Itamaraty prepara ida de Bolsonaro para velório da rainha Elizabeth 2ª
O governo brasileiro, por meio do Itamaraty, já prepara a viagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) para o funeral da rainha Elizabeth 2ª, em Londres.
Interlocutores disseram à Folha que a ideia é que o mandatário participe da solenidade no próximo dia 19 e siga direto para Nova York, onde discursará na abertura da Assembleia-Geral das Nações Unidas, no dia 20.
Bolsonaro ainda não confirmou a viagem oficialmente, mas aliados acreditam que ele deve ir, como indicou no sábado à CNN Brasil. “De acordo com o horário e dia, pode ser que eu vá”, afirmou.
O deslocamento se daria na reta final da campanha presidencial. O mandatário busca se reeleger ao cargo no próximo dia 2 de outubro. Segundo as pesquisas de intenção de voto, ele está em segundo lugar, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na quinta (8), data da morte de Elizabeth 2ª, o chefe do Executivo decretou luto oficial de três dias no país e lamentou o falecimento nas redes sociais, chamando a britânica de “rainha de todos”. No Twitter, Bolsonaro classificou a soberana como “uma mulher extraordinária e singular, cujo exemplo de liderança, de humildade e de amor à pátria seguirá inspirando a nós e ao mundo inteiro até o fim dos tempos”.
Elizabeth 2ª faleceu aos 96 anos, após 70 anos de reinado, o mais duradouro do Reino Unido. Neste sábado (10), seu filho mais velho, Charles 3º foi proclamado rei.
O velório vai se dar seguindo as tradições da monarquia, que envolvem muitas cerimônias e protocolos. Neste domingo, milhares de pessoas saíram às ruas na Escócia para acompanhar um cortejo entre o Castelo de Balmoral e o Palácio de Holyrood, residência oficial da família real em Edimburgo, capital do país.
O caixão seguiu no primeiro carro de uma caravana de sete veículos e passou por cidades como Aberdeen, Dundee e Perth, em uma viagem de 280 km. No trajeto, o cortejo fez paradas para que mais pessoas pudessem se despedir. Uma multidão aplaudiu a chegada do corpo a Edimburgo.
O corpo da rainha ficará em Holyrood até a tarde desta segunda (12), quando será levado à Catedral de St Giles. Na terça, segue de avião para Londres. A partir de quarta (14), estará no Palácio de Westminster, sede do Parlamento, onde haverá visita pública durante quatro dias.
Na manhã do dia 19, ele será levado à Abadia de Westminster para o funeral, que será televisionado. Dois minutos de silêncio em todo o Reino Unido serão decretados. Em seguida, Elizabeth 2ª será enterrada no Castelo de Windsor, a oeste de Londres.
Marianna Holanda / Folhapress
Sobe para 22 os mortos em naufrágio de lancha no Pará
As buscas por desaparecidos no naufrágio de uma lancha no Pará foram retomadas às 5h deste domingo (11), e mais dois corpos foram encontrados pelas equipes de busca e salvamento logo pela manhã, informou a Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup-PA). Subiu para 22 o número de mortos na tragédia.
Nas primeiras horas do dia, o corpo de uma mulher foi avistado em sobrevoo de helicóptero pela região do naufrágio. Pouco depois, outro corpo, cujo sexo não foi confirmado, foi retirado de dentro da própria embarcação que afundou.
Ao todo foram contabilizadas as mortes de 13 mulheres, cinco homens, três crianças e uma pessoa ainda sem identificação. Do total, 15 corpos foram transladados para Marajó e cinco entregues a familiares em Belém.
Sobreviveram ao naufrágio 65 pessoas. Todas foram resgatadas ainda nas primeiras horas após a embarcação ir à pique. Segundo o governo do Pará, elas receberam atendimento psicossocial e prestaram depoimento às autoridades.
O naufrágio ocorreu próxima à Ilha de Cotijuba, em Belém, na manhã de quinta-feira (8). As autoridades ainda não sabem quantas pessoas havia na lancha que afundou, pois a embarcação fazia transporte intermunicipal irregular de passageiros e não tinha lista de pessoas embarcadas. O barco partiu de um porto clandestino em Cachoeira do Arari, no arquipélago do Marajó, com destino a Belém, informou o governo estadual.
A operação de busca e resgate conta com nove embarcações das forças de segurança estaduais, um helicóptero do Grupamento Aéreo de Segurança Pública do Pará, bem como dois barcos e uma aeronave da Marinha. De acordo com o mais recente comunicado da Segup-PA, as buscas seguem “até que todos os procurados por familiares sejam localizados”.
