Podemos cogita Dallagnol como candidato ao Senado ou à Câmara BRASIL
Caso o Podemos decida lançar o senador Álvaro Dias (PR) como candidato à Presidência, o partido não descarta escalar o ex-procurador Deltan Dallagnol para disputar a vaga do Senado pelo Paraná. Esse era o plano B de Moro quando estava no partido.
No entanto, a presidente do partido, Renata Abreu, prefere que Dallagnol concorra à Câmara dos Deputados para puxar votos e reforçar a bancada federal, que determina as fatias de fundo eleitoral e partidário.
Fábio Zanini/Folhapress
Banco Pan confirma vazamento de dados de clientes
O Banco Pan confirmou o vazamento parcial de dados de cartões de seus clientes. De acordo com comunicado do banco, divulgado ontem (15), ocorreu cópia não autorizada de dados cadastrais, de limite disponível e saldo devedor, sem que tenham sido expostos dados completos de cartão, senhas ou qualquer dado que pudesse significar risco financeiro direto para os clientes.
Segundo a instituição financeira, não houve comprometimento de dados de conta corrente ou invasão à infraestrutura do banco.
“Detectamos recentemente uma fragilidade na plataforma de um fornecedor de tecnologia, utilizada na Central de Atendimento a clientes do segmento de cartões. Ativamos nossos protocolos de segurança, notificamos a empresa de software para imediata correção da vulnerabilidade e contratamos consultoria especializada independente para uma análise completa”, destaca o comunicado.
No final do ano passado, o banco tinha mais de 17,1 milhões de clientes. A instituição teve lucro líquido de R$775 milhões em 2021.
Edição: Denise
Por Bruno Bocchini – Repórter da Agência Brasil - São Paulo
EUA prendem 210 mil migrantes na fronteira com o México em março
Autoridades de fronteira dos Estados Unidos prenderam 210 mil migrantes que tentavam cruzar a fronteira com o México em março, maior dado mensal em duas décadas, ampliando os desafios nos próximos meses para o presidente norte-americano, Joe Biden.
O total de março representa um aumento de 24% em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando 169 mil migrantes foram apanhados na fronteira, início de uma alta na migração que deixou milhares de crianças desacompanhadas presas por dias em estações de patrulha de fronteira enquanto aguardavam alocação em abrigos sobrecarregados.
Biden, democrata que assumiu o cargo em janeiro de 2021, prometeu reverter muitas das políticas de imigração linha-dura de seu antecessor republicano, o ex-presidente Donald Trump, mas tem enfrentado tanto operacional quanto politicamente com o alto número de tentativas de travessias.
Os republicanos, que esperam ganhar o controle do Congresso norte-americano nas eleições de meio de mandato em 8 de novembro, dizem que a reversão das políticas da era Trump por Biden encorajou mais a imigração ilegal.
Membros do governo Biden têm alertado que a migração pode aumentar ainda mais, após as autoridades sanitárias dos EUA dizerem que vão encerrar até 23 de maio uma lei sobre fronteiras durante pandemia, que permite aos requerentes de asilo e outros migrantes serem rapidamente expulsos de volta para o México para impedir a propagação da covid-19.
Por Ted Hesson – Repórter da Reuters - Washington
Ampliando ofensiva, Rússia ataca Kiev e Lviv
Aviões de guerra russos bombardearam Lviv e mísseis atingiram Kiev e Kharkiv neste sábado (16), conforme Moscou cumpre a ameaça de lançar mais ataques contra cidades ucranianas.Na sitiada Mariupol, cenário dos combates mais pesados da guerra e da pior catástrofe humanitária, as tropas russas colocaram pressão sobre os avanços recentes, esperando compensar o fracasso em capturar Kiev.
Moscou informou que seus aviões atingiram uma fábrica de reparos de tanques na capital, onde pôde ser ouvida uma explosão no distrito de Darnytskyi, no sudeste de Kiev. O prefeito da capital da Ucrânia disse que pelo menos uma pessoa morreu e que os médicos estão lutando para salvar outras vidas. O exército da Ucrânia disse que os aviões de guerra russos que decolaram de Belarus também dispararam mísseis na região de Lviv, perto da fronteira com a Polônia, onde quatro mísseis de cruzeiro foram abatidos por defesas aéreas ucranianas.
