Ipiaú: Imagens de Drone -uma produção da Maré Comunicação

Começa à noite, e a Prefeita Maria segue acompanhando cada ponto da cidade, dando assistência aos moradores atingidos pelas chuvas em Ipiaú.
 Secretária de Ação Sicial, Sra Rebeca Câncio, Hota Comunitária de Ipiaú

Centro Comercial José Mota Fernandes,

                                          

 Ponte Sobre o Ria das Contas, Liga Ipiaú ao Distrito do Japumirim, Município de Itagibá

Avenida Lauro de Freitas, Areão do Arara
Bairro Aparecida onde a situação não é diferente de outras localidade, concentro uma numerosa população que também está situada as margens do Rio das Contas, um dos Bairros mais prejudicado pelas enchentes dos últimos dias.

O trabalho seguirá de forma contínua nesse momento difícil e a gestão municipal continuará de prontidão para proteger a população.
Qualquer necessidade ligue ou envie mensagem pelo WhatsApp: 73 3531 3815/ 3531 3387
Fonte: Ipiau-urgente


Balanço parcial de vítimas das enchentes é divulgado pela Defesa Civil da Bahia

Foto: Isac Nóbrega/PR
De acordo com os dados repassados pelos municípios e totalizados pela Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec), o estado tem 16 mil e um (16.001) desabrigados pelas chuvas, 19.580 desalojados, dois desaparecidos e 18 mortos. A divulgação dos números ocorreu durante reunião de monitoramento e alinhamento, realizada na base de apoio às vítimas das chuvas, montada em Ilhéus, na região Sul, no fim da tarde deste domingo (26).

O número de feridos (286) não foi alterado, em relação ao boletim anterior, por falta de informações atualizadas. A população total afetada é estimada em 430.869 pessoas. Participaram da reunião o governador Rui Costa, o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Adson Marchesini, o superintendente da Defesa Civil do Estado, coronel Carlos Miguel de Almeida filho, e outras autoridades e representantes dos órgãos de apoio e socorro às cidades afetadas.

A Bahia tem, neste momento, 72 municípios em situação de emergência reconhecida pelo Governo do Estado. Até ontem, 25 cidades faziam parte da lista, mas hoje o governador Rui Costa reconheceu outras 47 nesta condição. Do total de 72 cidades, 58 delas estão também em situação de crise por conta das enchentes.

A Prefeitura de Ipiaú emite "NOTA DE PESAR" pelo falecimento do ex-prefeito, José borges de barros Junior,

 

Foto: Zequinha Borges/Divulgação/Arquivo

NOTA DE PESAR  - A Prefeitura de Ipiaú através da prefeita de Ipiaú, Maria das Graças Mendonça, lamenta o falecimento do ex-prefeito deste município, José borges de barros Junior, o popular “Zequinha Borges, ocorrido na noite do último sábado em uma clínica da cidade de Jequié, onde se encontrava em tratamento de saúde. Zequinha Borges, 83 anos, administrou o município entre 1977 a 1982 e era filho do Dr. José  Borges de Barros, o primeiro médico de Ipiaú.

A atual gestora  manifesta seu profundo pesar pela morte de Zequinha Borges   e lembra  que ele deixou um legado fundamental para a cidade: “São marcas que têm reflexos importantes até hoje, como a pavimentação de diversas ruas e avenidas, aberturas de estradas e a construção do Ginásio de Esportes”.

Governador Rui Costa segue em Ilhéus coordenando ações de apoio à população atingida pelas chuva

Foto: Divulgação/GOVBA
O governador Rui Costa informou, em mensagem gravada no final da tarde deste domingo (26), que vai permanecer em Ilhéus coordenando as ações de apoio às vítimas das chuvas. O governador afirmou que “a prioridade neste momento é resgatar e acolher pessoas, retirá-las das áreas de risco, apoiar essas famílias garantindo a elas dignidade, mesmo que seja em um alojamento provisório. Mas o importante é preservar a vida das pessoas”

Rui convocou a população para ajudar na conscientização das pessoas que vivem em áreas de risco. “Se você conhece alguém em qualquer dessas cidades que viva em área de risco, avise para que essas pessoas deixem suas casas. Se você mora em áreas mais baixas, não resista em deixar sua casa, se a água começou a chegar, saia de casa imediatamente, procure um lugar seguro, a casa de um amigo, de um parente, ou um abrigo da prefeitura”.

O governador destacou que o trabalho continua. “Vou dormir aqui, e vamos continuar visitando as cidades, apoiando e acompanhando o atendimento dos bombeiros, dos policiais, das equipes médicas. Eu conto com a ajuda de vocês para vencer essa tragédia que, na história recente da Bahia, eu não me lembro de outra igual, com essa dimensão. Já tivemos tragédias localizadas, mas com essa dimensão, não me lembro”.

Neste domingo, além de sobrevoar cidades atingidas pelas chuvas, Rui manteve reuniões com representantes dos governos federal, estadual e municipal. “Organizamos e planejamos as intervenções de hoje e dos próximos dias. Também sobrevoei a região, infelizmente a cena é muito triste, muitas casas tomadas pela água, centros de cidades, como Itajuípe, Itabuna, Ilhéus, Jequié, várias comunidades debaixo d’água. Mas nós vamos trabalhar duro para recuperar os prejuízos”.

O governador destacou e agradeceu a ajuda de outros estados. “Nós estamos com helicópteros, inclusive de outros estados. Quero agradecer aos governadores do Nordeste, do Maranhão, do Ceará, Sergipe, e também dos estados de São Paulo e Minas Gerais. Mas, precisamos de tempo porque a área é muito grande. Vale do Jiquiriçá, região de Ipiaú, de Gandu, no Oeste da Bahia, infelizmente, também têm cidades alagadas. Aqui no sul da Bahia são muitas cidades”, concluiu.

