Corpo de Bombeiros será inaugurado brevemente em Ipiaú

Dentro em breve a prefeita Maria das Graças estará entregando à população de Ipiaú mais um conjunto de importantes obras que solavancarão ainda mais o desenvolvimento deste município e região. No elenco dessas realizações destaca-se o Segundo Subgrupamento de Bombeiros Militar (SGBM). A unidade funcionará provisoriamente em um prédio da Rua Antônio Lisboa Nogueira,no Bairro Conceição , até que as instalações definitivas da unidade, na Rua São Roque estejam prontas.
Este Subgrupamento de Bombeiro Militar de Ipiaú estará subordinado ao 8º Grupamento de Bombeiros Militar (Jequié), comandado pelo Tenente-Coronel BM Bruno André Feneli Moreira Aguiar, e contará com uma tropa de aproximadamente 30 homens que poderá ser ampliada para 60 pessoas. Todo o material necessário para a instalação da unidade, inclusive viatura, já foi adquirido.

ATIVIDADES
O subcomandante geral da corporação, cel. BM Piahuy, aprovou o espaço da instalação provisória e em reuniu com representantes da Prefeitura, dentre os quais a secretária da Infraestrutura, Andrea Suzart, alinhou detalhes que foram adotados na obra. Ele explicou que além das atividades normais, através de ações preventivas e de respostas a casos de emergências (combate a incêndios, busca e salvamento, resgates e defesa civil), o subgrupamento também estará desenvolvendo atividades sociais de grande importância para as comunidades de Ipiaú, Itagibá e outras cidades da região, assim como a proteção ao meio ambiente.

Fundamental para a viabilização do projeto foram os esforços da prefeita Maria das Graças que buscou angariar parcerias nos setores público e privado com o objetivo de proporcionar segurança para Ipiaú e aos 16 municípios circunvizinhos. Mais uma vez a prefeita expressa sua gratidão a todos que estão empenhados nessa missão, em especial ao governador Rui Costa que tem demonstrado muita atenção para com Ipiaú, contribuindo com o maior fluxo de desenvolvimento que este município tem recebido ao longo da sua história.

José Américo Castro

SP: Tarcísio diz ver tiros como intimidação do crime, mas sem relação com política

Ao comentar o tiroteio que interrompeu seu compromisso de campanha em Paraisópolis, zona sul da capital, na manhã desta segunda-feira (17), Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que foi uma intimidação do crime e disse não acreditar que tenha sido alvo de um atentado.

“Foi um ato de intimidação, um recado claro do crime organizado como ‘a gente não quer você aqui dentro’. É uma questão territorial e não tem nada a ver com a política”, disse o candidato em entrevista na tarde desta segunda.

Pela manhã, no Twitter, o candidato afirmou que ele e sua equipe haviam sido “atacados por criminosos” e que a atuação da Polícia Militar foi brilhante.

A comitiva de Tarcísio não foi ferida. Um homem de 38 anos morreu no tiroteio. Segundo a polícia, ele tinha registro sob suspeita de roubo.

Mais cedo nesta tarde, o secretário da Segurança Pública de São Paulo, general João Camilo Pires de Campos, afirmou que seria prematuro falar em atentado e apontou que houve um confronto entre homens em motos e a polícia.

Tarcísio e a sua equipe estavam visitando um projeto social que inaugurou um polo universitário.

“A minha visão é limitada, de quem tava lá dentro, dizer que ocorreu um tiroteio enquanto estávamos lá, não é coincidência”, disse Tarcísio. “Os bandidos notaram a nossa presença ali desde cedo. Quatro motocicletas filmaram a nossa equipe, fizeram perguntas e voltaram armados. Não foi algo corriqueiro, não. Foi um tiroteio enquanto estávamos lá.”

Segundo Campos, as investigações da Polícia Civil não podem ser influenciadas pela publicação do candidato nas redes sociais.

A versão de que sofrera um atentado, fomentada pela sua declaração nas redes, se espalhou na internet e foi replicada por parlamentares bolsonaristas.

