Nome de Lula quase não é citado durante encontro com mulheres promovido por Marta Suplicy

Nem mesmo a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, fez menção direta ao ex-presidente
Foto: Marlene Bergamo/Folhapres
O nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quase não foi lembrado durante o encontro com mulheres realizado no apartamento de Marta Suplicy, em São Paulo, na sexta-feira (28). A anfitriã é uma apoiadora da candidatura do petista para o Planalto, mas cumpriu o plano de fazer um evento suprapartidário, com foco na discussão de projetos para as mulheres.

Nem mesmo a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, fez menção direta a Lula quando relembrou políticas para as mulheres criadas sob sua gestão.

O nome do petista foi exaltado de maneira mais clara pela diretora do Instituto Marielle Franco, Anielle Franco, irmã da vereadora do PSOL assassinada em março de 2018. “Estudei nos Estados Unidos durante 12 anos, sou fruto das políticas públicas de ações afirmativas do ex-presidente Lula. Foi quando a nossa família conseguiu ter um respiro”, afirmou ela, que cresceu na favela da Maré (RJ).

E Marta Suplicy minimiza o fato de não ter convidado a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) nem a ex-ministra Marina Silva (Rede) para a reunião com políticas, artistas, intelectuais e escritoras mulheres em seu apartamento, na última sexta-feira (28), em São Paulo.

As informações são da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo.

Folha de S. Paulo

Lula diz que moqueca é capixaba e deixa baianos revoltados nas redes

A falácia do ex-presidente, segundo o Correio da Bahia, não caiu bem entre os eleitores baianos

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) causou polêmica entre nas redes sociais neste domingo (30) após tocar num assunto sensível na rivalidade entre baianos e capixabas. O petista garantiu que a moqueca é originária do Espírito Santo. As informações foram publicadas pelo Correio da Bahia.

“Quero voltar ao Espírito Santo, pois ir até lá significa, Jacques Wagner, que eu vou comer moqueca. Porque moqueca é capixaba. O resto é peixada”, disse, enquanto provocava o amigo Jacques Wagner.

A falácia, segundo o Correio, não caiu bem entre os eleitores baianos.

“Os males do já ganhou. O maluco acha que a eleição já tá decidida e desanda a falar besteiras. Neste rojão, daqui a pouco é capaz até de jurar que tem moqueca de Pernambuco”, analisou o jornalista Franciel Cruz em post no Twitter.

“Tome tento, sujeito, sangue de jesus tem dendê. E moqueca também”, cravou Franciel.

Já uma usuária foi ainda mais radical, dizendo que Lula, que é pré-candidato às eleições presidenciais em 2022, perdeu o voto dela após a declaração sem pé nem cabeça.

Fonte: Politica Livre

Bahia atinge 31.217 casos ativos de Covid-19; 5 óbitos são registrados

        Nas últimas 24 horas também foram registrados 3.987 casos de Covid-19 (taxa de           crescimento de +0,29%), 4.649 recuperados (+0,36%) e mais 5 óbitos
Foto: Federico Parra/AFP
O boletim epidemiológico deste domingo (30) registra 31.217 casos ativos de Covid-19 na Bahia. Esse é o segundo maior número de casos ativos registrado durante toda a pandemia no estado. No último sábado (29), a Bahia contabilizou 31.884 casos.

Nas últimas 24 horas também foram registrados 3.987 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,29%), 4.649 recuperados (+0,36%) e mais 5 óbitos. Dos 1.359.487 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.300.358 já são considerados recuperados e 27.912 evoluíram para óbito.

Os dados ainda podem sofrer alterações devido à instabilidade do sistema do Ministério da Saúde. A base ministerial tem, eventualmente, disponibilizado informações inconsistentes ou incompletas.

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 1.727.197 casos descartados e 307.812 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até às 17 horas deste domingo. Na Bahia, 57.267 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19. Para acessar o boletim completo, clique aqui ou acesse o Business Intelligence.

Vacinação

Até o momento temos 11.101.839 pessoas vacinadas com a primeira dose, 264.378 com a dose única, 9.427.185 com a segunda dose e 2.345.198 com a dose de reforço. Do público de 5 a 11 anos, 59.037 crianças já foram imunizadas.

Covid-19: Brasil registra 640 mortes e 179,8 mil novos casos

                País soma 25.348.797 ocorrências da doença desde o início da pandemia
Foto: Divulgação/Arquivo
O número de mortes por covid-19 no Brasil subiu para 626.854. Em 24 horas, foram registradas 330 mortes. Segundo os números publicados pelo Ministério da Saúde na noite de hoje (30), 134.175 novos casos de covid-19 foram diagnosticados em 24 horas. O país soma 25.348.797 ocorrências da doença desde o início da pandemia.

Há ainda 3.133 mortes por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em investigação. Os óbitos pela síndrome somam 766 nos últimos três dias.

O boletim também mostra que a taxa de casos ativos aumentou e a taxa de recuperação caiu. No momento, 87,4% do total de infectados são considerados livres de sintomas. A taxa chegou a 96,2% em dezembro, antes da chegada da Ômicron ao Brasil.

Estados

O ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (157.854), Rio de Janeiro (69.878), Minas Gerais (57.306), Paraná (41.191) e Rio Grande do Sul (36.863). Já as Unidades da Federação com menos óbitos são Acre (1.868), Amapá (2.039), Roraima (2.096) , Tocantins (3.997) e Sergipe (6.093).

