Ipiaú: Homens são presos pela Polícia Militar por: Crime de trânsito, desobediência e desacato


Por volta das 03h50min desta quinta-feira (23/06/22), a guarnição da 55ª CIPM/PETO estava fazendo policiamento ostensivo na saída de Ipiaú, sentido Jequié, quando avistou um veículo suspeito que entrou num posto de combustível próximo a área das bombas do referido estabelecimento comercial.

A guarnição procedeu com abordagem aos três ocupantes do veículo e um dos envolvidos começou a resistir a voz de abordagem, gesticulando, gritando alto e tentando intimidar a guarnição dizendo que é amigo de autoridades civis e militares e que a guarnição iria ver. Foi necessário o uso de algemas para conter as três pessoas.

Foi feita busca no veículo de placa PKH 8853, sendo encontradas latas de cerveja vazias no interior do veículo.

Os envolvidos e o veículo foram apresentados na Delegacia de IPIAÚ para as providências cabíveis.

Autores: U. Q. S. (Masculino), End: BR 330, Mercearia Andrade, Bairro Aparecida, Ipiaú, J. C. M. da S. (Masculino), Nasc. 18/03/1971, End: Rua Antônio Araponga, Bairro Irmã Dulce, Ipiaú, D. O. dos S. (Masculino), Nasc: 26/09/1993, End: Rua Francisco José de Souza, Bairro Nossa Senhora Aparecida, Ipiaú. Veiculo apresentado: Fiat Mobi Way, Placa PKH8853, cor prata de Ubatã

Informação: Ascom/55ª CIPM/PMBA, uma Força a serviço do cidadão!

Ipiaú: Homem é preso pela Policia Militar por agredir a companheira em plena Praça Pública (Lei Maria da Penha)

Por volta das 12h dessa sexta-feira (24/06/22), após denúncia boa 190, de briga de casal na Praça da Ciência, a guarnição da 55ª CIPM/1º Pelotão deslocou para verificar a situação .

No local, a guarnição conteve o agressor, dando voz prisão em flagrante por agressão a sua companheira. Fato ocorrido em praça pública. A vítima se encontrava com vários hematomas pelo corpo, tendo relatado que, após um desentendimento que teve com seu companheiro na casa de familiares do autor, ela teria saído para voltar para sua residência, quando o autor interceptou e começou agredi-la no meio da rua.

Autor: A. DOS S. B. (Masculino), idade: 38 Anos, END: Rua 2 Dezembro, Bairro 2 de dezembro, Ipiaú-Ba  Vitima: B. M. DOS S. (Feminino), idade:20 Anos, END: Rua 2 de Dezembro, Bairro 2 de Dezembro, Ipiaú-BA

Assim, a guarnição conduziu o autor e vítima para Central de Flagrante na Delegacia de Jequié.

Informação: Ascom/55ª CIPM/PMBA, uma Força a a serviço do cidadão.

Aiquara: Homem é preso pela Policia Militar por desacato e desobediência

Durante os festejos de São João, na noite dessa quinta-feira (23/06/22), por volta das 23h30, na Avenida Jonival Lucas, a Patrulha da PM de serviço na festa se deparou com um indivíduo, que estava em visível estado de embriaguez alcoólica, causando desordem. Após abordagem da patrulha, o suspeito veio a desacatar os policiais militares com palavras de baixo calão, sendo dado voz de prisão, porém, ele resistiu, sendo necessário o uso da força. Autor: C. J. S. (Masculino); Nasc: 15/04/1984; End: Bairro Kit Moradia, Aiquara. O suspeito foi apresentado na delegacia de Aiquara.

Informação: Ascom/55ª CIPM/PMBA, uma Força a serviço do cidadão

Dário Meira: Homem é preso pela Polícia Militar por; Perturbação do sossego alheio e desobediência

Por volta das 14h20 dessa quinta-feira (23/06/22), na Travessa Cemitério, Centro de Dário Meira, a guarnição da 55ª CIPM/Dário Meira foi solicitada, via telefone devido a um som automotivo que estava perturbando o sossego alheio.

A guarnição deslocou para a ocorrência, onde foi constatado que o veículo Astra, estava com o porta malas aberto e com o som muito alto. Foi dada ordem para o proprietário do veículo desligar o referido som, porém, ele se recusou, limitando-se apenas a abaixar o volume do aparelho sonoro, insistindo em incomodar os moradores do local. Sendo necessário o uso de algema, pois o individuo estava fazendo uso de bebidas alcoólicas e estava muito alterado, de maneira que poderia colocar em risco a integridade física dos envolvidos na situação.
Diante disso, a guarnição conduziu o infrator, juntamente com todo material apreendido para a delegacia de Itagibá.

Autor: E. F. de S. Nasc: 29/08/1968.
Material apreendido: 01 Alto falante, 01 Mesa com toca fitas 3 canais.1 Stetson stn0803, um som pioneer. 01 Bateria de caminhão 150 ahd targent. 01 Caixa de som pequena com um alto falante trinto mg920. 01 Caixa de som grande vulcano, uma fonte jfa 200a. 01 Modulo expert eletronicis. 01 Módulo taramps ds120 x4. 01 Modulo stetson ex 300 waats. 01 Celular Samsung cor branca. 07 Cartões Bancários. 01 Bateria portátil de celular. 980 reais em espécie. 01 Veículo GM Astra Sunny, cor Cinza, placa GYC 9E89.

