TSE nega pedido de Lula para Bolsonaro remover postagem em que relaciona PT e PCC
A ministra do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Maria Claudia Bucchianeri negou neste sábado (20) um pedido da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que o presidente Jair Bolsonaro (PL) fosse obrigado a excluir postagens em que associa o petista à facção PCC (Primeiro Comando da Capital).
Bolsonaro postou em suas redes sociais um vídeo com reportagem da TV Record que mostrava um áudio de integrante da facção, captado em intercepção telefônica feita pela Polícia Federal na Operação Cravada.
O integrante do PCC fala na gravação que “com o PT nois (sic) tinha diálogo. O PT tinha com nois (sic) diálogo cabuloso”.
Ao postar o áudio, o presidente da República ainda acrescentou: “líder de facção criminosa (irraaa) reclama de Jair Bolsonaro e revela que com o Partido dos (iirruuuuu) o diálogo com o crime organizado era ‘cabuloso’”.
“É o grupo praticante de atividades ilícitas coordenadas denominado pela décima sexta e terceira letra do alfabeto com saudades do grupo do animal invertebrado cefalópode pertencente ao filo dos moluscos”, completou o presidente.
A ministra argumenta que não fez juízo de valor sobre a gravação, se era verdadeira ou não. No entanto, sustenta que esse áudio foi efetivamente objeto de reportagens jornalísticas recentes e ano passado, sendo que jamais foram desmentidas.
“Dessa forma, sem exercer qualquer juízo de valor sobre o conteúdo da conversa interceptada, se verdadeira ou não, o fato é o de que a interceptação telefônica trazida na matéria jornalística compartilhada e comentada pelo representado é real, ocorreu no contexto de determinada operação coordenada pela Polícia Federal, de sorte que a gravação respectiva é autêntica, o que não implica, volto a dizer, qualquer análise de mérito sobre a procedência, ou não, daquilo o quanto dito pelas pessoas cujas conversas estavam sendo monitoradas”, afirmou a ministra na decisão.
A ministra acrescenta que a situação seria diferente se a narrativa política estivesse construída a partir de fatos inverídicos ou gravemente descontextualizados.
A ação ingressada pelo PT pedia a retirada das postagens alegando que se tratava de propaganda eleitoral antecipada negativa e desinformativa. Além disso, argumentava que as postagens configurariam “narrativa maliciosa e desinformativa que teria o objetivo de traçar algum vínculo entre o pré-candidato à presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva e a organização criminosa denominada Primeiro Comando Capital, também conhecida como “PCC””.
O PT também pedia a remoção de uma terceira postagem, na qual o presidente divulga a informação de que Lula venceu as eleições em 2018 nos presídios.
“Não sou eu, mas o próprio crime organizado que demonstra tê-lo como aliado e a mim como inimigo”, escreveu Bolsonaro.
Novamente, a ministra afirma que se trata da construção de narrativa “política, crítica, sarcástica, desagradável e desfavorável”. No entanto, acrescenta que as informações não são falsas.
Renato Machado / Folha de São Paulo
Bolsonaro no JN será primeiro teste crucial da campanha, avaliam aliados
Aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) veem a sabatina do Jornal Nacional no próximo dia 22 como o primeiro teste crucial da campanha à reeleição.
Pela relevância do programa e pelo potencial de audiência, seus auxiliares apostam na presença do presidente como um marco para alavancar seu crescimento nas pesquisas. Há expectativa, inclusive, de alcançar a maior audiência da história do JN.
Bolsonaro foi orientado, mais uma vez, a manter o discurso na cartilha defendida por seus conselheiros mais pragmáticos: melhora na economia, o Auxílio Brasil de R$ 600 e acenos ao eleitorado jovem e às mulheres, nos quais sua rejeição é maior.
Se houver espaço, ele também pretende se comparar com os governos petistas e insistir na pauta de costumes, para fidelizar o eleitorado conservador. Com dificuldade em reduzir a rejeição do chefe do Executivo, a campanha vai intensificar os esforços para aumentar a do concorrente, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), associando-o a casos de corrupção e a religiões de matriz africana.
O presidente, no entanto, não aceitou participar de um treinamento de mídia porque, segundo um ministro palaciano, não aceita ser moldado. Ele vai seguindo o seu “feeling”.
Por isso, há uma certa preocupação com eventuais surpresas, como em 2018, quando Bolsonaro começou a falar sobre um suposto “kit gay” distribuído em escolas públicas. A informação era falsa.
Também há preocupação com o risco de ele se irritar e ser grosseiro com a apresentadora Renata Vasconcellos. Em uma luta para ampliar a aceitação pelas mulheres, Bolsonaro não pode se dar ao luxo de deslizar neste momento, avaliam aliados.
Bolsonaro foi o sorteado para abrir a série de entrevistas do JN com os presidenciáveis, que começa na próxima segunda-feira (22). Na sequência estão previstos Ciro Gomes (PDT), no dia 23, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no dia 25, e Simone Tebet (MDB), no dia 26.
As informações são da coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo.
Folha de São Paulo
Com 1,5 mil candidatos, Centrão quer dominar metade da Câmara dos Deputados
O núcleo duro do Centrão estima que poderá eleger até metade da Câmara na próxima legislatura, conforme publicou o jornal O Estado de São Paulo neste sábado (20). Conforme a publicação, PL, Progressistas e Republicanos lançaram 1.521 candidatos, quantidade três vezes maior do que o contingente que disputou a eleição quatro anos atrás pelas legendas. Hoje, esses partidos detêm 179 das 513 cadeiras da Casa.
