Trump é passado e agora Biden é o presidente, afirma Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quinta-feira (9) que sua relação o ex-presidente Donald Trump é algo que ficou para trás.

O brasileiro está em Los Angeles para a Cúpula das Américas e um encontro bilateral com o democrata Joe Biden —a primeira conversa dos dois desde que o americano chegou ao poder— e foi perguntado por jornalistas sobre a relação com o republicano. Bolsonaro sempre se disse fã de Trump, revelou a torcida por sua reeleição em 2020 e já ecoou o discurso fantasioso de que derrota dele se deveu a fraudes.

“Não vim aqui tratar desse assunto. Já é um passado. Vocês sabem que eu tive um excelente relacionamento com o presidente Trump. O presidente agora é Joe Biden, é com ele que eu converso, ele é o presidente e não se discute mais esse assunto”, afirmou Bolsonaro, na saída do hotel.

“Precisamos aprofundar nosso relacionamento. Serão oito anos com o presidente Biden.” A conta leva em consideração a reeleição de Bolsonaro no pleito brasileiro, no final do ano —o atual mandatário está em segundo lugar nas pesquisas, que mostram chances de o líder Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vencer em primeiro turno. O atual mandato de Biden vai até 2024, e Trump é cotado como possível candidato republicano para a disputa.

Bolsonaro disse ainda que não levou nenhum pedido específico ao democrata, mas que espera um encontro tranquilo. Nesta quinta (9), o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, disse a jornalistas americanos que Biden deve ignorar exigências feitas pelo líder brasileiro e falar sobre ambiente e eleições livres na reunião bilateral.

De acordo com o assessor, a pauta climática será “um tema importante da conversa […], especialmente em ações tangíveis para proteger a Amazônia”. Segundo Sullivan, não haverá temas proibidos.

A mensagem contradiz o acordo feito por emissários do presidente americano, que agiram depois de Bolsonaro se mostrar reticente em participar da Cúpula das Américas por não querer ser pressionado pelo democrata, com o qual não tem afinidade política. Diplomatas brasileiros afirmaram que mantinham a expectativa de que Biden evitasse atritos, com a reunião servindo para avançar pautas de interesse brasileiro, como a retirada de barreiras à importação do aço.

O democrata tem sofrido pressão de ativistas e de políticos de seu partido para cobrar Bolsonaro. O pleito ganhou força após o desaparecimento do jornalista inglês Dom Philips e do indigenista Bruno Araújo Pereira enquanto produziam uma reportagem na Amazônia.

Nesta quinta, aos jornalistas o presidente afirmou que as chances de encontrar Philips e Pereira “diminuem a cada dia”.

Bolsonaro, que fica em Los Angeles até esta sexta (10), quando parte para Orlando, onde terá eventos no sábado, disse também que negocia reuniões com outros líderes durante a Cúpula das Américas, mas não citou quais.

Rafael Balago, Folhapress

Bahia registra 735 novos casos de Covid-19

Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 735 casos de Covid-19 e uma morte. De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), de 1.552.934 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.520.966 são considerados recuperados, 2.017 encontram-se ativos e 29.951 pessoas foram a óbito.
Ainda segundo a Sesab, o boletim epidemiológico desta quinta-feira (9) contabiliza ainda 1.893.757 casos descartados e 336.315 em investigação. Na Bahia, 63.600 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Vacinação

A secretaria ainda informa que 11.605.847 pessoas foram vacinadas contra a Covid-19 com a primeira dose, 10.698.695 com a segunda ou dose única, 6.007.273 com a dose de reforço e 341.111 com o segundo reforço. Do público de 5 a 11 anos, 952.770 crianças foram imunizadas com a primeira dose e 517.175 tomaram também a segunda.

Hospitais privados registram aumento de 94% dos casos de Covid-19

Hospitais privados de todo o país registram aumento médio de 94% dos casos de Covid-19 nas últimas duas semanas, mostra pesquisa inédita da Anahp (Associação Nacional dos Hospitais Privados) com 21 instituições.

Dos atendimentos feitos nos prontos-socorros, 4,5% têm gerado internação. Dos hospitalizados, pouco mais de um quarto (28%) precisa de terapia intensiva.

A alta de casos tem reflexo na taxa de ocupação dos hospitais. Em abril, segundo a pesquisa, estava em 77,5%. No fim de maio, atingiu 84%. A Anahp reúne 135 instituições, entre elas Albert Einstein, Sírio-Libanês e Oswaldo Cruz, todos em São Paulo.

“O momento é de atenção. Há um aumento claríssimo das internações, e os hospitais estão tendo que ampliar a destinação de leitos para Covid. Não há ainda uma situação preocupante de UTIs, mas, em relação às semanas anteriores, essa foi a de maior preocupação”, diz Antônio Britto, diretor-executivo da Anahp.