O governo orienta os familiares de desaparecidos após o naufrágio que procurem o Grupamento Fluvial, no centro de Belém, “onde serão atendidos por uma equipe multidisciplinar para oferecimento de informações, serviços essenciais, assistência psicossocial ou qualquer outra necessidade urgente”, disse a Segup-PA em nota. Pertences das vítimas também se encontram no local.
O governo disponibilizou também o telefone celular 91 988996323, da Defesa Civil estadual, para o fornecimento de informações.
A Polícia Civil abriu inquérito para apurar o naufrágio. Os responsáveis pela lancha Dona Lourdes II ainda não foram localizados para prestar esclarecimentos.
Edição: Fernando Fraga/
Por Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil - Brasília
Em Campo Formoso, ACM Neto diz que nada vai abalar a sua disposição pela Bahia: ‘Estou aqui cumprindo uma missão’
O candidato a governador ACM Neto (União Brasil) reuniu neste sábado (10) milhares de pessoas em Campo Formoso, onde participou de uma carreata que literalmente parou a cidade e de um evento político ao lado de liderança regionais na Praça Onze. A multidão nas ruas do município fez verdadeira festa para recepcionar o ex-prefeito de Salvador e deu forte demonstração de apoio à candidatura dele ao governo da Bahia.
Durante comício realizado após a carreata, ACM Neto destacou a confiança que o povo da região Norte demonstra no projeto político que ele lidera, disse que a sua eleição já tornou-se um sonho coletivo e que vai dedicar a sua vida a livrar a Bahia dos problemas acumulados nos últimos 16 anos.
“Quero ser o governador de vocês, o governador da esperança de cada baiano. O governador que vai lutar muito, desde o dia 1° de janeiro, para transformar os sonhos de milhões de pessoas em realidade. Eu quero ser o governador que vai olhar nos olhos de vocês e sempre encontrar essa mesma confiança que eu vejo presente na noite de hoje aqui em Campo Formoso”, discursou.
Ele disse que, mesmo tendo chegado a quase 300 cidades diferentes visitadas, continuará nesse ritmo forte de agendas até o dia 2 de outubro. “Não é fácil estar nessa luta, a gente é obrigado a lidar com muitas provações e a superar muitos obstáculos. Sobretudo, acaba exposto a muitas injustiças. Mas não pensem vocês que isso me abala. Nada disso diminui a minha energia, nada disso vai comprometer a minha disposição de lutar muito pela Bahia e pelos baianos. Estou aqui cumprindo uma missão”, discursou.
As imagens aéreas mostram o tamanho da carreata que, de acordo com lideranças locais, foi a maior da história política da região e uma das maiores de toda a campanha da Bahia neste ano. O prefeito Elmo Nascimento (UB), o deputado federal Elmar Nascimento (UB) e o candidato a deputado estadual Júnior Nascimento (UB) foram os anfitriões da festa.
O prefeito pediu ao povo a chance de ter um governador que trabalhe ao seu lado. “Que olhe pela segurança pública, sobretudo na zona rural. Todo mundo de distrito aqui sabe que tem pessoas que nunca viram um policial militar. Quando tem, é porque a prefeitura abastece a viatura e dá comida aos policiais. A gente não quer um governador que vire a cara para esse problema”, disse Elmo.
Carreata
Como descreveu o candidato a senador Cacá Leão (PP), “parecia o Chiclete no Carnaval”. Milhares de pessoas saíram de casa no sábado à noite para demonstrar o seu apoio à chapa e seguiram a pé os paredões, dançando ao som dos jingles do 44. Alguns empolgados escalaram o veículo de destaque, onde Neto estava, para abraçá-lo ou tirar uma selfie.
Centenas de motos andaram à frente da carreata, fazendo às vezes de abre-alas, e outras centenas de carros ao fundo do bloco. No meio, o povo, a pé. Muitos ambulantes aproveitaram para armar uma barraca e tirar um trocado. No trecho final, Neto desceu do carro e fez uma caminhada, no meio das pessoas e ao som do piseiro, até a Praça Onze, onde estava montado o palco.