Em Mariupol, jornalistas da Reuters nas partes da cidade controladas pelos russos chegaram à siderúrgica Ilyich, que Moscou alegou ter capturado na sexta-feira (15). O local abriga uma das duas gigantescas fábricas de metal onde defensores têm resistido em túneis subterrâneos e bunkers. Os ataques seguiram o anúncio da Rússia ontem, de que o país intensificaria a ofensiva de longo alcance em retaliação a atos não especificados de "sabotagem" e "terrorismo", horas depois de confirmar o naufrágio de seu navio almirante no Mar Negro, o Moskva.
Por Pavel Polityuk – Repórter da Reuters - MARIUPOL
Militância do PSDB pede a renúncia de Bruno Araújo em “tuitaço”
Bruno Araújo |
Em poucas horas a hashtag #reunuciabrunoaraujo se alastrou pelo Tweeter de forma exponencial e atingiu seu pico às 13h18 desta sexta-feira.
Nas postagens, filiados se queixam da postura anti-democrática do presidente do partido. Araujo estaria rasgando o estatuto do PSDB ao tentar fazer prevalecer seus interesses pessoais em detrimento da escolha democrática que elegeu Doria nas prévias internas do partido para disputar a corrida presidencial.
Polícia prende suspeito de matar namorada grávida a facadas em Osasco, na Grande SP
Polícia prende Thiago Barros, suspeito de matar namorada grávida a facadas em Osasco, na Grande SP — Foto: TV Globo |
A polícia prendeu Thiago Barros, suspeito de matar a namorada, Nilmara Rodrigues Souza, a facadas nesta sexta-feira (15) em Osasco, na Grande São Paulo. Segundo familiares, ela estava grávida dele, de dois meses.
Após uma denúncia anônima, Thiago foi encontrado em uma clínica de reabilitação no Morro Doce, na Zona Oeste da capital paulista. Ele não reagiu à prisão e confessou o assassinato. Para a polícia, disse que cometeu o crime após uma discussão por ciúmes.
A jovem de 29 anos foi morta na própria casa, na comunidade Vila Ayrosa. Ela estava com os dois filhos em casa, de 2 e 7 anos, de outro relacionamento. Após o crime, Thiago cortou a mangueira do gás e trancou as crianças em casa. Ele chamou o Samu e fugiu. Os filhos de Nilmara sobreviveram.
O velório de Nilmara está marcado para a tarde deste sábado em um cemitério de Osasco.
Segundo relatos de amigos e vizinhos, Thiago agredia a vítima constantemente. O relacionamento era recente, e eles moravam juntos há dois meses.
“De umas duas semanas para cá ele só batia nela. Ele matou ela, limpou a faca e colocou pano para tentar estacar o sangue. Ele ainda trancou a porta e cortou a mangueira do gás para matar as crianças também. Ela estava grávida de 2 meses”, afirma Diego Sanches, ex-marido da Nilmara.
O caso foi registrado como feminicídio no 5º Distrito Policial de Osasco.
Segundo a SSP, nos primeiros dois meses de 2022, foram registrados 23 casos de feminicídio no estado de São Paulo.
Por: G1
Putin intensifica ataques a Kiev e proíbe Boris Johnson de entrar na Rússia
Foto: Valter Campanato/Arquivo/Agência Brasil/Vladmir Putin, presidente da Rússia |
A Rússia intensificou na madrugada deste sábado (16) os ataques aos arredores de Kiev, capital da Ucrânia. No 52º dia de guerra, o Kremlin também anunciou que o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, está proibido de entrar em território russo.
De acordo com o prefeito de Kiev, Vitaliy Klitschko, ao menos uma pessoa foi morta nas explosões mais recentes. Ele também fala em feridos, que ainda estão sendo contabilizados e atendidos em um hospital da região.
Os ataques da Rússia no início do 52º dia de guerra se concentraram no distrito de Darnytskyi.
O Ministério de Defesa da Rússia afirma que foram utilizadas armas de longo alcance e alta precisão para atacar um prédio militar. De acordo com os russos, o local era uma oficina para equipamentos militares.
BORIS JOHNSON
O Kremlin anunciou neste sábado que o primeiro-ministro britânico Boris Johnson e outros políticos do Reino Unido estão proibidos de entrar na Rússia. A decisão foi tomada apos as sanções impostas por Londres a Moscou devido à guerra.
“Esta medida foi decidida em resposta à campanha midiática e política desenfreada que visa a isolar internacionalmente a Rússia e criar condições propícias para parar nosso país e estrangular a economia nacional”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores russo em um comunicado.
