Maria visita obra de pavimentação asfáltica da Rua Jorge Montanha

Mantendo a rotina de visitação às inúmeras obras em desenvolvimento na cidade de Ipiaú, a prefeita Maria das Graças esteve na tarde dessa terça-feira, 4, inspecionando os serviços de pavimentação asfáltica da Avenida Jorge Montanha, na área do Centro de Abastecimento. Na oportunidade a gestora estava acompanhada da secretária municipal de Infraestrutura, Andreia Suzart e do diretor de Trânsito, Antônio Carlos “Itaibó”

O serviço é uma extensão do asfaltamento das ruas Juracy Magalhães e José Muniz Ferreira e faz parte de um projeto em convenio com o Governo do Estado que abrangerá outras vias públicas da região central da cidade, a exemplo da Walter Hollenwerger e Celso Barreto, além da rodovia que liga a sede do município à Fazenda do Povo. Na área do Centro de Abastecimentos a Prefeitura de Ipiaú também está investindo na construção de uma praça.

A prefeita Maria das Graças disse da importância da parceria com o Governo do Estado, que tem permitido muito desenvolvimento na cidade e poderá ter continuidade nos próximos anos. Ela ressalta a dedicação do governador Rui Costa para com Ipiaú e lembra que foi dele a autorização para o conjunto da obra que vem dando ao Centro de Abastecimento um aspecto bem mais adequado e civilizado. ( José Américo Castro).

Bahia registra 294 caso de Covid-19 e mais três óbitos

Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 294 casos de Covid-19 e três mortes. De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), de 1.698.395 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.666.839 são considerados recuperados, 848 encontram-se ativos e 30.708 pessoas foram a óbito.

Segundo a Sesab, o boletim epidemiológico desta terça-feira (4) contabiliza ainda 2.034.615 casos descartados e 358.561 em investigação. Na Bahia, conforme a secretaria, 68.612 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Vacinação

A Sesab ainda informa que a Bahia contabiliza 11.680.218 pessoas vacinadas contra a Covid-19 com a primeira dose, 10.831.794 com a segunda ou dose única, 7.378.042 com a de reforço e 2.301.133 com o segundo reforço. Do público de 5 a 11 anos, 1.048.875 crianças foram imunizadas com a primeira dose e 688.939 tomaram também a segunda. Do grupo de 3 e 4 anos, 50.751 tomaram a primeira e 10.805 tomaram a segunda dose.

Bolsonaro enfileira alianças no Sudeste; Lula fica com apoio tímido de Ciro e sinal de Tebet

Dois dias depois das eleições, o presidente Jair Bolsonaro (PL) selou acordo para o segundo turno com os governadores de três estados do Sudeste, a região com o maior número de eleitores no país.

Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conquistou adesão do PDT com aval tímido do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) —que teve 3% no pleito deste ano e divulgou sua anuência sem citar o petista diretamente— e do partido Cidadania, além da sinalização de provável apoio de Simone Tebet (MDB).

O PSDB, por sua vez, decidiu não se posicionar a favor de Bolsonaro nem de Lula e liberou os filiados para apoiarem quem quiserem no segundo turno da eleição.

A campanha de Bolsonaro ficou otimista com o resultado das articulações desta terça-feira (4). Bolsonaro garantiu palanque com os gestores dos três maiores colégios eleitorais do país. Em Brasília, ele recebeu os governadores reeleitos de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL).

Em São Paulo, deu entrevista e posou ao lado do governador Rodrigo Garcia (PSDB), que ficou em terceiro lugar no primeiro turno e afirmou que dará “apoio incondicional” à reeleição do presidente na segunda etapa do pleito nacional.

Além disso, Ratinho Jr (PSD), reeleito no Paraná, afirmou que manterá apoio a Bolsonaro e o vencedor na disputa ao Senado no estado, o ex-juiz Sergio Moro, declarou voto no presidente.

Moro foi ministro da Justiça de Bolsonaro e deixou a Esplanada acusando o mandatário de tentar interferir na Polícia Federal.

Já Lula telefonou para Simone Tebet (MDB), que acabou em terceiro na corrida pelo Palácio do Planalto com 4,2% dos votos. Um encontro entre os dois é esperado para quarta-feira (5). O provável apoio da senadora ao petista abriu uma disputa interna no MDB entre as alas mais próximas e refratárias ao PT.

Como Tebet já informou aliados que sua decisão é irreversível, emedebistas que são adversários do PT em suas regiões passaram a pressionar para que o apoio ocorra de forma contida e em caráter pessoal —para evitar que o gesto seja lido como uma aliança nacional com os petistas.

Por outro lado, o grupo formado por políticos do MDB no Nordeste e pelo governador reeleito do Pará, Helder Barbalho, devem apoiar Lula.

O petista minimizou o efeito eleitoral do apoio de Rodrigo Garcia a Bolsonaro e disse contar com adesão de senadores do PSD à sua candidatura.

Lula disse que irá se reunir na próxima quinta-feira (6) com senadores do PSD que irão declarar apoio à sua candidatura, apesar de o presidente da legenda, Gilberto Kassab, apoiar Tarcísio na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes.

Segundo a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o encontro está sendo articulado pelos senadores da legenda Otto Alencar e Carlos Fávaro.

Lula também garantiu o apoio do Cidadania, mas não do PSDB, que está na mesma federação.

A executiva tucana decidiu nesta terça liberar os diretórios estaduais e filiados no segundo turno das eleições presidenciais a optarem pelo petista ou por Bolsonaro. No primeiro turno, a sigla apoiou Tebet e ocupou a vice na chapa com a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP).

