Em Eunápolis, Jerônimo afirma que dará atenção especial ao autismo e às pessoas com deficiência BAHIA

O pré-candidato a governador do Estado Jerônimo Rodrigues (PT) afirmou neste domingo (12), em Eunápolis, que o seu programa de governo garantirá um lugar especial para as pessoas com deficiência. “Também temos que ajudar as famílias”, defendeu o ex-secretário da Educação durante a plenária do Programa de Governo Participativo (PGP) para a Costa do Descobrimento.

“São pessoas com dificuldade de locomoção, de visão, de audição e a sociedade precisa estar preparada para lidar com todas elas”, anunciou Jerônimo, que também destacou a importância de fortalecer e ampliar políticas públicas para pessoas com autismo na Bahia: “esse tema tem que estar no programa de governo”, afirmou.

Além de diversas lideranças políticas, a 15ª edição do PGP contou com as presenças do pré-candidato a vice-governador Geraldo Júnior (MDB) e do senador Jaques Wagner (PT). O senador e pré-candidato à reeleição Otto Alencar (PSD) não participou do encontro em Eunápolis por conta de um procedimento médico, realizado sábado (10), em Salvador. Otto teve alta neste domingo, mas não pôde participar do encontro por recomendação médica.

‘Estou construindo uma nova história na minha vida’, diz Cacá Leão sobre disputa ao Senado

Durante viagem pelo sudoeste baiano, na última sexta-feira (10), o deputado federal Cacá Leão (PP), pré-candidato a uma vaga no Senado Federal na chapa majoritária de ACM Neto (União), declarou estar vivendo o maior desafio da sua carreira. O parlamentar falou ainda da bagagem que possui, “fruto de anos de experiência na política”.

“Comecei muito cedo na política, fui deputado estadual, por duas vezes deputado federal, estou entre os parlamentares mais influentes do Brasil e, agora, passo para o maior desafio da minha vida pública. Estou, sem dúvidas, construindo uma nova história na minha vida”, afirmou.

Cacá disse ainda que carrega em sua pré-candidatura o desejo de ser a voz da Bahia e representar os anseios dos baianos no Congresso Nacional. “Comigo no Senado, ACM Neto e a Bahia terão um parceiro, um amigo para ajudar a cuidar do povo”, afirmou o progressista.

O filho do vice-governador João Leão (PP), exaltou o “DNA político de amor pela Bahia” e disse também que é com o sentimento de almejar mudanças que entrou na disputa do pleito deste ano. “Eu batalharei por investimentos, para viabilizar obras estruturantes, que vão gerar emprego e renda, a melhoria da educação, saúde, segurança, todos esses temas importantes para a vida dos baianos e baianas”.

Em Ourolândia, Roma defende mais infraestrutura para escoar produção agropecuária BAHIA

O pré-candidato a governador da Bahia, ex-ministro da Cidadania e deputado federal João Roma (PL) reforçou o compromisso de fortalecer o agronegócio na Bahia na passagem que realizou neste domingo (12) por Ourolândia, na região da Chapada Diamantina. Roma caminhou pelas ruas da cidade antes de acompanhar a assinatura de ordem de serviço para o asfaltamento de estrada que liga a sede do município aos povoados de Alazão e Casa Nova e também para melhorar a infraestrutura de estradas vicinais da região.

“Ourolândia se destaca pela produção rural e pela mineração, mas, como toda a Bahia, a região enfrenta dificuldades para escoar essa produção. O governo do presidente Jair Bolsonaro tem um olhar especial para a Bahia e tem feito obras importantes em nosso Estado”, disse João Roma. Na sexta-feira (10) e no sábado (11), o pré-candidato esteve em Ipirá e em Macaúbas, quando também defendeu os investimentos em infraestrutura para alavancar a produção rural. Na Câmara Municipal de Ipirá, Roma recebeu moção de aplauso pelos serviços prestados ao município.

João Roma também apresenta suas propostas para o agronegócio baiano no encontro “Agro em Pauta”, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), no Comércio, em Salvador, a partir das 10h desta segunda-feira (13). Além de falar de seus projetos para o desenvolvimento do segmento, ele também receberá um documento da instituição contendo propostas do setor agropecuário baiano. O evento será transmitido pelo canal da entidade no YouTube.

