Bahia registra 253 novos casos de Covid-19 e mais seis óbitos
Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 253 casos de Covid-19 e seis mortes. De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), de 1.558.076 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.524.341 são considerados recuperados, 3.760 encontram-se ativos e 29.975 pessoas foram a óbito.
Segundo a Sesab, o boletim epidemiológico desta sexta-feira (17) contabiliza ainda 1.900.603 casos descartados e 338.392 em investigação. Na Bahia, 63.843 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.
Vacinação
A secretaria ainda informa que 11.608.313 pessoas foram vacinadas contra a Covid-19 com a primeira dose, 10.706.000 com a segunda ou dose única, 6.120.968 com a de reforço e 441.517 com o segundo reforço. Do público de 5 a 11 anos, 960.983 crianças foram imunizadas com a primeira dose e 538.772 tomaram também a segunda.
Brasil registra 76 mortes por Covid e mais de 30 mil casos em 24 horas BRASIL
O Brasil registrou 76 mortes por Covid nesta sexta (17). Com isso, o país tem uma média móvel de 137 -um aumento de 31,7% comparado ao dado de duas semanas atrás.
O país somou 30.424 infecções pelo Sars-CoV-2 nas últimas 24 horas. A média móvel de infecções está em 36.447-alta de 10,59% em relação aos dados de duas semanas atrás.
Com as informações desta sexta, o Brasil chega a 668.968 vidas perdidas e a 31.671.199 infectados pelo Sars-CoV-2 desde o início da pandemia.
Minas Gerais e Roraima não atualizaram os dados. Acre, Alagoas, Amazonas, Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Sergipe e Tocantins não registraram mortes.
Os dados do país, coletados até 20h, são fruto de colaboração entre Folha de S.Paulo, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são recolhidas pelo consórcio de veículos de imprensa diariamente com as Secretarias de Saúde estaduais.
O consórcio de veículos de imprensa deixou de atualizar os números de vacinados contra a Covid-19 nos fins de semana e feriados prolongados. Nos demais dias, os dados serão atualizados normalmente. A medida visa evitar imprecisões nos números informados ao leitor.
A mudança se deve a problemas na consolidação dos dados de vacinação pelas secretarias estaduais. Diversos estados já não atualizam o total de vacinados aos fins de semana e feriados, e mesmo os que o fazem, por vezes, informam números desatualizados, que não correspondem à realidade e costumam ser corrigidos nos dias seguintes.
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (PL), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.
Folhapress
Ações da Petrobras afundam e Bolsa perde os 100 mil pontos ECONOMIA
As ações da Petrobras tiveram forte queda nesta sexta-feira (17), puxando a Bolsa de Valores brasileira para o fundo e piorando o fechamento de uma semana já negativa para o mercado diante da alta histórica dos juros nos Estados Unidos.Depois de recuarem cerca de 10% nas cotações mínimas do dia, os papéis ordinários (PETR3) e preferenciais (PETR4) da petrolífera controlada pelo governo federal fecharam o pregão com perdas de 7,25% e 6,09%, respectivamente.
Críticas de políticos ao aumento nos preços dos combustíveis aplicado pela companhia pesaram no desempenho dos papéis da empresa nesta sessão.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que a Petrobras “pode mergulhar o Brasil num caos”. Já o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), afirmou à reportagem que “vai para o pau” para “rever tudo de preços” e que vai trabalhar para taxar o lucro da petroleira.
O Ibovespa tombou 2,90%, aos 99.824 pontos. Essa é a pontuação mais baixa para um fechamento do índice de referência da Bolsa desde o início de novembro de 2020, última vez que o indicador havia ficado abaixo dos 100 mil pontos.
Refletindo o movimento de aversão ao risco no mercado doméstico, o dólar comercial subiu 2,32%, cotado a R$ 5,1460 na venda.
O Ibovespa tombou 2,90%, aos 99.824 pontos. Essa é a pontuação mais baixa para um fechamento do índice de referência da Bolsa desde o início de novembro de 2020, última vez que o indicador havia ficado abaixo dos 100 mil pontos.
Refletindo o movimento de aversão ao risco no mercado doméstico, o dólar comercial subiu 2,32%, cotado a R$ 5,1460 na venda.