Mara afirmou que votará em branco no próximo dia 30. “No 2° turno opto pelo voto em branco. Não dou meu voto para nenhum dos dois. Fico ao lado dos brasileiros e apoiarei o governo que defender meus ideais de país: inclusão, ciência, combate à corrupção, à fome e desigualdade. Serei oposição sensata. Serei sempre construção”, escreveu no Twitter.

O PSDB teve o pior resultado eleitoral de sua história no primeiro turno e viu a bancada no Congresso, hoje com 22 deputados, ser reduzida para 13 no ano que vem.

Cacique do partido, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) declarou apoio a Lula. Candidato à reeleição no Rio Grande do Sul contra o bolsonarista Onyx Lorenzoni (PL-RS), Eduardo Leite (PSDB) se disse aberto ao diálogo com o PT.

Correligionário no estado, o deputado federal reeleito Lucas Redecker (PSDB-RS), porém, afirmou que irá votar em Bolsonaro.

Enquanto isso, o atual mandatário planeja intensificar a campanha no Sudeste para recuperar votos perdidos em relação a 2018. Na região, ele venceu por 47,6% dos votos, contra 42,6% de Lula.

Nesta terça, Bolsonaro afirmou que vai focar 40% das agendas no Sudeste e disse acreditar que o apoio dos governadores poderá o ajudar a virar votos e garantir a vitória no segundo turno.

“Pode ter certeza que a gente vai tirar mais de 1 milhão de votos [no Rio de Janeiro]. Ele [Castro] tinha a campanha dele, agora vai ser integralmente para nosso lado. Hoje de manhã fechei com o Zema. O Zema, acredito que a gente tira mais de 3 milhões de votos [em Minas]”, disse.

Bolsonaro também disse que está aberto a conversar com ACM Neto (União Brasil), que disputará o segundo turno das eleições para governador da Bahia contra Jerônimo Rodrigues (PT), que tem o apoio de Lula. “Se o ACM Neto quiser, estou à disposição”, afirmou.

O chefe do Executivo anunciou ainda que já conversou com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), mas não deu detalhes de como foi o diálogo. “Devemos encontrar brevemente”, afirmou.

No primeiro turno, Bolsonaro apoiou o deputado federal Vitor Hugo (PL-GO) para o governo goiano, mas Caiado acabou se reelegendo em primeiro turno.

Ambos sempre tiveram uma relação próxima, mas se distanciaram durante a pandemia da Covid-19 por divergências em relação à adoção de medidas sanitárias para evitar o alastramento da doença.

Matheus Teixeira/Victoria Azevedo/Catia Seabra/Julia Chaib/Folhapress

Ministro da Justiça manda Polícia Federal investigar institutos de pesquisa

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, afirmou nesta terça-feira (4) que encaminhou à PF (Polícia Federal) um pedido para abrir inquérito sobre os institutos de pesquisas eleitorais.

“Esse pedido atende a representação recebida pelo MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública), que apontou ‘condutas que, em tese, caracterizam a prática de crimes perpetrados’ por alguns institutos”, disse o ministro nas redes sociais.

O advogado do jornal Folha de S.Paulo, Luís Francisco de Carvalho Filho, disse que não há fundamento jurídico para o inquérito contra os institutos.

“Ainda não conheço detalhes, mas não há fundamento jurídico para este inquérito. É uma tentativa de intimidação bisonha. O Datafolha tem uma vocação histórica de bem informar e vai continuar a exercer seu papel.”

Desde domingo (2), ministros do governo Jair Bolsonaro (PL), aliados no Congresso e apoiadores passaram a criticar os institutos de pesquisa pela disparidade com o resultado da eleição divulgado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, pediu nesta terça aos apoiadores do presidente que façam um boicote aos institutos de pesquisa e não respondam às perguntas.

“Divulgar pesquisas como arma de manipulação do eleitor deve ser proibido. Não vamos permitir que os institutos prestem esse desserviço. Peço a todos que apoiam o presidente que NÃO respondam nenhuma pesquisa do Ipec, Datafolha e similares no 2º turno”, publicou nas redes.

Na segunda (3), o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, também criticou as pesquisas. “O Ipec e o Datafolha tentaram explicar como a diferença entre 15 e 5 milhões de votos pró-Lula NÃO é erro! Conclusão: as desculpas das empresas de pesquisas 100 POR CENTO não convencem NINGUÉM!”, escreveu.

Em meio à ofensiva bolsonarista contra os institutos de pesquisa, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) apresentou um requerimento para criação de uma CPI para investigar as pesquisas eleitorais de intenção de voto.

Segundo o documento, o objetivo é “aferir as causas das expressivas discrepâncias entre as referências prognósticas, principalmente de curtíssimo prazo, e os resultados apurados”.

Nesta terça, o senador disse já ter conseguido 12 dos 27 apoios necessários de senadores para a abertura da CPI.

Segundo o Datafolha, Lula tinha 50% dos votos válidos, ante 36% de Bolsonaro –a margem de erro era de dois pontos para mais ou menos. De acordo com o Ipec, o petista alcançava 51%, ante 37% do atual presidente, com mesma margem. Finalizada a apuração nacional, o TSE anunciou 48,43% para Lula e 43,20% para Bolsonaro.

Após ser alvo de críticas de Bolsonaro e aliados, o Datafolha afirmou que as pesquisas eleitorais servem para mostrar tendências, e não o resultado final de uma eleição.

“Pesquisa não é prognóstico. Cada pesquisa é a fotografia de um determinado momento. O resultado final é só na urna”, disse Luciana Chong, diretora do Datafolha, que refuta a tese de ter acontecido algum tipo de erro metodológico.

“As pesquisas eleitorais medem a intenção de voto no momento em que são feitas. Quando feitas continuamente ao longo do processo eleitoral, são capazes de apontar tendências, mas não são prognósticos capazes de prever o número exato de votos que cada candidato terá”, afirmou a direção do Ipec em nota.