Ainda segundo O Estadão, o Centrão, que comanda a Câmara, com Arthur Lira (Progressistas-AL), e tem o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), como candidato, conta com recursos do orçamento secreto, que garantem obras de grande apelo eleitoral, para o seu plano de controlar o próximo Congresso. Os políticos do grupo se apresentam como de direita, defendem a família, a pauta de costumes e o liberalismo na economia. De acordo com pesquisas, o eleitorado tem se identificado mais com partidos de direita.
O número de candidatos representa 14,8% de todos os políticos que disputam uma cadeira de deputado federal por 32 partidos neste ano. Em 2018, PL, Progressistas e Republicanos apresentaram 574 nomes para concorrer à Câmara, 6,7% dos 8.588 candidatos. Elegeram 101. A esquerda lançou nesta eleição 1.260 candidatos pelo PT, PSB e Pros, siglas que apoiam a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa presidencial.
A cientista política Graziella Testa, professora da Fundação Getulio Vargas, disse que o Centrão deixou de ser apenas um bloco de partidos para se tornar um “estilo” de fazer política. “Refere-se mais a um comportamento. Em alguns partidos, isso é mais claro. É o parlamentar que tem mais preocupação em estar próximo ao recurso e em levar benesses para a região do que com ação programática ou ideológica. E sobre as benesses podemos pensar também num parlamentar bem intencionado, mas que atua de forma pouco republicana. A função do parlamentar não é essa, formalmente”, afirmou.
De acordo com o impresso, os políticos do Centrão não gostam do rótulo, que classificam como pejorativo. O bloco surgiu na Assembleia Constituinte sob a alcunha de “Centro Democrático”, como reivindicam ser chamados ainda hoje. O propósito, na ocasião, era conter avanços da “ala progressista” do plenário.
Uma das principais característica de um político do Centrão é o fisiologismo. Costumam votar em troca de cargos no governo e recursos federais. E quando há pressão popular mudam de lado sem constrangimentos. No impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), vários políticos do grupo foram à sua residência garantir apoio. Saíram de lá e votaram pelo afastamento.
Os maiores escândalos recentes no País envolveram políticos do Centrão. O Progressistas, do ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, foi um dos principais alvos nas investigações do esquema do mensalão, durante o governo Lula em 2005, e também da Operação Lava Jato sobre corrupção na Petrobras, na gestão de Dilma em 2014.
O presidente da Câmara vê injustiça nas críticas ao bloco. “O Centrão que eu faço parte não achincalha, não exige, não faz o toma lá, dá cá. O que fizemos nesses últimos dois anos foi retomar as prerrogativas do Executivo”, disse em encontro com empresários, nesta sexta-feira, 19. Ao Estadão, ele já declarou que se não fosse o Centrão, as principais pautas econômicas do País não teriam avançado, como a independência do Banco Central e a reforma da Previdência, ambas aprovadas no governo Bolsonaro.
Lira consolidou um poder inédito sobre o Orçamento e a agenda do Legislativo. Passa por ele o rateio de R$ 16,5 bilhões do orçamento secreto. Ele criou até uma “sala vip” na Câmara para atender a pedidos de emendas com indicação de recursos para bases eleitorais, especialmente aos aliados do Palácio do Planalto.
Para analistas políticos, a explosão de candidaturas do Centrão está ligada à expectativa de usufruir do poder que esses partidos passaram a desfrutar sob Bolsonaro. Se o plano de eleger metade da Câmara vingar, terão influência para pressionar qualquer que seja o presidente eleito.
“O Centrão continuará com papel estratégico. Com Lula, terá negociação e uma parte do PL pode rachar. PP e Republicanos continuariam fechados, mas com maioria numa coalizão com Lula. Caso Bolsonaro vença a eleição, eles continuarão tendo controle do Congresso e em particular do orçamento secreto”, avaliou Adriano Oliveira, professor da Universidade Federal de Pernambuco e estrategista da consultoria Cenário Inteligência.
O crescimento do Centrão na Câmara é dado como certo tanto por políticos como pelos analistas. A dúvida repousa sobre o papel e a coesão do grupo em caso de vitória de Lula. No diagnóstico do vice-líder do PP, deputado José Nelto (GO), todo governo vai precisar do Centrão, mas o poder do grupo depende de quem será eleito.
“Todo presidente precisa de maioria. Lula pode construir dividindo ou conquistando o grupo. Vai depender da situação política dele. Se Bolsonaro ganhar, (o Centrão) continua forte. Esse grupo precisa ter responsabilidade, não furar o teto de gastos, ter projeto de distribuição de renda e não deixar ninguém para trás no social”, disse.
A relação de Bolsonaro com o Centrão foi convenientemente alterada ao longo dos últimos anos. Ele mesmo foi integrante do Progressistas por muito tempo. Na campanha de 2018, no entanto, prometeu acabar com a “velha política” e com a distribuição de cargos. Chegou a se referir ao grupo como “escória” e como “o que há de pior no Brasil”. Um de seus auxiliares mais fiéis, general Augusto Heleno, comparou membros do grupo a ladrões ao deixar escapar um “se gritar pega Centrão, não fica um, meu irmão”. Para garantir o apoio do Congresso e se livrar de mais de cem pedidos de processos de impeachment, Bolsonaro abraçou Lira e passou a se reconhecer como alguém oriundo desse bloco.
