Risério adverte que Margareth Menezes pode ser sabotada pelo próprio PT
O antropólogo baiano Antonio Risério utilizou suas redes sociais, na manhã deste sábado (10), para comentar a escolha de Margareth Menezes para o comando do Ministério da Cultura do governo Lula. Polêmico, ele disse não ver problema algum na indicação do nome da cantora baiana. “Confesso que estou me lixando para a definição do elenco ministerial do futuro presidente. Pelo visto, até aqui, teremos ministérios de mais e ideias de menos”.
No texto, o intelectual alerta Margareth sobre uma possível “sabotagem” que, segundo ele, “será movida pelo próprio PT”. “Sobre isso, ela bem que poderia conversa com a ex-ministra Ana de Hollanda. O PT sabotou como pôde a gestão dela – com Gilberto Carvalho, que sabia de tudo, fazendo vista grossa – e foi barra pesada, com canalhices e tudo o mais. Penso que Margareth faria bem em ouvir Ana sobre o assunto, se ela topar falar, claro”, escreveu.
Risério ainda deu três dicas para o sucesso da artista baiana à frente do Ministério da Cultura. “Primeiro, ter um leão-de-chácara jurídico-burocrático na chefia de seu gabinete (se o compositor Gilberto Gil não tivesse contado com o advogado Adolpho Schindler nesse posto, teria metido escandalosamente os pés pelos pés)”, revela.
“Segundo, ter um secretário executivo que, em vez de ficar posando de “ministro interino”, se enfronhe fundo no cotidiano administrativo do ministério, arrastando as secretarias para que elas funcionem com força total. Terceiro, escolher bons secretários para cada área. Tendo isso, uma equipe de três de absoluta confiança e absolutamente eficaz, e um elenco de bons secretários, Margareth pode fazer uma ótima gestão”, afirmou o antropólogo.
"SOBRE MARGARETH MENEZES NO MINC
1. Em princípio, não vejo problema algum na escolha. Confesso que estou me lixando para a definição do elenco ministerial do futuro presidente. Pelo visto até aqui, teremos ministérios de mais e ideias de menos. Mas dizem que o PT protesta contra escolha de Margareth. Entendo perfeitamente. O segundo escalão petista tem uma obsessão patológica por cargos e pompas. Me lembro de que, em 2003, no primeiro mandato de Lula, não conseguimos realizar...
Ver mais"Comandante da FAB sob Bolsonaro manifesta apoio a militares escolhidos por Lula
O tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Júnior, comandante da FAB (Força Aérea Brasileira) no governo Jair Bolsonaro (PL), publicou em suas redes sociais neste sábado (10) manifestações de apoio aos militares escolhidos pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva PT) para comandar as Forças Armadas a partir de 2023.
“Oficializadas as escolhas dos próximos comandantes das Forças Armadas, registro meu desejo de muitas felicidades e realizações em suas missões”, escreveu.
Baptista Júnior elogiou e desejou boa sorte ao seu sucessor no cargo da Aeronáutica, o tenente-brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno.
Ele afirmou ainda que Damasceno é “líder nato, profundo conhecedor de todos os assuntos e com uma visão gerencial apurada” e que sua “torcida e apoio serão permanentes”.
Lula priorizou os oficiais-generais mais antigos de Marinha, Exército e Aeronáutica para comandar as Forças no início de sua gestão.
No Exército, o comando ficará a cargo do general Julio Cesar de Arruda. Na Marinha, o almirante Marcos Sampaio Olsen.
Os nomes foram anunciados nesta sexta-feira (9) com a confirmação de que o ex-presidente do TCU (Tribunal de Contas da União) José Múcio Monteiro será o ministro da Defesa.
Além dos comandantes, Múcio e Lula definiram os nomes de quem vai ocupar os outros dois principais cargos da estrutura do Ministério da Defesa.
O almirante Renato de Aguiar Freire ficará com a chefia do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, cargo vinculado à estrutura do Ministério da Defesa. Ele substituirá o general Laerte de Souza Santos. A escolha segue o critério de rodízio entre as Forças no comando da área.
Para a Secretaria-Geral do Ministério da Defesa, Múcio escolheu Luiz Henrique Pochyly. Ele é especialista em compliance e controle e foi secretário-geral de administração do TCU enquanto o futuro ministro ocupava uma das cadeiras da corte de contas.
