PDT pede ao PT que endosse três propostas e promete anunciar posição nesta terça

O presidente do PDT, Carlos Lupi, disse que reunirá o partido no final da manhã desta terça-feira (4) para anunciar o caminho que a sigla tomará no segundo turno da eleição. Ele defende o apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Lupi afirmou que conversou com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, nesta segunda (3) e que sugeriu a ela que os petistas incorporem três propostas de Ciro Gomes (PDT): o programa que prevê zerar dívidas do SPC, o plano de renda mínima e um projeto de educação em tempo integral.

“Hoje eu falei com Gleisi, e disse que ela tinha que dar alguma sinalização que querem o nosso apoio. Assim que derem a sinalização, facilita a minha posição e a do Ciro. E ela disse há pouco, pelo WhatsApp, que já aceitou [as propostas]”, afirmou Lupi.

Em pronunciamento no início desta noite, Gleisi disse que chamou Lupi para uma conversa e sinalizou que deseja o apoio de Ciro. Ela não mencionou as propostas.

O presidente do PDT afirmou que agendará para esta terça um encontro da Executiva partidária e espera que Ciro Gomes endosse a posição da legenda. Ciro participará virtualmente.

“Acho que ele vai seguir a orientação do partido, criou uma relação com o partido muito forte, comigo mais ainda. Acho muito difícil ele não acompanhar a orientação do partido”, continuou Lupi.

Após terminar o primeiro turno em quarto lugar, Ciro adiou por “algumas horas” o anúncio sobre seu posicionamento para o segundo turno.

“Nunca vi uma situação tão complexa, tão desafiadora, tão potencialmente ameaçadora sobre a nossa sorte como nação”, disse ele na noite de domingo (2), após a divulgação do resultado do pleito.

“Por isso, peço a vocês mais algumas horas para conversar com meus amigos, conversar com meu partido, para que a gente possa achar o melhor caminho, o melhor equilíbrio para bem servir a nação brasileira”, continuou o candidato, que teve cerca de 3,5 milhões de votos, ou 3% do total.

Segundo interlocutores, um eventual apoio de Ciro não é impossível, mesmo que, na campanha presidencial, o pedetista tenha equiparado Lula a Bolsonaro em vários momentos. Nas últimas semanas, os ataques do então presidenciável se concentraram no PT em resposta à ofensiva pelo voto útil lançada pela equipe do ex-presidente.

No entanto, aliados do pedetista veem um cenário distinto do de 2018, quando o PDT anunciou um “apoio crítico” ao petista Fernando Haddad contra Bolsonaro. Ciro, na época, disse que Lupi havia falado por ele e pelo conjunto do PDT.

Desta vez, no entanto, a força do bolsonarismo no país teria alarmado Ciro. Ao adiar decisão sobre segundo turno na noite de domingo, o pedetista afirmou não ter visto “uma situação tão complexa, tão desafiadora, tão potencialmente ameaçadora sobre a nossa sorte como nação”.

“Por isso, peço a vocês mais algumas horas para conversar com meus amigos, conversar com meu partido, para que a gente possa achar o melhor caminho, o melhor equilíbrio para bem servir a nação brasileira”, continuou o candidato, que teve cerca de 3,5 milhões de votos, ou 3% do total.

Diante desse cenário, aliados de Ciro dizem não haver espaço para apoio crítico nesta eleição, o que levaria o pedetista a apoiar a candidatura de Lula no segundo turno.

Ciro terminou a corrida com 3,04% dos votos, atrás de Simone Tebet (MDB), que teve 4,16%. Neste domingo (2), com 99,99% das urnas apuradas, Lula recebeu 48,43% dos votos válidos e o atual chefe do Executivo, 43,20%. Ambos vão disputar o segundo turno.

Julia Chaib/Danielle Brant/Folhapress

Assembleia decreta luto de três dias em memória do ex-deputado Cleraldo Andrade

O presidente Adolfo Menezes decretou luto por três dias na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) pela morte do ex-deputado estadual Cleraldo Andrade. Ele tinha , aos 83 anos e o corpo foi cremado nesta segunda-feira (3), no cemitério Jardim da Saudade, em Salvador.

“Perco um amigo, que foi símbolo de trabalho, dinamismo e lealdade. Apaixonado por sua terra, Ipiaú, Cleraldo era um dos melhores homens públicos que já conheci — respeitado por todos — um vitorioso na vida, só derrotado pelo câncer que o vitimou. Meu abraço solidário a Verônica, sua esposa, e aos seus filhos Marcelo, Christine, Guilherme e Cleraldo Jr.”, declarou o chefe do Legislativo, em Moção de Pesar apresentada à Mesa Diretora da Assembleia.

Cleraldo Andrade foi deputado estadual por três mandatos — entre 1975 e 1987. Na Assembleia, foi 2º vice-presidente da Mesa Diretora, 1º secretário da Mesa Diretora, presidente da Comissão de Redação e Leis; e relator da Comissão Especial para Estudos da Problemática do Cacau.

Foi ainda titular das comissões: Redação Final; Agricultura e Especial para Reforma Constitucional; Turismo e Empreendimentos Sociais; Proteção ao Meio Ambiente; Constituição e Justiça; Desenvolvimento Econômico Social e Urbano; Especial CEPLAC.

Como deputado, Cleraldo Andrade conquistou grandes obras para Ipiaú, a exemplo do terminal rodoviário, complexo policial, ginásio de esportes, hospital, dentre. Cacauicultor, ele foi também presidente da antiga Codeba e era proprietário da FM Ipiaú.

Niltinho é reeleito com a maior votação do PP para Assembleia

O deputado estadual Niltinho foi o nono mais votado em toda Bahia entre os postulantes à Assembleia Legislativa. Com 88.313 votos, ele teve o maior número de eleitores dentre os candidatos do PP. Na sua primeira disputa eleitoral, em 2018, Niltinho foi eleito deputado estadual com 46.174 votos. Neste pleito, ele teve um crescimento de 91, 26% de votos em comparação com a sua primeira eleição.

“Quero agradecer aos amigos e amigas de toda a Bahia pelos 88.313 votos de confiança que possibilitaram nossa reeleição entre os dez deputados mais votados para a Assembleia Legislativa da Bahia”, disse.