As informações são do jornal O Estado de São Paulo.
Lula afaga Dilma e diz que igrejas não podem ter partido em ato em SP
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afagou a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e criticou a participação de igrejas na campanha, numa referência ao apoio de pastores evangélicos ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
Lula participou de comício no vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo, neste sábado (20).
O petista, em seu discurso, afirmou que falaria de religião “porque está na moda”. “As igrejas não têm que ter partido político, porque têm que cuidar da fé e da espiritualidade, não da candidatura de falsos profetas”, disse.
“Tem muita fake news religiosa correndo por esse mundo, tem demônio sendo chamado de Deus e tem gente honesta sendo chamada de demônio”, afirmou em crítica a Bolsonaro para, em seguida, emendar que estão fazendo “igreja de palanque político ou empresa para ganhar dinheiro”.
“Eu defendo o Estado laico, o Estado não tem que ter religião, todas as religiões têm que ser defendidas pelo Estado”, completou.
Nesta quinta-feira, o Datafolha mostrou que Lula tem 47% das intenções de votos contra 32% de Bolsonaro, mas a distância vem encurtando.
Segundo a pesquisa, Bolsonaro ampliou sua vantagem no eleitorado evangélico —tem 49% ante 32% de Lula.
Lula estava acompanhado de seu candidato a vice, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), do ex-prefeito Fernando Haddad, candidato do PT ao Governo de São Paulo, e do ex-governador Márcio França (PSB), candidato ao Senado pela chapa encabeçada por Haddad.
Estavam presentes ainda Lúcia França, mulher de França e vice na chapa de Haddad; Ana Estela Haddad, Lu Alckmin e Janja.
Dilma também compareceu e teve sua fala interrompida por gritos de apoio do público. “Eu não vou conseguir falar, vou começar a chorar, vai ser um vexame. Já estou chorando”, disse ela.
“Nós temos a pessoa certa no lugar certo”, completou Dilma a respeito de Lula. A ex-presidente foi abraçada por Alckmin, que apoiou o impeachment, e conversou com Janja.
Lula agradeceu o carinho do público com Dilma. “Às vezes a extrema direita condena um dos nossos e nós acreditamos em parte da mentira contada. […] Inventaram uma mentira contra ela, inventaram uma pedalada. Imagina o que é uma pedalada da Dilma contra as motociatas que esse genocida faz hoje.”
Chamando o impeachment de “erro histórico do Congresso”, Lula afirmou que o povo de São Paulo absolveu Dilma. “Você foi inocente porque deram um golpe em cima de você”, disse ele logo antes da ex-presidente levantar para abraçá-lo durante o discurso.
Bolsonaro foi chamado de tchutchuca diversas vezes em discursos de líderes de movimentos de esquerda e sindicais. É uma referência à briga do presidente, na quinta (18), com um youtuber que o chamou de “tchutchuca do centrão”.
Em seu discurso, França pregou que a eleição seja vencida por Lula no primeiro turno e ironizou Bolsonaro, chamando o de tchutchuca “da braveza, das armas e das coisas infelizes”, enquanto ele e os aliados seriam tchutchucas “da razão e da união”.
Como mostrou o Painel, a escolha do local está marcada pelo simbolismo. Em abril de 1984, milhares de pessoas ocuparam o espaço para o comício das Diretas Já, movimento que pedia o fim da ditadura militar e a volta de eleições diretas para presidente.
O evento petista, que na prática marca o lançamento da campanha de Lula em São Paulo, foi chamado de ato pela democracia. Uma grande bandeira do Brasil, usada em comícios no Piauí e Minas Gerais, voltou a ser lançada sobre o público em São Paulo.
Mais cedo, o ex-presidente convocou apoiadores a participarem do ato —mesmo diante do frio que assolava a capital paulista. “Venha com o seu casaco, sua toalha e vamos esquentar o Vale do Anhangabaú”, escreveu.
Para acessar o local, o público teve que passar por detectores de metal portáteis.
“Aqui, em 1984, o vale do Anhangabaú sediou um grande comício pelas Diretas Já. Hoje, 38 anos depois, também em uma encruzilhada da democracia brasileira, o vale solta sua voz nesta manhã fria. O inverno está chegando ao fim, o inverno do autoritarismo, da miséria, da indiferença representado pelo Bolsonaro”, disse Guilherme Boulos (PSOL).
Ele mencionou a notícia de que empresários declararam apoio a golpe num grupo de WhatsApp e disse ser preciso taxar grandes fortunas.
Gleisi afirmou que essas eleições “são as mais importantes na história recente da democracia”. “Para enfrentar esse processo, construímos uma grande aliança com 10 partidos. Pela primeira vez, no primeiro turno, temos o apoio de todas as centrais sindicais”, disse.
“Pela primeira vez em São Paulo temos condições de ganhar as eleições para governador com Haddad e eleger França senador”, completou.
Subiram também no palco os apoiadores de Lula, como Gleisi Hoffmann (PT-PR), André Janones (Avante-MG), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Juliano Medeiros (PSOL), Luciana Santos (PC do B), Aloysio Nunes (PSDB), Celso Amorim, Gabriel Chalita, Edinho Silva (PT), Juca Kfouri e Walter Casagrande. O jornalista Chico Pinheiro foi o apresentador do evento.
O secretário de comunicação do PT, Jilmar Tatto minimizou o crescimento do presidente na pesquisa. “Ela não teve o efeito esperado pelo Bolsonaro. Lula conseguiu se manter e isso estava dentro do nosso planejamento”, disse. “Acho difícil que o Bolsonaro tenha chances de ganhar as eleições.”
