Ipiaú: Polícia Militar prende homem suspeito da tentativa de homicídio ocorrida na noite do dia 18/10

Após tentativa de homicídio ocorrida na noite de ontem, terça-feira (18/10/22), guarnições da 55ª CIPM passaram a diligenciar na captura do autor, conforme testemunhas, e na tarde desta quarta-feira (19/10/22), com novas informações, policiais militares deslocaram para averiguar uma denúncia de que o suspeito estaria na Rua Amacio Félix.

As 17h15min, as guarnições foram ao endereço, mas foram informadas de que o suspeito teria se mudado na mesma noite dos disparos para o Japomerim, Município de Itagibá. Porém, de lá mudou-se novamente para outra residência, desta vez, na Avenida Benedito Lessa, onde foi localizado pelos policiais militares e conduzido para a Delegacia de Ipiaú para os procedimentos de polícia judiciária.

Com o suspeito, foi encontrado um blusão escuro utilizado no momento do crime, que também foi reconhecido pela vítima como sendo o traje usado pelo criminoso.

Autor/suspeito: L. A. de C. (Masculino), DN: 22/06/83, Rua Benedito Lessa, Centro de Ipiaú/BA

Material apreendido: 01 Samsung A72; 01 óculos de sol, 02 isqueiros, 01 relógio pollyane, R$ 22,50 reais, 02 cartões,02 chaves, 01 casaco azul (utilizado na hora do crime)

Informações: Ascom/55ª CIPM /PMBA, uma Força a a serviço do cidadão.

Ibirataia: Homem é preso por policiais militares por agredir companheira (Lei Maria da Penha)

Por volta da 08h15min desta quarta-feira (19/10/22), a guarnição da 55ª CIPM/Ibirataia foi solicitada por um jovem que informou que uma mulher estaria sofrendo agressão e ameças de seu companheiro, na Rua Clementino das Virgens, Centro, em Ibirataia.

Ao chegar no local, foi mantido contato com a vítima (adolescente de quatorze anos que convive com o agressor a um ano e um mês), que informou que no dia anterior havia se desentendido com seu companheiro, sendo agredida com tapas no rosto e puxão de cabelo.

Na dia de hoje, quando a vítima estava conversando com a testemunha, seu companheiro teria lhe agredido novamente, causando-lhe escoriações no pescoço, rosto (nariz) e no braço esquerdo.

Diante dessa situação a guarnição conduziu os envolvidos até a delegacia de Ibirataia para os procedimentos de polícia judiciária.

OBS: o autor já responde pelo time de pedofilia, praticada contra a vítima. (prisão ocorrido no passado)

Autor: A. J. S. (Masculino); Data de Nasc: 30/03/1983; Vítima: E. da S. S. (Adolescente);Data de Nasc: 22/04/2008; Testemunha: E. S. dos S. (Masculino), Data de Nasc:19/08/1999

Informações: Ascom/55ª CIPM /PMBA, uma Força a serviço do cidadão!

Michelle Bolsonaro posta foto com Padre Kelmon e faz enquete com ‘nomes errados’ ditos por Soraya


A primeira-dama Michelle Bolsonaro compartilhou nesta quarta-feira (19) uma foto com o candidato derrotado à Presidência Padre Kelmon (PTB) e ironizou o episódio em que a também então candidata Soraya Thronicke (União Brasil) errou o nome dele.

Em debate da TV Globo, ao ser questionada para quem dirigiria a próxima pergunta, Thronicke disse: “[Perguntarei] ao Padre Kelson. Kelvin? Candidato Padre. Gostaria de perguntar para o senhor para quantas pessoas durante a pandemia o senhor deu a extrema-unção”.

Michelle postou uma selfie com Padre Kelmon nos stories do Instagram e fez uma enquete para que seus seguidores adivinhassem o seu favorito —”Padre Kelson”, Padre Kelmon”, “Kelvin” ou “candidato Padre”.

Depois de ter sua credibilidade contestada por candidatos à Presidência no debate da Globo, Padre Kelmon virou piada nas redes sociais. Ele ainda foi chamado de “padre de festa junina” por Soraya Thronicke e foi acusado pelo ex-presidente Lula (PT) de estar fantasiado de sacerdote.