Segundo Chong, é bastante provável que tenha emergido nas horas finais um voto útil pró-Bolsonaro oriundo dos eleitores que antes declaravam preferência por Simone Tebet e, principalmente, por Ciro Gomes. O temor de que Lula fosse eleito no 1º turno pode, segundo ela, ter contribuído para esse comportamento.

Folhapress

Governador de SP declara ‘apoio incondicional’ a Bolsonaro e Tarcísio

O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), declarou seu apoio incondicional a Tarcísio de Freitas (Republicanos), em São Paulo, e a Jair Bolsonaro (PL) na corrida pela Presidência da República.

“Eu, como candidato a governador do partido, e pessoalmente, como governador de São Paulo, declaro meu apoio incondicional ao presidente Bolsonaro e ao Tarcísio”, disse ele na tarde desta terça-feira (4), ao lado de Bolsonaro e Tarcísio, no aeroporto de Congonhas, na capital paulista.

Rodrigo afirmou ainda que o PSDB nacional decidirá, nesta terça, pela neutralidade no segundo turno, liberando seus filiados a apoiar Bolsonaro ou o ex-presidente Lula (PT). O governador disse ainda que comunicou sua decisão ao presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, e ao presidente do PSDB paulista, Marco Vinholi.

O apoio declarado dos tucanos paulistas a Tarcísio e Bolsonaro é um revés para as campanhas de Fernando Haddad (PT) e Lula, que também buscavam atrair a sigla nesta segunda etapa da disputa em que enfrentam os bolsonaristas. Tarcísio terminou com 42,32% contra 35,70% do petista.

Rodrigo terminou o primeiro turno da eleição em terceiro lugar, com 18,4% dos votos válidos, e não avançou para o segundo turno, numa derrota histórica para o PSDB em São Paulo.

Ao lado de Rodrigo, Bolsonaro afirmou que eles irão trabalhar juntos até o dia 30, data do segundo turno, e depois disso. Também exaltou a experiência de Rodrigo. O presidente afirmou que o governador “faz parte desse projeto com mais intensidade a partir de agora”.

“Ele declarando que quer o bem do Brasil, o mesmo que eu digo para o lado de cá. É o bem da nossa pátria, é a nossa liberdade que está em jogo. Nós aqui temos uma política completamente diferente da do outro lado. Inclusive e obviamente nas questões espirituais”, completou Bolsonaro.

Em seguida, ainda com Rodrigo ao seu lado, falou contra as drogas, o aborto e a ideologia de gênero. Voltou a afirmar que seu governo não teve corrupção, apesar das investigações em curso contra a sua família e no Ministério da Educação, por exemplo.

Ao comentar o apoio de Rodrigo mais cedo, Tarcísio afirmou, no entanto, que não fazia sentido ter o PSDB em seu palanque —o que gerou irritação entre os tucanos. Também declarou que o apoio do governador é mais importante para Bolsonaro.

“Eu preguei mudança o tempo todo, não faz sentido agora estar com eles [PSDB] no palanque. Agora, eles têm capilaridade, têm boas políticas que precisam ser preservadas. E entendo que eles podem ter um papel fundamental na eleição do presidente. Eu vou seguir na linha que eu me comprometi com o Estado de São Paulo, que é uma linha de mudança, preservando o bom legado”, disse à imprensa.

Folhapress

Arimateia é eleito deputado estadual mais votado com domicilio em Feira de Santana

Com 77.995 votos, José de Arimateia (Republicanos) é o deputado estadual com domicílio em Feira de Santana mais votado nas Eleições 2022. Neste ano, o parlamentar, que já foi vereador por duas vezes na Princesa do Sertão, foi reconduzido para o quinto mandato na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA).

Enquanto celebrava o resultado da votação no comitê do partido, em Salvador, Arimatéia destacou a construção da sua vitória. “Esta foi uma das campanhas que mais marcou a minha vida. Foram momentos difíceis, mas Deus honrou. Fé, coragem e confiança foram as palavras que conduziram nossa caminhada.”

E continuou, “Os últimos 45 dias foram de grandes desafios e muito trabalho regado diariamente pela fé, que nos fez olhar para frente e seguir com alegria dia após dia, de rua em rua, para conquistar os votos que nos deu a reeleição. Agradeço primeiramente a Deus por tornar esse resultado possível e aos quase 78 mil cidadãos baianos que acreditaram em uma história construída na vida pública há 24 anos.”

Sobre o seu apoio para o 2º turno no estado, o deputado reafirmou seu voto já declarado ao candidato ACM Neto (União Brasil) para governador.

José de Arimatéia | Além de ter ocupado o cargo de vereador em Feira de Santana, por dois mandatos, é presidente da Comissão de Meio Ambiente, Seca e Recursos Hídricos da Bahia, presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos dos Idosos, presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Saúde e Institutos de Pesquisas Afins, vice-presidente da Comissão de Saúde e Saneamento e secretário estadual do movimento Idosos Republicanos, bandeiras as quais, defende desde o início da sua trajetória política em 1998. Em 2020, Arimatéia foi candidato à prefeito de Feira de Santana, ficando em 3º lugar.

Governo anuncia que vai zerar fila e dar Auxílio Brasil a 500 mil famílias antes do 2º turno

O governo Jair Bolsonaro (PL) disse nesta terça-feira (4) que vai zerar a fila do Auxílio Brasil, com a inclusão de cerca de 500 mil novas famílias no programa de transferência de renda, até o final de —no dia 30, ocorre o segundo turno das eleições presidenciais.