Secom - Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia

Governo decreta situação de emergência para mais 47 municípios atingidos e Rui admite mudar para região atingida

Foto: Camila Souza/GOVBA/
Com a atualização de hoje, já são 72 as cidades baianas nas quais os efeitos da chuva resultaram na medid
Em Ilhéus, na tarde deste domingo, o governador Rui Costa assinou novo decreto estadual que inclui mais 47 cidades na lista de municípios em situação de emergência em decorrência das chuvas intensas que atingem a Bahia neste mês de dezembro. Até ontem, 25 cidades faziam parte da lista. Com a atualização de hoje, já são 72 as cidades baianas nas quais os efeitos da chuva resultaram na medida.

Passam a fazer parte da lista os municípios de Anagé, Angical, Arataca, Aurelino Leal, Barra do Choça, Belo Campo, Brejolândia, Caatiba, Caetanos, Camacan, Canavieiras, Coaraci, Cotegipe, Dário Meira, Firmino Alves, Floresta Azul, Gandu, Governador Mangabeira, Ibicaraí, Ibipeba, Igrapiúna, Iguaí, Ipiaú, Itabuna, Itaju do Colônia, Itapé, Itapetinga, Itapitanga, Itaquara, Itororó, Jequié, Jussiape, Lafaiete Coutinho, Manoel Vitorino, Marcionílio Souza, Milagres, Pau Brasil, Poções, Santanópolis, Santa Inês, Sapeaçu, Ubaíra, Ubatã, Uruçuca, Valença, Vitória da Conquista e Wanderley.

Já estavam em situação de emergência as cidades de Alcobaça, Belmonte, Caravelas, Eunápolis, Encruzilhada, Guaratinga, Ibicuí, Ibirapuã, Ilhéus, Itabela, Itagimirim, Itamaraju, Itanhém, Itapebi, Jucuruçu, Lajedão, Macarani, Medeiros Neto, Mucuri, Nova Viçosa, Porto Seguro, Prado, Santa Cruz Cabrália, Teixeira de Freitas e Vereda.

O decreto assinado pelo governador Rui Costa será publicado ainda neste domingo na versão digital do Diário Oficial do Estado e tem validade de 90 dias. Com a publicação, fica autorizada a mobilização de todos os órgãos estaduais para apoiar as ações de resposta ao desastre, reabilitação do cenário e reconstrução das cidades.

Ampliação da força-tarefa

Com o aumento do número de cidades atingidas pelas fortes chuvas, o Governo do Estado ampliou mais uma vez a estrutura de apoio às vítimas. Além de Ilhéus, as cidades de Itapetinga, Vitória da Conquista, Ipiaú e Santa Inês também contam com postos avançados para facilitar o trabalho dos bombeiros. Em Itamaraju, continua funcionando o gabinete avançado do Estado para dar assistência aos municípios do extremo sul.

Até o momento, o Corpo de Bombeiros Militar da Bahia confirmou 18 mortes em decorrência das chuvas. O governador Rui Costa está no sul da Bahia desde a manhã deste domingo (26), sobrevoando regiões alagadas e se reunindo com as equipes de socorro para tomar decisões de emergência.

Chega a 18 total de mortos em enchentes que atingem 37 cidades na Bahia

Foto: Divulgação/GOVBA/
Governador Rui Costa sobrevoou regiões atingidas e falou em 'tragédia gigantesca
Subiu para 37 o número de cidades das regiões sul, sudoeste, oeste e recôncavo da Bahia que foram fortemente impactadas pelas chuvas dos últimos dias. São municípios que registraram inundações, alagamentos, enchentes e deslizamentos de terra causados pelos temporais e pelas cheias dos rios.

As chuvas, que já tinham deixado um saldo de destruição há cerca de dez dias na região extremo-sul do estado, voltaram a castigar a Bahia desde quinta-feira (23), com maior intensidade na sexta-feira (24) e no sábado (25).

As chuvas mais intensas nos últimos dias fizeram aumentar para 18 o número de mortes registradas na Bahia desde novembro em decorrência dos temporais.

A última vítima registrada foi Olivan Alves Mota, 60, que se afogou neste domingo (26) no Rio das Contas, em Aureliano Leal, no sul do estado.

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), fez neste domingo (26) um sobrevoo nas áreas mais atingidas das cidades de Itabuna, Ilhéus e Itajuípe, sul da Bahia, e disse que as imagens da destruição causada pelo temporal são muito fortes.

“É uma tragédia gigantesca. Não lembro se na história recente da Bahia tem algo dessa proporção. É algo realmente assustador o número de casas, de ruas e de localidades completamente embaixo d’água”, afirmou.

De acordo com a Defesa Civil da Bahia, há 72 municípios em situação de emergência, entre os quais Ilhéus, Porto Seguro, Teixeira de Freitas, Belmonte, Eunápolis e Itaberaba. O total de pessoas desabrigadas passa de 4.000, enquanto mais de 11 mil foram desalojadas.

Uma das cidades mais atingidas foi Itabuna, maior município da região sul do estado. Na madrugada de sexta-feira, a cidade registrou um volume de chuva de 110 milímetros, fazendo transbordar o rio Cachoeira, que corta a cidade.

A inundação atingiu áreas do centro como a avenida Cinquentenário, principal centro comercial da cidade, e a avenida Beira-Rio. Também foram atingidos bairros da periferia que ficam nas margens do rio.

