55ª CIPM: Três homens são presos pela Polícia Militar em Ipiaú por tráfico de drogas

Foto: Divulgação/PM
Por volta das 20h30min desse sábado (05/03/22), após denúncia anônima, boa 190, de tráfico de drogas na Rua Amâncio Felix, bairro Euclides Neto, em Ipiaú, a guarnição da 55ª CIPM/PETO deslocou para averiguar a situação. Segundo o denunciante, os traficantes estariam comercializando drogas nas proximidades da Rua Davi de Souza e guardavam a droga em uma construção, onde as drogas eram escondidas.

Diante das informações a guarnição foi a rua David Diario e avistou um dos suspeitos saindo da construção informada, entretanto, não foi possível chegar a rua, porque estava interditada, por isso foi feito o retorno e passando na rua Amâncio Felix, rua que o denunciante informou que os suspeitos ficavam comercializando a droga. Os suspeitos foram abordados, sendo encontrado R$ 95,00 com um, R$ 50,00 com o outro, e R$ 20, 00 com o terceiro.

Não construção foi encontrado indícios de papelotes de drogas e uma quantidade de drogas enterrada no chão.

Autores conduzidos: D. S. D., Nasc: 20/06/2001, R. S. do N., Nasc: 12/08/1997, E. S. de A., Nasc: 20/06/2004

Material apreendido:101 pedras de crack, 11 Pinos cheios de cocaína, 08 Pinos vazios, 12g de maconha, 01 Pedra grande de crack, R$ 165,00 reais em espécie, 01 pulseira prateada, 01 Relógio prateado TECNET

Os suspeitos foram conduzidos à delegacia de Ipiaú para o procedimento de polícia judiciária.

Fonte: Ascom/55ª CIPM/PMBA, uma Força a serviço do cidadão

Homem é preso pela Polícia Militar em Ipiaú por tráfico de drogas

Foto: Divulgação/PM
Por volta das 13h40min dessa sexta-feira (04/03/22), após denúncia anônima de tráfico de drogas, a guarnição da 55ª CIPM/PETO deslocou até a Av. Pensilvânia, Bairro Ubirajara Costa, em Ipiaú. Confirma a denúncia, o suspeito estava num bar próximo ao Colégio Professor Altino Cerqueira comercializando entorpecentes, e utilizando de uma casa desabitada enfrente ao bar para esconder a droga.

Ao identificar o suspeito, feita a busca pessoal, sendo encontrado um tubete dentro da cueca contendo 4 pedras de substância análoga ao crack e a quantia de R$ 58,00 reais no bolso da bermuda. Já no imóvel desabitado, alvo da denúncia, foram encontradas mais 121 pedras do mesmo material, acondicionadas em sacos de geladinho dentro do imóvel. Autor: O. R. dos S., Nasc.: 29/10/1984

Materiais apreendidos 125 (cento e vinte e cinco) pedras de substância análoga ao crack. R$ 58,00 (cinquenta e oito reais), 01 celular positivo na cor preta. 01 tubete

O traficante foi conduzido e apresentado na delegacia de Ipiaú, juntamente com as drogas apreendidas

Fonte: Ascom/55ª CIPM/PMBA, uma Força a serviço do cidadão

55ª CIPM: Homem é preso pela Polícia Militar em Ibirataia por descumprir medida protetiva de urgência (Lei Maria da Penha)

Por volta das 21h dessa sexta-feira (04/03/22), a guarnição da 55ª CIPM/Ibirataia foi informada via celular funcional que um homem estava importunando uma senhora, na rua João Goulart, bairro Alto do Mirante, em Ibirataia, e que ele estava violando a medida protetiva de urgência em seu desfavor.

Ao chegar no local, foi mantido contato com a vítima, que informou que seu antigo companheiro estava rondando sua casa, e que ela já tinha registrado a queixa na delegacia, além de já existir uma medida protetiva de urgência em seu favor pra que ele não se aproximasse dela. A guarnição realizou rondas pelo bairro, encontrando o acusado Numa próxima à rua da vítima.

Assim, as partes foram conduzidas ao Plantão Central, na delegacia de Ipiaú, para o procedimento de polícia judiciária.

Autor: M. O. de S., Nasc.: 19/06/1979; Vitima: I. M. de J., Nasc.: 24/01/1981

Fonte: Ascomª CIPM/PMBA, uma Força a serviço do cidadão

Com dividendos de mais de R$ 100 bi, Petrobras se apresenta como ‘vaca leiteira’

Foto: Sergio Moraes/Reuters

Com o anúncio de que vai compartilhar com acionistas R$ 101,4 bilhões de seu resultado de 2021, a Petrobras confirma a expectativa de que caminha para se tornar uma “vaca leiteira”, como o mercado chama empresas boas pagadoras de dividendos. Levantamento feito pela Economática com petroleiras que divulgaram balanços até sexta-feira (25) mostra que a estatal brasileira foi a segunda empresa do setor a pagar mais dividendos em 2021, atrás apenas da gigante americana Exxon Mobil.

Considerando o indicador que mede o rendimento de uma ação pelo pagamento de dividendos, conhecido como “dividend yield” a Petrobras também é a segunda da lista, atrás da britânica BP, garantindo ao acionista um retorno de 19,94% sobre o valor da ação. O número considera apenas os valores pagos em 2021. Somando a parcela de dividendos anunciada nesta quarta-feira (23), de R$ 37 bilhões, o retorno em dividendos das ações da estatal sobe para 33%, segundo o banco UBS, considerando o valor médio das ações durante o ano.

O mercado espera que a tendência de ganhos elevados se mantenha, ao menos até uma eventual troca de governo: em seu último planejamento estratégico, a Petrobras anunciou a previsão de distribuir até US$ 70 bilhões (R$ 360 bilhões) em cinco anos. “Continuamos com uma visão positiva da companhia, já que o novo nível de lucratividade leva a um dividend yeld de 15% a 25% ao ano”, escreveram, em relatório, os analistas do UBS Luiz Carvalho, Matheus Enfeldt e Tasso Vasconcellos.

Para o estrategista-chefe da TC Matrix, Hugo Queiroz, a transição da empresa para o status de “vaca leiteira” reduz a percepção de risco sobre o investimento em suas ações, que costumam apresentar alta volatilidade ao sabor do cenário político. Assim, diz, Petrobras passa a ser um bom ativo para carteiras de investimento com perfil voltado à remuneração por dividendos. “Mesmo ação sendo volátil, não quer dizer que a empresa vá mudar trajetória de pagamento de dividendos”, afirma.

