Foto: Dario Oliveira/Arquivo/Estadão/Bolsa de Valores |
Um grupo de empresas brasileiras com ações na B3 – entre elas, Banco Inter, Locaweb, Americanas e Natura – se prepara para negociar seus papéis nos EUA. Depois de o País ter visto um movimento de companhias abrindo capital diretamente em Nova York, como a XP e a Stone, agora empresas tradicionais, que já têm papéis listados no mercado de São Paulo, buscam migrar para o exterior.
Por trás dessa movimentação, está a busca por estabilidade e menor exposição ao risco Brasil, além da facilidade de acesso a novos investidores para financiar ambições de internacionalização. Até sexta-feira, o índice S&P 500 registrava alta de 22% no ano, enquanto a Nasdaq exibia variação de 20%. Na contramão, o Ibovespa amargava baixa de 14%.
Para fazer esse movimento rumo a Nova York, as empresas terão de abrir uma sede lá fora – a Natura, por exemplo, deve optar por uma holding. Na semana passada, o conselho do Inter deu o aval para a mudança. Já a Locaweb, de serviços digitais, e a gigante Americanas estão se organizado para trilhar o mesmo caminho.
Mas o que muda na prática? As empresas passariam a ter uma dupla listagem em Bolsa – com recibos de suas ações (os chamados BDRs) oferecidos na B3, mas tendo os EUA como o mercado principal para a negociação dos seus papéis. E passariam a se reportar também ao regulador americano.
Do lado dos investidores, em vez de ter nas mãos diretamente ações da companhia, passariam a ter acesso aos BDRs. E aí, além do risco da variação do mercado, teriam de enfrentar as flutuações do câmbio. Se alguma empresa vier realmente a mudar seus papéis para os EUA, o investidor local terá dois caminhos: receber o valor equivalente ao papel em BDR ou, então, vender a ação.
As empresas brasileiras com planos engatilhados para mudar a listagem de suas ações para os Estados Unidos afirmam que o movimento poderá agilizar a captação de recursos para avançar em estratégias de internacionalização. Mas, além disso, a migração pode servir a outro propósito: fugir da aversão do mercado internacional ao Brasil em tempos de turbulência política e econômica.
Segundo o sócio do PGLaw e professor na USP, Carlos Portugal Gouvêa, a imagem do Brasil hoje não é boa. “Muitos investidores internacionais deixaram de admitir a compra de ações de companhias brasileiras em razão das fragilidades de nosso sistema societário”, afirma. “Precisamos de reformas para proteger os direitos dos minoritários de forma urgente. Do contrário nosso mercado vai gradualmente desaparecer ou virar algo apenas para investidores locais menos sofisticados.”
Tanto é assim que a lista de empresas de malas prontas para Nova York não para de crescer. Na semana passada, o banco Inter pavimentou o caminho para ir ao exterior. Os acionistas aprovaram uma reorganização societária para que o negócio se reposicione como uma companhia global de tecnologia, e não um concorrente local do setor financeiro.
A ideia é acessar o “mercado de capitais mais maduro do mundo, com mais liquidez e volumes negociados”, divulgou a empresa. O Inter abriu capital na Bolsa brasileira em 2018, em um momento em que empresas com pegada digital escolhiam os Estados Unidos – a PagSeguro, por exemplo, chegou à Nasdaq na mesma época.
Outro caso de migração de ações é o da empresa de tecnologia Locaweb, que abriu capital na B3 no início de 2020, atraindo fundos estrangeiros para o setor brasileiro de tecnologia.
A oferta abriu as portas para que outras empresas do setor vissem a Bolsa local como opção para acelerar os negócios. A Locaweb já fez diversas aquisições no mercado desde a abertura de capital. Agora, com mais musculatura, quer avançar fora das fronteiras – por ora, a companhia diz que a migração está apenas em fase de estudo.
Para a Natura, uma eventual troca refletiria o fato de que boa parte de suas receitas está fora do País – a companhia é dona das marcas The Body Shop, Avon e Aesop. “O grupo Natura &Co está pronto para se dedicar à organização de sua estrutura corporativa, de modo que ela reflita melhor a atual distribuição geográfica e seu nível global de exposição”, disse a empresa, em nota.
Do lado das Lojas Americanas, controlada pelo trio de investidores Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, a explicação por trás do movimento pode ser mais complexa. No Brasil, a companhia anunciou que unificará suas classes de ações – o que fará com que eles tenham de abrir mão do controle. Caso a listagem migre para os EUA, é possível que o trio volte ao comando. Lá, o mercado usa a ferramenta chamada ação plural, que permite que seu detentor tenha mais direitos (como mais votos, por exemplo).