O deputado afirmou que seu segundo mandato irá estreitar “ainda mais” o relacionamento do seu gabinete com os municípios. De acordo com o parlamentar, “o diálogo do Legislativo e do Executivo é fundamental para o atendimento das demandas da população e a entrega de benefícios sociais e de obras para os baianos”.

Segundo ele, “no nosso primeiro mandato procuramos trabalhar sempre em sintonia com municípios das diversas regiões da Bahia. E nosso gabinete sempre esteve aberto e continuará assim para prefeitos, vereadores, lideranças e população de diversas regiões de nosso Estado. Nosso foco é no atendimento às reivindicações do povo baiano”, avaliou.

Deltan Dallagnol declara apoio a Bolsonaro no 2º turno

Segundo deputado mais votado da história do Paraná, Deltan Dallagnol (Podemos) declarou apoio a Jair Bolsonaro (PL) no 2º turno contra Lula (PT). Em vídeo publicado em suas redes sociais, o ex-procurador citou os fatores que motivaram sua decisão:

“Corruptos, vocês não vencerão. Eu agora vou fazer oposição à candidatura do Lula ou ao seu governo por sete razões: mensalão, petrolão, aumento da violência, saque às estatais, defesa da censura, apoio a ditaduras e a maior crise econômica da história. No segundo turno meu voto vai ser em Bolsonaro, contra Lula e o PT. Nós precisamos unir o centro e a direita no Congresso em torno do combate à corrupção”, afirmou Deltan.

No vídeo, o ex-procurador também disse que a Lava Jato “renasceu como uma fênix”, se referindo às vitórias de Sergio Moro (União Brasil), eleito senador pelo Paraná, e de Rosângela Moro (União Brasil), que conquistou uma vaga na Câmara por São Paulo.

Site O Antagonista

Bolsonaro ‘perde, mas vence’ e agora tem ‘mais impulso’, apontam análises

Na análise da alemã Der Spiegel, com dois enviados ao Brasil, “Bolsonaro perde —e ainda é o vencedor” (reprodução abaixo). Ele passa a ser “mais forte no segundo turno contra Lula”.

Na análise da americana Bloomberg, ele “tem o impulso”, momentum, “antes do segundo turno”. Foi a expressão usada também pelas análises dos ingleses The Economist e Financial Times. Para este, “Bolsonaro pode ter terminado em segundo, mas seus 43,2% o levam para o segundo turno com novo impulso”.

A Bloomberg noticia que os “ativos brasileiros disparam com a corrida chegando ao segundo turno”. Explica que “investidores aplaudiram a exibição de Bolsonaro e apostam que seu adversário de esquerda será forçado a moderar suas posições”. Mas o FT já se contrapõe:

“Os investidores se animaram, acreditando que Lula terá que se deslocar mais ao centro. Alguns acreditam que uma vitória de Bolsonaro e políticas mais favoráveis ao mercado são agora possíveis. Mas quem espera o fim dos ataques e da quase total ausência de debate sobre políticas ficará desapontado. O segundo turno trará mais polarização e um maior risco de violência.”

De maneira geral, as análises ressaltam que o bolsonarismo “veio para ficar”.

O francês Le Monde e o inglês The Guardian, jornais usualmente identificados com a centro-esquerda, salientam que “Lula decepciona” e o resultado “é decepcionante para a esquerda”, ainda que o ex-presidente continue “favorito”.

Já veículos mais identificados com a centro-direita, como o alemão Die Welt, avaliam “a espetacular volta de Bolsonaro” como um risco para a Europa:

“Há muito em jogo para a Alemanha e a Europa: Berlim e Bruxelas apostaram tudo em Lula ao impedir a ratificação do acordo de livre comércio União Europeia-Mercosul, para punir Bolsonaro por sua política de desmatamento da Amazônia. Agora, os europeus precisam urgentemente da América do Sul rica em recursos por causa da crise de abastecimento.”

Curiosamente, a colunista de América Latina do Wall Street Journal, Mary O’Grady, enviada a São Paulo, publica análise crítica de Lula, mas também de Bolsonaro, ambos tratados como “populismo”. Conservadora, ela vê esperança de moderação do presidente, agora:

“Ele cometeu muitos erros. Seu estilo confrontador e muitas vezes vulgar, incluindo críticas ao Supremo, alimenta reações negativas. Ao questionar o sistema de votação, facilitou para os críticos –ofendidos por seus modos grosseiros e sua resistência ao ativismo ambiental– classificá-lo como ‘antidemocrático’. O dia 30 de outubro dará a ele uma segunda chance de conquistar o eleitorado.”

No agregador russo Zen, com agências RIA Novosti e Tass, o destaque de Brasil é a chegada a Santos do navio-tanque com 35 milhões de litros de diesel da Rússia, como prometido por Vladimir Putin a Bolsonaro.

Nelson de Sá, Folhapress

Republicanos mostra força dos evangélicos e elege três deputados da igreja

O Republicanos, partido ligado à Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), voltou a eleger representantes evangélicos para a Câmara dos Deputados, inclusive, deixando de fora nomes tradicionais da política baiana, como o deputado Marcelo Nilo, que já presidiu a Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) por 10 anos consecutivos.

A sigla, ao total, foi a sexta com mais votos na Bahia, contabilizando 533.293 mil votos de legenda. Foram reeleitos os deputados Marcio Marinho, que é Bispo da Iurd, e Alex Santana, pastor da Assembleia de Deus, ambos com mais de 100 mil votos. A surpresa ficou na terceira vaga: a ex-vereadora de Salvador Rogéria Santos registou 82.012 mil votos e fechou os eleitos do Republicanos.

Campeão de votos em 2018 na Bahia, Sargento Isidório é reeleito deputado federal, mas perde mais de 240 mil votos

O Pastor Sargento Isidório (Avante), deputado federal mais votado da Bahia em 2018, foi reeleito neste domingo (2), porém viu reduzir em relação ao último pleito mais de 240 mil votos.

Em 2018, Isidório bateu recorde no estado com 323.264 votos. Ontem, apesar de conseguir mais quatro anos na Câmara, conquistou “apenas” 77.164 votos.

Nas eleições deste ano, Otto Alencar Filho, do PSD, foi o deputado federal mais votado, com 200.904 votos.

