Rosa Weber pede informações à Presidência sobre assédio judicial contra jornalistas
Foto: Jorge William/Reprodução/Arquivo |
A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu nesta sexta-feira informações à Presidência da República e ao Congresso Nacional em uma ação que questiona o chamado “assédio judicial” contra jornalistas apresentada à Corte pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).
No despacho, antes de entrar no mérito do assunto, a ministra determinou um pedido de informações sobre o tema, em um prazo de dez dias, para a Câmara dos Deputados, Senado e Presidência da República. Depois, pediu pronunciamento da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Procuradoria-Geral da República (PGR) em cinco dias, para em seguida tomar uma decisão.
A ministra diz ainda entender que a matéria tem “relevância e especial significado para a ordem social e a segurança jurídica”.
Segundo a Abraji, o assédio judicial ocorre quando uma pessoa ou uma causa se torna alvo de um grande número de processos em um curto espaço de tempo. As ações são fundadas nos mesmos fatos e ajuizadas em diversos locais diferentes.
“O assédio judicial, nesses casos, se evidencia mediante a pulverização da distribuição de diversas ações, muitas vezes em todo o país, com a imposição de enormes custos financeiros às vítimas, além, obviamente, da ameaça de eventual condenação”, diz a entidade.
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Para a Abraji, o país enfrenta ataques à liberdade de expressão, à imprensa e ao direito à informação mediante instrumentalização de estruturas do Judiciário e exercício abusivo do direito de ação.
O pedido trazido na ação é que o STF interprete, de acordo com a Constituição, dispositivos do Código de Processo Civil e da Lei dos Juizados Especiais para que os processos em que se verificar abuso de ação sejam resolvidos homogeneamente, preservando a liberdade de imprensa, comunicação e expressão do pensamento e as garantias constitucionais do devido processo legal, da ampla defesa e da razoável duração do processo.
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A ação foi distribuída, por prevenção a Rosa Weber, que já é relatora de outra ação em que a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) contesta o emprego abusivo de ações judiciais de reparação de danos materiais e morais com o intuito de impedir a atuação livre de jornalistas e órgãos de imprensa.
Informações de O Globo
Covid-19: Brasil tem 22,9 milhões de casos e 620,9 mil mortes
Segundo Ministério da Saúde, 21.697.818 pessoas já se recuperaram
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil |
Balanço divulgado neste sábado (15) pelo Ministério da Saúde registra 48.520 novos casos de covid-19 em 24 horas. O dado eleva para 22.975.723 o número de pessoas infectadas pela doença no país desde o início da pandemia. Ontem (14), o painel de estatísticas marcava 22.927.203 casos acumulados.
As mortes pelo novo coronavírus ao longo da pandemia aproximam-se de 621 mil. Em 24 horas, as autoridades de saúde notificaram 175 novos óbitos, totalizando 620.971. Ontem, o painel de informações marcava 620.796 mortes acumuladas.
O balanço apontou também 656.934 pacientes em acompanhamento e 21.697.818 recuperados da doença.
Estados
Os estados com mais mortes são os seguintes: São Paulo (155.707), Rio de Janeiro (69.579), Minas Gerais (56.810), Paraná (40.931) e Rio Grande do Sul (36.521).
Chuvas deixam 45 mil desalojados e 6,6 mil desabrigados em Minas
Foto: Divulgação/Seinfra |
Apenas nas últimas 24 horas, foram registrados 10 mil desalojamentos e 2,2 mil novos desabrigados no estado. Desalojados são aqueles que se viram forçados a deixarem suas casas e estão morando na casa de outras pessoas. Já os desabrigados se deslocaram para abrigos públicos após terem suas casas danificadas ou ameaçadas pelas chuvas.
Desde o início da estação chuvosa, que, este ano, começou em outubro, um mês antes que o habitual, 25 pessoas já perderam suas vidas devido às chuvas e suas consequências. O município que mais registrou mortes foi Brumadinho, com cinco óbitos, e 18 cidades registraram vítimas.
Esse número não inclui as dez mortes causadas pelo desprendimento de um bloco de pedras no Lago de Furnas, em Capitólio (MG), no dia 8 de janeiro. As causas desta tragédia ainda estão sendo apuradas, mas autoridades estaduais já anteciparam que parte do paredão rochoso pode ter ruído por efeito da ação das águas.
O governador do estado, Romeu Zema, anunciou o repasse de R$ 560 milhões para ações nas cidades atingidas pelas chuvas. Segundo ele, a prioridade será ajudar as pessoas que tiveram suas casas destruídas por alagamentos, inundações ou rios que transbordaram. A estimativa do governo é que 3 mil pessoas perderam suas casas.
Sol
A previsão do tempo para o fim de semana em Minas Gerais é otimista e espera-se uma trégua na chuva. Uma intensificação de uma massa de ar seco e quente na região estabiliza o tempo neste sábado. Deve fazer calor em todo o estado, com temperatura acima de 30 graus em todas as regiões. Apenas no domingo (16) à noite que se espera uma chuva rápida e isolada.
Agência Brasil
Bahia atinge 8.732 casos ativos de Covid-19; 8 óbitos são registrados
Foto: Bruno Concha/Secom/Arquivo |
A Bahia registrou neste sábado (15) 8.732 casos ativos de Covid-19. A última vez que o estado teve um número de ativos maior ao de hoje foi em 24/07/21, quando foram registrados 9.042 ocorrências. O boletim epidemiológico aponta ainda que, nas últimas 24 horas, foram computados 918 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,07%), 738 recuperados (+0,06%) e 8 óbitos. Dos 1.287.084 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.250.694 já são considerados recuperados e 27.658 tiveram óbito confirmado.
Os dados ainda podem sofrer alterações devido à instabilidade do sistema do Ministério da Saúde. A base ministerial tem, eventualmente, disponibilizado informações inconsistentes ou incompletas.
O boletim epidemiológico contabiliza ainda 1.711.183 casos descartados e 279.547 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até às 17 horas deste sábado. Na Bahia, 53.477 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.
Vacinação
Até o momento temos 10.881.885 pessoas vacinadas com a primeira dose, 264.125 com a dose única, 8.969.677 com a segunda dose e 1.722.972 com a dose de reforço.