Tarcísio afirmou quer não pretende explorar o episódio em sua campanha. Ele também não quis comentar declaração de aliados que, imediatamente, associaram o tiroteio a um atentado protagonizado pelo PT, do seu adversário Fernando Haddad.

“A campanha vai seguir normalmente, vamos falar com as pessoas. Agora, tem áreas de São Paulo dominadas pelo crime. As pessoas vivem com medo. Você, sendo candidato do Governo de São Paulo, não poder visitar um trabalho social? É razoável ser recebido a tiros numa favela? Vi hoje um trabalho que precisa de apoio do estado. Lá tem talento e as pessoas não querem ser reféns do crime”.

Para esclarecer o caso, a Secretária de Segurança irá recorrer às imagens gravadas pelas câmeras instaladas nos uniformes dos policiais, medida que é criticada por Tarcísio.

“Como eu falei toda a política pública será reavaliada. Tenho uma posição crítica às câmeras por uma série de razões, mas, como já disse, vou rediscutir as políticas públicas se for eleito”, disse o candidato.

Em relação ao homem morto na ação, Tarcísio não soube dizer se o tiro partiu da sua equipe de segurança. “Acho que não. Acho que partiu da PM”.

Tarcísio cancelou um compromisso com apoiadores em Suzano, previsto para a tarde desta segunda. Questionado sobre novas agendas de campanha em comunidades, o candidato disse que voltaria nesses locais.

“Pretendo, voltar, claro. Não se pode intimidar. Uma vez eleito, vamos ampliar a presença do estado nesses locais. Vamos levar a política pública lá”, disse.

Em entrevista à imprensa, o secretário afirmou que o primeiro confronto se deu com policiais à paisana que faziam a segurança do local onde o candidato estava.

Campos disse que os tiros foram disparados a cerca de 100 metros do local onde estava a campanha. “Foi um ruído com a Polícia Militar”, declarou. Por “ruído”, o secretário explicou que o termo se refere à situação em que “a polícia está em um local onde há um desequilíbrio com quem está no local”.

O coronel Ronaldo Miguel Vieira, comandante-geral da Polícia Militar, detalhou que o tiroteio teve a participação de ao menos oito indivíduos que rondavam o local em motos. Dois deles estavam com armas longas. Uma van escolar foi atingida pelos disparos, mas segundo o coronel, ninguém foi ferido.

A declaração do secretário de que as câmeras dos policiais serão usadas para esclarecer o caso contraria a própria campanha de Tarcísio. O candidato afirmou que irá rever a política, apesar dos números positivos de queda de letalidade.

Tarcísio já afirmou em diversas ocasiões que as câmeras inibem os policiais. Ele chegou a dizer que, se eleito, retiraria o equipamento “com certeza”, mas depois voltou atrás e afirmou que irá ouvir o comando da polícia e especialistas.

O candidato, que tem o apoio do governador Rodrigo Garcia (PSDB) no segundo turno, tem um discurso linha dura na segurança pública, inclusive afirmando que os paulistas não se sentem seguros.

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Carlos Petrocilo/Mariana Zylberkan/Carolina Linhares/Folhapress

Ipiaú: Crianças tem tarde animada em evento realizado pelo Social

Concluindo a programação da Semana da Criança em Ipiaú, a Prefeitura Municipal através da Secretaria de Ação Social e Desportos, por meio do Centro de Referência de Assistência Social - CRAS e do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), e o Programa Criança Feliz, realizou no último sábado, 15, na Praça Álvaro Jardim, um evento que envolveu diversas atividades e reuniu centenas de crianças juntamente com seu pais e demais familiares.
Brincadeiras, cama elástica (pula-pula), cantiga de roda, conotação de histórias infantis, distribuição de lanches e guloseimas, shows musicais, coreografias, pinturas e teatro, marcaram a II Caravana Da Criança no Bloco da Alegria.
Foi um momento de interação e fortalecimento de vínculos entre as famílias participantes do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) e os atendidos no programa Criança Feliz. A secretária de Ação Social e Desportos, Rebeca Câncio, marcou presença no evento e participou ativamente das atividades.

