Maior avião do mundo é destruído durante ataque russo na Ucrânia
Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress/Arquivo |
O chanceler da Ucrânia, Dmitro Kuleba, lamentou neste domingo (27) a destruição do Antonov AN-225 Mriya, o maior avião do mundo. A aeronave usada para transporte de carga foi atingida e pegou fogo em solo durante combates entre forças russas e ucranianas pelo controle do aeroporto de Hostomel, a noroeste da capital Kiev.
“A Rússia pode ter destruído o Mriya, mas eles nunca serão capazes de destruir nosso sonho de um Estado europeu democrático, forte e livre. Nós vamos prevalecer”, escreveu Kuleba em suas redes sociais.
De acordo com a fabricante de armas estatal ucraniana Ukroboronprom, a restauração do Mriya custaria pelo menos US$ 3 bilhões (R$ 15,4 bilhões) e levaria “muito tempo”.
O Antonov tinha 84 metros de comprimento, pesava 285 toneladas, quando sem carga, e podia decolar com carregamento de até 250 toneladas.
Folhapress
‘A situação é caótica’, diz Sandro Régis sobre briga de facções no Dique e toque de recolher na Engomadeira
Foto: Sandra Travassos/Assembleia/Arquivo |
O deputado estadual Sandro Régis (União Brasil), líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), criticou neste domingo (27) o governo do Estado após casos de violência ocorridos neste final de semana em Salvador.
No Dique do Tororó, uma briga entre facções causou pânico no trânsito, o que levou motoristas a utilizarem a contramão para fugir da situação. No bairro da Engomadeira, além de confrontos, bandidos decretaram toque de recolher.
“A situação da segurança pública da Bahia é caótica. É um absurdo que a população baiana tenha que enfrentar esse tipo de situação por causa da ineficiência do governo do PT, que nunca priorizou a segurança. Esses casos são a prova de que o governo do PT perdeu a guerra contra o crime organizado”, afirmou.
Para Régis, a escalada da violência na Bahia é culpa dos governos petistas. “Eles sempre procuram culpados, mas a responsabilidade é deles. É inacreditável que a gente continue vendo essas cenas lamentáveis sem que o governo adote medidas efetivas para combater as facções e proteger a população”, disse.
Leia mais: Motoristas fogem pela contramão após homens aparecerem armados na região do Dique; veja vídeo
Homem é preso pela Polícia Militar em Barra do Rocha por agredir companheira (Lei Maria da Penha)
Por volta das 20h50min desse sábado (26/02/22), a guarnição da 55ª CIPM/Barra da Rocha foi procurada por uma senhora que encontrava-se nervosa, chorando, trêmula, queixando-se de dores no corpo, com hematomas em membro superior direito e com ferimento na boca, que denunciou que estava sendo agredida fisicamente por seu namorado, por motivo de ciúmes .
De posse das características do suposto agressor, informado pela vítima, imediatamente a guarnição passou a rondar à procura do autor, que foi encontrado na Rua Olivia de Paula, Centro de Barra do Rocha.
O autor foi conduzido para a delegacia de Jequié, onde foi lavrado o auto de prisão em flagrante delito. Retornando ao município de Barra do Rocha as 03h deste domingo.
Autor: U. G. N., Nas: 30/04/1986; Vitima: T. L. de S., Nasc: 03/10/1984.
Informações: Ascom/55ª CIPM-PMBA, uma Força a serviço do cidadão!
Guerra na Ucrânia faz Alemanha triplicar orçamento militar e romper tradição
Matthias von Hein |
Segundo o primeiro-ministro Olaf Scholz, o país deverá gastar EUR 100 bilhões (R$ 582 bi) a mais em 2022, teoricamente tudo de uma vez, a partir de um fundo especial que realocará verbas do orçamento.
"Nós temos de investir mais na segurança de nosso país para proteger nossa liberdade e nossa democracia", afirmou no Bundestag (Parlamento), sob ovação. "Não pode haver outra resposta à agressão de [presidente russo Vladimir] Putin.
O orçamento militar alemão neste ano era de EUR 50,9 bilhões. No ano passado, segundo dados da Otan (aliança militar ocidental), o país havia gastado EUR 53,2 bilhões no setor. Em relação ao Produto Interno Bruto auferido no ano passado, é um salto de 1,5% para 2,8%, o maior da história recente.
Não são apenas números. Há uma enorme implicação geopolítica na decisão de Scholz, que reverte as políticas majoritariamente pacifistas da Alemanha após o trauma nacional de ter protagonizado e perdido duas guerras mundiais (1914-18 e 1939-45) -e lidando com o estigma de ter sido o lar do nazismo, a mais aberrante ideologia "mainstream" do século 20.
Segundo Scholz, o aumento no fundo se aplica só a este exercício fiscal. Mas os termos da solução, se houver, da crise com a Rússia podem mudar isso.
Vladimir Putin então terá conseguido o que nenhum presidente americano fez desde o pós-guerra -Donald Trump era especialmente crítico da falta de investimento alemão em defesa.
No sábado (26), o alemão já havia quebrado outra prática, a de não fornecer armamentos letais para países em conflito aberto, com o anúncio do envio de 1.000 mísseis antitanque Javelin e 500 sistemas antiaéreos portáteis Stinger, ambos modelos dos EUA.
Vários outros países europeus estão fazendo envios semelhantes para ajudar no esforço de guerra ucraniano. A vontade de Kiev de integrar a Otan e a União Europeia são motivos centrais para ação de Putin, que por meses concentrou tropas e lançou um ultimato ao Ocidente para cessar a expansão do seu clube militar.
