Secretaria de Ação Social e voluntários promovem recreação para crianças abrigadas
Foto: Divulgação/Prefeitura de Ipiaú/Dircom |
A recreação foi realizada em parceria com os idealizadores e a Secretaria de Ação Social, para as crianças nos abrigos onde foram acolhidas com suas famílias por conta da enchente no município. Elas também receberam kits pedagógicos e lúdicos.
A secretária Rebeca Câncio chama atenção para o cuidado integral nesse momento de perdas. “Tem muitas coisas de extrema necessidade nesse momento difícil e a assistência tem atuado principalmente nessa frente, mas podemos fazer mais para que se sintam cuidadas e importantes e faça nascer o sentimentos de esperança, confiança e superação”. Por fim agradeceu ao grupo pela disposição. “Nós agradecemos a todos que se dispuseram a realizar essa tarde divertida e toda corrente de pessoas fazendo bem com as quais temos contado nesse período”.
Prefeitura de Ipiaú/Dircom
Secretária de Ação Social participa de reunião com a SJDHDS em Ipiaú
Foto: Divulgação/Prefeitura de Ipiaú/Dircom |
O CREAS de Ipiaú foi o local do encontro da Secretaria do Estado com secretários da pasta do Social na região, nesta sexta-feira (08). Participaram do encontro os municípios de Jitaúna, Gongogi, Boa Nova, Dário Meira e Barra do Rocha.
A técnica da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social, Angélica Santos, disse que a visita é para orientar e apoiar os municípios atingidos, bem como sanar dúvidas que podem ocorrer no preenchimento dos formulários no sistema. Isso porque algumas informações solicitadas são novas por conta do ineditismo da tragédia na Bahia.
O objetivo também da secretaria do Estado é dar celeridade para que as famílias vítimas sejam atendidas e tenham acesso aos benefícios com brevidade.
Prefeitura de Ipiaú/Dircom
Partidos temem que STF barre federações em plenário
Foto: Pedro Ladeira / Folhapress / Arquiv |
Os partidos que pretendem se unir a outras legendas em uma federação, como forma de juntar forças e angariar mais votos, estão tensos por causa da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de levar a questão a voto em plenário. As informações são da coluna de Monica Bergamo, do Jornal Folha de São Paulo.
Eles viram na decisão, prossegue a jornalista, um sinal de que os magistrados podem barrar as federações, alterando os planos de diversos partidos, como PT, PSB, PC do B, Rede e PSOL, de unirem forças nas eleições de 2022 —e também depois para governar. Pela lei das federações, elas devem durar no mínimo quatro anos, quando as legendas devem atuar juntas —mas preservando suas identidades.
Alguns magistrados, na verdade, querem discutir o assunto com maior profundidade. A ideia é evitar que as federações propiciem, na prática, a volta das coligações, já vetadas pela Corte. A colunista lembra que as coligações geravam efeitos considerados perniciosos para a democracia, permitindo uma pulverização de partidos e um descompromisso dos parlamentares, depois de eleitos, de seguirem qualquer programa político consistente.
Ministros do Supremo temem, por exemplo, que o Congresso aprove leis no futuro desobrigando partidos que estão em federações de seguirem um programa comum, distorcendo o sentido da lei que autorizou esse tipo de união. A tendência, portanto, é a de que as federações passem pelo crivo do STF e sobrevivam —mas com regras estritas para que não haja desvios e atalhos que esvaziem a sua finalidade.
Bahia registra 1.543 casos de Covid-19 e mais 15 óbitos pela doença em 24 horas
Foto: Paula Fróes/GOVBA/Arquivo |
Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 1.543 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,12%) e 783 recuperados (+0,06%). O boletim epidemiológico deste sábado (8) também registra 15 óbitos. Dos 1.276.832 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.245.127 já são considerados recuperados, 4.116 encontram-se ativos e 27.589 tiveram óbito confirmado. Os dados ainda podem sofrer alterações devido à instabilidade do sistema do Ministério da Saúde. A base ministerial tem, eventualmente, disponibilizado informações inconsistentes ou incompletas.
O boletim epidemiológico contabiliza ainda 1.698.396 casos descartados e 271.748 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até às 17 horas deste sábado. Na Bahia, 52.914 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.
Vacinação
Até o momento temos 10.832.691 pessoas vacinadas com a primeira dose, 260.844 com a dose única, 8.890.604 com a segunda dose e 1.556.019 com a dose de reforço.
Marinha informa que inquérito vai apurar causas do deslizamento em Capitólio
Pedra desliza sobre turistas em Capitólio — Foto: Reprodução |
A Marinha do Brasil informou que um um inquérito será instaurado para apurar as causas do deslizamento de pedras no Lago de Furnas, em Capitólio, em Minas Gerais, atingiu três embarcações com turistas neste sábado (8).
O incidente em um cânion deixou ao menos 15 vítimas e 1 pessoa morreu, segundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais. Três pessoas foram encaminhadas em estado grave para Santa Casa de Passos.