Brasil registra 43 mortes por Covid e mais de 22 mil casos em 24 horas

O Brasil registrou 43 mortes por Covid e 22.642 casos da doença, neste domingo (12). Com isso, o país chega a 668.177 vidas perdidas e a 31.472.315 pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 desde o início da pandemia.

Mais uma vez a média móvel de mortes voltou a superar a marca de 100 óbitos por dia. Neste momento, a média é de 160 vidas perdidas diariamente, uma situação de aumento em relação aos dados de duas semanas atrás (ou seja, com variações superiores a 15%).

Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraíba e Rondônia não registraram mortes.

A média móvel de casos continua em crescimento acentuado. Agora, a média é de 45.507 pessoas infectadas por dia, aumento de 82% em relação às informações de duas semanas atrás.

Os dados do país, coletados até 20h, são fruto de colaboração entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são recolhidas pelo consórcio de veículos de imprensa diariamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

No sábado (11), o Brasil registrou a aplicação de 2.310.020 doses. De acordo com dados das secretarias estaduais de Saúde, foram aplicadas 718 primeiras doses e 251.526 segundas doses. Também foram registradas 2.057.681 doses de reforço.

Dessa forma, ao todo 178.779.379 pessoas receberam pelo menos a primeira dose de uma vacina contra a Covid no Brasil —166.989.406 delas já receberam a segunda dose do imunizante ou a dose única da vacina da Janssen.

Assim, o país já tem 83,23% da população com a 1ª dose e 77,73% dos brasileiros com as duas doses ou com uma dose da vacina da Janssen.

Até o momento, 95.962.417 pessoas já tomaram dose de reforço. Outros 4.186.541 tomaram a quarta dose da vacina.

O consórcio reúne também o registro das doses de vacinas aplicadas em crianças. A população de 5 a 11 anos parcialmente imunizada (com somente a primeira dose de vacina recebida) é de 62,01%, totalizando 12.711.833 Na mesma faixa etária, 36,16% (7.413.238) recebeu a segunda dose ou a dose única.

Os dados da vacinação contra a Covid-19 foram afetados pelo ataque hacker ao sistema do Ministério da Saúde, ocorrido em dezembro, o que levou à falta de atualização em diversos estados por longos períodos de tempo.

O consórcio de veículos de imprensa recentemente atualizou os números de população brasileira usados para calcular o percentual de pessoas vacinadas no país. Agora, os dados usados são a projeção do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para 2022. Todos os números passam a ser calculados de acordo com esses valores, inclusive os do ano passado. Por isso, os percentuais de pessoas vacinadas podem apresentar alguma divergência em relação aos números publicados anteriormente.

Mesmo quem recebeu as duas doses ou uma dose da vacina da Janssen deve manter cuidados básicos, como uso de máscara e distanciamento social, afirmam especialistas.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (PL), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.

Estadão Conteúdo

Novo estudo documenta provável transmissão de Covid de gato para humano

Uma médica veterinária da Tailândia provavelmente contraiu o coronavírus de um gato de estimação infectado no ano passado, concluíram pesquisadores em um novo estudo. É o primeiro caso documentado de suspeita de transmissão de gato para ser humano, embora os especialistas enfatizem que de modo geral o risco de gatos infectarem pessoas com o vírus permanece baixo.

Um dos dois donos do gato, ambos com Covid-19, provavelmente passou o vírus para o gato, que espirrou no rosto da veterinária, de acordo com o artigo escrito por cientistas da Universidade Príncipe de Songkla, na Tailândia.

O sequenciamento genômico confirmou que o gato e as três pessoas foram infectadas por uma versão idêntica do vírus, que não era difundida entre a população local na época. Os gatos são muito mais propensos a pegar o vírus de pessoas do que transmiti-lo a elas, dizem os cientistas.

Mas o caso é um lembrete de que as pessoas infectadas com o vírus devem tomar precauções com seus animais de estimação —e que veterinários e funcionários de abrigos que possam entrar em contato com animais infectados devem fazer o mesmo, disse Scott Weese, veterinário de doenças infecciosas na Universidade de Guelph, em Ontário (Canadá).

“Quando as coisas se tornam doenças humanas, muitas vezes esquecemos todo o resto”, disse ele. “Acho importante reconhecermos que esse vírus ainda pode se mover entre as espécies”.