José Américo / DIRCOM Prefeitura de Ipiaú

Estado entrega Colégio de Tempo Integral e investe em infraestrutura e desenvolvimento econômico em Ipecaetá

Com a inauguração do novo Colégio Estadual de Tempo Integral Áureo Filho, nesta segunda-feira (17), estudantes e moradores do município de Ipecaetá ocuparam o espaço construído especialmente para eles. O Estado da Bahia investiu mais de R$ 20 milhões nas obras físicas e na aquisição de equipamentos e mobiliário para a unidade.
São 12 salas de aula, um campo de futebol society com grama sintética, piscina semiolímpica, quadra coberta poliesportiva, laboratórios de ciências e informática, biblioteca, refeitório e auditório com 175 lugares. O ato de inauguração contou com a presença do governador Rui Costa.
A escola foi construída por meio de uma parceria entre as secretarias estaduais de Educação (SEC) e de Desenvolvimento Urbano (Sedur), via Conder. Até o final de 2022, o governo baiano terá inaugurado 600 escolas, novas ou reformadas. O ensino em tempo integral segue um modelo com os mesmos equipamentos e padrão de qualidade. Nessas escolas, crianças e adolescentes permanecerão pelo menos sete horas por dia. De manhã, estudam as disciplinas curriculares, como matemática, português, inglês, espanhol etc. Depois disso, almoçam no refeitório e, à tarde, praticam esportes, atividades culturais e se dedicam ao ensino profissionalizante.
Segurança pública e drenagem
Também em Ipecaetá, foi anunciada pelo Estado a licitação para obras de construção de uma nova delegacia da Polícia Civil e uma nova unidade da Polícia Militar. Em toda a Bahia, estão sendo construídas mais de 200 unidades das Polícias Civil e Militar, além das unidades conjugadas.
O Estado anunciou, ainda, a execução de serviços de drenagem nas ruas João Passos, Projetado 1 e 2, Zita Rodrigues e Portelinha, na sede do município, com investimento da ordem de R$ 428,4 mil. Já no Mercado Municipal serão investidos outros R$ 706.079,35. Ambas as obras serão realizadas pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do estado da Bahia (Conder).


Repórter: Raul Rodrigues

Abono extra de até R$ 1.212 é pago hoje pela Caixa

A Caixa Econômica Federal vai liberar a partir desta segunda-feira (17) um lote adicional de pagamentos do abono salarial PIS a cerca de 1,1 milhão de trabalhadores. Cada beneficiário receberá até R$ 1.212, o que corresponde a um salário-mínimo atualmente. (Veja mais informações abaixo)

Segundo a Caixa, os valores se referem a benefícios antigos que foram revisados, solicitados na Justiça ou que não foram sacados durante os calendários já encerrados (2016 a 2020).

QUANTO VOU RECEBER?
A quantia a ser paga varia de acordo com a quantidade de meses trabalhados durante o ano-base considerado para o cálculo. Segundo a Caixa, cada trabalhador receberá, em média, R$ 398,99, com parcelas que chegam a R$ 1.212.

CONFIRA QUANTO VOCÊ PODE RECEBER
1 mês trabalhado: R$ 101
2 meses trabalhados – R$ 202
3 meses trabalhados – R$ 303
4 meses trabalhados – R$ 404
5 meses trabalhados – R$ 505
6 meses trabalhados – R$ 606
7 meses trabalhados – R$ 707
8 meses trabalhados – R$ 808
9 meses trabalhados – R$ 909
10 meses trabalhados – R$ 1.010
11 meses trabalhados – R$ 1.111
12 meses trabalhados – R$ 1.212

ONDE O ABONO SERÁ DEPOSITADO?
Os trabalhadores que já são correntistas da Caixa receberão o abono extra diretamente na sua conta.