Ao todo, 21,13 milhões de famílias –sendo 17,2 milhões encabeçados por mulheres– receberão o benefício de R$ 600 neste mês. Em setembro, foram 20,65 milhões de famílias contempladas pelo programa.

Na segunda (3), o governo já havia anunciado a antecipação do calendário de pagamentos do Auxílio Brasil do mês de outubro. Com a mudança, o auxílio começará a ser pago pela Caixa Econômica Federal no dia 11 e os depósitos terminarão no dia 25, de acordo com o número NIS dos cidadãos. O calendário original previa pagamentos entre os dias 18 e 31 de outubro.

Nesta terça, Bolsonaro também prometeu pagar um 13º do Auxílio Brasil para famílias encabeçadas por mulheres.

Com as medidas, o governo tenta impulsionar a campanha pela reeleição do presidente. No primeiro turno, Bolsonaro contabilizou 43,2% dos votos, contra 48,43% de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A diferença entre o atual mandatário e o petista foi de pouco mais de 6 milhões de votos.

Neste mês, 5,9 milhões de famílias também receberão o Auxílio Gás turbinado de R$ 112, um acréscimo de 200 mil famílias em comparação com agosto, quando foi paga a primeira parcela de R$ 110 do vale-gás, que é um benefício bimestral.

Segundo o ministro Ronaldo Bento (Cidadania), 100% da população em situação de vulnerabilidade está sendo atendida pelo governo.

“Caminhamos mais uma vez para zerar a fila, outro legado que o Auxílio Brasil chega para deixar. Hoje, temos 100% da população brasileira em situação de vulnerabilidade social na faixa da pobreza extrema recebendo o Auxílio Brasil”, disse.

“Não temos nenhuma família regularmente cadastrada no CadÚnico pleiteando o Auxílio Brasil, atendendo às condições, fora dessa rede de acolhimento e proteção”, continuou.

Nesta terça (4), também foi anunciado que a Caixa prevê iniciar o pagamento do empréstimo consignado para os beneficiários do Auxílio Brasil a partir da segunda quinzena do mês de outubro, ou seja, antes do segundo turno das eleições.

De acordo com a presidente da Caixa, Daniella Marques, o banco vai operar com uma taxa de juros abaixo do teto de 3,5% ao mês, fixado pelo Ministério da Cidadania em portaria divulgada no fim de setembro.

“A gente vai operar certamente abaixo desse teto, um pouco abaixo, ainda a definir pela área de risco do banco”, afirmou.

O valor do consignado do Auxílio Brasil está limitado a 40% do repasse permanente de R$ 400 do benefício, ou seja, o desconto máximo será de R$ 160 mensais. Conforme simulações da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), o valor a ser emprestado está limitado em R$ 2.569,34.

A pasta também estabeleceu que o empréstimo consignado aos beneficiários do Auxílio Brasil poderá ser feito em até dois anos, em 24 parcelas mensais e sucessivas, e o valor será liberado em dois dias úteis após a aprovação do crédito.

O crédito consignado é uma modalidade de empréstimo na qual os contratantes têm os seus débitos descontados diretamente na fonte —no caso, no pagamento das parcelas do Auxílio Brasil.

Segundo o ministro da Cidadania, 60 instituições financeiras estão em fase de habilitação após demonstrarem interesse em conceder o empréstimo consignado do Auxílio Brasil.

Diversas instituições, como Itaú Unibanco, C6, BMG, Bradesco e Santander, além da financeira BV, já afirmaram que não oferecerão essa linha de crédito. Especialistas consideram arriscada a modalidade de empréstimo para beneficiários do Auxílio Brasil, população com renda já comprometida com gastos essenciais.

A presidente da Caixa diz ter conversado com outros bancos e, segundo ela, entende que o problema é saber como operar com o público de baixíssima renda. “A Caixa conhece profundamente a baixa renda e está confortável em conceder crédito consignado consciente.”

Marques ressalta que a Caixa não quer estimular o endividamento das famílias. Segundo ela, clientes que têm empréstimos com taxas de juros maiores poderão contratar o consignado e utilizar o valor para quitar essas dívidas.

“A gente vai entrar com uma conscientização muito grande para que pessoas troquem uma dívida mais cara por uma mais barata, para substituição de dívida e para apoio ao empreendedorismo”, disse.

Nathalia Garcia, Folhapress

Moro ataca Lula e declara apoio a Bolsonaro no 2º turno

O ex-juiz Sergio Moro (União), afirmou nesta terça-feira (4) que o ex-presidente Lula (PT) não é uma opção eleitoral para o país e declarou apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno.

“Lula não é uma opção eleitoral, com seu governo marcado pela corrupção da democracia. Contra o projeto de poder do PT, declaro, no segundo turno, o apoio para Bolsonaro”, afirmou no Twitter.

Moro deixou a magistratura em 2018 para ser ministro da Justiça no governo Jair Bolsonaro (PL). Ele permaneceu no cargo por um ano e quatro meses, mas rompeu com o presidente em 2020 e saiu do governo acusando o mandatário de tentar interferir na Polícia Federal. Após a demissão, foi trabalhar para uma consultoria americana que tinha entre clientes empreiteiras envolvidas na Lava Jato.

No domingo, Moro foi eleito senador pelo Paraná com 1,9 milhão de votos, superando seu padrinho político, o senador Alvaro Dias (Podemos), que terminou em terceiro lugar.

Durante a campanha, o ex-juiz adotou o discurso antipetista. Ele prometeu liderar no Senado a oposição a um eventual governo liderado pelo PT, partido que foi o principal alvo dos processos que conduziu nos anos em que esteve à frente da Lava Jato. Ele assumirá o mandato de oito anos em fevereiro.