:Em nota, a Marinha informou que equipes de buscas e salvamento foram enviados para o local "imediatamente".
O acidente ocorreu no condomínio Escarpas do Lago. A localidade fica perto do município de São Roque de Minas.
Confira a íntegra da nota da Marinha
A Marinha do Brasil informa que tomou conhecimento de um acidente, no fim da manhã de hoje, após deslizamento de rochedo atingir embarcações que navegavam a região dos cânions, em Capitólio-MG.
A DelFurnas deslocou, imediatamente, equipes de Busca e Salvamento (SAR) para o local, integrantes da Operação Verão ora em andamento, a fim de prestar o apoio necessário às tripulações envolvidas no acidente, no transporte de feridos para a Santa Casa de Capitólio, e no auxílio aos outros órgãos atuando no local.
Um inquérito será instaurado para apurar causas, circunstâncias do acidente/fato ocorrido.
Por:G1
Sucuri de 5 metros é flagrada ‘tomando sol’ em Pirassununga
Cobra estava na margem do Rio Mogi Guaçu no distrito de Cachoeira de Emas.
Sucuri de 5 metros é flagrada ‘tomando sol’ em Pirassununga — Foto: Luis Fernando Mazzi |
A cobra estava em uma das margens do Rio Mogi Guaçu, no distrito de Cachoeira de Emas
O salva-vidas Luis Fernando Mazzi contou ao g1 que foi acionado por turistas que estavam próximos ao local.
“Quando cheguei, vi a cobra lá descansando. Ela não estava enroscada ou em nenhuma situação de perigo, só tomando sol”, disse. A cobra estava sobre algumas pedras. Mazzi fez um registro com o celular e deixou a sucuri que permaneceu no local por algum tempo.
Outro caso
Esta foi a segunda vez que o salva-vidas se deparou com uma cobra nos últimos 15 dias.
Na manhã de 24 de dezembro, véspera de Natal, ele ajudou a resgatar uma cobra de aproximadamente três metros que estava enroscada em uma rede de pesca, próxima a um barranco em Cachoeira de Emas.
Desabamento de rocha em Capitólio, sobe para 05 mortos, em MG
Duas pessoas morreram depois de uma imensa rocha do cânion de Capitólio, em Minas Gerais, desabou sobre barcos de turistas na manhã de hoje (8). Segundo o Corpo de Bombeiros, pelo menos outras 32 pessoas ficaram feridas.
Foto: Divulgação / Corpo de Bombeiros de Minas Gerais |
Entre os feridos nove foram encaminhados para hospitais de Piumhi, Passos e São João da Barra, alguns deles com fratura exposta. De acordo com os bombeiros, pelo menos três barcos foram atingidos, dos quais dois afundaram.
A Marinha auxilia o Corpo de Bombeiros com equipes de Busca e Salvamento (SAR). Um inquérito será instaurado para apurar o incidente.
Confira o momento do acidente:
URGENTE
Rocha desaba sobre banhistas em #EscarpasdoLago (MG)
— Record TV Minas (@recordtvminas) January 8, 2022
PM recupera carro de humorista e descobre desmanche de veículos
Foto: SSP |
Ainda na sexta (7), as guarnições descobriram um imóvel que funcionava como desmanche de veículos no bairro do Lobato. Os policiais chegaram até o espaço depois de um homem procurar a unidade e informar que bandidos levaram seu veículo veículo Corsa Classic.
Com ajuda do GPS do carro, que apontou o endereço, as equipes, junto com policiais civis, recuperam o veículo e constataram a presença de peças de automóveis sem procedências confirmadas.
A ocorrência foi registrada na Delegacia de Repressão a Roubos de Veículos (DRRFV).
Fonte: Ascom | Silvânia Nascimento
19º BPM captura motociclista com 54kg de drogas
Foto: SSP |
Foto: SSP |
Durante rondas pelo bairro de Jequiezinho, as guarnições do 19ª Batalhão da Polícia Militar (BPM) estranharam o comportamento de um homem que carregava uma mala em uma motocicleta e se aproximaram para fazer a abordagem.
Ao notar que os policiais iam em direção a ele, o motociclista fugiu, mas foi alcançado em seguida. Nas buscas, as equipes encontraram, dentro da mochila, parte das drogas.
Após questionamentos das guarnições o homem confessou ter mais materiais ilícitos escondidos em um imóvel. No espaço foram encontrados uma espingarda calibre 12, munições, três balanças e embalagens para armazenar entorpecentes e o restante das drogas.
Assaltante capturado
Também em uma ação do 19ª BPM, um assaltante que roubou R$ 8 mil de uma loja no Centro de Jaguaquara, na última quinta-feira (6), foi capturado pela unidade, no entroncamento da cidade, na sexta (7).
“Assim que soubemos do crime iniciamos as diligências junto com a Polícia Civil. Durante algumas buscas pela cidade conseguimos encontrá-lo”, contou o comandante do 19ª BPM, tenente-coronel Reinaldo Souza.
