Assembleia da Fiesp aprova destituição de Josué Gomes da presidência

O industrial do setor têxtil Josué Gomes não será mais presidente da Fiesp
Assembleia da Fiesp (Federação das Indústrias do estado de São Paulo) realizada nesta segunda-feira (16) aprovou a destituição de Josué Gomes da presidência da entidade. O resultado, no entanto, não é consenso, e pessoas ligadas ao empresário já afirmam que a decisão não tem validade.

Em uma votação realizada já no início da noite, representantes de 47 sindicatos votaram por sua destituição do cargo. Foram duas abstenções e um voto contra. Josué não estava presente quando os delegados tomaram a decisão.

Segundo participantes da reunião, ele deixou a assembleia por volta de 19h, depois que a maioria dos presentes considerou que suas respostas aos questionamentos apresentados pela oposição não eram satisfatórias. O placar ficou em 24 votos a favor dos argumentos dele, e 62, contra.

O quórum no momento da assembleia e a ausência de Josué, no entanto, são vistos como problemas para a validade da votação. A votação ocorreu após um advogado ligado à oposição afirmar que os sindicatos poderiam seguir reunidos mesmo após Josué ter se retirado, porque ele não teria encerrado a plenária.

Se a destituição for considerada válida, o estatuto prevê que o vice-presidente mais velho assume o cargo interinamente até que a direção se reúna.

Nem a sinalização de prestígio político de Josué, que recebeu na sede da federação nesta segunda o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços Geraldo Alckmin (PSB), e o ex-presidente Michel Temer (MDB), o salvou da degola.

JOSUÉ GOMES ESTÁ NO CARGO HÁ UM ANO NO CARGO; ELE SUBSTITUIU PAULO SKAF

Josué Gomes da Silva assumiu a presidência da Fiesp em janeiro de 2022, após uma eleição vista como uma espécie de saída negociada de seu antecessor, Paulo Skaf, que ficou no cargo por 17 anos.

Quase dois anos antes de um processo eleitoral atravessado por polêmicas —o grupo liderado por José Ricardo Roriz, da indústria plástica acusou o processo de ser atropelado, inviabilizando a formalização de sua chapa—, Skaf havia anunciado que não seria candidato a um quinto mandato.

No início de 2020, o então líder da entidade da indústria paulista começava a se movimentar para aprovar uma mudança no estatuto da federação que permitisse uma nova reeleição. Desde sua primeira eleição, em 2004, ele havia aprovado duas mudanças no regimento da federação.

Depois que a movimentação se tornou pública, Skaf acabou recuando e anunciou quem teria seu apoio na disputa no ano seguinte, em 2021: o empresário Josué Gomes, filho de José Alencar (1957-2011), vice nos dois primeiros mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva, e presidente da indústria têxtil Coteminas.

A escolha surpreendeu pelo perfil político dos dois.

Skaf estava à frente da Fiesp quando a federação instalou um gigante pato inflável em frente ao prédio da avenida Paulista contra a alta de impostos e o retorno da CPMF em 2015. O pato foi uma espécie de personagem no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Em 2019, já durante o governo Jair Bolsonaro (PL), Skaf se aproximou do então presidente. A Fiesp passou então a ser vista como uma entidade bolsonarista.

Josué, por outro lado, chegou a ser conhecido como o “menino do Lula”. Em 2018, quando ainda era filiado ao PR, mesmo partido de seu pai, o empresário era disputado por partidos à esquerda e à direita e era visto como um vice dos sonhos. Ciro Gomes (PDT) foi um dos que tentou atraí-lo para uma chapa.

Além de ter recursos próprios para financiar uma campanha eleitoral, Josué tem interlocução com o mercado financeiro e apoio em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país. Na época, ele dizia que não seria candidato pois, à frente da Coteminas, passava muito tempo fora do Brasil. Em 2014, foi candidato ao Senado por Minas Gerais, mas não se elegeu.