Além de Johnson, estão barradas as seguintes autoridades britânicas: o vice-primeiro-ministro Dominic Raab, a ministra de Relações Exteriores Liz Truss, o ministro da Defesa Ben Wallace, a ex-premiê Theresa May, além da primeira-ministra escocesa Nicola Sturgeon.
No comunicado, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia diz que essa lista irá aumentar futuramente, “para incluir políticos e parlamentares britânicos que contribuem para estimular a ‘histeria anti-Rússia'”.
UOL/Folhapress
Taxa extra na conta de luz deixa de ser cobrada a partir deste sábado
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil |
A redução estimada pelo governo nas contas de luz para o consumidor é de cerca de 20%. Isso será possível porque, com os reservatórios de quatro das cinco regiões do país mais cheios, é possível, ao operador do sistema elétrico nacional, dispensar o uso de termelétricas, que têm custo maior do que o das hidrelétricas. Apenas os reservatórios da Região Sul estão baixos, devido à estiagem que atinge a região.
Já havia uma previsão de que a bandeira de escassez hídrica, patamar mais alto já adotado pelo governo, terminaria no final deste mês. A medida, no entanto, acabou sendo antecipada em cerca de 15 dias.
A tarifa extra foi aprovada em meio à crise hidrológica que afetou o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas do país em 2021. As usinas são a principal fonte geradora de energia elétrica no país. Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), o Brasil enfrentou, em 2021, “a pior seca já registrada na história”.
“Para garantir a segurança no fornecimento de energia elétrica, o país utilizou todos os recursos disponíveis e o governo federal teve que tomar medidas excepcionais. Com o esforço dos órgãos do setor, o país conseguiu superar esse desafio, os reservatórios estão muito mais cheios que no ano passado e o risco de falta de energia foi totalmente afastado”, informou, em nota, a pasta.
De acordo com o ministério, o reservatório da usina de Furnas terminou o mês de março acima de 80% de seu volume útil. Em entrevista concedida no início da semana ao programa A Voz do Brasil, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o secretário de Energia Elétrica do ministério, Christiano Vieira, disse que atualmente os reservatórios estão, em média, com 70% de níveis de armazenamento, o que, segundo ele, “é muito relevante nessa época do ano”.
“Não dispomos de níveis assim desde 2012. Temos uma condição de segurança muito considerável. Na prática, significa que pouca geração termelétrica será necessária, o que se traduz em uma expectativa de bandeira verde até o final do ano”, disse.
Edição: Valéria Aguiar
Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil - Brasília
Defesa Civil Nacional faz alerta para fortes chuvas em Salvador neste sábado (16)
A Defesa Civil Nacional informou, nesta sexta-feira (15), que um Sistema Frontal está entre o Espírito Santo e o sul da Bahia, podendo causar pancadas de chuva localmente fortes. O fenômeno atmosférico tende a avançar para o norte, devendo causar elevados volumes de chuva na região do Recôncavo Baiano, incluindo Salvador, entre este sábado (16) até a segunda-feira (18), segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden).
O informe soma-se ao alerta divulgado na última quarta-feira (13), pela Defesa Civil de Salvador (Codesal). De acordo com o Centro de Monitoramento de Alerta e Alarme da Defesa Civil de Salvador (Cemadec), a previsão é de que a partir deste sábado (16) até a próxima quinta-feira (21) haverá, em Salvador, a atuação de uma frente fria vinda da região Sudeste com possibilidade de acumulados de chuvas expressivos e rajadas de vento. Em consequência do mau tempo, há risco para alagamentos e deslizamentos de terra.
“Nossa orientação para as comunidades que estão em áreas de risco é que mantenham a calma e sigam os alertas da Defesa Civil, encaminhadas por SMS e pelas sirenes. Caso necessário deixem imediatamente suas casas, dirigindo-se às unidades de acolhimentos previamente estabelecidas nos treinamentos dos simulados de evacuação de área”, indica o diretor-geral da Codesal, Sosthenes Macêdo.
Alerta
O Sistema Municipal de Proteção e Defesa Civil (SMPDC) está em alerta e apto para atender às demandas solicitadas pela população da capital baiana. A tendência é de que as chuvas continuem até sexta-feira (22), reduzindo a intensidade de forma gradativa.
A Codesal, que integra a categoria de serviços essenciais do município, permanece em plantão 24 horas atendendo às solicitações pelo telefone gratuito 199. As ocorrências podem ser acompanhadas em tempo real no link www.codesal.salvador.ba.gov.br/index.php/boletins.