Fonte: Ascom | Silvânia Nascimento
Lula não abrirá mão de candidatura de Wagner ao governo na Bahia, diz coluna
Foto: Reprodução / Facebook / Arquivo |
Segundo a coluna, Lula também não abrirá mão das candidaturas aos governos do Rio Grande do Norte, do Sergipe e do Piauí – todas estas recomendações estão no âmbito do acordo nacional com o PSB.
Ainda segundo Guilherme Amado, o petista quer uma avaliação nos estados para entender qual é a postura do PSB em cada um deles e o que terá de ser feito para os socialistas apoiarem os candidatos a governador do partido.
Morre Sidney Poitier, 1º negro a ganhar Oscar de melhor ator
Foto: Reuters/Direitos Reservados |
Eugene Torchon-Newry, diretor-geral interino do Ministério das Relações Exteriores do país, confirmou a morte do astro.
Poitier criou um legado cinematográfico notável em um único ano com três filmes em 1967, numa época em que a segregação racial prevalecia em grande parte dos Estados Unidos.
Em Adivinhe Quem Vem para Jantar ele interpretou um homem negro com uma noiva branca e No Calor da Noite ele era Virgil Tibbs, um policial negro enfrentando o racismo durante uma investigação de assassinato. Ele também interpretou um professor em uma escola rígida de Londres naquele ano em Ao Mestre com Carinho.
Poitier ganhou seu Oscar de melhor ator por Uma Voz nas Sombras em 1963, interpretando um faz-tudo que ajuda freiras alemãs a construir uma capela no deserto. Cinco anos antes, Poitier havia sido o primeiro negro indicado ao Oscar de melhor ator por seu papel em Acorrentados.
Seu personagem Tibbs de No Calor da Noite foi imortalizado em duas sequências - Noite sem Fim, em 1970, e A Organização, em 1971-- e se tornou base para a série de televisão homônima, estrelada por Carroll O'Connor e Howard Rollins.
Poitier nasceu em Miami em 20 de fevereiro de 1927 e foi criado em uma fazenda de tomate nas Bahamas, tendo apenas um ano de escolaridade formal. Ele lutou contra a pobreza, o analfabetismo e o preconceito para se tornar um dos primeiros atores negros a ser conhecido e aceito em papéis importantes pelo grande público.
Como diretor, Poitier trabalhou com seu amigo Harry Belafonte e Bill Cosby em Aconteceu num Sábado, de 1974, e Richard Pryor e Gene Wilder em Loucos de Dar Nó, de 1980.
Por Katharine Jackson - Repórter da Reuters - Washington
Covid e gripe afastam profissionais de saúde e sobrecarregam equipes na linha de frente
Foto: Alex Silva/Estadão |
A alta de casos de síndromes gripais nos últimos dias tem levado ao afastamento de suas funções milhares de profissionais de saúde infectados pela Covid-19 ou pela influenza em várias regiões do País. Consequentemente, as equipes na linha de frente estão sobrecarregadas. Diante do quadro, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o governo estuda a possibilidade de redução da quarentena para profissionais de saúde com teste positivo para covid-19, o que possibilitaria o trabalho deles mesmo contaminados. Entidades de saúde avaliam a proposta com preocupação.
Em São Paulo, a prefeitura somava 1.585 profissionais afastados por Covid-19 ou síndrome gripal na quinta. A rede municipal conta, atualmente, com 94.526 profissionais. A Secretaria da Saúde destaca que, desde 1.º de dezembro, houve um aumento no número de afastamentos. Já a Secretaria de Saúde do Estado informa ter 1.754 profissionais afastados por suspeita ou confirmação de Covid-19 e demais síndromes respiratórias agudas graves (Srag), até quinta.
No Rio, desde o início de dezembro cerca de 20% dos profissionais que trabalham na rede municipal de saúde da capital precisaram se afastar periodicamente das funções por causa de Covid-19 ou suspeita de ter a doença ou influenza. Foram cerca de 5.500 profissionais afastados, do total de pouco menos de 28 mil, segundo a secretaria municipal de Saúde.
Entre os profissionais afastados estão médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, farmacêuticos, maqueiros e recepcionistas. Para lidar com a sobrecarga, a prefeitura foca em novas contratações. “A gente já chamou 146 profissionais nas primeiras semanas de janeiro. Na semana que vem serão mais 400 profissionais. No mês de dezembro já haviam entrado 1.200”, diz o secretário Saúde, Daniel Soranz.
No Rio, a quarentena reduzida de cinco dias já é realidade. A secretaria tomou a medida pelo aumento de casos de covid, principalmente da variante Ômicron. “A gente trabalha com um período de cinco dias para os assintomáticos. E eles só retornam ao trabalho depois da testagem. E, para os sintomáticos, a gente trabalha com um intervalo de sete dias. Se os sintomas forem mais graves, determinamos um afastamento maior. E precisa da negativa do teste”, diz Soranz.