A Otan, EUA à frente, não irá lutar pela Ucrânia, contudo. O motivo é simples: o risco de uma Terceira Guerra Mundial entre potências nucleares. Mas a tensão estabelecida na Europa é, como disse o secretário-geral da Otan, o norueguês Jens Stoltenberg, o novo normal.
A decisão alemã certamente causará dissenso na própria base de Scholz, que tem as alas esquerdistas do seu Partido Social-Democrata e no aliado Verde como pacifistas. Hoje, no ranking do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, de Londres, a Alemanha tem o sétimo maior orçamento militar do mundo.
Salvo medidas semelhantes de outros países do topo da lista, passará neste ano a ter o terceiro, atrás do indiscutível líder EUA (US$ 754 bilhões em 2021) e China (US$ 207 bilhões).
YouTube Entenda a crise entre a Rússia de Putin, a Ucrânia e as forças da Otan A grave crise no Leste Europeu que opõe a Rússia de Vladimir Putin à Ucrânia e ao Ocidente, representado pela sua aliança militar, a Otan, pode trazer a guerra de volta ao solo europeu. O presidente da Rússia, que assumiu sobre as ruínas dos dez ano... https://www.youtube.com/watch?v=5GWSYzxnDPU *** A Rússia no ano passado foi o quinto, com US$ 62,2 bilhões, atrás ainda de Reino Unido (US$ 71,6 bilhões) e Índia (US$ 65,1 bilhões). O próprio instituto estima que, considerando o critério de paridade de poder compra militar, ou seja, o quanto os russos gastam para ter o mesmo equipamento que o resto do mundo, o valor relativo sobe para US$ 178 bilhões.
Hoje, os alemães são grandes exportadores de sistemas de armas importantes, como submarinos e tanques, e têm participação em projetos como o do caça europeu Eurofighter. Mas, internamente, sempre adotou políticas pacifistas, e participou de uma missão de combate no pós-guerra pela primeira vez na guerra do Kosovo, em 1999.
Teve uma participação expressiva na missão liderada pelos EUA no Afeganistão, onde viu 150 mil soldados irem e voltar ao longo de 20 anos --59 morreram por lá. Mas ainda assim, o tema é um tabu nacional.
A própria construção da União Europeia, um projeto visando acabar com as guerras no continente, primariamente unindo Berlim a Paris, passava pelo pressuposto de que a Alemanha seria o motor econômico do bloco --como é.
Galeria Refugiados chegam a cidade ao leste da Eslováquia; veja fotos da guerra na Ucrânia Terceiro dia de ataques russos contra país vizinho eleva tensão em Kiev https://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/1725802612587578-ucranianos-tentam-fugir-do-pais-para-a-polonia-veja-fotos-da-guerra-na-ucrania *** A França tem uma musculatura militar e indústria de defesa mais incisiva, só tendo como rival interno o Reino Unido, que de todo modo é parceiro na Otan mas deixou a UE. Ambos os países têm armas nucleares próprias, enquanto a Alemanha possui talvez 20 bombas B-61 sob guarda e operação americana na base de Büchel.
A outra consideração do movimento é o enterro da boa relação que Putin tinha com Berlim. Foi amigo de Gerhard Schröder, o chanceler que antecedeu a longeva Angela Merkel, que deixou a cadeira para Scholz no ano passado.
Merkel não era próxima de Putin, mas manteve uma política de acomodação e manutenção dos negócios energéticos com gás natural russo, como o agora suspenso gasoduto Nord Stream 2. Fazia, com a França, um contraponto de diálogo com Moscou, enquanto Washington e Londres mantinham uma linha mais agressiva.
A guerra enterrou isso. Mesmo a Turquia, o mais rebelde membro da Otan, que mantém fortes laços militares e econômicos com Putin apesar de também tê-lo como rival, vem pressionando o russo. O gabinete do presidente Recep Tayyip Erdogan pediu neste domingo que Moscou para com a "guerra na Ucrânia", usando a terminologia vetada pelo Kremlin.
Galeria Militares ucranianos se abrigam em posições de combate; veja fotos da guerra na Ucrânia Quarto dia de ataques russos contra país vizinho eleva tensão em Kiev https://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/1725904154195317-fumaca-sobe-em-kiev-apos-ataques-russos-hoje-veja-fotos-da-guerra-na-ucrania *** Outro aliado, este mais próximo, também já havia criticado Putin: o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.
Sobram com o Kremlin países laterais como a Venezuela a gigante China, que tem se mantido abaixo do radar nesta crise. Aliada de Putin, ela evitou condenar a Rússia e fez um discurso genérico sobre garantias de integridade territorial da Ucrânia.
Neste domingo, seu embaixador em Moscou publicou um tuíte criticando os EUA por suas sanções e lembrando que 81% das principais guerras depois de 1945 foram iniciadas por Washington. Mas não passou disso, mantendo a discrição.
Com a ameaça ocidental de restringir o acesso de Moscou às suas reservas internacionais por meio de limitação de transferências, é bastante provável que Putin recorra a Xi Jinping, que conta com um sistema próprio de retiradas.
Carnaval adia saques de FGTS, aposentadoria do INSS e seguro-desemprego
Foto: Daniel Teixeira/Estadão/Arquiv |
Segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), as agências bancárias de todo o país ficarão fechadas nesta segunda-feira (28 de fevereiro) e terça-feira (1º de março), sem expediente. O funcionamento volta ao normal na Quarta-feira de Cinzas (2 de março), a partir do meio-dia.