Vacinação

O painel de vacinação do Ministério da Saúde registra que 355.702.862 doses de vacinas diversas já foram aplicadas. Destas, 164,7 milhões são referentes à primeira dose, enquanto 151,7 milhões são relativas à segunda dose. As doses de reforço chegaram à 38,6 milhões.

Agência Brasil

Hackers que invadiram ConecteSUS reivindicam ataque a Parlamento de Portugal

Foto: Patricia de Melo Moreira/AFP
Neste domingo (30), quando se realizam eleições legislativas em Portugal, hackers afirmaram ter invadido o sistema do Parlamento do país e roubado informações sensíveis. A polícia local está investigando o caso, mas ainda não houve confirmação oficial do ataque.

A ação foi reivindicada pelo Lapsus$ Group, o mesmo grupo que assumiu a autoria de um ataque ao Ministério da Saúde do Brasil e ao aplicativo ConecteSUS em dezembro de 2021, quando as duas plataformas saíram do ar.

O grupo vem acumulando possíveis ataques em Portugal. Em 2 de janeiro, o Lapsus$ reivindicou a responsabilidade por uma grande ofensiva contra o maior conglomerado de mídia em Portugal: a Impresa. Sites ligados à empresa ficaram fora do ar, incluindo as páginas da emissora SIC, líder de audiência na TV aberta portuguesa, e do jornal Expresso, semanário mais lido do país.

Os autores do ataque hacker acessaram o sistema interno da empresa portuguesa, comprometendo a comunicação entre funcionários e a operação de ferramentas usadas para a produção de programas televisivos e conseguiram tirar do ar a Opto, plataforma de streaming.

Em mensagem publicada na internet neste domingo, o Lapsus$ diz ter obtido “conteúdo sensível relacionado ao governo, informações pessoais de políticos, documentos dos partidos políticos, configurações de email e senhas”, além de outros dados.

Os criminosos puseram o produto do suposto ataque à venda. O meio de pagamento exigido é a criptomoeda Bitcoin. Os hackers também aproveitaram para se gabar de ataques anteriores, incluindo ofensivas “a ministérios do Brasil”.

De acordo com reportagem do jornal Expresso –que faz parte do grupo atacado pelos hackers no início do mês–, o site do Parlamento de Portugal chegou a ficar cinco minutos fora do ar.

A Polícia Judiciária de Portugal está investigando o caso. Ao jornal português Público, uma fonte da corporação afirmou que ainda é cedo para confirmar se houve ataque. “Há a afirmação de que houve um ataque, mas desconhecemos que ele tenha ocorrido e, caso o tenha, quais são a extensão e a modalidade.”​

A mesma fonte disse ainda que ataques podem acontecer para reter, vender ou destruir informações, e que será preciso realizar muitas investigações para saber, ao certo, o que aconteceu.

A Assembleia da República não respondeu ao contato feito pela Folha. À agência de notícias Lusa, João Leal, diretor da área de Comunicação, disse que o Parlamento investiga o eventual ataque hacker, mas que não existe qualquer evidência, por ora, de que ele tenha ocorrido.

O episódio foi divulgado na tarde deste domingo, quando Portugal realiza eleições antecipadas para escolher a nova composição do Parlamento. O pleito foi marcado após a dissolução do Parlamento, em novembro, provocada pela impossibilidade de chegar a um acordo sobre o orçamento nacional para 2022.

A campanha eleitoral terminou com um empate técnico entre os dois maiores partidos, o Partido Socialista, que governa o país desde 2015, o PSD (Partido Social-Democrata), de centro-direita. O socialista António Costa, atual premiê e virtual candidato a permanecer no posto, viu seu favoritismo diminuir progressivamente nas últimas semanas.

Giuliana Miranda / Folha de São Paulo   

Eleitoralista, Tiago Ayres comenta possível bloqueio do Telegram: ‘Medida extremamente irrazoável’

O advogado ainda explicou como funciona a Lei das Eleições no Brasil, trazendo esclarecimento de como as plataformas digitais devem se comportar no período
Foto: Divulgação/Arquivo
Comentando temas polêmicos envolvendo a eleição de 2022, que começam a ganhar as manchetes dos jornais brasileiros, o advogado eleitoralista e membro da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (ABRADEP), Tiago Ayres, falou sobre o possível bloqueio do Telegram no Brasil.

Nos últimos dias, a possibilidade do encerramento das atividades do aplicativo em território nacional ganhou notoriedade, já que a plataforma não respondeu aos questionamentos do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, que buscou solicitar reunião para discutir possíveis formas de cooperação sobre o combate à disseminação de fake news.

“Antes de mais nada, é importante dizer que a disseminação de inverdades, as chamadas fake news, é algo que é absolutamente nocivo ao nosso ordenamento jurídico. A questão é como se dar tratamento com o instrumental que a gente tem à nossa disposição. Nós temos uma postura do Telegram que me parece equivocada e incoerente. Como é que uma empresa de comunicação se recusa a estabelecer comunicação e cooperação com o Tribunal que é responsável pela integridade de uma das maiores democracias do planeta, que é a brasileira? Mas, por outro lado, e entendo as razões da Justiça Eleitoral de preservar a higidez do nosso processo, cogita-se por aí, por parte de alguns especialistas, tomar a medida mais amarga, que é bloquear uma plataforma digital. Para se combater esse veneno, que é a disseminação de fake news, usar o remédio de bloqueio de uma plataforma digital é uma medida extremamente irrazoável”, disse Ayres.