Informações: 55ª CIPM / PMBA, uma Força a serviço do cidadão!
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Drogas avaliadas em R$ 400 mil são apreendidas pela PC e PM

Noventa e oito tabletes de drogas (maconha e cocaína) foram apreendidos por equipes do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), das Rondas Especiais (Rondesp) Atlântico e pela 13ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Pituba), na madrugada deste sábado (25). Ação conjunta ocorreu no bairro de Pituaçu, em Salvador, após informações de que os entorpecentes seriam comercializados no festejo junino da capital.

Quando as equipes chegaram no local indicado, dois homens fugiram e abandonaram os tabletes em uma residência desabitada, como conta comandante da Rondesp Atlântico, major Valdino Sacramento.

“Com as denúncias anônimas e o trabalho investigativo da Polícia Civil tivemos o conhecimento de que os criminosos identificados como donos do material levariam os ilícitos para vender em um dos circuitos do festejo de São João em Salvador”, disse o oficial.

O diretor do Draco, José Bezerra Júnior, informou que a carga está avaliada em aproximadamente R$400 mil, além de acrescentar que o trabalho conjunto continuará para coibir o tráfico.
Fonte: Ascom | Poliana Lima

Queda de avião mata três no interior de São Paulo

Três pessoas morreram em um acidente aéreo neste sábado (25) em Salto do Pirapora, a 120 quilômetros de São Paulo. O avião de pequeno porte pegou fogo após a queda em uma plantação de eucalipto e os corpos foram encontrados carbonizados.
Segundo o Corpo de Bombeiros, os tripulantes eram o piloto, sua esposa e uma funcionária do casal. O órgão, porém, não divulgou a identidade das vítimas. A informação teria sido repassada pelo funcionário da fazenda de onde decolaram, em Sorocaba, a cerca de 40 quilômetros.

A aeronave foi totalmente consumida pelo fogo, dizem os bombeiros, o que impediu também a identificação do prefixo. As causas do acidente ainda não foram esclarecidas.

O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) da Força Aérea Brasileira não havia respondido ao contato da reportagem até a publicação deste texto.
Nicola Pamplona/Folhapress

Lula tem quarto jantar com empresários em dez dias

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem mais um jantar com empresários, agendado para a noite desta sexta-feira (24).

O anfitrião será o dono da operadora Qsaúde, José Seripieri Junior, como antecipou “O Globo”.

Mantida a programação iniciada na segunda-feira (20), serão pelo menos quatro jantares entre Lula e representantes do empresariado em menos de dez dias.

Na primeira reunião do conselho político da campanha, em 23 de maio, Lula disse que, depois de pronto, colocaria seu plano “debaixo do braço” para apresentá-lo aos diversos setores da economia.

É o que o petista tem feito desde a segunda-feira (20), quando acompanhou a redação final das diretrizes de seu programa, lançado no dia seguinte.

Na terça-feira (21), no lançamento dessas diretrizes, ele contou ter participado na véspera de um jantar oferecido pelo fundador do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa), o engenheiro e economista Cláudio Haddad.

À mesa, o presidente do conselho da administração do Itaú Unibanco, Pedro Moreira Salles, o presidente da Natura, Fábio Barbosa, e o presidente da rede Magazine Luiza, Frederico Trajano.

Além de Lula e de seu vice, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), o candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, participou do encontro.

Segundo relatos de quem esteve no jantar, empresários se mostraram preocupados com falas de Lula sobre a proximidade de sua chapa com movimentos sociais e sobre “recuperar o país”.

Líderes empresariais perguntaram qual seria a âncora fiscal, já que o plano de governo anunciado pela chapa do petista prevê a revogação do teto de gastos.

Em resposta, Lula tem dito que os governos dele e de Alckmin são a prova de que não haverá sobressaltos.

Na terça-feira (21), o ex-presidente fez outro aceno para o chamado setor produtivo ao afirmar que em um programa de governo não se pode ser irresponsável de propor o inexequível.

Segundo aliados, esses encontros também acabam por desfazer a ideia de que Lula estaria rancoroso após 580 dias na prisão.

No domingo (26), Lula e Alckmin participarão de jantar em um restaurante no Itaim Bibi, zona nobre de São Paulo.

Organizado pelo Grupo Prerrogativas, o evento contará com cerca de 130 comensais, entre eles empresários e advogados.

Como antecipou Mônica Bergamo, os convites custaram de R$ 3.000 a R$ 20 mil, destinados ao PT. O jantar, segundo organizadores, seria uma forma de agradecimento aos apoiadores do partido.

Assim como Bolsonaro e o pedetista Ciro Gomes, Lula foi convidado para um encontro organizado pelo Grupo Esfera, que reuniria cerca de 50 empresários.

Lula e Ciro já manifestaram interesse em participar. Bolsonaro ainda não deu resposta.

Na próxima terça-feira (28), Lula tem marcada mais uma reunião. Mantida em sigilo, a lista de convidados inclui, por exemplo, nomes do setor financeiro, de saúde, farmacêutica e transporte aéreo.

