Maria entregará quadra poliesportiva à comunidade da Fazenda do Povo

Na tarde deste domingo, 13, a prefeita Maria das Graças estará na Fazenda do Povo para inaugurar a requalificação da quadra esportiva da localidade. O equipamento, viabilizado com recursos próprios do município, conta com arquibancada, alambrado, iluminação adequada e outros detalhes que permitirão mais opções de lazer para a juventude local, inclusive a realização de eventos culturais.
Na oportunidade a prefeita estará acompanhada da Secretária de Ação Social e Desportos, Rebeca Câncio e do Diretor de Esportes, Givaldo Nascimento, além de outros membros do Governo Municipal e vereadores da base situacionista. Após a cerimônia de inauguração da quadra, ocorrerão competições de Futsal nas categorias infantil (masculino e feminino) e adulto/masculino. . (José Américo Castro/Ascom-Prefeitura de Ipiaú

Bahia atinge 29.309 casos ativos de Covid-19; 29 óbitos são registrados

Foto: Mateus Pereira/GOVBA/Arquiv
O boletim epidemiológico deste sábado (12) registra 29.309 casos ativos de Covid-19 na Bahia. Nas últimas 24 horas, foram registrados 8.317 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,58%), 9.225 recuperados (+0,67%) e mais 29 óbitos. Dos 1.452.365 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.394.579 já são considerados recuperados e 28.477 tiveram óbito confirmado.

Os dados ainda podem sofrer alterações devido à instabilidade do sistema do Ministério da Saúde. A base ministerial tem, eventualmente, disponibilizado informações inconsistentes ou incompletas.

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 1.739.702 casos descartados e 322.289 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até às 17 horas deste sábado. Na Bahia, 60.454 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Vacinação

Até o momento temos 11.361.638 pessoas vacinadas com a primeira dose, 10.192.522 com a segunda dose ou dose única e 3.119.749 com a dose de reforço. Do público de 5 a 11 anos, 326.065 crianças já foram imunizadas.

Palmeiras tem sonho interrompido pelo Chelsea e é vice-campeão mundial

Jogadores do Chelsea celebram gol marcado por Lukaku na final contra o Palmeiras no Mundial de Clubes
Foto: Karim Sahib / AFP
O Palmeiras parou no Chelsea na tentativa de alcançar seu grande sonho, a conquista do Mundial. A equipe alviverde endureceu o jogo contra a formação inglesa e o levou à prorrogação, na noite de sábado (12) dos Emirados Árabes Unidos, mas a decisão da competição acabou como as oito anteriores: vitória do europeu.

O campeão da Champions League chegou ao troféu com um triunfo por 2 a 1. Nos 90 minutos iniciais, Lukaku abriu o placar de cabeça, e Raphael Veiga empatou para a equipe brasileira em pênalti tolo de Thiago Silva. Depois, foi a vez de Luan fazer pênalti. Havertz definiu o placar no estádio Mohammed Bin Hayed, em Abu Dhabi, já aos 12 do segundo tempo extra.

Foi o primeiro título mundial do Chelsea, que havia fracassado em sua tentativa anterior, em 2012, quando perdeu por 1 a 0 a final para o Corinthians. Aquela foi a última ocasião em que um não europeu ficou com a taça. Desde então, venceram Bayern (duas vezes), Real Madrid (quatro vezes), Barcelona e Liverpool.

O resultado dá sequência à chacota que acompanha os palmeirenses a cada fracasso na busca pelo troféu intercontinental. Muitos deles consideram a glória na Copa Rio de 1951 uma conquista da maior grandeza, algo que nunca impediu os rivais de fazer troça, apontando que o clube da zona oeste paulistana não tem Mundial.

Nos últimos anos, corintianos, são-paulinos, santistas e até rivais não paulistas, como os flamenguistas, entoaram com frequência os versinhos: “O Palmeiras não tem Mundial, o Palmeiras não tem Mundial, não tem Copinha, não tem Mundial”. Era uma adaptação de uma velha canção de Dorival Caymmi que se tornou irritante aos ouvidos alviverdes.

A parte da Copinha foi enterrada no mês passado, com a inédita vitória na tradicional Copa São Paulo de juniores. Houve festa em São Paulo no dia 25 de janeiro, com a expectativa de que todos os versos da piadinha musical estariam obsoletos em pouco tempo. Não foi o que ocorreu nos Emirados Árabes, apesar da boa presença alviverde nas arquibancadas.

Anteriormente, em 1999, a caminhada rumo ao troféu foi interrompida em uma falha do ídolo Marcos contra o inglês Manchester United. No Mundial de 2020, no Qatar, a equipe registrou a pior campanha de um sul-americano na competição, com derrotas para o mexicano Tigres e o egípcio Al Al Ahly.

O torneio de 2021, realizado já em 2022 devido a atrasos no calendário durante a pandemia de Covid-19, até começou bem para o Palmeiras. O time superou com facilidade o Al Ahly, algoz no ano anterior, porém não pôde concretizar o passo mais complicado, derrubar o campeão da Champions League.

Não foi uma vitória fácil do Chelsea, que encontrou um adversário bem postado defensivamente. O técnico Abel Ferreira montou um esquema de marcação individual em vários dos jogadores da formação inglesa, que teve bastante dificuldade para quebrar essa barreira de atletas vestindo branco.

Rony, que vinha sendo o jogador mais avançado, virou quase um lateral direito. Acompanhava o tempo todo o ala esquerdo Hudson-Odoi. Do outro lado, Gustavo Scarpa fazia o mesmo com Azpilicueta. Mount (depois Pulisic) era o homem de Piquerez. Marcos Rocha caçava Havertz. No meio, Zé Rafael e Danilo faziam o cerco a Kanté e Kovacic.

O centroavante Lukaku era quase sempre marcado por Luan, que se virava bem, com Gómez na sobra. Assim, os únicos jogadores do campeão europeu que tinham liberdade para trabalhar eram o trio de zagueiros. Christensen, Thiago Silva e Rudiger avançavam e jogavam na intermediária ofensiva.

Era parte da armadilha do Palmeiras, que se armava para contragolpear. O problema era que o homem de velocidade, Rony, partia de uma posição muito recuada. Raphael Veiga e Dudu eram os atletas mais avançados e não têm a mesma rapidez. Mesmo assim, oportunidades apareceram no primeiro tempo.