Eleições 2022: resolução regulamenta apuração e unifica horário de votação
Regras tratam, ainda, da totalização dos votos e acessibilidade de eleitoras e eleitores
Aprovada em dezembro pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para vigorar nas Eleições de 2022, a Resolução 23.669 prevê, entre outros pontos, normas que regulam a apuração e totalização dos votos, a acessibilidade de eleitoras e eleitores e os procedimentos com as urnas eletrônicas após o pleito. As eleições ocorrem no dia 2 de outubro. Em caso de necessidade, o segundo turno do pleito acontecerá no dia 30 de outubro.
Com relação aos sistemas eleitorais, a norma destaca os procedimentos relativos à totalização dos votos, proclamação e divulgação dos resultados das eleições. Aborda, por exemplo, a emissão do Boletim de Urna (BU) ao final da votação e o mecanismo do Registro Digital do Voto (RDV). Uma das principais novidades da resolução é no tocante ao horário de início da totalização dos resultados. Isso porque, nas eleições de outubro, os horários de início (8h) e de encerramento (17h) da votação serão uniformizados, em todo o país, pelo horário oficial de Brasília. Essa regra não se aplica ao voto no exterior.
Destinação dos votos na eleição proporcional
No momento da totalização dos votos, serão computados como válidos os votos dados a candidata ou candidato cujo registro esteja em uma das seguintes situações: deferido por decisão transitada em julgado; deferido por decisão ainda objeto de recurso; não apreciado pela Justiça Eleitoral, inclusive em decorrência de substituição de candidatura ou anulação de convenção partidária.
Segundo a resolução, a candidata ou o candidato que tenha o registro indeferido ou cancelado após a realização da eleição terá os votos contados para a legenda pela qual concorreu. Além disso, a cassação do registro de candidatura, em ação autônoma, não altera a contagem dos votos como válidos.
RDV e BU
A norma estabelece que, na apuração, os votos são registrados individualmente pelo sistema de votação da urna eletrônica nas seções eleitorais, preservando sempre o anonimato da eleitora ou do eleitor. A urna é dotada de um arquivo denominado Registro Digital do Voto (RDV), no qual fica gravado cada voto, tal como digitado pela eleitora ou eleitor na urna, separado por cargo em disputa e em arquivo único, com o uso dos meios tecnológicos adequados para a garantia do sigilo da votação.
Os votos poderão ser conferidos por qualquer pessoa por meio do Boletim de Urna (BU), que tanto fica disponível, na forma impressa, em cada seção eleitoral no final da votação quanto na página do TSE na internet ou por meio do aplicativo Boletim na mão.
Totalização das eleições
A transmissão dos arquivos de urna e os procedimentos para a totalização dos resultados são operacionalizados pelos sistemas Transportador e de Gerenciamento da Totalização (SISTOT), utilizados em cada uma das instâncias da Justiça Eleitoral (Juntas Eleitorais, TREs e TSE), de acordo com suas atribuições e abrangências.
Fiscalização da totalização
Segundo a Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997), é assegurado a candidatas e candidatos, partidos políticos, coligações e às federações de partidos, à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e ao Ministério Público (MP) a fiscalização dos trabalhos de transmissão e totalização de dados das eleições.
Em até três dias após o encerramento da totalização, o TSE disponibilizará em sua página na internet a opção de visualização dos boletins de urna recebidos para a totalização, bem como as tabelas de correspondências efetivadas, dando ampla divulgação nos meios de comunicação.
Segundo turno do pleito
O segundo turno das eleições para os cargos de presidente e governador, se houver, ocorrerá na data estabelecida pela resolução: dia 30 de outubro. Em relação a candidata ou candidato aos cargos, a norma ressalta que, se ocorrer morte, desistência ou impedimento legal dos políticos no segundo turno, deverão ser convocados, entre os remanescentes, aquelas ou aqueles com maior votação no primeiro turno.
Diplomação das pessoas eleitas
Candidatas e candidatos eleitos serão diplomados até 19 de dezembro de 2022. Contra a expedição de diploma, caberá o recurso previsto no artigo 262 do Código Eleitoral, no prazo de três dias contados da diplomação.
Nulidade da votação
A nulidade da eleição será declarada quando o órgão apurador conhecer do ato ou dos seus efeitos e a encontrar provada, não lhe sendo lícito supri-la, ainda que haja consenso das partes, segundo consta no artigo 220 do Código Eleitoral.
A resolução dispõe que, se a nulidade atingir mais da metade dos votos do país, nas eleições presidenciais, ou do estado ou do Distrito Federal, nas eleições federais e estaduais, as demais votações serão julgadas prejudicadas. No caso, o tribunal eleitoral deverá marcar o dia de uma nova eleição, observando a primeira data disponível no Calendário estabelecido pelo TSE.
Procedimentos com as urnas
Encerrada a apuração, as urnas de votação e as mídias de carga deverão permanecer lacradas até o dia 10 de janeiro de 2023. As urnas que apresentarem defeito no dia da eleição e forem substituídas com sucesso por urnas de contingência poderão ser encaminhadas para manutenção, a qualquer tempo. Poderão ser reutilizadas, a qualquer tempo, as urnas de contingência não usadas, as mídias de votação de contingência e as mídias de resultado que não contenham dados de votação.
Acessibilidade e situação de pandemia
A Justiça Eleitoral, por meio de ampla campanha, esclarecerá ao eleitorado sobre o que é necessário para votar em seções com melhores condições de acessibilidade. A partir de 26 de setembro, os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) esclarecerão a eleitoras e eleitores sobre o que é necessário para votar, sendo proibida a prestação desse serviço por terceiros.
A resolução determina também que, em situações de pandemia, reconhecidas por autoridades governamentais, o TSE poderá expedir instruções adicionais com protocolos sanitários de contingência, a fim de resguardar a saúde coletiva das pessoas que atuarão no dia das eleições.