Apesar de o grupo de empresas com planos de migrar suas ações para Nova York ainda ser pequeno, haveria mais empresas estudando a possibilidade. Para o sócio da área de mercado de capitais do escritório Mattos Filho, Caio Cossermelli, a eleição de 2022 ajuda a acelerar a tendência. “Esse movimento não é à toa. Muitas empresas enxergam que pode valer a pena estar listada em um mercado com mais estabilidade”, frisa.
Fernanda Guimarães/Estadão Conteúdo
PF investiga se Marília Arraes usou dinheiro de caixa 2 em campanha de 2020
Foto: JC Imagens/Arquivo/Folhapress |
A PF investiga se a campanha de Marília Arraes (PT-PE) para a Prefeitura de Recife em 2020 usou dinheiro de caixa 2 obtido por meio de empréstimo de um empresário apontado como agiota e operador de um esquema de desvios em contratos municipais e estaduais em Pernambuco.
A Justiça autorizou a abertura da investigação eleitoral após a PF produzir em janeiro um relatório sobre conversas de Sebastião Figueroa e André de Souza, conhecido como Cacau, marido da deputada.
O material foi encontrado no celular do motorista do empresário em uma das operações que ele é alvo.
Segundo a PF, Cacau pede na conversa um empréstimo para Figueroa no valor de R$ 1 milhão, em duas parcelas de R$ 500 mil.
Como o pedido se deu em novembro de 2020, entre o primeiro e o segundo turno da eleição, os investigadores afirmam que é “bem razoável supor que os valores solicitados” seriam utilizados na campanha.
A PF aponta no relatório que Figueroa é conhecido “agiota e financiador de campanhas, possuindo bastante disponibilidade de recursos financeiros em espécie”.
O grupo criminoso supostamente liderado por Figueroa, diz a PF, há quase uma década, é favorecido com “contratações milionárias firmadas notadamente por órgãos estaduais e por diversas prefeituras do estado de Pernambuco”.
A deputada em nota enviada pela assessoria afirmou que o marido não tem qualquer tipo de relação com Figueroa e após ser informada da investigação pelos advogados pediu perícia nos áudios para mostrar que a voz não é a dele.
Marília Arraes no texto atrela Figueroa ao PSB e diz que na disputa em 2020 o partido fez “uma das mais vis e agressivas campanhas, baseadas em inverdades e fake news”. A parlamentar ainda diz estar admirada pelo fato do caso ter sido informado à imprensa logo após ter encontrado Jair Bolsonaro e feito discurso crítico ao presidente na Câmara.
Painel/Folhapress
Grupo de WhatsApp simboliza apoio de cúpula militar a Moro
Foto: Dida Sampaio/Arquivo/Estadão |
Na semana passada, a filiação do general Carlos Alberto dos Santos Cruz ao Podemos, partido do presidenciável Sérgio Moro, expôs um movimento que pode rachar o apoio ao presidente Jair Bolsonaro nas Forças Armadas. Em círculos fechados, militares reconhecidos na tropa como formuladores, responsáveis por artigos de viés conservador e despontados com Bolsonaro, se entusiasmaram com a união entre Moro e Santos Cruz. Esses oficiais se reúnem num grupo virtual batizado “3V” – acrônimo ao estilo militar para a “terceira via” eleitoral.
Os contatos do grupo são discretos. O “3V” reúne oito nomes conhecidos nas Forças Armadas, que trocam impressões por meio de mensagens no WhatsApp. Quase todos são oficiais de alta patente da reserva, mas há entre eles um coronel verde-oliva da ativa. As restrições da pandemia de covid-19 impediram muitos encontros presenciais – somente três ocorreram em apartamentos de generais no Plano Piloto, em Brasília.
Os militares acompanham os passos de Moro e acham que ele pode cristalizar apoios e se mostrar viável para derrotar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), atualmente líder em pesquisas de intenção de voto. Esse é um traço que une o grupo: o objetivo de encontrar um nome alternativo a Bolsonaro que possa impedir a volta do PT ao poder. Só não querem apoiar a extrema direita. “A terceira via é uma boa solução para o impasse que vivemos. Há um medo grande da volta do PT, da esquerda”, diz o general de Exército da reserva Paulo Chagas, decepcionado com Bolsonaro, a quem apoiou em 2018. “Não passamos de eleitores engajados, nosso papel é difundir nosso pensamento e mostrar que não existe um caminho só, que a gente pode e deve evoluir. Vejo muitos militares que concordam que Bolsonaro foi uma decepção, preferiu reimplantar o presidencialismo de coalizão. A essência política não mudou nada.”