Tatto afirmou ainda que a campanha seguirá abordando questões “da vida do povo” como desemprego e fome, sem abordar pautas de costume. “Vamos dialogar com o povo sobre a vida deles.”
Ao ser questionado sobre o crescimento de Bolsonaro na pesquisa no segmento evangélico, Tatto afirmou que a campanha falará “diretamente com os evangélicos e não com lideranças de algumas igrejas”.
“A maneira de tratar esse público é falar da vida e do cotidiano deles. Vamos respeitar todas as religiões como Lula fez quando era presidente.”
Em entrevista à imprensa na sexta-feira (19), Lula disse que não fará sua campanha pautada por questões religiosas, algo que os bolsonaristas têm explorado para desgastar o petista —inclusive com afirmação falsa de que ele fecharia igrejas.
“Questão religiosa não entrará na minha pauta política”, disse Lula, após seguidos acenos ao segmento evangélico e um dia após ter dito que a Bíblia tem que ser cumprida.
O pastor pentecostal Paulo Marcelo, recrutado para ajudar a legenda com o setor evangélico, afirma que crescimento de Bolsonaro nesse setor pode ser explicado pelas fake news disseminadas em redes sociais.
“Tem essa dúvida sobre entrar no debate da pauta de costumes e fugir das pautas econômicas. É preciso que Lula dê um aceno ao setor e comece a falar com evangélicos, mas sem entrar no jogo de Bolsonaro”, diz.
Ele está organizando um evento neste domingo (21) com lideranças evangélicas para falar sobre a campanha. Segundo ele, cerca de 300 líderes devem participar. Alckmin gravou um vídeo que será exibido no evento.
Victoria Azevedo e Carolina Linhares / Folha de São Paulo
Desembargador diz que Moraes fez declaração de guerra e pede aposentadoria durante sessão
O vice-presidente e corregedor do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Distrito Federal, Sebastião Coelho da Silva, anunciou aposentadoria nesta sexta-feira (19), durante a sessão do plenário, afirmando que a atitude era uma reação à sua insatisfação com o Supremo Tribunal Federal e com o discurso de posse de Alexandre de Moraes no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Coelho da Silva, que também é desembargador do Tribunal de Justiça, disse que Moraes fez uma “declaração de guerra ao país” em sua fala diante do presidente Jair Bolsonaro (PL) e os ex-presidentes da República, em vez de promover uma fala de conciliação.
“Estou nesse tribunal há 30 anos, 1 meses e 8 dias”, disse Coelho da Silva, comunicando em seguida a aposentadoria.
“Vão me perguntar: ‘Por que você vai se aposentar, Sebastião Coelho da Silva’? E eu respondo: sr. presidente, colegas, eu há muito tempo, e eu não posso falar outra palavra, preciso tomar cuidado com elas, há muito tempo não estou feliz com o Supremo Tribunal Federal.”
Mais adiante, o vice-presidente e corregedor do TRE-DF disse que esteve na posse de Moraes e afirmou que esperava que o novo presidente do TSE aproveitasse a presença dos ex-presidentes da República, dos principais candidatos e de Bolsonaro “para fazer um conclamação de paz para a nação”.
“Mas, ao contrário, o que eu vi, ao meu sentir, o eminente ministro Alexandre de Moraes fez uma declaração de guerra ao país. O seu discurso é um discurso que inflama, é um discurso que não agrega, e eu não quero participar disso.”
O desembargador afirmou que irá, em seus últimos dias de atividade, cumprir as leis, mas não “discurso de ministro, seja ele em posse, seja em Twitter, seja ele em redes sociais”.
O novo presidente do TSE disse que não iria se manifestar sobre o episódio.
O sistema eletrônico de votação foi exaltado e ovacionado na posse de Moraes como presidente do TSE. Os longos aplausos a um trecho do discurso de Moraes ocorreram em frente a Bolsonaro, que costuma atacar as urnas eletrônicas e insinuar que a corte pretende fraudar as eleições deste ano para lhe derrotar.
Moraes fez um discurso com diversos recados ao chefe do Executivo, que participou da cerimônia e ficou frente a frente com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), rival na disputa deste ano.
“Somos a única democracia do mundo que apura e divulga os resultados eleitorais no mesmo dia, com agilidade, segurança, competência e transparência. Isso é motivo de orgulho nacional”, disse Moraes, enquanto Bolsonaro se manteve sério, sem aplaudir.
Em outro trecho, o novo presidente do TSE afirmou que a liberdade de expressão não é igual a liberdade de agressão.
“Liberdade de expressão não é liberdade de agressão, não é liberdade de destruição da democracia, das instituições, da dignidade e da honra alheias. Não é liberdade de propagação de discursos de ódio e preconceituosos”, declarou o novo presidente do TSE.
Moraes agradeceu a presença de Bolsonaro na solenidade e disse que a cerimônia “simboliza o respeito às instituições como único caminho para fortalecimento” do Brasil.
“A Justiça Eleitoral não poderia comemorar melhor e de forma mais honrosa seus 90 anos de instalação, com presença nessa cerimônia do nosso chefe de Estado e de governo, presidente Jair Bolsonaro, presidente do Congresso, senador [Rodrigo] Pacheco, presidente da Câmara, Arthur Lira, do nosso presidente do STF e chefe maior do Judiciário e orgulho de todos os magistrados, Luiz Fux, bem como ex-presidentes da República.”