Géssica Brandino/Folhapress

Faltaram 44,9 mil votos para Jerônimo Rodrigues vencer no primeiro turno, e 747,8 mil para Neto

Com 49,45% dos votos válidos, o candidato do PT ao governo da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), precisaria de mais 44,7 mil votos para ter vencido a eleição no primeiro turno.

O petista foi votado por 4.019.830 milhões de eleitores, contra 3.316.711 em ACM Neto (União), que teve 40,8% dos votos.

Para que o ex-prefeito de Salvador conseguisse sair vitorioso no domingo (02), ele deveria ter tido 747,8 mil votos a mais.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram 8.129.042 válidos na Bahia. Para um candidato a governador vencer em primeiro turno, ele precisa ter 50% desse número, acrescidos de mais 1 voto.

Política Livre

Zema declara apoio a Bolsonaro no segundo turno: ‘Gestão do PT foi desastrosa em Minas’

O governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), declarou apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da disputa presidencial contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele foi a Brasília se encontrar com o presidente e fez um pronunciamento ao lado de Bolsonaro, no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência.

“Sempre dialoguei com Bolsonaro, vamos colocar divergências de lado. Acredito muito mais na proposta de Bolsonaro do que na do adversário”, disse o governador, principal figura hoje de seu partido, o Novo, que disputou o Planalto com Felipe d’Avila. Zema justificou sua escolha com base na política mineira.

No pronunciamento, Zema criticou o governo de Fernando Pimentel (PT), seu antecessor, em Minas. “Foi uma gestão desastrosa que arruinou o Estado de Minas”, declarou. “É só perguntar para qualquer prefeito de Minas Gerais o estrago que o PT fez no Estado”, disse o governador reeleito.”Então, estou aqui para declarar o meu apoio à candidatura do presidente Bolsonaro, porque eu mais do que ninguém herdei uma tragédia”, disse Zema.

Ao criticar Lula, o governador mineiro disse que o governo do petista no começo foi “muito bom”, mas depois “a conta veio amarga”.

O presidente definiu o apoio como “mais que bem-vindo”, “essencial” e “decisivo”. “Minas é o segundo colégio eleitoral do País”, afirmou Bolsonaro. “Dizem que só quem ganha em Minas pode chegar à Presidência da República. Mais que bem-vindo, o apoio do Zema é essencial e decisivo para minha reeleição.”

Zema foi reeleito neste domingo, 2, como governador de Minas Gerais. O candidato do Novo obteve mais de 6 milhões de votos. Logo após a vitória, ele voltou a criticar o PT e já deu sinais de que poderia apoiar Jair Bolsonaro (PL).

Como mostrou o Estadão, Zema evitou se envolver na disputa nacional durante a sua campanha, enquanto seu principal adversário, Alexandre Kalil (PSD), adotou outra estratégia e colou sua imagem a Lula. O palanque formal de Bolsonaro no Estado era Carlos Viana (PL), mas o chefe do Executivo flertou com Zema em declarações. Disse, por exemplo, em live no fim de setembro, que o governador do Novo fez um “bom trabalho”.

Já no domingo, 2, Zema havia sinalizado a reaproximação com Bolsonaro, mas se comprometeu a ouvir o partido e seguir a orientação do Novo, que emitiu nota para “liberar” seus filiados a seguir o posicionamento que desejassem. O mesmo texto, entretanto, manifestava repúdio ao “lulismo e ao PT”. D’Avila, porém, preferiu se manter neutro. Logo após votar, em São Paulo, afirmou que não apoiaria “nenhum dos dois populistas”: “O populismo vai continuar, infelizmente, erodindo a democracia e a liberdade brasileira”, disse. / COM BROADCAST
Veja a íntegra da nota do Novo:

“O NOVO trabalhou muito para oferecer aos brasileiros uma alternativa presidencial contra a polarização entre Lula e Bolsonaro, mas infelizmente sem sucesso.

Diante do cenário eleitoral do segundo turno, o partido se vê na obrigação de reforçar seu posicionamento institucional histórico, totalmente contrário ao PT, ao lulismo e a tudo o que eles representam, e libera seus filiados, dirigentes e mandatários, para declararem seus votos e manifestarem seu apoio de acordo com sua consciência e com os valores e princípios partidários.

Seguiremos trabalhando para oferecer as melhores alternativas aos eleitores e construir um Brasil melhor para todos.

Partido Novo”

Vídeo relacionado: 'Zema e Bolsonaro são os exterminadores do futuro'


Wagner diz que Neto e aliados têm que pedir ‘perdão’ à pesquisa que colocava Jerônimo na frente

Em entrevista à rádio Metrópole na manhã desta terça-feira (4), o senador Jaques Wagner (PT) sugeriu que o candidato ao governo do Estado pelo União Brasil, ACM Neto, e os aliados dele têm que pedir “perdão” por crítica ao Atlas, instituto que mais se aproximou do resultado real das eleições na Bahia.

“Quem ofendeu é que cabe achar que hoje é o dia do perdão, pedir desculpa. Quem xingou dizendo que era um plebiscito, uma enquete do PT. Não é enquete, e eu sempre disse com ufanismo é de que o meu sentimento de rua esse [de Jerônimo Rodrigues estar na frente na disputa]”, disse.

“Não vou acusar ninguém de manipulação. É gozado que erram quase o mesmo erro. A distância de um para o outro é a mesma. Acho que é mesmo uma questão de metodologia, de métrica”, acrescentou.

“Eu vi que [o Atlas] foi quem mais acertou na eleição dos Estados Unidos, da França, da Colômbia, no plebiscito no Chile”.

“Já tinha feito cinco pesquisas em capitais em 2020. Então, nós contratamos o tracking e o A Tarde resolveu contratar a pesquisa”, continuou.