Na manhã deste sábado (10), o presidente Jair Bolsonaro participou de uma cerimônia de formatura de novos oficiais da Marinha, na Escola Naval, no Rio. Mais uma vez não fez discurso. Foi recebido, porém, aos gritos de “mito” por parte da plateia.
Desde o dia 26 de novembro essa é a quinta cerimônia militar que o presidente esteve presente e não se pronunciou. As outras ocorreram em Resende, interior do Rio; duas em Brasília; e em Pirassununga, interior de São Paulo.
Na sexta, Bolsonaro quebrou o silêncio com um discurso dúbio que atiçou seus apoiadores. Ele falou com simpatizantes na área externa do Palácio da Alvorada, após ficar recluso por mais de um mês, desde a derrota para Lula.
Bolsonaro disse na ocasião se responsabilizar pelos seus erros, afirmou que seus apoiadores é que decidirão seu futuro e exaltou sua ligação com as Forças Armadas, no dia em que Lula anunciou seus primeiros ministros, incluindo o futuro titular da Defesa e os futuros comandantes de Exército, Marinha e Aeronáutica.
Neste sábado, no evento da Marinha, estiveram presentes o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira; o chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno; e o deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ).
Pela primeira vez, a Escola Naval formou mulheres para os quadros da Armada e de Fuzileiros. Isabela Ferreira, Iana Duarte, Larissa Campos, Débora Correa e Maria Santos poderão ser as primeiras a comandarem um navio, por exemplo. Já Helena Monteiro é a primeira fuzileiro da escola.
No total, 182 alunos se formaram, entre eles sete estrangeiro das marinhas da Bolívia, Cabo Verde, Camarões, Panamá e Senegal.
Folhapress
Maria entrega decoração natalina da Praça Rui Barbosa
A prefeita Maria das Graças inaugurou na noite dessa sexta-feira, 9, a decoração natalina da Praça Rui Barbosa, no centro de Ipiaú. A edição 2022 do “Natal Luz”, brilha com a intensidade de milhares de micro lâmpadas, potentes refletores e luminárias. Outras praças da cidade também receberão iluminação especial.
A prefeita chegou na praça acompanhada da tradicional figura do Papai Noel e das secretárias Laryssa Dias (Saúde) e Rebeca Câncio (Ação Social), dentre outros membros da gestão. Após receber os cumprimentos de populares ali presentes, deu início à solenidade que se prolongou com os primeiros espetáculos de uma programação cultural que se estenderá por todo o mês de dezembro.
ARVORE
Dentre outras novidades, a decoração traz uma Arvore de Natal de 15 metros, montada sobre o coreto da praça. Bolas luminosas, anjos, estrelas, flores, guirlandas e outros adereços alusivos ao período em que é celebrado o nascimento de Jesus, completam o conjunto da obra. O tema: “ O Abraço da Família”, sugere acolhimento, solidariedade e confraternização, tão necessários nesse momento que marca a comunidade ipiauense.
Maria disse da importância de celebrar o Natal com muito amor, fé e união, assim como lembrou que desde o início da sua primeira gestão vem investindo na ornamentação da praça para que todos, crianças e adultos, se divirtam e estejam sempre em confraternização neste espaço de convivência.
A prefeita não se esqueceu daqueles que sofreram diretamente os impactos das fortes chuvas verificadas no município e que estão sendo acolhidos pela Prefeitura, através das suas diversas secretarias. “É com o sentimento de fraternidade que abraçamos, com o acolhimento e solidariedade, as famílias impactadas pelo temporal ”, acrescentou a gestora.
Maria agradeceu a todos que contribuíram para a montagem da belíssima ornamentação e pediu que a população zele de cada peça instalada no espaço. “Desejo um Feliz Natal e peço que cuidem com carinho desta linda praça que foi decorada para que vocês aproveitem o período natalino em clima de paz, amor e fraternidade. Vamos acender as luzes do Natal”, concluiu a prefeita.
