MDB confirma pré-candidatura de Tebet para 3ª via em meio a resistências no partido

Foto: Rogério Florentino/Estadão/A senadora Simone Tebet (MDB-MS)

A executiva nacional do MDB oficializou nesta terça-feira (24) a pré-candidatura da senadora Simone Tebet (MDB-MS) à Presidência da República, para concorrer em nome de um grupo de partidos da chamada terceira via.

O aval é mais um passo para alavancar o nome, mas não encerra as resistências que a parlamentar ainda vai enfrentar para consolidar a candidatura dentro do seu próprio partido.

A decisão foi tomada durante reunião da executiva nacional, presidida em Brasília pelo presidente nacional do partido, deputado Baleia Rossi (MDB-SP). Os outros partidos ainda remanescentes na aliança, o Cidadania e o PSDB, ainda precisam aprovar o nome de Simone Tebet, o único ainda em discussão no bloco.

O movimento emedebista acontece um dia após a desistência do ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) da disputa.

MDB, PSDB e Cidadania tratam há meses do lançamento de um único candidato no campo da terceira via, reunindo em uma só chapa verbas de campanha e tempo de televisão.

A União Brasil também integrava o bloco, mas decidiu seguir sozinha por avaliar que os partidos ainda enfrentavam muitas divergências para encontrar o consenso.

Mais bem colocado numericamente nas pesquisas de intenção de voto e vencedor das prévias internas do partido, João Doria enfrentava resistência dos demais partidos e se viu abandonado pelo próprio PSDB. Saiu da corrida, abrindo o caminho para que Simone Tebet seja o nome da chamada terceira via.

A oficialização de Tebet pelo MDB é mais um passo nos planos da cúpula do partido, em uma longa batalha com caciques do partido.

Em dezembro, a executiva nacional do MDB havia lançado oficialmente a pré-candidatura de Simone Tebet em grande evento no dia 8 de dezembro —ainda antes das negociações para unificação da terceira via.

A nova chancela da direção, agora no âmbito do bloco político, é o primeiro passo para lançá-la na disputa, mas a candidatura só será oficializada na convenção que será realizada entre julho e agosto.

“A reunião de hoje serviu apenas para demonstrar que há esmagadora maioria do MDB que defende a candidatura própria da senadora Simone Tebet”, afirmou Baleia Rossi após a reunião, acrescentando que não é possível atingir unanimidade, mas que calcula que 90% da executiva se posicionou favoravelmente à candidatura.

O presidente do MDB foi questionado pela reportagem se ele garantia que o nome de Simone Tebet estaria nas urnas eletrônicas em outubro, mas ele evitou transformar a sua resposta em um compromisso pessoal.

“Nós garantimos”, respondeu, apontando para outros membros da executiva e do partido que estavam na mesa para entrevista a jornalistas.

“O MDB tem respeito à diversidade. E essa não é uma garantia do Baleia Rossi. É daqueles que militam no MDB. Vamos dar publicidade a todos os depoimentos [favoráveis à candidatura] que tivemos hoje. A nossa crença é que não vamos debater pessoas, temos que debater o Brasil. E o MDB apresenta com larga maioria na sua executiva o nome da senadora Simone Tebet como pré-candidata a presidente”, respondeu.

Apesar de contar com o apoio da cúpula do seu partido e de vários diretórios regionais, Simone Tebet ainda vai precisar se consolidar para que seja oficializada na convenção do MDB. Adversários de sua candidatura e mesmo aliados apontam que ela vai precisar crescer nas pesquisas nos próximos dois meses para não precisar recuar.

“Eu acho que a candidatura da Simone não se justifica pelo desempenho nas pesquisas. Se houver mudança efetiva, uma fotografia diferente desse cenário eleitoral, tudo bem. O que o MDB quer é ter candidato competitivo, que ajude a alavancar palanques estaduais”, afirmou o senador Renan Calheiros (MDB-AL), na segunda-feira (23).

“Mas é muito difícil que ela suba nas pesquisas, porque as eleições estão polarizadas. Só é possível crescimento da terceira, quarta ou quinta via com a queda de Lula ou Bolsonaro”, completa.

Renan não participou da reunião da executiva nacional. Também não participaram outros nomes que se mostram contra a candidatura própria do partido, como o senador Marcelo Castro (MDB-PI) e o ex-presidente do Senado Eunício Oliveira (CE).

A maior parte dos membros da executiva participaram da reunião remotamente. Estiveram na sede da Fundação Ulysses Guimarães, em Brasília, nomes como o senador Confúcio Moura (MDB-RO), o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado federal Sérgio Souza (MDB-PR), o deputado Alceu Moreira (MDB-RS) e o deputado bolsonarista Otoni de Paula (MDB-RJ). Todos manifestaram apoio à candidatura.
Julia Chaib/Renato Machado/Folhapress

Aras parte para cima de colega do MPF durante sessão de conselho; veja vídeo

Foto: Reprodução

O procurador-geral da República, Augusto Aras, bateu boca e partiu para cima de um colega durante sessão extraordinária do Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF) nesta terça-feira (24).
O conflito interrompeu uma votação de candidatos para as sete câmaras de coordenação e revisão do MPF. Ao todo, 27 subprocuradores-gerais da República apresentaram seus nomes para liderar as câmaras temáticas no biênio entre 2022 e 2024.