Os valores do FGTS e do seguro-desemprego serão liberados na Quarta-Feira de Cinzas (2). No caso do INSS, parte dos benefícios de até um salário mínimo (R$ 1.212) foi liberada entre os dias 21 e 25 de fevereiro. Com a interrupção, os depósitos serão retomados na quinta-feira (3), quando também começam os pagamentos para os segurados que recebem acima do salário mínimo. A folha de pagamentos do INSS tem 36 milhões de beneficiários em todo o país.
O saque-aniversário do FGTS será liberado a partir desta quarta-feira (2) para os trabalhadores nascidos em março. O prazo para retirada dos valores para esses beneficiários acaba em 31 de maio. O saque pode ser feito do primeiro dia útil do mês de nascimento do trabalhador ao último dia útil do mês seguinte.
A adesão ao saque-aniversário, destinado a trabalhadores que optaram por retirar uma parte do valor total de seu FGTS anualmente, pode ser feita até o último dia útil do mês de nascimento e garante recebimento a partir do mesmo ano, mas exclui a possibilidade de saque integral do FGTS em caso de demissão sem justa causa (o pagamento da multa de 40% é mantido).
A adesão ao saque anual pode ser feita no site e aplicativo do FGTS e em todos pontos de atendimento da Caixas, como agências e caixas eletrônicos.
VALOR DE RETIRADA ANUAL DO FGTS
O valor a receber varia conforme o saldo total nas contas do Fundo do trabalhador.
SEGURO-DESEMPREGO
O seguro-desemprego voltará a ser pago na Quarta-Feira de Cinzas e varia de R$ 1.212 a R$ 2.106,08, de acordo com o salário médio anterior.
São pagas de três a cinco parcelas dos valores para profissionais demitidos sem justa causa, que receberam salários em 12 dos 18 meses anteriores à data da demissão, em caso de solicitação do benefício pela primeira vez. O auxílio é pago para pessoas físicas e jurídicas, como prestadores de serviços que recebiam vencimentos mensais.
O seguro-desemprego deve ser solicitado no portal Emprega Brasil, do Ministério do Trabalho, de 7 a 120 dias após a dispensa, para trabalhadores que atuavam com carteira assinada, e de 7 a 90 dias, no caso de trabalhadores domésticos.
PAGAMENTOS DO INSS
Nesta quinta (3) o INSS retoma os pagamentos para segurados que ganham o salário mínimo e também inicia as liberações para quem recebe acima do piso. Os depósitos se encerram no dia 9 de março.
Suzana Petropouleas/Folhapress
UGT-BA declara apoio à pré-candidatura de Otto Alencar ao governo do Estado
Foto: Estadão/Arquivo/O senador Otto Alencar (PSD |
A União Geral dos Trabalhadores da Bahia (UGT-BA) declarou apoio à pré-candidatura de Otto Alencar (PSD) ao governo do Estado. Em nota, a entidade diz que o senador “é um parlamentar que sempre esteve em defesa da classe trabalhadora” e que ele “é, em Brasília, uma voz presente e coerente na articulação em prol do movimento sindical e dos trabalhadores baianos”.
Ainda segundo a nota, foi acertada a decisão do grupo político que dirige a Bahia em escolher o senador Otto Alencar como pré-candidato ao governo do Estado. “Otto é um senador que possui bandeiras claras, que na CPI da Covid foi a voz da ciência, defendendo a vacina e o respeito aos protocolos sanitários”.
De acordo com o texto da entidade, Otto, ao lado do senador Jaques Wagner, “faz parte da base mais sólida e confiável para os trabalhadores baianos”, além de ter “a experiência de quem já passou por todos os cargos que um homem público poderia almejar, sem nenhuma mácula em sua atuação”, diz outro trecho da nota.
Leia abaixo a íntegra da nota da UGT-BA:
A União Geral dos Trabalhadores da Bahia declara, em nome de todos os trabalhadores que representa (presentes nos mais diversos setores econômicos) apoio à candidatura do senador Otto Alencar (PSD) ao governo do estado. Otto é um parlamentar que sempre esteve em defesa da classe trabalhadora, disposto ao diálogo e lutando contra medidas que buscam precarizar ainda mais os postos de trabalho, cercear os direitos trabalhistas e destruir o direito a representação sindical, como foi o caso das medidas provisórias 936 e 905 e da reforma trabalhista. Otto é, em Brasília, uma voz presente e coerente na articulação em prol do movimento sindical e dos trabalhadores baianos.
A decisão acertada do grupo político que dirige a Bahia, em escolher o senador Otto Alencar como seu candidato ao governo do estado, coroa de forma objetiva um momento de maturidade política, visto que para além de sua importante atuação em defesa dos trabalhadores baianos, Otto é um senador que possui bandeiras claras, que na CPI da COVID foi a voz da ciência, defendendo a vacina e o respeito aos protocolos sanitários, sendo veementemente contra o Bolsonaro e todas as suas decisões cruéis que caminharam ao lado da morte.
Ele, ao lado de Jaques Wagner no Senado Federal fazem parte da base mais sólida e confiável para os trabalhadores baianos, e nos orgulha muita saber que Jaques Wagner, oriundo do movimento sindical irá compor a coordenação nacional da campanha à presidência de Luís Inácio Lula da Silva, e de que Rui Costa, um dos maiores governadores de nossa história da Bahia, comporá a chapa e com a força do povo baiano será conduzido ao Senado Federal, para lá levar adiante o belíssimo trabalho que tem feito pelos trabalhadores de nosso estado.