“Graças a Deus a água não está represada. A nossa preocupação agora é retirar as famílias dessas zonas de risco, dos bairros pontos críticos da cidade”, afirmou o prefeito Augusto Castro (PSD).

Uma base de apoio foi montada pelo governo do estado em Ilhéus, com o objetivo de facilitar a retirada de pessoas de áreas de risco e de casas que possam desabar em cidades no entorno. As cidades de Itapetinga, Vitória da Conquista, Ipiaú e Santa Inês também ganharam postos avançados para facilitar o trabalho dos bombeiros.

Aeronaves, camionetes e barcos foram levados à região para prestar socorro às pessoas ilhadas e transportar os moradores para áreas seguras. Cestas básicas e cobertores estão sendo distribuídos.

Na noite deste sábado (25), a prefeitura de Itambé, no sudoeste baiano, anunciou o rompimento de uma barragem com alto volume de água. O alerta previa a possibilidade de uma forte enxurrada, que acabou não atingindo as áreas mais densamente povoadas da cidade

Itambé registrou mais de 14 horas ininterruptas de chuva entre sexta-feira e sábado, resultando na enchente do rio Verruga.

Também foi registrado o rompimento de barragem na cidade de Jussiape, na chapada Diamantina. A prefeitura emitiu um comunicado recomendado que as famílias que moram nas proximidades da barragem deixem suas casas. Um ginásio municipal foi disponibilizado para os desabrigados.

Na cidade de Paramirim, oeste do estado, a barragem do Zabumbão chegou ao seu nível máximo e sangrou neste sábado, deixando comunidades ribeirinhas em alerta. A prefeitura emitiu um alerta suspendendo o tráfego de pessoas e veículos no entorno da barragem.

Em Salvador, as chuvas fortes fizeram com que a prefeitura acionasse o sistema de alarmes em áreas de risco nos bairros Sete de Abril e Castelo Branco, orientando a população a deixar suas casas.

De acordo com dados da Defesa Civil municipal, a cidade registrou neste domingo 26 deslizamentos de terra e cinco desabamentos de imóveis, todas ocorrências sem vítimas fatais.

O Ministério da Cidadania, informou que uma força-tarefa formada pelo governo federal, pelo governo da Bahia e por senadores reuniu-se neste sábado para definir a estratégia de socorro. Foi montada uma operação conjunta de socorro após, segundo o ministério, o presidente Jair Bolsonaro (PL) determinar a ampliação dos esforços.

O socorro do governo federal inclui combustível e aeronaves para auxiliar nos resgates. A base de apoio para as ações, instalada em Ilhéus, terá o reforço de equipes da Polícia Militar da Bahia, do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia, da Secretaria Nacional de Defesa Civil, da Superintendência Estadual de Defesa Civil e da Polícia Rodoviária Federal, que enviará aeronaves e agentes.

Governadores dos estados de São Paulo, Maranhão, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Sergipe e Paraíba, também enviaram aeronaves e equipes de bombeiros para ajudar no resgate das populações ribeirinhas.

Ao menos seis rodovias federais estão com trechos interditados no sul e extremo-sul da Bahia.

Dois trechos da BR-415, que liga Itabuna e Ilhéus, foram fechados por causa de alagamentos.

Em Ubatã, a rodovia BR-330 foi interditada após um afundamento na pista. Na BR-420, na altura da cidade de Lage, há interdição parcial pelo risco de queda de uma ponte.
João Pedro Pitombo / Folha de São Paulo

Ipiau: Secretaria de Saúde promove vacinação contra gripe em desabrigados pelas chuvas e enchentes

Foto: Divulgação/ (José Américo Castro).
A Secretaria de Saúde informa que neste domingo, 26, a partir das 14 horas, terá atendimento médico e de enfermagem na Unidade de Saúde Elvidio Santos, para as pessoas com síndrome gripal e necessidade de avaliação médica. A exemplo das demais secretarias do município, a equipe da Secretaria de Saúde vem contribuindo no atendimento aos desabrigados pelas cheias dos rios e constantes chuvas.

Dentre outras providencias a titular da pasta, Laryssa Dias solicitou, ao Governo do Estado, nova remessa de vacinas contra a gripe influenza H1N1 e com o saldo da remessa anterior já deu início à imunização dos desabrigados que se encontram alojados na pousada alugada pela Prefeitura Municipal e na Casa de Apoio.

PLANTÃO
A Secretaria de Saúde informa que neste domingo, 26, a partir das 14 horas, terá atendimento médico e de enfermagem na Unidade de Saúde Elvidio Santos, para as pessoas com síndrome gripal e necessidade de avaliação médica. (José Américo Castro).

Prefeitura de Ipiaú segue com a força tarefa para minimizar os efeitos causados pelas chuvas

Foto: Divulgação/Prefeitura de Ipiaú/Dircom
A Prefeitura Municipal de Ipiaú, através de equipes da Secretaria de Ação Social e Infraestrutura estão trabalhando intensamente para amenizar os efeitos das fortes chuvas que assolam o Município há mais 30 horas ininterruptamente.