Um tumulto verbal entre conselheiros antecedeu o embate, ocorrido entre Aras e o conselheiro Nivio de Freitas Silva Filho.

Com o dedo em riste e em direção a Freitas, Aras começou a pedir respeito entre os conselheiros. “Eu só não posso admitir aqui essa bagunça que o colega…”, disse o PGR, que preside o colegiado, antes de tentar retomar a votação.

“Não. Bagunça… Vossa excelência também interferiu quando o colega estava falando. Então se vossa excelência quer respeito, me respeite também”, respondeu o conselheiro Nivio de Freitas Silva Filho.

“Vossa excelência não é digno de respeito”, rebateu Aras. O bate-boca se intensificou.

Aras, então, levantou-se da cadeira e partiu em direção a Freitas. Outros colegas deixaram seus lugares, às pressas, para impedir o confronto físico (veja, abaixo, o momento da briga).

A sessão estava sendo transmitida pela internet e foi interrompida logo em seguida.

Cerca de dez minutos antes da confusão, Niveo de Freitas já tinha expressado contrariedade ao ser interrompido por Aras enquanto declarava seu voto em uma candidata. O PGR não deixou o conselheiro terminar de falar um dos nomes que havia escolhido.

O Conselho Superior, presidido por Aras e composto por outros dez subprocuradores-gerais, é a instância máxima de deliberação dentro do MPF.

Em 2020, Nivio de Freitas Silva Filho se opôs publicamente a Aras ao assinar uma carta aberta em que criticava suas declarações sobre a atuação das forças-tarefas da Operação Lava Jato.

“As palavras do procurador-geral da República pavimentam trilha diversa e adversa, uma vez que alimentam suspeitas e dúvidas na atuação do MPF”, dizia o documento, assinado por outros integrantes do CSMPF.

A carta aberta ainda afirmava que um Ministério Público “desacreditado, instável e enfraquecido” atendia aos interesses daqueles que se posicionam à margem da lei.

Clique aqui e assista ao vídeo.



Mônica Bergamo/Folhapress

‘Travamos o bom combate’, diz presidente demitido da Petrobras a executivos

Foto: Folhapress

Demitido nesta segunda-feira (23) pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), o presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, fica no cargo até a assembleia de acionistas que será convocada para apreciar a nomeação de Caio Paes de Andrade para comandar a estatal.

O encontro ainda não tem data marcada, mas são necessários ao menos 30 dias entre a convocação e sua realização. Isto é, apesar do anúncio de demissão apenas 40 dias após sua posse, Coelho ainda deve ficar na presidência da companhia até o fim de junho.

Em mensagem enviada nesta terça-feira a grupo de WhatsApp que reúne executivos do setor de energia, o presidente demitido agradeceu manifestações de apoio. “Obrigado pela mensagem. Trabalhamos com responsabilidade e seriedade, travamos o bom combate. Seguimos em frente”, afirmou.

Na assembleia, os acionistas terão que eleger ainda 8 dos 11 membros do conselho, que foram eleitos em voto múltiplo no encontro que confirmou a nomeação de Coelho. Só permanecem dois representantes dos minoritários e a representante dos trabalhadores.

O governo ainda não informou se renovará sua lista, mas a expectativa do mercado é que indique nomes mais alinhados ao presidente Bolsonaro, para facilitar eventuais mudanças na política de preços dos combustíveis da empresa.

Analistas do mercado financeiro veem barreiras para mudanças significativas na estratégia da companhia, mas representantes de minoritários já esperam ao menos uma tentativa de reduzir a frequência de reajustes.

VanDyck Silveira, CEO da Trevisan Escola de Negócios, lembra que estratégia semelhante foi usada pela ex-presidente Dilma Rousseff, de forma mais velada, às vésperas das eleições de 2014.

Em depoimentos ao Ministério Público Federal, a então presidente da estatal, Graça Foster, disse que a empresa passou o ano tentando emplacar reajustes para evitar descumprimento de metas de endividamento, mas que a palavra final era do então ministro da Fazenda, Guido Mantega.

“Os aumentos, todos eles, desde o meu primeiro dia até o último dia, eram pelo presidente do conselho”, disse ela em depoimento. “Ele ligava para mim e falava: ‘3 no diesel e 5 na gasolina’, e desligava”.

“Se o governo quiser usar seus dividendos para subsidiar os combustíveis, o que eu acho um absurdo, é um direito dele”, diz Silveira. “É uma solução menos problemática, que gera muito menos distorções do que segurar o preço. Agora, o que não pode ser feito em hipótese nenhuma é uma manipulação”.

Um avanço nesse sentido, porém, enfrentará resistências dos investidores privados, que viviam um período de lua de mel com a empresa pelos elevados dividendos distribuídos pelos lucros registrados nos últimos trimestres.