Padre Kelmon entrou na corrida pelo Palácio do Planalto após o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) negar por unanimidade, em 1º de setembro, o registro de candidatura de Roberto Jefferson (PTB). O candidato derrotado é aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Padre Kelmon esteve e Brasília nesta semana. Ele esteve na sede da Funai (Fundação Nacional do Índio) na segunda-feira (17) e puxou uma reza durante uma reunião com o presidente do órgão, Marcelo Xavier, e outros coordenadores.

Entre 2020 e 2021, o religioso recebeu 15 parcelas do auxílio emergencial, totalizando R$ 5.100, segundo o portal da transparência. Hoje, em seu canal no Instagram, Kelmon pede doações para sua igreja informando chaves de Pix como o seu email ou CPF. As contas bancárias pertencem ao padre.

O novo presidenciável é pároco de uma igreja autônoma peruana envolta em polêmica mesmo em seu país natal. Segundo a assessoria do candidato, Kelmon foi ordenado padre em agosto de 2015.

O candidato pertence à Igreja Católica Apostólica Ortodoxa do Peru, sem nenhuma ligação com qualquer outra denominação Ortodoxa, o que gerou, inclusive, manifestação da Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia no Brasil ressaltando este ponto.

Segundo a igreja peruana, Kelmon é pároco interino na Missão Paroquial Ortodoxa Malankar de São Lázaro, em Ilha de Maré (BA). A estrutura do templo atualmente limita-se a um barracão de madeira.

O presidenciável, porém, diz que para ministrar a palavra de Deus basta contar com “altar, um telhado e um padre”. Além da Bahia, segundo a assessoria, a igreja do Peru possui paróquias em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.

Mônica Bergamo/Folhapress

Defesa leva documento ao TSE, mas só entregará relatório sobre urnas depois do 2º turno

O Ministério da Defesa afirmou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nesta quarta-feira (19) que só entregará o relatório da fiscalização do processo eleitoral após o fim do segundo turno.

A afirmação foi dada em resposta à decisão do presidente do TSE, Alexandre de Moraes, que determinou o envio dos documentos à corte.

“Ao término do processo será elaborado um relatório contemplando toda a extensão da atuação das Forças Armadas como entidades fiscalizadoras, com os documentos atinentes às atividades em comento. Tal relatório será encaminhado ao TSE em até 30 dias após o encerramento da etapa 8 do Plano de Trabalho”, disse a Defesa.

“Assim sendo, convém esclarecer que, devido à atual inexistência de relatório, não procede a informação de que ocorreu entrega do suposto documento a qualquer candidato”, acrescentou.

Segundo a previsão das Forças Armadas, o relatório só deverá ser entregue em meados de janeiro ou no início de fevereiro.

No documento, a Defesa ainda nega que tenha enviado um relatório com as conclusões da fiscalização do primeiro turno das eleições ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Assim sendo, convém esclarecer que, devido à atual inexistência de relatório, não procede a informação de que ocorreu entrega do suposto documento a qualquer candidato”, acrescentou.

A resposta é assinada pelo coronel Wagner Oliveira da Silva, subchefe da equipe de fiscalização das Forças Armadas, e pelo contra-almirante Paulo Roberto Saraiva, subchefe de Comando e Controle.

Eles afirmam que, como entidade fiscalizadora, as Forças Armadas têm atuado segundo os mecanismos previstos pelo TSE.

Segundo as resoluções do tribunal, nenhuma entidade fiscalizadora é obrigada a apresentar um relatório com as conclusões do acompanhamento das eleições. As Forças Armadas, no entanto, se comprometeram a enviar os documentos devido às requisições feitas pelo TSE e TCU (Tribunal de Contas da União).

Na resposta, o Ministério da Defesa ainda afirma que todos os custos com a fiscalização do pleito têm sido pagos com recursos da própria pasta.

“No que concerne às informações acerca da fonte do recurso empregado, informo que as atividades executadas acarretaram, até o momento, despesas exclusivamente para pagamento de diárias e passagens, custeadas com os recursos do Ministério da Defesa.”

Alexandre de Moraes afirmou, na decisão em que solicitou os documentos do Ministério da Defesa, que a atuação dos militares, em possível alinhamento a Bolsonaro, poderia caracterizar desvio de finalidade e abuso de poder.

“As notícias de realização de auditoria das urnas pelas Forças Armadas, mediante entrega de relatório ao candidato à reeleição, parecem demonstrar a intenção de satisfazer a vontade eleitoral manifestada pelo chefe do Executivo, podendo caracterizar, em tese, desvio de finalidade e abuso de poder”, disse.