Os baianos elegeram 14 novos deputados federais e o estreante que teve mais votos foi Neto Carletto (PP), com 164 mil votos.

A segunda estreante com maior número de votos nas urnas foi Roberta Roma (PL), esposa do ex-ministro João Roma (PL) – ela teve 160 mil votos.


Mateus Soares

Prefeita de Ipiaú emite nota de pesar pelo falecimento de Cleraldo Andrade

A prefeita de Ipiaú, Maria das Graças Cesar Mendonça, lamenta a morte do empresário e ex-deputado estadual Cleraldo Andrade Rezende, 83 anos, ocorrida ontem, 2 de outubro, no Hospital Aliança, em Salvador. Ele lutava contra um câncer.

Em Nota de Pesar a gestora vem a público manifestar à família enlutada o mais profundo sentimento de pesar pela partida de tão importante homem público que era natural de Ipiaú e muito contribuiu com o desenvolvimento deste município. “ Cleraldo era um competente empresário e um bom político. Mantinha uma postura democrática e humanista. Tinha boas relações com todas as forças políticas da Bahia, e sempre foi muito respeitado. Prestou um excelente serviço à Bahia e ao nosso município. Sua partida deixa toda a cidade enlutada, mas na certeza de que encontrou nele um bom companheiro, um exemplo de integridade.

Perder alguém que tanto acarinhamos e amamos é bastante doloroso. Que Deus ajude a apaziguar a dor que atormenta a todos nesta hora difícil”, concluiu Maria.
José Américo / DIRCOM Prefeitura de Ipiaú

Alexandre de Moraes: eventual atraso na votação e geração de filas em algumas seções serão analisados

Em entrevista coletiva após a totalização dos votos, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, afirmou que eventuais demoras e a geração de filas de votação serão analisadas individualmente. Segundo ele, os motivos seriam concorrentes. Entre as causas, estariam aproximadamente 7,5 milhões de eleitores que decidiram ir às urnas, em vez de optar pela abstenção.

A alteração na urna eletrônica que incluiu um segundo de pausa até a confirmação entre um voto e outro para que o eleitor pudesse verificar se o candidato escolhido estava correto também foi apontada como um dos motivos do atraso.

Em alguns casos, o leitor biométrico também não conseguiu verificar a identidade do eleitor. “Isso é um problema que, [conforme] alguns especialistas afirmam, a utilização de dois anos de álcool em gel, às vezes, dificulta o reconhecimento da digital. Isso será verificado”, afirmou.

O pico nos horários de votação também será analisado. No segundo turno das Eleições, no entanto, a expectativa é a de que, com um número menor de candidatos, o eleitor leve menos tempo para votar.

Teste de Integridade com biometria

Alexandre de Moraes também avaliou o programa-piloto do Teste de Integridade das Urnas Eletrônicas com a utilização da biometria. De acordo com o presidente do TSE, não foram registradas intercorrências operacionais, e a afetividade na transparência será analisada nos próximos dias.

“Eu nunca tive e continuo não tendo dúvidas de que a esmagadora maioria da população brasileira acredita fielmente nas urnas eletrônicas. E o comparecimento hoje e o aumento dos votos válidos demonstram exatamente essa confiança na Justiça Eleitoral”, disse.

Horário unificado e combate à fake news

O ministro definiu o horário unificado de votação, das 8h às 17h (horário de Brasília), assim como a restrição ao porte de armas e o uso de celular nas cabines de votação como um “sucesso” e afirmou que as medidas serão mantidas nas próximas eleições. “A implementação de um horário único foi extremamente benéfico para a Justiça Eleitoral e para a divulgação dos dados rapidamente”, avaliou.

Alexandre de Moraes lembrou que o combate às fake news é realizado pelo TSE desde 2018, com a criação do primeiro grupo de combate à desinformação e, desde então, vem sendo aprimorado de maneira sucessiva. “O Tribunal Superior Eleitoral foi extremamente ágil no julgamento de todas as ações, todas as representações de combate à desinformação, ao discurso de ódio, às fake news. Me parece que não tenha tido grande influência nestas eleições”, ressaltou.

Eventuais fake news quanto à utilização dos Boletins de Urna publicados nas seções de votação no exterior também serão investigadas.

Polarização e violência política

Alexandre de Moraes afirmou que a sociedade brasileira apresentou extrema maturidade democrática e disse acreditar que isso se manterá no segundo turno das Eleições, no dia 30 de outubro.

Acirramento da disputa eleitoral

Moraes também foi questionado sobre se o acirramento da disputa política poderia gerar mais ataques ao sistema eletrônico de votação. Ele destacou que não acredita que o duelo entre as campanhas políticas possam apontar questionamentos à Justiça Eleitoral, pois esta mostrou a competência e a transparência que a “esmagadora” maioria da população já atestava. “A era de ataques à Justiça Eleitoral já é passado”, decretou.

O presidente do TSE afirmou ainda que a Justiça Eleitoral nada tem a ver com pesquisas de intenções de voto, tampouco encomenda pesquisas. Segundo ele, se houve discrepância nos números apresentados pelos institutos, são eles que devem explicações à imprensa. Moraes explicou também que compete ao Ministério Público investigar apenas aqueles levantamentos que apresentam indícios fraudulentos. Mesmo assim, reitera que não compete ao TSE analisar ou se posicionar sobre o assunto. “A Justiça Eleitoral se vincula apenas ao voto do eleitor e da eleitora”, decretou.

Para encerrar, Moraes foi categórico ao responder à última pergunta, sobre possíveis contestações do resultado das Eleições 2022 e o documento do Partido Liberal (PL) que questiona a integridade das urnas eletrônicas e do sistema eleitoral brasileiro. “Nós estamos proclamando os resultados hoje e não há nenhuma contestação”, concluiu o presidente do TSE.

Eleitores voltam às urnas em 30 de outubro para eleger presidente e 12 governadores

         Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) disputarão a Presidência da República
Mais de 156 milhões de eleitoras e eleitores aptos a votar irão retornar às urnas eletrônicas em 30 de outubro para escolher o presidente da República, no segundo turno das eleições, entre os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Messias Bolsonaro (PL). Além disso, em 12 unidades da Federação a disputa para governador também será definida no segundo turno.