Gestor responsável: Assessoria de Comunicação
Agência Brasil explica diferença dos testes para covid-19 e Influenza
Foto: Allisson Pinheiro/CBDU/D.R |
Mas qual o melhor teste para detectar a covid-19? RT-PCR, teste rápido de antígeno ou sorológico? A resposta é: depende da situação. Cada teste foi desenvolvido para detectar a presença do vírus ou dos anticorpos em diferentes fases da doença e, como têm diferentes custos, podem ser implantados em massa ou ser de uso mais restrito.
Segundo o documento da Organização Panamericana da Saúde (Opas) Recomendações para Estratégias Nacionais de Testagem para Sars-CoV-2 e Capacidades Diagnósticas, as políticas de testagem de cada país devem seguir critérios como a situação epidemiológica, disponibilidade de recursos e fatores como áreas de difícil acesso.
“Todos os indivíduos que atendem à definição de caso suspeito de covid-19 devem ser testados para Sars-CoV-2, independentemente da situação de vacinação ou histórico da doença”, enfatiza a recomendação, destacando que “o teste é uma ferramenta fundamental para detectar o agente etiológico [causador da doença], entender a transmissão do vírus e orientar e monitorar as medidas de controle de saúde pública e o manejo clínico dos pacientes”.
O organismo ressalta que a testagem deve estar vinculada às outras ações de saúde pública, como atendimento clínico, isolamento de casos, rastreamento de contatos, quarentena de contatos com apoio e fornecimento de informações para as pessoas submetidas a testes.
RT-PCR
O teste de biologia molecular conhecido como RT-PCR, sigla em inglês para reação em cadeia da polimerase de transcrição reversa em tempo real, detecta a presença do RNA do Sars-CoV-2 por meio de testes de amplificação de ácidos nucleicos (NAAT, da sigla em inglês). O RNA (ácido ribonucleico) é a molécula responsável pela codificação genética e pela descodificação durante a tradução de proteínas.
Como o NAAT é mais sensível e específico, ele é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o teste de padrão referência para o diagnóstico de infecção aguda por Sars-CoV-2.
Esse teste identifica a presença do material genético do vírus em amostras de secreção respiratória, colhidas no nariz ou garganta por meio de um cotonete longo e estéril, chamado de swab. O processamento da amostra é feito em laboratórios especializados e o teste demora de 30 minutos a 4 horas para ser feito, de acordo com o método, se manual ou automatizado.
Normalmente, o resultado é entregue ao paciente em 24 horas. Porém, com o atual aumento da demanda no Brasil, a demora tem sido de até cinco dias. A recomendação é que a coleta do material seja feita entre o terceiro e o sétimo dia após o início dos sintomas.
Antígeno
Antígenos são substâncias estranhas ao organismo que desencadeiam a produção de anticorpos. O teste de detecção de antígenos virais é feito por meio de técnicas de imunodiagnóstico, como estudos de fluxo lateral (LFAs), também chamados de testes rápido ou Ag-RDTs.
Segundo a Opas, esse tipo de teste é mais simples de fazer do que o RT-PCR e pode ser usado em larga escala, pois fica pronto de 15 a 30 minutos e não requer estrutura de laboratório. Ele acusa a infecção ativa da covid-19.
“Os países podem usar testes de diagnóstico rápido (Ag-RDTs) ou de fluxo lateral de detecção de antígeno de alta qualidade, que são simples de usar e oferecem resultados rápidos, para alcançar alta cobertura de testagem, idealmente testando todos os indivíduos sintomáticos que atendem à definição de caso de covid-19 o mais rápido possível a partir do início da doença”, diz a recomendação da entidade.
Eles oferecem a oportunidade de aumentar a disponibilidade e a velocidade da testagem e é indicado em locais onde há aumento rápido de número de casos e os laboratórios e unidades de saúde estiverem sobrecarregados.
O teste de antígeno não substitui o RT-PCR, mas deve ser usado como estratégia complementar para monitorar a situação epidemiológica. Em caso de resultado positivo, não é necessária a confirmação com o teste de RNA. Porém, se der negativo, de acordo com critérios clínicos, como a presença persistente de sintomas, é indicado fazer o RT-PCR.
O teste rápido é indicado para pessoas com sintomas em locais com alta prevalência do vírus e para pessoas assintomáticas que tiveram contato com casos confirmados ou que estão frequentemente expostos, como trabalhadores da saúde. A coleta do material a ser analisado também é feita por swab e deve ocorrer entre o quinto e o sétimo dia de sintomas.
Sorológico
O teste sorológico, feito com amostra de sangue total, soro ou plasma, detecta os anticorpos do indivíduo por meio de estudos imunoenzimáticos (ELISAs) ou imunoestudos quimioluminescentes (CLIAs), também conhecidos como IgM, IgA e/ou IgG.
A Opas destaca que este teste não é indicado para quem está doente, pois os anticorpos só são detectados de uma a duas semanas após a infecção. Mas o exame contribui para a vigilância epidemiológica.
“A detecção de anticorpos não é recomendada para o diagnóstico de covid-19, pois pode levar até duas semanas para que os anticorpos do hospedeiro sejam produzidos, mas desempenha um papel importante na detecção de infecções anteriores para pesquisa e vigilância”.
Autoteste
Muito populares nos Estados Unidos e na Europa, os autotestes para covid-19 são proibidos no Brasil, mas o Ministério da Saúde está estudando uma estratégia para a liberação.
Eles são do tipo teste rápido de antígeno, porém, a OMS não recomenda a sua ampla utilização. De acordo com a Opas, ainda não há orientação para o seu uso.
“As considerações para o uso de autoteste devem incluir melhor acesso aos testes e os possíveis riscos que podem afetar o controle do surto. Os benefícios e danos em potencial do autoteste com Ag-RDTs para Sars-CoV-2 serão abordados em um documento de orientação separado”.
Entre os problemas apontados para a disseminação do autoteste está a falta de habilidade do cidadão comum em manusear o material e a falta de notificação oficial da doença às autoridades de saúde pública em caso de resultado positivo.
Sequenciamento genético
Esses testes são feitos por amostragem, com o material colhido para o RT-PCR. Ele identifica alterações no vírus, as chamadas variantes de interesse (VOIs) ou variantes de preocupação (VOCs), sendo estratégico para a atuação global do controle da covid-19.