Em Belo Horizonte, 487 profissionais de UPAs, Centros de Saúde e Samu estiveram afastados em dezembro por sintomas respiratórios. Plantões extras são ofertados para os que seguem no trabalho.
Em Florianópolis, são 166 profissionais e trabalhadores da Saúde de Centros de Saúde e Unidades de Pronto Atendimento afastados por Covid-19 atualmente. Na rede municipal são 2.730 profissionais ao todo. A capital catarinense convocou nesta semana 130 profissionais de saúde, que devem começar a atuar entre os dias 10 e 12 de janeiro.
Queiroga disse que a possibilidade de redução da quarentena para profissionais de saúde ainda é discutida com secretários, mas já adiantou que o Brasil “possivelmente” pode adotar a conduta, estabelecendo uma quarentena de cinco dias para profissionais que estejam assintomáticos. Atualmente, a recomendação da pasta para quem foi contaminado, com ou sem sintomas, é ficar em isolamento por duas semanas.
Segundo o ministro, tanto o Centro de Controle e Prevenção de Doenças americano (CDC, na sigla em inglês) quanto países como a França já adotam prazo menor de quarentena para assintomáticos, medida que visa a, em um primeiro momento, evitar que a licença de médicos ou outros profissionais da área comprometa o trabalho em hospitais diante da alta demanda provocada pela variante Ômicron. No Reino Unido, o alto número de afastamentos – cerca de 39 mil profissionais de saúde – levou o governo a convocar militares para dar apoio aos hospitais.
Entidades de saúde avaliam proposta com preocupação
O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) considera preocupante a proposta do ministério. “Os profissionais de enfermagem atuam diretamente na assistência à população, incluindo doentes, imunossuprimidos e convalescentes, entre outros grupos altamente vulneráveis. Reduzir o afastamento para apenas cinco dias implicaria risco de transmissão para a população assistida”, afirmou, em nota.
César Eduardo Fernandes, presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), considera arriscado. “Primeiramente, devemos considerar é que o tempo de quarentena estipulado inicialmente de 14 dias parece demasiadamente alto para os conhecimentos que temos agora da doença. O recomendável seria pelo menos sete dias e até no máximo dez dias. Isso seria apropriado. Abaixo de sete dias não seria recomendável trazer o profissional de saúde. Exceto em condições extremamente excepcionais como alguns países estão enfrentando”, afirmou.
Victor Dourado, presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) critica a proposta de reduzir a quarentena de profissionais da saúde acometidos pela covid-19 que estejam assintomáticos. Segundo ele, neste momento, o governo deveria focar em ações para conter o avanço da doença. “Vendo a situação caminhar para cenário vivido nos Estados Unidos, no lugar de tomar medidas para evitar que o Brasil enfrente a mesma situação, já quer que os médicos atendam mesmo com Covid-19 porque a situação vai chegar no colapso. Ou seja, vamos deixar que as pessoas se infectem e vão para a UTI, mas as medidas para evitar isso não estão sendo feitas”, criticou Dourado.
Desde o fim do ano passado, o número de casos no novo coronavírus está aumentando muito rapidamente, principalmente em razão da variante Ômicron. “Muitos profissionais, inclusive, médicos estão se contaminando com covid. Nos Estados Unidos, o número de novos casos diários já está novamente maior que 700 mil. Lá e assim como em outros países já está faltando ou vai faltar profissionais de saúde para fazer o atendimento da população. O que se discutiu no ano passado sobre o que fazer se não tivesse ventilador mecânico para atender todo mundo, neste ano estamos vendo o que fazer se não tiver profissional de saúde, diante do aumento da demanda”, avaliou o presidente do Simesp.
‘Nosso sistema de saúde está sobrecarregado faz tempo. E nós estamos todos cansados’
Diante da falta dos dados que são usados para análise da evolução da pandemia, o Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) emitiu nesta sexta-feira, 7, um boletim extraordinário com um único indicador: a taxa de ocupação de leitos de UTI destinados a adultos com covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS). Para os pesquisadores, o momento atual, com o crescimento rápido de casos da variante Ômicron, desenha um novo cenário epidemiológico. Em comparação com os registros obtidos em 20 de dezembro de 2021, os dados relativos a 5 de janeiro de 2022 mostram aumento relevante no número de pacientes internados nesses leitos. Entre os Estados, destacam-se Tocantins (23% para 62% de ocupação, com queda de 122 para 87 leitos) e Piauí (47% para 52%, com aumento de 106 para 130 leitos).
Em Camaçari (BA), região metropolitana de Salvador, a médica Marília Gomes, 29 anos, disse que não conseguiu perceber as ondas da pandemia de Covid-19. “Desde o início, os casos se mantiveram altos”, conta. Com o avanço da vacinação, principalmente entre agosto e novembro, conta que, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e na de Saúde da Família (USF) que trabalha, houve uma “aliviada”.