Eles defendem que, para mudar sua política de preços, a estatal precisa alterar seu estatuto, que determina compensação financeira do governo em caso de operações deficitárias para apoiar políticas públicas.

O texto diz que a União somente poderá orientar a companhia a assumir obrigações ou responsabilidades, incluindo projetos de investimento e assunção de custos operacionais, como aqueles relativos à venda de combustíveis por força de lei ou contrato, com custos e receitas discriminados e divulgados de forma transparente.

Nesses casos, continua o estatuto, as obrigações ou devem respeitar as condições de mercado ou devem prever compensação pela União, a cada exercício social, pela diferença entre as condições de mercado definidas e o resultado operacional ou retorno econômico da obrigação assumida.

As restrições foram incluídas no estatuto durante a gestão de Pedro Parente, no governo Michel Temer, adequando o texto a regras criadas pela Lei das Estatais para tentar blindar as empresas públicas de interferência política.

Nicola Pamplona/Folhapress

Emissário dos EUA se reúne com Bolsonaro e propõe reunião bilateral com Biden

O enviado especial do governo dos Estados Unidos para a Cúpula das Américas, Christopher Dodd
O presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu na manhã desta terça-feira (24), em Brasília, o enviado especial do governo dos Estados Unidos para a Cúpula das Américas, Christopher Dodd. Ele disse ao brasileiro que o líder americano, Joe Biden, aceitaria fazer uma reunião bilateral com Bolsonaro às margens do evento.

Agora, o presidente brasileiro deve decidir se vai ou não aos EUA nas próximas 48 horas. O governo americano, que organiza esta edição da cúpula, está preocupado com um possível esvaziamento do encontro, a ser realizado em Los Angeles no início de junho. Por isso, enviou um emissário para tentar convencer o presidente brasileiro a comparecer à reunião.

O encontro no Palácio do Planalto durou menos de uma hora. O objetivo da viagem de Dodd, ex-senador democrata, foi, mais do que fazer o convite, manifestar a importância da participação do governo brasileiro no encontro, de acordo com pessoas envolvidas nos preparativos da reunião. Procurada, a embaixada americana em Brasília não se manifestou sobre o que foi discutido entre Dodd e Bolsonaro.

A nona edição da Cúpula das Américas foi idealizada pelos EUA como forma de simbolizar o retorno da liderança do país sob Biden em assuntos da América Latina. Durante a presidência de Donald Trump, o republicano faltou ao evento em 2018, tornando-se o primeiro líder americano a negligenciar o encontro.

Apesar de uma bilateral com o líder americano ser desejada por membros do governo brasileiro —seria, afinal, uma maneira de reforçar o argumento de que o Brasil na verdade não enfrenta um isolamento internacional—, o contato com Biden, um democrata, é visto por membros da pré-campanha de Bolsonaro como algo de pouco valor eleitoral, já que o presidente é aliado declarado de Trump.

Durante a campanha eleitoral americana, em 2020, o brasileiro disse que torcia pela reeleição do republicano. Mesmo depois de a vitória de Biden ser confirmada, repetiu teorias trumpistas de que o resultado teria sido fraudado —o governo americano nunca encontrou qualquer indício disso— e foi um dos últimos líderes a cumprimentar o democrata.

A cúpula deste ano pode ficar esvaziada não apenas porque Bolsonaro sinalizou resistência a comparecer, mas também porque o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, indicou que pode faltar.

Por isso, antes de vir ao Brasil, Dodd teve uma reunião virtual com Obrador para tentar reverter a decisão de não ir a Los Angeles. Para os americanos, realizar o encontro nos EUA sem os governantes das duas maiores economias da região seria um fiasco diplomático e reforçaria a imagem de que Washington já não tem o protagonismo de outrora. Obrador disse na semana passada que só irá à cúpula caso os EUA convidem os governos de Cuba, Nicarágua e Venezuela, ditaduras consideradas párias por Washington.

Embora um convite aos regimes autoritários esteja fora de cogitação, interlocutores avaliam que a flexibilização de sanções e restrições contra Cuba e Venezuela, anunciadas na semana passada, também foram sinalizações de Biden para tentar dobrar a resistência do líder mexicano.

Os EUA anunciaram a retirada de medidas impostas durante o governo Trump a remessas de dinheiro e viagens a Cuba. Na prática, as novas determinações facilitam, entre outros pontos, o envio de dólares de cubanos que moram nos EUA para familiares na ilha. Já o alívio das sanções contra a ditadura de Nicolás Maduro deve permitir que a estatal petrolífera PDVSA realize negócios antes proibidos.

Um alto funcionário do governo americano ouvido pela agência de notícias AFP disse esperar que uma das principais consequências do anúncio seja a retomada das negociações entre chavistas e membros da oposição venezuelana no México, sob mediação da Noruega.

A agência Reuters informou que autoridades americanas cogitam permitir a presença de um enviado de Havana sob a condição de que ele tenha cargo abaixo do ministério das Relações Exteriores. A discussão, porém, está no início, e ainda não se sabe se o regime cubano aceitaria o convite sob esses termos.