No primeiro turno das eleições ocorrido neste domingo (2), Lula obteve 57.257.473 (48,43% dos votos válidos) e Bolsonaro alcançou 51.071.106 (43,20%) dos votos, respectivamente. Com 99,99% das urnas apuradas até a manhã desta segunda-feira (3), dados dos resultados mostram que os votos válidos no primeiro turno alcançaram 118.226.172 (95,59%). Foram registrados 1.964.761 votos em branco (1,59%) e 3.487.835 votos nulos (2,82%). A abstenção chegou a 20,95%.

Confira, a seguir, quem disputará as eleições para os governos estaduais no segundo turno:


Paulo Dantas (MDB) x Rodrigo Cunha (União)


Wilson Lima (União) x Eduardo Braga (MDB)


Jerônimo Rodrigues (PT) x ACM Neto (União)


Renato Casagrande (PSB) x Marato (PL)


Capitão Contar (PRTB) x Eduardo Riedel (PSDB)


João Azevêdo (PSB) x Pedro Cunha Lima (PSDB)


Marília Arraes (Solidariedade) x Raquel Lyra (PSDB)


Onyx Lorenzoni (PL) x Eduardo Leite (PSDB)


Coronel Marcos Rocha (União) x Marcos Rogerio (PL)


Jorginho Mello (PL) x Décio Lima (PT)


Rogério Carvalho (PT) x Fábio (PSD)


Tarcísio de Freitas (Republicanos) x Fernando Haddad (PT)

Uma das novidades nas Eleições 2022 é a unificação do horário de votação em todo o país. Pela primeira vez, todas as seções eleitorais funcionaram no primeiro turno do pleito das 8h às 17h do horário de Brasília. Ou seja, cidades em fusos diferentes tiveram que se adequar ao horário da capital federal. A mesma unificação do horário de votação ocorrerá no segundo turno. A mudança decorre de uma decisão do Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de dezembro de 2021 e incluída na Resolução TSE nº 23.669.

EM/CM

Câmara emite nota de pesar e decreta luto oficial pela morte de Cleraldo Andrade

A Câmara Municipal de Ipiaú manifesta profundo pesar pelo falecimento do empresário e líder político Cleraldo Andrade, proprietário da Ipiaú FM, ex-deputado estadual e liderança política local. Diante desta perda irreparável, ocorrida no final da tarde do último domingo, em Salvador, o legislativo ipiauense externa suas condolências à família enlutada, e roga a Deus para que conforte a todos. O presidente da casa, vereador Robson Moreira, decretou luto oficial durante três dias.

Prazo de inscrições para o concurso do INSS termina hoje

As inscrições para o concurso do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com mil vagas para o cargo de técnico do seguro social, serão encerradas nesta segunda-feira (3). O prazo vai até as 18h (horário de Brasília), de acordo com edital publicado no Diário Oficial da União do dia 15 de setembro. A remuneração bruta inicial é até R$ 5.905,79.

Segundo o INSS, o objetivo é reforçar o quadro de pessoal e melhorar os serviços prestados à população. Para participar do concurso, o candidato deverá ter ensino médio ou curso técnico equivalente, concluído até a data da posse e com diploma expedido por instituição de ensino reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC).

O responsável pela realização do concurso será o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe).

Das mil vagas oferecidas, 708 são para ampla concorrência, 90 para pessoas com deficiência e 202 destinadas a pessoas negras. O valor da taxa de inscrição é R$ 85 e poderá ser pago até o dia 21 de outubro.
Como será

O concurso será realizado em duas etapas: provas objetivas, de caráter eliminatório e classificatório, e curso de formação, de caráter eliminatório e classificatório. A aplicação das provas objetivas está prevista para o dia 27 de novembro.

Além de conhecimentos específicos da legislação da seguridade social, a prova contará com as disciplinas de Língua Portuguesa, Ética no Serviço Público, noções de Direito Constitucional, noções de Direito Administrativo e noções de Informática e Raciocínio Lógico-Matemático. O curso de formação será realizado em Belém, Belo Horizonte, Brasília, Florianópolis, Fortaleza, João Pessoa, Manaus, Rio de Janeiro e São Paulo.

Os candidatos nomeados estarão subordinados ao Regime Jurídico Único dos Servidores Civis da União, das Autarquias e das Fundações Públicas Federais (Lei nº 8.112/1990).

As lotações serão feitas em qualquer Agência da Previdência Social pertencente à Gerência Executiva do INSS a qual o candidato optou por concorrer. Há vagas para gerências nos 26 estados e no Distrito Federal.

Entre as atividades que serão executadas pelos novos servidores, estão o atendimento ao público; orientação, informação e conscientização previdenciária; e ações relacionadas ao reconhecimento de direitos previdenciários.
Edição: Kleber Sampaio
Por Agência Brasil - Brasília

Agência Brasil explica: posso votar no 2º turno se faltei ao primeiro?

O primeiro turno das eleições foi realizado ontem (2) em todo Brasil. Já o segundo turno está marcado para o próximo dia 30. E mesmo aqueles que não votaram no primeiro turno têm direito de votar no segundo. Ou seja, o eleitor que deixou de votar ontem poderá votar no dia 30, desde que o título de eleitor esteja regularizado.

Isso ocorre porque o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) trata cada turno como uma eleição independente. Dessa forma, o eleitor poderá votar se estiver em situação regular com a Justiça Eleitoral, ou seja, o título eleitoral não pode estar cancelado ou suspenso.

O título é cancelado quando o eleitor falta às urnas por três eleições seguidas e não justifica a ausência nem paga a multa. Já a suspensão ocorre quando não há cumprimento do serviço militar obrigatório, condenação criminal transitada em julgado ou condenação por improbidade administrativa.
Justificativa

Caso o eleitor não tenha votado no primeiro turno, deverá apresentar justificativa à Justiça Eleitoral em até 60 dias. Ou seja, como o segundo turno é ainda este mês, a menos de 30 dias do primeiro turno, será possível votar antes mesmo de justificar a ausência na zona eleitoral no último domingo. O prazo para justificar ausência no primeiro turno é 1º de dezembro de 2022. Já a ausência no segundo turno deve ser justificada até 9 de janeiro de 2023.