Anfitrião do jantar previsto para a noite desta sexta-feira, José Seripieri Junior é amigo de Lula desde 2011, quando foram apresentados.

Em julho de 2020, Junior foi preso em operação que investigava irregularidades relacionadas à campanha eleitoral de José Serra de 2014, quando o tucano foi eleito senador por São Paulo.

Em dezembro, ele apresentou proposta de delação premiada.

Catia Seabra/Folhapress

Ipiaú: Festas juninas animaram foliões na semana do São João

A festa de São João aconteceu com muita animação nos arraiais montados pela Prefeitura de Ipiaú na Avenida São Salvador e pela escola municipal Raulina Rodrigues de Santana no distrito de Córrego de Pedras. Em ambas localidades as atrações foram os artistas da terra que apresentaram um repertório adequado para a ocasião e esquentaram o povo para a folia de São Pedro, a partir da próxima quinta-feira, 30, na Praça Álvaro Jardim.
O Forró da Tradição Meu Xodó, na Avenida São Salvador, esteve sob o comando do sanfoneiro Andinho Brito, que se apresentou na noite do dia 23, e do cantor Lucas Moraes, no dia 24. A chuva fina não foi suficiente para esfriar o ânimo do público aquecido com os licores de jenipapo e outras bebidas típicas. Os forrozeiros de plantão curtiram a festança com alegria e muita tranquilidade.
                                       Arraiá da Escola Raulina - Córrego de Pedras
Arraiá da Escola Raulina – CÓRREGO DE PEDRAS
No distrito de Córrego de Pedras, o Arraiá da Raulina teve a programação elaborada pela própria escola que carrega o nome do arraiá, com o apoio da Secretaria de Educação e Cultura, com início na manhã de quarta-feira, 22, com uma cavalgada pelas ruas da comunidade, seguida da tradicional brincadeira do pau-de-sebo. No período da tarde o movimento foi nas barraquinhas de comidas típicas, jogos e quermesses, e nas apresentações dos alunos e professores dos cursos Fundamental 1 e 2, Educação de Pessoas Jovens, Adultas, Idosas (EPJAI); Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos (PROAJA) e Ensino Médio com Intermediação Tecnológica (EMITEC). Tiveram ainda as barracas do Jovens Empreendedores Primeiros Passos (Jepp/Sebrae), do Programa Despertar, da EPJAI/PROAJA e EMITEC.
José Américo Castro: Prefeitura de Ipiaú/Dircom

STJ dá atrasados para quem pediu aposentadoria no INSS e na Justiça

O segurado do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) tem direito aos valores atrasados do processo judicial mesmo se ele conseguiu a aposentadoria administrativamente, após ter feito um novo pedido.

O julgamento do tema 1.018, feito pela 1ª Seção do STJ no último dia 8, deverá ser aplicado a todos os processos do tipo no país por se tratar de um recurso repetitivo. Para ter direito aos atrasados, o aposentado precisa ter obtido vitória na Justiça.

No caso debatido pelos ministros, o trabalhador buscou a Justiça após o INSS negar o pedido administrativo. Como a ação demorou para ser concluída, ele fez novo pedido no instituto e teve a aposentadoria concedida.

Com a decisão, ele poderá receber os valores atrasados, que são as diferenças não pagas pelo INSS no período em que deveria estar aposentado, mas teve o direito negado. O pagamento dos retroativos será entre a data do pedido inicial e o dia em que foi concedido o benefício administrativo.

“O segurado tem direito de receber os atrasados desde a data da DER [Data de Entrada do Requerimento] do primeiro benefício até a data em que começa o segundo requerimento. Essa foi a decisão do STJ no 1.018”, explica Adriane Bramante, presidente do IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário).

Segundo o advogado Roberto de Carvalho Santos, do Ieprev (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário), a Justiça pode demorar anos para decidir sobre uma causa. Se o segurado continua no mercado de trabalho, ele consegue, anos depois, ter condições melhores para pedir o benefício no INSS e, dessa forma, a aposentadoria é concedida administrativamente.

Outra vantagem, apontam os advogados, é que mesmo conquistando o direito ao primeiro benefício na Justiça, o STJ entendeu que é possível continuar recebendo o segundo, se a renda previdenciária for maior. “Acontece muito, porque a Justiça demora demais”, afirma Santos.

No julgamento, o ministro Mauro Campbell concordou com parte do que propunha o relatório e indicou que aos ministros a seguinte tese: “o segurado tem direito de opção pelo benefício mais vantajoso, concedido administrativamente no curso da ação judicial em que se reconheceu o benefício menos vantajoso. Nessa hipótese, em fase de cumprimento de sentença, é legítimo o direito de execução dos valores compreendidos entre o termo inicial fixado em juízo para a concessão do benefício e a data de entrada do requerimento administrativo que deferiu o benefício a maior, situação que não se confunde com o instituto denominado pela doutrina como desaposentação”.

QUEM PODE SER BENEFICIADO PELO JULGAMENTO

Advogados previdenciários consultados pela reportagem afirmam que há diversos perfis de segurados que podem ser beneficiados pela decisão, já que a demora em ações judiciais é uma constante. No entanto, é preciso se ater a dois fatores. O primeiro deles é que só haverá certeza da tese fixada após a publicação da decisão, o que ainda não ocorreu.