O crescimento de casos tem levado os hospitais a ampliar o número de leitos de isolamento, a remanejar procedimentos de pacientes com testes positivos para o coronavírus e até “pisar no freio” de cirurgias eletivas.

O Hospital Israelita Albert Einstein, por exemplo, voltou a reservar 114 leitos para a Covid, que já estavam desocupados com queda dos casos nos meses anteriores. “A gente aprendeu a ser flexível e ágil na reconfiguração das unidades de internação. Transforma em Covid, depois em não Covid conforme a necessidade”, diz Miguel Cendoroglo Neto, diretor-superintendente da instituição.

Na primeira onda, o hospital teve 186 pacientes internados com Covid. “Parecia impossível lidar com esses 186. Na segunda onda, a gente bateu em 305”. Nesta terça (7), o Einstein tinha 72 pacientes internados, desses 54 em apartamentos e 18 em UTIs e unidade semi-intensiva.

Segundo Cendoroglo, o saldo de leitos ainda é “positivo”, mas o hospital decidiu segurar um pouco alguns procedimentos cirúrgicos eletivos. “[Em meses anteriores] Chegamos a ter dez pacientes internados com Covid. Como agora passamos dos 70, é de se esperar que haja um pouco de dificuldade de acomodação.”

No Hospital Sírio-Libanês, também houve uma readequação dos leitos que já tinham sido desativados para a Covid. Segundo o hospital, nesta terça (7), 43 pessoas estavam hospitalizadas com a doença, seis delas na UTI. Há duas semanas, no dia 24 de maio, eram 22 internados, quatro na UTI.

Na Rede de Hospitais São Camilo são 31 pacientes internados com Covid-19, contra oito no dia 15 de maio.

No Hospital Alemão Oswaldo Cruz, o maior impacto até agora tem sido no pronto-atendimento. Em quatro semanas, do início de maio até agora, dobrou o número de pessoas com sintomas respiratórios, de 160 para 320. A taxa de positividade dos testes para Covid passou de 30% para 60% nesse período.

Nesta quarta (8), havia 41 pacientes hospitalizados com Covid, dos quais 11 na UTI. No dia 8 de maio, eram cinco internados no total. O hospital tem 32 leitos de apartamento e 14 de UTI dedicados à Covid, mas pode ampliar o número conforme a demanda, segundo José Marcelo Oliveira, diretor-presidente do Oswaldo Cruz. A taxa média de ocupação atual é de 90%

Os pacientes imunossuprimidos e os mais velhos são os grupos que têm apresentado um maior grau de gravidade. “Entre eles a gente sabe que a efetividade da vacina é menor”, afirma o infectologista Felipe Piastrelli, do serviço de controle de infecção hospitalar.

O Oswaldo Cruz tem registrado adiamentos de algumas cirurgias eletivas devido à confirmação da Covid nos pacientes. Até o início de maio, 0,5% dos pacientes assintomáticos que faziam teste de Covid antes de cirurgias agendadas tinham resultado positivo. Agora, a taxa pulou para 1,5%.

Para o gestor do Oswaldo Cruz, o momento é de atenção porque a curva de casos subiu muito rápido nas últimas quatro semanas. “E não estamos vendo platô ainda. Não sabemos em que momento da curva estamos. Ninguém sabe”.

A notícia alentadora é que, no geral, a situação dos internados está menos grave do que nas ondas anteriores, segundo Cendoroglo, do Einstein. “O tempo médio de permanência no hospital caiu muito. Era pouco mais de dez dias em março de 2021, depois passou para sete dias no pico da ômicron, em janeiro, e agora está em quatro dias. Está muito próximo dos pacientes não Covid.”

Essa constatação está levando o hospital a revisar todas as internações e avaliar se elas realmente foram necessárias.

Metade dos pacientes internados nesta terça no Einstein tinha acima de 60 anos. Do total, 85% se autodeclararam vacinados contra a Covid com pelo menos uma dose, 13,9% disseram que não foram imunizados e 1,4% não tinha há registro no prontuário. A idade média é de 52 anos, o que reforça a necessidade da quarta dose às pessoas acima de 50 anos.

Cendoroglo diz que, em geral, pacientes não graves de Covid são candidatos à internação quando estão muito prostrados e precisando de hidratação. “Por isso têm alta logo, precisam muito menos de oxigenoterapia.” Inflamações e infecções de garganta têm sido sintomas clássicos.

Segundo Vanessa Teich, superintendente de economia da saúde do Einstein, outros dados reforçam essa diminuição da gravidade. Em março de 2021, dos 750 internados no Einstein, 52% foram para UTI ou para semi-intensiva e quase 20% precisaram de ventilação mecânica. A taxa de mortalidade foi de 7,5%.

Em janeiro deste ano, das 720 internações, 28% foram para a UTI ou semi e 7% precisaram de intubação. E a taxa de mortalidade foi de 5%. Em abril e maio últimos, dos 228 internados, 28% foram para a UTI, 2% precisaram de internação. A taxa de mortalidade está em 0,4%.