Projeções da Ativa Research consideram que o reajuste da gasolina reduz a defasagem do preço nas refinarias brasileiras de 41% para 34% em relação aos custos no exterior, considerando os atuais preços internacionais e a taxa de câmbio.
“O reajuste deveria, de alguma maneira, melhorar a perspectiva sobre a companhia. O fato é que, em ano eleitoral, políticos de alto escalão, do Legislativo e Executivo, já fizeram fortes afirmações, gerando receios sobre o futuro da empresa”, comentou Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa.
Engrenagem central do motor da inflação global, o preço de referência do petróleo bruto subiu cerca de 50% neste ano.
A alta é atribuída à Guerra da Ucrânia e suas consequências, como os embargos à matéria-prima da Rússia, e à decisão da Opep (cartel de países produtores) de aumentar lentamente a oferta mesmo diante do crescimento da demanda após diversos países reduzirem restrições contra a Covid.
No final da tarde desta sexta, porém, o preço caía 5,54%, com o barril do Brent cotado a US$ 113,17 (R$ 580,64). A queda no dia é atribuída à expectativa de resfriamento da demanda após a alta dos juros nos Estados Unidos ampliar riscos de uma recessão global.
Em Nova York, o mercado de ações ensaiou uma modesta recuperação. O índice de referência S&P 500 subiu 0,22%, enquanto o Dow Jones caiu 0,13%. O indicador focado no setor de tecnologia Nasdaq avançou 1,43%.
A turbulência do mercado local nesta sexta também contou com uma parcela de ajustes de investidores à forte queda das bolsas internacionais na véspera, quando os ativos brasileiros não tiveram negociações devido ao feriado de Corpus Christi.
Os mercados de ações globais mergulharam em pessimismo nesta quinta-feira (16), um dia após o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) ter confirmado um aumento de 0,75 ponto percentual da sua taxa de juros. É a maior alta aplicada pela autoridade monetária dos Estados Unidos desde 1994.
O aumento aplicado nesta quinta pelo Fed elevou a taxa de referência para o empréstimo diário entre bancos (parâmetro para o setor de crédito em geral) para um intervalo entre 1,5% e 1,75% ao ano. O ciclo de aumentos, porém, está longe do fim.
Projeções divulgadas pelos jornais The Wall Street Journal e Financial Times apontam para uma taxa perto de 3,4% ao final deste ano, ou um adicional de aproximadamente 1,75 ponto percentual nas próximas quatro reuniões das autoridades que compõem o Fomc, o conselho monetário do Fed.
Após a divulgação da decisão, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse esperar que altas dessa magnitude não se tornem comuns, mas também comentou que considera provável um novo aumento entre 0,50 e 0,75 ponto na próxima reunião do órgão.
Powell reforçou que os próximos passos serão ditados pelas pressões inflacionárias, destacando em seu comentário os problemas na cadeia global de abastecimento decorrentes da Covid na China e da Guerra da Ucrânia.
Também na última quarta-feira (15), o Banco Central do Brasil elevou a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, a 13,25% ao ano.
OSCILAÇÕES AGRESSIVAS PODEM LEVAR AÇÕES A LEILÃO
Desvalorizações ou valorizações superiores a 10% das ações de uma empresa podem fazer com que a Bolsa leve esses papéis a leilão, como é chamado o mecanismo para evitar oscilações prejudiciais à operação.
No caso de um pregão em andamento, essa queda precisa ser em relação ao valor do ativo na abertura do mercado. Nesta sexta, a queda de aproximadamente 10% das ações da Petrobras ocorreu em relação ao fechamento do dia anterior e não sobre o valor de abertura.
Uma ação que entra em leilão passa a ser negociada fora do pregão. Ela entra para um sistema fechado de ofertas por cinco minutos. O período pode ser prorrogado diversas vezes até que haja a estabilização do preço.
A suspensão temporária também depende de outros fatores, como a comparação da movimentação no dia com a média recente.
Nenhum dos parâmetros necessários para o leilão foram atingidos pelos papéis da Petrobras nesta sessão, segundo a B3, a Bolsa de Valores brasileira.
Clayton Castelani/Folhapress
Reação a reajustes dos combustíveis acende alerta entre acionistas da Petrobras ECONOMIA
As fortes reações aos reajustes nos preços da gasolina e do diesel acenderam um sinal de alerta entre acionistas minoritários da Petrobras. Eles temem um avanço do governo e de partidos do centrão sobre a estratégia e diretorias da estatal.