Pesquisas anteriores mostraram que os donos de animais de estimação podem infectar seus gatos e que, em certas condições, os gatos podem transmitir o vírus uns aos outros. Mas tem sido difícil provar que a transmissão de gato para humano acontece em ambientes naturais. (Visons, hamsters e veados, segundo relatos, propagam o vírus para seres humanos).

O novo artigo foi publicado esta semana na revista Emerging Infectious Diseases, publicada pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC). Isso é um forte argumento para a transmissão de gato para humano, disse Weese: “Eles têm uma tese muito boa aqui”.

Em 4 de agosto, em Bangkok, um pai e seu filho desenvolveram sintomas de Covid-19 e posteriormente testaram positivo para o vírus. Devido à falta de leitos hospitalares em Bangkok, os dois foram transportados de ambulância em 8 de agosto para um hospital em Songkhla, província no sul da Tailândia, numa viagem de 20 horas. Por razões que não estão claras, eles levaram seu gato de estimação.

Quando os homens foram internados no hospital, o gato foi encaminhado para um hospital veterinário para exame. Embora o gato parecesse saudável, a veterinária, de 32 anos, coletou amostras nasais e retais, que deram positivo para o vírus. Enquanto a veterinária examinava o nariz do gato, ele espirrou em seu rosto. A veterinária estava usando luvas e máscara durante o exame, mas sem proteção facial ou para os olhos.

Em 13 de agosto, ela desenvolveu sintomas de Covid-19, incluindo febre e tosse. Pouco depois, testou positivo para o vírus.

O sequenciamento genômico revelou que os donos do gato, o gato e a veterinária estavam todos infectados com a mesma versão da variante delta, que era diferente das amostras virais colhidas de outros pacientes em Songkhla na época.

O teste de PCR sugere que o gato tinha alta carga viral no momento do exame veterinário. Nenhum dos contatos próximos da veterinária teve Covid-19 na época, e ela não teve encontros anteriores com os donos do animal, dando suporte à teoria de que o gato foi a fonte da infecção da veterinária. (Não ficou claro se ela se encontrou com os proprietários mais tarde).

O CDC recomenda que as pessoas infectadas com o vírus evitem o contato com animais de estimação. “Se você está tentando ficar longe das pessoas porque é potencialmente infeccioso”, disse Weese, “tente ficar longe dos animais também”.

Folhapress

Bahia não registra óbito por Covid-19 nas últimas 24 horas

Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 186 casos de Covid-19 e nenhuma morte. De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), de 1.554.649 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.522.078 são considerados recuperados, 2.615 encontram-se ativos e 29.956 pessoas foram a óbito.
Ainda segundo a Sesab, o boletim epidemiológico deste domingo (12) contabiliza ainda 1.896.247 casos descartados e 336.894 em investigação. De acordo com a secretaria, na Bahia, 63.681 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Vacinação

A Sesab ainda informa que 11.599.566 pessoas foram vacinadas contra a Covid-19 com a primeira dose, 10.693.092 com a segunda ou dose única, 6.047.341 com o reforço e 354.593 com o segundo reforço. Do público de 5 a 11 anos, 954.275 crianças foram imunizadas com a primeira dose e 524.197 tomaram também a segunda.

Tarcísio ora de joelhos em evento conservador e diz que esquerda nega Cristo

Pré-candidato ao governo de São Paulo, o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) foi a principal estrela da Cpac Brasil, evento conservador realizado no sábado (11) em Campinas.Em sua fala, defendeu a atuação do governo de Jair Bolsonaro (PL) na economia e no combate à pandemia e fez duras críticas à esquerda, que poderia levar a situação do Brasil à mesma vivida por Argentina e Venezuela.

“Nós não podemos permitir a volta da esquerda, o discurso da esquerda, por sinal um discurso horroroso, um discurso de negação da família. Quem nega a família nega Cristo”, disse.

Ele foi especialmente aplaudido quando pediu à plateia que defenda as realizações do presidente Jair Bolsonaro (PL) e ajude o governo federal a divulgá-las. Mencionou entre os principais feitos da atual gestão a privatização da Eletrobras.

Sobre a Covid, disse que foi a maior crise que a atual geração já enfrentou, mas que o desempenho de Bolsonaro foi fundamental para mitigar seus efeitos. “O que pouca gente sabe é que se não fosse o suporte do governo federal a estados e municípios, muitos não pagariam salário”, declarou.