A Codesal também emite alertas por SMS para que o cidadão não seja pego de surpresa. Basta enviar um SMS com o número do CEP de residência para 40199 e receber os boletins de alerta da Defesa Civil. O serviço é gratuito.
Discurso de Bolsonaro contra a corrupção evapora em ano eleitoral
A revelação de um balcão de negócios no Ministério da Educação e de suspeitas em contratos e na distribuição das bilionárias verbas das emendas enfraquecem cada vez mais o discurso eleitoral repetido por Jair Bolsonaro (PL) e aliados de que o governo federal está há três anos sem registrar casos de corrupção.
Os recentes escândalos que derrubaram Milton Ribeiro da Educação somam-se a suspeitas antigas, à aliança com o outrora execrado centrão e à metódica ação nesses três anos para barrar investigações e esvaziar órgãos de fiscalização e controle.
Bolsonaro se elegeu em 2018 na esteira do estrago político provocado pela Lava Jato e conseguiu se colocar como um dos que empunhavam a bandeira anticorrupção, mesmo com fortes suspeitas de desvio de dinheiro público já atingindo ele e familiares.
No início de 2018, por exemplo, a Folha mostrou que o então presidenciável e seus três filhos com mandato parlamentar apresentaram uma expressiva evolução patrimonial atuando quase que exclusivamente na política, além de revelar que Bolsonaro mantinha por 15 anos uma funcionária fantasma (em março de 2022 o Ministério Público apresentou ação pedindo a condenação do presidente por improbidade administrativa).
Após ser eleito, mas antes da posse, estourou o escândalo Fabrício Queiroz, o amigo e ex-funcionário apontado como operador de um esquema de “rachadinha” (apropriação de parte dos salários de servidores) no gabinete do filho Flávio, na Assembleia do Rio.
Nada disso impediu que Bolsonaro mantivesse a pregação anticorrupção e escolhesse como uma das estrelas do seu governo o então xerife da Lava Jato, Sergio Moro, que largou a toga, assumiu a pasta da Justiça e foi chamado, à época, de um dos indemissíveis do governo (o outro era Paulo Guedes).
Menos de 16 meses depois Moro deixava o governo após um lento processo de esvaziamento. Hoje acusa o ex-chefe de ter interferido na Polícia Federal com interesses inconfessáveis —Bolsonaro trocou o diretor-geral da PF por três vezes até agora e, na reunião ministerial de abril de 2020, que depois viria a público, deixou claro que iria interferir na PF e que iniciaria a dança das cadeiras antes que investigações “f.” ele, familiares ou amigos.
Os alvos preferenciais do discurso anticorrupção de Bolsonaro eram, inicialmente, o PT e integrantes do centrão, grupo que foi classificado por ele como o que havia de pior na política —e cujos membros foram chamado de ladrões por seu futuro ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno.
Também esse ponto se mostrou uma retórica eleitoreira, como reconheceu o próprio Bolsonaro —”Eu sempre fui do centrão”— tempos depois, após fechar uma aliança que deu ao grupo o controle de ministérios, de estatais e da distribuição das bilionárias verbas das emendas do relator do Orçamento.
Hoje Bolsonaro está filiado ao PL de Valdemar Costa Neto e tem o PP de Ciro Nogueira (PI) e Arthur Lira (AL) como principal sigla aliada.
Em março deste ano, a Transparência Internacional Brasil afirmou em relatório que o governo Bolsonaro promoveu o “desmantelamento contínuo das estruturas criadas, ao longo dos últimos anos, para combater a corrupção”.
Diretor da entidade no Brasil, Bruno Brandão disse à Folha que o presidente seguiu a cartilha de governantes populistas autoritários que surgiram nos últimos anos em todo mundo.
“Ele se elegeu sequestrando o discurso anticorrupção e, quando chega ao poder, a primeira coisa que faz é enfraquecer os órgãos de controle, de combate a corrupção, porque são esses órgãos que limitam o poder desses governantes.”
No entendimento do diretor da Transparência, o Brasil tem caminhado no sentido contrário do mundo ao estabelecer a destinação de verbas por emendas de relator (que têm baixa transparência), promover o desmanche dos marcos legais e institucionais ligados ao combate à corrupção e colocar o centrão no comando.
“É uma tempestade perfeita para a corrupção em larga escala. No momento que seria importante o combate à corrupção e ao desperdício de dinheiro público para utilizar na recuperação da pandemia”, afirma.