Foto: Divulgação/Prefeitura de Ipiaú/Dircom
No município há várias vias interditadas, regiões periféricas sem acesso, tendo em vista rompimento de estradas vicinais e pontes, além de aproximadamente 20 casas condenadas,  ou consideradas de risco, pelos engenheiros da Secretaria de Infraestrutura.  Já houve desabamentos de algumas casas. 
Foto: Divulgação/Prefeitura de Ipiaú/Dircom
A secretária de Ação Social, Rebeca Câncio e a prefeita Maria das Graças estão tomando todas as medidas cabíveis, com equipes nas ruas em plantão 24h. A Secretaria de Ação Social continua retirando pessoas das áreas de risco, realizando acolhimento de aproximadamente 100 (cem) pessoas até o presente momento, alojando-as na Casa de Apoio e na pousada, com fornecimento de alimentação, agasalhos, produtos de higiene, atendimento primários de saúde e todo o serviço de assistência social necessário.
Foto: Divulgação/Prefeitura de Ipiaú/Dircom
O trabalho seguirá de forma contínua nesse momento difícil e a gestão municipal continuará de prontidão para proteger a população.
Qualquer necessidade ligue ou envie mensagem pelo WhatsApp: 73 3531 3815/ 3531 3387
Prefeitura de Ipiaú/Dircom

Congresso controla mais de 50% dos investimentos do Orçamento

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasi
A verdadeira “guerra” em torno da execução das emendas parlamentares ao Orçamento vai selar o destino do futuro governo e terá mais importância e efeito para os custos da governabilidade do que as federações partidárias e outras novidades da legislação eleitoral, como o fim das coligações nas eleições proporcionais.

Esta análise, feita por líderes políticos e cientistas políticos, joga luz na mais forte ponta da crise do presidencialismo de coalizão, modelo que, desde a redemocratização, tradicionalmente rege a relação entre Executivo e Congresso no País. Para especialistas, essa correlação de forças, essencial para a governabilidade, ficou comprometida na gestão Jair Bolsonaro, que se rendeu a um “presidencialismo de cooptação” – no qual o Congresso se tornou responsável por metade dos investimentos do Executivo, sem se comprometer com políticas públicas do governo ou com a responsabilidade fiscal.

Em números, essa situação é descrita pela evolução da execução orçamentária das emendas parlamentares, que saiu de R$3,3 bilhões empenhados em 2015 para chegar a R$ 26,5 bilhões em 2021. Em 2022, o orçamento federal prevê R$ 44 bilhões para investimentos e R$ 21,1 bilhões para atender a emendas de parlamentares.

“O próximo presidente vai experimentar um primeiro ano infernal em sua relação com o Congresso. Será uma batalha de vida ou morte para saber quem vai controlar a execução do orçamento”, disse Alessandro Molon (PSB), líder da oposição na Câmara. Para ele, esta “guerra” passa pelo fim do orçamento secreto – revelado pelo Estadão, que tem como base as emendas de relator – e definirá o sucesso ou insucesso do futuro governo.

Conforme cálculo do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), as emendas parlamentares consumiram, em 2021, 53% do total de R$ 50 bilhões de investimentos do governo federal. “Mais da metade do orçamento de investimento é de emendas parlamentares individuais, de bancada, de comissão ou de relator. Em 2015, isso não era assim.”

Para ele, o País precisa enfrentar essa situação. “Num sistema presidencialista é complicado ter um orçamento parlamentarista.” Segundo Moreira, o Congresso está influenciando muito o Orçamento com pouca responsabilidade nos resultados políticos do governo. “Por mais que você faça uma coalizão, ela servirá apenas para se manter no poder e não para melhorar a qualidade do governo.”

Molon concorda com o colega tucano. Para ele, o orçamento secreto – só as emendas de relator em 2022 somarão R$ 16,5 bilhões – transfere, na prática, do Executivo para o Legislativo, a execução desses recursos. Além da falta de transparência na aplicação das verbas, os critérios de decisão são desconhecidos. “Isso não é republicano, legal ou moral. É impossível construir um País desse jeito.”

Categorias

Para o presidente do MDB, deputado federal Baleia Rossi (SP), o orçamento secreto cria deputados de primeira, segunda e terceira categoria. “Não sou contra as emendas, pelo contrário, eu represento minha base eleitoral; muitas das ações na área da saúde dependem dessas emendas, mas o orçamento secreto está criando uma série de distorções ruins para a democracia.”

Segundo o emedebista, as emendas são usadas para influenciar votações, o que afeta a discussão de questões fundamentais para o País , o que desestrutura os partidos. “É natural que o deputado da base tenha mais participação na indicação de projetos estruturais do governo. Mas o que está acontecendo é muito ruim, pois faz com que os partidos não tenham mais o controle do debate sobre temas.”

Baleia também prevê que o próximo presidente terá de enfrentar o tema. A solução, diz, pode ser o aumento das emendas impositivas individuais, “que são transparentes e chegam à base de todos os Estados”.

Líder do PT na Câmara, o deputado Bohn Gass (RS) afirma que o “Parlamento deve fiscalizar os recursos e votar o Orçamento, mas cabe ao Executivo administrar o País”. “Não estamos no regime parlamentarista. Por isso acreditamos que esse mecanismo não está correto”, disse. “Temos de rever isso.”

Custo

Além da execução orçamentária, outros fatores, como a fragmentação partidária no Parlamento – que atualmente abriga 24 partidos –, também elevam o que os analistas costumam chamar de custo da governabilidade. Para o cientista político Humberto Dantas, a figura do presidente da República também desempenha um papel importante nesse cálculo.

“As características do presidente, o fato de ele ser o Bolsonaro, o Temer ou a Dilma Rousseff muda inteiramente a questão da governabilidade. A intensidade e agressividade de Bolsonaro e a capacidade e forma como ele negocia a governabilidade explicam muito o quadro que estamos vivendo”, afirmou Dantas.