Mesmo passada a eleição, é importante apresentar a justificativa de ausência. Existem algumas formas de fazê-lo: pelo aplicativo e-Título; pelo Sistema Justifica, nos portais da Justiça Eleitoral; ou preenchendo um formulário de justificativa eleitoral.

Cada justificativa é válido somente para o turno ao qual a pessoa não tenha comparecido por estar fora de seu domicílio eleitoral. Assim, caso tenha deixado de votar no primeiro e no segundo turno da eleição, terá de justificar a ausência a cada um, separadamente, obedecendo aos requisitos e prazos de cada turno.

O acesso ao aplicativo e-Título está disponível somente para quem está com o título eleitoral regular ou suspenso.

Para justificar a ausência no Sistema Justifica, o eleitor deverá informar os dados pessoais exatamente como registrados no cadastro eleitoral. Em seguida, deve declarar o motivo da ausência às urnas e anexar a documentação comprobatória digitalizada. Em seguida será gerado um código de protocolo para acompanhamento e o requerimento será transmitido à zona eleitoral responsável pelo título do eleitor ou da eleitora para análise. Após a decisão, a pessoa será notificada.

Se a opção for pela entrega do Requerimento de Justificativa Eleitoral. O formulário deve ser impresso e preenchido com os dados pessoais e a justificativa da ausência, anexando os documentos comprobatórios. O requerimento deverá ser entregue em qualquer cartório eleitoral ou ser enviado via postal à autoridade judiciária da zona eleitoral responsável pelo título.

Caso não justifique dentro do prazo, além de pagar uma multa de R$ 3,51, a pessoa fica impedida de retirar documentos como passaporte e RG; receber salário ou proventos de função em emprego público; prestar concurso público; renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo; entre outras consequências. O site do TSE traz a lista completa dos efeitos ao eleitor da ausência e da não justificativa.

Edição: Maria Claudia
Por Agência Brasil - Brasília

Confirmado segundo turno nas eleições presidenciais

Com 96,93% das urnas apuradas, está confirmada a realização de segundo turno entre os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL).

Lula está à frente, com 47,85% dos votos válidos, tendo virado a corrida quando 70% dos votos haviam sido apurados. Bolsonaro está em segundo, com 43,7%. A diferença entre o primeiro e o segundo colocado não permite mais a resolução da disputa no primeiro turno.

Simone Tebet (MDB) aparece em terceiro, com 4,22%. Ciro Gomes (PDT) está em quarto, com 3,05%.

Lula (PT)

Nascido em Garanhuns (PE), Luiz Inácio Lula da Silva se mudou ainda criança para o estado de São Paulo. Durante a adolescência, completou um curso de torneiro mecânico em uma unidade do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e, posteriormente, passou a trabalhar como metalúrgico na cidade de São Bernardo do Campo, quando também começou a se envolver com a atividade sindical.

No final dos anos 1970 e 1980, Lula liderou grandes greves de metalúrgicos da região do ABC paulista. Junto a outros sindicalistas, intelectuais e militantes de movimentos sociais, fundou o Partido dos Trabalhadores (PT).

Pela legenda, se tornou deputado da Assembleia Constituinte que aprovou a Constituição de 1988 e foi derrotado nas eleições presidenciais de 1989, de 1994 e de 1998. Foi eleito para o posto mais alto do país em 2002, tendo sido reeleito em 2006. Deixou a Presidência em 2010, sendo sucedido por sua então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que venceu as eleições com o seu apoio.

Em 2017, Lula foi condenado a nove anos e seis meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Em 2018, teve a prisão decretada pelo então juiz Sergio Moro. As condenações foram anuladas em 2021 pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou que a 13ª Vara Federal em Curitiba não tinha competência legal para julgar as acusações. O STF também considerou posteriormente que Moro agiu sem a devida imparcialidade no processo.

Aos 76 anos, Luiz Inácio Lula da Silva busca seu terceiro mandato como presidente. O candidato a vice em sua chapa é Geraldo Alckmin (PSB) que foi seu adversário na disputa de 2006. Nascido em Pindamonhangaba (SP), ele tem 68 anos, é médico e professor. Alckmin foi um dos fundadores do Partido da Social-Democracia Brasileira (PSDB) e ocupou os quadros do partido entre 1988 e 2021. Ele também foi constituinte e governou São Paulo em duas ocasiões: de 2001 a 2006 e de 2011 a 2018.

Jair Bolsonaro (PL)

Nascido em 1955 no município de Glicério (SP) e registrado na cidade paulista de Campinas, Jair Messias Bolsonaro formou-se em 1977 na Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende (RJ). Posteriormente, serviu nos grupos de artilharia de campanha e paraquedismo do Exército. Militar reformado, tendo chegado a capitão do Exército, ele é atualmente o 38º presidente do Brasil, cargo que assumiu em 1º de janeiro de 2019.

Bolsonaro exerceu sete mandatos de deputado federal pelo Rio de Janeiro entre 1991 e 2018. Antes foi também vereador na capital carioca entre 1989 e 1991.

Três de seus cinco filhos também se embrenharam pela política. Carlos Bolsonaro é vereador na capital carioca, Eduardo Bolsonaro é deputado federal por São Paulo e Flávio Bolsonaro senador pelo Rio de Janeiro.

Ao longo de sua trajetória política, Bolsonaro integrou os quadros de nove partidos. Passou por PDC, PPR, PPB, PTB, PFL, PP e PSC. Em 2018, foi eleito presidente da República pelo Partido Social Liberal (PSL). Neste ano, candidatou-se à reeleição pelo PL.

O candidato a vice-presidente na chapa é Walter Braga Netto. Tendo alcançado o posto de general do Exército, ele atualmente é militar da reserva. Natural de Belo Horizonte em 1957, Braga Netto chefiou entre fevereiro de 2018 a janeiro de 2019, a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro. Na época, ele era comandante Militar do Leste, posto que ocupou até fevereiro de 2019, quando assumiu a chefia do Estado-Maior do Exército. Como integrante do governo comandado por Bolsonaro, ele foi ministro-chefe da Casa Civil e é atualmente ministro da Defesa.