Ranier Bragon / Folha de São Paulo
Janja cria incômodos na campanha de Lula por interferências e superexposição
Casada com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desde maio, a socióloga Rosângela da Silva, a Janja, tem ganhado cada vez mais notoriedade dentro e fora do comitê eleitoral do petista.
O protagonismo de Janja, 55, traz elogios, mas também provoca incômodos entre aliados do presidenciável.
Da cor do material de campanha à comida a ser servida na cozinha da Fundação Perseu Abramo, a socióloga é ouvida sobre cada detalhe da rotina do ex-presidente.
Ela sempre mantém por perto uma garrafa de água para oferecer ao marido durante os atos políticos. Na pré-campanha, chegou a repreender agentes responsáveis pela segurança de Lula. Também já reclamou a assessores do excesso de sessões de fotos a que ele se submete.
Janja tem dito a pessoas próximas que quer “ressignificar” o papel de primeira-dama. Ela tem defendido pautas como combate à fome, soberania alimentar e defesa dos direitos das mulheres.
“Se eu puder contribuir em alguma coisa nessa campanha, nesse governo, que se Deus quiser tudo vai dar certo, vai ser justamente na questão da segurança alimentar voltada para as mulheres”, afirmou em um ato político em abril.
Ela busca participar de todas as reuniões da cúpula da candidatura petista e de encontros reservados de Lula com interlocutores chave. Esteve inclusive naquelas que antecederam a escolha do publicitário da campanha e opina sempre que julga necessário.
Segundo petistas, Janja fala o que pensa, mas não impõe a própria visão. As intervenções geram críticas de uma ala da campanha, que reclama de ela ser “invasiva”.
Em 8 de agosto, durante reunião do conselho político, Janja reclamou do tom escuro das peças publicitárias apresentadas.
No dia seguinte à reunião, a primeira-dama Michelle Bolsonaro divulgou um vídeo no qual Lula assistia a uma cerimônia de umbanda. “Isso pode né! Eu falar de Deus não”, publicou a esposa de Jair Bolsonaro (PL).
No mesmo dia, a socióloga foi às redes em defesa do marido. “Eu aprendi que Deus é sinônimo de amor, compaixão e, sobretudo, de paz e de respeito. Não importa qual a religião e qual o credo. A minha vida e a do meu marido sempre foram e sempre serão pautadas por esses princípios”, publicou.
A espontaneidade da reação alimentou, entre integrantes do comitê eleitoral, o receio de que a superexposição de Janja seja usada por Bolsonaro ao longo da disputa. Segundo aliados, a mulher de Lula abordou religião, um tema sensível, sem que a cúpula da campanha fosse avisada da publicação.
Aliados lembram que, na véspera da postagem, a cúpula da campanha havia reiterado que a crise econômica deveria estar no centro da disputa. A estratégia é impedir que a pauta de costumes invada o debate. Nesse sentido, a mensagem de Janja nas redes sociais colidiu com a definida pela cúpula da campanha.
Militante do partido desde 1980, a socióloga é descrita por seu entorno como uma mulher com brilho próprio, de conteúdo, com personalidade forte e amorosa.
Coube a ela articular o vídeo com a nova versão do jingle de 1989 “Lula Lá”, em que ela canta ao lado de diversos artistas. Esse foi o presente dado ao marido no início de maio, no evento de pré-lançamento da chapa presidencial.
A socióloga foi uma das três pessoas a falar na cerimônia. Além dela, discursaram o próprio Lula e o candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB). Desde então, Janja canta na maioria dos eventos.
Em junho, durante jantar com empresários, ela mostrou estranheza ao perceber que mulheres e homens estavam acomodados em grupos distintos. Segundo presentes, a socióloga incentivou as mulheres a participarem das conversas ao lado dos maridos.
Janja incentivou a empresária Rosangela Lyra a falar em nome das mulheres, o que não aconteceu. “Janja tem luz própria. Já saiu da sombra de Lula, se é que algum dia esteve”, comenta Rosangela.
A socióloga também fez-se ouvir no almoço em que foi discutida a retirada da candidatura de Márcio França (PSB) em apoio a Fernando Haddad (PT) como candidato ao Governo de São Paulo. Janja se apresentou à mulher de França, Lúcia, como fiadora do acordo.
Descrevendo-se como “blogueirinha”, na semana passada a socióloga tornou públicos seus perfis nas redes sociais, nos quais exibe cenas da vida do casal. No Instagram, ela reúne mais de 70 mil seguidores.
Janja também assumiu para si a tarefa de fazer pontes com artistas e influenciadores digitais.
Uma ala de aliados do petista avalia que Janja é um ativo para a campanha e que ela pode agregar em termos de pautas e votos ao ex-presidente ao se posicionar como uma mulher moderna, inteligente e independente.
Por outro lado, há petistas temerosos com o fato de as decisões de Janja serem tomadas à revelia da campanha. Ninguém tem, no entanto, coragem de falar com o ex-presidente, tido como um homem apaixonado e que estimula a independência da companheira.
Na opinião de pessoas próximas tanto de Lula como de Janja, as críticas são precipitadas e resultado de incômodos com o protagonismo da socióloga.
Petistas relatam que ela tem perfil diferente do de Marisa Letícia, ex-mulher de Lula. Embora tenha sido uma das fundadoras do PT, Marisa era avessa a aparições.