Um segundo ponto é que o INSS poderá, ainda, recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) para que os ministros definam se o tema é constitucional. Se julgarem pela constitucionalidade, os segurados poderão ser beneficiados. Caso contrário, perdem.

A decisão tomada, no entanto, atende a segurados que tiveram o pedido negado porque o INSS deixou de reconhecer algum período de trabalho ou não aceitou provas no processo administrativo e vale para todo tipo de benefício: aposentadorias, auxílios, pensões e BPC (Benefício de Prestação Continuada).

Isso é comum a quem pede o reconhecimento de período especial, por exemplo, que garante contagem mais vantajosa do tempo de contribuição, a quem tem atividades com carteira assinada e períodos como autônomos, em que o tempo de trabalho por conta pago por carnê pode não ser reconhecido, ou quem pede a pensão por morte alegando união estável.

Se, no posto, não conseguir o direito ao benefício porque o INSS não aceitou as provas apresentadas, é comum o segurado ir à Justiça e, mesmo assim, depois de algum tempo, voltar ao instituto com provas mais contundentes ou condições mais vantajosas e conseguir o pagamento.

A orientação, nestes casos, é receber a renda previdenciária administrativa e continuar esperando a resposta da ação na Justiça.

Cristiane Gercina/Folhapress

Câmara de Ipiaú emite Nota de Pesar pelo falecimento do Sr. André Inácio de Souza

A Câmara Municipal de Ipiaú manifesta o seu profundo pesar pelo falecimento do comerciante André Inácio de Souza, 77 anos, pai do vereador Cleber Gadita.

 O óbito ocorreu às 23 horas de ontem, sexta-feira, 24, em decorrência de insuficiência cardíaca. O sepultamento ocorreu na manhã deste sábado, 25, no Cemitério Novo.

O Presidente da Câmara, Robson Moreira, decretou “Luto Oficial” de três dias e envia  a seguinte mensagem: 

“. Somando à dor do nosso colega e sua família, esta Casa Legislativa através de todos os seus vereadores, apresenta as condolências a toda família enlutada, lamentando profundamente a perda “.

O falecido era mais conhecido como “André da Venda”, morava na Rua Prótogenes Jaqueira, Bairro da Democracia, era casado com dona Maria Santos Souza e deixa dois filhos: o vereador Cleber Gadita e a agente comunitária de saúde Cleudes Santos Souza.

Igreja Presbiteriana adota silêncio e decide não afastar Milton Ribeiro.

Às 20h13 de quarta-feira (22), o presbítero Antônio César de Araújo Freitas enviou uma mensagem num grupo de WhatsApp a colegas da IPB (Igreja Presbiteriana do Brasil). ​

“Meus irmãos, estive com o Reverendo Milton [Ribeiro], na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, agora no início da noite, conversamos um pouco, orei com ele e deixei um abraço dizendo que seus irmãos estão em oração.”

“Maravilha, César. Oremos por ele”, respondeu o chanceler do Mackenzie, Robinson Grangeiro.

A conversa de Antônio com Milton durou cerca de 10 minutos na sala em que o ex-ministro ficou detido por um dia, segundo relatos feitos à Folha por interlocutores do presbítero.

A visita servia para mostrar apoio ao amigo, ex-ministro e pastor presbiteriano, que foi preso preventivamente por suspeita de ter cometido os crimes de corrupção passiva, tráfico de influência, prevaricação e advocacia administrativa.

No dia seguinte, Ribeiro foi solto por ordem do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região).

Antônio César é vice-presidente do Conselho de Administração do Instituto Prebisteriano Mackenzie. Ele conseguiu visitar Milton por ser advogado, mesmo sem defender o ex-ministro em nenhum processo. “Fui fazer uma visita de cortesia na condição de amigo”, limitou-se a dizer à Folha, acrescentando que não tem autorização para dar detalhes da conversa.

A prisão de Milton desencadeou a maior crise na Igreja Presbiteriana do Brasil em décadas, segundo seus integrantes. A IPB é pressionada nas redes sociais e por igrejas a se manifestar sobre o caso, enquanto os integrantes da cúpula da instituição divergem em discussões sobre a postura que deve ser adotada.

O presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil, Roberto Brasileiro, no entanto, pediu para os membros dos altos cargos da instituição manterem silêncio e esperarem os desdobramentos da investigação da PF (Polícia Federal).

A Folha conversou com 11 integrantes e interlocutores da alta cúpula da Igreja Presbiteriana do Brasil nos últimos três dias.

O caso Milton foi o principal tema na reunião bimestral do Conselho de Administração do Mackenzie, na quinta (23). No início do encontro, segundo relatos, Roberto Brasileiro pediu para os conselheiros ficarem como “passarinho na muda”, uma expressão que significa manter-se em silêncio.

Brasileiro ainda disse que Milton, ex-vice-reitor do Mackenzie, não será afastado pela cúpula da igreja e que a instituição não fará nenhuma manifestação pública sobre o assunto.

Segundo integrantes do colegiado, o presbítero Antônio César disse na reunião que, durante a visita de quarta, Milton falou que suas mãos estavam limpas e que a investigação da PF irá comprovar a sua inocência.