Na Fiesp, em 2021, Josué Gomes recebeu 97% dos votos. No anúncio do resultado, ele afirmou: “Suceder Skaf na presidência já é um desafio enorme, especialmente nesse momento, que pela primeira vez em mais de várias décadas, a indústria de transformação apresentou participação no PIB inferior ao da agropecuária”.

Uma das primeiras medidas tomadas por Josué Gomes no comando na Fiesp foi a criação de conselhos superiores, em uma sinalização de descentralização das decisões.

Em outra diferença no estilo de gestão, Josué Gomes é avesso a entrevistas e aparece pouco em público. Ainda assim, o novo presidente da Fiesp, em uma de suas poucas entrevistas a jornalistas, fez críticas a Bolsonaro, marcando um novo momento político da entidade. No início de seu mandato, a Fiesp criticou o aumento da taxa básica de juros e defendeu a necessidade de “pensar além do Copom”.

O novo estilo de gestão não agradou a todos. Presidentes de sindicatos, acostumados à facilidade de acesso com Skaf, frequentemente presente em almoços na entidade e fora dela, estranharam o jeito do novo presidente. Havia ainda insatisfação com a ocupação dos departamentos, tradicionalmente liderados por nomes indicados pelos sindicatos.

O choque culminou na articulação de um pedido de assembleia extraordinária cujo objetivo final era pressionar Josué Gomes a abrir mão do cargo.

Fernanda Brigatti/Folhapress

Pessimismo toma CEOs globais, e 4 em 10 temem ver negócio extinto em dez anos

Marco Castro, sócio-presidente da PwC no Brasil
Para 39% dos CEOs no mundo (e 33% no Brasil), as empresas que dirigem serão economicamente inviáveis daqui a dez anos caso não haja grandes mudanças, mostra a 26ª edição da Global CEO Survey, estudo feito anualmente pela consultoria PwC.

Para o estudo deste ano, foram ouvidos mais de 4.400 altos executivos de uma centena de países a partir do final de outubro último —portanto, após as eleições presidenciais no Brasil.

Os CEOs entrevistados, todos de empresas médias e grandes, se mostram pessimistas com o cenário macro: 73% deles afirmam esperar desaceleração da economia global neste ano, uma inversão quase exata das perspectivas colhidas em 2022, quando 77% disseram esperar aceleração e apenas 17%, uma perda de ritmo.

“O CEO, que às vezes é pressionado para produzir resultados no curto prazo, começa a olhar e pensar ‘se eu não fizer as transformações adequadas eu não existo daqui a pouco, eu não vou estar competindo com os novos integrantes do mercado’, então eu preciso fazer investimento”, disse à reportagem Marco Castro, sócio-presidente da PwC no Brasil.

“Provavelmente o pior momento para chegar a essa conclusão é um momento de inflação, de redefinição de cadeias”, completa Castro, que participa do lançamento do relatório nesta segunda (16) em Davos, onde ocorre o encontro anual do Fórum Econômico Mundial.

Além das duas ameaças citadas por Castro, também preocupam os CEOs as tensões geopolíticas (leia-se a Guerra da Ucrânia, e os temores que provoca nos vizinhos europeus, inclusive de uma ruptura de fornecimento de energia) e questões de cibersegurança.

Já o otimismo visto em 2022 é atribuído, neste momento, à expectativa de retomada econômica após o arrefecimento da pandemia de Covid, algo que até agora não se concretizou totalmente nem de forma equânime entre os países.

Apesar do cenário lúgubre, os brasileiros são os mais otimistas em relação ao desempenho da economia de seu país: 2 em cada 3 (66%) dizem crer em aceleração da economia nacional, seguidos pelos chineses (64% otimistas) e os indianos (57%).

Japoneses, americanos, canadenses e franceses mostram graus semelhantes de pessimismo diante da economia global e das nacionais (29% esperam aceleração local no Japão; 17% no Canadá, 16% nos EUA e 12% na França). CEOs de Alemanha, Reino Unido e Itália estão ainda mais pessimistas com as perspectivas de seus países do que com a mundial (na Alemanha são só 6% os que esperam aceleração).