A melhor dela apareceu aos 27 minutos, em contra-ataque no qual Zé Rafael foi lançado, brigou na meia-lua com dois zagueiros e rolou para Dudu, que entrava livre pela esquerda. Em vez de bater de primeira, o que era uma possibilidade clara, ele tentou conduzir a bola, perdeu a passada e deu um chute desequilibrado.

No início da etapa final, o Chelsea finalmente conseguiu achar espaços, sobretudo do lado esquerdo. Foi por ali que Hudson-Odoi recebeu livre e cruzou, aos nove. Lukaku ganhou a primeira de Luan e cabeceou no canto direito de Weverton.

Abel reagiu colocando Jailson no lugar de Zé Rafael, dando força ao meio-campo. O Palmeiras teve um momento de instabilidade no qual poderia ter levado o segundo, porém renasceu em uma bola alçada na área. Thiago Silva, como já fez outras vezes na carreira, inexplicavelmente disputou pelo alto usando a mão.

Chamado a ver o lance em vídeo, o árbitro australiano Chris Beath apitou pênalti, convertido por Raphael Veiga aos 19. O momento virou. Ouvindo a arquibancada berrar que “o Palmeiras é o time da virada”, os alviverdes passaram a incomodar o time britânico, que, no entanto, continuava perigoso: Havertz e Pulisic erraram por pouco.

O empate persistiu até a prorrogação. O Chelsea, que já demonstrava cansaço, conseguiu sobrevida com algumas substituições. Tinha a posse de bola, porém, em sua única oportunidade mais clara do primeiro tempo extra, havia posição de impedimento. O travessão foi acertado, mas, em caso de bola na rede, o lance teria sido anulado pelo sistema eletrônico de marcação de posição irregular.

A disputa caminhava para os pênaltis até um escanteio para os ingleses em que a bola ficou viva na área. Luan bloqueou chute de Azpilicueta com o braço. Mais uma vez, o juiz foi chamado ao vídeo para apitar pênalti. Havertz o converteu, aos 12 da segunda etapa da prorrogação.

O triunfo, se não era tratado como prioritário pelo Chelsea, amplia o moral de Thomas Tuchel. Depois de ter levado o Paris Saint-Germain à final da Champions League, o alemão assumiu a equipe londrina e triunfou no principal torneio europeu sem ser considerado favorito, derrubando o Manchester City, de Pep Guardiola, na decisão.

O técnico, que só tinha glórias domésticas no currículo, na Alemanha e na França, ganhou novo prestígio com o triunfo internacional. Depois disso, ainda venceu a Supercopa Europeia e, agora, aos 48 anos, celebra a conquista do Mundial.

Ele chegou a desdenhar do torneio, dizendo em dezembro que nem pensava nele. Nos Emirados Árabes Unidos, porém, vibrou bastante com os gols de sua equipe e com o título. Ele chegou a Abu Dhabi apenas na véspera da decisão, recuperado de Covid-19.

Marcos Guedes / Folhapress

Embaixada pede que brasileiros se mantenham ‘alertas e atualizados’ na Ucrânia

           Ucranianos protestam contra escalada da tensão com a Rússia, neste sábado (12), em Kiev
Foto: Sergei Supinsky / AFP
A embaixada do Brasil em Kiev divulgou um comunicado nesta sexta-feira (11) no qual recomenda que os cidadãos brasileiros na Ucrânia se mantenham em alerta em meio ao aumento da tensão com a Rússia na região. O órgão, contudo, informou que não há recomendação contrária à presença dos brasileiros no país.

“A Embaixada reitera que os cidadãos brasileiros devem manter-se alertas e sempre atualizados por meio de fontes locais e internacionais confiáveis. Ao mesmo tempo, não há recomendação de segurança contrária à permanência na Ucrânia”, diz trecho do comunicado.

A representação diplomática afirmou ainda que, “em caso de emergência, divulgará alertas e transmitirá recomendações relevantes para a comunidade brasileira por meio de suas mídias sociais (Facebook e Twitter), sua página oficial e, se necessário, outros meios de comunicação”.

A embaixada dos EUA na Ucrânia anunciou que decidiu retirar seu pessoal não essencial da sede em Kiev, e Moscou também informou que reduziu seu corpo diplomático no país vizinho. Alemanha, Reino Unido, Bélgica, Holanda, Canadá, Noruega, Austrália, Japão e Israel recomendaram a seus concidadãos que deixem a Ucrânia.

Na sexta (11), os Estados Unidos repetiram alertas de que Rússia pode invadir Ucrânia “a qualquer momento”, sem citar evidências específicas. O conselheiro de Segurança Nacional de Joe Biden, Jake Sullivan, afirmou que o ataque poderia ocorrer antes mesmo do fim das Olimpíadas de Inverno, em Pequim, que terminam no próximo dia 20.

Neste sábado (12), em conversa telefônica com o presidente francês, Emmanuel Macron, o presidente russo, Vladimir Putin, chamou de “especulação provocativa” a alegação de que prepara uma invasão.

“Vladimir Putin e Emmanuel Macron discutiram […] especulações provocativas relacionadas a uma suposta ‘invasão’ russa da Ucrânia, acompanhada por entregas significativas de armas modernas para aquele país”, informou o Kremlin em comunicado. Macron, por sua vez, disse a Putin que “um diálogo sincero não é compatível com uma escalada militar” na fronteira da Rússia com a Ucrânia, informou o Palácio do Eliseu.

Após o telefonema de Macron, Putin iniciou uma conversa telefônica com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para tratar o mesmo assunto. Também neste sábado, os chefes das diplomacias russa e americana também se falaram por telefone.

O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, disse ao secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que a “campanha de propaganda lançada pelos Estados Unidos e por seus aliados sobre uma ‘agressão russa’ tem como fim provocar e encorajar as autoridades de Kiev” a um eventual conflito no Donbass, região no leste do país onde as forças ucranianas enfrentam há oito anos os separatistas pró-Rússia apoiados por Moscou.

Folhapress

Biden diz a Putin que atacar a Ucrânia terá ‘custos severos’

Foto: Jonathan Ernst/Reuters/Arquivo
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse neste sábado (12) ao presidente russo, Vladimir Putin, que uma eventual invasão da Ucrânia implicará uma resposta “rápida e decisiva” do Ocidente, com “custos severos” à Rússia. “Enquanto os Estados Unidos continuam preparados para se engajar na diplomacia, em plena coordenação com seus aliados e parceiros, estamos igualmente preparados para outros cenários”, disse Biden a Putin em conversa telefônica, segundo comunicado divulgado pela Casa Branca.