A guinada para o foco em dividendos foi feita ainda na gestão Roberto Castello Branco, primeiro presidente da Petrobras sob o governo Bolsonaro, que foi demitido em fevereiro de 2021 em meio a insatisfações sobre a escalada dos preços dos combustíveis. Egresso da Vale e defensor da privatização da Petrobras, Castello Branco aprovou um plano estratégico com foco em investimentos em negócios mais rentáveis, venda acelerada de ativos e redução do endividamento, liberando caixa para remunerar os acionistas.

Em sua gestão, a empresa aprovou nova política de remuneração que permite a distribuição de recursos mesmo em anos de prejuízo e que determinou o pagamento de dividendos acima do piso previsto em lei quando a dívida chegasse abaixo de US$ 60 bilhões (R$ 309 bilhões). A estratégia reduziu o endividamento para abaixo do piso e, com preços do petróleo em alta, a companhia tem apresentado forte geração de caixa, o que justificou os elevados dividendos anunciados nos últimos meses.

No Brasil, apenas a Vale paga hoje tão bem quanto a Petrobras. Em 2021, segundo a Economática, a mineradora pagou R$ 73,3 bilhões, o maior volume já registrado entre companhias abertas brasileiras. A Petrobras liberou R$ 72,7 bilhões, ficando em segundo nesse ranking. Por outro lado, a estatal entrou prematuramente no debate eleitoral, com críticas aos altos dividendos em um ano de preços recordes de combustíveis nos postos brasileiros pressionando a inflação, o que lança incertezas sobre a manutenção da política.

Em 2021, ano que teve lucro recorde de R$ 106,6 bilhões, a Petrobras vendeu combustíveis a um preço médio de R$ 416,40 por barril, o maior valor já registrado em balanço e 15,6% superior ao praticado em 2018, ano da greve dos caminhoneiros, já descontada a inflação do período. Líder nas pesquisas de intenção de votos, o ex-presidente Lula (PT) vem repetindo que, se eleito, vai mudar a política atual de preços dos combustíveis, que acompanha de perto as variações das cotações internacionais e da taxa de câmbio.

“Não vamos manter o preço da gasolina dolarizado. É importante que o acionista receba dividendos quando a Petrobras der lucro, mas não posso enriquecer o acionista e empobrecer a dona de casa, que vai comprar feijão e paga mais caro por causa da gasolina”, afirmou, no início do mês. O próprio presidente Jair Bolsonaro (PL) tem feito críticas à estratégia da estatal. Nesta quinta (3), defendeu que a empresa reduza lucros para evitar uma alta brusca nos preços dos combustíveis diante da crise geopolítica causada pela guerra na Ucrânia.

“Em um momento de crise como esse, eu acho que esse lucro, dependendo da decisão dos diretores, do conselho e do presidente, poderia neste momento de crise ser rebaixado um pouquinho para a gente não sofrer muito aqui” “, declarou o presidente, durante sua live semanal. Ligado aos sindicatos de petroleiros, o Ineep (Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás e Biocombustíveis) critica a estratégia de gerar “superlucros” com a venda de ativos e a prática de preços internacionais.

“A empresa está comunicando claramente que vai privilegiar a geração e distribuição de valor no curto prazo”, diz o pesquisador do Ineep e do Núcleo Desenvolvimento, Trabalho e Ambiente da UFRJ, Mahatma Santos. Na sua opinião, esse modelo terá consequências para o futuro da empresa, com reflexos da venda de ativos e a redução de investimentos sobre sua sustentabilidade. No último plano estratégico, ressalta, a Petrobras prevê mais recursos para dividendos do que para investimentos.

O risco de nova guinada é reconhecido pelos analistas que cobrem a empresa, mas eles mantêm, em geral, recomendação de compra das ações da companhia, hoje consideradas baratas em relação a suas concorrentes internacionais. “Reconhecemos que a potencial troca no acionista controlador pode limitar esses níveis [de retorno] a médio e longo prazo, com uma mudança de foco da companhia para a alocação de capital e o desenvolvimento nacional”, dizem os analistas do UBS.

Para Queiroz, o baixo preço atual da ação vale o risco, mesmo para investidores mais receosos com o sobe e desce das bolsas. “Vale o investidor acompanhar para ver se não é interessante ter uma posição na empresa. A Petrobras está muito barata perto do que ela entrega.”

Nicola Pamplona / Folha de São Paulo

Lira suspende retorno presencial das atividades da Câmara

Foto: Najara Araújo/Câmara dos Deputado

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), suspendeu a resolução que determinava o retorno às atividades presenciais da Casa. Com isso, os debates, votações e deliberações da Câmara seguirão no sistema remoto. Os parlamentares deverão utilizaro sistema Infoleg para registrar sua presença e inserir os votos em sessões deliberativas.

No ato em que determina a manutenção do sistema remoto, Lira justifica a decisão com a intenção de reduzir riscos de contaminação pelo novo coronavírus, no momento em que as taxas de contaminação seguem altas, impulsionadas pela variante Ômicron. “Essa medida visa a diminuir a circulação de pessoas nas dependências desta Casa Legislativa, preservando a saúde não só dos parlamentares, mas também dos servidores e dos colaboradores, considerando os efeitos da pandemia”, diz a decisão.
Agência Brasil

Líderes do tráfico são presos com 23 tabletes de maconha

Foto: Divulgação/SSP
Dois homens apontados como líderes do tráfico de drogas, no município de Santana, foram presos no sábado (5), após cumprimento de mandado de prisão, solicitado pelos policiais da Delegacia Territorial (DT), daquele município. Na ação, 23 tabletes de maconha foram apreendidos. O cumprimento dos mandados ocorreu após ampla investigação, decorrente da Operação Rota do Oeste, que cumpriu entre dezembro de 2021 e fevereiro deste ano, outros 10 mandados de prisão preventiva contra outros integrantes da referida organização.
Foto: Divulgação/SSP
Além da maconha apreendida, foram encontradas balanças e munições para calibre 38. “A droga seria distribuída para Canápolis e Serra Dourada, locais onde a organização criminosa tem atuação”, explicou o titular de Santana, delegado Paulo Victor Magalhãe A operação contou com o apoio de policiais militares do Distrito Federal e da Bahia. Os presos foram encaminhados para a Delegacia, onde seguem custodiados à disposição da Justiça
Fonte: Ascom | PC

Caminhoneiro é flagrado com 17kg de drogas

Foto: Divulgação/SSP
Dezessete tabletes de maconha foram apreendidos pela 67ª Companhia Independente da Polícia Militar (Feira de Santana) no sábado (5), no distrito de Humildes. Os entorpecentes foram encontrados com um caminhoneiro, na BR-101, que foi abordado pelas guarnições durante a Operação Força do Agreste.