Para os demais, o dinheiro será depositado em uma Poupança Social Digital aberta automaticamente pela Caixa em nome do beneficiário. Essa conta é gratuita e pode ser movimentada pelo aplicativo Caixa Tem.

POSSO SACAR O DINHEIRO?
Caso não seja possível abrir a conta digital, os cidadãos ainda podem sacar os valores nos caixas eletrônicos, nas agências ou no Caixa Aqui. Para tanto, basta ter em mãos o Cartão do Cidadão e a respectiva senha.

Mas atenção: esse saque ficará disponível até 29 de dezembro.

QUEM TEM DIREITO AO ABONO?
Têm direito a receber o abono complementar todos os trabalhadores da iniciativa privada que receberam até dois salários-mínimos mensais durante o ano-base de referência.

O cidadão também precisa ter inscrição no PIS há pelo menos cinco anos e ter atuado com carteira assinada por no mínimo 30 dias, consecutivos ou não, no período considerado para o cálculo.

Todos os trabalhadores ainda precisam ter seus dados corretamente informados pelo empregador ao governo.

MAIS INFORMAÇÕES
Para confirmar se tem ou não direito ao abono extra, você pode acessar os aplicativos Caixa Tem e Caixa Trabalhador. A Caixa também disponibiliza atendimento por telefone nos números 111 ou 0800-726-0207 (opção 3 – 2), além de seu site oficial.

Anaís Motta/Folhapress

Força Nacional fica mais 90 dias em terra indígena no Amazonas

O Diário Oficial da União publica, nesta segunda-feira (17), portaria do Ministério da Justiça e Segurança Pública que prorroga o emprego da Força Nacional de Segurança Pública em apoio à Fundação Nacional do Índio (Funai), na Terra Indígena Camicuã, no estado do Amazonas.

Os militares vão atuar nas ações de preservação da ordem pública, da segurança das pessoas e preservação do patrimônio. As atividades serão em caráter episódico e planejado, por 90 dias, até 12 de janeiro de 2023.

De acordo com o documento assinado pelo ministro Anderson Torres, o número de militares a ser disponibilizados obedecerá ao planejamento definido pela Diretoria da Força Nacional de Segurança Pública e da Secretaria Nacional de Segurança Pública.

A Terra Indígena Camicuã foi homologada pelo Decreto nº 381, de 24 de dezembro de 1991. A demarcação administrativa foi realizada pela Funai. A terra é habitada pelo grupo indígena Apurinã, e está localizada no município amazonense de Boca do Acre.

Agência Brasil

Operação Faroeste: Ministro do STF nega pedido de empresa para anular decisão do CNJ sobre disputa de terras

Após pedir a anulação da decisão proferida pelo conselheiro Richard Pae Kim, a empresa Bom Jesus Agropecuária, envolvida nas investigações da Operação Faroeste, teve o pedido negado pelo ministro Ricardo Lewandowsi, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a disputa de terras no peste da Bahia.

No pedido, a empresa, autora de um pedido de providências no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para anular a Portaria 105/2015, da Corregedoria das Comarcas do Interior do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), que teria dado posse das terras ao grupo do quase-cônsul da Guiné Bissau, Adailton Maturino, e do borracheiro José Valter Dias, apontou “suposto desrespeito” ao decidido pelo STF em dois mandados de segurança e uma reclamação, de relatoria do ministro Lewandowski. O conselheiro permitiu o ingresso de terceiros no procedimento em trâmite no CNJ.

Lewandowski, ao negar o pedido, afirmou que a autoridade do STF não foi desrespeitada em nenhuma decisão do CNJ, de modo a permitir que ele acate o pedido da empresa. “Além disso, ao entender que inexistia nulidade no acórdão proferido em pedido de providências, esta Suprema Corte, em nenhum momento, impediu o CNJ de admitir, posteriormente, terceiros interessados naquele procedimento ou, ainda com mais razão, em procedimento subsequente e de espécie diversa”, assinou o ministro relator no despacho.