Para o infectologista Icaro Boszczowski, do Oswaldo Cruz, a menor frequência de casos graves tem a ver com evolução natural da pandemia, à medida que as pessoas estão vacinadas e, ao mesmo tempo, expostas à doença natural.

“A tendência é que as próximas ondas sejam menos intensas não do ponto de vista do número de infectados, mas do nível de gravidade. Até que a Covid se torne uma doença endêmica, que vá ter períodos sazonais e internações dos mais vulneráveis, mas que não estresse tanto os sistemas de saúde”.

Cláudia Collucci, Folhapress

PF fará perícia em possível material genético localizado em lancha de suspeito no AM.

A Polícia Federal fará a perícia do que acredita ser material genético encontrado na lancha de Amarildo Oliveira, 41, o pescador conhecido como Pelado, preso na última terça-feira (7) por porte de munição ilegal.
Segundo a Polícia Militar do Amazonas, a lancha de Amarildo foi avistada seguindo o indigenista Bruno Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips antes de eles desaparecerem no último domingo (5), quando transitavam pelo Vale do Javari rumo a cidade de Atalaia do Norte.

O barco foi rastreado até Pelado, um pescador da região que, segundo a Univaja (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari), tem histórico de ameaças e violências contra indígenas e indigenistas.

A prisão de Pelado, por enquanto, não tem relação com o caso do desaparecimento.

Ele foi abordado na comunidade de São Gabriel —a mesma onde os dois foram avistados pela última vez— em razão da identificação de sua lancha, mas preso em flagrante com munição de fuzil e calibre 16, que são de uso restrito.

“As equipes investigam a possibilidade da existência de vestígios de amostras biológicas e digitais deixadas na lancha, tanto pelo suspeito quanto pelos tripulantes”, diz a PF.

Uma autoridade que atua diretamente na investigação, mas que pediu para não ser identificada, afirmou que ainda não há evidências materiais contra Pelado no caso.

A perícia do material pode justamente encontrar uma prova técnica que o relacione diretamente ao desaparecimento —mas também pode concluir que é um resto de animal, por exemplo.

Pelado é uma das seis pessoas que até agora foram ouvidas nas operações de busca da dupla.

O pescador era defendido, segundo informações do jornal O Globo, pelos procuradores dos municípios de Atalaia do Norte e Benjamim Constant, Ronaldo Caldas e Davi Barbosa de Oliveira. Eles deixaram o caso após a reportagem revelar o caso.

“Embora não tivesse relação com o cargo de Procurador, visto que se tratava de uma causa particular, achei por bem deixar a defesa do Amarildo”, disse Davi Barbosa ao jornal carioca.

Em nota ao O Globo, a Prefeitura de Atalaia do Norte disse que Caldas “foi procurado pela família” para defender Pelado, pois ele “também atua como advogado particular”. O comunicado também diz que “o serviço não tem qualquer relação com a gestão municipal”.

A prefeitura de Benjamin Constant não se pronunciou.

Cinco destas foram ouvidas como testemunhas e uma na condição de suspeito. Pessoas ligadas às investigações dizem que ele é quem foi interrogado como suspeito, mas essa informação não foi confirmada oficialmente pela Secretaria da Segurança Pública do estado.

Dentre as outras pessoas ouvidas estão os também pescadores Jâneo e Churrasco —ambos foram liberados na noite da última segunda-feira (6), após o depoimento.

Churrasco, inclusive, é quem Pereira e Phillips iriam encontrar na manhã de domingo, quando retornavam de uma viagem. Eles chegaram a passar pela comunidade de São Rafael, onde ele vivia, mas não o encontraram.

Então seguiram viagem de retorno para a sede do município de Atalaia do Norte, mas, no meio do caminho, desapareceram.

Segundo Eliésio Marubo, advogado da Univaja, Pelado “fez algumas ameaças contra a equipe” da entidade no último final de semana. O grupo era acompanhado por Pereira e Phillips.

Dias antes da viagem, Marubo, Pereira e outros membros da Univaja haviam recebido uma carta com ameaças de morte.

Antes ainda, no meio de abril, membros da Univaja relataram em boletim de ocorrência, que pescadores os ameaçaram de morte em público, na principal praça de Atalaia do Norte.

Segundo o documento, os pescadores tentaram agredi-los com socos e disseram que dariam “tiro na cara” deles, além de sentenciarem que eles teriam o mesmo fim que o servidor da Funai morto a tiros em 2019.
João Gabriel/Folhapress

IBGE diz que vai adiar Censo se tiver que incluir questões sobre orientação sexual

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) afirmou nesta quinta-feira (9) que a inclusão de perguntas sobre orientação sexual e identidade de gênero no questionário do Censo Demográfico inviabilizaria a realização do levantamento em 2022.
A manifestação vem após o tema parar na Justiça. Na sexta-feira (3), ao acolher pedido do MPF (Ministério Público Federal), a Justiça Federal do Acre determinou a inclusão das perguntas no questionário.