As avaliações feitas pelos membros da cúpula da IPB à Folha são diversas. A maioria acredita que Milton foi ingênuo ao abrir as portas do Ministério da Educação aos pastores pentecostais Gilmar Santos e Arilton Moura. Segundo eles, esses pastores usaram o ex-ministro para pedir propina.

Outros acreditam que Milton tem culpa por ter misturado o cargo público com a vocação pastoral e eliminado critérios técnicos para a distribuição de recursos do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação).

A postura do presidente Jair Bolsonaro (PL), que deixou de defender a inocência do ex-ministro, também foi considerada decepcionante por membros da Igreja Presbiteriana.

Roberto Brasileiro está em seu quinto mandato e segue desde 2002 no mais alto posto da IPB. Religiosos e aliados o descrevem como um pastor conciliador, com interlocução com todas as alas da igreja presbiteriana.

Um dos filhos dele, Gustavo Brasileiro, foi assessor especial de Milton Ribeiro no Ministério da Educação. Ele pediu exoneração em 1º de abril, na mesma semana em que o ministro deixou o governo. Gustavo é pré-candidato pelo Novo para o cargo de deputado estadual por Minas Gerais.

A Folha enviou mensagens para Roberto Brasileiro, mas ele não se manifestou.

A Igreja Presbiteriana do Brasil tem 162 anos e, durante sua história, desenvolveu uma estrutura organizada. As igrejas de determinada região compõem um Presbitério. O conjunto de presbitérios de uma cidade ou estado forma um Sínodo. Acima dele está o Supremo Concílio.

A Igreja Presbiteriana Jardim de Oração, cujo pastor é Milton Ribeiro, faz parte do Presbitério de Santos —também presidido pelo ex-ministro. Qualquer processo contra o pastor dentro da IPB deve ser inicialmente apurado por essa instância.

O vice-presidente do Presbitério de Santos, pastor Vulmar Dutra, não vê na prisão de Milton motivo para a abertura de um processo interno contra o ex-ministro.

“[Qualquer processo] só será aberto se ele for julgado [pelo Judiciário] ou se houver alguma denúncia formal. Do contrário, vamos continuar. Esse é o trâmite da igreja. Não há nada, nenhuma denúncia formal. A gente não julga ninguém por presunção”, disse à Folha.

“A gente ora para que tudo se esgote o mais rápido possível e não vá nada à frente, que ele consiga se defender. Essa é a nossa esperança”, completou.

A reunião anual do Supremo Concílio está prevista para o fim de julho, em Cuiabá (MT). A expectativa da cúpula da IPB é ignorar o caso Milton nas discussões, mas há receio de que alguém levante o assunto durante o encontro.

Milton Ribeiro foi preso na quarta com os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos por suspeita de operar um balcão de negócios no Ministério da Educação e na liberação de verbas do FNDE.

O ex-ministro saiu da prisão após conseguir um habeas corpus do juiz federal Ney Bello, do TRF-1, na quinta (23).

Nesta sexta-feira (24), a Justiça Federal do Distrito Federal encaminhou o caso ao STF (Supremo Tribunal Federal), indicando suspeitas de interferência de Bolsonaro nas apurações.

A operação foi batizada de Acesso Pago e, segundo a PF, investiga a prática de “tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos” do FNDE.

A suspeita é que os pastores Gilmar e Arilton negociavam com prefeituras a liberação de recursos do Ministério da Educação mesmo sem ter cargos no governo. Em troca, prefeitos disseram ter recebido pedidos de propina da dupla.

Em áudio revelado pela Folha, Milton Ribeiro disse que priorizava pedidos dos amigos de um dos pastores a pedido de Bolsonaro.

Na gravação, o então ministro ainda mencionava pedidos de apoio que seriam supostamente direcionados para a construção de igrejas. A atuação dos pastores junto ao MEC foi revelada anteriormente pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Cézar Feitoza/Folhapress

Bolsonaro estava com ministro da Justiça em dia de conversa citada por Milton Ribeiro

O presidente Jair Bolsonaro (PL) estava nos Estados Unidos com o ministro da Justiça, Anderson Torres, quando, segundo Milton Ribeiro, telefonou para avisar sobre um “pressentimento” de que haveria uma operação da Polícia Federal contra o ex-ministro da Educação.

Como titular da Justiça, Torres tem sob a aba do seu ministério a Polícia Federal, responsável pela operação Acesso Pago, que prendeu e fez busca e apreensão em endereços de Ribeiro e pastores citados em irregularidades na liberação de verbas do MEC (Ministério da Educação).

O atual diretor-geral da PF é Márcio Nunes, amigo de Torres. Ele ocupava o cargo de secretário-executivo da Justiça antes de ser nomeado como chefe do órgão.

A Folha apurou que a ida de Torres na comitiva com Bolsonaro foi decidida de última hora e que, a princípio, não havia previsão para o ministro acompanhar o presidente na Cúpula das Américas.

Procurado, o ministro da Justiça não respondeu.

O suposto vazamento da operação e a suspeita de interferência de Bolsonaro na investigação resultaram em pedido do MPF (Ministério Público Federal) para que o caso fosse enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal).