O advogado ainda explicou como funciona a Lei das Eleições no Brasil, trazendo esclarecimento de como as plataformas digitais devem se comportar no período.

“A lei das Eleições [nº 9.504/97], em seu artigo 57-B, prevê e disciplina a propaganda eleitoral nos mecanismos de internet. Quando ela fala sobre a utilização de sites das coligações, dos partidos e dos candidatos, ela expressamente diz que esses sites devem estar hospedados em plataformas digitais com representantes no Brasil. Mas, especificamente, ao disciplinar as redes sociais e sítios de mensagens instantâneas – como é o caso do Telegram -, não há a exigência de se ter representante no país.”

Para Ayres, mais importante do que combater as chamadas fake news, é a necessidade de se investir na “consciência das pessoas”.

“Não há possibilidade de se insuflar esse movimento de controle perfeito das manifestações humanas. O que existe, no meu sentir, é a necessidade de se investir, cada vez mais, na conscientização do cidadão eleitor. Essa mania que nós temos, essa saliência estatal, esse avanço sobre a vida das pessoas é absolutamente nocivo para a nossa própria evolução cívica. Veja: mais importante do que se expandir o tamanho do Estado, por meio da função regulatória, é expandir a consciência das pessoas. Não há desinformação que resista a um eleitor consciente. Então, mais importante do que expandir normas é se expandir a consciência das pessoas. O eleitor de hoje não é o eleitor de 10, 20 anos atrás. Nós somos muito mais conscientes, o acesso à informação é muito maior. Não podemos menosprezar a capacidade de decisão do cidadão eleitor brasileiro”, completou.

Ipiaú: Vacinação Infantil contra a covid-19 segue durante a semana nas Unidades de Saúde

Foto: Divulgação/Prefeitura de Ipiaú/Dircom
Neste sábado, 29, foi o último dia de vacinação contra a covid-19 para as crianças na UPA. A vacinação no local foi finalizada com um mutirão promovido pela Secretaria Municipal de Saúde, que levou 120 crianças de 5 a 11 anos a receberem a primeira dose do imunizante.

Durante a semana, de 31 de janeiro a 04 de fevereiro, segunda a sexta, a vacinação será realizada de acordo com o calendário abaixo:

SEGUNDA -FEIRA – UBS Alípio Correia, na 02 de dezembro -14h às 16h30

TERÇA- FEIRA – UBS Waldomiro Barreto, na Contorno -           8h às 11h30

QUARTA- FEIRA – Elvídio dos Santos, no Centro -                    14h às 16h30

QUINTA- FEIRA – UBS Waldomiro Barreto, na Contorno -          8h às 11h30

UBS Epifânio Vieira, Antônio Lourenço -                                        8h às 11h30

UBS Alípio Correia, na 02 de dezembro ------                                14h às 16h30

SEXTA- FEIRA – UBS Epifânio Vieira, Antônio Lourenço -          8h às 11h30

UBS Elvídio dos Santos, no Centro -                                                8h às 11h30

A vacinação das crianças é aplicada na presença dos pais ou responsável e pode ser realizada em qualquer das UBS de acordo com o calendário acima, independente da UBS que a criança costuma ser atendida.

Prefeitura de Ipiaú/Dircom

Ômicron sobrecarrega unidades de saúde e gera onda de agressões a profissionais

Para especialistas, população está esgotada e desconta insatisfação em médicos e enfermeiros
Foto: Getty Images
No pronto-socorro de um hospital público em Maceió (AL), a médica Marília Magalhães, 33, e seus colegas têm atendido pacientes com dois seguranças na porta do consultório. “As pessoas chutam e batem na porta, gritam, ameaçam a equipe. Algumas se comportam de forma animalesca com profissionais esgotados, que estão trabalhando sem parar há dois anos nessa pandemia, muitas vezes com carga horária triplicada para ocupar o espaço dos colegas que estão doentes”, diz ela.

No centro de saúde da Praia dos Ingleses, em Florianópolis (SC), a enfermeira Andressa Albrecht, 35, levou um soco no olho no início do mês ao tentar separar uma briga entre pacientes iniciada porque os dois médicos do posto interromperam o atendimento por alguns minutos para tentar estabilizar um doente grave trazido pela ambulância.

“No fim do expediente, eu e o segurança patrimonial, que também foi agredido, tivemos que sair da unidade escoltados por policiais. No dia seguinte, esvaziaram os quatro pneus do meu carro”, relata.

No Rio de Janeiro, capital, o enfermeiro Ronaldo, 40, também precisou chamar a Polícia Militar após sofrer agressões físicas. As verbais já viraram rotina. “As pessoas nos chamam de vagabundos, dizem que são elas que pagam os nossos salários. Chegam quando a unidade já está fechada e querem ser testadas, gritam, xingam.”