O problema, segundo o IBGE, é que não haveria tempo hábil para a medida, já que o início da coleta das informações está previsto para agosto.

Na avaliação do instituto, a inclusão também geraria “impacto econômico severo”, aumentando os custos do Censo além do seu orçamento, estimado em R$ 2,3 bilhões.

“Sobre a decisão da Justiça Federal do Acre, o IBGE informa que, a menos de dois meses do início da operação do Censo Demográfico 2022, não é possível incluir no questionário pergunta sobre ‘orientação sexual/identidade de gênero’ com técnica e metodologia responsáveis e adequadas —muito menos com os cuidados e o respeito que o tema e a sociedade merecem”, afirmou o instituto.

“Inserir tais quesito em um Censo Demográfico, em cima da hora, sem prévios estudos, testes e treinamentos, seria ignorar a complexidade e o rigor de uma operação censitária do porte continental da brasileira —cuja discussão e elaboração dos questionários e sucessivos planejamentos e preparações se iniciaram em 2016”, acrescentou.

O IBGE disse ainda que acionou a AGU (Advocacia-Geral da União) para recorrer da decisão judicial e “evitar o adiamento” da pesquisa.

“Seria irresponsabilidade arriscar a integridade do Censo Demográfico enquanto principal pesquisa do país, ainda que por iniciativa inspirada em legítimas causas e boas intenções”, afirmou.

“Nesse caso —para dar cumprimento escorreito [sem falhas] à liminar da Justiça do Acre— restaria ao IBGE, como única alternativa possível, o adiamento do Censo 2022”, completou.

O MPF, que pediu a inclusão das perguntas no questionário, argumenta que a obtenção das informações sobre orientação sexual e identidade de gênero é importante para subsidiar políticas públicas mais eficientes com foco na população LGBTQIA+.

“A informação estatística cumpre um significativo papel na efetivação de políticas públicas por evidenciar questões sociais ainda latentes, e é somente a partir do conhecimento da quantidade e condições de vida dessas populações que suas demandas sociais podem fazer parte da agenda estatal”, afirmou o órgão na sexta.

Já o IBGE entende que, em razão da metodologia, o Censo “não é a pesquisa adequada para sondagem ou investigação de identidade de gênero e orientação sexual”, segundo comunicado divulgado em março pelo instituto.

“A metodologia de captação das informações do Censo permite que um morador possa responder por ele e pelos demais residentes do domicílio”, justificou o órgão à época.

“Pelo caráter sensível e privado da informação, as perguntas sobre a orientação sexual de um determinado morador só podem ser respondidas por ele mesmo”, completou na ocasião.

O IBGE também disse nesta quinta que os quesitos relacionados à identidade de gênero e à orientação sexual já estão previstos para investigação no conjunto de pesquisas que compõem o Sistema Integrado de Pesquisas Domiciliares do instituto.

Entre elas, estão a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), no primeiro trimestre de 2023; a PNDS (Pesquisa Nacional de Demografia em Saúde), que irá a campo no segundo trimestre de 2023; a PNS (Pesquisa Nacional de Saúde), agendada para 2024; e a próxima edição da POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares).

Após o início da polêmica, o órgão divulgou em maio um levantamento inédito relacionado ao tema. De acordo com esse estudo, 94,8% das pessoas de 18 anos ou mais no país se declaram heterossexuais. Entre os entrevistados, 1,8% se disse homossexual (1,13%) ou bissexual (0,69%).

A pesquisa, porém, foi vista por especialistas como frágil por ignorar a sexualidade de pessoas transgênero e promover um reforço simbólico da heterossexualidade como padrão.

Leonardo Vieceli, Folhapress

Prefeitura revitaliza a iluminação pública de duas importantes avenidas

Com recursos próprios, a Prefeitura de Ipiaú, através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, vem revitalizando a iluminação pública da Avenida Benedito Lessa e da rotatória desse logradouro com a Avenida Tancredo Neves, nas proximidades da Praça Álvaro Jardim.

Já foram instaladas 42 iluminarias com braços de três metros e lâmpadas de LED de 150 W que são mais seguras, sustentáveis, económicas e darão mais segurança e um melhor aspecto urbanístico ao local. Na rotatório foram instalados mais cinco postes ornamentais com quatro iluminarias em cada um.
A Avenida Lauro de Freitas também está com a iluminação passando por mudança: até então 40 lâmpadas com a mesma potência foram instaladas. De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano, outras lâmpadas na mesma avenida serão trocadas em breve.
José Américo Castro

PAUTA DA 16ª SESSÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA MUNICIPAL DE IPIAÚ

Na noite desta quinta-feira, 9 de junho, a Câmara Municipal de Ipiaú realiza a 16ª Ordinária da atual legislatura. Em pauta estão um Projeto de Lei e dois projetos de Resolução, além do uso da Tribuna Livre. Do PEQUENO EXPEDIENTE P constam as leituras das indicações dos parlamentares ao Poder Executivo.