Para Molon, o País vive um “semipresidencialismo disfarçado para tentar poupar o que resta de apoio a um presidente decadente”. “É um presidente que não governa, não decide sobre os recursos e transforma todas as votações em ‘toma lá, dá cá’. Não se discute mais projeto. A política virou um varejo das emendas individuais. É um desastre, o pior dos mundos; não é o presidencialismo nem o parlamentarismo. É essa feira, em que cada um tem direito a uma quantidade de emendas. Isso não tem como dar certo.”

Estadão

MC Boco do Borel é morto a tiros enquanto fazia show em Ipojuca

Cantor é um dos precursores do brega funk e tinha 34 anos. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu.

MC Boco do Borel — Foto: Reprodução/Instagram
O MC Boco do Borel, cantor de brega funk, foi morto a tiros na madrugada deste domingo (26) enquanto fazia um show em Serrambi, em Ipojuca, no Litoral Sul de Pernambuco (veja vídeo cima). Ele tinha 34 anos.

[ATUALIZAÇÃO: Inicialmente, esta reportagem informou que a morte do cantor tinha ocorrido em Porto de Galinhas. Após a publicação, a Polícia Civil informou que o crime foi cometido em Serrambi. O texto foi atualizado às 13h05.]

O crime ocorreu no Aconchego Bar. Boco foi atingido por vários tiros, segundo um profissional que trabalhava com o cantor mas pediu para não ser identificado.

Até a manhã deste domingo, ninguém havia sido preso, segundo a Polícia Civil.

Boco do Borel chegou a ser socorrido e levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Serrambi, mas não resistiu aos ferimentos. Ele deixa mulher e 4 filhos.

O corpo foi levado para o Instituto de Medicina Legal (IML), no Centro do Recife. A família não quis falar com a imprensa.

Pioneiro do brega funk

MC Boco, nome artístico de Paulo Roberto Gonçalves Cavalcanti, morava no bairro da Mustardinha, na Zona Oeste do Recife. No início da carreira, fez dupla com MC Sheldon. Os dois se consolidaram como como pioneiros do brega funk.

Sheldon lamentou a morte do amigo via rede social. Os dois estavam afastados por conta de um desentendimento.

"Eu e o Boco tivemos uma história linda de irmandade. A gente, juntos, superou preconceito, a gente superou os obstáculos da vida durante uma geração e é até meio estranho para mim falar dessa forma. O Boco se foi, não está mais aqui entre nós e o que me deixa mais triste ainda é que eu não pude dizer o quanto eu amava ele", escreveu o cantor.

Em junho de 2020, Boco foi detido com mais 3 homens por estar com 670 gramas de derivado de pasta base de cocaína. Ele ficou preso preventivamente até outubro deste ano. Na época, a assessoria do cantor negou o envolvimento do artista e afirmou que ele estava “no local errado na hora errada”.
  • "Não tinha mais mandado de prisão, tinha sido revogado. Eu fiz o requerimento verbal e foi comprovado que não tinha prova alguma contra ele e o juiz mandou soltar ele na audiência", afirmou o advogado Sérgio Gonçalves, responsável pela defesa de Boco.
Após sair, Boco se ajoelhou para agradecer e foi recepcionado pela esposa e pelo MC Leozinho do Recife (veja vídeo abaixo).

Cidades da Bahia ficam em alerta por rompimento de barragem após forte chuva

Foto: Secretaria de Infraestrutura da Bahia

A Prefeitura de Itambé, no sudoeste da Bahia, divulgou alerta na noite de sábado, 25, em razão do rompimento de uma barragem com alto volume de água na região. O comunicado nas redes sociais, que também informava sobre forte enxurrada, pediu que moradores da margem do rio Verruga fossem retirados com urgência. A barragem fica no distrito de Iguá, em Vitória da Conquista, município que fica a quase 60 km de distância, mas o córrego da barragem também atinge rios que chegam até Itambé. No Estado, o mau tempo nas últimas semanas também já deixou 17 mortos, 286 feridos e ao menos 15, 4 mil sem casa. A população atingida, no total, supera 378 mil pessoas.

O município de Vitória da Conquista continua monitorando as consequências provocadas. Segundo a prefeitura, apesar da seriedade do rompimento da barragem, não houve feridos nem foram registrados graves prejuízos para as localidades nas proximidades. A prefeitura já havia avisado com antecedência a população local. Além disso, assim que teve conhecimento do rompimento, também avisou Itambé.

“Tiramos todas as pessoas que estavam próximas desse córrego, então todas as medidas foram tomadas e estamos prontos para dar toda a assistência aos moradores. Agora é torcer realmente para que não quebre a estrada e não precise interditar a 116”, disse a prefeita de Vitória da Conquista, Sheila Lemos (DEM). Desde novembro, a cidade tem recebido alertas e grandes precipitações de chuvas em curto período de tempo, o que provocou alagamentos em várias bairros da cidade.

Enchentes

No momento, diversas cidades da Bahia estão em alerta em razão dos fortes temporais. Após as chuvas iniciadas na noite de quinta-feira, 23, o número de desabrigados e desalojados cresceu. Até a tarde de sexta-feira, 24, a Superintendência de Proteção e Defesa Civil do Estado (Sudec) e as prefeituras dos municípios atingidos registraram 4.185 desabrigados e 11.260 desalojados. O número de feridos era de 286 e a população total atingida chegava a 378.286. O total de mortos pelas enchentes era de 17 pessoas.

Na noite de sábado, Salvador acionou as sirenes de alerta no Bosque Real, em Sete de Abril, e Moscou, em Castelo Branco, diante do risco de deslizamento.

A Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra) também monitora a situação das rodovias estaduais atingidas pelas chuvas durante o fim de semana. A equipe técnica acompanha as ocorrências registradas em ao menos 17 trechos de vias em seis diferentes regiões baianas. O trabalho vem sendo realizado no extremo sul, litoral sul, médio sudoeste, médio Rio de Contas, Irecê e Recôncavo.

Ainda na no sábado, uma força-tarefa, formada pelo governo federal, governo da Bahia, secretários estaduais e municipais, discutiu as ações de socorro às cidades baianas atingidas pelas fortes chuvas.

“O momento é de solidariedade e trabalho. As diferenças políticas precisam ser deixadas de lado e todos precisam estar unidos para ajudar às vítimas das enchentes”, disse o governador da Bahia, Rui Costa (PT).

Equipes do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais e do Rio Grande do Norte seguiram para Ilhéus, também levando aeronaves e equipamentos para se juntar à operação.

O governador de São Paulo, em exercício, Rodrigo Garcia (PSDB), também autorizou, na manhã de sábado, o envio de uma força-tarefa. Ao todo, 36 profissionais do Corpo de Bombeiros e do Comando de Aviação da Polícia Militar também devem seguir para Ilhéus para atuar em uma operação integrada com outras forças de segurança. Espírito Santo e Maranhão já indicaram que vão prestar auxílio.

Campanhas solidárias

Campanhas também estão sendo realizadas para arrecadar doações para as famílias atingidas pelas enchentes. A Prefeitura de Itambé arrecada mantimentos, produtos de higiene e limpeza para os moradores afetados pela enchente que atingiu o rio Verruga.

A partir deste domingo, 26, o grupo Voluntárias Sociais da Bahia (VSBA), também se mobiliza para arrecadações.

Quem quiser ajudar pode entregar alimentos não perecíveis, água, roupas e materiais de higiene e limpeza na sede da VSBA, localizada no Palácio da Aclamação, no Campo Grande, em Salvador, das 8h às 20h. A mobilização também permanece nos próximos dias.

Desde o fim de novembro, moradores de cidades da regiões sul e extremo sul da Bahia também têm sido castigados pelas fortes tempestades.
Estadão

Rui sobrevoa áreas atingidas pela chuva para anunciar novas ações

Foto: Reprodução
O governador Rui Costa embarcou, na manhã deste domingo (26), para Ilhéus, no Sul da Bahia, onde faz um sobrevoo às áreas mais atingidas pelas chuvas desde sexta-feira.

Na agenda, estão previstas reuniões com representantes dos órgãos que integram a Força-Tarefa de socorro à população que sofre os efeitos da enxurrada provocada pelas enchentes de rios de várias localidades.

Rui também monitora os impactos do tempo chuvoso em outras regiões que já estão sendo atendidas com ações humanitárias e da Defesa Civil Estadual.

O governador ainda vai anunciar novas medidas de atuação do Estado para ampliar os serviços de atenção, apoio e suporte às prefeituras na recuperação da infraestrutura e retaguarda de assistência aos moradores de áreas mais críticas.

Rui viaja acompanhado da secretária de Saúde, Tereza Paim; do secretário de Infraestrutura, Marcus Cavalcanti e do senador Jaques Wagner.

Analistas veem ‘fratura’ do presidencialismo de coalizão

Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
O presidencialismo de coalizão está fraturado, afirmam analistas ouvidos pelo Estadão. O sistema era ancorado no comportamento disciplinado dos parlamentares no Congresso em função da distribuição discricionária de recursos intermediada pelos líderes partidários. Com a retirada de parte desse poder das mãos do presidente da República, a força dos chefes das legendas para cobrar a coesão das bancadas foi prejudicada.

“Como os líderes ficaram capengas, o que temos observado? Um comportamento errático e cíclico dos parlamentares. Isso afeta até o PT. O PSDB implodiu”, afirmou o cientista político Carlos Pereira. A liberação dos recursos das chamadas emendas do relator passa pelas mãos dos presidentes da Câmara e do Senado. “Não adianta mais ao deputado manter a fidelidade à legenda, pois o retorno não vem do líder partidário, mas do presidente da Câmara. As maiorias, antes partidariamente orientadas, agora são cíclicas. Perde-se estabilidade. As incertezas são enormes. O presidente dançou e os deputados individuais também.”

Até 2015, as emendas parlamentares eram pagas segundo a discricionariedade de presidentes da República cujos partidos não têm maioria no Congresso. Com Dilma Rousseff (PT), os congressistas tornaram impositivas as emendas individuais. Com Michel Temer (MDB), foi a vez de as emendas de bancada se tornarem impositivas e, por fim, estabeleceu-se o orçamento secreto com Jair Bolsonaro (PL), acabando com o equilíbrio do presidencialismo de coalizão.

“É muito mais difícil ‘desinstitucionalizar’ uma coisa. Foi criada uma regra que fraturou o presidente. Para ele restabelecer o jogo centralizado sob sua coordenação será muito difícil. Ele terá de inventar novas moedas de troca. O jogo inflacionou. Talvez a saída seja fazer da emenda do relator ser discricionária do presidente e não do presidente da Câmara.”

Sistema

Outra solução apontada por políticos como Samuel Moreira (PSDB-SP) e Baleia Rossi (MDB-SP) seria adotar o semipresidencialismo como sistema de governo. Para o emedebista, o modelo estabeleceria maior responsabilidade do parlamentar com as ações do governo. “Nossa Constituição foi pensada no sistema parlamentarista, mas se adotou o presidencialismo.”

As mudanças na legislação eleitoral são outra aposta para cortar os custos da governabilidade por meio da redução do total de partidos necessários à formação da maioria de governo. “O fim das coligações nas eleições proporcionais e as federações partidárias vão permitir que tenhamos bancadas mais robustas e diminuir o número exagerado de partidos que prejudica o debate, em vez de ajudá-lo”, disse Baleia.