Na mesma linha, o TCU requisita informações do Ministério da Defesa para acompanhar o trabalho de fiscalização e os gastos dos militares no acompanhamento do pleito.

Mais cedo, Bolsonaro evitou falar sobre a fiscalização das Forças Armadas no primeiro turno das eleições. Questionado por jornalistas sobre o relatório, ele desconversou. “Olha, as Forças Armadas não fazem auditoria. Lançaram equivocadamente. A Comissão de Transparência Eleitoral não tem essa atribuição. Furada, fake news”, disse.

O presidente ainda foi perguntado se havia visto o relatório da fiscalização do primeiro turno. “Você está colocando [palavra] na minha boca agora? Não coloca na minha boca, não. Quem fala é o Paulo Sérgio, [ministro] da Defesa”, disse o presidente, negando haver falado sobre relatório das Forças Armadas.

A declaração do presidente difere da que ele havia dado na noite de 2 de outubro, após o fim da votação.

“Vou aguardar o parecer aqui das Forças Armadas que ficaram presentes hoje lá na sala cofre. Repito, elas foram convidadas a participar, integrar uma comissão de transparência eleitoral. Então isso aí fica a cargo do ministro da Defesa”, disse Bolsonaro na ocasião.

Os militares não encontraram nenhum problema que pudesse prejudicar o resultado do primeiro turno das eleições.

Na fiscalização do dia da eleição, em 2 de outubro, eles identificaram somente pequenas falhas, especialmente no teste de integridade. Os problemas, conforme os relatos, foram mínimos e poderiam ensejar somente recomendações de aperfeiçoamento ao TSE.

Segundo os relatos de militares que acompanharam o processo, houve casos de urnas desbloqueadas após o representante da Justiça Federal colocar três vezes o dedo no leitor de biometria —e o correto seria liberar após quatro contatos.

No projeto-piloto do teste de integridade com biometria, os militares avaliaram que foram poucos os eleitores convidados para participar do processo, colocando suas digitais na urna para simular a votação.

Neste caso, no entanto, há um entendimento do TSE e das Forças Armadas que o projeto-piloto foi feito em dada próxima à eleição e poderia não ter ocorrido da forma ideal.

Na totalização, houve também o diagnóstico de que o TSE demorou mais que o esperado para disponibilizar os boletins de urna na internet, o que teria atrasado a análise dos dados no dia da eleição.

Cézar Feitoza/Folhapress

Bahia registra 287 casos de Covid-19 e mais seis óbitos nas últimas 24 horas

Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 287 casos de Covid-19 e seis mortes. De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), de 1.701.630 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.670.290 são considerados recuperados, 584 encontram-se ativos e 30.756 pessoas foram a óbito.

Segundo a Sesab, o boletim epidemiológico desta quarta-feira (19) contabiliza ainda 2.043.821 casos descartados e 358.933 em investigação. Na Bahia, conforme a secretaria, 68.689 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Vacinação

A Sesab ainda informa que a Bahia contabiliza 11.694.383 pessoas vacinadas contra a Covid-19 com a primeira dose, 10.843.723 com a segunda ou dose única, 7.420.406 com a de reforço e 2.403.823 com o segundo reforço. Do público de 5 a 11 anos, 1.053.676 crianças foram imunizadas com a primeira dose e 694.023 tomaram também a segunda. Do grupo de 3 e 4 anos, 56.555 receberam a primeira e 14.869 a segunda dose.

Mulheres Multiplicadoras: Evangélicas realizam “Ação Brasil” em Salvador para enfatizar apoio a Bolsonaro

Com as presenças confirmadas de figuras importantes do meio evangélico, como as pastoras Ezenete Rodrigues e Dirce Carvalho, será realizado nesta quinta-feira (20), às 19h, no Centro de Cultura Cristã da Bahia (CECBA), localizado no bairro do Costa Azul, o Ação Brasil – Mulheres Multiplicadoras.

O evento, que é gratuito e que terá a participação de políticas como a deputada estadual Talita Oliveira (Republicanos), a ex-candidata ao Senado Federal, Doutora Raissa Soares (PL), e a ex-vereadora Lorena Brandão (PL), tem como um dos objetivos incentivar o público feminino a participar da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) neste segundo turno.