Biden disse ainda que uma ofensiva contra a Ucrânia causaria “sofrimento humano generalizado”. O telefonema foi “profissional e substantivo” e durou mais de uma hora. Washington informou, contudo, que a conversa não resultou em “mudança fundamental” sobre a mobilização de tropas russas nas fronteiras com a Ucrânia.

Após dias de esforços diplomáticos para tentar baixar a tensão no leste europeu, a crise voltou a escalar com exercícios militares e trocas de acusações. Na quinta-feira (10), o Kremlin iniciou manobras com as forças da Belarus, ditadura aliada que fica ao norte da Ucrânia, com cerca de 30 mil soldados russos e um número incerto de belarussos operando sistemas antiaéreos, blindados e aviões de ataque avançados.

Na sexta (11), o conselheiro de Segurança Nacional de Biden, Jake Sullivan, voltou a falar, sem citar evidências específicas, que a Rússia já reuniu forças suficientes para lançar uma ofensiva militar contra a Ucrânia “a qualquer momento”. A embaixada dos EUA na Ucrânia anunciou que decidiu retirar seu pessoal não essencial da sede em Kiev, e Moscou também informou que reduziu seu corpo diplomático no país vizinho. Alemanha, Reino Unido, Bélgica, Holanda, Canadá, Noruega, Austrália, Japão e Israel recomendaram a seus concidadãos que deixem a Ucrânia.

A embaixada do Brasil em Kiev divulgou um comunicado no qual pede que os cidadãos brasileiros na Ucrânia se mantenham em alerta, mas informou que não há recomendação contrária à presença no país. Neste sábado (12), as forças armadas da Rússia informaram ter interceptado um submarino dos Estados Unidos próximo a uma ilha do extremo leste do país. De acordo com os militares, a embarcação ignorou um alerta dado pela Marinha russa.

Mais cedo, em conversa por telefone com o presidente francês, Emmanuel Macron, Putin chamou de “especulação provocativa” a alegação dos EUA de que a Rússia prepara uma invasão da Ucrânia. “Vladimir Putin e Emmanuel Macron discutiram […] especulações provocativas relacionadas a uma suposta ‘invasão’ russa da Ucrânia, acompanhada por entregas significativas de armas modernas para aquele país”, disse a presidência russa.

Macron, por sua vez, disse a Putin que “um diálogo sincero não é compatível com uma escalada militar” na fronteira da Rússia com a Ucrânia, informou o Palácio do Eliseu.

Folhapress

'Disse que eu não era homem': marido esfaqueia esposa e é preso em Campo Grande

Após negociação com policiais do Choque, autor foi socorrido e levado para delegacia; vítima tinha lesões na cabeça
Caso foi registrado na Deam. - (Foto: Henrique Arakaki - Arquivo Midiamax)
Homem, de 28 anos, foi preso em flagrante na madrugada deste sábado (12) após esfaquear a esposa, de 26, e tentar tirar a própria vida, no Bairro Jardim Noroeste, em Campo Grande. Ele confessou ter esfaqueado a mulher e tentou justificar dizendo que ela "teria falado que ele não servia para nada e não era homem".

Quando os policiais militares chegaram à residência, encontraram a vítima ensanguentada e gritando que havia sido esfaqueada pelo marido. O autor estava no interior do imóvel, sentado em uma cadeira, com a faca encostada em seu pescoço e dizendo que iria se matar.

Policiais da Rotac (Rondas Táticas e Ações) do Batalhão de Choque foram acionados e conseguiram convencer o homem a se entregar e largar a arma branca. A vítima relatou que eles haviam se desentendido e o marido desferiu golpes de faca nela. Já o autor, alegou que a esposa "teria o xingado e dito que ele não era homem e não servia para nada".

Os dois foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros, mas a mulher precisou ser encaminhada para a Santa Casa, pois tinha ferimentos na cabeça. Já o autor tinha lesões no pulso e pescoço, causadas por ele mesmo. Ele foi preso em flagrante e encaminhado para Deam (Delegacia Especializada no Atendimento á Mulher).

A faca utilizada no crime também foi apreendida, além de uma motocicleta, que tinha registro de furto ou roubo, encontrada após os policiais vistoriarem a residência do casal.

Semana Pedagógica foi encerrada com reflexão sobre educação especial

Uma palestra sobre os fundamentos do atendimento educacional especializado (AEE) na perspectiva de educação inclusiva, proferida pela professora mestre Maristela Amaral Ribeiro, no auditório do Colégio Celestina Bittencourt, marcou, na tarde da última sexta-feira,11, o encerramento da Jornada Pedagógica realizada pela Secretaria de Educação e Cultura de Ipiaú com o objetivo de preparar os educadores da Rede Municipal para o ano letivo de 2022 que se inicia nesta segunda-feira, 14.

Durante uma semana a Jornada Pedagógica reuniu toda a equipe gestora e docente, para refletir o tema “Educação Integral Humanizadora: acolher, incluir, inovar e educar com diversidade e equidade”. O evento contou com a participação de palestrantes de renome nacional, a exemplo do jornalista e escritor Caco Barcellos, e foi bem avaliada pelos educadores e demais membros da comunidade escolar.

“As discussões, oficinas, dinâmicas e compartilhamento de ideias, assim como as informações passadas pelos palestrantes contribuíram com o fortalecimento do processo educativo. Quero agradecer a todos pela participação efetiva nas atividades propostas. Foi uma semana bem produtiva, onde discutimos temas relevantes para a educação e elaborarmos metas a serem executadas no decorrer do ano letivo ”, comentou a secretária de Educação e Cultura, Erlandia Souza.

(José Américo Castro/Dircom Prefeitura de Ipiaú)

Brasil registra mais de 1.100 mortes por Covid pela 3ª vez na semana

Foto: Tiago Queiroz/Estadão/Arquivo
O Brasil voltou a registrar mais de 1.000 mortes por Covid, nesta sexta-feira (11). Foram 1.121 óbitos e 166.528 casos de Covid.

O país, assim, chega a 637.232 vidas perdidas e a 27.292.040 pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 desde o início da pandemia.

A média móvel de mortes continua em crescimento e chegou a 880 óbitos por dia, aumento de 68% em relação aos dados de duas semanas atrás. Já a média de casos agora é de 139.001 infecções por dia, queda de 24% também em relação aos dados de duas semanas atrás.