Além de Santos Cruz e Paulo Chagas, integram o 3V o general Maynard de Santa Rosa, ex-secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência, o general Lauro Luís Pires da Silva, o coronel Walter Felix Cardoso, ambos ex-assessores da SAE. Outro rosto conhecido é o general Marco Aurélio Costa Vieira. Ex-secretário nacional do Esporte, demitido no início do governo Bolsonaro, o general Marco Aurélio é ligado ao ex-comandante-geral do Exército, general Eduardo Villas Bôas – ele dirige o instituto que leva o nome de Villas Bôas. Todos são do Exército. Pela Marinha, participa o capitão de Mar e Guerra dos Fuzileiros Navais Álvaro José Teles Pacheco, conhecido como comandante Pachequinho.
Santos Cruz é o rosto mais conhecido no “3V”. Na manhã da última quinta-feira, 25, data de sua filiação ao Podemos, ele expôs uma parte do que pensa e discute entre os camaradas. O discurso escrito à mão, em um bloco de papel, defendia o liberalismo econômico, o conservadorismo e a “paixão” às causas sociais. O general pregou a eliminação de “privilégios imorais”, a redução de “desigualdades vergonhosas” e o fim da reeleição, do culto à personalidade e do aparelhamento de instituições.
O general entrou no auditório de um hotel na capital federal de mãos dadas com a mulher, Dora. Vestia terno preto e gravata vermelha, com um escudo do Internacional espetado na lapela do paletó – o ex-ministro da Secretaria de Governo é gaúcho. Não sorriu nem quando incentivado pelos novos colegas de partido. Santos Cruz foi apresentado pelo senador Álvaro Dias (Podemos-PR) como um “mensageiro da paz” que já enfrentou tiroteios, referências ao currículo do general de quatro estrelas como comandante dos capacetes-azuis das Nações Unidas, no Congo e no Haiti.
Moro elogiou o currículo do general e fez um aceno à caserna. Disse que Santos Cruz não representa as Forças Armadas, mas arrasta consigo a credibilidade da carreira militar. Num sinal de trégua, o ex-juiz ponderou que a sociedade brasileira precisa superar a divisão entre civis e militares, uma herança da ditadura que incomoda os oficiais, temerosos por exemplo de que um governo de esquerda volte a fomentar investigações de crimes. “Essa separação que não faz nenhum sentido, entre militar e civil, nós temos que superar. Somos todos brasileiros, estamos no mesmo barco. Não existe oposição, como se quis fazer em governos anteriores, colocando o militar com viés negativo, e nem no atual governo também, querendo colocar o militar como superior aos brasileiros em geral. Somos todos irmãos, somos todos iguais”, discursou Moro.
Discretamente, um grupo de amigos de Santos Cruz, parte deles da caserna, acompanhou os discursos no fundo do salão e posou depois para fotos. Na reserva, eles passariam despercebidos em trajes civis, não fossem alguns símbolos na lapela. Um dos presentes era o general de Exército da reserva Ítalo Fortes Avena, ex-conselheiro da Missão do Brasil nas Nações Unidas, em Nova York.
Amigo de Santos Cruz, o general Avena concorda que a adesão a Moro sinaliza, para a caserna, um flanco político alternativo ao Palácio do Planalto. “O meio militar é livre para escolher o caminho que quiser”, diz o general Avena. “Pela nossa formação, somos liberais, legalistas e anticomunistas.”
Santos Cruz filiou-se ao diretório do Podemos no Distrito Federal, mas a direção ainda vai decidir se o transfere ao Rio, conforme conveniências eleitorais. O partido deseja que ele seja candidato a senador, embora especule-se que possa inclusive ser candidato a vice-presidente na chapa de Moro, caso a campanha falhe em preencher esse espaço com um nome de outro partido aliado. Ao Estadão, o general disse que seu movimento é de apoio a Moro e não a busca por um cargo público. “Estou me filiando para apoiar o movimento do Moro, não para ser candidato. Isso vamos ver mais à frente”, disse Santos Cruz durante a cerimônia. Ele negou que exista uma mobilização para que militares ingressem no partido. “Minha decisão é individual”, disse.
No entanto, seu exemplo será seguido e já aproximou de Moro até de generais que preferem a discrição. Horas depois da cerimônia, Moro e Santos Cruz almoçaram com o general Otávio Santana do Rego Barros, ex-porta-voz de Bolsonaro e do Centro de Comunicação Social do Exército, também escanteado pelo governo e hoje um crítico dos desmandos bolsonaristas. Pelo menos mais um general do grupo “3V” está a caminho do Podemos, Paulo Chagas.
Outro entusiasta de Moro é o general Guilherme Theophilo, que trabalhou como secretário nacional de Segurança Pública no governo Bolsonaro, quando Moro era o ministro da Justiça e Segurança Pública. Ex-PSDB, partido pelo qual concorreu ao governo do Ceará em 2018, Theophilo está filiado ao Podemos e foi ao lançamento da pré-candidatura de Moro.