Segundo ele, “o governo acertou muito”. “Salvou empregos, salvou pessoas por meio do Auxílio Emergencial, que depois virou o Auxílio Brasil”.

No final, Tarcísio ajoelhou-se no palco para receber uma oração especial feita pelo ex-senador Magno Malta (PL-ES), que é pastor evangélico.

Fábio Zanini/Folhapress

Rússia emite passaportes a moradores de regiões ocupadas na Ucrânia

A Rússia vem emitindo passaportes para residentes de cidades controladas pelo país no sul e sudeste da Ucrânia.

Os passaportes foram distribuídos para moradores de Kherson, cidade central na região de mesmo nome no sul ucraniano, e de Melitopol, na região de Zaporizhzhia, no sudeste do país. Forças russas detêm o controle efetivo das duas cidades.

A agência estatal de notícias da Rússia informou que 23 cidadãos de Kherson, que solicitaram passaportes russos, já receberam o documento.

O presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto, em maio, para simplificar os procedimentos de obtenção de passaportes.

Trata-se da primeira vez que houve emissão de passaportes russos para ucranianos com base no decreto.

Violação de soberania

O governo ucraniano reagiu rispidamente contra a atitude da Rússia, afirmando se tratar de uma “flagrante violação da soberania e da integridade territorial da Ucrânia”.

A imprensa ucraniana informou que muitos cidadãos do país foram forçados a solicitar passaportes depois de serem levados para a Rússia, ou forçados a abandonar suas residências depois da invasão russa na Ucrânia.

O vice-presidente da assembleia regional de Kherson também protestou, via redes sociais, mencionando que moradores locais recusam qualquer oferta de passaportes ou cidadania da Rússia, e que eles vão provar que é impossível a reconstrução do império russo.

O governo de Putin vem promovendo a política de conceder passaportes russos e cidadania para residentes ucranianos das áreas ocupadas por tropas russas nas regiões de Donetsk e Luhansk no leste da Ucrânia.

O lado ucraniano vem intensificando o alerta com o receio de que a Rússia poderia acelerar suas tentativas de reforçar a ocupação e controle de territórios ucranianos, mudando o status quo destes locais.

Por NHK (emissora pública de televisão do Japão) - Moscou

PRF faz a maior apreensão de maconha do ano em Ponta Porã

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 16,1 toneladas de maconha em Ponta Porã (MS), cidade localizada na fronteira com Paraguai, e a 316 quilômetros da capital do Mato Grosso do Sul, Campo Grande.

Segundo a corporação, essa é maior apreensão do Brasil em 2022. A apreensão foi feita ontem (11). Imagens da operação foram divulgadas nas redes sociais da PRF. De acordo com a postagem, o valor da droga apreendida ultrapassa R$ 34 milhões.

A maconha estava em uma carreta que supostamente transportava soja.

Edição: Kleber Sampaio
Por Agência Brasil - Brasília

Ipiaú: Idoso tem veiculo roubado e a Polícica Militar recupera em Aiquara logo em seguida.

Por volta das 13h30min, desse sábado (11/06/22) a Central de Operações da 55ª CIPM recebeu uma chamada, via 190, sobre um roubo de um veículo FIAT/Stilo, de cor prata,, Centro de Ipiaú.

De imediato foi dado o alerta geral para todas as guarnições da Companhia. Logo, a guarnição da 55ª CIPM/Aiquara fez o bloqueio na entrada da cidade, quando se deparou com o veículo roubado em alta velocidade, pulando as lombadas (quebra molas). Porém, ao passarem pela rua Ademar Vieira, centro da cidade de Aiquara, a guarnição conseguiu interceptar o veículo, no entanto, os ladrões que estavam dentro do carro, tentaram fugir a pé. Na fulga, um dos indivíduos invadiu um casa de um cidadão, sendo detido pelos policiais militares. Já os outros dois meliantes conseguiram fugir pelo matagal.

O bandido preso e o veículo recuperado, produto do roubo, foram apresentados no Plantão Central, em Ipiaú.

Autor: A. S. S., (masculino). 20 anos. Vitima: M. de J. (masculino 61 anos, End: rua 2 de Dezembros, bairro Waldemar Sampaio, Ipiaú.