Além de Elmo, outras lideranças lembraram os problemas da Bahia, não só na segurança e na educação. “A verdade é que os que nos governam e estão aí há 16 anos tiveram muitas chances de mostrar serviço e não fizeram, 16 anos é tempo demais, não admito que depois desse tempo todo a Bahia ainda tenha o melhor número de desempregados do país e que tenha essa fila da regulação maldita, que faz o povo pobre esperar tempo demais para conseguir tratamento de saúde, isso quando conseguem”, disse Neto.
O evento reuniu ainda lideranças de dezenas de cidades da região, como os prefeitos Laércio Júnior (UB), de Senhor do Bonfim, Thiago Gileno (PSD), de Ponto Novo, Dr. Arismario (Avante), de Santaluz, Candinho Guirra (PP), de Caldeirão Grande, Louro Maia (UB), de Filadélfia, e Vilma Gomes (UB), de Cansanção.
Derf prende “bruxo”, apontado como gerente de organização criminosa em Rondonópolis
Investigadores da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos, a Derf de Rondonópolis, prenderam em flagrante um suspeito de tráfico de drogas e associação para o tráfico na região central, também conhecida pela polícia como “faixa de gaza”, imediações da avenida Rui Barbosa. O local é frequentado por viciados.
Ele é apontado como gerente de uma organização criminosa que atua no Estado. Com o homem, o “bruxo”, os policiais apreenderam 6 porções pequenas e meio tablete de substância análoga a maconha, além de R$ 1.048 em dinheiro trocado.
Após abordagem, suspeito entrega esconderijo e PM apreende grande quantidade de maconha
Policiais do grupo Raio da Polícia Militar prenderam dois indivíduos na tarde deste sábado (10) pelo crime de tráfico de drogas. Ao menos um já possuía dois mandados de prisão em aberto.
O indivíduo foi abordado pela guarnição nas imediações do bairro Jardim Sumaré, ao demonstrar nervosismo ante a presença da patrulha policial. No momento da abordagem, o suspeito apontou o local onde haveria droga escondida.
Os policiais, então, deslocaram ao ponto indicado, no bairro Olga Maria. Lá, o segundo suspeito acabou preso e 15 tabletes de substância análoga a maconha foram apreendidos, além de apetrechos utilizados pelos traficantes para embalar e comercializar o entorpecente.
Os dois suspeitos foram encaminhados à 1ª Delegacia de Polícia.
PRF apreende mais de 18kg de pasta base escondidos em tanque de combustível
Em patrulhamento contra o tráfico de drogas, armas e munições, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu em flagrante um casal e apreendeu mais de 18 kg de pasta base de cocaína escondidos no tanque de combustível de um automóvel, na noite deste sábado (10), no km 211 da rodovia federal BR-364, em Rondonópolis.
Segundo as informações, após a ordem de parada ao carro em que seguia o casal, ambos demonstraram muito nervosismo diante da abordagem policial. A mulher chegou a omitir o nome e juntos, a dupla caiu em contradição ao responder as perguntas das equipes. A mudança de versões alertou a patrulha.
Em revista ao automóvel, os policiais notaram que o banco traseiro do veículo estava fora dos padrões, indício de manipulação, além de um forte cheiro de álcool no interior do carro. Embaixo do banco traseiro do carro fica o tanque de combustível, também com sinais de adulteração.
Por: AgoraMT
Ministro do TSE proíbe Bolsonaro de usar imagens do 7 de Setembro em propaganda eleitoral
O ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Benedito Gonçalves proibiu o presidente Jair Bolsonaro (PL) de usar na sua propaganda eleitoral imagens feitas durante os eventos oficiais de 7 de Setembro. O magistrado estabeleceu pena diária de R$ 10 mil em caso descumprimento.
Gonçalves também determinou à TV Brasil que exclua trechos da transmissão disponível no Youtube em 24 horas. Enquanto não for realizada a edição, o ministro determinou que o vídeo saia do ar. A decisão atende a um pedido da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), adversário de Bolsonaro que lidera as pesquisas de intenção de votos.
O ministro concordou que houve utilização eleitoral da cerimônia, e o fato de Bolsonaro convocar seus apoiadores para às ruas e as imagens da TV Brasil, que focaram no Bolsonaro, durante o desfile. Gonçalves diz que as imagens ferem o princípio da isonomia.
“Constato que a ação foi instruída com farta prova documental que comprova os valores envolvidos e demonstra que a associação entre a candidatura e o evento oficial partiu da própria campanha do Presidente candidato à reeleição, que chegou a se utilizar de inserções de propaganda eleitoral para convocar o eleitorado a comparecer à comemoração do Bicentenário, em vinheta que confere destaque presença do candidato (identificado com slogan e número) na comemoração oficial”, disse o ministro.