Representante dos minoritários no conselho de administração, o advogado Francisco Petros chegou a enviar uma carta aos ministérios de Minas e Energia e da Casa Civil para tentar abrir um espaço para negociações.
No texto, ele sugere congelamento de reajustes por 45 dias em troca de manutenção do sistema de governança da companhia, que foi reforçado no governo Michel Temer (MDB) para melhorar a blindagem da estatal contra ingerências políticas.
Logo após os reajustes, a direção da Petrobras recebeu duras críticas do presidente Jair Bolsonaro (PL), que defendeu uma CPI para investigar a empresa, e do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que prometeu que “vai para o pau” para “rever tudo de preços”.
Bolsonaro tenta mudar o comando da estatal desde o fim de maio, quando indicou Caio Paes de Andrade para substituir José Mauro Coelho na presidência da companhia, mas o processo esbarra nas regras de governança.
Andrade só pode assumir após avaliação de seu nome em assembleia de acionistas, que só será convocada depois de análise dos currículos de dez nomes indicados pelo governo para renovar o conselho.
Após a convocação da assembleia, é necessário respeitar um prazo mínimo de 30 dias para a realização do encontro. O governo tenta forçar a renúncia de Coelho para agilizar a troca no comando, mas ainda não teve sucesso.
Minoritários temem o avanço de partidos do Centrão sobre a direção da empresa, que deve ser renovada com a chegada de Paes de Andrade. Um representante de investidores privados diz que a batalha agora não é mais pelos preços, mas pela diretoria.
O PP de Lira e do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, tinha forte ingerência sobre indicações políticas na estatal durante o governo Lula. Ao partido é atribuída a indicação de Paulo Roberto Costa, o primeiro delator da Operação Lava Jato, à diretoria que cuidava da área de refino na época.
Nogueira foi mais um dos aliados de Bolsonaro a se manifestar sobre o reajuste. Ao saber da rejeição do conselho de administração ao apelo para segurar reajustes, disse que a Petrobras abandonou os brasileiros.
Bolsonaro defende que quer acabar com a “caixa-preta” da Petrobras, mas uma mudança na política de preços dependeria de revisão do estatuto da estatal, que, em respeito à Lei das Estatais, impede operações deficitárias para fazer política pública.
O texto determina que, nesses casos, as operações devem ser alvo de convênio ou contrato e os prejuízos devem ser ressarcidos pelo acionista controlador. Rever o estatuto também depende de convocação de assembleia de acionistas.
O temor de interferências na governança da empresa ganhou força com as recentes trocas no comando e com a indicação de uma lista de novos conselheiros formada em sua maioria por ocupantes de cargos públicos, incluindo o número dois de Nogueira na Casa Civil, Jonathas Assunção.
A avaliação é que Bolsonaro quer ter um conselho mais alinhado para forçar mudanças na gestão da empresa. Há, porém, questionamentos sobre a compatibilidade de alguns dos indicados com as regras estabelecidas pela Lei das Estatais.
Paes de Andrade, por exemplo, não tem experiência no setor de petróleo nem em empresas do porte da Petrobras, como exige a lei. Assunção, por sua vez, ocupa cargo de natureza especial no governo, o que é vedado pela lei.
Nicola Pamplona/Folhapress
PL com 14º do INSS pode abrir caminho para revogar desonerações.
O projeto de lei 4367/2020, que cria um 14º salário para os aposentados do INSS, contou com o apoio inicial de técnicos do Ministério da Economia porque abre caminho para acabar com isenções fiscais de diversos setores.
A articulação para aprovar o PL na próxima semana foi revelada pelo jornal O Globo.
Quando o projeto, de autoria do deputado Pompeu de Mattos (PDT-RS), estava na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara, o então relator, Fábio Mitidieri (PSD-SE) reuniu-se com técnicos da pasta que repassaram uma lista de isenções tributárias e desonerações que, se revogadas, poderiam servir para custear o benefício.