Esse desenho, segundo Castro, pode colocar o Brasil em posição estratégica, ainda que o país tenha seus próprios percalços. As empresas brasileiras, para o bem e para o mal, estão mais habituadas a lidarem com inflação, tendo se tornado mais resilientes a esse tipo de crise do que suas pares estrangeiras para as quais o cenário é inédito ou quase.

Além disso, aponta, o país é uma espécie de oásis em um momento em que a crise de energia é uma ameaça concreta e que as demandas por fontes limpas de fornecimento crescem.

Em contrapartida, os prometidos e necessários investimentos em educação e saúde ainda estão por vir, com inércia tanto do setor público quanto do privado diante do problema, afirma. Sobretudo, na opinião do presidente da PwC, o abismo digital no país só cresce, o que pode tornar o problema histórico de produtividade no país ainda maior no futuro.

De forma geral, os riscos globais pedem calibragem de foco. Os gestores de negócios, afirma Castro, devem restringir suas áreas de atuação para as premissas originais, o que também pode acelerar processos de fusão e aquisição (as empresas buscariam parceiros especializados em atividades não essenciais à sua produção, por exemplo). No caso brasileiro, esse movimento pode ocorrer nos setores de finanças e de varejo.

A PwC questionou os CEOs sobre quais medidas eles tomaram nos últimos 12 meses e quais pretendem tomar nos próximos 12 para enfrentar as crises. No ano que passou, a medida mais tomada foi o corte de custos operacionais (69% dos entrevistados), a diversificação de oferta de produtos e serviços (56%) e a busca de fornecedores alternativos (53%).

Para o ano adiante, as medidas mais citadas foram reavaliação de projetos em andamento ou de iniciativas importantes (42%), desaceleração dos investimentos (33%) e adiamento de transações (32%).

Corte de mão de obra é uma opção que 59% descartaram no intervalo passado e no futuro. Segundo os dados do estudo, contudo, os CEOs “evitam reduzir o quadro de profissionais, em parte, por causa do aumento nos índices de demissão voluntária registrados no ano passado em muitos países, entre eles o Brasil, no fenômeno conhecido como ‘Grande Evasão’”.

Os participantes da pesquisa, afirma o texto, parecem acreditar que os índices elevados de rotatividade continuarão, exceto nos Estados Unidos, onde a maioria prevê queda nessa rotatividade.

Indagados sobre quais países consideravam os três mais importantes para as perspectivas de crescimento da respectiva organização nos próximos 12 meses, apenas 4% mencionaram o Brasil (mesmo índice de 2022), deixando o país na décima posição entre os citados, com Estados Unidos (40%) e China (23%) liderando o ranking.

Quando a pergunta é feita a CEOs brasileiros, os líderes são os mesmos dois países, com o México (14%) e a Alemanha (13%) na sequência, superando a instável Argentina (12%).

Luciana Coelho/Folhapress

CNJ deve concluir hoje audiências de presos por atos antidemocráticos

Juízes federais já ouviram 806 pessoas detidas
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) informou que deve concluir nesta segunda-feira (16) as audiências de custódia dos mais de mil presos acusados de participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro em Brasília.

Segundo o CNJ, de 11 de janeiro até ontem (15), foram realizadas 1.248 audiências pela força-tarefa criada na semana passada para cumprir a medida.

Até o momento, juízes federais ouviram 806 detidos e magistrados do Distrito Federal fizeram 442 audiências de investigados.

Conforme o último levantamento divulgado pelo conselho, 1.418 pessoas foram presas pelos atos terroristas realizados em Brasília.

Do total de presos, 222 foram detidos na Praça dos Três Poderes e 1.196 estavam no acampamento montado no quartel do Exército.

Por questões humanitárias, 599 pessoas foram liberadas sem necessidade de prestar depoimento, entre as quais, idosos, pessoas em situação de rua, com problemas de saúde e mães acompanhadas de crianças.

Os envolvidos já foram encaminhados para o presídio da Papuda e à penitenciária feminina da Colmeia, ambos no DF.