PROGRAMAÇÃO
Após o pronunciamento da prefeita ocorreram as apresentações do Coral Municipal e da coreografia “Espetáculo Lélia González: Intelectuais Negras Brasileiras”. A programação prossegue na noite de hoje (sábado, 10, com mais uma apresentação do Coral Municipal e a estreia do Coral PROMART, do Centro Comunitário Batista Sete de Setembro. No próximo domingo, 18, o Coral Municipal dividirá o palco com um espetáculo de dança da Universidade Aberta à Terceira Idade-UATI/Uneb. No dia 23 será a vez da apresentação do Coral ADORAI, do Centro Comunitário Batista Sete de Setembro.
Futuro de militares na máquina pública é desafio do governo Lula
A forte presença de militares na máquina administrativa federal —uma herança da gestão de Jair Bolsonaro (PL)— é vista por aliados do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como um dos principais desafios que o petista terá que enfrentar ainda na montagem de seu governo.
Anunciado para o Ministério da Defesa, o ex-ministro José Múcio Monteiro já admitiu a interlocutores que a retirada de militares de cargos do primeiro e segundo escalões será uma de suas tarefas mais delicadas.
O tema foi inclusive abordado por Múcio durante entrevista à GloboNews nesta sexta-feira (9).
“Não adianta esconder que tem muitos militares em cargos na Esplanada. Tem militares de todas as armas. O que eu disse é que a gente precisa voltar ao que éramos. No governo você tem substituições. Vamos ver como vai ser”, declarou futuro ministro.
Uma das áreas de interesse dos militares que já gerou atrito na transição é a das estatais que trabalham com tecnologia nuclear. Esse setor hoje está sob o guarda-chuva do Ministério de Minas e Energia, que teve seu organograma robustecido sob o comando do almirante Bento Albuquerque.
Em seu primeiro dia de governo, Bolsonaro publicou um decreto vinculando a Nuclep (Nuclebras Equipamentos Pesados) e a INB (Indústrias Nucleares do Brasil) ao Ministério de Minas e Energia. Até então, as duas estatais eram subordinadas ao Ministério de Ciência e Tecnologia.
Hoje presidida pelo capitão de Mar e Guerra da reserva Carlos Freire Moreira, a INB detém monopólio de produção e comercialização de materiais nucleares. Atua na cadeia produtiva do urânio como combustível nuclear.
As Indústrias Nucleares do Brasil são grandes fornecedoras de equipamentos para a Marinha e há diversas parcerias estratégicas para o desenvolvimento de tecnologias entre a Força e a estatal.
Produtora de bens de capital sob encomenda, a Nuclep é, por sua vez, presidida pelo contra-almirante Carlos Henrique Silva Seixas.
A estatal foi criada em 1975, década em que a ditadura militar investiu no desenvolvimento de empresas do setor para atender ao Programa Nuclear Brasileiro.
Dentro do gabinete de transição do governo Lula, integrantes do grupo destinado à reestruturação do Ministério da Ciência e Tecnologia defendem que pelo menos uma das empresas —no caso a INB— seja reintegrada à pasta.
No grupo, não há consenso sobre o melhor destino para a Nuclep, hoje encarregada da construção de equipamentos pesados.
De tão delicado, o tema nem chegou a ser incluído no primeiro relatório do grupo chamado de Ciência, Tecnologia e Inovação. No entanto, o assunto foi debatido internamente. A intenção é que seja apresentado como proposta para os 100 primeiros dias do governo Lula.
Coordenador do gabinete de transição, o ex-ministro Aloizio Mercadante afirmou à reportagem que o remanejamento seria uma precipitação. Segundo ele, a decisão não está no âmbito do grupo de trabalho de Ciência e Tecnologia.
Mercadante disse ainda que, se publicada, essa proposta seria desautorizada por prever uma mudança estrutural numa área sensível.
“Os GTs [grupos de trabalho] não têm mandato para mudanças dessa natureza, apenas para projetar os desafios dos primeiros 100 dias. Essa é uma proposta de mudança estrutural, que desconhecemos”, disse.
Almirantes consultados pela reportagem consideram muito negativa uma possível mudança nas estatais do setor nuclear, com eventual saída de oficiais dos cargos de chefia. Três deles afirmaram reservadamente que, se a ideia for adiante, haverá um forte impacto na relação entre a Marinha e o futuro governo.