Os dados do país, coletados até 20h, são fruto de colaboração entre Folha de S.Paulo, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são recolhidas pelo consórcio de veículos de imprensa diariamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

Os dados da vacinação contra a Covid-19 foram afetados pelo ataque hacker ao sistema do Ministério da Saúde, ocorrido em dezembro, o que levou à falta de atualização em diversos estados por longos períodos de tempo. Nesta sexta, as informações foram atualizadas em 24 estados e no Distrito Federal.

O consórcio de veículos de imprensa recentemente atualizou os números de população brasileira usados para calcular o percentual de pessoas vacinadas no país. Agora, os dados usados são a projeção do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para 2022. Todos os números passam a ser calculados de acordo com esses valores, inclusive os do ano passado. Por isso, os percentuais de pessoas vacinadas podem apresentar alguma divergência em relação aos números publicados anteriormente.

O Brasil registrou 1.923.653 doses de vacinas contra Covid-19, nesta sexta. De acordo com dados das secretarias estaduais de Saúde, foram 681.056 primeiras doses e 284.664 segundas. Também foram registradas 2.502 doses únicas e 955.431 doses de reforço.

Amazonas e Ceará tiveram registros negativos de doses únicas. Respectivamente, -6 e -406.

Ao todo, 168.786.215 pessoas receberam pelo menos a primeira dose de uma vacina contra a Covid no Brasil –147.618.532 delas já receberam a segunda dose do imunizante. Somadas as doses únicas da vacina da Janssen contra a Covid, já são 152.299.767 pessoas com as duas doses ou com uma dose da vacina da Janssen.

Assim, o país já tem 78,57% da população com a 1ª dose e 70,89% dos brasileiros com as duas doses ou com uma dose da vacina da Janssen. Considerando somente a população adulta, os valores são, respectivamente, de 104,33% e 94,14%.

Somente 25,78% da população tomou dose de reforço até o momento.

O consórcio começou a fazer também o registro das doses de vacinas aplicadas em crianças. A população de 5 a 11 anos parcialmente imunizada (com somente a primeira dose de vacina recebida) é de 26,27%.

Considerando toda a população acima de 5 anos, 84,33% recebeu uma dose e 76,09% recebeu duas doses ou a vacina de dose única da Janssen.

Mesmo quem recebeu as duas doses ou uma dose da vacina da Janssen deve manter cuidados básicos, como uso de máscara e distanciamento social, afirmam especialistas.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (PL), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.
Folhapress

Eficácia da dose de reforço contra Covid cai no quarto mês, mostra estudo

Agência americana pesquisa eficiência das terceiras doses das vacinas de mRNA da Pfizer e da Moderna
Foto: Paul Hennessy/Sopa Images/Sipa USA/Arquivo
A eficácia de terceiras doses das vacinas de mRNA da Pfizer e da Moderna diminui drasticamente após o quarto mês de administração, de acordo com um novo estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. Esse efeito era bem conhecido após a administração de duas doses dessas vacinas, mas foi pouco estudado após a terceira.

O estudo examinou 93 mil hospitalizações e mais de 240 mil atendimentos de emergência relacionados à Covid-19 em dez estados dos Estados Unidos. Foi realizado entre agosto de 2021 e janeiro de 2022 e abrange as ondas das variantes delta e ômicron. Durante os dois períodos, a eficácia medida após uma terceira dose foi sempre maior do que após duas doses, observou o CDC, que publicou este estudo.

Uma vez que a ômicron se tornou a variante dominante, a eficácia contra hospitalizações foi de 91% para aqueles que receberam sua terceira dose dois meses antes da contaminação, mas caía para 78% para pessoas que a receberam pelo menos quatro meses antes. Uma porcentagem que “continua alta”, de acordo com o CDC.

Após o surgimento da ômicron, a eficácia das doses de reforço contra as visitas ao pronto-socorro foi de 87% nos dois meses seguintes, 66% após quatro meses e apenas 31% cinco meses depois. O CDC observa, no entanto, que este último número é “impreciso”, devido ao baixo número de participantes do estudo que receberam sua terceira dose há mais de cinco meses.

No geral, esses resultados “reforçam a importância de considerações suplementares sobre doses adicionais para manter ou aumentar a proteção contra a Covid-19”, escreveu o CDC. Durante uma entrevista coletiva na quarta-feira (9), Anthony Fauci, conselheiro da Casa Branca para a crise sanitária, estimou que pessoas vulneráveis, como idosos ou imunossuprimidos, podem precisar de uma quarta dose no futuro.

Folhapress

Fiocruz atualiza protocolo de retorno às aulas contra variante Ômicron

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil/ Arquivo

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) atualizou ontem (11) suas recomendações para a prevenção da covid-19 no retorno às aulas, acompanhando novos critérios de autoridades sanitárias internacionais e sociedades médicas nacionais diante da variante Ômicron. As orientações do Grupo de Trabalho de Retorno às Atividades Escolares Presenciais da Fiocruz podem ser consultadas em uma nota técnica que inclui protocolos em temas como isolamento, testagem e suspensão de aulas. O grupo recomenda que o ensino seja preferencialmente presencial.

“Sob forte recomendação de organismos internacionais e de setores do Judiciário, entre outros, recomenda-se que esse retorno seja presencial, uma vez que os prejuízos sociais, emocionais, educacionais, sanitários e econômicos já não permitem a manutenção do modelo remoto como preferencial para o processo de aprendizagem das crianças e adolescentes”, afirma a nota técnica.

Ao introduzir o texto, os pesquisadores destacam que a variante Ômicron já representa mais de 95% dos genomas de SARS-CoV-2 sequenciados no país, e que sua característica mais marcante é a alta transmissibilidade, o que também implica maior potencial de transmissão domiciliar. Citando dados dos Estados Unidos e do Brasil, os pesquisadores acrescentam que, com o predomínio dessa cepa, aumentou o registro de casos de covid-19 entre crianças e adolescentes, aparentemente sem aumento percentual de internações e mortes.

Isolamento

O documento contextualiza que autoridades sanitárias dos Estados Unidos e Europa estabeleceram critérios mais curtos para isolamento e quarentena com a chegada da variante Ômicron, e que as Sociedades de Pediatria do Rio de Janeiro e de São Paulo também atualizaram seus critérios diante da nova cepa.