“Ela é uma pessoa que se dedica ao debate da segurança alimentar, sustentabilidade ambiental”, diz o deputado Alexandre Padilha (PT-SP), numa defesa da atuação de Janja.
“Do ponto de vista político, ela jogou luz para pautas importantes, como pautas feministas, relacionadas à segurança alimentar, meio ambiente, cultura, animais domésticos e afins. Ela tem um valor enorme para o PT”, diz o advogado Marco Aurélio de Carvalho, que foi padrinho de casamento de Lula e Janja.
Na semana passada, Janja teve uma agenda própria —organizada a seu pedido e em 24 horas—, na favela de Heliópolis, em São Paulo. “O Lula não veio. Mas a Janja está aqui”, anunciou a anfitriã do evento.
Presente no ato, o coordenador da Central de Movimentos Populares, Raimundo Bonfim, resume: “Janja está pop”.
Nem sempre foi assim. Em 2018, a socióloga marcava presença diária na vigília que ficava em frente à superintendência da PF em Curitiba, pedindo a libertação do então namorado. Após a libertação, os dois foram morar temporariamente na casa reservada à segurança do ex-presidente em São Bernardo do Campo, no ABC paulista.
Catia Seabra, Julia Chaib e Thaísa Oliveira / Folha de São Paulo
Aos 63 anos, morre Claudia Jimenez no Rio
A intérprete de Dona Cacilda, da “Escolinha do Professor Raimundo”, e de Edileuza, de “Sai de Baixo”, estava internada no Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul.
Até a última atualização desta reportagem, a causa da morte não havia sido divulgada.
TSE simula mudança em teste das urnas sugerida por militares, mas adota cautela
A pedido da equipe do presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, técnicos da corte reabriram a discussão sobre as sugestões feitas pelas Forças Armadas de mudanças no sistema eletrônico de votação e simularam, nesta semana, o uso da biometria para ativar a urna durante o chamado teste de integridade.
A reformulação do teste de integridade que ocorre no dia das eleições é o principal pedido dos militares na lista de recomendações enviada ao TSE —e que foi motivo de atritos entre o Ministério da Defesa e a gestão de Edson Fachin, ex-presidente do tribunal.
Apesar da simulação, técnicos da corte e auxiliares de Moraes adotam cautela. Reservadamente, eles dizem que mudar as regras semanas antes das votações pode tumultuar o processo eleitoral, além de ser trabalhoso e ter baixo poder de aperfeiçoar a segurança e a transparência do voto.
Integrantes do TSE dizem que a simulação recente pode servir até para colocar no papel que a ideia dos militares pode atrapalhar as eleições.
Nesse sentido, embora a mudança não esteja totalmente descartada, interlocutores no TSE dizem que atualmente é baixa a margem para qualquer alteração.
Por outro lado, ministros do governo Jair Bolsonaro (PL) se dizem esperançosos que o novo presidente do TSE atenda as Forças Armadas.
Militares também esperam que o tema avance e entre na pauta do primeiro encontro do ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, com Moraes após a troca de comando na corte. O general irá ao TSE na próxima terça (23).
O governo Bolsonaro vê uma eventual concessão às Forças Armadas como a moeda de Moraes para aliviar a crise entre o TSE e o Planalto. Bolsonaro, em troca, reduziria o tom golpista de suas declarações.
Integrantes do TSE, no entanto, não veem garantias sólidas de que o presidente de fato abandonaria os ataques às urnas. Essa avaliação é mais um argumento utilizado pelos que consideram pouco provável que Moraes aceite um acordo nesses termos.
Atualmente, há uma votação simulada no teste de integridade no mesmo dia da eleição real. Votos são depositados em cédulas de papel e, na sequência, digitados em urnas eletrônicas, para comparar os resultados.
O cerne do pedido dos militares é usar a biometria de eleitores reais no equipamento digital durante o teste.
Na argumentação dos militares, o teste de integridade precisa reproduzir as condições de votação da forma mais próxima da realidade possível. Por isso, seria importante que também na testagem ocorresse o uso da biometria, para evitar que um possível código malicioso fraudasse o processo.
Usar a biometria no teste, porém, exigiria realizar esse processo em locais de votação e não nos pontos indicados pelos tribunais regionais eleitorais.
Em nota divulgada em julho, o próprio TSE afirmou que adotar a proposta dos militares neste ano seria “inviável”, porque poderia tumultuar as eleições e traria risco ao sigilo do voto.
O teste de integridade ainda é acompanhado por equipes de auditoria privada, que utilizam câmeras e outros equipamentos para fiscalizar.
Uma empresa já foi escolhida para esse serviço no pleito de 2022. Os contratos para acompanhar a auditoria podem alcançar R$ 6,4 milhões.
Todo esse aparato para o teste teria de ser levado ao local de votação para acomodar a proposta dos militares. Além disso, integrantes do tribunal avaliam que seria necessária robusta campanha informativa para convencer eleitores a disponibilizar a biometria.
O TSE avalia propostas de automatizar etapas do teste de integridade para os próximos anos, o que facilitaria aplicar a análise nos locais de votação e com eleitores reais, segundo o tribunal. Para 2022, a equipe da Justiça Eleitoral considera que a mudança seria arriscada.
Apesar de resistirem à proposta da Defesa, técnicos do TSE começaram a pensar em formas de reduzir os impactos neste ano, caso Moraes decida ceder aos militares.