Veiculo recuparado: FIAT/Stilo, cor prata, placa JSD0E24

Informações: ASCOM/55ª CIPM / PMBA, uma Força a serviço do cidadão!

Dianteira de Lula opõe ‘dois Brasis’ e acentua redesenho de forças BRASIL

A dianteira das intenções de voto no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em grupos da base da pirâmide social e a expressiva rejeição ao presidente Jair Bolsonaro (PL) nesses segmentos menos privilegiados sinalizam fenômenos para além da corrida ao Planalto deste ano.

Pesquisadores da ciência política e analistas têm identificado nas pesquisas eleitorais pistas de mudanças mais profundas, tanto no aspecto do poder de decisão —com influência mais sensível das camadas populares em detrimento das elitizadas— quanto no processo democrático.

Ao mesmo tempo, a vantagem de Lula em setores como mulheres, negros, pobres e moradores do Nordeste, em contraste com a predileção por Bolsonaro em estratos como homens, brancos, ricos e empresários, acentua a crescente divisão do eleitorado nos pleitos nacionais.

Fatores sociais, políticos e culturais ajudam a explicar a chamada clivagem social do voto, com contraposição clara entre fatias da população e também cisões dentro de parcelas específicas (homens estão mais divididos entre Lula e Bolsonaro, mulheres majoritariamente escolhem o petista).

Antes mais nítida no segundo turno, a segmentação se antecipou com o afunilamento precoce entre o petista, que no Datafolha tem 48%, e o atual mandatário, com 27%. O terceiro colocado, Ciro Gomes (PDT), possui 7%.

“É uma oposição entre dois Brasis”, diz o cientista político Felipe Nunes, também diretor da Quaest, que faz pesquisas eleitorais. Ele vê um cenário em que a polarização se torna não só política ou partidária, mas também social e afetiva. “Isso põe em jogo direitos, privilégios e recursos.”

O fato de Lula estar hoje 21 pontos percentuais à frente de Bolsonaro, com favoritismo superior entre classes menos favorecidas, evidencia o peso desses grupos nos rumos do pleito. Não se trata de um deslocamento do eixo definidor do resultado, mas de uma questão mais ampla.

Parcelas que aderem ao petista são numericamente robustas no total da população —mulheres, por exemplo, correspondem a 53%, e pessoas com renda familiar mensal de até dois salários mínimos são 52%, conforme o Datafolha—, mas avançaram em uma espécie de escala de poder simbólico.

Campanhas pelo empoderamento feminino e contra o racismo estão na raiz de alterações estruturais recentes, por exemplo. Há ainda a organização da visão de mundo por “bolhas”, maximizada pelas redes sociais, que contribui para o que Nunes classifica como esgarçamento social.

“As distâncias estão cada vez mais cristalinas, pautadas por pertencimento de grupo e identificação no espaço social. Grupos que sempre levaram desvantagem começaram a desenvolver um sentimento diferente. Não é mais olhar o patrão como amigo, a elite como algo que está ao lado”, diz ele.

Embora o ramo dos empresários represente 3% da população e a categoria dos que têm renda familiar superior a dez salários seja de 2%, historicamente o establishment assume papel importante em eleições por concentrar financiadores, agentes públicos e formadores de opinião.

“Grupos que antes talvez não eram foco de atenção da classe política estão se tornando cada vez mais cruciais e se mobilizando por seus interesses, como é o caso de mulheres, negros e jovens”, diz Natália de Paula Moreira, doutora em ciência política pela USP que estuda a participação feminina.

Teorias acadêmicas sustentam que eleições são mais do que votar em A ou B: elas promovem amadurecimento democrático a longo prazo. Ainda que inconscientemente, o cidadão tende a se politizar e a desenvolver senso mais aguçado de consciência e decisão.

A eleição de 2006, em que Lula derrotou aquele que hoje é seu vice, Geraldo Alckmin (à época no PSDB, agora no PSB), é considerada icônica para o movimento de fragmentação.

No Datafolha da véspera do segundo turno naquele ano, o candidato do PT abria larga vantagem, por exemplo, entre os mais pobres (69% a 31%), ao passo que o então tucano crescia conforme aumentava a renda, sendo o predileto na ponta mais endinheirada (56% a 44%).