No GRANDE EXPEDIENTE ocorrerão as leituras do Projeto de Lei N.º07/2022, do Poder Executivo , que dispõe sobre as Diretrizes Orçamentárias para o exercício financeiro do ano de 2023, e dos pareceres aos projetos de Resolução números 003 e 004/2022que respectivamente concede a Comenda Altino Cosme Cerqueira, aos defensores públicos Rebeca Sampaio Lima e Silva e Raphael Varga Scorpião

A TRIBUNA LIVRE será ocupada pelo ambientalista Valmir Roque dos Santos, o popular “Luquinha” que abordará temas relativos à Semana Nacional do Meio Ambiente, preservação de recursos hídricos e desmatamento na região.

A ORDEM DO DIA será voltada para a discussão e votação dos projetos de Resolução 003 e 004 /2022. Em seguida o espaço será aberto para as considerações finais dos vereadores presentes no plenário.

Na sessão da última quinta-feira, 2, o plenário da Câmara aprovou o Projeto de Lei Complementar N.º 009, de 15 de março de 2022, que dispõe sobre a estrutura organizacional da casa, e o Projeto de Lei Complementar N.º 010, de 15 de março de 2022 que dispõe sobre a criação do Plano de Cargos, carreiras e Salários dos Servidores Públicos do Poder Legislativo Municipal. ( José Américo Castro).

Secretaria de Ação Social promove festa junina para os usuários dos CRAS

A Secretaria de Ação Social de Ipiaú, através dos Centros de Referência de Assistência Social- CRAS, do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos – SCFV, promove durante este mês de junho o Arraiá Meu Xodó .
Trata-se de um evento itinerante que envolve a comunidade e os usuários dos serviços do CRAS, objetivando a valorização da cultura nordestina, troca de vivências, socialização e o resgate de memória afetiva do período junino.
A estreia do projeto aconteceu na tarde da última quarta-feira, 7, na Praça do Cruzeiro, com muito forró e brincadeiras. A puxada, animada por um carro de som, percorreu algumas ruas, ganhando a adesão da população e mostrando a importância da convivência social.
Nesta quinta-feira,9, a festança começa às 15 horas, na Praça do Honório e deverá repetir o sucesso do dia da estreia. Os cortejos foram programados para as áreas de abrangência do CRAS I e CRAS II, estando os usuários com figurinos junino, trazendo assim mais colorido por onde passa.

Na próxima quarta-feira, 14, a festança será na Praça Rui Barbosa, a partir das 16h, onde terá uma quermesse junina, show musical e outras apresentações culturais com a participação dos usuários do CRAS I, II, Fazenda do Povo e Córrego de Pedras. A secretária da Ação Social e Desportos tem sido presença constante no evento.
José Américo Castro/Prefeitura de Ipiaú/Dircom

Fiocruz alerta para alta de 39,5% das síndromes respiratórias graves BRASIL


A média móvel semanal de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) cresceu 39,5% entre a primeira e a última semana de maio, segundo o boletim InfoGripe divulgado hoje (9) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Entre os dias 29 de maio e 4 de junho, foram registrados no país 7,7 mil casos da síndrome.

A Fiocruz informa ainda que, se for considerada apenas a população adulta, com 18 anos ou mais, a estimativa é que esse crescimento tenha sido de 88,7%. Entre as crianças, os casos se mantêm estáveis em patamar considerado alto e continuam mais associados ao vírus sincicial respiratório (VSR).

O estudo mostra que o SARS-CoV-2 está retomando espaço entre os casos de síndrome respiratória na população em geral. Na última semana de abril, a covid-19 respondia por 41,2% das síndromes respiratórias graves com teste positivo para algum vírus. Já na última semana de maio, o percentual chegou a 69%. Se forem considerados apenas os óbitos por SRAG viral, 92,22% foram causados pelo SARS-CoV-2 na última semana pesquisada.

O boletim aponta que, nas últimas seis semanas, há tendência de crescimento da síndrome em 24 das 27 unidades da federação. As exceções são Tocantins, Ceará e Pernambuco. Os pesquisadores acrescentam que, no Rio Grande do Sul, tem se observado aumento também nos casos positivos para Influenza (gripe) em diversas faixas etárias.

O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, alerta que o momento é de retomar medidas preventivas contra o coronavírus e pede que a população não deixe de tomar as doses de reforço disponíveis para suas faixas etárias.

“É fundamental que a população retome certas medida simples e eficazes, como o uso de máscaras, especialmente no transporte público, seja ele coletivo ou individual – tais como ônibus, trem, metrô, barcas, táxis e aplicativos. E quem ainda não tomou a dose de reforço da vacina da covid, é preciso tomar. A vacinação é simplesmente fundamental”, disse. “Ela é fundamental em todo o país porque esse cenário, que hoje é particular no Rio Grande do Sul, pode acabar refletindo nos demais estados nas próximas semanas”.