O principal receio está na possibilidade de que uma queda de braço entre o Ministério de Ciência e Tecnologia e o Ministério de Minas e Energia impacte a composição dos conselhos de administração e presidências dessas estatais.
Para eles, a mudança da Nuclep e do INB para a pasta de Minas e Energia ampliou a participação da Marinha no setor e alavancou pesquisas que foram importantes —por exemplo, para o desenvolvimento de submarinos de propulsão nuclear.
Os almirantes, no entanto, não acreditam que serão afastados da discussão já que foi no governo petista de Dilma Rousseff que houve avanços consideráveis na atuação da Marinha no setor nuclear. Eles citam a criação da estatal Amazônia Azul Tecnologias de Defesa como desdobramento do Programa Nuclear da Marinha e do Programa de Desenvolvimento de Submarinos.
Por outro lado, o almirantado avalia que declarações recentes de Lula e José Múcio apontam para uma priorização de projetos-chave para as Forças Armadas —hoje, Marinha e Exército investem fortemente em programas nucleares e de defesa cibernética, para atender às diretrizes estabelecidas na última versão da Estratégica Nacional de Defesa.
Em outra frente de desgaste, integrantes do grupo de trabalho da transição sugeriram que não sejam sabatinados pelo Senado diretores da recém-criada ANSN (Autoridade Nacional de Segurança Nuclear). Eles já foram indicados por Bolsonaro.
Fruto do desmembramento da CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear), a ANSN está vinculada ao Ministério das Minas e Energia. Integrantes do grupo de trabalho da transição defendem que suas funções também sejam assumidas pela Ciência e Tecnologia.
Outra recomendação é que o CBA (Centro de Biotecnologia da Amazônia) fique sob o guarda-chuva da Ciência e Tecnologia.
Catia Seabra/Cézar Feitoza/Folhapress
Niltinho parabeniza escolha do nome de Rui para Casa Civil do governo Lula
O deputado estadual Niltinho (PP) utilizou suas redes sociais para parabenizar o governador Rui Costa por ter sido escolhido para ocupar a Casa Civil do futuro governo Lula. O anúncio foi feito pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na manhã de sexta-feira (9).
“O maior governador da história da Bahia levará seu modelo de gestão pra contribuir decisivamente com o crescimento do nosso país. Parabéns ao presidente Lula e ao amigo Rui Costa, novo ministro Casa Civil!”, escreveu Niltinho.
Jornalista barrado por camisa LGBTQIA+ morre durante partida de Argentina X Holanda no Qatar
O jornalista esportivo Grant Wahl, que estava no Qatar realizando a cobertura da Copa do Mundo, morreu nesta sexta-feira (9) após passar mal durante a partida entre Holanda e Argentina. O norte-americano tinha 48 anos.
A morte foi confirmada pela federação de futebol dos Estados Unidos através de um post nas redes sociais. “Todos do futebol dos EUA estamos com o coração partido ao saber que perdemos Grant Wahl”, disse a federação.
O repórter da ESPN, Francisco de Laurentiis, relatou em seu perfil no Twitter que estava nas tribunas da imprensa, perto de Wahl, quando o fato aconteceu. O mal súbito ocorreu durante a prorrogação do jogo em questão.
Não foram divulgadas mais informações a respeito da morte de Grant. Nos últimos dias ele teria tido um caso de bronquite, relatado pelo próprio durante sua participação em um podcast que foi publicado na última quinta (8). O jornalista revelou que estava com muitas tosses, assim como outros colegas.
BARRADO POR USAR CAMISA LGBTQIA+
Há algumas semanas, Grant Wahl foi barrado ao tentar entrar na partida de seu país por usar uma camisa com estampa de arco-íris, um dos símbolos LGBTQIA+.
“Um segurança se recusou a me deixar entrar no estádio para EUA x País de Gales. Você tem que trocar de camisa. Não é permitido”, compartilhou em suas redes sociais.
O irmão de Grant, Eric Wahl, disse em vídeo publicado no Instagram, que desde então o jornalista vinha recebendo ameaças de morte. Ele acredita que o irmão possa ter sido assassinado.