Ricardo Della Coletta/Marianna Holanda/Folhapress

Bahia registra 317 novos casos de Covid-19 e mais dois óbitos

Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 317 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,02%), 266 recuperados (+0,02%) e mais 2 óbitos. De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), de 1.547.074 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.516.740 são considerados recuperados, 412 encontram-se ativos e 29.922 pessoas foram a óbito de vido à doença.

O boletim epidemiológico da Sesab, desta terça-feira (24), contabiliza ainda 1.874.469 casos descartados e 334.259 em investigação. Na Bahia, 63.365 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Vacinação

A secretaria ainda informa que 11.640.959 pessoas foram vacinadas contra a Covid-19 com a primeira dose, 10.678.636 com a segunda ou dose única, 5.801.031 com a dose de reforço e 183.388 com o segundo reforço. Ainda segundo a Sesab, do público de 5 a 11 anos, 931.727 crianças foram imunizadas com a primeira dose e 461.908 tomaram também a segunda.

Após mortes na Vila Cruzeiro, PM culpa STF por criminosos migrarem ao Rio

Após a ação que deixou ao menos 13 mortos na Vila Cruzeiro, uma das favelas do Complexo da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, a Polícia Militar fluminense culpou o Supremo Tribunal Federal (STF) pela migração de criminosos ao estado. “A gente começou a reparar essa movimentação, essa tendência deles de migração para o RJ, a partir da decisão do STF [que limitou operações policiais em favelas durante a pandemia de Covid-19]”, disse em entrevista o secretário da corporação, coronel Luiz Henrique Marinho Pires.

“Isso vem acentuando nos últimos meses. Esse esconderijo deles nas nossas comunidades é fruto basicamente dessa decisão do STF. É o que a gente entende, a gente está estudando isso, mas provavelmente deve ser fruto dessa decisão do STF”, continuou. A incursão ocorrida na madrugada desta terça (24) não visava cumprir mandados de prisão, segundo o comandante do Bope (Batalhão de Operações Especiais), tenente-coronel Uirá do Nascimento Ferreira. Ele esclareceu que a ação era de inteligência.

Ferreira diz que uma equipe de vigilância à paisana foi identificada e atacada por volta das 4h, quando estava na proximidades da entrada da favela aguardando um comboio de mais de 50 traficantes da facção criminosa Comando Vermelho. Eles se deslocariam para a favela da Rocinha, na zona sul da cidade. A intenção da polícia era surpreender esse comboio com um aparato policial que já estava montado fora da comunidade para prender em flagrante os criminosos armados, parte deles vindos de outros estados como Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Pará e Rio Grande do Norte.

A ação, porém, foi frustrada quando a primeira equipe foi atacada. A partir daí, a PM decidiu fazer uma operação de emergência com cerca de 80 agentes e mais 26 da Polícia Rodoviária Federal (PRF), além de helicópteros e veículos blindados, segundo ele para cessar os ataques. Conforme os criminosos recuavam, os confrontos iam “entrando” na comunidade, até chegar a uma área de mata que liga a Vila Cruzeiro ao Complexo do Alemão. Foi ali que um grupo de homens foi baleado e depois levado ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, de acordo com o Bope. Dez deles morreram.

Com os baleados e próximo a essa região de mata, a Polícia Militar afirmou que apreendeu 13 fuzis, 12 granadas, 4 pistolas, 10 carros e 20 motos que fariam parte do comboio.

“O número de munições disparadas pelos criminosos foi excessivo, então não restou outra alternativa às equipes de operações especiais e da PRF de fazer frente à força imposta pelos criminosos. Eles realmente montaram emboscadas, haja vista que nosso helicóptero blindado sofreu três disparos”, justificou o coronel. Mais cedo, durante os tiroteios, a moradora Gabrielle Ferreira da Cunha, 41, também foi atingida dentro de sua casa na Chatuba, uma comunidade distante da área da operação, e morreu no local. A Delegacia de Homicídios da Capital fez perícia na residência para investigar de onde partiu o tiro.

Ao menos outras três pessoas ficaram feridas, segundo as últimas informações confirmadas pela PM. Não há informações sobre a realização de perícia no local onde os dez homens foram atingidos. “Essa facção é responsável por 80% dos confrontos que acontecem no estado do RJ, uma facção muito atuante, e que em determinado momento passou a abrigar, esconder e treinar elementos de outros estados. Tudo isso está sendo mapeado, monitorado”, declarou ainda o secretário da PM.

Questionado sobre por que a PRF participou da operação, o superintendente Rômulo Silva respondeu que a corporação participa de ações integradas fora de rodovias federais sempre que demandada por algum outro órgão. “Essas organizações criminosas são responsáveis por inúmeros crimes que ocorrem em rodovias federais e assolam a economia carioca e nacional, roubos de carga, veículos e em coletivos”, disse ele, afirmando que a troca de informações é importante para o sucesso das operações.

Decisão do STF

Em junho de 2020, o ministro do STF Edson Fachin restringiu as operações no Rio de Janeiro a casos excepcionais enquanto durasse a pandemia da Covid-19, no âmbito da chamada ADPF (arguição de descumprimento de preceito fundamental) das Favelas. Desde então, as polícias ficaram obrigadas a informar ao Ministério Público a ocorrência de operações e o que justificou a excepcionalidade. Nos primeiros meses, as incursões e mortes por agentes de segurança despencaram no estado, mas depois os números voltaram a subir.