Ipiaú: Homem é preso por policiais militarespor ameaças e desordem num Culto Evangélico

Após ligação via telefone 190, por volta das 20h40min desse domingo (16/10/22), a guarnição da 55ª CIPM/PETO deslocou até a Praça Aurélio Albuquerque, Bairro Irmã Dulce, para averiguar uma ocorrência,

onde um indivíduo estaria, durante o culto, ameaçando com um facão o membro da Igreja Adventista daquela localidade. No local, após indicação de populares a guarnição deteve o agressor que estava visivelmente alterado e em via pública. O facão não foi localizado.

A vítima relatou que estava na igreja quando o seu enteado chegou causando desordem, revirando os bancos da igreja e o ameaçando de morte, o que levou a interrupção do culto. Diante dos fatos, os envolvidos foram conduzidos até a delegacia de Ipiaú para os procedimentos de polícia judiciária.

OBS: é a terceira vez que o agressor foi conduzido pelo mesmo delito.

Autor: E. S. S. S. (Masculino), Idade: 23 anos, Endereço: Praça Aurélio Albuquerque, Bairro Irmã Dulce, Ipiaú/Bahia.

Vítima: A. F. de O. (Masculino), Idade: 39; Endereço: Rua Luiz Andrade, Bairro Irmã Dulce, Ipiaú/Bahia.

Informações: Ascom/55ª CIPM-PMBA, uma Força a a serviço do cidadão.

PM participa de aniversário de criança em escola

Na manhã dessa sexta-feira, dia 14/10/23, policiais militares da Ronda Escolar da 55ª CIPM participaram do aniversário de 04 anos de uma criança na Escola Sonho Meu, em Ipiaú, em atendimento ao convite da referida escola e da sua mãe do aniversariante.

O Mascote PM marcou presença no evento levando alegria ao aniversariante e a todos os convidados.

PMBA: Uma força a serviço do cidadão

Aliados de Bolsonaro comemoram bloco sobre corrupção; PT vê foco de Lula em indecisos

A campanha de Jair Bolsonaro (PL) comemorou o fato de o presidente ter mantido um tom equilibrado durante o debate deste domingo (16) e o desempenho do mandatário no último bloco, em que a corrupção esteve no centro da discussão.

A equipe do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por sua vez, avaliou que o comportamento de Bolsonaro não muda a imagem já consolidada de parte expressiva do eleitorado em relação a ele: a de uma pessoa explosiva.

Os presidenciáveis participaram neste domingo do debate do segundo turno, promovido por Folha, UOL, TV Bandeirantes e TV Cultura.

Bolsonaro terminou o primeiro turno da corrida eleitoral com 43,2% dos votos válidos, contra 48,43% do ex-chefe do Executivo.

Apesar de acharem que o saldo geral ainda foi positivo para Lula, aliados do petista avaliaram que o ex-presidente não conseguiu contornar as provocações de Bolsonaro sobre corrupção na Petrobras. Aliados disseram que Lula também falhou na gestão do tempo no terceiro bloco, o que deu oportunidade para Bolsonaro falar por mais de cinco minutos sozinho e sem contraponto.

O entorno do chefe do Executivo comemorou justamente o fato de Lula ter se atrapalhado com o tempo no último bloco. Para interlocutores, Bolsonaro pautou o tema da corrupção e Lula não conseguiu responder de forma satisfatória.

“Temos um presidente que sabe o que está fazendo, equilibrado, no rumo certo. Do outro lado, [temos] um Lula com projeto ultrapassado, com governo marcado pela corrupção, querendo voltar ao poder”, disse o ministro das Comunicações, Fábio Faria.

“Ficou muito claro no debate que o Lula saiu de si, ficou totalmente nervoso, descontrolado, se perdeu no tempo e nas palavras. Mostrou a serenidade do presidente [Bolsonaro]”, completou.