Edição: Wellton Máximo


Saiba quem são os 63 deputados estaduais eleitos pela Bahia

Sem muitas novidades. Assim está a nova formação das bancadas da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia (Alba), que foram definidas após a eleição que aconteceu ontem. As 63 cadeiras da Assembleia para os próximos quatro anos já são conhecidas – como 37 parlamentares reeleitos. Candidata do PSD, Ivana Lopes foi a mais votada do pleito, com um total de 118.301 votos, seguida por Alex da Piatã (PSD).

A Federação formada por PT, PC do B e PV é quem lidera o número de eleitas e eleitos, com um total de 17 deputados. Logo depois, vem o União Brasil, partido de ACM Neto, com um total de 10 eleitos. O PSD vem em terceiro lugar, com 9 parlamentares eleitos.

PT/PV/PCdoB (17 vagas):
Olívia Santana (92.559 votos)
Rosemberg (90.743 votos)
Zé Raimundo (87.695 votos)
Osni (77.618 votos)
Marquinho Viana (66.940 votos)
Vitor Bonfim (68.043 votos)
Junior Muniz (67.175 votos)
Ludmilla Fiscina (60.921 votos)
Bobô (61.468 votos)
Robinson Almeida (59.435 votos)
Fabrício (57.903 votos)
Euclides Fernandes (55.278 votos)
Fátima Nunes (56.642 votos)
Roberto Carlos (57.797 votos)
Maria Del Carmen (50.365 votos)
Paulo Rangel (49.632 votos)
Zó (50.893 votos)

União Brasil (10 vagas):
Kátia Oliveira (80.417 votos)
Marcinho Oliveira (104.969 votos)
Pedro Tavares (80.490 votos)
Sandro Régis (76.361 votos)
Alan Sanches (77.316 votos)
Marcelinho Veiga (78.456 votos)
Robinho (65.681 votos)
Manuel Rocha (66.445 votos)
Luciano Simões (68.377 votos)
Junior Nascimento (65.423 votos)

PSD (9 vagas):
Ivana Bastos (118.301 votos)
Alex da Piatã (114.778 votos)
Adolfo Menezes (107.747 votos)
Ângelo Coronel Filho (76.455 votos)
Eures Ribeiro (81.508 votos)
Eduardo Alencar (68.672 votos)
Cafu Barreto (67.318 votos)
Ricardo Rodrigues (55.029 votos)
Cláudia Oliveira (49.944 votos)

Progressistas (6 vagas):
Niltinho (88.313 votos)
Nelson Leal (81.682 votos)
Eduardo Salles (67.265 votos)
Hassan de Zé Cocá (60.718 votos)
Felipe Duarte (51.187 votos)
Antônio Henrique Jr. (49.882 votos)

PSDB/ Cidadania (3 vagas):
Tiago Correia (71.986 votos)
Jordávio Ramos (64.537 votos)
Pablo Roberto (55.585 votos)

PSB (2 vagas):
Soane Galvão (61.399 votos)
Ângelo Almeida (59.841 votos)

Solidariedade (2 vagas):
Luciano Araújo (28.411 votos)
Pancadinha (27.338 votos)

Patriota (1 vaga):
Binho Galinha (49.834 votos)

Avante (1 vaga):
Patrick Lopes (35.607 votos)

PDT (1 vaga):
Emerson Penalva (51.933 votos)

PSOL/ Rede (1 vaga):
Hilton Coelho (45.491 votos)

55ª CIPM: BALANÇO DE OCORRÊNCIAS DA OPERAÇÃO ELEIÇÕES 2022 – 1º TURNO

Ipiaú

1. Ocorrência: Boca de Urna / Distribuição de Cesta Básica 

Pessoas conduzidas: 01 vereador de Ipiaú 

Horário: 8h

2. Ocorrência: Boca de Urna

Pessoas conduzidas: 01 homem

Horário: 10h30min.

3. Ocorrência: Boca de Urna

Pessoas conduzidas:  03 mulheres

Horário: 11h20min.

Total de condução em Ipiaú = 05

Itagibá:

1. Ocorrência: Boca de Urna

Pessoas conduzidas:  01 mulher 

Horário: 08h40min.

Total de Condução em Itagibá = 01

Ibirataia

1. Ocorrência: Boca de Urna

Pessoas conduzidas:  05 homens e 01 adolescente

Horário : 09h15min;

2. Ocorrência: Boca de Urna

Pessoas conduzidas:  06 mulheres e 02 homens

Horário: 14h30min 

Total de condução em Ibirataia= 14

Aiquara

1. Ocorrência: Boca de Urna

Pessoas conduzidas:  01 vereador de Aiquara 

Total de Condução em Aiquara = 01

Total de pessoas conduzidas à delegacia = 21 pessoas

Informações: Ascom/55ª CIPM -PMBA, uma Força a serviço do cidadão!

Itagibá: Homem é preso por policiais militares por agredir e ameaçar companheira e sua genitora (Lei Maria da Penha)

Por volta das 20h20min desse domingo (02/10/22), a guarnição da 55ª CIPM/Itagibá foi acionada, via telefone funcional, onde foi informado que na Rua C, Bairro Recanto dos Pássaros, em Itagibá, havia uma mulher que estava sendo agredida pelo seu marido.

A guarnição deslocou imediatamente até a residência da vítima e, ao chegar no local a mesma informou que seu marido lhe havia agredido com empurrões, xingamentos, lhe arremessou no meio da rua e quebrou o seu smartphone, chegando a entrar em luta com o agressor.

A genitora da vítima tentou interceder, mas foi agredida com chute na perna e empurrões, além de ameaças.

O agressor evadiu do local, mas foi localizado minutos depois pelos policiais militares.

O autor recebeu voz de prisão, sendo encaminhado junto com as vítimas ao plantão Central na delegacia de Ipiaú para os procedimentos de polícia judiciária.

Na delegacia, no entanto, por volta das 22h40min, o delegado plantonista informou a guarnição que as vítimas disseram que não queriam representar criminalmente, nem queriam as medidas protetivas e que elas é que tinham agredido o suposto autor. Assim todos foram liberados.