Otto Alencar tem a experiência de quem já passou por todos os cargos que um homem público poderia almejar, sem nenhuma mácula em sua atuação, sendo um representante de palavra e sobretudo caráter e é por isso que a coerência é o que o levará ao governo do estado, sendo, sem dúvidas o nome a escolhido como candidato do grupo que representa aqueles que defendem a democracia na Bahia.
Nós, sindicalistas filiados à UGT Bahia, trazemos o nosso apoio. Em Otto eu vOTTO!
25 de fevereiro de 2022
Salvador – Bahia
Marcelo Carvalho -Presidente UGT Ba
Magno Lavigne – ex Presidente da UGT BA
Luís Nogueira – Sintracap Ba
Valci Santana – Sindicato dos Portuários de Candeias – BA
Cíntia Samara – Siepae Bahia
Rivaldo Souza – Sindicato dos Gráficos do Estado da Bahia
Mauricio Roxo – Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Pública de Salvador (Sintral Bahia)
Carlos Nildo – Sindicato dos Empregados do Comércio de Camaçari e Dias D’Ávila
Gil Dias – Sindicato dos Empregados do Comércio de Teixeira de Freitas
Jose Candido – Sindicato dos Empregados do Comércio de Vera Cruz
Adeson – Sindicato dos Empregados do Comércio de Valença
Adrião Barbosa – Sindicato dos Comerciários de Alagoinhas e Região
Ivone – Sindicato dos Comerciários de Senhor do Bonfim
Neumarcir Silva – Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Pindobaçu
Tatiana Ribeiro – Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Caém
Marisvalda e Antônia – Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Campo Formoso
Jailson e Renato – Sindicato dos Jailson Silva – Servidores Públicos Municipais de Macarani
Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Maiquinique
Silvio Cesar – Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Itororó
Zelia Dattoli – Sindicato dos Comérciarios de Jacobina
Professor Eliezer – Servidores Públicos Municipais de Andorinhas
Pedro Jackson – Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Jacobina
Alex – Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Várzea da Roça
Rubia – Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Antônio Gonçalves
Dinda e Cláudio – Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Brumado
Raimundo e Sônia – Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Senhor do Bonfim
Higino Filho – Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Barro Preto
Daniel Neto – Sindicato dos Agricultores Familiares e Empreendedores Rurais de Tapiramutá
Neumacir Silva – Febasmu – Federação Baiana dos Servidores Públicos Municipais do estado da Bahia
Daniel Neto – Fesagro – Federação dos Trabalhadores e Empreendedores na Agricultura Familiar do Estado da Bahia
Itamaraty diz que enviará missão à Polônia para atender brasileiros vindos da Ucrânia
Foto: Estadão/Arquivo |
O Itamaraty informou que vai enviar uma missão a Varsóvia para ajudar os brasileiros que se dirigem à Polônia vindos da Ucrânia. A pasta afirmou que serão oito servidores e que eles chegarão “em breve”, sem especificar uma data. O ministério orientou aos brasileiros que estão próximos da fronteira com a Polônia que entrem contato com o plantão da embaixada do Brasil em Varsóvia, no número +48 608 094 328.
Brasileiros e outras pessoas que tentam deixar a Ucrânia por terra têm enfrentado condições dificílimas na fronteira, como frio intenso, filas quilométricas de carros e milhares de pessoas aglomeradas em frente a portões. No sábado, a embaixada do Brasil em Kiev divulgou um comunicado dizendo ter recebido “inúmeros relatos de enormes aglomerações, atrasos que chegam a durar dias, comportamento agressivo, falta de hospedagem e necessidades básicas” na fronteira.
Flávia Mantovani/Folhapress
Polícia impede que meia tonelada de maconha chegue a Campo Grande
O veículo, os dois envolvidos e o entorpecente foram encaminhados até a sede da Defron, em Dourados - (Foto: Divulgação) |
A Polícia Civil, por intermédio da Delegacia de Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron), apreendeu neste sábado (26) mais de meia tonelada de maconha de maconha na MS-166, no município de Antônio João, em Mato Grosso do Sul.
Por volta das 14 horas deste sábado, uma equipe da Delegacia estava em deslocamento pela rodovia, entre o local conhecido como Cabeceira do Apa e a cidade de Antônio João, quando visualizou um Fiat Pálio em atitude suspeita. Ao notar a presença policial, o condutor do veículo realizou manobra brusca e entrou em uma estrada vicinal, chamando ainda mais a atenção dos policiais.
A equipe então foi atrás do veículo e o localizou em meio a uma plantação de soja. O condutor ainda tentou fugir, mas foi abordado pelos policiais, sendo constatado que ele trazia no banco do carona um adolescente de 17 anos de idade. Os dois foram rendidos e averiguou-se que o automóvel estava carregado com maconha.
Os indivíduos confessaram o crime e informaram à polícia que levariam o entorpecente de Ponta Porã para a capital Campo Grande e receberam o valor de R$ 2.500,00 cada um pela realização do transporte. O veículo, os dois indivíduos e o entorpecente foram encaminhados até a sede da Defron, em Dourados, para os procedimentos legais.
Lá, foram autuados em flagrante pelo crime de tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas. A droga após pesada totalizou 522 quilos, mais de meia tonelada de maconha.