Em outro trecho, diz que as imagens da celebração na propaganda oficial ferem a isonomia, “pois utiliza a atuação do Chefe de Estado, em ocasião inacessível a qualquer dos demais competidores, para projetar a imagem do candidato e fazer crer que a presença de milhares de pessoas na Esplanada dos Ministérios, com a finalidade de comemorar a data cívica, seria fruto de mobilização eleitoral em apoio ao candidato à reeleição”.
Marianna Holanda / Folhapress
Fux deixa presidência do STF com promessas não cumpridas
Em balanço apresentado na sua última sessão como presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Luiz Fux destacou como parte do seu legado o avanço na digitalização dos serviços da corte e exaltou que as despesas com o Judiciário caíram no último ano. Mas, apesar do discurso de austeridade, o ministro vem atuando em prol de questões corporativistas que levaram, no encerramento da sua gestão, à aprovação de um aumento de 18% que deve incidir nos salários de magistrados e de servidores.
Em seu biênio à frente da corte, Fux também fez uma série de acenos a associações de magistrados e a demandas de tribunais. Além de defender pautas classistas, ele evitou colocar em votação julgamentos que desagradam entidades da magistratura. A resistência em pautar alguns desses casos acabou levando o presidente do STF a não conseguir avançar em acordos com outros ministros para tocar temas considerados prioritários para ele, a exemplo da restrição de decisões individuais na corte. Com isso, promessas feitas, mesmo que de forma reservada, acabaram não cumpridas.
Esse viés a favor de demandas de classe marca a atuação de Fux desde que ele chegou ao Supremo, em 2011, e foi mantido após ele tomar posse como presidente da corte. Na segunda-feira (12), a ministra Rosa Weber tomará posse como presidente do tribunal, sucedendo a Fux. Em 10 de agosto, um mês antes do fim da gestão, o presidente da corte pautou uma sessão administrativa que aprovou o envio ao Poder Legislativo de uma proposta que resulta na elevação dos salários da magistratura em 18% até julho de 2024.
Essa proposta prevê o reajuste do salário de um ministro do Supremo, teto do funcionalismo, de R$ 39,3 mil mensais para R$ 46,3 mil. Caso também seja aprovada pelo Congresso, essa elevação provocaria um efeito cascata que aumentaria os demais salários dos magistrados do país.
Mas antes da aprovação desse aumento, Fux tentou convencer senadores a colocarem na pauta do Legislativo uma proposta de emenda à Constituição que prevê reajuste de 5% no vencimento de juízes e promotores a cada cinco anos de serviço. O quinquênio é uma demanda antiga de associações de magistrados e de integrantes do Ministério Público.
Além da questão do quinquênio, o magistrado atuou em outras frentes para garantir penduricalhos financeiros à magistratura. Primeiro, negou-se a levar a julgamento, assim como seus antecessores, a ação que discute a uniformização dos benefícios pagos a toda magistratura, o que poderia impactar também no Ministério Público, uma vez que existe a previsão de paridade entre as carreiras.
Fux também não pautou a análise de uma ação contra lei do Rio de Janeiro que beneficiou os magistrados do tribunal estadual fluminense, entre eles sua filha, a desembargadora Marianna Fux. O processo foi movido pela Procuradoria-Geral da República em 2010 e contesta trechos de uma legislação da gestão do ex-governador Sérgio Cabral sobre remuneração, promoção e ingressos de juízes na carreira.
A lei foi questionada pela PGR porque, em tese, afronta a Constituição, que prevê, em seu artigo 93, que mudanças na Lei Orgânica da Magistratura só podem ser realizadas por meio de lei de iniciativa do Supremo. O tribunal iniciou a análise do tema em 2012, com o voto do então ministro Ayres Britto pela derrubada da norma. À época, porém, Fux pediu vista e só liberou o caso para retomada de julgamento cinco anos depois, em 2017. Em 2019, o magistrado assumiu a presidência do STF e nunca pautou o assunto no plenário.
Outra decisão de Fux que serviu como aceno às associações de magistrados foi a suspensão da lei que institui o juiz de garantias no país. Apesar de ter sido aprovada por ampla maioria no Congresso, a medida foi suspensa por Fux e nunca foi levada a plenário. Esse tema, inclusive, dificultou que ele conseguisse concretizar a mudança regimental no STF que visava acabar com as decisões monocráticas na corte.