Em fevereiro deste ano, a Corte então determinou que o Governo do Rio de Janeiro apresentasse um plano para reduzir a letalidade e as violações de direitos humanos por policiais. Isso foi feito por meio de um decreto, assinado pelo governador Cláudio Castro (PL) no mês seguinte. Em 5 de abril, porém, o PSB e entidades de defesa dos direitos humanos pediram que a Corte desconsidere o documento e que uma nova proposta seja apresentada em até 60 dias, afirmando que as medidas são genéricas e não têm cronograma ou previsão de recursos financeiros. O pedido ainda não foi julgado.
Júlia Barbon, Folhapress

Corpos chegam a todo momento em hospital após operação na Vila Cruzeiro (RJ)

Em frente ao Hospital Getúlio Vargas, na Penha, zona norte do Rio, é intensa a movimentação de policiais e de familiares dos mortos durante uma operação que matou ao menos 21 pessoas. Por volta das 13h30, uma kombi chegou à unidade trazendo o corpo de um jovem coberto por um lençol.

Cristino Valle Brito, da OAB-RJ, estava acompanhando a retirada do corpo e disse que o jovem chegou a pedir ajuda para ser encaminhado ao hospital, mas morreu a caminho da unidade.

“Infelizmente, eles [os policiais] não estão fazendo o socorro dos mortos e dos alvejados. A gente está pedindo um cessar-fogo, ao menos temporário, para socorrer feridos e retirar corpos”, afirmou.

Valle Brito diz que o jovem foi baleado na região conhecida como Terra Prometida, na parte alta da Vila Cruzeiro, favela do complexo da Penha onde ocorreu a ação policial. Ainda de acordo com ele, existem outros corpos na comunidade. “Os corpos estão distribuídos na mata e em locais de difícil acesso.”

Por volta das 14h15, o corpo de mais uma pessoa chegou ao hospital. Quinze minutos depois, um carro branco trouxe um homem ferido. Enquanto era colocado em uma maca, familiares gritavam em protesto, dizendo que a polícia havia feito uma covardia na comunidade e que as pessoas não podiam ser tratadas como bichos.

Mais cedo, por volta das 13h, uma viatura da Polícia Rodoviária Federal chegou ao hospital
trazendo duas pessoas feridas, um homem e uma mulher —ela consciente, ele desacordado.

Os tiros na comunidade começaram ainda de madrugada, continuavam na tarde desta terça e podiam ser ouvidos do hospital Getúlio Vargas. Segundo a assessoria da unidade, o total de mortos já chega a 20 pessoas, além de 7 feridos.

A conta não inclui uma moradora identificada como Gabrielle Ferreira da Cunha, 41. Segundo a Polícia Militar, ela foi baleada na localidade conhecida como Chatuba, comunidade vizinha à Vila Cruzeiro, durante o confronto. A corporação diz que os demais mortos são criminosos. Assim, no total, são 21 mortos no total.

Às 14h40, mais um corpo chegou em meio a gritos de revolta da família. Uma jovem dizia que não aceitava a morte do irmão e que haviam acabado com a vida dele.

Segundo a PM, a operação desta terça foi feita em conjunto com Polícia Rodoviária Federal e tinha como objetivo localizar e prender lideranças criminosas que estariam escondidas na comunidade, inclusive vindos de outros estados, como Alagoas, Bahia e Pará.

No início da tarde, os parentes das vítimas estavam reunidos em frente ao Hospital Getúlio Vargas. Muito emocionados, eles não quiseram falar com a reportagem.

Por volta das 12h, um policial civil ferido chegou à unidade no banco traseiro de uma viatura. O agente estava com o rosto ensanguentado e foi levado às pressas para dentro do hospital.

De acordo com informações da polícia, ele teria sido atingido pelos estilhaços de um projétil no nariz quando fazia a perícia na comunidade.

No começo da tarde, o delegado Alexandre Herdy, titular da Delegacia de Homicídio, esteve no hospital e disse que a equipe foi atacada enquanto fazia a perícia.

” Ao chegar ao local, as equipes foram encurraladas e surpreendidas por disparos vindos do alto da mata e do morro. Não houve possibilidade de reação”, disse ele, acrescentando que o agente foi atingido no nariz por estilhaços.

Matheus Rocha, Folhapress

Otan: Finlândia e Suécia enviarão delegações à Turquia


A Finlândia e a Suécia enviarão delegações à capital da Turquia, Ancara, na quarta-feira (25) para tentar resolver a oposição turca aos seus pedidos de adesão à aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), disse o ministro das Relações Exteriores da Finlândia, Pekka Haavisto (imagem de destaque), nesta terça-feira (24).

As objeções turcas frearam o que a Suécia e a Finlândia esperavam que fosse um processo de adesão rápido, já que os dois países buscam reforçar sua segurança após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

"Entendemos que a Turquia tem algumas de suas próprias preocupações de segurança em relação ao terrorismo", disse Haavisto durante um painel de discussão no Fórum Econômico Mundial, em Davos.