Em dezembro, o cenário se reverteu e a demanda voltou a crescer, principalmente de pessoas com síndrome gripal. Ela atribui essa alta a uma série de fatores: a junção da pandemia de covid com um surto de gripe; a cepa Ômicron; a variante H3N2, do Influenza; e o período de festas de final de ano e início da temporada de festas.
“Há uma epidemia de Influenza no meio da pandemia da covid”, fala. “Senti muito essa diferença epidemiológica em meu território. É zona costeira, a população trabalha na praia, então, agora é o período em que eles mais estão expostos. Até antes do Natal, a demanda de síndrome gripal estava muito menor.”
A espera por atendimento, consequentemente, aumentou. Enquanto isso, Marília observa colegas adoecerem e serem afastados. “Lidar com a sobrecarga devido ao adoecimento dos colegas é complexo. Infelizmente, nosso sistema de saúde já está sobrecarregado faz tempo. E nós estamos todos cansados. Foram dois anos de muito luto, e muita luta”, diz. “Mas a gente se ajuda muito, e pensa muito de forma coletiva nesse momento.”
Lidando com o luto da perda do pai há seis meses, ela conta não conseguir trabalhar horas além do estipulado, algo comum nos últimos dois anos. “E precisa ser assim, pois estou trabalhando o meu luto, enquanto cuido das pessoas. Precisa haver um balanço positivo.”
Em 2021, Marília conta que foi duro trabalhar horas a mais. “Foi muito difícil conciliar tudo. Foram muitas sessões de terapia. E eu tive duas crises de ansiedade, que culminaram com o meu afastamento devido a um quadro de epistaxe (sangramento na mucosa nasal).”
Quanto a possibilidade de que profissionais com covid trabalhem ainda contaminados, como discute o governo federal, ela avalia que seja uma “declaração grave”. “Porque ela vem da mesma boca que também orienta que as pessoas não se vacinem, da mesma caneta que quer dificultar a vacinação infantil”, explica.
O médico de Família e Comunidade Jonas José Oliveira Junqueira, de 38 anos, que atua no Centro de Saúde Caminho das Águas, em Lavras (MG), atende diretamente pacientes com síndrome gripal. Desde o natal, conta ele, houve um aumento nos pacientes com suspeita e confirmação de covid.
“Esse aumento se tornou ainda mais significativo na última semana”, fala Junqueira. “Nos últimos três dias, apenas no centro de saúde que trabalho tivemos 36 casos com teste rápido de antígeno para covid positivos. Houve família que todos os integrantes que residiam na mesma casa foram infectados”
Com a alta, pacientes com sintomas respiratórios representam metade de seus atendimentos diários – antes, eles eram cerca de 20%. Ele atribui esse cenário às festas de final de ano, ao início do período de férias e ao descuido de medidas de proteção após o avanço da vacinação.
Junqueira não tem tido de trabalhar mais horas ou visto um número expressivo de colegas afastados, no entanto, tem atendido mais pacientes diariamente. Antes do Natal, esse número ia de 20 até 25. Agora, atende de 30 até 35.
“Após esses dois anos de pandemia, com a vacina e a queda dos casos no ano passado, esperava que estivéssemos em uma situação melhor hoje”, diz. “Esses novos picos e ondas podem acarretar novos prejuízos à vida das pessoas.” Mesmo assim, destaca que, até o momento, os pacientes apresentam quadro leve, sem necessidade de hospitalização.
O médico considera um “equívoco” a possibilidade de médicos trabalharem infectados pelo novo coronavírus, pelo risco de transmissão do vírus. “Na minha opinião, o tempo de isolamento deve ser igual a todos, independente da profissão que exerçam”, afirma.
Estadão Conteúdo
Exército prepara nota para ‘esclarecer’ que não exigiu passaporte de vacina
Foto: Divulgação/Arquivo |
Por pressão política do governo Jair Bolsonaro, o Comando do Exército decidiu elaborar uma nota de esclarecimento sobre a diretriz do comandante-geral, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, editada para regular o retorno ao trabalho presencial na tropa, com sinal “um verde” para os militares já vacinados. O comunicado deve ser divulgado na página do Centro de Comunicação Social do Exército.
A interpretação de que a diretriz do general era uma forma de cobrar “passaporte da vacina”, o que o presidente rejeita, gerou cobranças de explicações por parte do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, porta-voz de Bolsonaro junto ao generalato.
O ministro se reuniu com os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica nesta sexta-feira, dia 7, para discutir a diretriz verde-oliva. O tema vacina é considerado “sensível” na Defesa, por ter virado bandeira política do presidente. Houve cobranças de Braga Netto. Reservadamente, oficiais comentam que o ministro deu claros sinais de não querer melindrar Bolsonaro, no momento em que tenta se viabilizar como potencial candidato a vice-presidente.