Mateus Soares

MDB, PSDB, PDT e União negociam 2º turno sob pressão de alas contrárias a Lula ou Bolsonaro

Os principais partidos cujo apoio no segundo turno é disputado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) abriram rodadas de conversas internas e negociações que resultarão em anúncios ao longo desta semana, com rachas e posições de neutralidade também no horizonte.

PSDB, Cidadania e PDT têm reuniões programadas para esta terça (4), e o MDB deve decidir até quarta-feira (5), em meio a pressões de correligionários e falta de consenso, com alas favoráveis às três opções em aberto.

Há ainda a possibilidade de que os presidenciáveis Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT) tenham postura diferente da oficializada por suas legendas, embora as sinalizações mais recentes apontem para alinhamento. Soraya Thronicke (União Brasil) disse que seguirá a decisão de sua sigla.

A União Brasil e o PSD, marcados por divisão entre lulistas e bolsonaristas, são considerados ainda incógnitas. A interferência das eleições nos estados onde haverá segundo turno é determinante no direcionamento de ambos os partidos, mas também impacta os demais.

Lula, que chegou na frente de Bolsonaro no segundo turno, é o mais interessado em agregar legendas à sua coligação, que tem nove partidos, além do PT (PC do B, PV, Solidariedade, PSOL, Rede, PSB, Agir, Avante e Pros). O comando petista disparou nesta segunda (3) uma ofensiva, com prognósticos otimistas.

A grande dúvida no momento é se será possível obter apoios formais de legendas que se somarem à aliança ou se apenas líderes, incluindo presidenciáveis, expressarão apoio.

Tebet, que fechou o primeiro turno em terceiro lugar, com 4% dos votos válidos, disse ainda no domingo (2) que não vai se omitir e cobrou dos partidos de sua coligação (MDB, PSDB e Cidadania) uma definição rápida. A adesão da senadora a Lula é dada como certa pelo PT e por pessoas próximas.

As discussões no MDB passam pelo presidente da legenda, Baleia Rossi, que não indica resistência a endossar Lula, mas busca manter a coesão interna.

As conversas envolvem também o ex-presidente da República Michel Temer. Segundo seu entorno, o emedebista ainda está reticente sobre uma reaproximação com o PT por causa das críticas da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) a ele e das propostas de rever reformas aprovadas sob seu governo.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), é outro que expõe abertamente objeção ao partido de Lula. Nesta segunda, ele defendeu que seu partido apoie o candidato de Bolsonaro no segundo turno da eleição para governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), no embate contra o petista Fernando Haddad.

O PSDB, fragilizado pela derrota de Rodrigo Garcia na reeleição para o governo paulista, também está dividido entre Lula e Bolsonaro. A velha guarda tucana, que em parte declarou voto no petista ainda no primeiro turno, está mais propensa a reforçar a postura agora.

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) anunciou nesta segunda apoio ao ex-presidente. No mesmo dia, o prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira (PSDB), declarou voto em Bolsonaro, usando como justificativa o envolvimento do outro lado com a corrupção. A bancada federal da sigla também tende ao atual mandatário.

A executiva nacional do PSDB disse ainda no domingo do primeiro turno que se reuniria nesta terça para discutir a liberação dos diretórios estaduais para se posicionarem como quiserem —sugerindo inclinação à neutralidade.

O presidente do Cidadania, Roberto Freire, emitiu comunicado avisando que encaminhou à executiva da legenda indicativo de apoio a Lula. O assunto está na pauta de encontro marcado para esta terça.

Ciro mostrou predisposição de acompanhar a decisão do PDT. Internamente, ele é pressionado a apoiar Lula, inclusive pelo presidente nacional da legenda, Carlos Lupi. O PT deve incorporar propostas do ex-presidenciável.

“Acho que ele [Ciro] vai seguir a orientação do partido, criou uma relação com o partido muito forte, comigo mais ainda. Acho muito difícil ele não acompanhar a orientação”, disse Lupi.

Líderes do PDT como Rodrigo Neves, que concorreu ao Governo do Rio de Janeiro, pregam coalizão com Lula. Deputados e o Movimento Sindical do PDT também reforçaram esse pleito.

No caso da União Brasil, há a expectativa de que o presidente da sigla, Luciano Bivar, leve a legenda a compor com Lula. Em jogo estão a oferta de espaço no eventual governo do petista e o apoio do Planalto à candidatura de Bivar para a presidência da Câmara dos Deputados.

O deputado divulgou nota nesta segunda afirmando que a União trabalhará “sempre em defesa da democracia, do Estado de Direito e daqueles que querem o Brasil mais próspero, mais justo e mais sereno”, o que foi entendido como sinalização pró-Lula. A legenda, no entanto, abriga bolsonaristas, que querem aliança com o presidente ou, no máximo, neutralidade.

A decisão da União Brasil pode ainda ser afetada pela discussão que o partido abriu com o PP em torno de uma eventual fusão. O PP é um dos partidos de sustentação do atual governo.

Na campanha de Bolsonaro, os planos para o fortalecimento no segundo turno priorizam ações voltadas diretamente ao eleitor, sem uma busca incisiva por formalização de novas adesões partidárias —embora, é claro, estejam no radar. O candidato à reeleição tem recebido apoios isolados até aqui.

A coligação, que hoje tem PL, PP e Republicanos, espera o endosso do PTB de Padre Kelmon. O religioso fez dobradinha com o presidente em debates e foi chamado por Lula de “candidato laranja” —ele assumiu a candidatura do PTB após o ex-deputado Roberto Jefferson ser impedido pela Justiça Eleitoral.

O Novo, do presidenciável Felipe D’Avila, divulgou nota em que libera os filiados a votarem conforme sua consciência no segundo turno entre Lula e Bolsonaro, mas disse que “o partido se vê na obrigação de reforçar seu posicionamento institucional histórico, totalmente contrário ao PT, ao lulismo e a tudo o que eles representam”.