“Os estudos NAAT de detecção de mutação podem ser usados como ferramenta de triagem para variantes do Sars-CoV-2, mas a presença de uma variante específica deve ser confirmada por meio de sequenciamento”, explica a Opas.
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES), o sequenciamento do coronavírus não é um exame de rotina nem de diagnóstico, sendo utilizado para a vigilância genômica e identificação das modificações sofridas pelo vírus Sars-CoV-2.
Influenza
Para a detecção de Influenza, ou gripe, também há vários tipos de teste disponíveis em laboratórios particulares, todos com coleta de material via swab. O teste rápido para Influenza A e B fica pronto em duas horas e tem baixo custo, mas menor sensibilidade. Já o teste molecular para detecção de Influenza A identifica o tipo de vírus, mas leva três dias para dar o resultado.
A pesquisa de vírus respiratório identifica um número maior de agentes patológicos, como adenovírus, parainfluenza e vírus sincicial respiratório, tendo baixo custo e resultado em um dia.
O painel molecular de vírus e bactérias de trato respiratórios detecta um leque maior de agentes, incluindo também metapneumovírus humano, rinovírus e Mycoplasma pneumoniae. Ele tem alta sensibilidade e alto custo, com resultado em um dia.
Na rede pública, a referência nacional é o Laboratório de Vírus Respiratório e Sarampo (LVRS) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que faz parte da rede nacional de Vigilância Laboratorial do Vírus Influenza. Ele faz análises virológicas e moleculares para caracterização de amostras de vírus influenza detectados no território brasileiro, para auxiliar a vigilância nacional no monitoramento da circulação do vírus sazonal. As amostras são enviadas para a análise por entidades públicas.
Edição: Fernando Fraga
Por Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro
26ª CIPM apreende 584 pedras de crack com suspeitos
Foto: Divulgação: SSP Os flagrantes aconteceram durante a Operação Força Total. Cinco homens foram localizados e um adolescente apreendido. |
O major Milton Seixas, comandante da 26ª CIPM, ressaltou a importância do reforço da PM com a “Operação Força Total”, que ocorre nos 417 municípios da Bahia. “A Operação foi inicializada pra isso mesmo, prender esses criminosos que assustam a população. Primeiramente apreendemos o menor, ainda na manhã de quinta. Na tarde dois homens trocaram tiros com as equipes e foram atingidos, socorridos, mas não resistiram e terminamos o dia com duas prisões na Polêmica.”, contou.
Segundo o comandante, os dois suspeitos capturados foram encaminhados à Central de Flagrantes e o menor foi encaminhado à Delegacia do Menor Infrator (DAI). “Foram ações rápidas, mas com um ótimo resultado. Os dois homens presos e a droga foram levados à Central de Flagrantes, o menor encaminhado ao DAI. Esperamos seguir com essa força no combate ao tráfico de drogas, na cidade.”, finalizou o oficial.
Fonte: Ascom: Jeferson Silva
Armas são apreendidas após informações do Disque Denúncia
Foto: Divulgação SSP Além das armas, porções de entorpecentes foram encontradas com um trio localizado por equipes da Rondesp BTS, no bairro de Iapi, Salvador. |
Quando os policiais chegaram na localidade de Divineia foram recebidos a tiros por um trio. De acordo com o comandante da unidade, tenente-coronel Roberto Santana de Araújo, houve confronto e eles acabaram atingidos.
“Os criminosos foram socorridos para o Hospital Ernesto Simões, mas não resistiram. Além das armas, apreendemos 80 pedras de crack, 50 porções de maconha e R$47,00”, informou o oficial, acrescentando que os materiais foram encaminhados para a Corregedoria da Polícia Militar, onde a ocorrência foi registrada.
Os interessados em passar informações sobre os procurados pela Justiça, tráfico de drogas e outros crimes podem ligar gratuitamente para o Disque Denúncia, por meio do 181, ou através do ícone “Denuncie Aqui” pelo site disquedenuncia.com.
Fonte: Ascom / Poliana Lima
PM desmonta laboratório de drogas que era videomonitorado
Foto: Divulgação SSP Sete criminosos foram presos no momento em que embalavam drogas e balanças numa casa com câmeras que avisavam a presença dos policiais. |
A ação teve início por volta das 16:30h, quando policiais patrulhavam a rua 14 de Setembro, numa localidade conhecida como ‘Bate Coração’. Dois homens foram avistados e correram após perceberem a aproximação da PM, o que levantou suspeita.
“Eles já correram atirando em nossa direção e entraram numa casa abandonada. Rapidamente solicitamos apoio de todas as guarnições que faziam o policiamento ali na região de Inema e fomos atrás dos suspeitos e, assim que entramos na residência, nos deparamos com mais sete pessoas no momento em que embalavam as drogas”, contou o comandante interino da 19ª CIPM, capitão Gabriel Tirso.
Os atiradores conseguiram fugir por um compartimento de fuga, aberto no telhado da casa. Os policiais seguiram as buscas, mas a dupla não foi encontrada. No local foram encontrados, além das câmeras de segurança, aproximadamente 1.200 pedras de crack e mais meio quilo da droga, mil trouxinhas de maconha, três balanças, embalagens para guardar os narcóticos, um caderno com anotações da venda de entorpecentes e uma capa de colete balístico.
Todo material apreendido foi levado, junto com os sete suspeitos, para a Central de Flagrantes, na Avenida Antônio Carlos Magalhães (ACM) e posteriormente para a sede do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco).
Na coordenação, os sete foram ouvidos e, de acordo com o delegado Adriano Lobo, entre os suspeitos havia uma mulher grávida e um homem respondendo em liberdade, sendo monitorado com uma tornozeleira eletrônica.
“Todos foram flagranteados por tráfico de drogas e associação. Seguem na carceragem das Delegacias de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) e a Crimes Contra a Criança e Adolescente (Dercca)”, concluiu.
Fonte: Ascom | Rafael Rodrigues
Casos de Síndrome Respiratória Grave sobem 135% em todo país
Foto: Raquel Portugal/FioCruz |
"A velocidade com que a covid-19 se espalha entre a população cresceu semanalmente de 4% para 30%", disse o pesquisador Marcelo Gomes, responsável pelo InfoGripe.