Mãe atira contra o próprio filho após descobrir que ele tentou estuprar irmã de 12 anos
(Foto: Tiago Apolinário/Arquivo/Da Hora Bataguassu) |
Uma mulher de 38 anos foi presa em flagrante na tarde desse sábado (26) após tentar matar a tiros o próprio filho a tiros no centro de Bataguassu, a 311 quilômetros de Campo Grande. Os disparos não atingiram o jovem. O crime teria ocorrido por volta das 13 horas, na Rua Sidrolândia, quando a mulher abordou o filho de 19 anos. Ela teria sacado o revólver e efetuado dois disparos, que não o atingiram rapaz.
Um policial que estava de folga ouviu os disparos e, em seguida, avistou a mulher correndo. O agente então acionou a PM (Polícia Militar) que, durante diligências, conseguiu encontrar a mulher. Para os policiais, a suspeita relatou que tentou matar o filho após ele tentar estuprar a própria irmã, de 12 anos. A mulher disse que o fato ocorreu há cerca de dois meses atrás, mas, no sábado, o rapaz teria pedido para conversar com a irmã próximo ao local, e ela teria esperado ele passar pela região. Questionada sobre o revólver, a mulher contou que entregou para outra pessoa, que fugiu do local.
O filho relatou em depoimento que a mãe estava com uma arma de cor dourada, e que ela teria efetuado dois disparos que não o acertaram e outros dois falharam. Diante dos fatos, a mulher foi encaminhada a Delegacia de Polícia Civil de Bataguassu, onde foi autuada em flagrante pelo crime de tentativa de homicídio. O caso será investigado pela Polícia Civil. A arma utilizada pela mulher ainda foi localizada.
Guerra entre Rússia e Ucrânia pode impactar inflação e PIB no Brasil
Reutrs: Bernadett Szabo/Direitos reservados |
A invasão da Ucrânia por tropas russas pode produzir impactos econômicos a mais de 10 mil quilômetros de distância. O Brasil pode sentir os efeitos do conflito por meio de pelo menos três canais: combustíveis, alimentos e câmbio. A instabilidade no Leste europeu pode não apenas impactar a inflação como pode resultar em aumentos adicionais nos juros, comprometendo o crescimento econômico para este ano ao reduzir o espaço para a melhoria dos preços e do consumo.
Segundo a pesquisa Sondagem da América Latina, divulgada nesta semana pela Fundação Getulio Vargas (FGV), as turbulências na Ucrânia devem agravar as incertezas que pairam sobre a economia global nos últimos meses. No Brasil, os impactos deverão ser ainda mais intensos. Uma das razões é a exposição maior aos fluxos financeiros globais que o restante da América Latina, com o dólar subindo e a bolsa caindo mais que na média do continente.
A própria pesquisa, que ouviu 160 especialistas em 15 países, constatou a deterioração do clima econômico. Na média da América Latina, o Índice de Clima Econômico caiu 1,6 ponto entre o quarto trimestre de 2021 e o primeiro trimestre deste ano, de 80,6 para 79 pontos. No Brasil, o indicador recuou 2,8 pontos, de 63,4 para 60,6 pontos, e apresentou a menor pontuação entre os países pesquisados.
Grande parte da queda atual deve-se ao Índice de Situação Atual, um dos componentes do indicador, que reflete o acirramento das tensões internacionais e o encarecimento do petróleo no início de 2022. O outro componente, o Índice de Expectativas, continuou crescendo, tanto no continente como no Brasil, mas a própria FGV adverte que o indicador que projeta o futuro também pode deteriorar-se caso o conflito entre Rússia e Ucrânia se prolongue.
Canais
Segundo a FGV, existem diversos canais pelos quais a crise entre Rússia e Ucrânia pode chegar à economia brasileira. O principal é o preço internacional do petróleo, cujo barril do tipo Brent encerrou a semana em US$ 105, no maior nível desde 2014. O mesmo ocorre com o gás natural, produto do qual a Rússia é a maior produtora global, cujo BTU, tipo de medida de energia, pode chegar a US$ 30, segundo disse nesta semana em entrevista coletiva o diretor de Refino e Gás Natural da Petrobras, Rodrigo Costa.
O Brasil usa o gás natural para abastecimento das termelétricas. Para o diretor da estatal, a perspectiva é que a elevação dos reservatórios das usinas hidrelétricas no início do ano possa compensar, pelo menos nesta fase de início de conflito.
Em relação à gasolina, a recuperação da safra de cana-de-açúcar está reduzindo o preço do álcool anidro, o que também ajuda a segurar a pressão do barril de petróleo num primeiro momento. Desde novembro do ano passado, o litro do etanol anidro acumula queda de 24,6% em São Paulo, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo.
As maiores pressões sobre combustíveis estão ocorrendo sobre o diesel, que não tem a adição de etanol e subiu 3,78% em janeiro, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que funciona como prévia da inflação oficial.
Alimentos
Outro canal pelo qual a guerra no Leste europeu pode afetar a economia brasileira são os alimentos. A Rússia é a maior produtora mundial de trigo. A Ucrânia ocupa a quarta posição. Nesse caso, o Brasil não pode contar com outros mercados porque a seca na Argentina, tradicionalmente maior exportador do grão para o Brasil, está comprometendo a safra local.
A crise no mercado de petróleo também pressiona os alimentos. Isso porque a Rússia é o maior produtor mundial de fertilizantes, que também são afetados pelo petróleo mais caro. Atualmente, o Brasil compra 20% dos fertilizantes do mercado russo. O aumento do diesel também interfere indiretamente no preço da comida, ao ser repassado por meio de fretes mais caros.