Em uma UBS na zona oeste de São Paulo, o médico de família Lucas Guilherme de Lima, 29, já perdeu as contas das vezes em que foi ameaçado de morte e de agressões desde o início deste ano. “O usuário vem e te ameaça de te pegar no final do plantão. Geralmente, é o cara hígido [saudável], encrenqueiro, de 20, 30 anos, que quer passar na frente dos outros e não aceita que tem outras pessoas com mais prioridade.”

Com a explosão de casos de ômicron e de gripe influenza, prontos-socorros e unidade de saúde que já operavam além do limite viram a situação piorar ainda mais com o aumento da demanda e o afastamento de funcionários contaminados. Em São Paulo, a Secretaria Municipal da Saúde registrava até a última quinta (27), 4.707 profissionais afastados por Covid ou síndrome gripal —o triplo do início do mês (1.585).

A demora no atendimento tem gerado revolta na população e aumentado os casos de violência contra profissionais de saúde. Os relatos vêm de todo o país e afetam, principalmente, médicos e pessoal da enfermagem da APS (Atenção Primária à Saúde) e dos pronto-atendimentos.

Não há estatísticas que mensurem essa violência atual, mas, segundo levantamento recente do Coren (Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo), com 252 trabalhadores do setor, 40,9% dos profissionais relatam ter sofrido agressões verbais e outros 9,5% já foram vítimas de ataques físicos. O Sindicato dos Médicos de São Paulo também está levantando esses dados.

“Violência a gente sofre diariamente, mas agora, com esse tsunami da ômicron, aumentou muito. A maioria dos usuários reclama do tempo de espera, acha que a espera de seis horas é culpa do médico, do enfermeiro”, diz Lima, que já chegou a atender 120 pacientes em 12 horas de trabalho.

Há também muitos afastamentos de colegas por burnout, segundo a enfermeira Glaycie de Abreu Branco, 41, que trabalha na mesma UBS de Lima. “É muita sobrecarga de trabalho, poucos funcionários para a demanda e há um esgotamento mental geral. São dois anos nessa pegada louca”, diz ela.

A sobrecarga de trabalho, o esgotamento físico e psíquico dos profissionais da saúde e os problemas estruturais (falta de medicamentos básicos, EPIs, testes, papel higiênico, entre outros) têm sido denunciados reiteradamente pelo Sindicato dos Médicos da capital, que já aprovou indicativo de greve, mas a paralisação foi suspensa por decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo.

Para Branco, que está escrevendo sobre o tema da violência contra a enfermagem, muitas agressões ocorrem pelo fato de a população não entender que as equipes de saúde têm que seguir protocolos do Ministério da Saúde com critérios e prioridades para atendimentos no SUS.

“Tem gente assintomática que quer fazer teste da Covid para viajar. Aí a gente tenta explicar que o SUS não pode bancar o teste nessas situações e aí a pessoa já fica nervosa, te xinga e acha que você é que não quer fazer”, conta a enfermeira.

Para Gabriela Lotta, professora de administração pública da FGV (Fundação Getulio Vargas), o aumento de violência pode ter várias causas, que demandam diferentes intervenções.

Ela lembra que a população também está esgotada, após dois anos de pandemia, e isso se reflete em aumento de ansiedade, em dificuldade de interação social e outras questões que podem gerar uma reação negativa contra os profissionais da linha de frente.

“Há relatos no mundo todo mostrando como os profissionais da linha de frente dos serviços [não só de saúde], por serem as primeiras pessoas com quem interagimos, estão sofrendo a consequência desse longo período de distanciamento e tendo que lidar com pessoas com baixa tolerância e muito nervosismo.”

Mas, para os especialistas, seria possível minimizar essa hostilidade contra profissionais da linha de frente da saúde se os serviços estivessem mais bem preparados para enfrentar essas novas demandas.

Segundo Michelle Fernandez, pesquisadora do Instituto de Ciência Política da UnB (Universidade de Brasília), a sinalização vinda dos Estados Unidos e da Europa de que a chegada da variante ômicron no Brasil sobrecarregaria os serviços de saúde estava clara, mas foi ignorada por muitos gestores.

“Para a população, os profissionais de saúde são a cara do estado. As pessoas chegam em um serviço de saúde, demoram horas para ser atendidas e descontam em quem está na linha de frente. Os profissionais, por sua vez, estão vulneráveis, se contaminando muito, se sobrecarregando para dar conta de cobrir os colegas doentes.”

Segundo ela, os profissionais de saúde passam hoje por um processo de desumanização, muitas vezes sem conseguir almoçar, ir ao banheiro, tudo em prol do “bom funcionamento da unidade de saúde”. “Mas o bom funcionamento tem que ser garantido por quem está na gestão, pensando em toda essa dinâmica.”

O episódio de violência em Florianópolis ilustra bem isso. O centro de saúde da praia do Ingleses, o maior da cidade, atende normalmente a uma população de 7.000 pessoas, quase o triplo da capacidade. E nesse período do ano também é muito procurado pelos turistas.

“A gente compreende, tem empatia pelas pessoas que ficam cinco horas em pé, no sol, mas as pessoas precisam entender que não somos nós os responsáveis pela falta de organização. Algumas coisas já eram previstas, como a chegada ômicron e o aumento do fluxo de turistas”, diz a enfermeira Andressa Albrecht.

Após as agressões que Albrecht e o segurança sofreram, a Secretaria Municipal da Saúde enviou mais profissionais de saúde para ajudar no atendimento e abriu mais consultórios no centro de saúde. “O atendimento ficou mais ágil e os usuários não estão mais tão agressivos”, conta a enfermeira.