Agência Brasil

Alckmin nega que Lula revogará reformas trabalhista e previdenciária e defende reforma tributária

O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio Geraldo Alckmin
O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, disse nesta segunda-feira (16) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não revogará as reformas trabalhista e previdenciária já aprovadas no Congresso Nacional e defendeu que o caminho agora é realizar uma reforma tributária.

“Foi feita a reforma trabalhista, o presidente Lula tem colocado, não vai revogar nem trabalhista nem previdenciária, o que você pode é aprimorar, até porque o mundo é rápido, é dinâmico”, disse Alckmin durante uma reunião com a diretoria da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) na sede da entidade na capital paulista.

“O caminho é avançarmos na terceira reforma —feita a trabalhista e a previdenciária— é a reforma tributária. E aí o papel da sociedade civil organizada será fundamental para a gente poder caminhar”, acrescentou.

Em sua fala inicial na reunião da entidade, Alckmin também destacou oportunidades de investimento em infraestrutura para melhorar a logística, assim como na área que chamou de “economia verde”.

Folhapress

Ipiaú: Secretaria de Educação realiza matriculas da EJA e anuncia cursos profissionalizantes

A Prefeitura Municipal de Ipiaú, por meio da Secretaria de Educação, tem dado uma atenção especial para a Educação de Jovens e Adultos (EJA) cujas matrículas se encontram abertas até o dia 31 deste mês. A matricula pode ser efetivada na unidade mais próxima da residência do interessado nessa modalidade de ensino destinada ao público que não completou, abandonou ou não teve acesso à educação formal na idade apropriada.

Além de possibilitar o aprendizado escolar para jovens maiores de 15, adultos e idosos, a Secretária de Educação facilitará o acesso destes ao mercado de trabalho através de oito cursos profissionalizantes de padeiro/confeiteiro, pizzaiolo, manutenção de máquina industrial, mecânico de manutenção em motocicletas, operador de microcomputador e informática, eletricista instalador predial de baixa tensão e corte e costura sob medida.

Os cursos foram definidos pela Secretaria de Educação, através de pesquisas dos perfis e vocação profissional de cada turma. A distribuição deles em cada escola também será com base nesses resultados. As aulas dos cursos profissionalizantes acontecerão em paralelo ao ensino regular do EJA nas noites dos dias úteis, em unidades escolares da cidade e do interior do município.

Na zona urbana as aulas serão ministradas nas escolas Edward Oliveira (Bairro Antônio Lourenço), Edvaldo Santiago (Bairro ACM), Florentino Pinheiro (Avenida São Salvador), Pastor Paulo (Centro), Adélia Matta (Avenida Lauro de Freitas), Agostinho Pinheiro (Bairro Novo) e nos colégios Celestina Bittencourt (centro) e Ângelo Jaqueira (Avenida Lauro de Freitas). No interior do município serão nas escolas Raulina Rodrigues (Córrego de Pedras), Euclides Neto (Fazenda do Povo), Dois Amigos e Ivone Vieira.

A prefeita Maria das Graças reitera o seu propósito de proporcionar qualificação profissional e educação para aqueles que ainda não tiveram oportunidade de ingressar no mercado de trabalho e concluir o ensino básico. Maria disse que a Prefeitura tem promovido ações inovadoras que estão contribuindo com o desenvolvimento da cidade e a melhoria de vida dos cidadãos. Já a secretária de Educação, Erlandia Souza ressaltou que o EJA fornece subsídios para que os estudantes da modalidade resgatem a autoestima e se afirmem como pessoas ativas, críticas e democráticas.
José Américo Castro / Ascom Prefeitura de Ipiaú

Itália prende número 1 da Cosa Mostra, mafioso foragido havia 30 anos

Matteo Messina Denaro, um dos criminosos mais procurados do país, foi detido em hospital privado na região de Palermo
A polícia da Itália prendeu nesta segunda (16) Matteo Messina Denaro, 60, número 1 da Cosa Nostra, organização criminosa centenária, e mafioso mais procurado do país. Ele estava foragido havia três décadas e foi detido em um hospital da Sicília, em Palermo.