Outra mudança importante para 2022, segundo o cientista político Humberto Dantas, é a exigência de que os partidos atinjam 80% do quociente eleitoral para participarem da distribuição de vagas nos parlamentos, o que não ocorreu nas eleições de 2018 e 2020. A falta dessa regra teve o efeito de aumentar o número de legendas nas câmaras municipais. Se ela existisse em 2020, o Legislativo de Vitória (ES) teria só quatro partidos representados em vez dos 13 atuais. “A regra reduziria o número de partidos representados em 26 das 27 capitais”, observou Dantas.
Estadão

Barragem de Iguá se rompe e deixa cidades de Itambé e Vitória da Conquista em alerta na Bahia

Foto: Divulgação/
Alerta vermelho foi acionado pela prefeitura de Itambé sobre a chegada de forte enxurrada
A prefeitura de Itambé, município do sul da Bahia, anunciou o rompimento de uma barragem com alto volume de água na noite de sábado (25). Pelas redes sociais, o alerta previa que uma forte enxurrada atingiria a região. A barragem fica do distrito de Iguá, em Vitória da Conquista, cidade distante cerca de 58 quilômetros.

A prefeita de Vitória da Conquista, Sheila Lemos, monitorou a região para avaliar as consequências. Na página oficial, a prefeitura informou que uma força-tarefa foi organizada para vistoriar a região, principalmente na BR-116, na altura do Vale dos Quatis.

De acordo com a publicação, não houve feridos porque os moradores foram avisados sobre o risco de rompimento da barragem. “Tiramos todas as pessoas que estavam próximas do córrego e todas as medidas foram tomadas, e estamos prontos para dar total assistência aos moradores. Agora, é torcer realmente para que não quebre a estrada e não precise interditar a 116”, disse Sheila Lemos.

Volume das águas

O alerta sobre o rompimento da barragem de Iguá foi emitido pela prefeitura de Itambé porque o córrego da barragem atinge os rios que chegam ao município.

Os moradores foram avisados para deixar suas casas nas proximidades do rio Verruga, que já havia transbordado na madrugada de sábado (25) e alagado casas.

Até por volta das 3h de domingo, não havia informação sobre feridos ou pessoas desaparecidas na região de Itambé. A prefeitura e a Defesa Civil estão fazendo o levantamento dos estragos e dando assistência para as famílias desabrigadas.

A Bahia tem 19 cidades com comunidades embaixo da água, segundo o governo do Estado. Diversos estados e o governo federal enviam ajuda aos municípios, com bases de apoio e equipes de socorro, além de entrega de cobertores e alimentos.

Bernadete Druzian / Folha de São Paulo

Maioria diz ser contra casais gays em comerciais de televisão, diz Datafolha

Foto: Reprodução/
Pesquisa mostra ainda que 44% da população avalia que Brasil pode virar comunista após eleição
A maioria da população brasileira diz que professar opiniões racistas não é direito, mas é contra a presença de casais gays em comerciais de televisão.

O resultado é de pesquisa Datafolha que analisou a concordância ou não com sete afirmações a respeito de temas presentes no debate social.

O levantamento foi feito entre os dias 13 e 16 de dezembro, com 3.666 entrevistas com pessoas de 16 anos ou mais em 191 municípios de todo o país.

A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

Pouco mais de metade (51%) da população diz concordar totalmente ou em parte que “comerciais com casais homossexuais devem ser proibidos para proteger as crianças”.

Afirmam discordar da frase totalmente ou em parte 45% dos entrevistados, e 2% declaram não saber.

A concordância é maior entre os homens (55%) e os menos escolarizados (57%) do que entre as mulheres (48%) e aqueles com ensino superior completo (39%).

A adesão a esse discurso é expressiva também entre evangélicos, chegando a 67% dos entrevistados neste segmento, em contraste com 50% dos católicos e 40% dos espíritas.

A afirmação tem também a concordância de quase 3 em cada 4 (74%) eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PL), político com forte apoio do segmento evangélico e com um histórico de frases homofóbicas em sua trajetória.

As chamadas pautas de costumes tiveram peso importante no discurso da campanha de Bolsonaro na eleição de 2018, mas não chegaram a se traduzir em vitórias no Congresso, principalmente com a aliança do presidente ao chamado centrão.

A aparição de casais gays em comerciais já acontecia antes, mas foi alvo de uma onda de ataques homofóbicos em 2015 em uma propaganda de O Boticário para o Dia dos Namorados. Desde então, ocorreu outras vezes, mas a polêmica não cessou.

Mesmo com as críticas, para especialistas no mercado publicitário, campanhas com diversidade trazem ganhos às empresas, uma vez que aumentam a ligação com consumidores alinhados ao discurso de maior tolerância.

Na Hungria, o governo de direita radical de Viktor Orbán, que tem a simpatia de alas bolsonaristas, processou no início do ano um grupo de mídia por veicular propaganda com famílias LGBTQI+.

A visão de casais homossexuais na televisão como uma ameaça às crianças contrasta com a aceitação da liberdade de orientação sexual constatada por outra pesquisa Datafolha há três anos.

Em 2018, 74% dos entrevistados declaravam que a homossexualidade deveria ser aceita, e apenas 18% diziam que ela deveria ser desencorajada.

Outras pautas da agenda bolsonarista, como o apoio a uma maior liberação das armas, também não tinham aceitação majoritária.

A visão negativa sobre o armamentismo permanece, segundo a pesquisa Datafolha realizada neste mês.