Dólar e juros
O terceiro fator pelo qual a crise entre Rússia e Ucrânia pode impactar a economia brasileira será por meio do câmbio. O dólar, que chegou a atingir R$ 5 na quarta-feira (23), fechou a sexta-feira (25) a R$ 5,15 após a ocupação de cidades ucranianas por tropas russas. Por enquanto, os efeitos no câmbio são relativamente pequenos porque o Brasil se beneficiou de uma queda de quase 10% da moeda norte-americana no acumulado de 2022. O prolongamento do conflito, no entanto, pode anular a baixa do dólar no início do ano.
Nesta semana, o secretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle, disse que o Brasil está preparado para os impactos econômicos da guerra. Segundo ele, o país tem grandes reservas internacionais e baixa participação de estrangeiros na dívida pública, o que ajudaria a enfrentar os riscos de uma turbulência externa prolongada.
No entanto, caso o dólar continue a subir e a inflação não ceder, o Banco Central pode ver-se obrigado a aumentar a taxa Selic (juros básicos da economia) mais que o previsto. Nesse caso, o crescimento econômico para este ano ficaria ainda mais prejudicado. Na última edição do boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, os analistas de mercado elevaram a projeção anual de inflação oficial para 5,56% em 2022. Essa foi a sexta semana seguida de alta na estimativa. A previsão de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) foi mantida em apenas 0,3% neste ano.
Edição: Fernando Fraga
Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil - Brasília
Número de mortos em Petrópolis chega a 223; ainda há 20 desaparecidos
Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress |
Subiu para 223 o número de pessoas mortas na chuva que arrasou Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. Desse total, 132 são mulheres e 91, homens. Entre as vítimas, há 42 menores.
O temporal que caiu sobre a cidade imperial no último dia 15 alagou ruas, destruiu bairros e matou famílias inteiras.
Enquanto o número de óbitos aumenta, o de pessoas desaparecidas diminui. Até este sábado (26), 20 pessoas ainda não haviam sido localizadas.
Segundo a prefeitura, 201 vítimas foram enterradas no cemitério da cidade. A primeira a ser sepultada foi a pequena Evelyn Luiza Netto da Silva, 11, enterrada no dia seguinte à tragédia.
A liberação de alguns corpos leva mais tempo em razão do estado em que eles chegaram ao IML (Instituto Médico Legal). Nesses casos, é preciso fazer exames de DNA e papiloscópicos para ter a identificação.
Segundo a Polícia Civil, há um mutirão formado por peritos legistas e criminais, papiloscopistas, técnicos e auxiliares de necropsia para dar celeridade ao trabalho.
Ao menos 400 bombeiros seguem trabalhando nas buscas por vítimas na cidade. Eles se concentram sobretudo no Morro da Oficina, na Vila Felipe e no bairro Sargento Boening, as áreas mais afetadas pelos temporais.
As Forças Armadas também atuam na cidade. Ao todo, foram empregados 1.100 militares nos trabalhos de recuperação da cidade e na assistência médica. Segundo a prefeitura, eles já realizaram 950 atendimentos médicos, distribuíram 188 toneladas de donativos e desobstruíram 30 vias.
Além das perdas humanas, o temporal destruiu bairros inteiros, obrigando 930 pessoas a procurarem abrigo nos 13 pontos de acolhimento disponibilizados. Segundo a administração municipal, essas pessoas estão recebendo itens essenciais e orientações sobre os serviços sociais que podem solicitar.
Apesar do medo da chuva, alguns moradores seguem vivendo à beira dos barrancos que deslizaram.
A destruição causada pelas chuvas também afetou fortemente o comércio local. De acordo com uma pesquisa feita pelo IFec RJ (Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises), as chuvas na cidade causaram um prejuízo de mais de R$ 78 milhões ao comércio local.
Segundo o estudo, 65,8% dos comerciantes tiveram perda ou queda de faturamento e 32,4% tiveram seus estabelecimentos ou depósitos alagados. O levantamento ouviu 245 comerciantes entre os dias 16 e 17 de fevereiro.
Já a Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) estima que o PIB (Produto Interno Bruto) de Petrópolis deve sofrer perdas de R$ 665 milhões por causa dos estragos provocados pelo temporal.
Matheus Rocha//Folhapress
Virtual futuro governador da Bahia, Leão comemora 76 anos hoje cercado de expectativa de pode
Foto: Leandro Dvorak/Divulgação |
O vice-governador João Leão, secretário do Planejamento e também presidente do PP da Bahia, comemora 76 anos neste domingo (27) e afirma estar esbanjando boa saúde e vitalidade para “continuar trabalhando pela Bahia”. Leão está no segundo mandato de vice-governador e deve assumir o lugar do governador Rui Costa (PT) em abril, quando é esperado que o governador Rui Costa (PT) renuncie ao mandato para concorrer ao Senado.
“Mais um ano de vida, o 76°. E só tenho o que agradecer. Eu carrego um lema: ‘Sonhos, acredite neles! Porém, realize-os’. E isto me move. Chego aos 76 anos com a certeza que já realizei muitos dos meus sonhos e também os sonhos de muita gente. Mas ainda há uma estrada a percorrer e outros sonhos a realizar”, afirma.
Conhecido pelo bom humor, João Leão brinca que viverá dois séculos de vida: “Peço saúde e forças a Deus, para que eu possa continuar trabalhando por minha Bahia. Afinal, vou viver até os 200 anos e, até lá, terei muitos novos sonhos a realizar”.
Nascido em Recife (Pernambuco) João Felipe de Souza Leão em 27 de fevereiro de 1946, ele veio para a Bahia ainda pequeno, para o Muquém do São Francisco, e viveu sua infância no Riacho da Serra Branca. Hoje é um dos principais tripés do grupo político que governa a Bahia há 15 anos.