A diretriz orientou que oficiais em cargos de chefia avaliassem a volta ao regime presencial dos já vacinados, quinze dias após a imunização. Porém, a diretriz não continha um veto total ao retorno dos não-vacinados. Havia no texto uma brecha para que os militares sem vacinação completa apresentassem para análise das circunstâncias, caso a caso, ao Departamento Geral de Pessoal, o DGP, que tem uma área de Saúde e um comitê relacionado à prevenção da Covid-19. Apesar disso, o próprio Braga Netto editou uma portaria semelhante que entrou em vigor na virada do ano. Ao normatizar o retorno gradual no ministério, ele determinou que os servidores administrativos retornassem às atividades presenciais quinze dias após terem se imunizado contra a Covid-19.
Além disso, o teor geral da nova diretriz do general Paulo Sérgio é de flexibilizar a realização de atividades e treinamentos na caserna, em vez de restringir. Ela recomenda, porém, a adoção de medidas de prevenção à contaminação, para poder e por isso, fala expressamente no “uso de máscaras, no distanciamento social e higienização de mãos”, medidas cuja eficácia Bolsonaro questiona, apesar das evidências científicas e das recomendações sanitárias.
O documento do comandante-geral reproduz uma ordem para que não haja difusão de notícias falsas sobre a pandemia do novo coronavírus na internet. Esse trecho da normativa também não é uma novidade, pois estava em vigor desde março de 2020, emitido pelo então comandante-geral, general Edson Leal Pujol.
Estadão Conteúdo
Fiocruz pede atenção à oferta de leitos diante do avanço da Ômicron
Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil / Arquivo |
O Boletim do Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ainda sem acesso a bases de dados usadas para o acompanhamento de casos e óbitos por covid-19 no país, concentrou sua última análise na ocupação dos leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) e destacou em edição publicada hoje (7) que é preciso atenção a esse indicador, diante do rápido avanço da variante Ômicron do novo coronavírus.
Os pesquisadores da Fiocruz ressaltam que a disseminação da nova variante se soma à epidemia de gripe causada pelo H3N2 e à grande circulação de pessoas durante as festas de fim de ano. “Todos estes elementos contribuem para impactar negativamente a dinâmica da pandemia e a capacidade de enfrentamento, com impactos sobre a saúde da população e o sistema de saúde”, avaliam.
No boletim desta semana, a Fiocruz manteve apenas a avaliação das taxas de ocupação de leitos de UTI em cada estado e capital, indicando que houve um aumento relevante no número de internados, na comparação com 20 de dezembro do ano passado.
Apesar da piora, os pesquisadores explicam que os percentuais de ocupação de leitos neste momento não podem ser comparados aos dos piores momentos da pandemia, porque houve uma redução no número de vagas para pacientes graves desde que a vacinação trouxe um melhor cenário epidemiológico.
“Ainda é precoce, desta forma, afirmar que há uma nova pressão sobre os leitos de UTI, baseado apenas nos dados disponíveis e apresentados aqui. Entretanto, cabe manter a atenção sobre a evolução do indicador”, alerta o boletim.
Estados
Entre os estados brasileiros, quatro encontram-se na zona de alerta intermediário, com mais de 60% dos leitos ocupados: Pará (67%), Tocantins (62%), Pernambuco (79%) e Alagoas (68%). Já quando a análise se concentra nas capitais, Fortaleza (85%), Maceió (85%) e Goiânia (97%) chegam à zona de alerta crítico, com mais de 80% de leitos ocupados. O boletim acrescenta que Palmas (66%), Salvador (62%) e Belo Horizonte (73%) estão na zona de alerta intermediário.
A Fiocruz pondera que, embora a variante Ômicron esteja associada a casos mais leves de covid-19, sua grande transmissibilidade pode provocar um aumento abrupto de casos, o que poderia sobrecarregar os sistemas de saúde e ser um obstáculo ao diagnóstico rápido e tratamento oportuno dos pacientes.
“Além disso, é importante destacar que a situação de recrudescimento da pandemia, sem dados epidemiológicos disponíveis para apreciação do que está ocorrendo e estimativa de tendências, é gravíssima”, diz o boletim. “O enfrentamento de uma pandemia sem os dados básicos e fundamentais pode ser comparado a dirigir um carro em um nevoeiro, com pouca visibilidade e sem saber o que se pode encontrar adiante”.
Dados
O Ministério da Saúde informou em nota que em dezembro foram restabelecidas as plataformas e-SUS Notifica, Sivep-Gripe, SI-PNI e Conecte SUS, possibilitando a inclusão de dados por estados e municípios. Alguns dos dados lançados podem não constar nas interfaces dos sistemas, entretanto, todas as informações podem ser registradas pelos gestores locais e, assim que a integração de dados for restabelecida, os registros poderão ser acessados pelos usuários.
Cabe ressaltar que o Departamento de Informática do SUS (Datasus) segue atuando para restabelecer as demais plataformas e integradores de forma gradativa, com previsão de normalização para janeiro.