Após ser flagrado com uma parte das drogas, ele confessou para os policiais que possuía outra quantidade armazenada em um imóvel, no bairro Tomba, em Feira de Santana.No local, as equipes recolheram o restante dos entorpecentes e conduziram os materiais e o caminhoneiro para a Central de Flagrantes de Feira.
Fonte: Ascom | Silvânia Nascimento

Rondesp Chapada localiza 28 explosivos com homem

Foto: SSP
Vinte e oito explosivos - dois deles já destruídos - foram localizados com um homem no município de Itaberaba, neste domingo (6), pela Rondesp Chapada.
Foto: SSP
De acordo com o comandante da unidade, capitão Ronalde Fiuza de Santana, as diligências para apurar uma denúncia sobre criminosos escondidos na região do Sem Terra, resultaram na localização dos materiais. "O comandante de Policiamento da Região da Chapada, coronel Marcelo Queiroz, tem solicitado que reforcemos as ações voltadas para a área rural, pois, na maioria das vezes, essas localidades são utilizadas como esconderijos por parte de criminosos e foragidos. E essa ação é fruto dessa intensificação", disse o oficial.

No local as equipes encontraram um homem com os 28 explosivos e uma espingarda calibre 12. De imediato os policiais acionaram a Companhia Anti-bombas do Bope para que as medidas de segurança fossem tomadas. As guarnições do Bope constataram que dois dos 28 explosivos já estavam destruídos e recolheram o restante. O homem e os materiais foram apresentados na Delegacia Territorial de Itaberaba.
Fonte: Ascom | Silvânia Nascimento

Ivan Cordeiro manda recado para Otto: ‘Se o PT está lhe dando uma fruta para comer, pode ter certeza que está bichada’

Foto: Divulgação/Arquivo

Comentando a falta de decisão de decidir um cabeça de chapa no grupo governista estadual para as eleições de 2022, o vereador de Vitória da Conquista, Ivan Cordeiro (PTB), usando as redes sociais provocou o senador Otto Alencar e o Partido dos Trabalhadores (PT).

O edil ironizou o fato do senador Jaques Wagner (PT) ter desistido do pleito, questionando o verdadeiro “poderio” dos petistas na Bahia.

“Aviso sincero para Otto: se o PT está lhe dando uma fruta para comer, pode ter certeza que está bichada. Já dizia o velho samba de Ataufo Alves: ‘laranja madura na beira da estrada tá bichada ou tem marimbondo no pé”, disse o pré-candidato a deputado federal.

Ivan ainda acrescentou que a chapa do presidente Jair Bolsonaro na Bahia vem ganhando força a cada dia com a atuação do ministro da Cidadania João Roma.

“Enquanto o PT e a esquerda batem cabeça para saber quem vai perder, o ministro João Roma se organiza a cada dia para este desafio de governar a Bahia. Os dias do petismo no estado estão acabando”, completou.

Roma está prestes a deixar Republicanos, diz colunista

Foto: Alan Santos/PR/Arquivo

O ministro da Cidadania, João Roma, está de saída do Republicanos. A informação foi publicada neste domingo (6) pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo. Conforme a publicação, o ministro estaria indo para o PL, partido do presidente Jair Bolsonaro. Na Bahia, a sigla é comandada pelo ex-deputado federal José Carlos Araújo, que já deu indicação de apoiar o ex-prefeito ACM Neto

Missão dos EUA vai à Venezuela, aliada da Rússia, em meio à crise na Ucrânia

     Casa Branca se preocupa com as ligações econômicas e diplomáticas de Moscou com Caracas
Foto: Maxim Shemetov/Reuters
Uma missão dos Estados Unidos segue rumo à Venezuela para um encontro com membros do governo do ditador Nicolás Maduro neste fim de semana, segundo o jornal americano The New York Times. Integram o grupo autoridades do Departamento de Estado americano e da Casa Branca, de acordo com o jornal. Não se sabe, porém, quanto tempo a delegação permanecerá no país e com quem irá se encontrar.

Washington cortou relações diplomáticas com Caracas e fechou sua embaixada na capital em 2019, ano seguinte à reeleição amplamente contestada de Maduro para um segundo mandato de seis anos. O venezuelano é um dos poucos aliados do líder russo Vladimir Putin, que se vê cada vez mais isolado por sanções aplicadas principalmente por EUA e Europa.

Foi Putin, junto à China e ao Irã, um dos aliados de Maduro quando os americanos aplicaram embargos ao setor energético venezuelano e sanções a autoridades do país nos últimos anos. O petróleo é o setor mais importante da economia venezuelana e, antes das sanções, a maioria do produto era exportado aos EUA. O jornal afirma, com base em depoimentos de autoridades em condição de anonimato, que Washington teme a proximidade diplomática de Moscou com Caracas em uma eventual escalada do atual conflito, o que poderia ser uma ameaça à segurança dos EUA.

Além disso, conforme as sanções à economia russa começam a danificar o país e Putin naturalmente busca aliados para impedir maiores solavancos, os americanos se aproximam de Maduro para fechar mais uma porta potencial para os russos. Quando essas sanções ainda eram discutidas e se desenhavam os potenciais impactos de punições profundas ao setor energético da Rússia —com forte impacto na economia mundial—, importantes atores políticos dos EUA apontaram a Venezuela como substituta para o mercado.

Políticos republicanos, como o ex-deputado Scott Taylor, da Virgínia, estão envolvidos no lobby para o restabelecimento do comércio de petróleo com o vizinho latino-americano. Segundo o New York Times, Taylor conversou na noite de sexta com um empresário venezuelano, que indicou que o regime de Maduro tinha interesse em voltar a negociar com os EUA. “Devemos usar essa oportunidade para conseguir uma vitória diplomática e uma cisão entre Rússia e Venezuela”, disse o ex-parlamentar em um comunicado.

Maduro, no entanto, vem dando mostras de que pretende continuar ligado a Putin. Há sinais, inclusive, de que gostaria de expandir a parceria. Na última terça-feira (1º), conforme divulgou a agência russa de notícias Interfax citando o Kremlin, o venezuelano discutiu com o líder russo a situação na Ucrânia em um telefonema. Maduro expressou apoio à Rússia e condenou, nos mesmos moldes dos argumentos de Putin para a guerra, o que chamou de atividade desestabilizadora dos EUA e da Otan (aliança militar ocidental). A iniciativa da conversa partiu da Venezuela.

Em janeiro, aproximadamente um mês antes da invasão russa da Ucrânia, o Kremlin tinha sugerido enviar tropas para Venezuela e Cuba, outra aliada, como forma de pressionar a Otan. A sugestão contribuiu para o retorno do fantasma da Guerra Fria e um de seus mais tormentosos episódios, a Crise dos Mísseis. Em 1962, a União Soviética quis responder às instalações de mísseis nucleares americanos na Turquia colocando um regimento de foguetes em Cuba, o que, ao cabo, aproximou perigosamente americanos e soviéticos de uma guerra nuclear.