Alguns generais mais experientes ainda preferem acompanhar à distância o jogo da pré-campanha. Um deles é o ex-secretário de Assuntos Estratégicos do governo Bolsonaro, general Maynard de Santa Rosa. Ele afirma que não pretende se filiar, mas reconhece em Moro “potencial” para afetar a predileção por Bolsonaro na tropa, mas pondera que o ex-juiz da Operação Lava Jato precisa de assessoramento político. “A decepção com JB, cujo discurso agradava aos militares, mas que não se mostrou capaz de honrá-lo, aconselha prudência e cautela”, disse Santa Rosa. “Se surgir uma terceira via viável, pode incomodar. Estou aguardando os próximos passos de Sérgio Moro, para identificar quem e quais são as suas afinidades. Ele pode crescer, se fizer as apostas certas. Ele se mostrou obstinado e competente no combate à corrupção. Infelizmente, não demonstrou habilidade política. Vai depender de boas assessorias.”
Um general de Exército que passou pelo Palácio do Planalto acompanhou a ressalva de Santa Rosa. Para ele, o País precisa de um presidente com experiência política, não de “neófito” ou “salvador da pátria”.
Desbancar a preferência por Bolsonaro no meio militar não é considerado fácil nem pelos aliados de Moro. O presidente, capitão do Exército, tem uma carreira política de três décadas como porta-voz do segmento. Já no governo, os militares tiveram seu orçamento da Defesa preservado ou reforçado, espalharam-se por cerca de 6 mil cargos na administração pública federal e chegaram a comandar 11 ministérios. Assumiram a chefia de algumas das principais estatais do País, como Petrobras, Correios e Itaipu Binacional. Até mesmo nomes da ativa ocuparam funções políticas.
O presidente levou adiante uma reforma das aposentadorias militares acompanhadas de reajustes que deram vantagens remuneratórias, algo que nenhuma outra categoria recebeu, bloqueou vetos aos aumentos mesmo durante a calamidade pública da pandemia e ainda autorizou o recebimento de vantagens acima do teto constitucional, o que fez com que ministros com vencimentos antes abatidos, agora possam acumular remunerações na faixa dos R$ 65 mil. Insatisfeitos com a reforma, parte da base da tropa quer ainda mais e espera ser inserida no reajuste que Bolsonaro prometeu aos servidores a partir da aprovação da PEC dos Precatórios.
Não há ainda pesquisas conhecidas que mostrem predileção por um ou por outro nas Forças Armadas. Oficiais de baixa patente da ativa, ouvidos reservadamente, ponderam que Bolsonaro é bem-quisto na base da tropa, ainda visto como defensor dos interesses pecuniários e sindicais. O presidente trabalha para reforçar esses laços como fez em todas as vésperas de campanha de sua carreira política e continua viajando o País para prestigiar formaturas e cerimônias militares como nenhum outro presidente desde a redemocratização.
Um oficial da Marinha, no entanto, confirma que no generalato da ativa, das três Forças, há conversas frequentes sobre a entrada de Moro na campanha e que ele pode ser uma alternativa a Bolsonaro no primeiro turno. O que mais os atrai é o histórico do ex-juiz, a imagem de “herói” prendendo a cúpula política e empresarial. Ele é visto como alguém de “coragem” que tentou levar adiante a agenda contra a impunidade, o que segundo esse oficial agrada muito ao meio militar. No segundo turno, seja Moro ou Bolsonaro, eles votam em quem for a opção para derrotar Lula.
O coronel Marcelo Pimentel, punido três vezes na reserva por declarações contra a politização no Exército, rejeita o movimento de Santos Cruz e companhia. Para ele, existe uma articulação de um “partido militar” informal influente no governo e que deseja se desassociar de Bolsonaro e manter o oficialato no poder. Ele opina que, num cenário com Bolsonaro candidato, a dupla Moro-Santos Cruz seria uma espécie de manobra para “apagar a flagrante associação dos generais do Alto Comando ao governo Bolsonaro, que foi montado por eles nos mínimos detalhes”. “Moro e Santos Cruz foram dissidências fabricadas para o desembarque, espécies de baleeiras de naufrágio”, diz Pimentel. COLABOROU VINÍCIUS VALFRÉ
Felipe Frazão/Estadão Conteúdo
Ipiaú: Prefeitura disponibilizará transporte escolar para o ENEM
A Prefeitura Municipal de Ipiaú, por meio da Secretaria de Educação e Cultura, disponibilizará transporte escolar para o ENEM circulando das 11:00 às 12:30, passando pelos pontos:
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Uma excelente prova para todos os nossos estudantes e que eles possam realizar o sonho de ingressar numa universidade!!! Secretaria de Educação e Cultura de Ipiaú
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