Vitória de Góes/Folhapress
Nova York vê aumento da insegurança alimentar e pressão sobre rede de solidariedade
Um relatório anual de cidades mais caras do mundo para se viver, divulgado nesta semana pelo grupo que publica a revista britânica The Economist, indicou no topo da lista pela primeira vez a americana Nova York —empatada com uma líder habitual do ranking, Singapura.
O resultado não é propriamente surpreendente para quem morou e circulou neste ano na cidade que emergiu das quarentenas impostas pela Covid. Junto com o alívio trazido pelas vacinas e a sensação de vida voltando às ruas, restaurantes e teatros, houve outro retorno: o dos custos de vida em alta.
Aluguéis, por exemplo, dispararam depois da moratória nos despejos decretada no auge da crise sanitária —neste dezembro, a média mensal subiu para US$ 4.095. A recuperação do emprego foi mais lenta do que o ritmo nacional —em novembro, o índice de desemprego local era de 5,9%, contra o de 3,7% no país.
E um fenômeno global, a inflação, contribuiu para a explosão da insegurança alimentar na mais rica e populosa cidade dos Estados Unidos. A alta no valor dos alimentos em Nova York foi a mais forte desde 1979. Um estudo de setembro observou um aumento de 69% em relação a 2019, no pré-pandemia, no número de visitas a despensas públicas e “food banks”, ONGs que distribuem refeições e alimentos.
Um relatório recente da prefeitura estimou que ao menos 1,4 milhão dos 8,4 milhões de residentes são afetados pela insegurança alimentar —quadro cuja gradação pode variar de passar fome a não ter acesso a um mínimo desejável de nutrição diária.
Para completar a tempestade perfeita, governadores republicanos do Texas e da Flórida começaram a despachar para as chamadas cidade-santuário ônibus lotados de imigrantes que pedem asilo nos EUA, num circo político cruel. Nova York é um desses locais, situados em estados predominantemente democratas, onde autoridades são instruídas a não perseguir ou delatar pessoas em situação irregular, em oposição a diretrizes do serviço federal de imigração.
Pelo menos 23 mil imigrantes foram levados a Nova York no segundo semestre —incluindo um grande número de venezuelanos—, sobrecarregando abrigos já lotados de sem-teto.
Numa fria manhã recente, esta repórter se apresentou para um turno de voluntários do posto de distribuição semanal de alimentos da Arquidiocese de Nova York. O lugar fica em Washington Heights, bairro no norte de Manhattan com vasta população de origem dominicana, grupo que representa o maior segmento da população latina na cidade e também o de renda mais baixa.
Em duas salas —uma para enlatados, outra para perecíveis—, a tarefa era encher sacolas para distribuição no dia seguinte, quando a fila se formaria de manhã cedo na calçada, com preponderância de idosos e mães. O monitor do posto buscava seis voluntários, só conseguiu três. Junto da reportagem, estavam uma dominicana silenciosa que trabalhava com velocidade de linha de montagem e um pequeno empresário entediado, que havia sido preso por embriaguez ao volante e recebeu parte da pena em forma de trabalho comunitário.
Na sala, a meta era encher mais de 300 sacolas, cada uma com dois pacotes de macarrão, uma lata de frutas em conserva, um saco de aveia, duas latas de atum, uma de feijão e uma de leite em pó.
Em plena curva ascendente de infecções por Covid no começo do inverno, os dois outros voluntários não usavam máscaras no recinto sem janelas. Assim, é bem-vinda uma inovação recente, a coordenação online para doar alimentos, que permite multiplicar esforços entre pequenos grupos e contribui para a redução de trabalho presencial.
Dezembro marca os 40 anos da maior rede de distribuição de alimentos de Nova York, a City Harvest, que fornece comida para mais de 400 “food banks”, despensários e instituições que oferecem refeições quentes. A não ser durante a pandemia —quando a cidade se tornou o epicentro de casos e mortes no país e a ONG enfrentou uma explosão na demanda, sendo forçada a comprar alimentos—, o modelo de operação é de recolher doações, não resgatar sobras de comida.
Estima-se que os EUA desperdicem anualmente 40% de sua produção de alimentos. A City Harvest usa uma frota de caminhões para recolher comida entre restaurantes, mercados e agricultores cujo estoque, ainda que fresco, não tem saída ou não é atraente para o varejo, como frutas e legumes com forma ou coloração incomum.