A Fiocruz orienta que, para adultos ou crianças com casos leves ou moderados de covid-19 são necessários 10 dias de isolamento a contar da data de início dos sintomas. Mesmo assim, o retorno deve estar condicionado à ausência de sintomas, febre ou uso de antitérmicos nas últimas 24 horas. Caso outro teste seja realizado no quinto dia e o resultado seja negativo, esse tempo de isolamento pode ser reduzido para sete dias.

Os casos assintomáticos confirmados precisam de cinco dias de isolamento a contar da data do teste positivo, desde que um novo teste no quinto dia tenha o resultado negativo. Caso o resultado desse novo teste seja positivo, o isolamento se estende para sete dias.

A fundação reforça que o uso de máscara é fundamental. Para as pessoas que não puderem usar máscaras por contraindicação médica, o protocolo muda caso testem positivo para covid-19 sem apresentar sintomas. Nesse caso, a orientação é que repitam o teste no quinto dia e, em caso positivo, o isolamento deve ser de 10 dias em vez de sete. Para pessoas que não possam usar máscaras e tenham casos sintomáticos, as orientações são as mesmas que para a população em geral.

Quando a criança ou o adulto tiver contato com alguma pessoa infectada, a quarentena deve ser de 10 dias a partir do contato, ou de sete dias caso um teste tenha resultado negativo no quinto dia após o contato. Já se o teste for positivo ou houver sintomas, aplicam-se os critérios recomendados para casos sintomáticos ou assintomáticos.

Para pessoas que tenham apresentado Covid-19 grave ou sejam imunodeprimidas por doença ou por uso de imunossupressores, a recomendação é fazer quarentena de 20 dias, retornando apenas se nas últimas 24 horas não tiver sintomas nem febre e não tiver usado antitérmicos.

Diante da informação de um caso positivo, os especialistas aconselham que se deve incentivar o rastreamento de contatos e buscar a realização de testes. A suspensão de aulas para uma turma deve ser adotada apenas em último caso e só é recomendada caso haja três ou mais diagnósticos simultâneos confirmados, o que deve ser informado às autoridades sanitárias e acompanhado para o rastreio de casos relacionados. Já o fechamento da escola deve ocorrer somente em caso de recomendação das autoridades sanitárias locais.

“Ressaltamos que o isolamento social, a adoção do ensino remoto e a descontinuidade na frequência à escola têm sido responsáveis pela ampliação das lacunas de desenvolvimento psicossocial, entre outros problemas já apontados, como a insegurança alimentar e a evasão escolar, motivos pelo qual reforçamos a necessidade de manutenção de aulas presenciais”, defende a Fiocruz.

Vacinação e testagem

Além do rastreio de casos, os protocolos de prevenção à covid-19 das escolas devem observar a ventilação dos ambientes, o uso adequado de máscaras, a lavagem de mãos e o distanciamento social, lembra a Fiocruz. Esses cuidados devem ser intensificados principalmente nos momentos das refeições, evitando realizá-las em locais sem o devido distanciamento e ventilação.

A Fiocruz explica ainda que a vacinação de toda a comunidade escolar tem grande relevância no controle da transmissão do vírus, e que a vacinação dos responsáveis e profissionais da educação também promove a proteção indireta das crianças menores de 5 anos, que ainda não podem ser vacinadas.

“Ressaltamos, conforme apontado em outras publicações técnicas deste Grupo, que a realização de inquéritos para avaliação da cobertura vacinal local é fundamental para ampliar a segurança dos que frequentam as escolas, bem como para adotar ações educacionais para comunidades e grupos em que há maior resistência ou baixa adesão à vacinação”, diz a nota técnica.

Os pesquisadores também destacam que os testes são uma ferramenta importante para detectar e isolar casos, além de servirem como referência para determinar o tempo correto de isolamento. Eles avaliam que a disponibilidade de autotestes de covid-19 pelo Sistema Único de Saúde (SUS) também seria uma estratégia que poderia ser utilizada para o controle das infecções no ambiente escolar, aliado à vacinação, para ajudar a garantir a manutenção de atividades escolares presenciais. Em caso de um autoteste positivo, porém, ainda é necessário buscar atendimento médico.

“No Brasil, sem a distribuição dos autotestes pelo SUS, há estimativas de que o autoteste terá valores entre R$ 80 a até R$ 400 para venda nas farmácias. Esses valores tornarão o autoteste inacessível para a maior parcela da população, acirrando desigualdades e mantendo a pressão por testes nas unidades básicas de saúde”, afirmam os pesquisadores que assinam a nota técnica.

Uma ferramenta importante apontada pelo documento é a comunicação ágil entre escolas, pais e alunos. A Fiocruz recomenda que as escolas devem planejar um sistema rápido de informação e vigilância da covid-19 no ambiente escolar, utilizando, inclusive, grupos de WhatsApp, questionários ou outras formas de comunicação rápida, para que pais, estudantes e trabalhadores da educação possam enviar a informação imediata para tomada de decisão dos gestores.
Agência Brasil

‘Fase aguda’ da pandemia pode acabar em 2022 se 70% do mundo estiver vacinado

O diretor da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus

O diretor da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse na sexta-feira (11) que a “fase aguda” da pandemia da Covid-19 pode terminar este ano, caso se atinja uma taxa de vacinação de 70% da população mundial.

“Nossa expectativa é do fim da fase aguda da pandemia este ano, desde que 70% da população mundial seja vacinada até o meio do ano, por volta de junho, ou julho”, declarou o diretor-geral à imprensa, durante visita à África do Sul. “Está em nossas mãos. É uma questão de decisão.”

O chefe da OMS estava visitando os laboratórios da empresa de biotecnologia Afrigen, com sede na Cidade do Cabo, que fabricou a primeira vacina de RNA mensageiro contra a Covid-19 na África.

Preparada a partir do sequenciamento do código genético publicamente disponível do laboratório Moderna, esta vacina estará pronta para testes clínicos em novembro e será aprovada até 2024.

“Esta vacina será mais adaptada aos contextos em que será utilizada, com menos obrigações de armazenamento e a um preço mais baixo”, disse o chefe da OMS.

O projeto Afigen é apoiado pela OMS e pelo mecanismo Covax de acesso a vacinas. Apenas 11% dos africanos são vacinados, a taxa mais baixa do mundo.