A relação de uma dezena de itens inclui incentivos para estaleiros navais, para a indústria cinematográfica brasileira e produções audiovisuais, além de redução de impostos para importação de medicamentos do Mercosul e para a receita bruta da venda de gás natural canalizado e de carvão mineral para a produção de energia. Eles foram incluídos em outro projeto de lei, o 3203/2021.
A vantagem estaria no fato de que, politicamente, é mais fácil ter apoio ao 14º salário do INSS, que seria pago apenas por dois anos. Ao condicionar uma aprovação à outra, a União teria, posteriormente aproximadamente R$ 22 bilhões para gastar livremente.
Quando o assunto chegou à cúpula do ministério, no entanto, houve veto ao avanço da proposta. Em reunião na terça-feira (14) com o relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Ricardo Silva (PSD-SP), o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) se recusou-se a negociar, alegando que, mesmo com a fonte de recursos, a aprovação feriria o teto de gastos.
Como Ricardo Silva insistiu em levar a proposta adiante, o presidente da CCJ, Arthur Maia (União-BA), interrompeu a sessão e, assim, evitou a análise de um requerimento para incluir a proposta na pauta. Mas agora ele mesmo admite que o texto deve ir em breve à votação.
Ricardo Silva continua recolhendo assinaturas para pedir a inclusão do projeto na CCJ e diz faltarem apenas seis. Caso seja aprovado, como é terminativo, segue direto para o Senado, sem passar pelo plenário da Câmara.
O 14º salário para aposentados do INSS foi apresentado como uma forma de compensá-los pelos impactos da pandemia de coronavírus, já que não foram beneficiados por outros programas, como o Auxílio Brasil. Para 2021, o impacto previsto é de R$ 42 bilhões.
O Ministério da Economia foi procurado, mas não retornou até a publicação.
Fábio Zanini/Folhapress
Brasil confirma 7º caso de varíola dos macacos, com paciente no RS
O Ministério da Saúde confirmou nesta sexta-feira (17) o sétimo caso de varíola dos macacos no Brasil. O homem, de 34 anos, mora em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e voltou de uma viagem à Europa.
Este é o segundo caso confirmado no Rio Grande do Sul, mas a Secretaria da Saúde do estado afirmou que eles não têm relação entre si. As duas infecções são consideradas importadas porque os pacientes estiveram recentemente em outros países.
O primeiro caso, anunciado no domingo (12), é o de um homem de 51 anos que mora em Portugal e viajou para Porto Alegre.
A Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul afirmou que o quadro de saúde do paciente que teve o diagnóstico confirmado nesta sexta-feira é estável. Ele está em isolamento domiciliar.
“O homem passou por atendimento médico nas últimas semanas e encontra-se em acompanhamento médico, apresenta quadro clínico estável, sem complicações e está sendo monitorado assim como seus contatos pelas Secretarias de Saúde do Estado e do Município”, disse em nota.
O diagnóstico foi feito pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo -um dos quatro laboratórios que estão à frente dos casos suspeitos de varíola dos macacos no Brasil.
Dos sete casos confirmados no país, quatro são de São Paulo, dois do Rio Grande do Sul e um do Rio de Janeiro. Outros nove casos estão sendo investigados. O primeiro caso foi registrado em 8 de junho.
“As medidas de controle foram adotadas de forma imediata, como isolamento e rastreamento de contatos em voo internacional com o apoio da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]”, afirmou o ministério.
No começo do mês, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou ao jornal Folha de S.Paulo que o governo estuda a compra da vacina da varíola para grupos específicos, como profissionais de saúde que vivem em regiões de fronteira ou lidam diretamente com os casos.
Os principais sinais e sintomas da varíola dos macacos são febre, erupções na pele e aumento dos gânglios linfáticos (adenomegalia).
O último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde sobre a doença indica que 2.149 casos já foram confirmados em 37 países. Na próxima semana, a OMS (Organização Mundial da Saúde) vai avaliar se o surto de varíola dos macacos representa uma emergência de saúde pública de interesse internacional.
Thaísa Oliveira/Folhapress
Avião da PF chega a Brasília com restos mortais de desaparecidos
O avião da Polícia Federal (PF) que transportou os remanescentes humanos encontrados durante as buscas pelo indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips pousou, por volta das 18h30, no Aeroporto de Brasília. O material está sendo levado para o Instituto Nacional de Criminalística , onde será periciado para confirmação da identidade.