Agência Brasil

ACM Neto defende ações para fortalecer agricultura na região de Irecê

O pré-candidato a governador ACM Neto (União Brasil) abordou nesta quarta-feira (8), em evento na cidade de Irecê, a falta de projetos do governo do estado na região voltados para a agricultura. Apesar do passado glorioso com o feijão, os 19 municípios têm acumulado nos últimos anos perdas significativas na produção agrícola, o que contribui para a região ter atualmente o segundo menor PIB da Bahia. Para ele, só há uma solução: “o governo precisa chegar junto dos produtores e dos prefeitos e ajudar a planejar”.

Entre 2002 e 2006, a participação da região no Valor da Produção Agrícola da Bahia era de 2,7%. No governo mais recente, entre 2015 e 2019, a cota caiu para 1,6%, segunda menor do interior do estado. “Em todos os cantos em que a gente chega, entende que as pessoas que vivem no campo, às vezes, só precisam de uma pequena ajuda do poder público. Mas essa ajuda hoje não chega. Em alguns lugares, os agricultores não têm nem equipamentos, como um trator, através de uma associação, para ajudar na produção”, citou Neto.

O pré-candidato citou duas áreas que, se seguido o exemplo dos projetos de irrigação em Juazeiro, poderiam virar novos vetores de expansão agrícola da Bahia e do Brasil: o Baixio e o Platô de Irecê. “Visitei o Baixio e vi que ainda temos poucas pessoas produzindo lá. É preciso acelerar a ocupação e iniciar a produção. Chegar junto aos prefeitos e planejar a área. O estado precisa entregar serviços de saúde, de educação. Dar infraestrutura, porque o que vemos são estradas vicinais e rodovias em estados ruins de conservação”, disse.

Neto citou, sobretudo, a escassez de água e a falta de projetos do governo do estado para a irrigação. No caso do Baixio, a obra demorou 15 anos e deu-se por concluída em abril de 2015, porém irrigando apenas um terço do previsto no projeto inicial. Ainda assim, passados sete anos, os lotes irrigados seguem sem qualquer produção. No caso do Platô, a ausência de projetos de abastecimento de água por parte do governo do estado deixa uma área de 15 mil km², de topografia plana e solo fértil, sem cobertura produtiva.

Homem é flagrado com 120 kg de drogas em São Gonçalo dos Campos

Integrantes do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) capturaram um homem com 120kg de maconha, na tarde de quarta-feira (8), no município de São Gonçalo dos Campos, durante ação de policiamento ostensivo, nas proximidades da rodovia BA 502, no KM 14.

Ao estranharem o comportamento do motorista, os PMs realizaram a abordagem e, no interior do carro, foram encontrados 116 tabletes de maconha, além de R$ 1.577,00 em espécie, duas maquininhas de cartão de crédito, dois aparelhos celulares, um relógio, um óculos de sol, uma carteira com oito cartões de crédito e uma caixa de ferramentas.

O homem e todo material apreendido foram apresentados para a Delegacia Territorial da cidade.

Fonte: DCS PM
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Covid-19: Xangai volta ao confinamento obrigatório

As autoridades de saúde chinesas voltam a impor, em algumas áreas da cidade, o confinamento obrigatório em Xangai por causa da covid-19.
Depois de uma quarentena geral que manteve em casa, durante dois meses, 25 milhões de habitantes, a cidade reabriu, mas com o reaparecimento de alguns novos casos corre agora o risco de voltar a fechar.

A decisão vai ser tomada em breve pelas autoridades chinesas.
Agência Brasil

Jerônimo e o poder de transferência de Lula na Bahia, por Raul Monteiro

A despeito dos esforços em terra firme, a campanha de Jerônimo Rodrigues está nas mãos de Deus, ou melhor, de Lula. Assim quiseram desde o princípio os articuladores do candidato petista ao governo. Jerônimo nunca foi apenas Jerônimo, como é, por exemplo, o candidato do União Brasil ao governo, ACM Neto. Mas o candidato de Lula. Aliás, foi por este motivo que, apesar de desconhecido, ele se tornou o nome nas mãos de quem a cúpula petista depositou todas as esperanças para dar continuidade ao projeto do PT, que começou a ser executado com a surpreendente eleição do então deputado federal Jaques Wagner ao governo da Bahia, há quase 16 anos.

A perspectiva de Lula se transformar na grande alavanca da candidatura de Jerônimo é o que moveu e move o PT baiano. Ela se baseia em premissas registradas em um passado de vitórias que tiveram como guia o ex-presidente petista. Foi assim com o próprio Wagner, em 2006, que abriu para o PT as até então inimagináveis portas do cobiçado Palácio de Ondina. Repetiu-se na sua reeleição e, depois, em 2014, no sucesso eleitoral do nome que ungiu – contra boa parte do partido e sob relativa desconfiança das demais forças políticas – para sucedê-lo, tudo sob as bençãos da máxima segundo a qual estavam todos ali juntos no mesmo time de Lula.