Folhapress

Bolsonaro é pressionado a abandonar discurso antivacina por sobrevivência eleitoral

Foto: Clauber Cleber Caetano/PR/Arquivo

A oito meses da eleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem sido pressionado por ministros e aliados a abandonar o discurso antivacina. Mais do que isso: pessoas próximas ao mandatário querem que ele se vacine e exalte feitos do governo que possibilitaram a imunização da população. Aliados dizem acreditar que a condução do governo na pandemia é o principal obstáculo do chefe do Executivo em busca da recondução ao Palácio do Planalto. A aposta será tentar humanizar o presidente nos próximos meses.

Em dois anos, o Brasil ultrapassou a marca de 650 mil mortos pela Covid-19. Auxiliares próximos tentam convencê-lo de que ele já deu publicidade às suas dúvidas quanto à eficácia da vacina, principalmente em relação às crianças. Portanto, para eles, agora Bolsonaro deveria parar de trazer o assunto à tona.

Até o ministro Paulo Guedes (Economia), que não é da área política do governo, fez um apelo. Ele disse ao mandatário que pararia de reclamar em público de propostas de reajustes para servidores públicos se Bolsonaro encerrasse as críticas à vacinação. O cálculo é eleitoral. A vacina, ao contrário do discurso do presidente, teve ampla adesão na sociedade. Cerca de 70% da população brasileira já completou o esquema vacinal.

Em entrevista ao jornal O Globo, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que coordena a campanha do pai, afirmou que o discurso a respeito da vacina trouxe desgastes para Bolsonaro. Apesar dos apelos, o presidente costuma ter uma postura reativa sempre que o assunto aparece. Pessoas próximas dizem que ele se mostra impassível e até irritado quando levantam o tema.

Segundo relatos, já teria chegado a ele números que mostram um alto percentual de seus eleitores favoráveis à vacinação. Auxiliares avaliam que há um descompasso entre o que o governo tem feito e o que o presidente tem dito. Apesar do posicionamento antivacina de Bolsonaro, sua administração já comprou mais de 500 milhões de doses, de acordo com informações do Ministério da Saúde.

Quem defende o silêncio de Bolsonaro nesse tema diz acreditar que este é o melhor cenário, diante da dificuldade do presidente em defender o imunizante, cuja eficácia já foi amplamente comprovada. Outra ala mais pragmática de seus aliados condiciona qualquer possibilidade de sucesso eleitoral à adesão do presidente à campanha de vacinação.

O chefe do Executivo tem amplo histórico de declarações críticas aos imunizantes, protagonizou disputa política com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), por causa da Coronavac; e o seu então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ignorou ofertas da Pfizer por meses.

Em dezembro e janeiro, Bolsonaro mirou a vacinação de crianças. Assim como ele não tomou o imunizante, disse que não levaria sua filha mais nova, Laura, 11, para se vacinar. Ele chegou a protagonizar um novo embate com o diretor da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres, ao indicar que a agência teria interesse na aprovação da vacina para crianças de 5 a 11 anos.

“Então a vacina —pai e mãe, você que tem filhos de 5 a 11 anos de idade— é não obrigatória. Eu adianto a minha posição: a minha filha de 11 anos não será vacinada”, declarou o presidente. No último mês, o presidente tem modulado um pouco o discurso. A estratégia é dizer que todas as vacinas foram compradas pelo governo federal, mas que a aplicação não é obrigatória.

Em evento no Nordeste nos últimos dias, Bolsonaro focou esse ponto. “O governo sempre esteve ao lado de vocês. No tocante à vacina para a Covid, toda e qualquer vacina foi comprada pelo governo federal. E nós disponibilizamos a vocês, de forma não obrigatória. Cada um que fizesse seu juízo e tomasse ou não sua vacina. É um direito de cada um de vocês. Jamais o governo federal vai exigir de vocês passaporte vacinal”, disse.

Outro ponto levantado por seus aliados para defender o governo da acusação de má gestão da pandemia é dizer que não houve corrupção envolvendo a compra das vacinas, mesmo após uma dura CPI da Covid. No começo de fevereiro, a ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Rosa Weber enviou à PGR (Procuradoria-Geral da República) a conclusão da Polícia Federal de que o presidente não prevaricou no caso da Covaxin. A expectativa é que o caso seja arquivado.

A suspeita recaía em Bolsonaro por causa do episódio em que foi avisado pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e pelo seu irmão, o servidor Luis Ricardo Miranda, de supostas irregularidades na compra da Covaxin, negociada com a intermediação da Precisa Medicamentos. O delegado da PF entendeu que não era atribuição do presidente comunicar supostas irregularidades a órgãos de controle.

Além de o discurso antivacina do presidente prejudicá-lo eleitoralmente, há uma expectativa entre seus aliados de que vire munição contra candidatos nos estados. Ainda que a maioria dos seus ministros que devem disputar cargos públicos tenha se vacinado e defendido publicamente a vacinação, eles dizem acreditar que as críticas também vão respingar em suas campanhas.

Uma das principais preocupações do entorno de Bolsonaro hoje é, portanto, humanizá-lo. Como apontou um interlocutor de seu grupo político, ele mostra mais solidariedade às vítimas de eventuais complicações advindas do imunizante do que aos mortos pelo vírus —o que é estatisticamente incomparável.

Pesquisas mostram que o presidente tem perdido votos especialmente em parcela do eleitorado feminino. Recentemente, ele próprio reconheceu isso e disse que “a maioria [das mulheres] vota na esquerda”. “Se há reação por parte das mulheres [a ele], faz uma visitinha em Pacaraima, Boa Vista, nos abrigos, e vê como é que estão as mulheres fugindo do paraíso socialista defendido pelo PT”, disse o presidente.

Bolsonaro coleciona declarações polêmicas e rejeição com essa parcela do eleitorado. Em 2018, foi alvo de manifestações do movimento #EleNão. O presidente já se referiu à sua filha Laura como “fraquejada”. Ele se tornou réu no STF por ser acusado de incitar estupro contra a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS).

A ação foi suspensa em 2019 pelo ministro Luiz Fux, que citou que um presidente, no exercício do mandato, não pode ser processado por atos alheios à atuação.

Julia Chaib, Marianna Holanda e Idiana Tomazelli / Folhapress

Ação conjunta recupera celulares roubados e arma

Foto: Divulgação SSP
Em cerca de uma hora, policiais da Rondesp Sul, Companhia Independente de Polícia Rodoviária e Polícia Federal alcançaram quatro suspeitos e recuperaram eletrônicos roubados em uma loja, no Centro de Ilhéus. Armas e simulacros também foram achados na iniciativa.