Segundo Rudi Rocha, diretor do Ieps (Instituto de Estudos para Políticas de Saúde), cabe à gestão cuidar diretamente da segurança e responder de maneira efetiva, jurídica e criminalmente, a ofensas e agressões, mas também falta treinamento aos profissionais da saúde e de outras áreas que dão suporte, como o pessoal da segurança e do almoxarifado, para lidar com essas situações de violência.

Para além da atual crise provocada pela ômicron, Gabriela Lotta lembra que há uma demanda reprimida enorme por outros cuidados, e os serviços de saúde terão que gerenciá-la. “Muitas pessoas ficaram dois anos longe das unidades de saúde, não fizeram os tratamentos e consultas preventivas, e agora estão com baixa tolerância para fazê-los e esperar o tempo e os trâmites dos serviços. E isso acaba sendo descontado nos profissionais.”

Ela sugere campanhas de conscientização tentando sensibilizar a população para a necessidade de maior tolerância dada a sobrecarga atual, além de suporte técnico e apoio psicológico aos profissionais.

“Eles estão na ativa há dois anos, sem descanso, sob muito estresse, e precisam conseguir lidar com isso e com as possíveis reações violentas dos usuários. A gestão precisa estar muito próxima do cotidiano desse profissional, precisa acompanhar as filas e salas de espera para tentar aliviar esses problemas.”

Ela diz que outra causa da violência tem sido o negacionismo de parte da população, especialmente em relação às vacinas. “Os antivacinas explicitam sua discordância aos profissionais de saúde de forma violenta. Está mais complicado em algumas áreas os agentes comunitários de saúde irem aos domicílios sozinhos para convencer a população a se vacinar. É melhor a gestão criar grupos maiores.”

Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo diz que tem respondido ao aumento da demanda desde o início da pandemia, com a entrega de dez hospitais, ampliação do número de leitos de UTI de 507 para mais de 1.400, no auge da pandemia, além da ampliação de seus leitos de enfermaria.

Diz ainda que para atender a demanda dos munícipes que procuram as unidades de saúde, as UBSs estão atendendo pacientes com sintomas gripais sem a necessidade de agendamento prévio e 39 AMAs (Assistências Médicas Ambulatoriais) e UBSs Integradas tiveram o horário ampliado.

A secretaria ressalta que, mesmo com o empenho de todos os profissionais, a colaboração e compreensão dos usuários é primordial, principalmente, para seguir o fluxo no atendimento nos equipamentos.

Cláudia Collucci / Folha de São Paulo

‘Só o PT pode ter candidato a governador e os aliados não?’, questiona Marcelo Nilo

Foto: Live Política Livre / Arquivo
Prestes a deixar a base que deu sustentação ao ex-governador Jaques Wagner (PT) e apóia atualmente o governo de Rui Costa (PT), o deputado federal Marcelo Nilo (PSB) diz que só não anunciou ainda sua saída do grupo por questões circunstanciais.

Nesta conversa com este Política Livre, o deputado federal descarta o ingresso no PSDB e salienta que a primeira pessoa a quem deverá fazer uma comunicação sobre sua saída do grupo é à deputada federal e presidente do PSB na Bahia, Lídice da Mata.

O parlamentar diz que a divergência política que tem atualmente é com o PT que, segundo declarou, não abre a cabeça da chapa para os partidos aliados. “Tudo tem limite”, afirma. Ele declara ainda que, se permanecer no grupo, não vê perspectiva para crescer politicamente.

“Estou convencido: se eu ficar do lado do atual sistema que comanda a Bahia, eu serei apenas deputado federal”, afirma. Nilo diz ainda que não tem dívida de gratidão que seria convertida em subserviência ao PT ou a Jaques Wagner (candidato do PT ao governo) pelo fato de ter presidido a Assembleia Legislativa por cinco mandatos.

Ele salienta que só teve o apoio dos petistas nas duas primeiras vezes que disputou a presidência da Casa. O deputado federal admite que vem conversando com o ex-prefeito e pré-candidato do DEM ao governo, ACM Neto – o que motivou as discussões públicas entre ele e Jaques Wagner – e enaltece o democrata.

Nilo aponta que Neto alia as figuras do bom político com as do bom gestor.

Confira a entrevista abaixo:

Política Livre – Nesta semana, houve uma discussão pública do senhora com o senador Jaques Wagner. O senhor acabou respondendo a ele, chamando-o inclusive de deselegante nas palavras dirigidas contra ti. Isso de alguma forma define o rumo do senhor na política baiana? O senhor fica mais próximo do grupo do ex-prefeito ACM Neto?