Aliados de Lula reconheceram que o desempenho do petista poderia ter sido melhor no tema corrupção. O ex-presidente seguiu o que havia sido ensaiado, disse que os culpados pela corrupção na Petrobras foram punidos, que o PT não interferiu na investigação e que a Lava Jato resultou em perda de empregos e investimentos no país.

Lula não conseguiu redirecionar o debate para os escândalos envolvendo o governo Bolsonaro e a família dele.

Apesar do revés, a equipe petista considerou que Lula se saiu melhor no geral, inclusive em relação ao posicionamento em frente às câmeras.

Outro ponto destacado é que Lula —dizem— buscou tocar em temas voltados para eleitores indecisos ou aqueles que em 2 de outubro votaram em Simone Tebet (MDB) ou Ciro Gomes (PDT): negligência do governo na pandemia, economia, realização de grandes obras de infraestrutura e defesa das instituições.

Para o deputado federal José Guimarães (PT-CE), um dos coordenadores da campanha, “os temas introduzidos por Lula foram o centro do debate, como a pandemia, que não tinha sido tratada de forma aprofundada [no primeiro turno], e Bolsonaro se enrolou para falar sobre o orçamento secreto [mecanismo de distribuição de emendas para aliados políticos do governo]”.

Integrantes da campanha de Bolsonaro admitem que, quando o tema é pandemia, o chefe do Executivo ainda patina nas suas respostas e tem dificuldade em mostrar empatia. A avaliação, contudo, é que o tema corrupção é mais relevante para conquistar o voto de indecisos.

Além disso, enquanto no debate na Band do primeiro turno Bolsonaro foi agressivo com a jornalista Vera Magalhães e protagonizou episódio amplamente explorado por seus adversários, neste domingo ele não cometeu grosserias com a profissional —o que foi celebrado por aliados.

A equipe do chefe do Executivo levou como convidado para o debate o ex-ministro da Justiça e senador eleito pelo Paraná, Sergio Moro (União Brasil). O objetivo, segundo integrantes da campanha, foi justamente provocar e desestabilizar Lula.

Ex-juiz da Lava Jato, Moro condenou Lula. Ele deixou o governo em 2020 acusando Bolsonaro de interferência na Polícia Federal, mas, durante a campanha, se reaproximou do presidente.

Após o primeiro turno, Moro ligou para Bolsonaro e manifestou o seu apoio.

De dentro do estúdio, o ex-juiz utilizou as suas redes sociais para rebater o que o petista falou no palco. “Cara de pau. A corrupção do governo Lula é que quebrou as empresas e quase quebrou a Petrobras”, escreveu no Twitter.

Durante o último bloco do debate, Ciro Nogueira, ministro da Casa Civil de Bolsonaro, disse que a eleição “finalmente chegou ao momento que era inevitável: falar da corrupção do PT”.

“O leão que rugia…miou. Mudou de assunto. Falou até de carro, falou de tudo. Mudou de assunto. Mas a ferida aberta não vai curar jamais”, afirmou o ex-aliado do governo petista, atualmente um dos coordenadores da campanha de Bolsonaro.

Bolsonaro também levou para o estúdio o seu filho vereador Carlos Bolsonaro e o ex-secretário de Comunicação da Presidência e coordenador de comunicação da campanha, Fábio Wajngarten. Estavam ainda Ciro Nogueira e Fábio Faria.

Para a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), o presidente Bolsonaro não apresentou um projeto para o país. “Como ele não tem o que apresentar, programas de governo, ele faz ataque, mente”.

A estratégia petista é responder com um discurso de que Lula tem um plano para tirar as pessoas da miséria e fazer a economia crescer.

O deputado eleito Guilherme Boulos (PSOL), um dos coordenadores da campanha de Lula em São Paulo, afirmou que o petista conseguiu trazer ao centro do debate “a agenda do Brasil”.

“Ele fez um debate de forma tranquila e franca. Sobretudo no primeiro bloco conseguiu trazer a pauta que quem estava assistindo queria ouvir: sobre Brasil, comparando os dois governos”, disse.