Mas há uma diferença entre as experiências anteriores, representadas pelo sucesso eleitoral obtido por Wagner e, na sequência, pelo governador Rui Costa (PT), e a que o PT deseja colocar em marcha agora. Tanto o primeiro quanto o segundo não registravam, na época em que conseguiram ser eleitos, um nível de desconhecimento tão grande no eleitorado baiano quanto o que Jerônimo demonstra a dia de hoje. Além de deputado federal de alguns mandatos, com votos espalhados pelo Estado, Wagner já havia liderado uma campanha ao governo. Rui também fora vereador em Salvador, deputado federal e seu secretário de Relações Institucionais.

Portanto, tornar-se conhecido, até para poder efetivamente beneficiar-se das estratégias de vinculação com o nome de Lula, é, neste momento, o principal desafio de Jerônimo e daqueles que tocarão a comunicação de sua campanha, num prazo que já não é grande para tarefa tão crucial. Mas ainda que a meta de tornar-se uma personalidade com CPF político próprio seja atingida por Jerônimo e sua equipe em tempo recorde, nada garante que a inclusão de seu nome no time de Lula será suficiente para alavancar seu nome entre os eleitores baianos, aos quais se apresenta com vigor uma alternativa ao ciclo administrativo petista.

O que ele precisa de fato para se tornar um quadro competitivo e a ameaçar o favoritismo de ACM Neto apontado pelas pesquisas é que o grau de transferência de votos de Lula para seus apadrinhados na campanha atual seja tão forte e efetivo quanto foi no passado. Que Lula é uma liderança fortíssima na Bahia é fato inconteste. Se sua eleição dependesse apenas do eleitor do Estado, já podia se considerar empossado. O que não se sabe é se, mesmo na Bahia, depois de tudo porque passou e do crescimento do sentimento antipetista, mantém o poder de atribuir votos a terceiros que fez absolutamente toda a diferença para aqueles que apadrinhou no passado.

* Artigo do editor Raul Monteiro publicado na edição de hoje da Tribuna.

Raul Monteiro*

Bivar diz que União ‘desembarca’ do PSDB em todo o país e que topa conversar com Haddad

O pré-candidato à Presidência da República pelo União Brasil, Luciano Bivar (PE), disse que o partido desistirá de qualquer aliança com o PSDB no país. A decisão foi tomada após os tucanos firmarem acordo para indicar Tasso Jereissati (PSDB-CE) à vaga de vice na chapa de Simone Tebet (MDB-MS).

Em São Paulo, ele admitiu conversar até mesmo com o pré-candidato do PT, Fernando Haddad. “A gente pode apoiar Haddad, se não tiver candidato. O que nós queremos é defender a democracia. Ele fala que defende a democracia. Como não temos mais qualquer compromisso em São Paulo, pode ser um caminho”, disse. A informação é do jornal “O Globo”.

Após gelo diplomático, Bolsonaro e Biden se reunirão pela 1ª vez

Diferentes no estilo, na visão política e no trato, os presidentes Jair Bolsonaro e Joe Biden terão seu primeiro encontro nesta quinta-feira em Los Angeles. Se tudo der certo nas previsões do Itamaraty e da Casa Branca, o encontro será lembrado apenas pela foto dos dois presidentes juntos. A reunião foi articulada às pressas e não houve a costura de uma agenda comum do encontro.

Biden evitou qualquer contato com Bolsonaro desde que assumiu a Casa Branca, em janeiro de 2021, mas se dobrou à ideia de um encontro bilateral com o brasileiro na iminência de sediar uma Cúpula das Américas esvaziada. Garantir a reunião foi a forma como encontrou para atrair Bolsonaro, que até então se sentia desprezado pelo americano.

Uma extensa lista de tópicos é mencionada por diplomatas brasileiros quando o assunto é o encontro bilateral, mas os aliados de Bolsonaro sabem que o que pode render manchetes é a conversa sobre eleições no Brasil. Bolsonaro coloca em xeque a legitimidade da eleição de Biden, como cópia do discurso de seu ídolo, o ex-presidente Donald Trump. Também seguindo o exemplo do republicano, o presidente brasileiro ataca o sistema eleitoral do próprio país, o que preocupa a Casa Branca.

Nos anos em que Trump era presidente, Bolsonaro teve três amigáveis reuniões com o americano, incluindo uma recepção oficial na Casa Branca, algo que Biden nunca ofereceu. A distância que quer manter de Bolsonaro é mantida mesmo no esforço de aproximação nas últimas semanas. Para convencer o argentino Alberto Fernández a viajar para a Califórnia, por exemplo, Biden fez um telefonema para a Casa Rosada e prometeu recebê-lo na Casa Branca em julho. Com Bolsonaro, mandou um interlocutor.