Os dados apontam um crescimento em todas as faixas etárias a partir de 10 anos de idade, desde o final de novembro e início de dezembro até o momento atual. Os números de laboratório indicam que esse aumento foi consequência tanto da epidemia de gripe quanto pela retomada do crescimento de casos de covid-19.
Das 27 unidades federativas, 25 apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo até a SE 1 (período de 2 a 8 de janeiro de 2022). O estado do Rio de Janeiro, embora mostre estabilidade na tendência de longo prazo, tem indícios de crescimento na de curto prazo. Apenas Roraima mostra sinal de estabilidade nas tendências de longo e curto prazo.
Com exceção de Roraima e do Rio de Janeiro, todos os estados têm sinal de crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) na tendência de longo prazo, sendo que todos esses estão com o indicador em nível forte (probabilidade > 95%): Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Destes, apenas Amazonas e Rondônia apresentam sinal de estabilidade na tendência de curto prazo. Todos os demais apresentam sinal de crescimento, sendo este sinal moderado (probabilidade > 75%) no Amapá, Pará e Piauí e forte em todos os demais. No Rio de Janeiro observa-se sinal forte de crescimento na tendência de curto prazo, embora a tendência de longo prazo esteja em situação de estabilidade.
Exames laboratoriais
Em todas as faixas etárias verifica-se aumento significativo de casos associados ao vírus Influenza A (gripe) ao final de novembro e ao longo do mês de dezembro, tendo inclusive superado os registros de covid-19 em algumas dessas semanas. No entanto, os dados relativos ao final de dezembro e à primeira semana de janeiro apontam para a retomada do cenário de predomínio da covid-19.
Na população infantil, na qual os vírus sincicial respiratório (VSR) e Influenza A ainda prevalecem, também verifica-se tendência de aumento nos casos positivos para a covid-19. O pesquisador Marcelo Gomes observa que o cenário de aumento de casos graves de Influenza e de covid-19, anteriores às festas de final de ano, sugerem que tais eventos podem ter representado risco significativo para a população, especialmente em eventos com muitas pessoas.
Segundo Marcelo Gomes, “esse fato torna fundamental a retomada de ações de conscientização da população e minimização de risco para mitigar o impacto ao longo do início do ano de 2022. Tais dados também deixam claro a importância do cancelamento de grandes eventos de Réveillon por parte das autoridades de diversas localidades, ainda que os dados de notificação estivessem apresentando problemas na sua divulgação”.
Os dados laboratoriais por unidades da federação seguem um quadro muito similar em praticamente todos os estados, "sendo claro o início da epidemia de Influenza A no Rio de Janeiro e rapidamente se espalhando para o restante do país", comenta Gomes. Quanto à retomada do crescimento de SRAG associados à covid-19, o boletim mostra uma reversão clara a partir da segunda quinzena de dezembro em diversos estados, embora em alguns estados do Norte e Nordeste a covid-19 tenha mantido alta positividade ao longo de todo o final do ano: Amapá, Maranhão e Pará apresentam tendência de crescimento nesses casos desde os meses de outubro ou novembro.
O pesquisador Marcelo Gomes alertou para o fato de que “sempre há atraso entre a identificação de casos, o resultado laboratorial e a inserção do resultado no [Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe] Sivep-Gripe. Com isso, a população viral associada a casos recentes pode sofrer alterações significativas em atualizações seguintes”.
Edição: Fernando Fraga
Por Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro
Bilionário, União Brasil já tem 3 nomes de vice para a disputa pela Presidência
© Dida Sampaio/Estadão, Daniel Teixeira/Estadão, Fabio Motta/Estadão |
Fruto da fusão entre o DEM e o PSL, o União Brasil nasce com o maior fundo eleitoral para a campanha deste ano, na casa de R$ 1 bilhão. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve avalizar a criação do partido em fevereiro.
Pré-candidato do Podemos ao Palácio do Planalto, o ex-ministro da Justiça e ex-juiz da Lava Jato Sérgio Moro ia se encontrar com Mandetta na segunda-feira, em São Paulo, para discutir a possibilidade de aliança. Moro postou ontem no Twitter, porém, que seu teste de covid-19 deu positivo. Com isso, a reunião foi adiada.
Mandetta só ganhou projeção na equipe de Bolsonaro, como ministro da Saúde, no início da pandemia do coronavírus, em 2020. Antes, em 2018, ele mostrava desencanto com a política e não havia nem mesmo disputado a reeleição para deputado federal.
Mendonça Filho, por sua vez, concorreu ao Senado em 2018, mas acabou derrotado. Dois anos depois, em 2020, foi candidato à prefeitura do Recife e não chegou nem ao segundo turno.
Luciano Bivar, na outra ponta, não conseguiu ser eleito deputado federal em 2014, mas em 2018 conquistou uma vaga na Câmara, na onda bolsonarista – à época, Bolsonaro era filiado ao PSL. Mesmo assim, Bivar ficou em sétimo lugar entre os nomes de Pernambuco.
O União Brasil tem negociado principalmente com Moro e com o PSDB, que lançou o governador de São Paulo, João Doria, como pré-candidato ao Planalto. O MDB, que apresentou a senadora Simone Tebet (MS) para a disputa, também participa das articulações.
O deputado Júnior Bozzella (SP), um dos vice-presidentes do PSL que manterão o cargo no União Brasil, admitiu entraves para a aliança com Moro. Mesmo assim, virou uma espécie de porta-voz da campanha do ex-juiz. “A gente vai ter deputados, R$ 1 bilhão de fundo eleitoral, quase dois minutos de TV (no horário gratuito), além das inserções, que vão contar muito. Em um projeto nacional, isso tem peso gigante”, disse Bozzella, sob o argumento de que o União Brasil é a alternativa para impulsionar a terceira via.
Polarização
Na lista dos possíveis vices, Mandetta tem como vantagem a proximidade com Moro. Os dois foram colegas de Esplanada e saíram rompidos com Bolsonaro, em abril de 2020. Desde aquele ano, eles têm trocado impressões sobre o cenário eleitoral e conversado com outros nomes que tentam quebrar a polarização entre Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Bivar tem a seu favor o fato de que será o presidente do União Brasil. Tanto ele como Mendonça Filho são do Nordeste, região que é considerada um celeiro de votos do PT. A dobradinha entre Bivar e Moro, no entanto, contrastaria com o discurso de combate à corrupção mantido pelo ex-juiz. Motivo: o deputado é suspeito de fomentar concorrentes laranjas.