No ano seguinte, esfriada a crise, Washington e Moscou instalaram uma linha direta entre os chefes de Estado para evitar falhas de comunicação e erros de cálculo que pudessem levar a uma catástrofe atômica.

Folha de S. Paulo

Negociador ucraniano é morto, e deputado fala que foi por traição com a Rússia

Foto: Maxim Gutchek/Belta/AFP

Um dos integrantes do time negociador ucraniano que tem se encontrado com representantes russos na Belarus, Denis Kireiev, foi morto no sábado (5) em Kiev. Segundo o governo, ele e outros três membros do serviço de inteligência “foram mortos enquanto executavam uma missão especial”, sem nenhum detalhe. Para um deputado ucraniano, Alexander Dubinski, a história é outra: ele morreu ao ser preso sob acusação de traição pelo governo.

Por óbvio, a verdade é insondável neste momento, mas mostra o grau de desconfiança e paranoia que toma uma Kiev que se prepara dia a dia para um ataque maciço russo na esteira de sua invasão iniciada no dia 24 de fevereiro. Segundo os relatos de jornalistas ainda na capital, toda pessoa na rua é tratada como suspeita de sabotagem ou colaboração com os invasores. Circulam rumores de pessoas baleadas indiscriminadamente, o que não é possível aferir.

Forças de Vladimir Putin se concentram em torno da capital, buscando fechar um círculo pelo noroeste e pelo nordeste. Bombardeios têm ocorrido em pontos em torno da cidade, e a famosa coluna de blindados de 64 km de comprimento segue estacionada a 25 km de sua periferia. Kireiev não era um rosto conhecido, não tendo sido identificado nas fotografias das duas rodadas de conversas entre russos e ucranianos que aconteceram na semana passada na Belarus. Até aqui, elas serviram para Moscou reafirmar seus termos de rendição para Kiev, e para a Ucrânia dizer que não os aceita.

Em resumo, o governo de Vladimir Putin quer que o de Volodimir Zelenski pare de resistir à invasão, aceite se desarmar em alguma medida e se comprometa a não aderir à Otan (aliança militar ocidental) e outras estruturas da Europa. Ao menos é o que o presidente russo tem falado, e reafirmou neste domingo (6) em uma conversa com o seu contraparte turco, Recep Tayyip Erdogan. Inicialmente, pelo desenho da invasão, Putin parecia disposto a derrubar Zelenski. A resistência ucraniana ante uma força não decisiva do Kremlin parece ter mudado esse cálculo, trocando pela capitulação. Mas não é, claro, possível saber exatamente a meta do russo.

Houve avanços tímidos nas conversas, contudo. A tentativa até aqui frustrada de estabelecer corredores humanitários para retirar civis de cidades sob cerco russo saiu da segunda reunião, na quinta (3). Ambos os lados se acusam de ataques durante a evacuação, um problema clássico nesse tipo de operação. Uma nova rodada de conversas ocorrerá nesta segunda (7). Enquanto a movimentação diplomática se arrasta, os russos avançam lentamente. Neste domingo, a invasão de Odessa começou a se configurar. Principal porto ucraniano no mar Negro, a cidade está no alvo de forças de Putin a leste, e um aeroporto que poderia servir de base de apoio aéreo a ela foi destruído.

Se dominada Odessa, Putin terá estabelecido o controle sobre quase toda a costa do mar Negro, fechando o acesso ucraniano a ele. Se terá como manter tal domínio com um eventual cessar-fogo, esta é outra questão.
Igor Gielow / Folha de São Paulo

'Quem impor zona de exclusão aérea estará participando do conflito', alerta Putin


Foto: EPA
Putin fez declarações em encontro com comissários de bordo da empresa aérea russa Aeroflot, que foi alvo de sanções

O presidente russo, Vladimir Putin, descreveu as sanções impostas por nações ocidentais por sua invasão da Ucrânia como "semelhantes a uma declaração de guerra". "Mas graças a Deus não chegou a isso", acrescentou. Putin também alertou que qualquer tentativa de impor uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia seria vista como participação no conflito armado.

Uma zona de exclusão aérea refere-se a qualquer região do espaço aéreo onde foi estabelecido que certas aeronaves não podem voar.

Em um contexto militar, é decretada para impedir que aeronaves entrem no espaço aéreo proibido, geralmente para evitar ataques ou vigilância de uma região.

A zona de exclusão aérea precisa ser controlada por meios militares. Isso pode significar vigilância, ataques preventivos contra sistemas defensivos ou até mesmo derrubando aeronaves que entram na área restrita.

Uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia significaria que as forças militares — especificamente as forças da aliança militar Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) — se envolveriam diretamente com qualquer avião russo avistado nos céus e o atacariam, caso fosse necessário.

Putin disse ainda que não tem planos de declarar lei marcial na Rússia.

Em um encontro com comissários de bordo da empresa aérea russa Aeroflot, que foi alvo de sanções, exibido em rede nacional, o presidente russo disse que a medida só seria tomada em "casos de agressão externa, em áreas definidas de atividade militar".

"Mas não temos essa situação e espero que não tenhamos uma", disse ele.

Houve rumores de que Putin planejava declarar a lei marcial - que é quando a lei civil normal é suspensa ou os militares assumem o controle das funções do governo.

Ele disse que existem outros estados de emergência especiais que podem ser usados no caso de uma "ameaça externa de grande escala" - mas que ele também não tem planos de introduzi-los.

https://www.bbc.com/portuguese/internaciona

Guerra na Ucrânia: cessar-fogo fracassa, e Rússia segue atacando cidades do país; veja tudo sobre o 11º dia

Guerra fogo de cinco horas para retirada de civis de duas cidades

Um novo cessar-fogo temporário de 11 horas foi anunciado em Mariupol, uma cidade portuária no sul da Ucrânia, das 10h às 21h, horário local (05h às 16h, no horário de Brasília), de acordo com o conselho da cidade.

Os civis poderão deixar a cidade ao longo de uma rota acordada a partir das 12h, hora local (7h em Brasília).

Um plano semelhante anunciado no sábado (5/3) fracassou logo após ser anunciado, por conta de novos bombardeios. A Rússia acusou "nacionalistas" ucranianos de quebrar o cessar-fogo. Já o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia culpou a Rússia, acusou o país de seguir com a ofensiva em uma "violação grosseira dos acordos sobre a abertura de corredores humanitários".

Apenas 400 pessoas deixaram Volnovakha e assentamentos próximos durante o curto cessar-fogo, segundo autoridades ucranianas. O plano inicial era evacuar mais de 15 mil civis da cidade.

Volnovakha tem apenas 25 mil pessoas e fica localizada no meio do caminho entre Mariupol e Donetsk.

Os moradores de lá disseram ao Guardian que quase todos os prédios foram destruídos ou danificados pelas forças russas.