Em junho, após um encontro de Fux com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a assessoria do presidente do Supremo disse que ele manifestou “apoio à aprovação da PEC do quinquênio”. “A proposta é um pleito das associações da magistratura e que teve origem no próprio Congresso. Na avaliação do ministro, a proposta pode reestruturar a carreira da magistratura e evitar que um juiz recém-empossado, por exemplo, receba o mesmo salário de um juiz com mais de 30 anos de exercício na magistratura”, disse.
O magistrado também afirmou que “a aprovação está condicionada à extinção de auxílios pagos pelos tribunais, também chamados de ‘penduricalhos’, com a proposta que limita ganhos acima do teto constitucional”. Em meio à crise institucional agravada por impulsos golpistas do presidente Jair Bolsonaro (PL), o ministro também postergou o julgamento de ações que poderiam colocar o Supremo em conflito com o STM (Superior Tribunal Militar).
Essas ações tratam dos limites da Justiça Militar e têm apoio de diversas entidades de defesa dos direitos humanos. Duas delas foram apresentadas há nove anos ao Supremo pela PGR, mas ainda estão pendentes de julgamento. O próprio Fux havia sinalizado a intenção de que as ações fossem julgadas antes do fim do seu mandato à frente da corte, mas isso não aconteceu.
Nos últimos anos, cada uma dessas ações constou na pauta da corte em mais de uma ocasião, sem terem julgamento concluído ou nem sequer iniciado. Tanto no STM como no MPM (Ministério Público Militar) há resistência sobre a possibilidade de implementação das mudanças propostas pela PGR.
Ambos os órgãos têm divulgado em suas páginas artigos acadêmicos e palestras de especialistas contrários às ações e em defesa da manutenção do atual status da Justiça Militar. O STM é composto por 15 magistrados, sendo apenas cinco de origem civil. Uma das ações que aguarda decisão do STF, relatada pelo ministro Gilmar Mendes, questiona a possibilidade de civis serem julgados pela Justiça Militar em tempos de paz.
A hipótese consta no Código Penal Militar de 1969 —auge da ditadura— e permite que civis sejam julgados por um tribunal militar até em casos de calúnia ou desacato de militares. Há caso, por exemplo, de civil que por críticas a militares acabou condenado por desacato em tribunal militar.
“A base institucional das Forças Armadas é formada pela hierarquia e disciplina”, diz a PGR em seu pedido ao Supremo. “Normas específicas do regime jurídico-constitucional especial devem ser aplicadas somente aos militares, não cabendo qualquer interpretação que pretenda estender sua aplicação a civis em tempo de paz.”
O processo foi colocado na pauta do STF em outubro do ano passado, após as falas de Bolsonaro nas manifestações de raiz golpista de Sete de Setembro. Acabou sendo retirado, porém, sem ser levado a votação.
José Marques e Matheus Teixeira / Folhapress
Depósitos futuros no FGTS poderão ser usados para comprar casa popular
A partir do próximo ano, o trabalhador poderá usar os depósitos futuros no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para a compra de casas populares. Na quinta-feira (8), o Diário Oficial da União publicou portaria que autoriza o uso desses recursos para pagar prestações do Programa Casa Verde e Amarela. A operação, no entanto, envolve riscos.
Embora a autorização para o início da modalidade já esteja valendo, a medida demorará para chegar ao mutuário. Isso porque as instituições financeiras terão 120 dias para se adaptarem à nova regra de contratação e só começarão a oferecer esse tipo de contrato em fevereiro de 2023.
A portaria regulamentou a Lei 14.438, promulgada pelo Congresso Nacional em agosto, após a aprovação da Medida Provisória 1.107, editada em março. Embora a lei autorizasse a utilização dos futuros depósitos do FGTS, a medida só valeria após a regulamentação definir as regras.
Somente famílias com renda mensal bruta de até R$ 4,4 mil poderão recorrer ao mecanismo, que poderá ser usado para a compra de apenas um imóvel por beneficiário. Na prática, a medida institui uma espécie de consignado do FGTS. Em vez de o dinheiro depositado mensalmente ir para a conta do trabalhador, será descontado para ajudar a pagar as prestações e diminuir mais rápido o saldo devedor do imóvel popular.