Em 2019, por exemplo, Bivar chegou a ser alvo de uma operação da Polícia Federal que investigou fraudes na aplicação de recursos destinados a candidaturas femininas em Pernambuco. Ele sempre negou desvio de dinheiro. Questionado sobre a aliança com Moro, afirmou que “é necessário tempo para a discussão da pauta econômica com os pré-candidatos e para acomodar alguns palanques pelo Brasil”.
Marcos Cintra, ex-secretário da Receita Federal, tem auxiliado o PSL nas pautas econômicas e foi escalado para dialogar com a campanha de Moro.
A estratégia do União Brasil consiste em aguardar até abril para tomar uma decisão sobre qual presidenciável apoiar. É nesse mês que termina o prazo para que deputados possam mudar de partido sem perder o mandato. “Até lá, os movimentos serão mínimos porque os partidos precisam priorizar as bancadas no Parlamento”, observou Mendonça Filho.
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Doria aguarda rumo do União Brasil e busca aliança com MDB e Cidadania
© Dida Sampaio/Estadão |
A menos de três meses da data-limite para deixar o cargo e se dedicar exclusivamente à eleição, Doria tenta se aproximar dos partidos usando sua própria sucessão como ponta pé para a negociação nacional. Com o União Brasil, a estratégia deu certo e o apoio da futura sigla à reeleição de Rodrigo Garcia (PSDB) em São Paulo – ele assumirá o governo em abril – já foi anunciado.
Filiado ao DEM por 27 anos, o vice-governador é figura central na tarefa de atrair seus antigos correligionários para a campanha de Doria. Em dezembro, durante o jantar que selou a aliança para o governo paulista, o presidente nacional do DEM, ACM Neto, reconheceu disponibilidade para conversar com os tucanos, mas ressaltou que dará o mesmo tratamento aos demais pré-candidatos, como Moro e a senadora Simone Tebet (MDB).
A parlamentar é outra peça importante no xadrez de Doria. Sempre elogiada pelo governador, ela é apontada por aliados do tucano como um nome a compor a chapa e, quem sabe, ajudar a afastar o MDB do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No Nordeste, especialmente, há uma ala disposta a pedir votos para o petista na eleição deste ano.
Federação
Já com o Cidadania, há a possibilidade de os partidos se reunirem em uma federação – modelo no qual as siglas mantêm sua autonomia, mas seguem juntas nas eleições e também depois delas, por um período mínimo de quatro anos.
Presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire diz que a executiva tratará do tema em reunião no dia 19. “Temos algumas alternativas as serem avaliadas, inclusive conversas com outros partidos, como o Podemos. Mas acredito que hoje a ala que apoia a federação com o PSDB seja majoritária.”
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Barragem se rompe em cidade do sudeste de Minas Gerais
Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros de Minas Gerais |
Segundo a Defesa Civil estadual e o Corpo de Bombeiros, a barragem fica em uma propriedade particular na área rural de Ouro Fino. As circunstâncias do rompimento da estrutura ainda serão apuradas.
Emergência
De acordo com a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), 31 barragens de Minas Gerais apresentam algum nível de emergência. Vinte e duas delas estão em nível 1 (quando há anormalidade, mas não há necessidade de retirada de moradores vizinhos), seis em nível 2 (quando há risco de rompimento e é recomendada a retirada de moradores) e três em nível 3 (quando há risco iminente de rompimento e moradores são obrigados a sair de suas casas).
As três barragens de rejeitos de mineração em nível 3 de emergência ficam em Nova Lima (barragens B3/B4); Ouro Preto (Forquilha III) e Barão de Cocais (Sul Superior), e pertencem à mineradora Vale. Ainda segundo a Feam, as áreas passíveis de serem atingidas por um eventual rompimento dessas estruturas já foram evacuadas e não há mais pessoas vivendo no entorno.
No início da semana, o governo e o Ministério Público estaduais notificaram as mineradoras responsáveis pelas 31 barragens em estado de emergência para que fornecessem informações sobre os efeitos das recentes chuvas que atingiram Minas Gerais e as medidas adotadas para monitorar o grau de segurança estrutural das construções. Ontem (13), a Feam informou que recebeu os dados exigidos e começou a analisá-los.
Relatório
Um relatório será elaborado para cada uma das estruturas de contenção, avaliando as ações que as empresas estão implementando para garantir a segurança das estruturas e, caso necessário, medidas complementares serão determinadas. Os documentos devem ser finalizado dentro de cinco dias.
“Esta é uma ação preventiva, adicional ao esforço feito pelo governo de Minas Gerais, pelo Ministério Público estadual e também pela Agência Nacional de Mineração [ANM], ao longo de todo o ano, com as ações rotineiras previstas nas políticas nacional e estadual de segurança de barragens”, disse a secretária estadual Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Melo, em nota.
Também em nota, a ANM garantiu que a equipe de segurança de barragens de mineração da agência está “em alerta” por causa das chuvas intensas em Minas Gerais. Segundo a ANM, o volume das chuvas que atingiu o estado “gerou transtornos à população, paralisou atividades de exploração mineral e comprometeu aspectos do estado de conservação em algumas estruturas de contenção de rejeitos”.
“A ANM vem acompanhando a situação das barragens de mineração localizadas nas regiões com previsão de chuvas frequentes, delimitada pela Defesa Civil, Cptec [Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos] e INPE [Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais] para a semana de 10 a 17/01/2022”, acrescentou a agência.
Edição: Fábio
Por Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Brasília
Estados decidem encerrar congelamento de ICMS de combustíveis
Marcello Casal Jr/Agência Brasil |
Por maioria de votos, os governos estaduais decidiram encerrar o congelamento do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os combustíveis que vigorava desde novembro. A medida foi decidida hoje (14) em reunião do Comitê Nacional dos Secretários Estaduais de Fazenda (Comsefaz).