A solicitação foi aceita pelo juiz Renato Borelli, da 15ª Vara Federal de Brasília, que encaminhou o inquérito para a ministra Cármen Lúcia, do Supremo.

Em sua decisão, o magistrado citou que o MPF apontou o “indício de vazamento da operação policial e possível interferência ilícita por parte do presidente da República Jair Messias Bolsonaro nas investigações”.

O MPF e a PF sustentam a versão de possível vazamento e interferência com base em interceptações telefônicas feitas ao longo da investigação.

Em conversa em 9 de junho com sua filha, Ribeiro disse que falou com Bolsonaro naquele dia e que ele teria dito estar com o “pressentimento” de que iriam atingi-lo por meio de uma investigação contra o ex-ministro.

“Hoje o presidente me ligou, ele está com pressentimento, novamente, que eles podem querer atingi-lo através de mim. É que tenho mandando versículos para ele”, disse Ribeiro na conversa revelada pela GloboNews e confirmada pela Folha.

Questionado pela filha sobre se Bolsonaro queria que o ministro parasse de enviar mensagens, Ribeiro negou e citou a suspeita levantada pelo presidente. “Não, não é isso. Ele acha que vão fazer uma busca e apreensão… em casa… sabe… é… é muito triste”, disse.

Como mostrou a Folha, outra conversa, gravada na quarta (22) —dia em que Ribeiro foi preso—, reforça a tese da PF de que o ex-ministro foi informado com antecedência sobre a possibilidade de ocorrer uma operação contra ele.

Segundo a esposa disse a um interlocutor de nome Edu, Ribeiro “não queria acreditar”, mas os “rumores do alto” apontavam que uma operação iria ocorrer.

“Ele tava, no fundo ele não queria acreditar, mas ele estava sabendo. Para ter rumores do alto é porque o negócio estava certo”, disse a esposa de Ribeiro no telefonema.

A cronologia dos atos dentro da investigação mostra que em 9 de junho, quando Bolsonaro estava com Torres nos Estados Unidos, o delegado Bruno Calandrini já havia solicitado as buscas e apreensões contra Ribeiro.

O pedido foi feito em 4 de abril e autorizado pelo juiz Renato Borelli, da Justiça Federal do Distrito Federal, em 17 de maio.

Em oficio encaminhado a Borelli nesta sexta (24), o delegado Calandrini afirmou que as datas das conversas interceptadas reforçam as evidências de que Ribeiro “estava ciente da execução de busca e apreensão em sua residência”.

“Nos chamou a atenção a preocupação e fala idêntica quase que decorada de Milton com Waldemiro e Adolfo e, sobretudo, a precisão da afirmação de Milton ao relatar à sua filha Juliana que seria alvo de busca e apreensão, informação supostamente obtida através de ligação recebida do presidente da República”, disse o delegado.

Para o investigador, “os indícios de vazamento são verossímeis e necessitam de aprofundamento diante da gravidade do fato”.

O delegado também abordou em seu ofício quais as diligências que estavam sendo efetuadas no período de 9 de junho, quando Bolsonaro estava com Torres nos EUA.

Segundo ele, entre 23 de maio e 13 de junho, a PF fazia levantamentos para confirmar os endereços de Ribeiro, dos pastores Gilmar e Arilton e do ex-assessor do MEC Luciano Musse.

Advogado de Jair Bolsonaro, Frederick Wassef disse nesta sexta-feira (24) que não houve a conversa entre o presidente e o ex-ministro Milton Ribeiro e que o chefe do Executivo não interfere na Polícia Federal.

O advogado afirmou ainda que caberá a Ribeiro explicar o uso “indevido” do nome do presidente.

“Não existe nada entre o presidente e o ex-ministro. Eles não têm contato, eles não se falam”, disse Wassef. “Se o ex-ministro usou o nome do presidente Bolsonaro, usou sem seu conhecimento, sem sua autorização. Ele que responda. Compete ao ex-ministro explicar por que é que ele usa de maneira indevida o nome do presidente da República.”

Um dia após ser preso em operação da Polícia Federal sobre um balcão de negócios montado no MEC, o ex-ministro foi solto por decisão do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região).

O juiz federal Ney Bello decidiu na quinta (23) pela revogação da prisão preventiva de Ribeiro e dos demais detidos na operação Acesso Pago, entre eles os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura,​ ambos ligados a Bolsonaro.

Ribeiro é investigado pelas suspeitas de crimes de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência, num caso que enfraquece ainda mais o discurso anticorrupção de Bolsonaro.

Ainda na quinta, Bruno Calandrini, delegado da PF responsável pelo pedido de prisão, afirmou em mensagem enviada a colegas que houve “interferência na condução da investigação” e citou tratamento diferenciado ao ex-ministro, que não foi transferido para a sede da corporação em Brasília —como havia decidido na quarta o juiz Borelli.

Já Ney Bello, que revogou as prisões, está em campanha para ser indicado por Bolsonaro para uma das duas vagas de ministros abertas no STJ (Superior Tribunal de Justiça).