Responsável pelo Programa Casa Verde e Amarela, o Ministério do Desenvolvimento Regional forneceu um exemplo de como a medida funcionará. Até agora, um mutuário que ganhe R$ 2 mil por mês podia financiar um imóvel com prestação de R$ 440. Com o uso do FGTS futuro, mais R$ 160 serão incorporados, fazendo o valor da prestação subir para R$ 600 sem que o trabalhador tire mais dinheiro do próprio bolso.
A medida tem como objetivo desovar o estoque de imóveis parados no Casa Verde e Amarela. Atualmente, cerca de um terço dos financiamentos são negados por falta de capacidade de renda. Ao incluir os depósitos futuros do FGTS no pagamento das parcelas, mais famílias poderão ter acesso ao programa habitacional.
Riscos
A decisão caberá ao trabalhador, que não será obrigado a aderir a essa modalidade. Esse tipo de operação, no entanto, não está isento de riscos. Em vez de acumular o saldo no FGTS e usar o dinheiro para amortizar ou quitar o financiamento, como ocorre atualmente, o empregado terá bloqueados os depósitos futuros do empregador no Fundo de Garantia. O risco está no caso de demissão.
Caso o trabalhador perca o emprego, ficará com a dívida, que passará a incidir sobre parcelas de maior valor. Se ficar desempregado durante muito tempo, além de ter a casa tomada, o mutuário ficará sem o FGTS.
Em nota, o Ministério do Desenvolvimento Regional informou que o risco das operações será assumido pelos bancos e que continua valendo a regra atual de pausa no pagamento das prestações por até seis meses por quem fica desempregado. O valor não pago é incorporado ao saldo devedor, conforme acordo entre a Caixa Econômica Federal e o Conselho Curador do FGTS.
Um artigo na lei autoriza a retomada do Fundo Garantidor de Habitação Popular, criado em 2009 para cobrir a inadimplência nos programas habitacionais populares e suspenso em 2016. No entanto, as regras para os casos de inadimplência ainda precisam ser editadas por resoluções do Ministério do Desenvolvimento Regional e do Conselho Curador do FGTS.
Enquanto todas as regras ainda não forem definidas, as construtoras estão aguardando informações. O Conselho Federal dos Corretores de Imóveis (Cofeci) propôs que o FGTS futuro também seja autorizado na compra de imóveis populares usados, em vez de unidades novas. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) pediu que o governo insira um percentual limite dos depósitos futuros a serem bloqueados. Com a introdução de um teto, o trabalhador continuaria a acumular saldo no FGTS.
Edição: Fernando Fraga
Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil - Brasília
Corinthians goleia Palmeiras e vai à final
O Corinthians fez 4 a 0 no Palmeiras, na tarde deste sábado (10), no Allianz Parque, e se classificou para a final do Brasileiro de futebol feminino.
O Timão tinha a vantagem de jogar pelo empate depois da vitória por 2 a 1 no jogo de ida. Mas não tomou conhecimento do adversário e foi às redes com Adriana e Gabi Portilho, no primeiro tempo, e Jheniffer, duas vezes na etapa final.
Atuais bicampeãs, as meninas do Corinthians vão busca do tetra. Além dos títulos de 2020 e 2021, a equipe faturou a taça em 2018. Além disso, essa é a sexta final seguida do time do técnico Arthur Elias. O adversário será conhecido na segunda-feira, quando o São Paulo recebe o Internacional no Morumbi. O primeiro jogo em Porto Alegre ficou no 1 a 1.
Edição: Pedro Ivo de Oliveira
Por Juliano Justo - Repórter da TV Brasil - São Paulo
Plantação com 1.500 pés de maconha é erradicada pelo 19º BPM em Cravolândia
Um plantio com cerca de 1,5 mil pés de maconha foi erradicado, em um terreno baldio, na cidade de Cravolândia, Vale do Jiquiriçá, por policiais do 19º Batalhão de Polícia Militar (BPM/ Jequié). Durante a ação ocorrida na sexta-feira (9), também foram achadas três armas e acessórios para a venda e produção do entorpecente.
A plantação foi localizada em um terreno baldio, em Cravolândia. No local foram apreendidos um revólver calibre 32, duas espingardas de fabricação caseira, munições, uma balança, uma motosserra, 119 reais, além de oito quilos da erva prontos para consumo.
“A roça foi erradicada e um suspeito encontrado acabou capturado”, explicou o tenente-coronel Reinaldo Souza, comandante do 19° BPMi, acrescentando que a unidade vinha fazendo ações, após denúncias de tráfico.
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