Uma ideia é aplicar a proposta da Defesa a um número pequeno de urnas. Por exemplo, em cerca de duas unidades por estado, o que atingiria menos de 10% das 648 urnas que devem ser utilizadas no teste de integridade em todo o país.
Auxiliares do ministro da Defesa e generais do Alto Comando do Exército afirmam, sob reserva, que veem como positiva a iniciativa do TSE de ao menos reabrir discussões sobre o teste de integridade.
Eles destacam que o movimento mostra um avanço em relação às discussões com Fachin, que estavam travadas.
Folha de São Paulo
A reformulação do teste de integridade que ocorre no dia das eleições é o principal pedido dos militares na lista de recomendações enviada ao TSE —e que foi motivo de atritos entre o Ministério da Defesa e a gestão de Edson Fachin, ex-presidente do tribunal.
Apesar da simulação, técnicos da corte e auxiliares de Moraes adotam cautela. Reservadamente, eles dizem que mudar as regras semanas antes das votações pode tumultuar o processo eleitoral, além de ser trabalhoso e ter baixo poder de aperfeiçoar a segurança e a transparência do voto.
Integrantes do TSE dizem que a simulação recente pode servir até para colocar no papel que a ideia dos militares pode atrapalhar as eleições.
Nesse sentido, embora a mudança não esteja totalmente descartada, interlocutores no TSE dizem que atualmente é baixa a margem para qualquer alteração.
Por outro lado, ministros do governo Jair Bolsonaro (PL) se dizem esperançosos que o novo presidente do TSE atenda as Forças Armadas.
Militares também esperam que o tema avance e entre na pauta do primeiro encontro do ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, com Moraes após a troca de comando na corte. O general irá ao TSE na próxima terça (23).
O governo Bolsonaro vê uma eventual concessão às Forças Armadas como a moeda de Moraes para aliviar a crise entre o TSE e o Planalto. Bolsonaro, em troca, reduziria o tom golpista de suas declarações.
Integrantes do TSE, no entanto, não veem garantias sólidas de que o presidente de fato abandonaria os ataques às urnas. Essa avaliação é mais um argumento utilizado pelos que consideram pouco provável que Moraes aceite um acordo nesses termos.
Atualmente, há uma votação simulada no teste de integridade no mesmo dia da eleição real. Votos são depositados em cédulas de papel e, na sequência, digitados em urnas eletrônicas, para comparar os resultados.
O cerne do pedido dos militares é usar a biometria de eleitores reais no equipamento digital durante o teste.
Na argumentação dos militares, o teste de integridade precisa reproduzir as condições de votação da forma mais próxima da realidade possível. Por isso, seria importante que também na testagem ocorresse o uso da biometria, para evitar que um possível código malicioso fraudasse o processo.
Usar a biometria no teste, porém, exigiria realizar esse processo em locais de votação e não nos pontos indicados pelos tribunais regionais eleitorais.
Em nota divulgada em julho, o próprio TSE afirmou que adotar a proposta dos militares neste ano seria “inviável”, porque poderia tumultuar as eleições e traria risco ao sigilo do voto.
O teste de integridade ainda é acompanhado por equipes de auditoria privada, que utilizam câmeras e outros equipamentos para fiscalizar.
Uma empresa já foi escolhida para esse serviço no pleito de 2022. Os contratos para acompanhar a auditoria podem alcançar R$ 6,4 milhões.
Todo esse aparato para o teste teria de ser levado ao local de votação para acomodar a proposta dos militares. Além disso, integrantes do tribunal avaliam que seria necessária robusta campanha informativa para convencer eleitores a disponibilizar a biometria.
O TSE avalia propostas de automatizar etapas do teste de integridade para os próximos anos, o que facilitaria aplicar a análise nos locais de votação e com eleitores reais, segundo o tribunal. Para 2022, a equipe da Justiça Eleitoral considera que a mudança seria arriscada.
Apesar de resistirem à proposta da Defesa, técnicos do TSE começaram a pensar em formas de reduzir os impactos neste ano, caso Moraes decida ceder aos militares.
Uma ideia é aplicar a proposta da Defesa a um número pequeno de urnas. Por exemplo, em cerca de duas unidades por estado, o que atingiria menos de 10% das 648 urnas que devem ser utilizadas no teste de integridade em todo o país.
Auxiliares do ministro da Defesa e generais do Alto Comando do Exército afirmam, sob reserva, que veem como positiva a iniciativa do TSE de ao menos reabrir discussões sobre o teste de integridade.
Eles destacam que o movimento mostra um avanço em relação às discussões com Fachin, que estavam travadas.
Folha de São Paulo
Confira a agenda dos candidatos à Presidência para este sábado (20/8)
Ciro Gomes (PDT): Às 10h, faz caminhada no no calçadão de Campo Grande, no Rio de Janeiro. Às 13h, faz caminhada em Alcântara, em São Gonçalo. Às 16h, realiza encontro com protetores de animais e assina carta-compromisso.
Constituinte Eymael (DC):. Agenda ainda não divulgada.
Felipe D’Avila (Novo): Gravações do programa de televisão da campanha eleitoral.
Jair Bolsonaro (PL): Não tem agenda de campanha.
Léo Péricles (UP): Às 9h, fará caminhada em Mauá (SP). Às 14h, participa de encontro com metroviários na Estação Barra Funda. Às 19h30, participa de caminhada pelo bairro Lajeado, na zona leste de São Paulo.
Lula (PT): Às 11h, realiza comício no Vale do Anhangabaú, em São Paulo.