"Achamos que essas questões podem ser resolvidas. Pode haver também algumas questões que não estão diretamente ligadas à Finlândia e à Suécia, mas mais a outros membros da Otan."

A Turquia diz que Suécia e Finlândia abrigam pessoas ligadas ao grupo militante do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e seguidores de Fethullah Gulen, a quem Ancara acusa de orquestrar uma tentativa de golpe em 2016.

O Ministério das Relações Exteriores da Turquia confirmou que as negociações começarão amanhã.

Na segunda-feira (23), a Turquia delineou condições para apoiar a candidatura da Suécia à Otan, exigindo que a Suécia suspenda as sanções contra a Turquia, incluindo um embargo à exportação de armas; acabar com o "apoio político ao terrorismo"; eliminar as fontes de financiamento do terrorismo e suspender o apoio de armas ao PKK e seu braço armado sírio YPG, de acordo com uma lista publicada pela diretoria de comunicações do presidente.

*Reportagem adicional de Helena Soderpalm e Simon Johnson em Estocolmo, Ece Toksabay e Orhan Coskun em Ancara

Governo publica instrução normativa sobre as vedações à publicidade institucional no período eleitoral

           Documento foi desenvolvido pelas secretarias estaduais da Casa Civil e de Comunicação
Foi publicada, na edição desta terça-feira (24) do Diário Oficial do Estado (DOE), a instrução normativa que orienta sobre as vedações à publicidade dos órgãos e entidades do Poder Executivo do Estado da Bahia durante o período eleitoral. O documento estabelece regras que passam a vigorar no dia 2 de julho e se estendem até 2 de outubro deste ano, podendo ser prorrogadas até 30 de outubro caso haja segundo turno para a eleição de governador do Estado.

As secretarias estaduais de Comunicação Social (Secom) e da Casa Civil, em conjunto com a Procuradoria Geral do Estado (PGE), foram responsáveis pela elaboração e assinam a instrução normativa.

Além de proibir a veiculação, exibição, exposição ou distribuição de peças e materiais de publicidade de atos, programas, obras, serviços e campanhas de iniciativa de órgãos e entidades integrantes do Poder Executivo Estadual durante o período eleitoral, a instrução também estabelece em que hipóteses e de que forma a publicidade será permitida por lei nos meses que antecedem as eleições.

Também estão presentes no texto determinações sobre o funcionamento de sites institucionais, publicações impressas ou em meio digital, e de perfis oficiais dos órgãos públicos nas redes sociais.

Mais de 140 crianças com doenças crônicas voltaram para casa após mães serem treinadas no Martagão

A lavradora Luciete Santana, 39, tinha o sonho de poder ir para casa com sua filha, Emily, 6. Com paralisia cerebral, a menina, que depende de aparelhos para se alimentar e respirar, precisou ficar internada por quase um ano até que sua mãe fosse treinada por profissionais da Unidade de Treinamento de Desospitalização (UTD) do Martagão Gesteira e, assim, pudessem retornar para casa.

O caso de Emily é semelhante ao de mais de 140 crianças portadoras de doenças crônicas que, nos últimos dez anos, receberam alta e puderam voltar para casa sem terem seus tratamentos interrompidos. Todas foram pacientes da UTD do Martagão, setor do hospital que treina mães e pais para poderem cuidar dos próprios filhos.

Nesta quarta-feira, 25, a UTD, única do estado e referência do país, completa 10 anos. Caso as mães desses pacientes não fossem treinadas pelo setor, elas teriam que acompanhar seus filhos internados sem previsão de alta e praticamente “morar” no hospital, afastando-se de outros filhos, familiares e amigos.

Na maioria dos casos, são situações de pacientes com longo tempo de permanência em UTI’s, que dependem de ventilação mecânica e que passam a poder retornar para seus lares mesmo precisando de tecnologias avançadas para sobreviver. Já houve casos de pacientes, por exemplo, que ficaram internados por quase dois anos.

Moradora de Jeremoabo, Luciete Santana conta que trouxe a filha para Salvador, para fazer um exame. “Descobrimos que ela tinha leucemia, foi para a UTI em outro hospital, mas pegou uma infecção. O quadro evoluiu para paralisia cerebral. Em seguida, foi transferida para o Martagão. Eu praticamente morava no hospital. Não saia de perto da minha filha. Tive que ficar em Salvador e me afastei da minha família”, relata.

Na UTD, as mães são treinadas durante meses para poderem dar continuidade à assistência dessas crianças, que permanecem sendo acompanhadas pelo hospital, quando residentes em Salvador e Região Metropolitana.

Alta - O operador de máquina Adriano Santiago, 36, é pai do pequeno Théo de Souza, 8 meses. Por causa de complicações na hora do parto, o bebê sofreu com falta de oxigênio no cérebro e foi direto para a UTI. “Meu filho nasceu todo roxo e teve a cabeça deformada. Com dias de nascido, a gente veio para o Martagão. Ele depende de máquina para respirar e se alimentar. Tive que me afastar de tudo. Minha família hoje é a equipe do hospital”, diz.