No total, 78% dizem discordar da afirmação de que “quanto mais armas as pessoas tiverem, mais segura estará a população”. Outros 21% afirmam concordar.

A concordância é maior entre homens do que entre mulheres (28% ante 15%), entre os mais ricos do que entre os mais pobres (35% ante 18%) e entre brancos do que entre pretos (26% ante 17%).

O dado é coerente com as estatísticas de segurança pública. Segundo estudo do Instituto Sou da Paz, crianças negras morrem 3,6 vezes mais por arma de fogo do que as não negras.

O Datafolha também analisou duas frases relacionadas ao racismo.

A maior parte (58%) dos entrevistados diz discordar totalmente ou em parte da afirmação de que “assim como existe o Dia do Orgulho Negro, deveria haver a comemoração do dia do orgulho branco”.

Já defendida por pessoas como a atriz e ex-secretária do governo Bolsonaro Regina Duarte, a instituição de uma data para celebrar as pessoas de cor branca é uma reação às datas criadas para dar visibilidade às conquistas do povo negro e promover uma reflexão sobre o racismo no país.

Por igualar um grupo privilegiado com outro historicamente alvo de opressão, a ideia de um dia do “orgulho branco”, bem como similares como “orgulho hétero”, também é alvo de críticas.

Em outra pergunta ligada ao tema, a maioria das pessoas rejeitou a afirmação de que “mesmo que eu considere errado, as pessoas devem ter o direito de ter opiniões racistas”.

Quase 8 em cada 10 (79%) dos entrevistados dizem discordar da afirmação. As taxas de concordância são similares entre pretos (20%), pardos (20%) e brancos (21%).

Entre os que aprovam o governo Bolsonaro, 26% concordam que as pessoas têm o direito de professar opiniões racistas. O índice cai para 17% entre os que reprovam a gestão.

Em outro tema que mobilizou as redes sociais e o bolsonarismo em 2018, o Datafolha perguntou sobre o risco de o Brasil se tornar um país comunista na próxima eleição.

Uma parcela minoritária, mas expressiva (44%), de pessoas diz estar de acordo com a afirmação. Já 50% dizem discordar.

A concordância, não por acaso, é maior entre aqueles que planejam votar pela reeleição de Bolsonaro no ano que vem (61%).

A visão da ameaça comunista na eleição ocorre não obstante o nome do PT para o próximo pleito ser o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não tentou mudar o regime econômico do país em seus governos (2003-2010) e já negou ser marxista.

“Meu discurso é como o de Henry Ford (1863-1947), que diz ser preferível pagar bons salários para os empregados comprarem os carros que fabricavam”, afirmou o petista em 1994 em referência ao industrial que aperfeiçoou o sistema de linha de montagem.

Outra questão com opiniões praticamente divididas é a que tratou da afirmação “homens são melhores que as mulheres em profissões que exigem força”. Ao todo, 47% dizem concordar, e 52%, discordar.

A adesão à tese é maior que a média entre homens (54%) e apoiadores do governo Bolsonaro (58%).

A maior discordância entre todos os enunciados é em relação ao de que “os homens são melhores que as mulheres em profissões que exigem raciocínio”.

Ao todo, 85% refutam a afirmação, 70% totalmente e 15% em parte.

De forma geral, 24% concordaram com todas ou com a maioria das frases, 63% com algumas, mas não a maioria, e 14% discordaram de todas.

Há significativa diferença de acordo com o posicionamento político do entrevistado. Entre os eleitores de Bolsonaro, 43% concordaram com todas ou com a maioria. Entre os de Lula, apenas 18%.

Ângela Pinho / Folha de São Paulo

Chesf informa que irá aumentar a vazão de água da Barragem de Pedra.

Foto: Reprodução
Em virtude da significativa elevação do volume do nível do Reservatório da Pedra, registrado nas últimas horas, a Chesf decidiu, neste sábado (25dez21), aumentar a vasão para 330 m³/s. Do cronograma consta que esta vazão será ampliada para 550m³/s no domingo (26) e 600m³/s na segunda (27).
As informações são da Prefeitura de Jequié que, através da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil, alerta os moradores localizados às margens do Rio das Contas para a situação.

AVENIDA BEIRA-RIO EM UBAITABA JÁ ESTÁ COMPLETAMENTE EM BAIXO D’ÁGUA

Foto e Vídeo: Ubaitaba Urgente
Com a grande vazão na barragem da pedra em Jequié anunciada pela Chesf, as cidades costeiras começam a receber um volume muito grande de água o que deixa a população em alerta.
Centro de Canoagem de Ubaitaba – Foto: Ubaitaba Urgente

As fortes chuvas das últimas 12 horas têm elevado o nível dos rios e consequentemente deixado prejuízo material e em alguns casos até algumas pessoas à morte. No vídeo abaixo vemos a avenida beira-rio em Ubaitaba já completamente tomada pelas águas.

A previsão é de chuvas até a próxima segunda-feira (27). Em algumas cidades, o acumulado nesses dias pode chegar a 200mm. Além desse fator, há ainda a preocupação com a vazão de água da Barragem da Pedras, em Jequié. O reservatório do lago do Rio de Contas atingiu 63,24% da sua capacidade.
Foto: Leitor Ubaitaba Urgente
Por conta disso, a Chesf decidiu, neste sábado (25), aumentar a vasão para 330 m³/s. Do cronograma consta que esta vazão será ampliada para 550m³/s no domingo (26) e 600m³/s na segunda (27). A alerta os moradores localizados às margens do Rio das Contas para a situação.

(Redação: Ubaitaba Urgente)

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