Marcelo Nilo – Primeiro, eu tenho uma relação respeitosa com Jaques Wagner há 32 anos. Vi com surpresa a entrevista que ele concedeu na semana passada me atacando e dizendo que eu teria um fim triste na política se por acaso mudar de lado. E, hoje, mais uma vez ele volta a me atacar, dizendo que eu sou deselegante, que estou levando para a imprensa uma discussão política interna. Esse não é o Wagner que eu conheci: elegante, carismático e respeitoso. O que ele diz que eu faço na realidade é ele que faz. Há mais de 60 dias ele vem falando pela imprensa que vai me telefonar. Nunca me telefonou. Eu continuo com o mesmo telefone. Não quero fazer da política inimizade, mas fazer da política relações sempre positivas. Eu conheci o Wagner carismático, educado, respeitoso e agora estou vendo o Jaques Wagner ofensivo, atacando um parlamentar apenas porque sempre disse e, repito, nunca fui convidado pra ser senador de ACM Neto. O que eu disse e venho dizendo desde junho é que, se eu for convidado para ser senador, eu vou consultar família, vou consultar o deputado Marcelinho Veiga, consultar meu grupo político e vou tomar uma decisão que for melhor para a Bahia. Na primeira vez [que tratei desse assunto], eu passei uma mensagem pra ele [Jaques Wagner], que está registrada no celular dele e no meu, dizendo que ia conversar com ACM Neto. Eu sou um político independente, sou um político que gosto de fazer relações, mas fiquei muito triste com a maneira como Wagner está me tratando. Não esse o Wagner que eu conheci, um Wagner agressivo, sempre procurando me atacar através da imprensa.

O senhor era oposição ao ex-senador Antônio Carlos Magalhães, que tinha uma maneira de lidar com a oposição apontada em certos pontos como truculenta. O senhor acha que o senador Jaques Wagner, nesse episódio, se aproxima desse estilo?

Não quero comparar o senador Jaques Wagner com a figura que infelizmente já nos deixou. Eu tive divergências com o senador Antônio Carlos Magalhães na política, mas eu não posso transferir essa divergência para Neto. Eu sempre me dei bem com ACM Neto, tanto é que, quando eu fui receber o título de cidadão soteropolitano, ele ficou duas horas sentado na Câmara de Vereadores, do início ao fim da solenidade. Em 2014, ele me convidou para ser candidato a senador e eu respondi imediatamente que não. Dessa vez, eu faço diferente. Se eu for convidado eu vou pensar. Isso levou Jaques Wagner a me atacar pela segunda vez na imprensa. E quem me conhece sabe que eu não sou homem de ficar calado. Primeiramente fiquei calado, mas, nessa segunda, eu respondi. Ele, pra mim, foi presunçoso e deselegante.

Como é que o senhor avalia, ainda na condição de membro, o grupo que governa o Estado e que vai completar 16 anos no poder após suceder o carlismo?

Jaques Wagner foi um grande governador. Rui Costa é um bom governador. Agora são 16 anos de poder, são 16 anos apenas uma gestão e eu sempre disse: ‘só o PT pode ter candidato a governador e os aliados não?’. O PSD de Otto, o PP de João Leão, o PSB de Lídice, o Podemos de Bacelar, o Avante de Isidório. Ninguém pode ser candidato, só o PT? Tudo tem limite. Está na hora de passar o bastão para o aliado. E eu estou convencido: se eu ficar do lado do atual sistema que comanda a Bahia, eu serei apenas deputado federal. Não serei candidato a governador, não serei candidato a vice, não serei candidato a senador. Agora minha posição política será o que for melhor para a Bahia, não será pessoal. Decidirei baseado no que for melhor para o meu estado.

Quais são as principais convergências que o senhor tem com o ex-prefeito ACM Neto, baseado nas conversas que o senhor tem? Pode exemplificar?

O ACM Neto foi um grande prefeito, tanto é que foi considerado o melhor prefeito do Brasil, foi reeleito e fez o sucessor. Ele está mostrando que é um grande gestor e um grande político. Eu acho que pra você ser um político próximo de uma nota dez, você tem que ser um grande político e um grande gestor. Não adianta ser gestor e não ser político ou também não adianta você só ser político e não ser gestor. Tem que ser ambos. E ACM Neto tem mostrado essas duas características. É fruto disso que eu fui convidado pra conversar com ele. Agora eu acho realmente um exagero apenas porque eu conversei com ACM Neto toda essa polêmica. Não tem nada acertado, nunca fui convidado, mas eu sou político, converso com todos. Na última sexta-feira, eu conversei de manhã com ACM Neto, depois com [o secretário de Relações Institucionais] Luiz Caetano e à tarde conversei com [o deputado federal pelo PP] Cacá Leão. Eu procuro fazer política conversando com todos, acabou esse tempo que o político adversário é inimigo. Não existe inimizade na política, existe divergência, e eu tenho divergência com o PT hoje.

Por quê?

Eu lembro que eu fui presidente cinco vezes [da Assembleia Legislativa da Bahia] e que o PT saiu do plenário pra não me apoiar. Eram 14 partidos. Eu tive o apoio de 13, e o PT saiu do plenário pra não me apoiar. Todas essas coisas vão somando, vão colocando no coração de cada um. Mas eu me dou bem com todos no PT: sou amigo de Valmir Assunção e Joseildo Ramos, de Afonso Florence, de Waldenor Pereira, de Nelson Pelegrino, eu sou amigo de todos, gosto de todos. Agora cada um tem que fazer o que é melhor para o seu grupo, para o seu pensamento político e principalmente para a Bahia.

Sobre a questão do tempo que o senhor foi presidente da assembleia, a gente tem visto o próprio Wagner citar isso e fica nas entrelinhas a cobrança de uma gratidão.