Horas antes, nesta segunda-feira, o principal nome do Novo, Romeu Zema, reeleito governador de Minas Gerais no primeiro turno, anunciou apoio a Bolsonaro e reforçou o discurso antipetista, dizendo que é preciso “evitar que o desastre do passado se repita”.

Partidos que tentaram se distanciar da polarização eleitoral no primeiro turno, como é o caso do Podemos, que compôs a coligação de Tebet, mas teve participação tímida na campanha, também discutem o que fazer agora.

Há ainda uma variedade de partidos nanicos que podem se pronunciar, em parte movidos pela expectativa de vitória de cada um dos postulantes que passou à segunda fase do pleito.

Um ato marcado para quinta-feira (6) pelo grupo Direitos Já poderá ser uma prévia da disposição de partidos a apoiarem Lula. O movimento, que se descreve como fórum pela democracia, convidou representantes de mais de 15 legendas para o encontro, que já estava agendado previamente.

Segundo o coordenador do fórum, Fernando Guimarães, que está envolvido na campanha do petista, a ideia é expressar respeito ao sistema eleitoral e ao resultado das urnas, além de discutir uma aglutinação em torno do petista.

“Esta eleição delimita muito claramente qual é o campo democrático. O esforço é para que os partidos nem sequer hesitem em estar com o candidato [Lula]”, diz ele, que fala em “frente ampla contra o projeto autoritário” de Bolsonaro.

Joelmir Tavares, Carolina Linhares, Mariana Zylberkan, Julia Chaib, Danielle Brant, Ricardo Della Colletta e Marcelo Toledo/Folhapress

Sindicalistas se reúnem para apoiar Lula no 2º turno, mas central ligada a Ciro é incógnita

As centrais sindicais se reúnem nesta quinta (6) para definir um posicionamento conjunto das entidades no segundo turno.

O apoio a Lula é endossado pelas principais centrais, CUT, Força, UGT, CTB, NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores), mas há dúvidas em torno da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), cujo presidente licenciado, Antonio Neto, foi coordenador da campanha de Ciro Gomes (PDT) em São Paulo.

A adesão da CSB ao apoio conjunto para o petista será uma das pautas da reunião, segundo um dirigente sindical. À reportagem, Antonio Neto disse que o PDT se reúne nesta terça (4) e a CSB, na quarta (5) para definir o posicionamento.

Ele afirma ter certeza de que não são bolsonaristas, mas o apoio a Lula ainda é um assunto a ser decidido.
Joana Cunha/Folhapress

Partido Novo perde eleitores, vê bancadas encolher e não atinge cláusula de barreira

Quatro anos depois de despontar como uma das maiores surpresas nas eleições, o Partido Novo amargou neste domingo (2) queda expressiva em suas bancadas na Câmara dos Deputados e nas Assembleias Legislativas. De quebra, a legenda não atingiu a cláusula de barreira, dispositivo que estabelece percentual mínimo de votos e de deputados eleitos para manter o acesso à propaganda partidária e ao fundo eleitoral.

A bancada do Novo na Câmara encolheu dos atuais 8 deputados para 3 a partir do ano que vem. Adriana Ventura (Novo-SP), Gilson Marques (Novo-SP) e Marcel van Hatten (Novo-RS) foram os representantes da legenda que tiveram êxito —os três foram reeleitos. Cinco parlamentares da sigla venceram disputas estaduais e distritais. Dr. Maurício (MG), Felipe Camozzato (RS), Leo Siqueira (SP), Matheus Cadorin (SC) e Zé Laviola (MG) ocuparão assentos nas Assembleias em 2023. O número, contudo, é menos de metade dos 12 deputados eleitos há quatro anos.

Somente na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), o Novo, que tinha 4 deputados em 2018, agora vê sua bancada reduzia a apenas 1 parlamentar. Com resultados tímidos, o Novo não atingiu a meta estabelecida na cláusula de barreira e terá limitações nas próximas eleições. Além de acesso restrito ao fundo partidário e ao tempo na TV, a sigla poderá ficar de fora dos debates eleitorais.

Pela regra aplicada neste ano, cada partido precisava eleger 11 deputados federais em pelo menos nove estados ou obter 2% dos votos válidos para a Câmara dos Deputados. Os partidos que não atingem as metas podem formar uma federação partidária, unindo-se a outras legendas durante as eleições e a legislatura. A vitória de maior expressão do Novo este ano foi a reeleição de Romeu Zema, em Minas Gerais, o segundo maior colégio eleitoral do país. Próximo do próximo do presidente Jair Bolsonaro (PL), Zema liquidou a fatura ainda no primeiro turno.

Em agosto, durante a campanha, Bolsonaro chegou a dizer que jamais seria inimigo de Zema, apesar de ter à época candidato próprio no estado: o senador Carlos Viana (PL-MG), que terminou a disputa em terceiro, com 7,23% dos votos válidos. Zema, porém, foi exceção, e o Novo acumulou resultados decepcionantes. Nas eleições majoritárias o partido teve menos votos neste ano se comparado ao pleito de 2018.

Assim como há quatro anos, Zema foi o único representante eleito do partido para o cargo de governador –o Novo não tem candidatos no segundo turno. Sete candidatos do partido disputaram governos estaduais neste ano. O segundo com o maior percentual de votos válidos, atrás de Zema, foi Paulo Ganime, que obteve apenas 5,31% e terminou a disputa na quarta colocação no Rio de Janeiro —o governador Cláudio Castro (PL) foi reeleito no estado.