Os números da ONG confirmam a carência alimentar que afeta Nova York. O diretor Dan Lavoie diz à reportagem que, em 2022, a organização vai distribuir 20% mais alimentos do que em qualquer ano antes da pandemia —a média anual era de 3.000 toneladas. Ele explica que as campanhas digitais de doações facilitam a adesão de escolas, organizações religiosas e funcionários de empresas privadas.
Se a metrópole sempre exibiu os contrastes da desigualdade, o que dizer de seu mais opulento satélite, a região de verão dos Hamptons, na ilha de Long Island, onde a casa em que Woody Allen filmou “Interiores” (1978) está à venda por US$ 150 milhões?
Não há sinais visíveis de pobreza em qualquer parte. Quem observa o tráfego na entrada de uma pequena igreja de Bridgehampton, uma vila do século 17, descobre que muitos não vão rezar, mas se dirigir ao estacionamento. A reverenda da Igreja Unitária Universalista, Kimberly Johnson, conta à reportagem que a despensa que fica ali com alimentos não perecíveis é esvaziada diariamente —e a congregação não tem mais fundos suficientes para atender à demanda crescente entre famílias locais.
Johnson vai tentar agora levantar doações entre proprietários das mansões de fim de semana.
Gráficos econômicos podem confirmar o aperto dos que recorrem a doações para se alimentar em Nova York. Mas os números refletem também as prioridades sociais de governantes e legisladores.
Lúcia Guimarães/Folhapress
Bahia tem mais de 112 mil pessoas atingidas pela chuva
Foto: Reprodução/TV Bahia |
Ainda segundo a Sudec, estes números correspondem às ocorrências registradas em 68 municípios afetados, sendo que deste total 47 estão em situação de emergência. São eles: Aiquara, Alcobaça, Arataca, Baixa Grande, Barro Preto, Buerarema, Cachoeira, Canavieiras, Caravelas, Cardeal da Silva, Cícero Dantas, Coaraci, Dário Meira, Eunápolis, Fátima, Ibicaraí, Ibicuí, Iguaí, Ilhéus, Inhambupe, Ipiaú, Itabuna, Itajuipe, Itambé, Itapé, Itapebi, Itapicuru, Itaquara, Itarantim, Itororó, Jussari, Lafaiete Coutinho, Medeiros Neto, Nova Soure, Nova Viçosa, Olindina, Pau Brasil, Porto Seguro, Prado, Ribeira do Pombal, Ribeirão do Largo, Santa Cruz Cabrália, São Félix, Teodoro Sampaio, Ubaitaba, Vereda e Wenceslau Guimarães.
O órgão ainda informa que os municípios afetados pela chuva são Aiquara, Alcobaça, Almadina, Arataca, Aurelino Leal, Baixa Grande, Barro Preto, Belo Campo, Buerarema, Cachoeira, Canavieiras, Caravelas, Cardeal da Silva, Catu, Cícero Dantas, Cipó, Coaraci, Dário Meira, Eunápolis, Fátima, Floresta Azul, Gandú, Guaratinga, Ibicaraí, Ibicuí, Ibotirama, Iguaí, Ilhéus, Inhambupe, Ipiaú, Itabuna, Itajuipe, Itamaraju, Itambé, Itanhém, Itapé, Itapebi, Itapetinga, Itapicuru, Itaquara, Itarantim, Itororó, Jitaúna, Juazeiro, Jucuruçu, Jussari, Lafaiete Coutinho, Maragojipe, Marcionílio Souza, Medeiros Neto, Nova Soure, Nova Viçosa, Olindina, Pau Brasil, Porto Seguro, Prado, Ribeira do Pombal, Ribeirão do Largo, Santa Cruz Cabrália, Santa Luzia, Santo Antônio de Jesus, São Félix, Sátiro Dias, Teixeira de Freitas, Teodoro Sampaio, Ubaitaba, Vereda e Wenceslau Guimarães
Rodovias afetadas pelas chuvas
A execução de serviços emergenciais, de acordo com a Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra), permitiu o restabelecimento do tráfego de veículos em 24 pontos de rodovias baianas afetados pelas chuvas das duas últimas semanas. As intervenções também contam com o apoio dos Consórcios Intermunicipais de Infraestrutura.
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