LINHA DO TEMPO
18.mar.2022 – O jornal O Estado de S. Paulo publica reportagem sobre pastores que atuam junto ao MEC por liberação de verbas

21.mar.2022 – A Folha revela áudio em que o ministro Milton Ribeiro diz priorizar prefeituras cujos pedidos de liberação de verba foram negociados pelos pastores Gilmar e Arilton, atendendo a uma solicitação do presidente Jair Bolsonaro. Revelação faz situação do então ministro se agravar

23.mar.2022 – O procurador-geral da República, Augusto Aras, pede ao STF a abertura de inquérito contra Milton Ribeiro para apurar suspeitas de prática dos crimes de corrupção passiva, tráfico de influência, prevaricação e advocacia administrativa

24.mar.2022 – A ministra Cármen Lúcia, do STF, autoriza abertura de inquérito contra Milton Ribeiro

28.mar.2022 – Milton Ribeiro é exonerado do Ministério da Educação e deixa carta em que afirma que revelação de áudio pela Folha fez sua vida mudar

4 abr.2022 – Polícia Federal pede ao STF para que houvesse interceptação telefônica e busca e apreensão sobre Milton Ribeiro e os pastores Gilmar Santos e Arilton

12.abr.2022 – Complementação do pedido da PF para inclusão das medidas também contra Luciano Musse, ex-assessor do MEC

5.mai.2022 – Após a exoneração e perda de foro de Ribeiro, Cármen Lúcia manda processo para ser distribuído na 1ª instância da Justiça Federal

17.mai.2022 – Juiz Renato Coelho Borelli, da Justiça Federal do Distrito Federal, dá primeira decisão autorizando grampo telefônico, quebra de sigilo e buscas e apreensões no caso

9.jun.2022 – Em interceptação telefônica, Milton Ribeiro diz à filha que recebeu naquele dia um telefonema do presidente Jair Bolsonaro no qual ele teria dito estar com um “pressentimento” de que haveria busca e apreensão. Nesse dia, Bolsonaro estava nos Estados Unidos em companhia do ministro da Justiça, Anderson Torres

20.jun.2022 – Borelli autoriza medidas mais duras contra Milton Ribeiro e os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura. Para eles, foi determinada a prisão preventiva. Além disso, ele autoriza a prisão domiciliar de Luciano Musse e de Helder Bartolomeu, além de quebras de sigilo bancário

22.jun.2022 – A operação Acesso Pago é deflagrada e o ex-ministro é preso. Ligação interceptada pela PF mostra esposa de Milton Ribeiro afirmando que marido “não queria acreditar”, mas os “rumores do alto” apontavam que uma operação iria ocorrer

23.jun.2022 – A Folha revela mensagem de delegado da PF responsável pelo caso em que ele afirma ter havido interferência na investigação. TRF-1 manda soltar Ribeiro e pastores

24.jun.2022 – O juiz Borelli determina o envio dos autos ao STF novamente, ao mencionar o telefonema em que Milton Ribeiro cita o presidente Bolsonaro

Fabio Serapião e José Marques/Folhapress

Genro de ‘pastor do MEC’ recebeu dinheiro em negociação de evento com Milton Ribeiro BRASIL

O genro do pastor Gilmar Santos, investigado por operar um balcão de negócios no MEC (Ministério da Educação), também recebeu dinheiro a partir de tratativas de um encontro com o ex-ministro Milton Ribeiro no interior de São Paulo em agosto de 2021.

Wesley Costa de Jesus, que também é pastor e já esteve com o presidente Jair Bolsonaro (PL), recebeu R$ 17 mil.

O comprovante de pagamento de transferência, obtido pela Folha, foi entregue à CGU (Controladoria-Geral da União) pelo empresário José Edvaldo Brito.

As informações prestadas por Edvaldo fazem parte do processo que baseou a operação Acesso Pago, que prendeu Milton Ribeiro e os pastores Gilmar e Arilton Moura, além do ex-assessor do MEC Luciano Musse e de Helder Bartolomeu, que é genro de Arilton.

A Polícia Federal investiga o balcão de negócios no MEC. Os pastores, ligados a Bolsonaro e Milton Ribeiro, negociavam com prefeitos a liberação de verbas da educação mesmo sem cargos no governo.

Ribeiro deixou a Esplanada no fim de março, uma semana depois que a Folha revelou um áudio em que ele diz priorizar pedidos dos pastores sob orientação de Bolsonaro. A prisão de Ribeiro se tornou um grande desgaste político para Bolsonaro a menos de quatro meses da eleição.

A investigação foi remetida para o STF (Supremo Tribunal Federal) após o Ministério Público Federal apontar “indício de vazamento da operação policial e possível interferência ilícita por parte do presidente da República”.

O pagamento a Wesley Costa de Jesus não é citado, no entanto, na manifestação do Ministério Público Federal nem na decisão da Justiça Federal que determinou as prisões.

Wesley recebeu a transferência de R$ 17 mil no dia 5 de agosto de 2021. No mesmo dia, foram pagos R$ 20 mil para Luciano Musse e R$ 30 mil para Helder, conforme comprovantes também obtidos pela Folha.

Casado com a filha de Gilmar Santos, Wesley Costa de Jesus, 35, é tratado como presbítero. Ele vai frequentemente a eventos religiosos com o sogro.