O chefe da máfia foi condenado à prisão perpétua pelos assassinatos de dois promotores italianos, Giovanni Falcone e Paolo Borsellino, em 1992 e pela participação em ataques a bomba em Florença, Roma e Milão, episódios que culminaram em dez mortes, no ano seguinte.

A polícia afirmou que Denaro, mesmo foragido, ainda emitia comandos para as ações da máfia na área ao redor da cidade de Trapani, um reduto sob seu controle. Ele é acusado por promotores de ser responsável por vários outros assassinatos na década de 1990 no país.

Em 1993, ajudou a organizar o sequestro de um menino de 12 anos, Giuseppe Di Matteo, para dissuadir o pai do garoto, um informante da polícia, de depor contra a máfia, segundo argumentos da Promotoria. Matteo foi mantido em cativeiro por dois anos antes de ser estrangulado; seu corpo foi depois dissolvido com ácido.

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, disse que a prisão do mafioso é uma prova de que o Estado não desiste da luta contra a máfia. “A prevenção e o combate à criminalidade das máfias continuará uma prioridade absoluta deste governo”, escreveu ela no Twitter.

O chefe da Cosa Nostra foi detido no hospital La Maddalena, de acordo com informações das forças de segurança. Ele ia com frequência ao local para consultas, segundo a agência de notícias italiana Ansa, e especula-se que tratava um câncer.

A polícia transferiu agentes para o prédio durante a noite, para proteger os demais pacientes caso houvesse resistência. Imagens nas redes sociais mostram moradores aplaudindo e apertando as mãos de policiais enquanto Denaro era transportado do local em uma van.

O mafioso estava foragido desde 1993, e a polícia por vezes chegou perto de prendê-lo quando monitorava pessoas próximas a ele. Em 2013, sua irmã, Patrizia, e alguns de seus associados foram detidos. Ele também teve parte de seu esquema financeiro desmontado.

As forças de segurança, porém, nem sequer tinham uma foto atualizada de Denaro, e tiveram de contar com programas avançados de imagem para projetar como estaria sua aparência atualmente.

Folha de S. Paulo

Dário Meira: Homem é preso por polícias Militares por agredir e ameaçar ex-companheira (Lei Maria da Penha)

Agressor tinha em seu desfavor mandado de prisão em aberto por homicídio
Por volta das 20h30min, desse domingo (15/01/23), a guarnição da 55ª CIPM/Dário Meira recebeu uma ligação, via telefone funcional, informando que um indivíduo estaria agredindo a ex companheira, na Rua Josed'na Costa, bairro, centro da cidade.

No local, a vítima contou que estava na casa da sua genitora, quando foi informada por populares que seu ex companheiro havia colocado fogo nas roupas do filho (bebê de 1 mês), nos alimentos e em alguns objetos da sua casa; e quando foi ao seu encontro ele começou a agredir fisicamente. Segundo a vitima, seu ex companheiro não aceita o fim do relacionamento.

A guarnição realizou rondas nas proximidades e localizou o agressor.

Diante dos fatos, todos os envolvidos foram encaminhados ao Plantão Central em Jequié para os procedimentos de polícia judiciária.

Durante a apresentação do agressor, foi constatado um mandado de prisão em aberto em seu desfavor, por Homicídio e furto no Estado de São Paulo

Autor: T. F. da S., Data nasc: 07/11/85

Vitima: P. N. da S. (Feminino) Data nasc: 07/01/2003, Endereço: Rua Josed'na - Nova Jerusalém

Informações: Ascom/55ª CIPM /PMBA, uma Força a serviço do cidadão!

Itagibá: Homens são detidos pela Polícia Militar por vias de fato (Agreções mútuas) num bar

Por volta das 20h desse domingo (15/01/23), a guarnição da 55ª CIPM/Itagibá, quando em rondas pela cidade de Itagibá, foi solicitada por um homem, de nome Orlando, que relatou aos policiais militares que estava bebendo com uns amigos no Bar “Boteco do Ivan”, localizado na Rua Manoel Mendes Costa, quando foi surpreendido por um conhecido, de nome Carlos, que investiu contra ele com golpes de facão, causando-lhe uma lesão na cabeça e que em seguida evadiu-se do local. 