“Se uma mulher sábia edifica o lar, mulheres sábias edificam uma nação inteira. Estamos a menos de duas semanas da eleição mais importante das nossas vidas e é hora de nos unirmos e darmos as nossas mãos em prol de um bem maior”, disse a deputada bolsonarista nas redes sociais ao convidar os seus seguidores para a realização.

Lorena, que é bispa da Igreja Batista Caminho das Árvores (IBCA), afirmou que este momento em que se aproxima o dia do segundo turno, marcado para 30 de outubro, é “uma guerra. “Vamos usar nossas armas espirituais nessa guerra que estamos vivendo”, afirmou.

Propaganda eleitoral de Bolsonaro é interrompida com aviso de infração

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) suspendeu um trecho da propaganda do presidente Jair Bolsonaro (PL) exibida na televisão nesta quarta-feira (19) por infringir regras eleitorais. A peça atacava o adversário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), associando-o à corrupção no momento em que foi interrompida de forma abrupta.

A apresentadora do programa, Carla Cecato, lembrou que Lula foi condenado por três instâncias, preso por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ao dizer que o ex-presidente não foi absolvido ou inocentado, um aviso do TSE surgiu na peça com um QR Code que direciona os eleitores para o canal do tribunal no WhatsApp.

Abaixo, uma tarja justificava a presença do aviso veiculado pela corte eleitoral, informando que a interrupção aconteceu para “substituir programa suspenso por infração eleitoral”. O corte no programa durou oito segundos.

Depois, a tela de tira-dúvidas foi removida, e o programa retornou com uma declaração feita pelo ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello, dizendo que o processo de Lula retornou à fase inicial.

Lula teve a prisão decretada pelo então juiz Sergio Moro em abril de 2018. Ele ficou 580 dias preso e foi solto em novembro de 2019, um dia depois de o Supremo Tribunal Federal decidir que a execução da pena só deveria acontecer com o trânsito em julgado da sentença.

Em março de 2021, o ex-presidente recuperou os direitos políticos diante da decisão do ministro do STF Edson Fachin de anular suas condenações na Lava Jato, ao considerar a Justiça Federal do Paraná incompetente para julgá-lo.

Na propaganda desta quarta, a campanha de Bolsonaro ainda resgatou falas do candidato à vice Geraldo Alckmin (PSB), dos ex-presidenciáveis de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB), do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso com críticas a Lula e afirmou que todos são “farinha do mesmo saco”. Eles declaram apoio ao petista no segundo turno.

As campanhas de Lula e do atual presidente têm como estratégia levar acusações e ataques que viralizaram nas redes sociais para a propaganda eleitoral na televisão, inaugurando uma etapa de confronto no segundo turno.

Até 14 de outubro, o TSE atendeu a campanha de Bolsonaro seis vezes em ações sobre fake news, enquanto a coligação de Lula obteve decisões favoráveis em ao menos 37 casos do mesmo tipo no tribunal.

Sobre o assunto, o presidente da corte eleitoral, Alexandre de Moraes, recebeu representantes das principais plataformas de redes sociais, e disse que a atuação das plataformas foi razoavelmente boa no primeiro turno, mas que a situação da desinformação está um desastre para a segunda rodada.

Renan Marra/Matheus Tupina/Folhapress

Comentarista da Jovem Pan fica fora do ar e acusa TSE de ‘pressionar’ emissora

A comentarista cubana Zoe Martínez, da Jovem Pan, usou suas redes sociais para explicar o porquê de estar fora do ar. Ela, que já declarou publicamente apoio ao candidato Jair Bolsonaro (PL) nas eleições, afirmou que a decisão foi tomada em prol de sua preservação e também da emissora.

“Infelizmente, vivemos tempos em que a liberdade de expressão está ameaçada. Explanar o óbvio pode trazer problemas”, começou. “As recentes decisões e sanções do TSE [Tribunal Superior Eleitoral] pressionam tanto a emissora, pela qual sigo mantendo grande respeito e consideração, quanto a seus colaboradores.”

Martínez diz que a Jovem Pan sempre preza por um debate igualitário e isonomia de seus comentaristas. “Continuarei com as minhas postagens aqui e com os vídeos no meu canal do YouTube. Permaneço firme nas minhas posições e ideais, defendendo aquilo em que acredito. Sei de onde vim e para onde não quero que o Brasil vá”, concluiu.