O deputado local Dmytro Lubinets disse que a luta foi tão intensa que os corpos não foram recolhidos.

O governador regional Pavlo Kyrylenko disse que, "embora tivéssemos a intenção e o transporte necessário para levar muito mais pessoas, tivemos que parar o movimento da coluna porque os russos mais uma vez começaram a bombardear Volnovakha sem piedade, e era muito perigoso se locomover por lá".

Veja a seguir os principais acontecimentos mais recentes da guerra.

Batalhas continuam em outras cidades da Ucrânia

Fortes bombardeios foram relatados em Irpin - uma cidade nos arredores do noroeste de Kiev.

Um grande número de civis está fugindo por uma travessia improvisada que atravessa um rio, porque a
Ponte foi destruída em Irpin
         Civis estão fugindo por uma travessia improvisada
 Pesados bombardeios atingiram Kharkiv e Sumy, no leste, durante a noite

Os combates pesados a noroeste da capital Kiev, em torno do principal aeroporto Hostomel, continuaram no sábado

As forças russas persistem nas tentativas de cercar Kiev, que, junto com Kharkiv, permanece sob controle ucraniano, apesar do pesado bombardeio

As cenas em Markhalivka após ataques aéreos

Pelo menos seis pessoas - incluindo uma criança - foram mortas em um ataque aéreo russo em uma vila rural na região de Kiev, na sexta-feira , segundo autoridades ucranianas.


Escrevendo no Facebook ontem, a polícia disse que mais dois adultos e mais duas crianças também foram hospitalizados no bombardeio na vila de Markhalivka, a cerca de 10 km dos arredores da capital Kiev.
Essas fotos mostram a devastação no local hoje, quando os moradores começaram a limpar os escombros.



Fotos: GETTY IMAGENS
https://www.bbc.com/portuguese/internaciona

Acidente na Praça Salvador da Matta envolve quatro veículos

Foto: Giro Ipiaú

Quatro veículos sofreram danos em um acidente por volta das 21h desse sábado (05), na Praça Salvador da Matta, antiga Praça da Feira, no centro de Ipiaú. O acidente foi provocado por um automóvel modelo Corsa, conduzido por Josimar, proprietário do veículo.

Foto: Giro Ipiaú

Ele conta que perdeu o controle da direção após uma das rodas cair em um buraco. O impacto teria causado o rompimento do pivô da direção. O corsa atingiu uma das rodas traseiras de uma picape Touro, capotando em seguida.

Foto: Giro Ipiaú

Após a colisão, a Toro avançou e colidiu na traseira de um trolete acoplado em um automóvel modelo Pálio que acabou atingindo uma motocicleta. Todos esses três veículos estavam estacionados e pertencem a família proprietária de um supermercado.

Foto: Giro Ipiaú

Testemunhas contaram que o Corsa não estava em alta velocidade e que o seu capotamento foi como em câmera lenta. O condutor sofreu apenas arranhões, principalmente em um dos pulsos. O motorista revelou que esse foi o segundo capotamento que ele sofre com esse mesmo veículo. A Polícia Militar foi acionada e registrou a ocorrência. (Giro Ipiaú)

Itagibá: Motociclista morre após veículo colidir com animal na BA-650

Foto: Redes Sociais 
O condutor de uma motocicleta morreu após o veículo colidir com um equino na BA-650, trecho entre a cidade de Itagibá e Dário Meira, na noite desse sábado (05). A vítima não resistiu aos ferimentos e morreu no local. O homem foi identificado como Leone de Souza Andrade, de 33 anos. Ele era de Itagibá e atualmente residia na zona rural do município. Leone deixa esposa e um casal de filhos. O animal causador do acidente sobreviveu. A morte de Leone causa consternação e revolta na comunidade itagibense com o recorrente caso de acidente provocados por animais na pista. O Departamento de Polícia Técnica foi acionado para remover o corpo e encaminhar para o IML em Jequié. (Giro Ipiaú)

Carro cai em valeta de esgoto do bairro ACM

Foto: Giro Ipiaú

Na manhã desse domingo (06) moradores Residencial ACM encontraram um carro caído dentro da valeta da rede de esgoto do bairro, ao lado de uma grande manilha. Nossa reportagem esteve no local, mas nenhum dos moradores ouvidos souberam informar o horário do acidente e a quem pertence o veículo.
Foto: GiroIpiaú
Especula-se que o carro modelo Grand Siena tenha caído no local entre o final da noite de sábado e madrugada desse domingo. Também não há informações se houve feridos. No local onde o veículo caiu está sendo realizada a obra de drenagem de águas pluviais do bairro que sofre há vários anos com as enchentes. (Giro Ipiaú)

Lula soma vitórias 1 ano após STF liberar candidatura; entenda a situação do petista

Foto: Reprodução/

Em decisão inesperada há um ano, o ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin anulou as condenações do ex-presidente Lula (PT) na Lava Jato, devolvendo os direitos políticos ao petista e mudando completamente o xadrez da eleição presidencial de 2022.

Desde então, Lula acumulou vitórias nos tribunais, sendo a mais significativa a ocorrida logo depois, com o julgamento da corte que declarou que o ex-juiz Sergio Moro foi parcial ao conduzir procedimentos em Curitiba.

Outro marco simbólico para o petista ocorreu na última semana, quando o ministro Ricardo Lewandowski suspendeu a única ação penal ainda ativa contra o ex-presidente, que tramitava em Brasília, da Operação Zelotes.

Com o arquivamento de acusações e a declaração de prescrição de casos, hoje é improvável que Lula volte a ser condenado criminalmente na Lava Jato e operações relacionadas. O ex-presidente permaneceu preso por 580 dias entre 2018 e 2019 em decorrência de sentença do caso tríplex de Guarujá (SP). À época, foi solto graças a decisão do Supremo que reviu prisões de condenados que estejam recursos pendentes em instâncias superiores.

A disputa acerca dos casos tem deixado os tribunais e migrado para a arena política, com o lançamento das pré-candidaturas de dois símbolos da Lava Jato: Moro e o ex-procurador Deltan Dallagnol, ambos filiados ao partido Podemos.

Lula e o PT comemoram as decisões afirmando que a Justiça reconheceu que houve perseguição. Apoiadores da Lava Jato dizem que os arquivamentos refletem a existência de brechas no Judiciário e não são um atestado de inocência.

A contenda de narrativas deve ter novos capítulos no pleito deste ano, quando Lula e Moro devem se enfrentar. O ex-presidente lidera todas as pesquisas eleitorais, à frente do candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL).

A REVIRAVOLTA

Em 8 de março de 2021, Edson Fachin decidiu de maneira individual anular as duas sentenças expedidas contra Lula em Curitiba e enviar os casos para a Justiça Federal no DF.