Primeiro que eu fui presidente cinco vezes, e tive o apoio do governo duas vezes. A terceira, quarta e quinta vezes eu recebi apoio da oposição. Quando o governo veio me apoiar, a base do governo, não o governador, eu já estava eleito. Então três vezes consecutivas eu fui eleito com apoio da oposição. Como eu me dava bem com todo mundo eu recebi o apoio por unanimidade. Agora o PT sempre apresentava candidato contra mim, mas não conseguia criar as condições objetivas e consequentemente retirava, mas nunca me apoiou de primeira. Pelo contrário, o PT sempre procurou criar obstáculos à minha eleição. Modéstia à parte, pela experiência no Parlamento e as relações que eu tive, eu tinha o apoio da oposição e só depois eu tinha apoio do governo. A última vez que eu recebi o apoio do PT eu perdi para o deputado Angelo Coronel, porque eu fiquei isolado com apoio do PT.

Como fica a questão do senhor no PSB? Havia já há algum tempo muitas especulações sobre a saída do senhor, inclusive anteriores às discussões sobre a formação da federação partidária, de que não seria possível eleger o senhor junto com a deputada Lídice da Mata.

Eu tenho respeito e admiração muito grande pela deputada Lídice da Mata. Pra mim o PSB é o melhor partido do Brasil, tem os melhores quadros do Brasil. Se eu fosse fazer política nacional, eu ficaria no PSB. Se eu fizer política estadual, eu teria que sair do PSB. Agora, eu tenho um respeito muito grande por Lídice e, na hora que eu decidir o que vou fazer, a primeira pessoa a saber será a deputada Lídice da Mata. Eu entrei pela porta da frente, quero sair pela porta da frente. Enfim, tenho respeito muito grande por Lídice, por ter me recebido. É uma excelente parlamentar, uma das melhores deputadas do Brasil. Agora infelizmente eu não tomei ainda a decisão porque o homem é fruto das circunstâncias.

O senhor conversou recentemente com ex-deputado Jutahy Júnior. Isso é um indicativo de que esse partido para o qual o senhor pode ir é o PSDB?

Jutahy Magalhães é meu compadre quatro vezes. Todas as vezes que ele vem à Bahia, eu janto com ele, geralmente no Soho. Dessa vez, nós jantamos e botamos no Instagram e deu essa celeuma toda. A minha amizade com Jutahy é fora da política. Repito, ele é meu compadre quatro vezes, foi meu líder durante 40 anos. Infelizmente nós nos separamos pela circunstância porque [politicamente] o que era bom para mim era ruim pra ele, o que era bom para ele, era ruim para mim. Então nós nos separamos, mas continuamos mantendo a relação de amizade. Mas ir para o PSDB não está em cogitação, até porque o PSDB tem um candidato à majoritária, que é o prefeito João Gualberto.

A pesquisa recente do Instituto Opnus, que foi publicada pelo grupo Metrópole, mostra ACM Neto na liderança quando aparece sozinho. Mas quando Wagner é associado a Lula consegue uma boa margem à frente. Como o senhor avalia essas pesquisas?

Eu respeito muito o instituto, mas você tem que fazer uma pesquisa dentro da realidade, com Wagner apoiado por Lula e ACM Neto sozinho. Quando você põe ACM Neto apoiando Ciro Gomes ou apoiando Sérgio Moro, os dois puxam Neto para baixo. Ciro na Bahia está com 3%, então puxa Neto para baixo. A realidade é diferente. Se colocar Wagner com apoio de Lula e ACM Neto sem apoio de ninguém, você pode ter certeza que ACM Neto está lá na frente e muito na frente. Não estou dizendo que é mentira [a pesquisa], mas o questionário é equivocado. Você acha que Neto, que tem em torno de 50%, vai apoiar um candidato com 2%? Ele não é ingênuo a esse ponto. Pelo que eu conheço, pelo que eu sinto dele, ele não é criança.

Davi Lemos

Eunápolis: sem ter tomado vacina, ex-prefeito morre aos 84 anos em decorrência da Covid-19

De acordo com informações do site Radar 64, o médico estava internado há cerca de 15 dias, em estado grave, na UTI do Horpital Ames
Foto: Divulgação/Arquivo
O ex-prefeito de Eunápolis, Feruk Felippe, morreu na tarde deste sábado (29) aos 84 anos em decorrência da Covid-19. De acordo com informações do site Radar 64, o médico estava internado há cerca de 15 dias, em estado grave, na UTI do Horpital Ames.

Conforme a publicação, Feruk não teria tomado nenhuma das doses da vacina contra o novo coronavírus. Ele foi o segundo prefeito de Eunápolis e governou o município entre os anos de 1993 e 1996.

O ex-prefeito deixa esposa e três filhos.

Em nova pesquisa, ACM Neto lidera corrida para o governo da Bahia e venceria no 1º turno

O levantamento foi feito pela Séculus em parceria com o site Bahia Notícias e divulgado neste domingo
Foto: Reprodução/Instagram/Arquivo
O ex-prefeito ACM Neto (DEM) lidera, conforme o primeiro levantamento de 2022 da Séculus, em parceria com o site Bahia Notícias, a corrida para o governo da Bahia e venceria as eleições deste ano no primeiro turno.

De acordo com o Bahia Notícias, o democrata apresenta mais que o dobro das intenções de voto do senador Jaques Wagner (PT) nos dois cenários pesquisados pelo instituto. No primeiro cenário, Neto aparece com 54,72% das intenções de voto. Wagner, em segundo lugar, pontua 24,57%.