Nos comentários da publicação, alguns famosos demonstraram apoio à comentarista. “Misericórdia, que tempos difíceis, meu Deus. Fica firme, depois do dia 30 estaremos todos de volta e com liberdade de ir vir”, disse Antonia Fontenelle, 37. “Estamos com você”, escreveu a modelo Carol Dias, 27.

Procurada pelo F5, a Jovem Pan não falou sobre o acontecido até a publicação deste texto. As últimas decisões do TSE que envolvem a emissora não citam a comentarista. Nesta terça-feira (18), ministros concederam mais três direitos de resposta ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que devem ser veiculados em canais da Jovem Pan.

Além disso, outras decisões do TSE (publicadas em agosto e setembro) ainda determinaram a remoção de conteúdos divulgados por veículos de comunicação sob a justificativa de serem inverídicos abriram debate sobre liberdade de expressão e o conceito de fake news.

Folhapress

Bolsonaro: composição do Congresso beneficiará aprovação de medidas

O candidato a presidente pelo PL, Jair Bolsonaro, disse hoje (18) que a nova composição do Congresso Nacional, a partir do ano que vem, beneficiará a aprovação de medidas de interesse de seu governo, caso seja reeleito. Segundo ele, deputados e senadores eleitos são mais alinhados a pautas da centro-direita, que, em geral, apoiam a democracia liberal e a economia de mercado, por exemplo.

“Temos um novo Parlamento, muito mais para a centro-direta. O terreiro está asfaltado, está tudo pronto nesse casamento do Executivo com o Legislativo, para aprovarmos coisas de interesse da nossa pátria”, disse.

Bolsonaro esteve, na manhã desta terça-feira, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro, em evento com o governador do estado, Cláudio Castro, e lideranças da região que apoiam sua candidatura. “O que nós queremos e faremos juntos é, cada vez mais, ter um povo livre e independente, um Brasil cada vez melhor na sua economia”, acrescentou.

À tarde, o candidato cumpriu agenda em Minas Gerais. Na cidade de Juiz de Fora, na saída do aeroporto da cidade, ele falou rapidamente com os jornalistas.

“Alguns acreditam que o governo vai lhes dar boa vida e nós sabemos que não é bem assim. Basta compararmos com a Argentina. Somos um governo que na questão do emprego está sendo um exemplo para o mundo, na economia, o PIB lá pra cima e o desemprego lá pra baixo. O maior projeto social da história do Brasil, o Auxílio Brasil de R$ 600, o preço dos combustíveis, aqui está lá embaixo. O Brasil está dando certo, está pavimentado para nós fazermos cada vez mais o país crescer e a população ter dias melhores”, disse o candidato.

Depois, o candidato participou de um comício na região central da cidade. Além de lideranças políticas regionais, incluindo o governador reeleito, Romeu Zema (Novo), Bolsonaro estava acompanhado de diversas crianças. “O futuro é nosso. O Brasil continua sendo um país próspero e livre, graças à vontade e ao império de seu povo. A todos vocês, votemos por nós, mas, mais ainda, por estes pequeninos, que estão aqui ao meu lado. O futuro deles passa pelas mãos de vocês”, discursou o candidato à reeleição, encerrando o comício ao som do Hino Nacional.

Após o comício em Juiz de Fora, Bolsonaro viajou à cidade de Montes Claros, onde também participou de um comício no início da noite: “A todos vocês, repito, eu também sou mineiro, uai. Muito obrigado por este momento, por esta oportunidade”. O comício foi encerrado com a oração do Pai Nosso.

Agência Brasil

Jerônimo atrai apoio até de bolsonaristas, que criam voto ‘JeroNaro’ na Bahia

O revés do candidato a governador ACM Neto (União Brasil), que começou a campanha na liderança, mas foi superado em votos por seu adversário, fez com que parte de seus aliados iniciasse uma debandada em direção ao candidato governista Jerônimo Rodrigues (PT).

Empurrado pela força de Lula e da máquina governista, Jerônimo teve 49,45% dos votos válidos no primeiro turno contra 40,8% de ACM Neto e 9,08% do bolsonarista João Roma (PL), resultado que fez com que os ventos mudassem de lado no meio político neste no segundo turno.