Agência Brasil
Brasil pode ter 1 milhão de casos diários de Covid em duas semanas, projetam cientistas
Foto: Rubens Cavallari / Folhapress / Arquivo |
Em duas semanas, o Brasil pode chegar a um milhão de pessoas infectadas por dia com Covid. A projeção, feita pela Universidade de Washington (EUA), considera que os casos são muito superiores aos dados oficiais e devem mais do que dobrar em 15 dias.
O país vive um apagão de números sobre a doença, portanto não se sabe o tamanho da onda de contaminações impulsionada pela variante ômicron atualmente. Isso porque os sistemas de notificação do Ministério da Saúde estão instáveis há um mês, após ataques hackers, e não há uma política ampla de testagem.
A universidade estima que 468 mil pessoas tenham sido infectadas no Brasil apenas nesta sexta (7), incluindo aquelas que não fizeram exames. A quantidade é quase nove vezes superior aos testes positivos registrados pelos estados nas últimas 24 horas (53.419, segundo o consórcio de veículos de imprensa).
Seguindo a projeção, o país deve chegar a 1 milhão de infectados no dia 23 de janeiro e a um pico de 1,3 milhão em meados de fevereiro.
A estimativa é dez vezes maior do que o número registrado no auge da doença no Brasil, em março do ano passado, quando foram quase 100 mil casos positivos por dia.
Segundo a epidemiologista Fátima Marinho, integrante da rede de pesquisadores que envia os dados brasileiros à Universidade de Washington, a projeção é baseada num cálculo complexo, considerando vários fatores de cada país, e é bastante confiável a curto prazo.
“Esse aumento para 1 milhão em duas semanas é plausível, porque o modelo aplica o que já se sabe da doença nos EUA e na Europa, por exemplo, que têm números muito apurados. Na Inglaterra o teste é gratuito em qualquer farmácia e vai direto para o sistema do governo”, diz.
De acordo com ela, é esperado que a doença siga neste ano o mesmo caminho dos últimos dois anos: um aumento durante o inverno no hemisfério norte, depois uma alta nas transmissões no Brasil em janeiro e fevereiro, com um pico em março.
“Vamos repetir, como temos repetido todo ano. Não tem por que o cenário ser diferente dos outros anos e dos outros países. É impressionante que o governo não faça nada, sabendo antecipadamente o que vai acontecer”, critica a professora da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
O ritmo de crescimento projetado para as mortes, porém, é muito inferior. Os cálculos indicam que o país pode chegar a 313 óbitos diários por Covid em duas semanas, apenas 12% a mais do que as 279 mortes estimadas para esta sexta. Ainda assim, a projeção é bastante superior ao registro oficial dos estados, que foi de 148 nas últimas 24 horas.
Segundo especialistas, a menor letalidade da doença está ligada à menor gravidade da variante ômicron e ao avanço da cobertura vacinal no país. O Brasil tem 78% da população com ao menos uma dose da vacina, 68% com o primeiro ciclo de imunização completo e 13,4% com o reforço.
Os dados registrados pelos estados indicam que, enquanto a média móvel de casos cresceu 639% em relação aos dados de duas semanas atrás, a média de mortes continua estável, ou seja, não teve variações superiores a 15% nesse período.
“Felizmente, temos a vacina para evitar uma tragédia como a que vimos no ano passado, em relação às mortes. Mas, se quisermos o controle da situação e evitar que novos óbitos ocorram, precisamos saber a quantidade de casos. Com a política atual de testagem, não teremos esse controle”, diz Domingos Alves, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP.
Para os especialistas, exatamente pela falta de testagem no país, os dados oficiais não devem alcançar os da projeção. No entanto, eles dizem que, mesmo com a subnotificação, o registro de casos confirmados deve dobrar até a próxima semana.
“O dado oficial nunca vai chegar nem perto do número real de infectados porque não testamos. As informações que teremos nos próximos dias serão apenas daquelas pessoas que se infectaram e tiveram sintomas mais graves e, por isso, foram testadas”, diz Wallace Casaca, coordenador do Infotracker, projeto da USP e Unifesp que monitora a pandemia.
Os especialistas explicam que a subnotificação ocorre principalmente pela falta de testagem em massa, o que leva, em geral, à contabilização apenas dos sintomáticos moderados a graves, e a um atraso, ou, muitas vezes, à ausência completa do registro dos casos.
O sanitarista Christovam Barcelos, um dos coordenadores da plataforma MonitoraCovid19, da Fiocruz, também chama a atenção para o enorme gargalo que se formou a partir do apagão dos sistemas de notificação desde 10 de dezembro. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, prometeu normalizar a situação até a próxima semana.
“O apagão não foi só o ataque às nuvens. Está na origem, atrasando a entrada de notificações nas unidades de saúde privadas e públicas. Então mesmo que todos os sites voltem, existe ainda muito dado represado. Portanto, nas próximas semanas, veremos uma explosão de casos que pode ser falsa também, porque são números de dezembro que só foram digitados em janeiro”, diz.