Autor: R. F. S. (Masculino); Nasc: 09/03/1986

Vítimas: A. C. de J. (Esposa); Nasc: 11/06/1994; J. J. da C. (Sogra); Nasc: 11/09/1977

Objetos relacionados: 01 celular, marca: Samsung, modelo: A10, cor: branca

Informações: Ascom/55ª CIPM -PMBA, uma Força a a serviço do cidadão.

Cleraldo Andrade deixa legado de honestidade, fraternidade e amor por Ipiaú

Nascido em 11 de junho de 1939, no distrito de Algodão, quando o atual município de Ibirataia ainda se chamava Tesouras” e pertencia a Ipiaú, Cleraldo Andrade Rezende, filho de Everaldo Guimarães Rezende e Cleonice Andrade Rezende, escreveu com letras maiúsculas sua história.

Seus avós, Marciano e Leovicia Andrade estiveram entre os primeiros habitantes de Ipiaú e seu tio, o também ipiauense, Cleriston Andade, foi prefeito de Salvador e seria governador da Bahia se um trágico acidente área não lhe tivesse ceifado a vida, em plena campanha eleitoral.
Advogado, professor e jornalista, mas, sobretudo um empresário de grande competência, Cleraldo Andrade também se notabilizou na política, exercendo três mandatos consecutivos na Assembleia Legislativa da Bahia, no período de 1975-1987.

Seus mandatos foram pela ARENA, PDS e PFL, agremiações da direita que na ocasião estavam sob a tutela do governador Antônio Carlos Magalhães, avô de ACM Neto.

Na Assembleia Legislativa, Cleraldo foi 2º vice-presidente da Mesa Diretora (1985-1987), 1º secretário da Mesa Diretora (1981-1983), Presidente da Comissão de Redação e Leis (1977-1978); Relator da Comissão Especial para Estudos da Problemática do Cacau (1978).

Também foi titular das comissões: Redação Final (1975-1976, 1979); Agricultura e Especial para Reforma Constitucional (1976); Turismo e Empreendimentos Sociais (1978-1980); Proteção ao Meio Ambiente (1980; Constituição e Justiça (1979, 1983-1984); Desenvolvimento Econômico Social e Urbano (1983-1984) e da Comissão Especial da CEPLAC (1985).
Do seu currículo consta ainda a condição de suplente das Comissões de Constituição e Justiça (1975-1980); Turismo (1979), Finanças e Orçamento (1983-1984), Agricultura (1976), Agricultura e Incentivo Rural (1977-1978). Seu posicionamento como deputado estadual foi sempre em defesas dos interesses de Ipiaú e região.

Formou-se em Direito pela Faculdade Cândido Mendes, Rio de Janeiro-RJ, 1967. Especializou-se em Extensão em Direito e Legislação Aplicada, pela Universidade Nacional de Brasília (UNB). Em sua trajetória profissional constam diversas atividades, a maioria delas ligadas a cargos de confiança dos governos estadual e federal.

Foi funcionário da Comissão do Vale do São Francisco; Assessor da presidência da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba -CODEVASF; professor de Direito Usual e Legislação Aplicada, Brasília, 1969; diretor administrativo da Coordenação do Desenvolvimento de Brasília -CODEBRAS, Brasília, 1970-1971; Secretário de Justiça do Estado da Bahia (interino), 1971-1975 e Chefe de Gabinete da Secretaria de Justiça, 1971-1975.
Foi ainda Presidente e Conselheiro da Companhia das Docas do Estado da Bahia-CODEBA-entre 1987e 1992 e membro da Sociedade Cultural dos Servidores Públicos. Seguindo a vocação econômica da região estendeu sua atividade empresarial para o ramo da agropecuária.

Em reconhecimento aos relevantes serviços que prestou ao Estado da Bahia, foi agraciado com o Título de Cidadão da Cidade do Salvador, e com a Medalha Tomé de Souza, a mais importante honraria do estado.

Ganhou o título de Cidadão Honorário dos municípios baianos: São Gonçalo dos Campos, Maragogipe, Itiruçu e Lafayette Coutinho.

Vendo a necessidade de contribuir com o desenvolvimento de Ipiaú, investiu na radiofonia, implantando a Rádio Tropical que posteriormente tornou-se a FM Ipiaú. Estava se movimentando para instalar uma nova emissora.
O sonho de ser prefeito de Ipiaú ele não pode realizar. Se concretizasse a comunidade local seria muito beneficiada. Com esse foco deu incondicional apoio para a reeleição da prefeita Maria das Graças, com a qual concorreu à Prefeitura nas eleições de 2016, obtendo 9.342 votos. Anteriormente, na eleição de 2002, lançou-se candidato, mas desistiu da disputa em plena campanha eleitoral.
Bom parceiro, bom amigo, bom patrão, Cleraldo teve a sabedoria de saber curtir bem a vida. Ao lado da sua esposa Veronika percorreu um mundo em muitas viagens turísticas. Aproveitou o máximo que pode.

Nas ocasiões especiais estava em Ipiaú, prestigiando o aniversário da cidade, participando da Festa de São Roque, concedendo entrevista na sua emissora de rádio, exercendo o direito da cidadania, votando em seus candidatos, contribuindo para o bem-estar do povo da sua terra.

Por mera coincidência partiu para o mundo espiritual quando acontecia mais uma eleição geral no Brasil. Infelizmente ele não se fez presente. Foi com a certeza do dever cumprido. Cleraldo deixa a esposa, dona Verônika, e quatro filhos: Marcelo, Christine, Guilherme e Cleraldo Júnior.

*Giro/José Américo Castro

‘Guerreiros da oração’ provocam tsunami bolsonarista nas igrejas evangélicas

“Como guerreiros da oração”, alertava a apóstola Valnice Milhomens, fiéis não poderiam “fechar os olhos” para o que aconteceria neste domingo (2) de ir às urnas escolher o novo presidente da nação. “Temos que ativar todas as armas espirituais em direção a estas eleições.”

Ela está com o cabelo armado por escova e uma camisa com as cores do Brasil. Sobre o coração repousa o miolo azul da bandeira e a diretriz: “Ore pelo Brasil”.

A onda verde-amarela que coloriu cultos neste fim de semana é um termômetro para a força de Jair Bolsonaro (PL) nas igrejas evangélicas. Trajes com a cor da flâmula nacional, tanto em pastores quanto nos fiéis, eram a declaração de voto que bastava.