Prefeitos, deputados, vereadores e líderes políticos que haviam apoiado ao ex-prefeito de Salvador no primeiro turno, agora aderiram ao petista em alianças pouco ortodoxas que incluem até um movimento “JeroNaro”, com voto casado em Jerônimo e no presidente Jair Bolsonaro (PL).

O movimento partiu de setores mais conservadores que não tiveram sucesso nas urnas. O primeiro a mudar de lado foi o vereador e deputado federal em exercício Joceval Rodrigues (Cidadania). Ligado à Igreja Católica, ele foi líder da maioria na Câmara Municipal de Salvador na gestão ACM Neto.

Também aderiu a Jerônimo uma parcela do PSC, legenda ligada à Assembleia de Deus. Derrotado nas urnas, o presidente estadual do partido, Heber Santana, rompeu com ACM Neto, de quem foi secretário municipal, e se engajou na campanha do petista.

O apoio a Jerônimo, contudo, não se estende a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial, diz Eliel Santana, vice-presidente nacional do PSC.

“Nacionalmente, continuamos com Bolsonaro. Mudamos de posição aqui na Bahia por insatisfação com o tratamento que foi dado ao nosso partido. Fomos convidados por Jerônimo e vamos fazer a interlocução dele com o segmento evangélico”, afirma Eliel Santana, pai de Heber.

Ele admite que houve críticas à decisão por parte dos filiados e da militância do partido. Mas diz acreditar que as resistências podem ser contornadas: “O eleitor vota com sua consciência. Não queremos induzir ninguém.”

Com a força da máquina governista, Jerônimo conseguiu trazer para o seu lado mais de uma dúzia de prefeitos de diferentes partidos que no primeiro turno estavam com ACM Neto. O movimento foi apelidado de maneira jocosa de “portabilidade” de prefeitos.

Entre aliados de ACM Neto, a estratégia é vista como pouco efetiva. Eles alegam que dificilmente os eleitores vão mudar a escolha do primeiro para o segundo turno tão somente por orientação de um prefeito ou líder político.

Enquanto intensifica as articulações políticas com o apoio do governador Rui Costa (PT), Jerônimo começa o segundo turno jogando parado: evita polêmicas e já negou o convite para participar de debates em duas emissoras de televisão.

No caso da TV Band, disse que houve problema de agenda. Na TV Aratu, alegou “aparente parcialidade” da emissora, uma vez que esta pertence à família de Ana Coelho (Republicanos), candidata a vice-governadora na chapa adversária.

A Folha apurou, contudo, que a decisão de não participar dos debates faz parte de uma estratégia de não expor o candidato. E justificam a decisão alegando que o adversário fez o mesmo no primeiro turno: ACM Neto faltou a 2 dos 3 debates televisivos que aconteceram no primeiro turno.

O petista também aposta na vinculação com Lula, que desembarcou em Salvador nesta quarta-feira (12) para participar de um ato de campanha de seu aliado. Juntos, fizeram uma caminhada com trio elétrico e ares entre o bairro de Ondina e o Farol da Barra.

Segundo os organizadores, cerca de 100 mil pessoas participaram do ato, quando Lula foi mais incisivo no pedido de votos ao aliado: “Eu preciso que vocês elejam o Jerônimo governador da Bahia”

O ex-prefeito de Salvador ACM Neto, por sua vez, tem adotado um discurso mais racional, que procura colocar água na fervura da polarização nacional. Para convencer o eleitor, aposta em uma comparação de propostas, currículo e de trabalho realizado.

“Essa é a minha grande diferença para o candidato do PT aqui na Bahia: ele foi testado e reprovado. Eu fui testado e considerado o melhor prefeito de todo o Brasil”, afirma.

Nos atos de campanha, tem priorizado cidades de grande e médio porte, além dos municípios da região metropolitana de Salvador, onde teve mais votos que Jerônimo, mas não o suficiente para neutralizar os resultados das pequenas cidades do interior.

Neste segundo turno, manteve a posição de neutralidade em relação à eleição presidencial que já havia adotado no primeiro. Mas passou a fazer acenos mais claros aos bolsonaristas que votaram em João Roma. Aposta no antipetismo para conquistar esses votos, mesmo diante de uma relação turbulenta com o ex-ministro de Bolsonaro.

Amigos e aliados por mais de duas décadas, ACM Neto e Roma estão rompidos desde fevereiro de 2021 e trocaram duros ataques na campanha. Ainda assim, Roma anunciou apoio a ACM Neto no segundo turno, mas se manteve distante da campanha do ex-aliado.