Segundo o comandante da Rondesp Sul, major Fábio Luiz Magalhães, os policiais receberam a informação de um assalto a loja de uma operadora de celular por volta das 8h30. As equipes conseguiram interceptar os envolvidos com um bloqueio montado na BR-415, em direção à cidade de Itabuna.

Com o quarteto foram recuperados 37 celulares novos, sete aparelhos usados, um revólver calibre 38 e dois simulacros usados no crime.

Uma menor e três homens foram conduzidos à sede da 7ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/ Ilhéus).
Fonte: Ascom: Marcia Santana

Palmeiras desafia favoritismo do Chelsea em busca de título mundial

                            Verdão encara adversário inglês cujo elenco é cinco vezes mais caro

Foto: Cezar Greco/Palmeiras/Direitos Reservados

Em 30 de novembro de 1999, o Palmeiras foi derrotado por 1 a 0 pelo Manchester United (Inglaterra), em Tóquio (Japão), na final do Mundial de Clubes, que ainda era disputado no formato antigo: a chamada Copa Intercontinental, que envolvia somente os campeões europeu e sul-americano. Pouco mais de 22 anos depois, o Verdão está mais uma vez na decisão e novamente contra um rival inglês. Neste sábado (12), às 13h30 (horário de Brasília), o Alviverde enfrenta o Chelsea no estádio Mohammed Bin Zayed, em Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos), pelo posto de "melhor time do mundo".

Foto: Cezar Greco/Palmeiras/Direitos Reservados
O Palmeiras se credenciou à decisão ao vencer o Al Ahly (Egito) na última terça-feira (8), por 2 a 0, no estádio Al Nahyan, também em Abu Dhabi, por uma das semifinais. O meia Raphael Veiga e o atacante Dudu balançaram as redes. No dia seguinte, o Chelsea bateu o Al Hilal (Arábia Saudita) por 1 a 0 no palco da final de sábado, com gol do atacante Romelu Lukaku, no outro confronto.

Os Blues chegam à final como favoritos. O elenco do atual vencedor da Liga dos Campeões é avaliado pelo Transfermarkt, site especializado em finanças no futebol, em 883 milhões de euros (R$ 5,2 bilhões, na cotação atual). Trata-se do terceiro time mais caro do Campeonato Inglês. Já o Palmeiras vale 180,1 milhões de euros (pouco mais de R$ 1 bilhão). O valor de mercado do escrete alviverde - que é o mais alto da América do Sul - só fica à frente de três clubes da primeira divisão inglesa (Norwich City, Burnley e Watford).

No atual formato do Mundial, vigente desde 2005, é a primeira vez que o Verdão chega à decisão. No ano passado, os paulistas caíram na semifinal, derrotados pelo Tigres (México) por 1 a 0, em Doha (Catar). Já o Chelsea foi finalista em 2012, no Japão. Na semifinal, em Yokohama, os Blues ganharam do Monterrey (México), por 3 a 1, mas foram superados pelo Corinthians na final. O time inglês perdeu por 1 a 0 no mesmo local, com gol do atacante Paolo Guerrero.

Se for campeão neste sábado, o Palmeiras põe fim à discussão, provocada pelos rivais, de que o clube não teria o título mundial, ao contrário dos rivais Corinthians, São Paulo e Santos. O Verdão sustenta que a Copa Rio de 1951, por ele conquistada, foi o primeiro Mundial de Clubes e que a competição foi assim tratada na ocasião - inclusive pela imprensa.

A Federação Internacional de Futebol (Fifa) chegou a reconhecer o feito e depois voltou atrás, chancelando apenas os vencedores da Copa Intercontinental (realizada entre 1960 e 2004) como campeões mundiais. Porém, em textos publicados no site oficial desde o ano passado, a própria entidade trata a Copa Rio como "primeiro campeonato mundial de clubes".


O técnico Abel Ferreira terá à disposição os 23 jogadores inscritos para o Mundial. O treinador deve repetir a formação da estreia, com Weverton; Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Luan e Joaquín Piquerez; Danilo, Zé Rafael e Gustavo Scarpa; Raphael Veiga, Dudu e Rony.

No Chelsea, a novidade é que Thomas Tuchel estará novamente à frente da equipe. O técnico contraiu o novo coronavírus (covid-19), não viajou com a delegação e teve de aguardar o resultado negativo para embarcar rumo a Abu Dhabi. A expectativa é que os ingleses atuem com Edouard Mendy; Reece James, Thiago Silva, Antonio Rudiger e Marcos Alonso; N'Golo Kanté, Jorginho e Hakim Ziyech; Kai Havertz, Mason Mount e Romelu Lukaku.

Edição: Cláudia Soares Rodrigues
Por Lincoln Chaves - Repórter da EBC - São Paulo

Em entrevista, presidente Bolsonaro fala sobre desempenho do PIB

                              Presidente discutiu medidas de restrição e impactos econômicos

Foto: Arquivo/Marcello Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Arquivo/Agência Brasil
Em entrevista exclusiva para a TV Brasil, o presidente Jair Bolsonaro fez hoje (11) um balanço de ações de governo e falou sobre a nova previsão de crescimento acumulado do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021 divulgada hoje pelo Banco Central (BC), que foi de 4,5%.

O presidente atribuiu a queda do PIB à paralisação de setores da economia em virtude da pandemia de covid-19 e às restrições de circulação aplicadas em todo Brasil. “Pegamos em 2019 um Brasil com sérios problemas éticos, morais e econômicos. Tomamos muitas medidas. Lamentavelmente veio 2020 - a pandemia. Nos endividamos na ordem de R$ 700 bilhões para combater a pandemia. Terminamos quase no zero a zero”, declarou o presidente sobre o número de vagas formais de trabalho.

Durante o balanço de ações, Bolsonaro falou que o Brasil superou expectativas pessimistas na queda da produção interna. O número, entretanto, ainda foi significativo e teve grande impacto na inflação e, consequentemente, nos preços. ”O mercado apostava que iríamos perder 10%. Perdemos quatro e pouco. É um número ruim, mas em relação ao mundo, foi um número fantástico. Continuamos trabalhando e apostando no livre mercado e na confiança que o mundo tem para com o Brasil, com a nossa política”, explicou.