Até então, a tendência era a de votações mais homogêneas, segundo o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda. Dados compilados por ele no livro “Emoções Ocultas e Estratégias Eleitorais” (ed. Objetiva) mostram distribuição mais equilibrada do vencedor dentro de cada estrato.

Por exemplo: na faixa de dois a cinco salários mínimos, Fernando Collor (PRN) teve 56% das intenções de voto em 1989; Fernando Henrique Cardoso (PSDB) pontuou 55% em 1994 e 59% em 1998; e Lula obteve 66% em 2002 e 57% em 2006. As proporções também se aproximavam quanto ao grau de escolaridade.

Lavareda, que é ligado ao instituto de pesquisas Ipespe, afirma que o quadro atual dá indícios de “maior autonomização das camadas de menor renda”, com convergência em Lula sobretudo pelo viés econômico. O bolsonarismo, afirma o especialista, envolve mais traços ideológicos.

Em 2018, a vitória de Bolsonaro resultou da adesão de parte da camada social mais elevada —porta-vozes do PIB, personalidades, líderes políticos— e do apoio popular movido por forte antipetismo.

Lavareda entende que, desta vez, “a economia ‘deselege’ Bolsonaro” e é ilusão pensar que “as elites, após a democratização da comunicação, ainda possam conduzir a formação de opinião dos segmentos inferiores”. De acordo com ele, a realidade demonstra que o eleitor é pragmático.

Outros pesquisadores concordam que é preciso considerar a crise econômica como pano de fundo da enxurrada de votos dos mais pobres em Lula. O petista evoca a memória de seus dois mandatos (2003-2010) para se colocar como alternativa ao atual estado de coisas.

Segundo o Datafolha, 53% das pessoas dizem que a economia influencia muito na decisão de voto, e 75% apontam que o governo Bolsonaro tem responsabilidade pela inflação.

“Se fosse verdade que os grupos da elite ainda dão as cartas, a terceira via estaria competitiva, e não é o que estamos vendo”, observa o cientista político Carlos Melo, que também é professor do Insper.

Para ele, a proibição de doações de empresas para campanhas e a criação do fundo eleitoral público, da ordem de R$ 5 bilhões neste ano, propiciaram menor dependência dos partidos em relação à iniciativa privada —o que não exclui aproximações.

Melo lembra que em 2002 Lula venceu mesmo sem ter o apoio inicial do topo da pirâmide. “Ele nunca foi exatamente adorado por esses setores, mas compôs muito bem com eles quando chegou ao poder. Sem isso, talvez não tivesse governado.”

Neste ano, o discurso eleitoral do petista apostou até aqui nas camadas populares, com a promessa de volta a um tempo de picanha e cerveja, mas começa a intensificar acenos ao setor produtivo. Dias atrás, Lula disse que só conversaria com o mercado quando ele tivesse interesse.

Pessoas do entorno reconhecem que o ex-presidente não conta hoje com o apoio das esferas mais altas, mas rejeitam a ideia de buscar aval do mercado, argumentando que soaria como submissão. Por outro lado, o diagnóstico do PT é o de que a base menos abastada seguirá com ele.

Joelmir Tavares/Folhapress

Vila Cultural abre os festejos juninos de Itagibá

Foto: Divulgação

A Prefeitura Municipal de Itagibá, através da Secretaria Municipal de Educação e Cultura deu início, na noite de ontem (10), os festejos junino 2022, com a realização da Vila Cultural, que tem como tema “Cantos e encantos de cada cantos Maria José Figueiredo”.

Foto: Divulgação

A Vila Cultural é que reconhecida por lei municipal como patrimônio imaterial do município, tem por objetivo o resgate da cultura junina e valorização dos artistas locais constitui-se como espaço de encontro entre as famílias, escolas e a comunidade. Pois, através dela as escolas participam dos concursos, com participação dos alunos.

Foto: Divulgação

O evento que teve início com a homenagem à Dona Maria José Figueiredo, homenageada da vila deste ano, por sua contribuição história na ornamentação da Praça do Forró, contou ainda com Concurso de Forró, em que casais representantes das escolas municipais participaram da disputa em diferentes categorias e de shows musicais dos cantores Ely 10 e Andinho Brito, que encerrou a noite.