Ao mesmo tempo, aliados próximos a ACM Neto que estavam neutros no primeiro turno aderiram a Bolsonaro, incluindo o vice-governador da Bahia e deputado federal eleito João Leão (PP).

Ao romper com o governador Rui Costa em março deste ano, Leão reafirmou seu apoio a Lula, mas meses depois passou a defender uma condição de neutralidade para atrair votos dos dois lados. Agora, já eleito deputado federal, subiu no barco bolsonarista e afirmou que “chega de PT”.

Outros aliados do ex-prefeito como os deputados federais reeleitos Arthur Maia e Elmar Nascimento, ambos da União Brasil, também desceram do muro e apoiam o presidente no segundo turno.

Houve ainda movimentos em direção a Lula: o principal foi do deputado federal eleito Leo Prates (PDT), considerado braço-direito de ACM Neto, que seguiu a orientação de seu partido e agora apoia o petista na eleição presidencial.

Entre apoiadores e líderes políticos locais, é comum a adoção de adesivo com os emblemas “LulaNeto” e “BolsoNeto”. Assim como no primeiro turno, o ex-prefeito de Salvador segue com o discurso de que está preparado para governar com qualquer presidente que for eleito.

Os adversários criticam a estratégia e apelidaram o ex-prefeito como o candidato do “tanto faz”. Diz Jerônimo: “Se ele quiser continuar assim, a conta é dele. Nós vamos querer debater qual o compromisso que nós temos do Lula em relação à nossa Bahia”.

João Pedro Pitombo/Folhapress

Lula prevê carta a evangélicos e compromisso com liberdade religiosa em encontro nesta quarta

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divulgará, nesta quarta-feira (19), uma carta ao eleitor evangélico, segmento resistente ao petista e que é uma das apostas da campanha de Jair Bolsonaro (PL). No documento, ele reafirmará compromisso com a liberdade religiosa.

O gesto, apontado como simbólico, acontecerá durante encontro com ao menos 140 líderes evangélicos, representando 35 denominações religiosas.

Ainda segundo organizadores, 20% dos participantes são da Assembleia de Deus. A iniciativa é uma resposta à disseminação de notícias falsas —como ameaça de fechamento de igrejas e instalação de banheiros unissex em escolas públicas.

Segundo aliados, Lula resistia à ideia, apostando no reconhecimento de que foi ele quem sancionou a lei que permite a livre criação de igrejas no país. Nos discursos, Lula também costuma lembrar que nunca uma igreja foi fechada durante os governos petistas.

Apesar da resistência de uma ala da coordenação, Lula foi convencido sobre a necessidade de divulgar uma mensagem ao segmento evangélico. Segundo aliados, o resultado do primeiro turno, com vantagem mais apertada sobre Bolsonaro do que a prevista, pesou para a decisão.

Na primeira semana do segundo turno, integrantes da coordenação da campanha procuraram o pastor Ariovaldo Ramos, fundador e coordenador da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, para quem está subestimada a participação dos evangélicos no eleitorado brasileiro.

Segundo Ariovaldo, coordenadores da campanha gostariam de saber se, na opinião dele, essa rejeição teria colaborado para frustrar a expectativa de vitória de Lula no primeiro turno. O pastor disse que sim e elencou pontos que, embora alimentados por notícias falsas, despertam inquietação no eleitor evangélico.

Entre os temas estão a legalização do aborto, fechamentos de templos e aparelhamento de escolas.
Desde a semana passada, Lula tem participado de agenda ao lado de representantes religiosos. Na segunda-feira, foram fiéis da Igreja Católica.

Nos últimos dois dias, foi organizado o encontro com os evangélicos, em um esforço conjunto com religiosos dos partidos que integram a frente de apoio a Lula.

Evangélica, a deputada Benedita da Silva (PT-RJ) afirma que o encontro foi organizado pela coordenação da campanha de Lula. Para ela, a carta só reafirma compromissos já assumidos pelo ex-presidente. “O evangélico sabe que Lula nunca fechou uma igreja. O evangélico sabe que o Estado é laico”, diz.