Nas redes sociais, sem as amarras de uma legislação eleitoral que proíbe o uso do púlpito para defender candidatos, líderes e influencers evangélicos abraçaram o bolsonarismo sem timidez.

Postagens de Milhomens, que em agosto esteve num chá de mulheres organizado pela primeira-dama Michelle Bolsonaro no Palácio da Alvorada, davam o tom. Ela é o que podemos chamar de classe média pastoral. Tem um bom alcance, com 300 mil seguidores no Instagram, por exemplo. Mas não um império religioso para chamar de seu. Como ela, há milhares.

“Você cheira a Jesus. A fragrância do amor inextinguível agora flui através de você” foi uma das pílulas proselitistas que a apóstola intercalou com o conteúdo político revestido pela escatologia que ressoa em templos pentecostais —a doutrina que trata do fim dos tempos.

A disputa entre Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhou notas apocalípticas em boa parte do segmento. Se o PT vencer, é o fim do mundo como o conhecemos.

Na postagem seguinte, Milhomens reproduziu um trecho da Bíblia: “Quando os justos governam, o povo se alegra, mas, quando o ímpio domina, o povo geme”. Um seguidor comentou: “Eu declaro para a nação Lula no primeiro turno!”. Outro, desgostoso do aparte, respondeu: “Tá repreendido”.

E seria esse Armagedom todo se o PT voltasse ao poder? O “sim” não é uníssono entre evangélicos, mas retumbou forte, como no vídeo divulgado pelo cantor gospel Fernandinho.

“Se você se diz um cristão evangélico, e você vota ou você defende partidos da esquerda, quero te dizer que duas coisas acontecem com você: ou você está debaixo de um forte engano, e eu oro para que esse engano caia agora, em nome de Jesus, ou você não é um cristão evangélico.”

Cabos eleitorais graúdos de Bolsonaro no evangelicalismo subiram ao altar com piscadelas pouco discretas para o pleito que se desenrolava ao longo do dia. A bispa Sônia Hernandes começou seu culto à frente do nome da sua igreja, a Renascer em Cristo, iluminado por verde, amarelo, azul e branco.

No Instagram, ela havia replicado um vídeo gravado pelo ex-presidente americano Donald Trump para desejar que Bolsonaro seja o líder brasileiro “por um longo tempo”.

Na rua, uma senhora de vestido vermelho se desculpava pela desatenção —que horror ter vindo com a cor-símbolo do PT. Uma amiga tentou dar uma força: “É a cor do sangue de Jesus, pensa por aí”.

Também de camisa do Brasil no púlpito, o pastor Silas Malafaia voltou a expressar seu desejo por uma pane no sistema eleitoral caso as eleições sejam alvo de fraude —suspeita infundada repetida por Bolsonaro, eleito cinco vezes deputado e uma vez presidente desde que as urnas eletrônicas das quais diz desconfiar foram implantadas.

O pastor afirmou, então, que uma jornalista o havia questionado sobre declarações prévias nas quais disse orar para que a apuração travasse por oito horas pelo menos, se alguma adulteração acontecesse. “Você quer se meter na minha fé agora? Agora quer determinar sobre minhas crenças e valores? Tenho direito de orar pelo que eu quiser, isso é entre Deus e eu.”

Disse, na sequência, que estava apenas usando uma “arma espiritual” e pediu, sem jamais citar o nome do presidente: “Que venham tempos de bênção e prosperidade para a nação brasileira”.

A predileção por Bolsonaro dominou também os principais portais evangélicos.

No Pleno News, a manchete na véspera dava uma colinha ao eleitor: “Confira o número de Bolsonaro e de seus candidatos a governador”. Abaixo, o link para híbridos de reportagem e ativismo: “Michelle Bolsonaro: ‘Amanhã daremos resposta nas urnas'” e “Falcão declara voto em Bolsonaro: ‘O Brasil vai crescer'”.

O mesmo site publicava, já perto do fechamento das urnas, fotos de celebridades votando, a maioria com as cores da bandeira nacional. O destaque foi para a vice-campeã do Miss Bumbum 2012 Andressa Urach e as atrizes Karina Bacchi e Antonia Fontenelle, todas bolsonaristas roxas.

Das 5 notícias mais lidas do Fuxico Gospel, 4 eram simpáticas à reeleição do presidente. A exceção veio na declaração pró-Lula de Caio Fábio, que em 2018 foi de Marina Silva (Rede) e agora declarou: “Amanhã eu voto 13 pra decidir no dia 2. Tô velho demais pra esperar”.

Um dos últimos posts no blog do bispo Edir Macedo, ex-aliado do PT, é uma passagem do Evangelho de Mateus que conservadores arrastam para a polarização do século 21. Na parábola, Jesus separa os justos (ovelhas), que ficam à sua direita, dos ímpios (bodes), colocados à esquerda.

No editorial da Folha Universal, jornal da Igreja Universal do Reino de Deus, Macedo dispensou a mensagem subliminar. O texto diz que ele se desiludiu “com vários posicionamentos dos governos petistas” e agora expressa “firme resistência à volta da esquerda”. Se Lula por um segundo acreditou que a igreja pretendia apoiá-lo, foi uma fantasia “que criou em sua cabeça”.

O pacto por Bolsonaro rendeu inclusive alianças ecumênicas. Da dobradinha entre Bolsonaro e o presidenciável do PTB criou-se um meme compartilhado pela base evangélica: “Nunca convide o Padre Kelmon para a festa junina, ele acaba com a quadrilha”.

Figura anônima até semanas atrás, o sacerdote é filiado à Igreja Católica Ortodoxa do Peru, que por sua vez não é reconhecida por outros pares ortodoxos —a existência dessa formação autônoma lembra a estrutura das igrejas evangélicas, sem hierarquia rígida para impedir que qualquer pessoa abra um templo.

No debate da Globo, ele foi chamado de impostor por Lula, a quem atacou sem clemência, e de “padre da festa junina” por Soraya Thronicke (União Brasil).

Enquanto isso, na internet, a apóstola Milhomens voltava à carga. Assim preconizou: “O Brasil cumprirá seu destino profético e será de fato uma nação cristã”.

Anna Virginia Balloussier/Folhapress

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