Na trajetória política, o vice-governador foi deputado federal por cinco mandatos – de 1995 a 2015, vice-governador (por duas vezes) e secretário do Planejamento e de Desenvolvimento Econômico nas gestões do governo Rui Costa, secretário de Infraestrutura no governo Jaques Wagner (2009-2010), secretário da Casa Civil do município de Salvador (2011-2012), e prefeito de Lauro de Freitas, 1991 a 1994.
Putin invade segunda maior cidade da Ucrânia; Zelenski rejeita negociar rendição
Foto: Maksin Levin/Reuters/Folhapress |
Forças russas entraram neste domingo (27) na segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv, e iniciaram uma batalha nas suas ruas após uma noite de intensos combates. Em Kiev, a pressão continua com bombardeios, mas não há sinais de uma ofensiva total contra o centro da capital.
O quarto dia da campanha de Vladimir Putin contra a Ucrânia também registra uma movimentação diplomática, após o Ocidente ter elevado o grau de punição a Moscou ao anunciar o início da desconexão de alguns bancos russos do sistema internacional de transferências financeiras.
No fim da manhã (madrugada no Brasil), o Kremlin anunciou que uma delegação havia sido enviada para Gomel, cidade na Belarus a 40 km da fronteira ucraniana. “Estaremos prontos para começar negociações”, disse o porta-voz de Putin, Dmitri Peskov.
Por enquanto, o governo de Volodimir Zelenski rejeita a iniciativa, presumivelmente porque o que Moscou quer é uma rendição. Em um pronunciamento, o presidente disse que seria possível conversar em Belarus se os russos não tivessem usado a ditadura aliada como uma das bases para seu ataque —justamente contra Kiev, a menos de 200 km da fronteira sul belarussa.
O ucraniano teve um sábado de sucesso midiático no Ocidente, deixando seu passado de comediante e político inábil no poder para trás ao fazer discursos desafiadores em Kiev.
Peskov não elaborou acerca do que a delegação vai exigir. Quando falou sobre o assunto, na sexta (25), havia citado que a ideia era negociar “a neutralidade da Ucrânia”. Este é o ponto principal das demandas feitas ao Ocidente por seu chefe, enquanto juntava quase 200 mil soldados em torno do vizinho: evitar que Kiev adira à Otan (aliança militar ocidental) e, por tabela, à União Europeia.
Putin, por sua vez, apareceu rapidamente pela primeira vez em dois dias, em um pronunciamento televisivo sobre o Dia das Forças Especiais. “Eu presto especial tributo àqueles que estão desempenhando heroicamente seus deveres militares durante a operação especial para assistir as repúblicas populares do Donbass”, afirmou.
O eufemismo para a guerra virou obrigatório para a mídia russa, agora proibida em falar invasão ou agressão. Ele se refere ao “casus belli” arrumado por Putin para, nas suas palavras, desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia: o reconhecimento como países de duas áreas controladas por rebeldes pró-Rússia desde 2014 no Donbass (leste do país), que ato contínuo pediram ajuda militar a Moscou.
Ela veio, como os meses de preparação acabaram provando, na forma de uma invasão por diversos pontos da Ucrânia. Kiev está cercada por dois pontos, a noroeste e a nordeste, mas os russos não fizeram uma ação.
“Eles podem estar sofrendo sim com a resistência ucraniana, mas essa abertura do canal de rendição parece contar outra história. Podem querer evitar um massacre de civis na capital, que acabaria com o que sobrou de imagem externa da Rússia, mas também para facilitar a instalação de um governo pró-Kremlin”, diz o cientista político Konstantin Frolov.
Aí entra a eventual queda de Kharkiv. Já na noite de sábado houve movimento grande de blindados, tanques e obuseiros autotransportados pela fronteira na região de Belgorod, prenunciando um cerco e invasão. Um gasoduto na região foi explodido, mas não há ainda uma avaliação do impacto do ataque.
“Estamos resistindo ao inimigo”, disse a conta de Facebook da prefeitura local.
Se Kharkiv e seus 1,4 milhão de habitantes estiverem em mãos russas, isso pode facilitar o reforço das operações em Kiev, a oeste, e cortará uma linha importante entre as forças ucranianas que operam nas antigas fronteiras da chamada linha de contato, que a separava dos rebeldes do Donbass.
Ao mesmo tempo, os russos tomaram cidades nos arredores de Kherson, cidade cerca de 500 km ao sul de Kharkiv. Se a conquistarem, poderão “fechar” uma linha cruzando o país, espremendo forças ucranianas entre ela e o Donbass.
Nas áreas separatistas, os ucranianos mantém sua campanha de bombardeios. Nesta noite, atingiram outro depósito de combustível, na cidade de Rovenki. A TV russa também mostrou imagem de vários danos em áreas residenciais da localidade, embora não haja notícia de vítimas.
Faz parte da guerra de propaganda, claro, mas sofrimento civil, ainda que manipulável, é sofrimento. Do lado ucraniano, além do trauma dos dias sob fogo e um número ainda incerto, na casa das centenas, de mortos, há a questão dos refugiados. Segundo a ONU, já são 150 mil pessoas que saíram do país, a maioria para a Polônia.
Na capital, a madrugada foi de ataques em torno da cidade. Um grande depósito de petróleo de uma base aérea de Vasilkiv, a sudeste de Kiev, foi atingindo, pintando o céu noturno de laranja à distância. “A noite foi brutal. Hoje, não há uma única coisa no país que os ocupantes não consideram um alvo aceitável. Eles lutam contra jardins de infância, prédios residenciais, até ambulâncias”, disse Zelenski, em um vídeo no Instagram.