Os governadores decidiram não renovar o congelamento, que acabará no fim de janeiro. Na reunião no fim de outubro, o Comsefaz tinha decidido manter o ICMS enquanto a União, a Petrobras, o Congresso Nacional e os estados negociavam uma solução definitiva para amortecer parte do impacto dos reajustes nas refinarias para o consumidor.
Segundo o Comsefaz, o descongelamento do ICMS foi decidido após a Petrobras elevar o preço dos combustíveis nas refinarias nesta semana. No primeiro reajuste em 77 dias, a gasolina subiu 4,85%, e o diesel aumentou 8,08%.
Por diversas vezes ao longo do ano passado, o presidente Jair Bolsonaro atribuiu aos estados parte da culpa pelos aumentos dos combustíveis. O governo federal quer que o ICMS seja cobrado como um preço fixo por litro, como ocorre com os tributos federais.
Atualmente, o ICMS é calculado como um percentual do preço final. Isso faz com que o imposto flutue conforme os preços nas bombas, subindo quando a Petrobras reajusta os preços nas refinarias e baixando quando ocorre o contrário.
Os governadores consideram o projeto paliativo e defendem a criação de um fundo de estabilização dos preços dos combustíveis, que evitaria repasses ao consumidor e, ao mesmo tempo, bancaria eventuais prejuízos da Petrobras quando o preço internacional do petróleo e o dólar sobem.
Edição: Fábio
Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil - Brasília
PGR pede ao Supremo para investigar ataques de Kajuru a Gilmar
Foto: Dida Sampaio/Estadão/Arquivo |
O documento é assinado pelo vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, para quem as declarações são ‘graves’ e podem ser enquadradas como ‘caluniosas’.
“A natureza dessas declarações implica a possível pratica de infração penal contra a honra, sendo necessária a elucidação do contexto de tais expressões para a compreensão da sua ligação com o exercício do mandato e o seu alcance pela imunidade material parlamentar”, escreve o vice-procurador.
O caso chegou na PGR ainda em agosto de 2020, a partir de uma representação do próprio Gilmar Mendes. No STF, o ministro Luís Roberto Barroso foi sorteado relator, mas em razão do recesso judiciário a ministra Rosa Weber, presidente em exercício do tribunal, poderá decidir sobre o pedido de investigação antes da volta do colegiado ao trabalho.
A declaração do senador foi dada em entrevista à rádio Jovem Pan, em agosto de 2020. Na ocasião, Kajuru deu a entender que Gilmar Mendes teria recebido ‘patrocínios’ para dar ‘palestras jurídicas’, mas os valores seriam na verdade pela ‘venda de sentença’. O parlamentar também se refere ao ministro como alguém de ‘quinta categoria’ e afirma que ‘não tem ninguém lá [no STF] pior do que ele’.
Ao pedir autorização para começar as apurações, a PGR já sugere duas diligências iniciais: as tomadas de depoimentos do ministro Gilmar Mendes e do senador.
COM A PALAVRA, O SENADOR JORGE KAJURU
“O senador entende que suas manifestações se deram sob o manto da imunidade parlamentar. Foram críticas e declarações fortes e contundentes, como aliás marcou a vida do senador. Porém, dentro dos limites da constituição. Frise-se que justamente por entender que a fala pode estar protegida pela imunidade é que o procurador pede a abertura do inquérito para apurá-lo. A única coisa que o senador estranha é que justamente neste momento político em que ele passa a ter uma posição mais investigativa contra o presidente da República, a PGR se movimenta para dar andamentos a supostos crimes contra a honra, ao mesmo tempo que faz ouvidos de mercador aos protocolos de pedidos contra o presidente e seus asseclas”.
Estadão Conteúdo/
Banido de outras plataformas, Allan dos Santos usa Telegram para atacar vacinas e STF
Foto: Pedro Ladeira/Folhapress/Arquivo |
Banido de outras plataformas, o influenciador Allan dos Santos vem usando livremente o Telegram para difundir informações contrárias à vacinação contra a Covid-19, críticas ao STF e alertas sobre a “ameaça comunista”, entre outros pontos da agenda bolsonarista.
Vivendo nos EUA e considerado foragido pelo Brasil, ele tem 121 mil seguidores, que abastece com dezenas de posts por dia.
Grupos e canais políticos no Telegram tiveram crescimento explosivo no Brasil desde 2020, e o aplicativo deve ser um dos principais veículos de desinformação na eleição de 2022, segundo especialistas e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Fábio Zanini/Folhapress
Brasil completa um ano de vacinação contra Covid com déjà-vu de 2021
Foto: Ronny Santos/Folhapress/Arquivo |
O momento em que o Brasil completa um ano do início da vacinação contra a Covid parece um déjà-vu de janeiro de 2021: o governo Bolsonaro faz falas contra os imunizantes, começa uma nova fase da campanha vacinal e mais uma variante provoca uma onda de infecções que se alastra rapidamente pelo país.
No dia 17 de janeiro de 2021, às 15h30, após o aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a enfermeira Mônica Calazans recebeu a primeira dose do Brasil da vacina contra a Covid, fora de estudos clínicos.
A aplicação da Coronavac ocorreu no Centro de Convenções do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, na capital paulista, sob olhares de jornalistas e do governador do estado, João Doria (PSDB), que, naquele momento, já rivalizava há tempos com o presidente Jair Bolsonaro (PL) em assuntos relacionados à Covid.
A produção da vacina chinesa Coronavac no Instituto Butantan, inclusive, além do óbvio potencial de saúde pública, poderia servir como um trunfo para Doria em uma eventual candidatura à Presidência.
Quase um ano depois, nesta sexta-feira (14), foi a vez de o garotinho indígena Davi Seremramiwe Xavante, 8, ser a primeira criança menor de 12 anos vacinada contra a Covid no Brasil. Mais uma vez, no Hospital das Clínicas, ao lado de Doria.
Antes da vacinação de Calazans, em 2021, Bolsonaro questionava a segurança dos imunizantes. Chegou a fazer chacota quando testes da Coronavac foram paralisados pelo suicídio de um voluntário.