“Bolsonaro foge a todo momento desse debate de realizações, porque ele sabe que não tem nada a dizer.”

A ex-ministra Marina Silva (Rede) disse que o debate é “difícil” porque Lula está lidando “com um adversário que não se pauta pela realidade”. “É pelo delírio negacionista da cabeça dele”, afirmou.

Ela criticou o momento em que Bolsonaro disse que o governo dele tem menos desmatamento em relação à gestão do petista. “Ele dizer que no governo dele tem menos desmatamento é porque ele está tergiversando com a realidade. Lula pegou o desmatamento num patamar altamente elevado e empurra para baixo. O Bolsonaro pega num patamar baixo e empurra para cima.”

Segundo ela, um momento “bem alto” de Lula no debate foi quando o petista perguntou sobre universidades e escolas criadas no governo Bolsonaro. “E [Bolsonaro] não fez. Diz que quer proteger as crianças e os jovens e não tem compromisso com o futuro da juventude”, afirmou.

Apesar de ter pautado a discussão político-eleitoral deste final de semana, a declaração do presidente sobre “pintou um clima” com meninas venezuelanas entrou apenas lateralmente no debate.

O presidente leu trechos da decisão do presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, que determinou a retirada do ar de vídeos editados e tirados de contexto do chefe do Executivo.

Marianna Holanda , Thiago Resende , Catia Seabra e Victoria Azevedo/Folhapress

Agência Brasil explica o que é hidrogênio verde

Considerado “o combustível do futuro”, o “hidrogênio verde” pode ter, no Brasil, um de seus grandes players (referência em determinado segmento). Ainda não dá para estimar o quanto esta commodity poderá agregar à economia do país. Segundo especialistas consultados pela Agência Brasil, já são dadas como certas as boas condições do Brasil para a produção dessa fonte energética que, cada vez mais, desperta o interesse de outros países.

O interesse por este combustível – que tem como principal característica um processo produtivo não danoso ao meio ambiente – aumentou por causa do risco de segurança energética pelo qual passa o continente europeu no atual cenário de guerra, uma vez que boa parte de seus países depende do gás exportado pela Rússia.

Para ter o selo “verde”, é fundamental que o hidrogênio seja produzido e transportado sem o uso de combustíveis fósseis ou de outros processos prejudiciais ao meio ambiente. Sua produção requer o uso de muita energia, em especial para retirar, por hidrólise, o hidrogênio que é encontrado na água.

Fontes renováveis

A denominação hidrogênio verde ocorre quando a eletricidade usada na eletrólise da água vem de fontes de energia renováveis como eólica, fotovoltaica e hidrelétrica, explica o diretor de Tecnologia em Hidrogênio da Associação Brasileira de Energia de Resíduos e Hidrogênios, Ricardo José Ferracin – que é também professor adjunto da Universidade Oeste do Paraná, além de ter sido um dos responsáveis pela implantação do Núcleo de Pesquisa em Hidrogênio da Usina de Itaipu.

De acordo com o superintendente executivo da Associação Brasileira do Hidrogênio (ABH2), Gabriel Lassery, o hidrogênio verde (ou renovável) pode também ser obtido por hidroeletricidade e biomassa de rejeito.

“Dada a potência agrícola que é o país, há muita disponibilidade de biomassa de rejeito para produção de hidrogênio. O Brasil também tem locais onde é possível encontrar hidrogênio natural esperando para ser extraído”, afirma.

Mercado

Lassery lembra que o gás já é amplamente utilizado para fins industriais no Brasil, principalmente no refino do petróleo e na produção de fertilizantes.

“A expansão dessa economia desenvolverá outras possibilidades no mercado interno. Alguns exemplos são na mobilidade, para geração de energia embarcada em veículos eletrificados; na siderurgia, para redução de emissões na produção do aço; e na produção de energia, para atenuar as intermitências na área das energias renováveis”, diz à Agência Brasil.