Foto: Divulgação

Dando continuidade à programação da Vila Cultural, hoje, ocorrerão apresentações de quadrilhas e shows musicais da cantora Célia Santos e da banda Perkata de Sola. A Vila ainda ocorrerão nos dias 17 e 18 de junho, em que ocorrerão as disputas do Concurso de Garota Junina, em diferentes categorias e apresentações musicais Moral, Alessandro Carvalho e Banda Celim de Ouro, Mel de Cana, Ripa na Xulipa e Xamego Dengoso.

Bolsonaro diz, durante evento evangélico, que Brasil enfrenta problema espiritual

A praia de Copacabana está lotada, mas, no lugar de biquínis e sungas, o que se vê neste sábado (11) de céu fechado e temperatura baixa são cruzes no pescoço, bíblias debaixo do braço e uma multidão disposta a louvar o nome de Deus em um dos pontos turísticos mais famosos do Brasil.

No posto dois, em frente ao Copacabana Palace, milhares de fiéis se reuniram no evento evangélico Esperança Rio, que começou a partir das 16h e trazia na programação nomes célebres da música gospel, como a cantora Aline Barros e o rapper americano KB.

Por volta das 18h, o presidente Jair Bolsonaro apareceu em telões e fez um rápido pronunciamento a distância.

Após citar a questão econômica, disse: “Temos um outro problema, este espiritual que o Brasil não está ausente, que é a luta do bem contra o mal”.

Também afirmou, sob forte aplauso do público: “Nós bem sabemos o que queremos e o que defendemos. Somos contra o aborto, a ideologia de gênero e contra a liberação das drogas”.

E concluiu: “Defendo a família e a liberdade como bem maior, a incluir a liberdade religiosa.”

Segundo o Datafolha, a parcela da população brasileira que quer proibir o aborto em qualquer circunstância caiu no período de quase quatro anos. De dezembro de 2018 até hoje, o índice daqueles que dizem concordar com a total restrição da interrupção da gravidez no país recuou de 41% para 32%.

Na plateia, muitos fiéis usavam faixas na cabeça com dizeres religiosos e camisas com imagens da cruz. Uma dessas pessoas era a dona de casa Rosângela de Oliveira, 47.

Moradora de Bangu, a 49 quilômetros de Copacabana, ela diz que a expectativa era grande para o evento. “Jesus vai fazer uma grande obra, um grande mover aqui. O objetivo aqui é salvar vidas”.

Evangélica há quatro anos, a dona de casa diz que deve a própria vida à ação divina. Em 2018, ela sofreu uma depressão profunda. “Cheguei e falei com Deus. Perguntei: ‘Se você é esse Deus mesmo que todo mundo fala, muda a minha vida”.

Para ela, eventos como esse são uma forma de unir pessoas que querem exaltar o nome de Deus, independentemente da religião. “Deus não escolhe entre evangélico, católico ou espírita. Pode vir católico ou candomblecista. Deus só olha para o coração”.

A católica Elizabeth Nunes, 63, diz que decidiu comparecer ao evento por entender que a religião não é uma fronteira para quem quer celebrar Deus.

“Nós somos filhos de Deus. Isso independe de religião. Você é meu irmão, também é filho do criador. Deus é um só. Jesus é um só”, diz ela, que não escondia o entusiasmo.

No calçadão, ela pulava e cantava toda vez que uma câmera passava filmando o público. “Essa iniciativa é maravilhosa por trazer a energia de Jesus Cristo. É ele que traz a direção aos jovens e esperança aos idosos.”

O evento que reuniu os fiéis foi organizado pela Associação Evangelística Billy Graham. A entidade foi fundada nos Estados Unidos pelo pastor Billy Graham, considerado uma das maiores lideranças evangélicas do mundo.

Tido como uma espécie de papa do movimento evangélico, ele pregou para mais de 200 milhões de pessoas em 185 países, inclusive no Brasil, e morreu em 2018, aos cem anos.

Para minimizar problemas no trânsito por causa do evento, a Prefeitura do Rio montou um esquema especial, com alterações em vias de Copacabana, Botafogo e do aterro do Flamengo. A operação conta com a participação de 250 pessoas, entre agentes da Guarda Municipal e da CET-Rio (Companhia de Engenharia de Tráfego).
Matheus Rocha//Folhapress

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