De nenhum dos lados há a expectativa de que seja um encontro de “caneladas”, mas Biden não deve se furtar aos assuntos incômodos, segundo a Casa Branca. Nesta quarta-feira, o Conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, afirmou que o americano irá tratar da questão de eleições “abertas, livres, justas, transparentes e democráticas” no Brasil. Parlamentares do partido democrata e ativistas ainda pedem que Biden cobre Bolsonaro sobre posicionamento a respeito do desaparecimento do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira na Amazônia.

A Casa Branca também quer tratar da questão ambiental, cara ao governo Biden. Segundo Sullivan, é uma área onde pode haver progresso concreto na relação entre os dois países. Diplomatas próximos a Bolsonaro dizem que o presidente está pronto para comentar bons resultados do Brasil na questão, adotados desde abril do ano passado, após pressão dos americanos pelo compromisso do Brasil com metas concretas para reduzir o desmatamento.

Mas o mais importante para Biden era que Bolsonaro viajasse a Los Angeles, por isso a ideia da Casa Branca não é fazer uma agenda de cobranças. A imprensa americana vinha tratando o encontro das Américas como um fiasco, pela ausência de lideranças da região como o mexicano López Obrador. O equilíbrio para fazer o encontro acontecer, no entanto, é delicado. De um lado, o americano estava pressionado pelo risco de um evento micado e a falta de liderança na região. De outro, qualquer aproximação com Bolsonaro é alvo de ataques da base progressista do partido democrata.

Na pauta, o Brasil quer se posicionar como um potencial fornecedor de energia, um player na discussão de segurança alimentar e manter canal de diálogo para que sanções econômicas sobre a Rússia não afetem a logística do transporte de fertilizantes ao País. Como pedido, o Brasil também pretende solicitar a Biden que derrube a cota de importação de aço brasileiro, com argumento de que as restrições à indústria nacional beneficiam exportações russas.

Diplomatas brasileiros argumentam que a reunião poderia desfazer a imagem de que Bolsonaro é um pária internacional. Também dizem que o encontro pode virar a página de eventuais desavenças pessoais entre os dois líderes. Em Washington, no entanto, a percepção de diplomatas é de que é tarde demais para isso. Durante um coquetel com diplomatas, jornalistas e autoridades regionais, um empresário de alto escalão afirmou que a proximidade das eleições brasileiras, em outubro, derruba o interesse por Bolsonaro no evento. A estrela da vez é o chileno Gabriel Boric, que fez sua estreia nos EUA e lotou salas de reunião com empresários.

Beatriz Bulla/Estadão Conteúdo

UE vota pela proibição da venda de carros a gasolina e diesel

(ANSA) - O Parlamento Europeu aprovou nesta quarta-feira (8) uma proposta da Comissão Europeia que prevê a proibição das vendas de veículos novos com motores a combustão, a partir de 2035, no continente.

Durante sessão plenária em Estrasburgo, o plano inserido no chamado "Pacto Verde", que visa a neutralidade de carbono em 2050, recebeu 339 votos a favor, 249 contra e 24 abstenções.

A iniciativa ainda precisa ser negociada com os Estados-membros da UE, mas os eurodeputados apoiaram um caminho para reduzir as emissões das frotas de utilitários de 15% em 2025 em relação a 2021, 55% em 2030 e 100% em 2035, enquanto a redução exigida para vans no final da década é de 50%.

Os países da UE devem discutir sua posição sobre a descarbonização da indústria automotiva no Conselho de Ministros do Meio Ambiente, previsto para ser realizado em 29 de junho em Luxemburgo.

No entanto, a aprovação da proposta é vista como uma ameaça para a indústria automotiva na Europa e uma rápida transição para o uso de modelos totalmente elétricos.

"Existem 70 mil empregos em risco na indústria automotiva, ligados à produção de componentes que não serão utilizados para a elétrica", alertou o diretor da Associação Nacional da Indústria Automotiva (Anfia), Gianmarco Giorda, após o aval.

Segundo Giorda, "o carro elétrico não é capaz de compensar a perda de vagas de trabalho". "Não basta construir estações de carregamento ou outros componentes. São necessárias ações para trazer para a Itália partes da cadeia de suprimentos ligadas à produção de baterias para carros elétricos", acrescentou.

Para o diretor da Anfia, o uso do hidrogênio "é uma tecnologia, pode ser uma oportunidade, mas no momento é apenas um nicho".

A votação sobre o dióxido de carbono dos veículos é apenas uma pequena parte do pacote legislativo chamado "Fit for 55" para reduzir as emissões de CO2 da UE em pelo menos 55% até 2030 em comparação a 1990 e alcançar a neutralidade climática até 2050. (ANSA)

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