Em seguida, aparecem o ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), com 4,26%; o vice-governador da Bahia, João Leão (PP), com 1,77%; o senador Otto Alencar (PSD), com 1,25%; a yalorixá Bernardete Souza (PSOL), com 0,66%; e Dra. Raíssa Soares (sem partido), com 0,59%. Responderam “nenhum”, 8,19% dos entrevistados, enquanto 4% não sabem ou não opinaram.

Em um segundo cenário pesquisado pelo instituto Séculus, com um número menor de candidatos, ACM Neto chega a 55,7% das intenções de voto, contra 25,56% de Jaques Wagner; 5,57% de João Roma; e 1,05% de Bernardete Souza. Responderam “nenhum”, 8,19% dos entrevistados, enquanto 3,93% não sabem ou não opinaram.

Neto supera os percentuais de todos os seus adversários somados em ambos os cenários pesquisados. Por isso, é possível afirmar, com base nos números do levantamento BN/Séculus, que o ex-prefeito de Salvador venceria as eleições de 2022 no primeiro turno, caso o pleito ocorresse hoje.

A Séculus entrevistou 1.526 pessoas com 16 anos ou mais de forma presencial, em 72 municípios baianos, entre os dias 24 e 27 de janeiro deste ano. A margem de erro da amostragem é de 2,5%, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%.

O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob nº BA-06447/2022.

Portugal libera infectados por covid-19 para votar neste domingo

                               Autoridades pedem que infectados votem entre 18h e 19h

Foto: Reuters/Pedro Nunes/Direitos Reservados
Os organizadores das eleições legislativa portuguesas estão tomando precauções extras de segurança neste sábado (29) depois que o governo decidiu permitir que eleitores infectados com o coronavírus saíssem do isolamento e votassem pessoalmente junto com todos os outros. Com cerca de um décimo da população de 10 milhões de habitantes de Portugal agora em isolamento devido à covid-19, o governo decidiu na semana passada suspender as restrições para a votação de domingo (30).

Em conferência de imprensa hoje, a comissão eleitoral disse que "foram reunidas todas as condições para que a votação ocorra em absoluta segurança". Como muitos países europeus, Portugal está enfrentando infecções recordes, embora a vacinação generalizada tenha mantido mortes e hospitalizações mais baixas do que em ondas anteriores. As autoridades pediram às pessoas que testaram positivo que votem entre 18h e 19h, mas a recomendação de horário não é obrigatória. Não haverá áreas designadas para eleitores infectados.

Os funcionários que montaram um local de votação em uma oficina de automóveis na freguesia de Santo Antonio, em Lisboa, colocaram adesivos no chão no sábado para incentivar o distanciamento social. Os eleitores receberão uma máscara facial antes de entrar. Sofia Mantua, de 27 anos, está tomando todas as precauções para votar no domingo, inclusive levando sua própria caneta. Para ela, teria sido melhor se os infectados votassem em um dia diferente. 

"É sempre difícil administrar... acho que deveria ter sido planejado [com antecedência] porque sabíamos que ainda estávamos em uma pandemia", disse Mantua. A eleição está aberta, já que os socialistas no poder continuam perdendo a liderança nas pesquisas de opinião para o principal partido da oposição, os social-democratas de centro-direita.
Por Catarina Demony e Silvio Castellanos - repórters da Reuters - Lisboa

Brasil faz 5 a 1 no Equador, na estreia da Copa América de Futsal

                     Próximo duelo da seleção será contra o Chile, na segunda (31), às 15h

Staff Imagens: Comebol (CBF) Direitos Reservados
A seleção brasileira sobrou em quadra neste sábado (29) na estreia contra o Equador na Copa América de Futsal, em Assunção (Paraguai), com direito a goleada de 5 a 1 na primeira rodada da fase de grupos. Os jogadores Bruno, Pito, João Victor, Daniel e Taffy balançaram as redes a favor do Brasil, e Montaño marcou o gol de honra da equipe equatoriana. Atual campeão (2017), o Brasil vai em busca do 11º título na competição.
A vitória alçou o Brasil à liderança do Grupo 1, que tem ainda Uruguai, Colômbia e Chile. Próximo duelo da seleção será contra o Chile, na segunda-feira (31), às 15h (horário de Brasília).
Staff Imagens: Comebol (CBF) Direitos Reservados
O Brasil, comandado pelo técnico Marquinhos Xavier, fez um primeiro tempo arrasador, abrindo vantagem de 4 a 0. Bruno foi o primeiro a marcar aos sete minutos, e o time mal acabara de comemorar e Pito marcou o segundo para a seleção. Depois foi a vez de João Vitor balançar a rede a cinco minutos do término do primeiro tempo, e ainda deu tempo de Daniel deixar o dele.

Depois do intervalo, a seleção diminuiu o ritmo, e o Equador aproveitou para diminuir o prejuízo: aos sete minutos Montaño marcou o único gol do lado dos equatorianos. Já aos seis minutos do término do jogo, Bruno Taffy soltou uma bomba indefensável e completou a goleada: 5 a 1.

Edição: Cláudia Soares Rodrigues
Por Agência Brasil - Rio de Janeiro

Destaques