Sobre 2021 e os resultados divulgados pelo BC, o presidente afirmou que os números são animadores. “Terminamos 2021 com a certeza de estarmos acima de 4%. É um número fantástico”, acrescentou.
Assista à entrevista do presidente na íntegra:
O presidente declarou que não acha que houve participação de maior ou menor destaque na recuperação e criação de vagas de emprego no Brasil durante o ano de 2021. Ele explicou que as mais de 2,7 milhões de novas oportunidades formais registradas durante o período podem ser atribuídas aos esforços conjuntos de atividades econômicas. “A construção civil é a que mais emprega e não parou. O comércio também. Em eventos, trabalhamos nesse setor também. Continuamos avançando. Praticamente todas as atividades econômicas se fizeram presentes nesse momento [de 2021]”, explicou.

Jair Bolsonaro fez críticas ao que chama de “política do fique em casa, a economia a gente vê depois”, e classificou como “ditatoriais” as intervenções estaduais que forçaram o fechamento de comércios, negócios e a circulação de pessoas em espaços públicos. Bolsonaro atribuiu o aumento da inflação à queda de produtividade e ao fechamento de pequenas empresas. “Em 2021, em função da política do fique em casa e a economia a gente vê depois, veio a inflação. Em especial da energia, combustíveis e gêneros alimentícios.”

Brasil na OCDE

Convidado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para fazer parte do seleto grupo de países-membros, o Brasil ganhará um “selo de qualidade” caso seja aprovado, afirmou o presidente.

Jair Bolsonaro atribuiu o início dos esforços brasileiros para fazer parte da organização ao governo do ex-presidente Michel Temer. “O início do namoro com a OCDE nasceu no governo Temer. Conosco, chegamos ao noivado. É uma prova de que o mercado acredita na gente, de que nossa política externa é muito boa. Isso facilita a vida do Brasil”, disse. O político estimou que o processo para entrada na organização deverá acontecer em até quatro anos.

Auxílio Brasil

O Auxílio Brasil, programa criado para substituir o Bolsa Família, foi a solução articulada pelo governo para socorrer os cerca de 38 milhões de trabalhadores informais que não tinham direitos trabalhistas e nem renda fixa, e que foram impossibilitados de exercer práticas comerciais durante o período de restrições, explicou o presidente.

“Quem tem salário fixo - servidores, militares - não tem problema. O pessoal celetista, o governo colaborou com programas BEm e Pronampe. Os informais - em torno de 38 milhões - foram duramente atingidos. De forma ditatorial, sem pensar nas consequências, foram obrigados a ficar em casa pelos governadores. O governo os atendeu via auxílio emergencial”, explicou.

O presidente informou que o montante de recursos injetados durante 2020 no auxílio emergencial foi equivalente a 15 anos de pagamentos do Bolsa Família. Mais de 17 milhões de pessoas foram beneficiadas.

Privatizações

Sobre as privatizações de empresas estatais, Bolsonaro afirmou que a complexidade burocrática dos processos é um empecilho para a oferta de estatais a parcerias público privadas ou para venda total das operações. O presidente afirmou, ainda, que o preço atual dos combustíveis pode ser atribuído à falta de privatizações necessárias no Brasil. “Temos muita coisa em andamento, porque é demorado realmente. O preço do combustível em parte é por conta disso. Se tivesse concluído refinarias, não precisaríamos estar importando diesel e gasolina de outros países”, explicou.

5G e infraestrutura

Considerado o principal avanço tecnológico do governo federal, o leilão do 5G e a chegada da quinta geração de conectividade móvel no Brasil também foram celebrados pelo presidente, que falou sobre as vantagens da chegada de internet de alta velocidade nas escolas brasileiras com o programa WiFi Brasil e a cobertura de fibra óptica na Região Norte - uma das mais carentes em conectividade do Brasil. “Só quando chegar [o 5G] que a população vai ver o que é tecnologia. Tudo vai se fazer presente o 5G. No meio do ano, praticamente todas as capitais já terão. Nisso tudo veio um pacotão para internet no Brasil todo. Temos cabos submersos na Região Norte. Uma coisa fantástica está acontecendo no Brasil”, declarou.

Ainda no tópico de infraestrutura, Bolsonaro comentou a transposição do Rio São Francisco, que teve mais uma etapa entregue nesta semana. "A satisfação e a alegria das pessoas é algo inenarrável. Para nós do Centro-Oeste Sudeste, do Sul, a água nunca se fez ausente na nossa vida. Lá, é uma constante a falta d’água. Só quem olha o semblante do nordestino e vê ele sentindo a água pode também sentir a satisfação dessas pessoas”, declarou.

Corrupção

O presidente falou ainda sobre a ausência de casos concretos de corrupção durante sua gestão, mas afirmou que não será complacente caso surjam denúncias. "Deixo claro: se acontecer, a gente vai investigar. Vencemos mais um ano sem corrupção no Brasil. Coisa que no passado eram dois ou três escândalos por semana. Tivemos zero ao longo de três anos. Isso não é virtude, é obrigação", complementou.

Jair Bolsonaro também falou brevemente sobre a titulação de terras, como em Fernando de Noronha, e a facilitação da posse de armas de fogo - que definiu como especialmente importante para agricultores e trabalhadores do campo, que podem defender suas propriedades contra invasores.

Estudantes, piso salarial e prova de vida

O presidente conversou ainda sobre os anúncios recentes da renegociação de dívidas do Programa Nacional de Financiamento Estudantil, o Fies, e também o reajuste do piso salarial de professores. "São 1,7 milhão professores do ensino básico que lidam com 38 milhões de jovens estudantes. Fizemos nossa parte, esperamos que prefeitos e governadores façam a sua e valorizem o professor", argumentou.

Sobre as mudanças na prova de vida do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), Bolsonaro criticou gestões passadas e disse que o governo está preparado para localizar cadastros de aposentados usando bases de dados de diversos órgãos, como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Faltou boa vontade por parte de quem estava no governo federal. A prova de vida não tem que ser feita apenas com a presença física da pessoa. Se a pessoa votou, temos lá no TSE que ela votou. Por que fazer prova de vida nesse ano? Não precisa fazer."

*Matéria atualizada às 21h30 para acréscimo de informações.

Edição: Pedro Ivo de Oliveira
Por Agência Brasil - Brasília
Atualizado em 11/02/2022 - 21:31

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