No cenário internacional, acrescenta, o mercado do hidrogênio tem se estruturado “a passos largos”. “Países com menor disponibilidade de energia renovável visam importar hidrogênio renovável e de baixo carbono de países produtores, para descarbonizar suas matrizes. Novas iniciativas para estruturar esses negócios são frequentemente discutidas”.

Segundo Ricardo Ferracin, a capacidade de geração instalada no país está em torno de 180 GW apenas com os projetos em análise, mas essa capacidade pode ser duplicada, podendo dar ao Brasil protagonismo no setor.

“Obviamente existem gargalos tecnológicos e de investimentos que devem ser analisados criteriosamente, mas as expectativas positivas são grandes”, afirma ao citar, como exemplo de gargalo, o fato de o país não fabricar eletrolisadores e células a combustível. “A cadeia produtiva para os equipamentos necessita ser desenvolvida e há necessidade de formação de recursos humanos, principalmente técnicos”.

Lassery diz ainda que, atualmente, a maior parte do hidrogênio produzido no Brasil é feito de forma cativa (no próprio local onde vai ser consumido) e que suas fontes energéticas, em geral, não são renováveis.

“Porém, o Brasil tem imenso potencial para produção de hidrogênio renovável. Em diversas partes do território, seu potencial para produção de energia solar e eólica está entre os maiores do mundo e, frequentemente, são anunciados novos projetos e memorandos de entendimento para produção de energia eólica e solar, tanto offshore [eólicas instaladas no mar] quanto onshore [no continente] com o objetivo de produção de hidrogênio”, acrescenta.

Transporte

Os especialistas explicam que, para garantir o selo verde do hidrogênio, é também fundamental que ele não seja transportado em veículos que usem combustíveis fósseis. De acordo com Lassery, todas as etapas do processo de produção e transporte do hidrogênio precisam utilizar exclusivamente energias renováveis.

“Como o hidrogênio já é produzido e transportado atualmente, as formas de manejá-lo com segurança são conhecidas. Contudo, novas normas, códigos e padrões são criados e revisados, à medida que a tecnologia se desenvolve”, afirma.

De acordo com Ferracin, o hidrogênio verde pode ser transportado sob altas pressões, dentro de cilindros, e líquido, sob altas pressões e baixas temperaturas. Pode também ser transportado em “hidretos metálicos”. Nesse caso, ele é misturado a outros metais, podendo então ser transportado na forma sólida, o que garante maior segurança.

“A forma mais comumente usada é sob altas pressões, mas há evolução tecnológica principalmente na forma de hidretos metálicos. Nessa forma de armazenamento, o hidrogênio não explode. Também não é necessário um compressor, que tem preço alto”.

Ele diz que outras formas de armazenamento e transporte possíveis ocorrem por meio da produção de amônia, que pode inclusive ser usada como combustível, tanto para o navio de transporte quanto para outros motores. Essa substância pode, posteriormente e por meio de reações químicas, ser convertida em hidrogênio.

Meio ambiente

Em um mundo onde clima e meio ambiente têm sofrido cada vez mais os efeitos negativos do uso de combustíveis fósseis, o hidrogênio verde aparece como solução que carrega a possibilidade de agregar benefícios, tanto do ponto de vista econômico quanto ambiental.

Para Lassery, esse combustível tem “potencial para descarbonizar diversas atividades que, atualmente, são grandes responsáveis pelas emissões de carbono”, como é o caso do segmento dos transportes e da produção de energia.

Pode também descarbonizar “setores de difícil abatimento”, como o transporte pesado por longas distância e as indústrias siderúrgica, cimentícia e mineradora.

Economicamente, acrescenta, a cadeia de valor do hidrogênio é de grande importância estratégica.

“Além do aumento da segurança energética e da diminuição da necessidade de insumos importados, o fomento do hidrogênio também traz desenvolvimentos científico e tecnológico nacionais, impulsiona a criação de novos empregos, qualifica mão de obra e insere o país nesse novo mercado internacional, servindo como fator de reindustrialização”, diz.

Edição: Graça Adjuto
Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil - Brasília

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