A guarnição conduziu o senhor Orlando para receber os atendimentos na UBS Cemed, na própria cidade.

Ao chegar no local, os policiais militares encontraram o suspeito das agressões, o senhor Carlos, que também estava sendo atendido na unidade, apresentando uma lesão na face, que segundo ele, foi causado por uma garrafada de vidro, desferido pelo senhor Orlando. 

Após o devido atendimento, os envolvidos foram conduzidos à sede da 55ª CIPM, em Ipiaú, onde foi lavrado o TCO. 

1-Aurores: C. A. S. da S. (Masculino), Nasc: 09-10-1976, End: Rua da Barroquinha, Itagibá 2-O. S. C. (Masculino) Nasc: 23-08-1974, End: Rua Castro Alves

Informações: Ascom/55ª CIPM /PMBA, uma Força a serviço do cidadão!

Ministros de Lula deixaram governos nos estados com recordes de desmatamento do cerrado

A Bahia também teve um recorde de devastação em dez anos, segundo os dados do Inpe
Ministros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deixaram as gestões de seus estados com recordes de desmatamento do cerrado em um período de oito a dez anos.

A Folha analisou os dados do Prodes (Programa de Monitoramento do Desmatamento por Satélite), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), referentes à devastação dos biomas brasileiros em sete estados cujos ex-governadores viraram ministros no governo Lula.

Em três desses estados, houve aumento e recorde de desmatamento do cerrado no último ano das gestões locais.

No Maranhão, governado por Flávio Dino (PSB) entre 2015 e 2022, o desmatamento do cerrado atingiu 2.834 km² no ano passado (quase cinco vezes a área da capital São Luís), segundo dados do Prodes, formulados a partir de imagens de satélite do Inpe. O cálculo leva em conta o intervalo entre agosto do ano anterior (2021) e julho do ano corrente (2022).

Dino é ministro da Justiça e Segurança Pública desde 1º de janeiro de 2023.

O Maranhão liderou o desmatamento do cerrado, concentrando mais de um quarto de devastação no último ano. O aumento foi de 24% em relação ao período de 12 meses encerrado em julho de 2021, um recorde em dez anos.

A Bahia também teve um recorde de devastação em dez anos, segundo os dados do Inpe. Foram desmatados 1.428 km² entre agosto de 2021 e julho de 2022 (quase o dobro da área de Salvador), um incremento de 54% em relação ao mesmo período anterior.

O ministro da Casa Civil de Lula, Rui Costa (PT), governou a Bahia nos últimos oito anos.

No topo do desmatamento do cerrado está ainda o Piauí, com 1.189 km² desmatados de agosto de 2021 a julho de 2022 (quase a área de Teresina), mais do que o dobro do registrado no período anterior. Não havia um índice tão elevado desde o encerrado em 2014, conforme os dados do Inpe.

Atual ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias (PT) governou o Piauí por quatro mandatos, entre 2003 e 2010 e entre 2015 e 2022.

A reportagem enviou questionamentos aos três ministérios, mas não houve respostas.

O avanço do desmatamento no Maranhão, na Bahia e no Piauí confirma a manutenção da frente de devastação intensificada a partir de 2005, na região conhecida como Matopiba, que inclui ainda o Tocantins.

No estado da região Norte, também houve aumento da perda de vegetação em 2022. A perda do bioma no Tocantins foi de 2.128 km2 no ano passado, maior valor desde 2015, segundo os dados Inpe.

Esse arco de desmatamento do cerrado segue operante e até mesmo em ritmo crescente, como mostram os satélites do Inpe. O desmatamento em todo o bioma em 2022 chegou a 10.689 km², um aumento de 25,3% em relação ao período de 12 meses encerrado em julho de 2021.

No mandato de Jair Bolsonaro (PL), foram três aumentos sucessivos do desmatamento do bioma.

O combate a ilegalidades ambientais no cerrado é uma responsabilidade dos governos federal e estaduais. Como a quantidade de terras devolutas é menor do que na Amazônia, assim como de unidades de conservação e terras indígenas, a responsabilidade recai principalmente sobre os estados.