Ontem (15), a PF confirmou que foram encontrados restos mortais durante as buscas que foram realizadas com a presença do pescador Amarildo da Costa Pereira, conhecido como "Pelado”. Ele confessou a participação no desaparecimento e indicou o local onde os corpos foram enterrados.
Diante da confissão, a PF foi até o local, onde foi realizada a reconstituição da cena do crime. Durante as escavações, as equipes encontraram remanescentes humanos em uma área de mata fechada.
As investigações continuam para apuração da suposta participação de mais pessoas no desaparecimento e para encontrar o barco utilizado pelos suspeitos para executar os crime.
O indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips, correspondente do jornal The Guardian no Brasil estavam desaparecidos desde 5 de junho, na região do Vale do Javari, no oeste do Amazonas.
De acordo com a coordenação da União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja), Bruno Pereira e Dom Phillips chegaram na sexta-feira (3) no Lago do Jaburu, nas proximidades do rio Ituí, para que o jornalista visitasse o local e fizesse entrevistas com indígenas.
Segundo a Unijava, no domingo (5), os dois deveriam retornar para a cidade de Atalaia do Norte, após parada na comunidade São Rafael, para que o indigenista fizesse uma reunião com uma pessoa da comunidade apelidado de Churrasco. No mesmo dia, uma equipe de busca da Unijava saiu de Atalaia do Norte em busca de Bruno e Dom, mas não os encontrou e eles foram dados como desaparecidos.
Pesar
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luiz Fux, demonstrou pesar diante da confirmação do assassinato do indigenista e do jornalista. Fux informou que o caso será acompanhado por um grupo de trabalho do conselho.
“Em nome dos observatórios e do grupo de trabalho, o ministro Luiz Fux manifesta extrema tristeza pelos acontecimentos e afirma às famílias e aos amigos que a luta do indigenista e do jornalista para garantia dos direitos humanos e da preservação da Amazônia jamais será esquecida”, declarou.
Em nota, a Câmara de Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais do Ministério Público Federal (MPF) declarou que o Estado brasileiro não pode tolerar atos de violência contra defensores dos direitos humanos.
“Cientes da gravidade da situação, da dor e angústia de familiares e amigos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, expressamos nossa solidariedade ao tempo que reafirmamos o compromisso do Ministério Público Federal de continuar acompanhando e agindo em conformidade com suas atribuições, na busca da completa elucidação dos fatos e da garantia dos direitos indígenas”, declarou o órgão.
Ontem (15), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, também manifestou pesar pelas vítimas.
“É com enorme pesar que recebo a notícia de que foram encontrados os restos mortais do indigenista Bruno Araújo e do jornalista Dom Phillips. Em respeito às vitimas, à Amazônia e à liberdade de imprensa, espero que todos os criminosos envolvidos sejam punidos com o rigor da lei”, declarou.
Edição: Claudia
Por Agência Brasil - Brasília
Fifa anuncia cidades-sede da Copa do Mundo de 2026
A Fifa anunciou na noite desta quinta-feira (16) a relação de 16 cidades-sede da Copa do Mundo de 2026, que será disputada no Canadá, no México e nos Estados Unidos. Esta competição tem outro componente especial, pois será a primeira edição de um Mundial com 48 participantes.
No Canadá as sedes serão Vancouver e Toronto. Já no México as partidas serão disputadas em Guadalajara, Monterrey e Cidade do México. Enquanto nos Estados Unidos as seleções jogarão em Seattle, São Francisco, Los Angeles, Kansas City, Dallas, Atlanta, Houston, Boston, Filadélfia, Miami e Nova York.
Atlanta
Boston
Dallas
Guadalajara
Houston
Kansas City
Los Angeles
Mexico City
Miami
Monterrey
New York / New Jersey
Philadelphia
San Francisco Bay Area
Seattle
Toronto
Vancouver
“Parabenizamos as 16 cidades-sede da Copa do Mundo por seu excelente compromisso e paixão. Hoje é um dia histórico, para todos nessas cidades e estados, para a Fifa, para o Canadá, os EUA e o México, que farão o maior show da Terra. Estamos ansiosos para trabalhar em conjunto com eles para entregar o que será uma Copa do Mundo sem precedentes e um divisor de águas, enquanto nos esforçamos para tornar o futebol verdadeiramente global”, disse o presidente da Fifa, Gianni Infantino.