Ele ressalta que já se percebia um aumento de infecções desde o início de dezembro, apesar de isso não ter transparecido nas estatísticas oficiais. Dados de hospitais particulares, alta na positividade de testes e até um questionário aplicado pelo Facebook aos usuários indicaram mais pessoas com sintomas naquele momento.
“Isso piorou principalmente com as festas de fim de ano, a partir de 20 de dezembro. As pessoas esquecem que festa não é só uma noite de Natal ou Ano-Novo, é uma sequência de eventos e viagens”, lembra.
Ainda que os dados oficiais não deem conta de dimensionar o tamanho do surto, diversas localidades do país já registram pressão nos sistemas de saúde e voltaram a adotar medidas emergenciais.
O governo do Ceará, por exemplo, suspendeu cirurgias eletivas e a Prefeitura de São Paulo voltou a montar tendas para atendimento de pacientes.
Isabela Palhares e Júlia Barbon / Folhapress
Agronegócio perde participação nas exportações em 2021
Foto: Lalo de Almeida/ Folhapress/ Arquivo |
As exportações do agronegócio atingiram um ritmo muito forte em 2020. As receitas somaram o recorde de US$ 120,4 bilhões. Os cálculos são do jornal Folha de S.Paulo, com base nos dados disponibilizados pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior), nesta quinta-feira (6). Com isso, o montante financeiro acumulado nos últimos dez anos com exportações do setor fica próximo do US$ 1 trilhão. É a terceira vez que as receitas com as exportações superam US$ 100 bilhões por ano.
Como comparação, as exportações gerais do país somaram US$ 280,4 bilhões no ano passado. Apesar dessa aceleração das exportações do setor, a soja, que havia assumido a liderança da balança comercial em 2014, perdeu o posto para minérios no ano passado. Em 2021, as exportações do complexo soja (que reúne grãos, farelo e óleo) somaram US$ 48,5 bilhões, um pouco abaixo dos US$ 48,7 bilhões dos minérios.
Com isso, a participação do agronegócio nas exportações totais do país voltou para 42,9%. Em 2020, com a disparada das receitas com soja e com carnes, e devido à desaceleração das exportações de minérios, a participação do agronegócio havia atingido 48%. As exportações com minérios haviam somado US$ 28,9 bilhões em 2020, conforme dados a Secex, valor bem distante do de 2021.
O desempenho externo do agronegócio ocorreu mais pelos bons preços no mercado internacional do que pelo volume exportado pelo Brasil. Em alguns casos, como o do milho, houve forte desaceleração nas vendas externas e aumento das importações, devido à quebra da safra nacional. No mês passado, a soja foi negociada a 33% acima do valor de dezembro de 2020 no mercado externo. Nesse mesmo período, o café subiu 64%, e o trigo, 47%. Entre as carnes, a de frango registrou a maior valorização no período, com aumento de 23%.
O carro-chefe do agronegócio continua sendo as exportações de soja, que atingiram o recorde de 86,5 milhões de toneladas no ano passado, com receitas, também recordes, de US$ 39,2 bilhões. Alguns produtos, no entanto, começam a se destacar na relação das exportações. As frutas, pela primeira vez, superaram o patamar de US$ 1 bilhão. No ano passado, as receitas com esses produtos somaram US$ 1,1 bilhão, com aumento de 19% em relação às de 2020.
O setor florestal, em razão das vendas de madeira e de celulose, teve uma evolução de 15%. Um dos destaques foi a exportação de madeira em bruto. Os dados da Secex indicam que as vendas externas desse tipo de madeira somaram 2,64 milhões de toneladas, com receitas de US$ 228 milhões. O volume cresceu 93%, em relação ao ano anterior, e a receita, 98%.
A balança comercial do agronegócio foi beneficiada também pelo cenário internacional difícil para o café. A menor oferta internacional do grão e os sérios problemas climáticos no Brasil, o principal fornecedor mundial do produto, provocaram aumentos explosivos nos preços. As receitas do ano passado atingiram US$ 6,3 bilhões, com evolução de 14%. Esse é um produto que não deverá ter alívio nos preços, uma vez que as geadas de 2021 devem afetar a produção de parte das lavouras deste ano.
Conforme os dados disponibilizados pela Secex nesta quinta-feira, o Brasil foi bastante favorecido nas exportações de 2021, devido à demanda externa e à alta dos preços. O país pagou caro, no entanto, nos insumos que teve de importar. A compra de fertilizantes, que somou 34,2 milhões de toneladas em 2020, subiu para 41,6 milhões no ano passado, com evolução de 22%. Já os gastos, que atingiram US$ 15,2 bilhões no período, avançaram 88%.
A expansão de área forçou o país a elevar também as compras de agroquímicos. O volume importado no ano passado dos principais produtos, como inseticidas, herbicidas e fungicidas, subiu para 397 mil toneladas, no valor de US$ 3,52 bilhões. A evolução dos gastos foi de 14% no ano.
Mauro Zafalon / Folhapress
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