Desempregado, Adriano conta que a prioridade de sua vida passou a ser o filho, o primeiro do casal. “O nosso propósito aqui é ser treinado e ir para casa com meu filho. Eu olho para ele e só vejo coisas positivas. Dou massagem, brinco. Se hoje ele está aqui, é por causa de Deus. É um milagre”.

Assim como Adriano, outras 19 famílias estão sendo treinadas na UTD para serem desospitalizadas - a maioria absoluta são mães que acompanham seus filhos. “Este programa é de extrema importância para as famílias, pois  possibilita a reinserção social do paciente no leito familiar, promovendo humanização, segurança e autonomia do cuidador”, ressalta a enfermeira líder da UTD, Rebeca Abbud.

Criada em 25 de maio de 2012, a UTD foi idealizada pelo próprio Martagão, em parceria com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). Com 20 leitos, a UTD recebe crianças de todo o estado, que são encaminhadas via Central Estadual de Regulação. Em todos os processos, é feita uma avaliação do paciente para verificar se ele está num quadro estável de saúde, que permita esse retorno para casa.

“Apesar das dificuldades financeiras que sempre enfrentou e que continua enfrentando, com um déficit mensal de R$ 700 mil, o Martagão sempre busca oferecer à população serviços pioneiros e de qualidade e que, de fato, ajudam a mudar para melhor a vida de milhares de crianças baianas”, ressalta o presidente da Liga Álvaro Bahia (mantenedora do Martagão), Carlos Emanuel Melo.

A UTD possibilitou, ainda, que os leitos da rede pública de saúde que essas crianças ocupariam, caso a unidade não fosse criada, pudessem ser utilizados para pacientes acometidos por outras doenças, ajudando, assim, a desafogar  a ocupação hospitalar.

Legenda da foto: Adriano está sendo treinado para poder cuidar do filho em casa

Anderson Sotero:  Assessor de Imprensa

Liga Álvaro Bahia Contra a Mortalidade Infantil

71 991132370 / 30323770

Anvisa sugere máscara e isolamento para adiar chegada de varíola

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está pedindo reforço de medidas não farmacológicas, como distanciamento, uso de máscara e higienização frequente de mãos, em aeroportos e aeronaves, para retardar a entrada do vírus da varíola dos macacos no Brasil. Desde o início do mês, ao menos 120 ocorrências da doença foram confirmadas em 15 países. O Ministério da Saúde instituiu ontem uma sala de situação para monitorar o cenário da monkeypox no Brasil.

A rara doença pode chegar nos próximos dias, segundo especialistas ouvidos pelo Estadão. No domingo foram registrados casos suspeitos na vizinha Argentina. A varíola dos macacos é, na verdade, doença original de roedores silvestres, mas isolada inicialmente em macacos. É frequente na África, mas de ocorrência muito rara em outros continentes.

Cientistas acreditam que o desequilíbrio ambiental esteja por trás do atual surto, mas não veem razão para pânico. “Acho muito difícil que (a doença) não chegue aqui”, afirmou o presidente da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal, José David Urbaez. “Mas se trata de uma doença considerada benigna.” Além disso, existem tratamento e vacinas.

Mas é necessário alerta, segundo a Chefe da Divisão de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas da USP, Anna Sara Levin. “Essa transmissão pessoal é um pouco preocupante, temos de entender se houve uma adaptação do vírus ou contato muito intenso entre as pessoas.”

“É mais um problema que vem se somar ao nosso quadro atual”, disse Urbaez. “O ponto positivo é que a nossa vigilância está muito sensível, conseguindo detectar os problemas em tempo real.”

Festival Baiano Literário de Contação de Histórias está com inscrições abertas

Evento reunirá escritores, ilustradores, editoras, professores, estudantes e amantes da leitura em Salvador nos dias 18 e 19 de junho 

Grandes encontros sobre a arte da literatura oral e a contação de histórias vão marcar o Festival Baiano Literário de Contação de Histórias, confirmado para os dias 18 e 19 de junho, das 8h às 19h, no Catussaba Resort Hotel, no bairro de Itapuã, em Salvador. 

O objetivo do evento, que está com inscrições abertas, é democratizar e estreitar as relações entres protagonistas, contadores de histórias, escritores, ilustradores, editoras, professores, estudantes, famílias e amantes da leitura. Além de conversas sobre temas de amplo interesse deste público, lançamento de livros e tarde de autógrafos integram a programação.

De acordo com a psicopedagoga e co-organziadora do evento, Patrícia Silva, pessoas de diferentes cidades baianas e até de outros estados já confirmaram presença. “A criatividade, o talento e as manifestações culturais presentes em Salvador darão ao encontro um toque especial. Os visitantes sempre se surpreendem com a forma como contamos histórias por aqui”, declarou.

Para a também psicopedagoga e co-organizadora do evento, Marcilene Dias, o Festival Baiano Literário de Contação de História é mais do que um grande encontro de pluralidades artísticas. “O partilhar de tantos saberes em um espaço privilegiado de interação corresponde a uma oportunidade ímpar para quem ama a literatura”, frisou. 