Fachin argumentou em decisão que não havia ligação direta daquelas acusações com a Petrobras —requisito que fixava os casos da Lava Jato na Vara Federal paranaense. Outras duas ações penais que ainda estavam em tramitação no Paraná também foram incluídas na ordem.

O ministro citou em sua decisão precedentes do Supremo nesse sentido que haviam beneficiado outros réus antes do petista. Com a anulação das condenações nos casos do tríplex e do sítio de Atibaia, Lula deixou de ser ficha-suja, fator que havia barrado sua participação nas eleições presidenciais de 2018.

A medida de Fachin seria posteriormente confirmada por seus colegas na corte.

À época, no entanto, a decisão do ministro era vista como um modo de ele evitar que a corte julgasse outro pedido do ex-presidente Lula, de consequências mais amplas: a declaração de parcialidade de Moro à frente de casos da Lava Jato.

Fachin entendia que, com a anulação dos casos no Paraná, o julgamento sobre a conduta de Moro havia perdido objeto. A tese não vingou.

JUIZ DECLARADO PARCIAL

Mesmo com a oposição de Edson Fachin, o julgamento sobre a imparcialidade de Moro foi adiante no STF por iniciativa do ministro Gilmar Mendes, um dos principais críticos do ex-juiz.

A sessão sobre o assunto começou logo no dia seguinte à anulação das condenações. Gilmar e o colega Ricardo Lewandowski votaram por declarar Moro suspeito. Após pedido de vista, o julgamento foi concluído no dia 23 de março, com o voto decisivo da ministra Cármen Lúcia. Ela mudou posicionamento declarado em 2018 e também votou contra o ex-juiz paranaense.

Os ministros entenderam que um conjunto de atitudes mostrou que Moro agia de modo parcial. Foram incluídos no rol a interceptação telefônica de advogados, a divulgação de trechos de delação do ex-ministro Antônio Palocci nas vésperas da eleição de 2018 e a liberação de áudios de conversas com a ex-presidente Dilma Rousseff.

Recurso contra essa decisão acabou levado ao plenário do Supremo, onde votam os 11 integrantes da corte. O julgamento só foi encerrado em junho, com o placar de 7 a 4 a favor da tese de Lula.

As mensagens de procuradores no aplicativo Telegram, hackeadas em 2019, foram citadas nos votos de Gilmar e Lewandowski, embora o Supremo até hoje não tenha decidido quanto à validade do uso delas em julgamento.

AS PRESCRIÇÕES

Após as decisões do STF, os processos foram enviados do Paraná para o Distrito Federal. Os procuradores no DF podiam pedir a revalidação das denúncias elaboradas anteriormente pela força-tarefa de Curitiba.

A iniciativa da acusação não prosperou no caso do sítio de Atibaia (SP), que havia sido sentenciado no Paraná pela juíza substituta Gabriela Hardt.

Em agosto, a juíza Pollyana Kelly Alves, da 12ª Vara Federal do DF, rejeitou a denúncia reapresentada pelo Ministério Público. Considerou que a Procuradoria deixou de readequar a acusação em consonância com as decisões do Supremo e que o caso prescreveu.

Ela não se manifestou sobre o mérito das acusações, ou seja, se os denunciados eram culpados ou não.

A prescrição ocorre quando o Estado perde a possibilidade de punir devido ao tempo decorrido desde os fatos ou desde o início do processo.

No crime de corrupção, esse intervalo é de 16 anos. No caso do ex-presidente, a contagem do prazo cai pela metade por ele ter mais de 70 anos de idade.

A outra declaração de prescrição ocorreu no mais importante dos processos do ex-presidente na Lava Jato, o do tríplex. Foi devido a essa ação penal que o petista foi preso em 2018.

Em dezembro passado, a Procuradoria no DF afirmou em manifestação à Justiça que não haveria como reapresentar a denúncia devido à prescrição dos fatos. Pouco mais de um mês depois, a juíza Pollyana Kelly Alves confirmou o entendimento e mandou arquivar o caso.

‘ÁRVORE ENVENENADA’

A declaração de parcialidade de Moro não provocou efeitos só sobre as duas sentenças expedidas por ele e por Gabriela Hardt.

Outros casos que tramitavam fora do Paraná também foram afetados pela anulação de provas que tinham sido obtidas a partir de decisões do ex-juiz.

A única ação penal aberta contra Lula em São Paulo foi um deles. Acórdão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região a respeito citou a tese dos “frutos da árvore envenenada”. Essa figura é usada no direito para ilustrar a necessidade de anulação de atos expedidos em decorrência de uma medida anterior com vícios.

Esse processo abordava doações da empreiteira ARG, que possuía negócios em Guiné Equatorial, ao Instituto Lula.

Em setembro, o juiz federal no DF Frederico Botelho Viana mandou trancar outra ação penal, que tramitava desde 2019 contra Lula e que tratava de negócios da Odebrecht. Também houve reflexos da decisão que invalidou as provas em investigação com a atuação de Moro.

“Tal circunstância minguou a estrutura argumentativa inicial da imputação realizada nesta ação penal”, escreveu o juiz Viana.

ARQUIVAMENTOS DE INVESTIGAÇÕES

Também no caso de investigações que estavam em aberto houve desdobramentos da anulação das provas obtidas a partir de ordem de Moro. Um exemplo é o inquérito que apurava negócios de um dos filhos de Lula, Fábio Luís, com a telefônica Oi. A investigação, que se converteu na 69ª fase da Lava Jato, em 2019, foi arquivada em janeiro porque tinha partido de elementos considerados nulos.

Também houve o arquivamento de inquérito sobre o não pagamento de impostos nas reformas no tríplex e no sítio.

Decisão favorável ao ex-presidente também ocorreu em caso que não envolveu a declaração de parcialidade de Moro. Uma investigação aberta a partir de um trecho da delação do empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, sobre suposto tráfico de influência no exterior, foi arquivada no ano passado.

AS ABSOLVIÇÕES

Lula chegou a ser réu, não de maneira simultânea, em 11 ações penais no Paraná, DF e São Paulo.

As absolvições de fato do ex-presidente já haviam começado antes mesmo da chamada Vaza Jato, a divulgação de diálogos dos procuradores que abalou a credibilidade da operação.

Em 2018, a Justiça Federal arquivou ação penal na qual Lula era acusado de comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. O processo surgiu a partir da delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral.

Em 2019, a Justiça Federal também decidiu absolvê-lo sumariamente no caso do chamado “quadrilhão do PT”, em que líderes petistas eram acusados de integrar organização criminosa. A ex-presidente Dilma também foi beneficiada dessa decisão.

Um ano depois, houve o trancamento de ação penal em que Lula era acusado de receber propina para influenciar contratos firmados entre o BNDES e a Odebrecht em Angola.