“Mas pressa para a vacina não se justifica, porque você mexe com a vida das pessoas”, disse Bolsonaro, em entrevista ao próprio filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), em dezembro de 2020. Na mesma ocasião, afirmou que a pandemia estava chegando ao fim.
Enquanto outros países já começavam a vacinação, não havia sinais de início no Brasil —o governo federal não assinara contrato para fornecimento dos imunizantes da Pfizer-BioNTech. “Para que essa ansiedade, essa angústia?”, afirmou sobre o início da vacinação o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
Uma demora semelhante e constantes falas se opondo à vacinação infantil contra a Covid marcaram o fim de 2021 e o início de 2022. O governo chegou a abrir uma consulta pública e planejar exigência de pedido médico para que as crianças de 5 a 11 anos se vacinassem.
“A pressa é inimiga da perfeição. Principal é a segurança”, afirmou, em dezembro de 2021, Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, ao ser questionado sobre a possibilidade de antecipar a vacinação infantil, com vacinas da Pfizer (imunizante com registro definitivo na Anvisa), que já ocorria em segurança em outros países.
Renato Kfouri, pediatra, infectologista e diretor da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), destaca que o ministro não perde a chance de falar que só os pais que quiserem vão vacinar as crianças contra a Covid.
Até por redes sociais isso é visível. “As vacinas infantis contra a Covid-19 NÃO SÃO obrigatórias. As vacinas contra a Covid-19 são emergenciais e foram autorizadas no âmbito da emergência sanitária e são incluídas apenas no PNO [Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19]”, publicou o ministro, em resposta a tuítes.
“Nós temos um presidente antivacinista que, sempre que pode, fala mal das vacinas”, diz Kfouri. “O lançamento da vacina nas crianças foi quase um pedido de desculpas por ter colocado a vacina no calendário.”
Apesar de todas as falas negativas, a vacinação no país foi muito bem recebida pela população, que, em vários momentos, chegou a enfrentar filas para conseguir sua dose. “Pode não atrapalhar tanto, mas não ajuda”, afirma o diretor da SBIm sobre os comentários antivacina de Bolsonaro.
A demora para o início da vacinação, porém, pode ter acarretado um custo de vidas, diz Raquel Stucchi, professora da Unicamp e consultora da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia).
“Com vontade política e planejamento adequado, nós teríamos evitado milhares de mortes, porque já teríamos a população vacinada antes e com maior celeridade”, afirma a infectologista.
O ano de vacinação contra Covid no Brasil também jogou mais luz ainda sobre algo que já era comprovado por estudos: as vacinas são seguras e eficazes para os mais diversos grupos.
E vale destacar que os imunizantes que usamos foram feitos com o “molde” do Sars-CoV-2 que deu origem à pandemia, em Wuhan, na China. Mesmo assim, as vacinas continuaram com níveis altos de efetividade contra as variantes de preocupação que surgiram mundo afora —e, no Brasil, como a gama.
“O objetivo delas foi diminuir mortalidade e hospitalização. Todas elas cumpriram muito bem esse papel”, afirma Stucchi.
As mortes por Covid, de modo geral, acabaram relativamente controladas em países com ampla vacinação, entre eles o Brasil. Atualmente, uma fatia significativa de casos graves, hospitalizações e mortes ocorrem em pessoas não vacinadas.
Por aqui, até mesmo o impacto da delta —altamente transmissível e que fez estragos em outras nações— foi relativamente pouco sentido, apesar da presença maciça da variante no país.
Segundo Stucchi, a explosão anterior da variante gama no Brasil, que levou a médias de mortes superiores a 3.000 por dia e, consequentemente, a um amplo contato prévio com a doença na população, é uma das explicações para o impacto menor da delta. A outra é o grande contingente de pessoas com vacinação recente e, consequentemente, maior proteção.
Esse, por sinal, é um dos aprendizados do Brasil e do mundo no último ano. As vacinas têm uma diminuição da proteção com o passar do tempo, diz Kfouri. Além disso, observou-se também uma maior efetividade de vacinas feitas a partir de RNA mensageiro, como é o caso da Pfizer, para populações mais frágeis, como pessoas imunocomprometidas e idosos.
Inicialmente, a vacinação no país foi guiada pela Coronavac, vacina feita com vírus inativado, mas, atualmente, as vacinas da Fiocruz/Oxford e da Pfizer são as mais usadas. Estudos mostraram uma queda considerável de proteção, com o passar do tempo, para populações mais frágeis que tomaram o imunizante do Butantan.
Outro aprendizado foi a necessidade de uma dose de reforço, exatamente pela queda de proteção com o tempo. Segundo Stucchi, a rápida aprovação no Brasil para o reforço vacinal foi um acerto no combate à pandemia.
O déjà-vu no Brasil se completa com uma nova variante. Assim como a gama, no fim de 2020 e início de 2021, fez soar um alarme e subir o número de casos, a chegada da ômicron fez explodir rapidamente as infecções por Covid entre o final de 2021 e o começo de 2022.
A nova variante deixou claro algo que muito se pesquisava e especulava sobre as vacinas disponíveis: elas, sem dúvida, dificultam a transmissão, mas não necessariamente conseguem impedi-la. A ômicron é a expressão disso.
“Ela é transmissível demais e não poupa vacinados”, diz Kfouri.
Para o segundo ano vacinal contra Covid no Brasil, o diretor SBIm espera que, possivelmente, todos acabem tendo que tomar alguma dose a mais.
Ao mesmo tempo, vacinas atualizadas com cepas dominantes do Sars-CoV-2 e ainda mais efetivas para conter a transmissão devem surgir. Afinal, a política de aplicação constante de doses de reforço não é viável, como vem apontando a OMS (Organização Mundial da Saúde).
Além disso, para que as campanhas vacinais tenham sucesso de forma ainda mais robusta dentro dos países, entidades e especialistas têm alertado que é necessária uma distribuição mais igualitária dos imunizantes pelo mundo.
E, mais uma vez, a ômicron, identificada na África do Sul, é a expressão do risco que toda a humanidade corre ao deixar países e continentes com pouco acesso à proteção.
Phillippe Watanabe, Diana Yukari e Cristiano Martins, Folhapress
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