Nas disputas do Espírito Santo, Goiás, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, os representantes do partido tiveram menos de 3% dos votos. Com disputa polarizada, o candidato derrotado à Presidência Felipe D’Avila obteve somente 0,47% dos votos válidos, com o apoio de 559.680 eleitores.

Em 2018, João Amoedo, então candidato do partido à Presidência, teve 2,5% dos votos válidos, com o apoio de mais de 2,6 milhões de eleitores. Nas disputas ao Senado, os candidatos do partido, somados, conquistaram 479.593 votos. O número é bem menor que os 3.396.252 votos registrados em 2018. Assim como há quatro anos, o partido não terá representantes na Casa.

Outra derrota expressiva para o partido foi a de Fernando Holiday que ganhou notoriedade quando ainda era ligado ao MBL (Movimento Brasil Livre) e foi o vereador mais novo a ser eleito na capital paulista em 2016, quando tinha 20 anos.

Agora, no entanto, ele teve 38.118 votos e não se elegeu para a Câmara dos Deputados.
Renan Marra/Folhapress

Auxílio Brasil e Auxílio Gás vão depositar pagamentos antecipadamente

Os benefícios do Auxílio Brasil e do Auxílio Gás vão ser depositados uma semana antes do previsto neste mês de outubro. O pagamento começa a ser feito na próxima terça-feira (11).

Em entrevista ao programa A Voz do Brasil nesta segunda-feira (3), a presidente da Caixa, Daniella Marques, disse que mais de 21 milhões de famílias serão assistidas, recebendo o benefício de R$ 600. Este mês, serão pagos R $12,5 bilhões aos beneficiários.

Já o Auxílio gás, de R$112 reais bimestrais, assiste 5,9 milhões de famílias, num total de R$ 650 milhões.

O dinheiro é depositado em uma conta poupança digital, administrada pelo aplicativo Caixa Tem. O beneficiário também pode usar o cartão para movimentar o dinheiro em comércios como farmácias e supermercados.

Daniella Marques destaca que qualquer dúvida sobre os auxílios pode ser tirada em ligação gratuita para o telefone 121, todos os dias, 24 horas por dia.

Caixa pra elas

Ne entrevista, a presidente da Caixa também falou de ações do banco para o Outubro Rosa. Segundo Daniella Marques, serão lançadas ações na área de seguros sociais para mulheres, dentro da estratégia Caixa pra Elas, lançada em agosto deste ano.

O Caixa pra Elas é voltado para o combate à violência e para o estímulo à independência feminina, com crédito e consultoria para abertura de negócios. “Hoje essas 17 milhões de mulheres que recebem o Auxílio Brasil, se elas abrem uma microempresa individual, ela que é boleira, manicure, se ela formaliza a empresa, ela não perde o Auxílio [Brasil], essa é uma informação importante. E quando ela se formaliza, a empresa tem crédito mais barato, tem acesso à pausa para doença, pausa pra maternidade”, explicou.

A Caixa tem mais de mil agências com espaços dedicados ao atendimento da mulher, com orientações de diversos tipos, como sobre violência e sobre como abrir uma empresa. Daniella Marques adianta que, até o final do ano, todas as 4 mil agências do banco terão este espaço. Dados da presidente do banco apontam que mais de 80 mil mulheres foram acolhidas nos espaços físicos e o aplicativo Caixa pra Elas teve 27 milhões de acessos.

“Agosto a gente fez seis vezes mais crédito do que julho, em crédito de pessoas jurídicas lideradas por mulheres, sete vezes mais crédito, cartão de crédito mais de 60% de aumento na contratação, seguros, mais de 70%, me deu certeza que a gente está na direção certa”, destacou Daniella, falando de dados relacionando período antes e depois do programa.

Outra ação citada pela presidente do banco é a Pausa para a Maternidade, que é a suspensão do pagamento de empréstimos durante o período de licença maternidade.

“Entre quatro e seis meses da licença, ela para de pagar, e quando volta a trabalhar, retoma sem juros, correção ou multa”, explicou.

Agência Brasil

Coreia do Norte dispara míssil sobre o Japão, moradores são alertados para se proteger

SEUL/TÓQUIO (Reuters) - A Coreia do Norte disparou um míssil balístico sobre o Japão pela primeira vez nos últimos cinco anos na terça-feira, provocando um alerta para os moradores se protegerem e uma suspensão temporária das operações de trens no norte do Japão.

O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS) e a guarda costeira japonesa informaram sobre o teste do míssil, que foi lançado sobre a costa leste da Coreia do Norte.

O governo japonês alertou os cidadãos para se protegerem, pois o míssil parecia ter sobrevoado e passado por seu território antes de cair no Oceano Pacífico e disse que não usou nenhuma medida de defesa para destruir o míssil, que foi o primeiro a sobrevoar ou passar pelo Japão ao sair da Coreia do Norte desde 2017.

"A série de ações da Coreia do Norte, incluindo seus repetidos lançamentos de mísseis balísticos, ameaça a paz e a segurança do Japão, da região e da comunidade internacional, e representa um sério desafio para toda a comunidade internacional, incluindo o Japão", disse o porta-voz do governo japonês, Hirokazu Matsuno, em entrevista coletiva.

Falando a repórteres pouco depois, o primeiro-ministro Fumio Kishida chamou as ações da Coreia do Norte de "bárbaras" e afirmou que o governo continuaria a coletar e analisar informações.

O JCS da Coréia do Sul disse que o lançamento parecia ter sido de um míssil balístico de alcance intermediário (IRBM) lançado da província de Jagang, na Coréia do Norte. A Coreia do Norte usou essa província para lançar vários testes recentes, incluindo vários mísseis que alegou serem "hipersônicos".

(Reportagem de Hyonhee Shin e Chang Ran Kim)

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