Já após a anulação das sentenças por Fachin, houve absolvição em um dos casos da Operação Zelotes, em que era acusado de beneficiar montadoras na edição de uma medida provisória, em troca de benefícios ao PT.

A DECISÃO DE LEWANDOWSKI

Na última quarta-feira (2), o ministro Lewandowski decidiu suspender a tramitação de ação penal a qual Lula respondia no DF junto com seu filho mais novo, Luís Cláudio.

Era a última ação penal contra o petista que ainda não havia sido suspensa, trancada, anulada ou que houvesse a absolvição pela Justiça.

Esse processo trata da compra de caças suecos pelo governo brasileiro e aborda repasse a Luís Cláudio de R$ 2,55 milhões de um escritório apontado como sendo de lobistas. A acusação afirma que o filho apresentou textos tirados da internet para provar que produziu relatórios em atividade de consultoria.

No ano passado, com base nas mensagens dos procuradores, a defesa questionou a atuação do Ministério Público também nesse caso, falando em conluio com os integrantes da força-tarefa no Paraná.

Lewandowski concordou com os argumentos. Citando trechos dos diálogos, disse que os procuradores “agiam de forma concertada”, para urdir a acusação de forma artificiosa.

DESDOBRAMENTOS AINDA PENDENTES

O caso da Operação Zelotes ainda precisará ser analisado pelos demais ministros da corte. Em tese, poderá voltar a tramitar e ser sentenciado.

Houve decisão recente do Supremo também em outra antiga pendência judicial do ex-presidente: a ação que tramitava em Curitiba referente à compra, pela Odebrecht, de um terreno para o Instituto Lula.

Esse caso também foi enviado para o DF em 2021 e teve o andamento suspenso por Lewandowski.

Em fevereiro, o ministro e os colegas Gilmar Mendes e Kássio Nunes Marques votaram por barrar provas do acordo de colaboração da Odebrecht nessa ação.

Lewandowski, entre outros argumentos, afirmou que Moro atuou na “recepção do acordo de leniência celebrado pela Odebrecht, como prova de acusação”.

Com a anulação dos atos de Moro e a retirada da delação, essa ação também tende a ficar esvaziada.

Há ainda outro caso com origem em Curitiba e que não teve decisão definitiva de arquivamento. Ele trata de doações da Odebrecht ao Instituto Lula e havia sido iniciado no Paraná em 2020, já após a exoneração de Sergio Moro.

Em 2021, Lewandowski também determinou a suspensão da tramitação no DF.

Felipe Bächtold / Folha de São Paulo



Defensores da candidatura de Eduardo Leite dizem que ele agrega mais partidos do que Doria

Foto: Divulgação/Assessoria João Doria

Defensores da candidatura presidencial de Eduardo Leite, seja pelo PSDB ou pelo PSD, apontam que ele teria mais facilidade de agregar apoios do que o governador de SP, João Doria.

Segundo um dos seus principais apoiadores entre os tucanos, o atual governador do Rio Grande do Sul teria condições bem mais favoráveis para juntar o União Brasil e o MDB em uma eventual coligação eleitoral.

As informações são da coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo.
Folha de S. Paulo

Brasil registra 645 mortes por Covid e 55.821 casos em 24 horas

Foto: Mathilde Missioneiro/Folhapress
O Brasil registrou 645 mortes por Covid e 55.821 casos da doença, neste sábado (5). Com isso, o país chega a 651.988 mortes e 29.030.136 casos registrados de Covid-19 desde o início da pandemia.

As médias móveis de mortes e de casos permanecem em queda, em relação aos dados de duas semanas atrás. A média de óbitos agora é de 428, redução de 49%, e a de infecções é de 41.006, queda de 60%.

O recurso estatístico que busca amenizar variações nos dados, como os que costumam acontecer aos finais de semana e feriados, é calculado pela soma das mortes dos últimos sete dias e pela divisão do resultado por sete.

Os dados do país, coletados até 20h, são fruto de colaboração entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus.

As informações são recolhidas pelo consórcio de veículos de imprensa diariamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

Os dados da vacinação contra a Covid-19, também coletados pelo consórcio, foram atualizados em 20 estados.​

O consórcio de veículos de imprensa recentemente atualizou os números de população brasileira usados para calcular o percentual de pessoas vacinadas no país. Agora, os dados usados são a projeção do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para 2022.

Todos os números passam a ser calculados de acordo com esses valores, inclusive os do ano passado. Por isso, os percentuais de pessoas vacinadas podem apresentar alguma divergência em relação aos números publicados anteriormente.

O Brasil registrou 378.416 doses de vacinas contra Covid-19, neste sábado. De acordo com dados das secretarias estaduais de Saúde, foram 50.133 primeiras doses, 99.752 segundas doses. Além disso, foram registradas 536 doses únicas e 227.995 doses de reforço.

Ao todo, 172.990.867 pessoas receberam pelo menos a primeira dose de uma vacina contra a Covid no Brasil. Já são 155.727.963 pessoas com as duas doses ou com uma dose da vacina da Janssen. ​ Quanto às doses de reforço, foram aplicadas 65.963.437.​

Assim, o país já tem 80,53% da população com a 1ª dose e 72,49% dos brasileiros com as duas doses ou com uma dose da vacina da Janssen, e 30,70% da população com reforço vacinal.

O consórcio começou a fazer também o registro das doses de vacinas aplicadas em crianças. A população de 5 a 11 anos parcialmente imunizada (com somente a primeira dose de vacina recebida) é de 46,91%. Na mesma faixa etárias, 1,40% receberam a segunda dose ou a dose única.

Considerando toda a população acima de 5 anos, 86,43% recebeu uma dose e 77,80% recebeu duas doses ou a vacina de dose única da Janssen.

Mesmo quem recebeu as duas doses ou uma dose da vacina da Janssen deve manter cuidados básicos, como uso de máscara e distanciamento social, afirmam especialistas.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (PL), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​
Folha de S. Paulo

Onda de mulheres vices reflui, e eleitas em 2018 traçam novos planos para 2022

Foto: Reprodução/Instagram

Quatro anos depois de uma onda que abriu espaço para uma presença recorde de mulheres em disputas majoritárias, as eleições de outubro indicam que haverá menos espaço para candidaturas femininas aos cargos mais importantes em disputa em 2022.

No ano em que a conquista do voto feminino no Brasil completa 90 anos, o país vive um panorama de maior pragmatismo dos partidos, o que fortalece a aposta em nomes da política tradicional, em sua maioria homens, para a disputa nacional e também nos estados.

O principal sintoma do menor espaço está nas vice-governadoras. Das sete que foram eleitas em 2018, nenhuma vai concorrer ao mesmo cargo este ano. Duas são cotadas para concorrer a governos estaduais, mas sem garantia de apoio aos seus nomes pelas coalizões nos estados.