Edição: Fábio Lisboa
Por Agência Brasil - Rio de Janeiro
Foragida é flagrada com 14 tabletes de maconha em mala
Uma mulher foragida da Justiça por tráfico de drogas, além de possuir passagens pelo mesmo crime, foi flagrada com 14 tabletes de maconha, por militares das Rondas Especiais (Rondesp) da Baía de Todos os Santos (BTS), na manhã desta quinta-feira (16). Os PMs realizaram a ação após denúncias anônimas, na Estação Rodoviária de Salvador.
O comandante da unidade, tenente-coronel Roberto Araújo, contou que um passageiro que estava no mesmo ônibus fez a denúncia. “Fomos informados que ela estava com uma mala e , durante abordagem, encontramos as drogas”, disse o militar, acrescentando que a criminosa havia tirado a tornozeleira eletrônica.
Conduzida com o material para a Central de Flagrante, foi autuada pela terceira vez por tráfico de drogas.
Fonte: Ascom | Poliana Lima
Bolsonaro ironiza adversários e tenta reeditar estratégia bem-sucedida de 2018
Deboches com a saída de João Doria (PSDB) da corrida presidencial, emojis de gargalhadas para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e respostas irônicas à cantora Anitta. O presidente Jair Bolsonaro (PL) reforçou o tom de “lacrador” nas redes sociais com a proximidade das eleições em outubro.
O termo lacrar ganhou popularidade na internet e virou sinônimo de arrasar, sair-se muito bem em algo —tão bem a ponto de deixar alguém sem argumentos e encerrar o assunto.
A estratégia, segundo integrantes da campanha, busca aproximar o mandatário dos jovens, uma parcela do eleitorado em que ele precisa melhorar seu desempenho. Segundo Pedro Bruzzi, sócio da consultoria de análise de mídias sociais Arquimedes, o método é similar ao de 2018, quando Bolsonaro usou as redes para criar a imagem de “mito”.
Levantamento feito pela empresa a pedido da Folha indica que a estratégia tem mostrado resultados em termos de engajamento: dos 20 posts com mais interações no perfil do presidente no Twitter neste ano, 12 são com conteúdos “troll” —uma espécie de provocação—, como as respostas a Anitta e ao ator Leonardo DiCaprio.
Em outro tuíte mais recente, desta quinta-feira (16), Bolsonaro elogiou o mais recente filme de ação de Tom Cruise, “Top Gun Maverick”, e comparou os personagens à Força Aérea Brasileira. Depois, postou uma montagem de uma motociata em que o protagonista do filme aparece ao seu lado.
Em outro, Bolsonaro fez piada com o Dia dos Namorados. “Presidente Bolsonaro decreta, nessa quarta-feira, que todo solteiro, por decreto, terá uma namorada”, compartilhou, junto com a risada “kkkkk” e a mensagem “Obs: sátira”.
Os dados também mostram que o número de publicações no Twitter mais que dobrou em maio, na comparação com janeiro. Passou de 144 para 301, segundo a Arquimedes. Mais ativo na internet, o presidente viu a média de interações nesse período aumentar 18%.
Um dos tuítes com mais engajamento foi justamente em reação à desistência de Doria, ex-governador de São Paulo. Poucas horas depois do anúncio do tucano, Bolsonaro escreveu: “Comunico que estou abrindo mão da disputa do cinturão dos pesos médios no UFC. Boa tarde a todos!”.
As redes sociais do mandatário são comandadas pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), autor da estratégia digital que ajudou a eleger o pai há quatro anos. Além dele, apenas assessores mais próximos, do chamado “Gabinete do Ódio”, têm ingerência sobre o que Bolsonaro compartilha nas redes.
Nas conversas sobre estratégia, há o entendimento de que o presidente lucra mais politicamente quando é lacrador do que quando adota postura mais autoritária ou hostil na internet.
A pecha de irritadiço e agressivo é justamente uma que os integrantes da campanha tentam tirar do presidente, que está em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto. No mais recente levantamento do Datafolha, Lula desponta com vantagem de 21 pontos sobre Bolsonaro —o petista pontua com 48%, ante 27% do mandatário.