Segundo a psicopedagoga e terceira co-organizadora do evento, Alzira Castro, muito mais do que uma narrativa, “contar histórias é uma arte capaz de fazer olhos brilharem e corações palpitarem. Por isso, é tão importante conhecer e aperfeiçoar o universo de contadores, cantadores e encantadores. Este é o desafio que nosso festival se propõe a encarar”, finalizou. O Festival Baiano Literário de Contação de História é realizado pela McSilva Produções e Eventos. Informações e inscrições estão disponíveis no site mcsilvaeventos.com.br.

Assessoria de Imprensa: Carla Santana (71) 99926-6898

Terminator: O mais poderoso tanque Russo vai entrar na Guerra

Segundo informações, a Rússia tem perdido vários equipamentos importantíssimos para tentar ganhar o conflito contra a Ucrânia. Um dos casos mais falado foi o afundamento do navio de guerra Moskva, um símbolo da Rússia, que foi aparentemente afundado por dois mísseis ucranianos. Agora é a vez do “Terminator” (Exterminador, em português) entrar em guerra, o mais famoso tanque russo.

O BMPT “Terminator” é um veículo blindado de combate, projetado e fabricado pela empresa russa Uralvagonzavod. Este veículo foi projetado para dar suporte a tanques e outros AFVs em áreas urbanas. O BMPT é oficialmente chamado de “Terminator” pelos fabricantes.

Para acelerar a guerra, Vladimir Putin terá ordenado a mobilização dos tanques mais avançados da Rússia, os BMPT, conhecidos pela alcunha de “Terminator”, e que já vão no modelo BMPT-72, ou “Terminator-3”, na sigla em inglês, revela o JN.

Os serviços secretos do Reino Unido confirmam que o Terminator russo está a caminho de Lugansk no Donbass, segundo escreve a SIC.

Considerado um tanque de apoio, é usado como veículo de suporte a tanques mais convencionais, embora não seja fácil perceber como os soldados no interior de um veículo fortemente armado conseguem substituir a infantaria no terreno.

O Terminator está equipado com um duplo canhão automático que pode disparar 10 munições de 30 mm por segundo.

O modelo mais recente do BMPT, o Terminator-3, vem equipado com um motor de 1500 cavalos, quase o dobre dos 850 da primeira geração e uma evolução face aos mil HP do modelo intermédio, o “Terminator-2”. Têm uma transmissão automática e podem chegar aos 70 quilómetros por hora de velocidade máxima. Funcionam a gasóleo e têm uma autonomia máxima de 550 quilômetros.

O Terminator já tinha sido usado pela Rússia no conflito da Síria.
Por:IstoÉ

Grupo Quad rejeita "mudanças pela força", com Rússia e China na mira

Os governantes do Japão, Austrália, Estados Unidos e Índia se pronunciaram nesta terça-feira (24) contra qualquer tentativa de "mudar o status quo pela força", em especial na região Ásia-Pacífico.

O pronunciamento foi divulgado após uma reunião de cúpula dos quatro países, que integram a aliança Quad, e acontece em um momento de pressão internacional sobre a Rússia pela invasão da Ucrânia e de preocupação com a possibilidade de que a China tente "reunificar" Taiwan pela força. "Com a invasão russa da Ucrânia, que abala os princípios fundamentais da ordem internacional (...) confirmamos que as tentativas unilaterais de mudar o status quo pela força nunca serão tolerados em nenhum lugar, em especial na região Ásia-Pacífico", declarou o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida.

Ao lado do chefe de Governo do Japão, a reunião de cúpula contou com as presenças do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e dos primeiros-ministros da Índia, Narendra Modi, e Austrália, Anthony Albanese. Em um comunicado, os quatro governantes citaram a "militarização de áreas em disputa, o uso perigoso de navios da Guarda Costeira e milícias marítimas, assim como os esforços para interromper as atividades de exploração marítima de outros países".

A China já foi acusada de executar tais ações na região, mas o comunicado evita criticar diretamente China ou Rússia. A Índia é o único integrante do Quad que se negou a criticar publicamente a Rússia pela invasão da Ucrânia. Na reunião em Tóquio, o Quad também estabeleceu uma iniciativa de monitoramento marítimo que pretende aumentar a vigilância da atividade chinesa na região.

Os quatro países também anunciaram um plano de investimento de pelo menos 50 bilhões de dólares em projetos de infraestrutura na região nos próximos cinco anos. Os anúncios aconteceram em um momento de preocupação com os recentes esforços chineses para fortalecer suas relações com países do Pacífico, como as Ilhas Salomão, que assinou em abril um amplo acordo de segurança com Pequim.

"Estamos comprometidos a trabalhar de perto com sócios da região para estimular o investimento público e privado para cobrir as brechas", afirma o comunicado conjunto. "Para alcançar o objetivo, o Quad buscará destinar mais de 50 bilhões de dólares em infraestrutura e investimentos no Indo-Pacífico nos próximos cinco anos", acrescenta a nota oficial.
kh-sah/ssy/mas/zm/fp

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