Um toque de recolher está em vigor na cidade, cuja defesa de áreas centrais parece entregue a milícias e civis, que receberam ao menos 18 mil fuzis, liberando militares para a linha de frente. O problema é que há descoordenação aparente, e há relatos de civis sendo baleados por outros, achando se tratar de russos. Na cidade de Dnipro, repórteres dinamarqueses foram baleados porque não falavam ucraniano ao serem abordados.
Igor Gielow/Folhapress
Governo suspende visita ao Brasil de primeiro-ministro russo por crise na Ucrânia
Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil |
Mishustin deveria viajar ao Rio para participar da reunião da Comissão Brasileiro-Russa de Alto Nível de Cooperação, presidida pelo premiê russo e, do lado brasileiro, pelo vice-presidente Hamilton Mourão.
A avaliação interna no governo é que receber Mishustin no Brasil seria interpretado como um sinal de alinhamento à decisão do presidente Vladimir Putin de invadir a Ucrânia. Seria uma sinalização na contramão da que o país passou a adotar, a partir de sexta-feira (25), no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas): a de condenar nos termos mais duros a agressão da Rússia contra a Ucrânia, em violação à carta das Nações Unidas.
A intenção dos dois países de organizar a viagem de Mishustin constou no comunicado conjunto de Bolsonaro com Putin, por ocasião da passagem do brasileiro por Moscou.
"[Os dois líderes] sublinharam a importância de que a VIII sessão da Comissão de Alto Nível de Cooperação se realize no primeiro quadrimestre de 2022, no Rio de Janeiro", diz o texto.
Foi no encontro de 16 de fevereiro, quando Putin já era acusado de planejar uma incursão militar na Ucrânia, que Bolsonaro expressou solidariedade à Rússia -numa fala criticada pelo governo Joe Biden (EUA) e interpretada como uma manifestação de simpatia às ameaças militares do Kremlim.
A Comissão de Alto Nível é a mais importante instância de coordenação intergovernamental de temas das relações entre Brasil e Rússia. Tem por função organizar as ações nos diferentes ministérios de assuntos bilaterais.
As reuniões de alto nível da comissão estavam paralisadas. A última ocorreu em setembro de 2015, à época liderada pelo então vice-presidente Michel Temer e pelo ex-premiê russo Dimitry Medvedev.
De acordo com interlocutores, até antes da eclosão do conflito o Itamaraty e o ministério de Relações Exteriores da Rússia estavam discutindo as datas do encontro entre Mourão e Mishustin.
Ambas as partes acordaram que o Brasil, como anfitrião, deveria propor uma data para a reunião em abril.
No entanto, nesta semana o governo Bolsonaro decidiu não apresentar uma sugestão de data -o que, na prática, significa cancelar a visita.
Procurado neste sábado (26), o Itamaraty não respondeu questionamento enviado pela Folha de S.Paulo.
Além de o Brasil ter se juntado ao coro de grande parte da comunidade internacional condenando a invasão da Ucrânia, o diagnóstico no Itamaraty é que as recentes declarações de Mourão também são um obstáculo para a confirmação da agenda.
Na quinta-feira (24), Mourão criticou a ofensiva russa, afirmou que o Brasil não está neutro diante do conflito e defendeu que o Ocidente a Ucrânia. Ele comparou ainda a ação de Putin ao expansionismo militar da Alemanha comandada por Adolf Hitler, na década de 30.
"Tem que haver uso da força, realmente um apoio à Ucrânia, mais do que está sendo colocado. Esta é a minha visão. Se o mundo ocidental pura e simplesmente deixar que a Ucrânia caia por terra, o próximo vai ser a Moldávia, depois os Estados bálticos e assim sucessivamente. Igual a Alemanha hitlerista fez no final dos anos 30", declarou o vice na ocasião.
Mourão foi publicamente desautorizado por Bolsonaro. Mas, no dia seguinte, a delegação brasileira na ONU se juntou aos Estados Unidos e aliados numa dura condenação aos ataques ordenados por Moscou.
A resolução apoiada pelo Brasil recebeu no total 11 votos a favor, um contra (da Rússia) e três abstenções. (China, Índia e Emirados Árabes Unidos). Como os russos têm poder de veto, ela não foi adotada.
O embaixador do Brasil na ONU, Ronaldo Costa Filho, disse no conselho que as preocupações de segurança da Rússia não lhe dão o direito de ameaçar o território de outro estado.
"As preocupações de segurança manifestadas nos últimos anos pela Federação da Rússia, particularmente no que diz respeito ao equilíbrio estratégico na Europa, não conferem ao país o direito de ameaçar a integridade territorial e a soberania de outro Estado", disse.
A fala de Costa Filho marcou uma guinada nas manifestações que o governo brasileiro vinha adotando até então. Havia a preocupação no Itamaraty de não se indispor com Putin, que lidera um país considerado parceiro estratégico do Brasil e sócio nos Brics (bloco também formado por Índia, Rússia e África do Sul).
Desde o início da crise desencadeada pela mobilização militar da Rússia nas fronteiras da Ucrânia, o governo dos Estados Unidos e outros aliados têm tentado assegurar o apoio do Brasil em organismos internacionais.
Nas palavras de um diplomata estrangeiro que realiza tratativas com o Itamaraty, é preciso criar um quadro de isolamento diplomático total contra Putin.
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