Em 14 de outubro de 2020, ele acompanhou Gilmar Santos em encontro com Bolsonaro em Brasília. Na ocasião, Santos divulgou nas redes sociais que o presidente confirmara a presença em um encontro evangélico na cidade de Balsas (MA) naquele mês.

O presidente desistiu da viagem a Balsas em outubro de 2020 alegando problemas de segurança. Wesley também esteve com os pastores no MEC, como ocorreu, por exemplo, em 27 maio de 2021.

A Folha procurou Wesley Costa de Jesus e o advogado do pastor Gilmar, Reginaldo Silva, mas eles não responderam.

Os depósitos para Wesley, Musse e Helder somaram R$ 67 mil, valor citado por José Edvaldo Brito à CGU.

Esses pagamentos foram realizados dias antes de um evento em Nova Odessa (SP) com a presença de Milton Ribeiro. Ocorrido em 21 de agosto, a reunião com prefeitos da região foi organizada pelos pastores e seu grupo de apoio.

A Folha mostrou em março que o prefeito de Piracicaba (SP) disse ter recebido pedido de dinheiro para fazer um evento com Milton Ribeiro na cidade poucos dias antes do encontro ser confirmado em Nova Odessa.

Foi o empresário Edvaldo Brito que negociou com os pastores a realização do evento após saber que ambos controlavam a agenda do MEC. Eles se reuniram no hotel Grand Bittar em Brasília, onde também encontraram Luciano Musse (enquanto era assessor do MEC).

Esse hotel era usado como QG das negociações dos religiosos e assessores do MEC com prefeitos.

Edvaldo Brito é presidente do Avante em Piracicaba e é ligado ao tema da educação. Ele conta que soube do projeto de gabinete itinerante do MEC e entendeu que poderia ser útil para que gestores locais conseguissem preencher os trâmites técnicos para acessar os recursos federais.

“Uma pessoa me indicou que procurasse os pastores no hotel, e fui lá. Depois é que o Arilton falou do trabalho da igreja e pediu uma doação missionária. Em nenhum momento entendi isso como propina”, disse ele à Folha.

Os dados das três contas para pagamento foram repassados por Arilton. Quem fez os depósitos, de acordo com Brito, foi um outro empresário da região, chamado Danilo Felipe Franco, do ramo da dedetização.

“Pedi ajuda a esse amigo, que também entendeu que era uma doação”, disse Brito.

Segundo Brito, ele passou a desconfiar dos pastores poucos dias antes do evento, quando solicitações de passagens aéreas para aliados passaram a se avolumar. Ele recebeu um novo pedido de Arilton de mais R$ 10 mil no dia do evento.

Isso fez com que ele reclamasse com uma assessora concursada do MEC, que o chamou a relatar as denúncias. “Fui ao MEC em setembro, agenda. Estava o Milton, o Victor [Godoy Veiga, atual ministro], o Marcelo [Lopes da Ponte, presidente do FNDE]. Ai o ministro disse: estou sabendo que estão usando meu nome? Chegou a botar a mão na cabeça e perguntou se eu topava depor à CGU, o que aceitei, claro”.

Na primeira vez em que Brito falou com a CGU, ele apenas contou o que viu, segundo ele próprio. Somente numa segunda oportunidade, depois que as denúncias já haviam sido publicadas, é que ele entregou os comprovantes de pagamentos.

Ao se defender das denúncias, Milton Ribeiro citou essa denúncia encaminhada à CGU e disse ter se afastado de Arilton. Os registros de agenda provam o contrário. Além disso, houve a venda de carro entre Ribeiro e Arilton em fevereiro deste ano, o que é citado como suspeito nas investigações.

O ex-assessor Luciano Musse, que recebeu R$ 20 mil, só foi nomeado no MEC porque não deu certo a tentativa de empregar o próprio Arilton na pasta, como a Folha mostrou.

Além das transferências de R$ 67 mil, José Edvaldo Brito gastou mais R$ 23,9 mil com passagens aéreas para o grupo dos pastores.

Paulo Saldaña/Folhapress

Em Gandu, Jerônimo participa de arrastão junino com prefeitos da região

O pré-candidato ao Governo do Estado, Jerônimo Rodrigues (PT), foi ao município de Gandu, nesta sexta-feira (24), dando continuidade à maratona junina. É a 4º cidade, em três dias, a receber a visita do indicado de Rui Costa para sucedê-lo com apoio de Lula. Jerônimo percorreu as ruas da cidade do Baixo Sul do estado no Arrastão do Sabiá, uma festa tradicional que volta a acontecer após dois anos de interrupção por conta da pandemia.

“O São João da Bahia é o maior e melhor do Brasil, não dá para ficar apenas em um ou dois municípios, então a maratona continua até terça-feira (28), com pelo menos 15 cidades no roteiro. A festa em Gandu foi muito animada e vou fazer questão de voltar como governador a partir de 2023″, disse Jerônimo, que foi recebido pelo prefeito Léo de Neco. As prefeitas de Taperoá, Kitty Guimarães, e de Teolândia, Rosa, entre outras lideranças municipais e regionais, participaram do evento. Ainda nesta sexta, Jerônimo vai aos festejos juninos em Castro Alves e Dom Macedo Costa.

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