A diferença é ainda maior entre jovens de 16 a 24 anos, fatia em que Lula lidera com 58% das intenções de voto contra 21% do presidente. Por isso, o foco na estratégia digital para atrair esse eleitorado.
Especialistas apontam ainda outros motivos para a estratégia digital do presidente: ela mantém a militância bolsonarista ativa e dá visibilidade para os temas que ele seleciona —e não para assuntos incômodos para Bolsonaro, como o aumento dos preços dos combustíveis e o avanço da inflação sobre alimentos.
“O presidente pauta o debate público, tanto na imprensa como nas redes sociais, com temas que não a crise econômica, escapando sobretudo de falar sobre o aumento de preços dos combustíveis e alimentos”, diz Bruzzi. “Resta a Bolsonaro lacrar, ser antissistema, antiprotocolos, contra tudo isso daí.”
Para a doutora em ciência política e coordenadora do Observatório da Abrapel (Associação Brasileira de Pesquisadores Eleitorais), Érica Anita Baptista, além de abastecer a militância, o tom debochado do presidente tenta atrair de volta eleitores que votaram nele e se arrependeram.
“Essa ironia vem para reforçar um conjunto de características dele que ficaram marcadas em 2018. Elas o afastam da política tradicional que ele tanto critica, constroem a imagem de homem do povo e reforçam o ‘nós contra eles’, a figura antissistema”, afirma.
David Nemer, pesquisador da Universidade Harvard e professor associado na Universidade de Virgínia, também vê paralelo com a estratégia das últimas eleições.
“Em 2018, Bolsonaro contou com uma rede de páginas e contas que faziam essa zoeira. É uma forma de humanizá-lo e também de engajar com o público mais jovem. Apesar de ele nunca ter saído do modo campanha, isso está sendo intensificado.”
Carlos Bolsonaro escancarou recentemente suas divergências com a estratégia de marketing do centrão —tida como mais profissional— ao se queixar do slogan da primeira inserção do PL na TV, que teve seu pai como protagonista. “Vou continuar fazendo o meu aqui e dane-se esse papo de profissionais do marketing…. Meu Deus!”, escreveu o vereador no Twitter.
No mundo artístico, a cantora Anitta já havia dado seus palpites sobre as estratégias de Bolsonaro nas redes sociais. Crítica do presidente, ela foi alvo de provocações dele e, em vez de respondê-lo, decidiu bloqueá-lo.
Segundo Anitta, a estratégia de Bolsonaro é ganhar relevância e repercussão no Twitter às custas do perfil dela, que tem mais que o dobro de seguidores. Atualmente, 8,2 milhões de usuários acompanham a página oficial do presidente no Twitter. Já a cantora tem 17,2 milhões de seguidores.
Parte do engajamento, dizem especialistas, vem com a ajuda involuntária dos críticos. “Quando ele debocha de um adversário, ele mexe com as emoções dos oponentes. O post acaba sendo compartilhado ou xingado por pessoas que não gostam dele”, explica a pesquisadora em democracia digital Maria Carolina Lopes.
Um exemplo disso, de acordo com ela, foi a montagem com o debate virtual entre o presidenciável Ciro Gomes (PDT) e o humorista Gregorio Duvivier. Os dois bateram boca e, entre outras coisas, o pedetista afirmou que Lula não foi inocentado nos processos da Lava Jato.
Bolsonaro usou um meme [no caso uma montagem] em que ele aparece assistindo TV e insinuou que também estava acompanhando a discussão. A imagem original viralizou em 2020 quando, na verdade, ele acompanhava um pronunciamento do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump.
“Petistas ficaram com raiva pelo fato de o Ciro estar se prestando ao papel de dar palanque para Bolsonaro. Eleitores do Ciro ficaram com raiva do Bolsonaro estar usando isso como palanque. Bolsonaristas aplaudiram e falaram: ‘Olha como meu presidente está debochando da esquerda’, ‘olha como a esquerda está fragmentada’”, diz a pesquisadora.
Para ela, isso mexe com as emoções de quem não gosta do presidente. “Quando a gente fala de furar a bolha, a gente está falando de visibilidade. Eles sabem operar isso bem. Há um espalhamento geral”.
Thaísa Oliveira e Marianna Holanda/Folhapress
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