O avanço do número de vices há quatro anos aconteceu na esteira da decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que definiu que ao menos 30% do fundo público de financiamento de campanhas deve ir para candidaturas femininas. Naquele ano, foram 67 candidatas a vice, contra 45 em 2014.

Para os demais cargos majoritários, a situação não é diferente. Até fevereiro, foram lançadas ao menos 24 pré-candidaturas a governos estaduais, mas apenas 10 dentre os maiores partidos do Congresso. Para o Planalto, são pré-candidatas a senadora Simone Tebet (MDB) e a líder sindical Vera Lúcia (PSTU).

Única governadora eleita em 2018, Fátima Bezerra (PT), do Rio Grande do Norte, concorrerá à reeleição. Também são cotados nomes como os da prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), em Pernambuco, e o da ex-prefeita de Boa Vista, Teresa Surita (MDB), em Roraima.

Dentre as vice-governadoras, Izolda Cela deve assumir o governo do Ceará em abril, com a renúncia do governador Camilo Santana (PT) para concorrer ao Senado. Mesmo com a missão de completar o mandato, ela ainda disputa com outros três postulantes a pré-candidatura ao governo do estado pelo PDT.

De perfil técnico e com uma trajetória ligada à educação, Izolda começou a ganhar força nos últimos dias, sobretudo por um nome que enfrentaria menos resistência da ala do PT cearense que defende candidatura própria em detrimento da manutenção da aliança com o PDT.

Não é o caso de Lígia Feliciano (PDT), da Paraíba, que adotou nos últimos meses um discurso de oposição ao governador João Azevêdo (PSB), candidato à reeleição. Apesar de se assumir como candidata ao governo, está isolada politicamente frente aos três principais grupos políticos do estado.

Assim como Izolda Cela, a vice-governadora do Piauí, Regina Sousa (PT), também deve assumir o comando do governo do estado em abril com a renúncia do governador Wellington Dias (PT) para ser candidato ao Senado.

Mas Regina não é cotada para concorrer à sucessão: o PT escolheu o secretário estadual da Fazenda, Rafael Fonteles, como pré-candidato ao governo, em uma chapa que deve ter outro homem, o deputado estadual Themístocles Filho (MDB), como candidato a vice.

À Folha Regina celebra a provável ascensão ao cargo de governadora em abril e diz que não pleiteou concorrer à sucessão por uma decisão pessoal: “Se quisesse concorrer, teria apoio. Mas não tenho mais muito apetite para fazer política”.

As articulações em curso devem resultar em uma chapa sem presença feminina, ao contrário de 2018 e 2014, quando Wellington Dias teve mulheres como vice. Para Regina Sousa, o cenário é resultado das negociações para manter a aliança que sustenta o governo petista no Piauí.

“Pesa essa questão da coalizão. Não é uma coisa simples, e às vezes, a gente perde espaços. Ninguém governa sozinho”, diz.

Das outras quatro vice-governadoras eleitas em 2018, ao menos três anunciaram que são candidatas a deputada federal, a despeito de poderem legalmente concorrer ao mesmo cargo. São elas Eliane Aquino (PT), de Sergipe, Daniela Reinehr (PL), de Santa Catarina, e Jacqueline Moraes (PSB), do Espírito Santo.

Luciana Santos (PC do B), vice-governadora de Pernambuco, é pré-candidata ao Senado. Mas sua candidatura ainda depende de um consenso na base aliada do governador Paulo Câmara (PSB), que tem outros pré-candidatos ao cargo.

Presidente nacional do PC do B, ela afirma que seu partido dá espaço e valoriza candidaturas de mulheres para cargos majoritários. Por outro lado, lembra que a escolha para candidaturas de governador e senador, por exemplo, são fruto de ampla composição de diferentes forças políticas.

“Quanto mais ampla a frente, mais a subjetividade do machismo se apresenta e, portanto, há mais dificuldade para viabilizar as mulheres em posições de candidaturas majoritárias”, afirma.

Apesar de reconhecer o crescimento da presença de mulheres nas majoritárias em 2018, Luciana destaca que será difícil repetir este cenário nas eleições de outubro.

“Estamos em um ambiente de muitos retrocessos sob a presidência de Bolsonaro, há uma ausência completa de políticas que promovam o papel da mulher. O cenário não é muito alvissareiro em função desse retrocesso”, diz.

Eliane Aquino (PT), vice-governadora de Sergipe, tem uma avaliação semelhante. Ela diz que falta continuidade na trajetória política de parte das mulheres que assumem cargos eletivos, resultado da falta de espaço em ambientes de decisão nos partidos.

“A mulher ocupar a posição de vice em uma chapa majoritária é importante. Mas daí para chegar nos espaços centrais de poder é outra luta”, diz Aquino, que se lançou pré-candidata a deputada federal.

Primeira vice-governadora do Espírito Santo, Jacqueline Moraes (PSB) também vai disputar um assento na Câmara dos Deputados –segundo ela, esse é o “trajeto normal” dos vice-governadores no estado.

Ex-camelô e ex-vereadora, Jacqueline também reforça que, historicamente, os partidos políticos não dão espaço às mulheres. Em 2016, idealizou a campanha Não Seja Laranja, que condena práticas que colocam a mulher como uma espécie de figurante do processo eleitoral e político. Em 2019, a Folha revelou a existência esquemas de candidaturas laranjas nos estados de Pernambuco e Minas Gerais.

Para Jacqueline Moraes, ainda há uma série de obstáculos a serem superados. “Assumi o governo três vezes nesses últimos quatro anos e sempre escutei coisas do tipo ‘a senhora vai dar conta?’, ‘a senhora tem medo?’ como se fosse uma incapacidade. Existe o conceito de que a mulher não dá conta do recado e esse é um estereótipo que precisamos quebrar”, diz ela.

No campo bolsonarista, deve ser candidata a deputada federal a vice-governadora de Santa Catarina Daniela Reinehr (PL), rompida com o governador Carlos Moisés (sem partido) desde 2020.

Professora da Universidade Federal de Pernambuco, a cientista política Priscila Lapa reforça que a consolidação de um ciclo político conservador entre 2019 e 2022 tende a deixar em segundo plano a pauta da participação das mulheres na política.

“A gente vinha numa crescente das agendas femininas, seja com mais mulheres candidatas, seja com candidaturas mais competitivas. Mas em 2022 devem prevalecer pautas mais pragmáticas. A variável do voto feminino perde fôlego em comparação com 2018”, avalia.

Por outro lado, ela destaca que o bolsonarismo abriu espaços para a ascensão de mulheres no campo conservador, caso da ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), que deve ser candidata ao Senado.

“É um perfil de candidata que defende que a mulher na política não necessariamente representa o rompimento com a tradição”.

Victoria Azevedo e João Pedro Pitombo / Folha de São Paulo

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