Pablo Marçal (Pros): 10h, vai estar adesivando carros em Alphaville (SP).
Roberto Jefferson (PTB): Agenda ainda não divulgada.
Simone Tebet (MDB): Às 10h, participa da Caminhada da Esperança no Jardim Laranjeiras, na zona norte, em São Paulo. Às 15h, realiza gravação de rádio da propaganda eleitoral e, às 18h, do programa de TV da propaganda eleitoral.
Sofia Manzano (PCB): Às 10h, participa de roda de conversa na Associação dos Trabalhadores Aposentados, Pensionistas e Anistiados da Petrobras e subsidiárias do RJ em Duque de Caxias. Às 17h, participa de roda de conversa no Salão Teatro Santa Cecília em Petrópolis.
Soraya Thronicke (União): Às 11h, participa do lançamento da candidatura à Presidência e os lançamentos dos candidatos do partido ao governo e ao senado no Mato Grosso do Sul. Às 17h30, participa do lançamento da candidatura de deputado federal em João Pessoa (PB).
Vera (PSTU): Às 18h, participa do lançamento da candidatura de deputados estaduais na sede do Sindicato dos Metroviários em São Paulo.
Edição: Fábio Massalli
Por Agência Brasil - Brasília
Hoje é o Dia D de vacinação contra pólio e de multivacinação
Hoje (20) é o Dia D da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação de 2022. A imunização contra a poliomielite é destinada às crianças menores de 5 anos. Já o público-alvo da multivacinação, para a atualização das vacinas de rotina, são os menores de 15 anos.
O Ministério da Saúde destaca a necessidade de obter uma alta cobertura vacinal para que doenças erradicadas, como poliomielite, não voltem a ser registradas no país. No mundo todo, as coberturas caíram durante a pandemia de covid-19.
A campanha foi aberta no dia 8 de agosto e vai até 9 de setembro em todo o Brasil, envolvendo a aplicação de doses das 18 vacinas que compõem o Calendário Nacional de Vacinação da criança e do adolescente.
A mobilização nacional será neste sábado, mas estados e municípios têm autonomia para definir datas adicionais. O objetivo é alcançar cobertura vacinal igual ou maior que 95% para a vacina da poliomielite na faixa etária de 1 ano a menores de 5 anos, além de reduzir o número de não vacinados entre crianças e adolescentes menores de 15 anos.
As vacinas disponíveis são: Hepatite A e B, Penta (DTP/Hib/Hep B), Pneumocócica 10 valente, VIP (Vacina Inativada Poliomielite), VRH (Vacina Rotavírus Humano), Meningocócica C (conjugada), VOP (Vacina Oral Poliomielite), Febre amarela, Tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba), Tetraviral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela), DTP (tríplice bacteriana), Varicela e HPV quadrivalente (Papilomavírus humano).
Estarão disponíveis para os adolescentes, as vacinas HPV, dT (dupla adulto), Febre amarela, Tríplice viral, Hepatite B, dTpa e Meningocócica ACWY (conjugada).
A imunização contra a covid-19 também está em andamento e as vacinas poderão ser administradas de maneira simultânea com as demais do Calendário Nacional, na população a partir de três anos de idade. Também não há necessidade de aguardar intervalo mínimo entre a vacina contra a covid-19 e outras da campanha.
Poliomielite
Para a campanha contra a poliomielite, o público-alvo são as crianças menores de cinco anos de idade, totalizando mais de 14,3 milhões de pessoas, sendo que as crianças menores de 1 ano deverão ser vacinadas conforme a situação vacinal encontrada para o esquema básico.
As crianças de 1 a 4 anos deverão ser vacinadas indiscriminadamente com a Vacina Oral Poliomielite (VOP), desde que já tenham recebido as três doses de Vacina Inativada Poliomielite (VIP) do esquema básico.
Todos os imunizantes que integram o Programa Nacional de Imunização são seguros e estão registrados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Edição: Denise Griesinger
Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - Brasília
Assinar:
Postagens (Atom)
Destaques
Faça seu pedido: (73) 98108-8375
Ouça aqui: Web Radio Gospel Ipiaú
Web Rádio Gospel de Ipiaú
Siga-nos
Total de visualizações de página
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade.
Publicidade
Anucie aqui: (73) 991241546-9-82007563
Postagens mais visitadas
Arquivo do blog
- ► 2024 (5607)
- ► 2023 (4688)
-
▼
2022
(5535)
-
▼
agosto
(430)
-
▼
ago. 20
(10)
- TSE nega pedido de Lula para Bolsonaro remover pos...
- Bolsonaro no JN será primeiro teste crucial da cam...
- Com 1,5 mil candidatos, Centrão quer dominar metad...
- Lula afaga Dilma e diz que igrejas não podem ter p...
- Desembargador diz que Moraes fez declaração de gue...
- Janja cria incômodos na campanha de Lula por inter...
- Aos 63 anos, morre Claudia Jimenez no Rio
- TSE simula mudança em teste das urnas sugerida por...
- Confira a agenda dos candidatos à Presidência para...
- Hoje é o Dia D de vacinação contra pólio e de mult...
-
▼
ago. 20
(10)
-
▼
agosto
(430)
- ► 2021 (5869)
- ► 2020 (4953)
- ► 2019 (3140)
- ► 2018 (711)
- ► 2016 (209)
- ► 2015 (162)
- ► 2014 (462)
- ► 2013 (1713)
- ► 2012 (1976)