Agora no Executivo federal, os ex-governadores de Maranhão, Bahia e Piauí integram uma gestão que diz que vai aplicar o conceito de transversalidade para o tratamento dos assuntos de meio ambiente, com replicação da agenda em diferentes ministérios. Essa abordagem é um discurso reiterado de Marina Silva (Rede), ministra do Meio Ambiente.

Dino, como ministro da Justiça, prometeu um reforço de ações de combate ao desmatamento da Amazônia. A PF (Polícia Federal), subordinada ao ministro, passou a ter uma diretoria específica para Amazônia e meio ambiente, vinculada ao diretor-geral.

Costa, por sua vez, como ministro da Casa Civil, coordena e monitora as ações do governo. Ele é um defensor da ideia de transversalidade aplicada por Marina.

“Além da Amazônia, o cerrado é o bioma onde tem crescido o desmatamento. E a maior parte é conversão para soja e pecuária”, diz Julia Shimbo, coordenadora científica do MapBiomas, uma rede formada por ONGs e universidades para o mapeamento do uso do solo brasileiro. “Mais de 30% do desmatamento do país ocorre no cerrado.”

O bioma já perdeu metade de sua cobertura original, e a concentração do desmatamento ocorre na fronteira agrícola de Matopiba, um fenômeno que já não é recente e que perdura e se intensifica.

Shimbo afirma que os elevados índices de desmatamento do cerrado têm efeitos múltiplos, como conflitos em comunidades tradicionais, impactos na crise hídrica, alteração climática –com um bioma mais quente e mais seco– e impactos diretos na própria agricultura.

“No cerrado, há pouca terra devoluta como ocorre na Amazônia. A maior parte do desmatamento é em áreas privadas, e são frequentes grandes áreas desmatadas”, diz a pesquisadora. O enfraquecimento de órgãos de combate e controle do desmatamento e o incentivo oficial à agricultura de larga escala explicam o aumento da devastação, segundo Shimbo.

A reportagem analisou ainda os dados de desmatamento da Amazônia no Maranhão e da caatinga na Bahia e no Piauí. Houve reduções de desmate e estabilidade dos números durante os governos dos três ministros.

Em São Paulo, nos primeiros mandatos de Geraldo Alckmin (PSB), houve aumento do desmatamento da mata atlântica, mas os índices caíram nos mandatos seguintes. Alckmin é hoje vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio no governo Lula.

Os dados do Inpe mostram ainda redução e estabilidade do desmatamento da caatinga em Alagoas e Ceará nos períodos em que Renan Filho (MDB), ministro dos Transportes, e Camilo Santana (PT), ministro da Educação, foram governadores em seus respectivos estados –de 2015 a 2022.

O Prodes ainda mostra redução do desmatamento da Amazônia no Amapá, onde Waldez Góes (PDT), ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, foi governador por quatro mandatos.

Vinicius Sassine, Folhapress

Lula deve reencontrar Maduro em viagem à Argentina

Os dois podem ter uma conversa bilateral durante encontro da cúpula da Celac
A cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), que ocorre em 24 de janeiro em Buenos Aires (Argentina), deverá marcar o reencontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o ditador venezuelano, Nicolás Maduro, que também já confirmou presença. O aliado não veio à posse do petista após entraves burocráticos dificultarem o deslocamento.

Lula defende que Maduro seja reintegrado à comunidade diplomática sul-americana para resolver o impasse político no país, que já dura décadas. Os dois podem ter uma conversa bilateral no evento na Argentina.

O governo Lula enviará na próxima semana um representante à Venezuela para dar início à reabertura da embaixada brasileira no país.

O embaixador Flávio Macieira terá a tarefa de listar as providências a serem tomadas para retomar o funcionamento dos prédios da representação diplomática no país.

As relações diplomáticas entre os dois países já foram reativadas, mas ainda não há prazo para a reabertura da embaixada brasileira em Caracas e dos consulados – um deles fica na cidade venezuelana de Santa Elena do Uairén.

As informações são da coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo.

Folha de S. Paulo

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