Nesta terça-feira (18), em entrevista ao podcast Flow, Lula reclamou da disseminação de mentiras por parte dos adversários, inclusive dentro de igrejas. “A questão que ele fala todo dia: ‘Ah, o Lula vai fazer banheiro unissex’. Já ouviu falar isso, né? Eu acho que você não acredita nisso. É absurdo. Os caras não têm respeito.”

Catia Seabra e Julia Chaib/Folhapress

Conselho regulamenta uso do FGTS futuro em financiamentos imobiliários

Trabalhadores com contas vinculadas ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) cuja renda familiar mensal não ultrapasse R$ 2,4 mil poderão usar os depósitos futuros – ou seja, os valores que seus empregadores ainda vão depositar em suas contas – para amortizar ou mesmo liquidar dívidas resultantes do financiamento imobiliário.

A possibilidade do trabalhador com carteira assinada somar os valores do FGTS a receber à sua renda familiar funciona como uma espécie de caução, elevando a capacidade de pagamento e, em tese, reduzindo a taxa de juros cobrada pela instituição financeira contratada.

Aprovada por unanimidade durante reunião que o Conselho Curador do FGTS realizou hoje (18), a medida regulamenta o parágrafo 27, do Artigo 20, da Lei nº 8.036, de 1990. Desde 2022, a legislação estabelece que os valores disponíveis em contas vinculadas podem ser movimentados a critério dos titulares das mesmas, mediante autorização manifesta no contrato de financiamento.

Conforme a lei já previa, a transferência do direito aos saques futuros “poderá ser objeto de alienação ou cessão fiduciária para pagamento de parte das prestações decorrentes de financiamento habitacional concedido no âmbito do [Sistema Financeiro da Habitação] SFH, [desde que] observadas as condições estabelecidas pelo Conselho Curador, mediante caucionamento dos depósitos a serem realizados na conta vinculada do trabalhador”.

A cessão e a alienação fiduciária são modalidades garantidoras de crédito. Com elas, quem assume uma dívida transfere ao credor seu direito a um bem móvel ou imóvel (no caso da alienação) ou a um crédito futuro (no caso da cessão fiduciária), pelo tempo que persistir a dívida.

Pela Lei nº 8.036, só não podem ser caucionados - ou seja, resgatados como garantia de pagamento da dívida - os valores relativos ao mês em que, eventualmente, ocorrer a rescisão do contrato de trabalho, bem como o do mês anterior caso este ainda não tenha sido depositado na conta.

Segundo o conselheiro Helder Melillo Lopes Cunha Silva, secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Regional e representante da pasta no Conselho Curador, a regulamentação dos dispositivos legais já existentes faz parte das medidas que o conselho vem implementando para “melhorar as condições de financiamento habitacional, principalmente à população de baixa renda”.

O uso dos depósitos futuros do FGTS foi autorizado em setembro deste ano, especificamente para a compra de casas do Programa Casa Verde e Amarela.

“A presente medida é extremamente impactante e se soma à facilitação de acesso ao crédito para as famílias”, disse Silva ao defender a regulamentação da movimentação das contas vinculadas ao FGTS para permitir a quitação de parte das prestações de financiamento habitacional mediante a caução de crédito, caso o beneficiário necessite complementar sua capacidade de pagamento.

“O agente financeiro deverá informar ao trabalhador sobre a capacidade de pagamento com e sem a caução e o valor a ser caucionado. Por exemplo: uma família que, com sua renda, consiga um financiamento de R$ 500, mas cujo imóvel desejado exija um financiamento cujas prestações seriam de R$ 600, vai poder usar o crédito futuro a que tem direito para fazer esta complementação e acessar a este imóvel que, sem esta medida, ela não conseguiria acessar”, explicou Silva, acrescentando que o teto de R$ 2,4 mil de renda familiar bruta poderá ser revisto em breve. “Estamos propondo esta limitação neste primeiro momento.”

A resolução aprovada também estabelece que, ao conceder o financiamento, o agente financeiro poderá exigir que o trabalhador use todo o saldo disponível em sua conta vinculada ao FGTS. Além disso, a instituição credora poderá solicitar a movimentação mensal dos valores bloqueados – sendo que, de qualquer forma, os créditos futuros caucionados permanecerão bloqueados até o abatimento do valor contratado.

“Os valores bloqueados ficarão indisponíveis para demais movimentações e o beneficiário não vai conseguir sacá-los”, alertou Silva.

Edição: Denise
Por Alex Rodrigues – Repórter da Agência Brasil - Brasília

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