Um dos exemplos de ações concretas de Bolsonaro no sentido contrário ao combate à corrupção foi a indicação de Augusto Aras para a chefia do Ministério Público Federal, em setembro de 2019.
Bolsonaro ignorou a lista tríplice elaborada pelos procuradores e nunca escondeu que buscava um aliado para a Procuradoria-Geral da República, que tem como uma de suas principais atribuições investigar e denunciar políticos, incluindo o presidente da República.
O atual procurador-geral tem sido um dos principais responsáveis por barrar investigações e processos contra Bolsonaro e integrantes do governo.
Também notória foi a cruzada de Flávio Bolsonaro contra a investigação das “rachadinhas”, conseguindo, ao fim, anular as provas com base no argumento do foro de prerrogativa, privilégio que sempre foi criticado pelos Bolsonaros, nos palanques.
“As atitudes concretas vão na direção oposta. Há muitas evidências na direção de que, infelizmente, essa narrativa é desmentida pela realidade”, diz o procurador Roberto Livianu, se referindo à afirmação de que o governo federal está há três anos sem corrupção.
Presidente do Instituto Não Aceito Corrupção, ele cita como exemplos os recentes escândalos na Educação, as suspeitas de irregularidades nos processos de aquisição de vacinas contra a Covid-19, o enfraquecimento das instituições e o recurso ao sigilo de dados para dificultar a fiscalização.
Foi o caso dos pastores evangélicos que, mesmo sem cargo no governo, promoviam um balcão de negócios no MEC, com acusações de cobrança de propina até em barra de ouro.
Sete dias após a Folha publicar áudio em que Milton Ribeiro disse que privilegiava um pastor a pedido de Bolsonaro, o ministro da Educação perdeu o cargo, em 28 de março.
O governo decretou sigilo sobre a lista de entrada dos pastores no Palácio do Planalto, mas, após repercussão negativa, divulgou documento que mostrou 35 reuniões com ministros e o próprio Bolsonaro.
Após a queda de Ribeiro, a Folha mostrou que o governo enviou verba a prefeituras para compra de kit de robótica para escolas com gravíssimos problemas de infraestrutura, como falta de água encanada. A empresa que intermediou o negócio é de um aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira, que controla a distribuição das verbas.
Em nova reportagem, o jornal revelou que os kits foram vendidos às prefeituras com ágio de 420%.
A Folha também mostrou recentemente que a empreiteira Engefort, que lidera contratos recentes da Codevasf para pavimentação, ganhou diferentes licitações nas quais participou sozinha ou na companhia de uma empresa de fachada registrada em nome do irmão de seus sócios. O governo já reservou cerca de R$ 620 milhões para pagamentos à empresa.
Paralelamente a esses casos, o Tribunal de Contas da União suspendeu no dia 5 a homologação de um pregão para a compra de ônibus escolares por suspeita de sobrepreço, conforme revelado em reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.
Procurados, o Palácio do Planalto e Aras não quiseram se manifestar.
Ranier Bragon e Fabio Serapião/Folhapress
Almoço entre Araújo e Leite foi gota d’água para Doria mexer na campanha
O almoço entre o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite e Bruno Araújo foi a gota d’água para o ex-governador de São Paulo João Doria tirar o presidente nacional do PSDB da sua equipe de campanha. O encontro foi revelado pelo Painel nesta quinta-feira (14). Doria decidiu substituir Araújo pelo presidente estadual do PSDB, Marcos Vinholi.
Doria havia convidado Araújo para ser o coordenador de sua campanha em dezembro.
Segundo nota divulgada pela equipe do tucano, Araújo “relativizou a candidatura de Doria” em declarações recentes e, essa postura, “considerada pouco agregadora, motivou a decisão”.
Nas redes sociais, Araújo ironizou a decisão de Doria e afirmou que nunca fez questão de exercer esse cargo. “Ufa! Comando que nunca fiz questão de exercer. Aliás, ele sabe as circunstâncias em que e o porque ‘aceitei’ à época. Aliás, objetivo cumprido!”, escreveu. O perfil oficial do PSDB no Twitter compartilhou a publicação de Araújo.
Eduardo Leite e Araújo almoçaram no Nino Cocina, em São Paulo e, segundo relatos, trataram da necessidade de manter o clima tranquilo no partido neste debate para definição da candidatura presidencial. Segundo interlocutores de Doria, a articulação “a olhos vistos” não foi bem recebida.
Fábio Zanini / Folhapress
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