Ipiaú: Carnês do IPTU 2023 já estão disponíveis para os contribuintes

A Prefeitura de Ipiaú, por meio do Departamento de Tributos, informa à comunidade que os carnês do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de 2023 já estão disponíveis para os contribuintes e serão entregues nas residenciais e demais estabelecimentos   de cada cidadão. Aqueles que quiserem antecipar o pagamento podem acessar o site: iptu.ipiau.ba.gov.br. As guias podem ser retiradas por esse link e pelo WhatsApp (73) 3531-4185.

O contribuinte que optar pelo pagamento em cota única, com desconto de 10% (dez por cento), tem até o dia 30 de maio para fazer a quitação. Já em três (3) parcelas, sem descontos, os vencimentos serão no dia 30 dos próximos meses de maio, junho e julho.

As empresas ficam obrigadas a renovar os Alvarás de Funcionamento até o dia 30/05/2022. Os estabelecimentos que precisam do Alvará Sanitário só conseguirão renovar o de Funcionamento, após a emissão e pagamento do Alvará Sanitário.

ISENTOS

A isenção do IPTU é para os beneficiários (aposentados) cuja renda familiar não ultrapasse dois (2) salários mínimos e detenha a propriedade de apenas um imóvel usado como residência. Também fica isento do imposto o proprietário de um único imóvel residencial classificado como popular, beneficiário do Bolsa Família. As isenções não são automáticas e precisam ser solicitadas no Departamento de Tributos da Prefeitura.

José Américo Castro (DECOM - Prefeitura de Ipiaú)

STF concede liminar favorável à manutenção do FPM de municípios que censo indicou perda de população

O ministro Ricardo Lewandowski do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou nesta segunda-feira (23) que o Tribunal de Contas da União (TCU) não utilize os dados populacionais do Censo Demográfico de 2022 para a distribuição do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). A medida, articulada pela União dos Municípios da Bahia (UPB), evita que 101 municípios baianos e 800 de todo o Brasil percam receita do fundo. O prejuízo nas cidades da Bahia chegaria a R$467 milhões ao ano.

Lewandowski analisou procedente os pedidos feitos pela Assembleia Legislativa da Bahia e o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), que ingressaram no Supremo com duas Arguições de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPFs). Nos argumentos do Legislativo baiano e da sigla, com base na Lei Complementar 165/2019, a decisão do TCU em utilizar dados do censo inconclusivo e ainda em curso viola os princípios da segurança jurídica, da autonomia municipal, da vedação ao retrocesso social, do pacto federativo, além de desrespeitar as leis orçamentárias anuais aprovadas em 2022 pelos entes municipais.

Na liminar deferida, o ministro Ricardo Lewandowski, comunica urgência da resolução. “Com fundamento nas razões acima expendidas, defiro a cautelar, ad referendum do Plenário do Supremo Tribunal Federal, para suspender os efeitos da Decisão Normativa – TCU 201/2022, mantendo como patamar mínimo os coeficientes de distribuição do FPM utilizados no exercício de 2018 durante o exercício de 2023, compensando-se, nas transferências subsequentes, os valores já transferidos a menor”, afirma na decisão.

O vice-presidente da UPB, prefeito Quinho, de Belo Campo, comemorou a notícia e disse que é resultado da mobilização que os prefeitos baianos montaram, em Brasília, para articular a revisão da decisão normativa do TCU. “Tínhamos uma preocupação muito grande de como os municípios manteriam os serviços funcionando sem esse recurso. É uma grande vitória. Estivemos em Brasília, cada prefeito buscou seu deputado, senador, conversamos com a AGU, o governo federal e chegamos ao entendimento que deveríamos provocar o ingresso de uma ADPF, o que foi feito pela Assembleia Legislativa e o PCdoB”.

Encontro bilateral entre Lula e Maduro na Argentina é cancelado

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro
Marcada para esta segunda-feira (23), em Buenos Aires, a reunião bilateral entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, foi cancelada por decisão de Caracas. A informação é da assessoria de imprensa da Presidência da República brasileira.

O encontro ocorreria um dia antes da cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) na capital argentina, e seria o primeiro entre os líderes dos países desde que eles reataram os laços diplomáticos —estes haviam sido rompidos em 2020 pelo governo Bolsonaro.

Antes, na gestão Temer, ambos os países retiraram seus embaixadores de suas respectivas missões, mas mantiveram presença diplomática mútua em níveis inferiores de representação.

Lula anunciou a retomada de relações diplomáticas com a Venezuela no final de dezembro, antes mesmo de sua posse —Maduro chegou a ser convidado para a cerimônia, mas questões burocráticas impediram sua vinda. Nesta semana, o governo brasileiro enviou um diplomata para dar início ao processo de reabertura da embaixada do país, em Caracas, e dos seus três consulados no território.

O petista defende que a reintegração da Venezuela à comunidade diplomática sul-americana é necessária para resolver seu impasse político interno, que já dura décadas. Em entrevista à Folha, o chanceler Mauro Vieira reiterou essa visão, ressaltando que retomar o diálogo com a ditadura não significa apoiá-la. “Você não pode parar de falar com alguém porque a pessoa não concorda com você”, afirmou ele na ocasião.

A despeito do cancelamento com Maduro, Lula ainda deve se encontrar com uma figura controversa antes da cúpula do Celac — Miguel Díaz-Canel, líder do regime de Cuba. Embora o governo anterior não tenha rompido os laços com Havana oficialmente, ele na prática deixou de dialogar com a ditadura e, em 2019, votou pela primeira vez contra a resolução anual da ONU que condena o embargo americano à ilha.

A presença de Venezuela e Cuba na Celac foi, aliás, uma das razões pela qual o governo Bolsonaro havia deixado o colegiado. Lula assinou o retorno do país ao grupo já na sua primeira semana no poder, incluindo a cúpula no roteiro de sua primeira viagem internacional do terceiro mandato.

A relação do presidente e do PT com regimes autoritários da América Latina se tornou uma das principais pedras no sapato do petista em corridas eleitorais e com frequência é usada por opositores como combustível para atacá-lo —ora com fatos, ora com desinformação.

Quando esteve no Planalto de 2003 a 2010, Lula foi próximo de Fidel Castro (1926-2016), líder da ditadura cubana, e Hugo Chávez (1954-2013), na Venezuela. Alas do PT também mantêm laços com os sandinistas da Nicarágua —que capitanearam a democratização do país até iniciarem uma guinada autoritária.

A lista de encontros de Lula na Argentina ainda não está fechada, mas ele também se reunirá com sua aliada de longa data e vice do país, Cristina Kirchner —que não deve participar da conferência oficial entre os governos na Casa Rosada devido a seu afastamento do presidente, Alberto Fernandéz— e com o diretor-geral da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), Qu Dongyu.

Folhapress

INSS começa a liberar extrato de aposentadorias com reajuste anual

Previdência Social
O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) começou a liberar os extratos de aposentadorias com os novos valores, após o reajuste anual. A reportagem teve acesso a três extratos de benefícios referentes à competência de janeiro de 2023, um pelo salário mínimo e dois acima do piso.

Procurado, o INSS não informou se os extratos de todos os beneficiários já estão liberados para consulta até a publicação deste texto.

A consulta aos novos valores é feita no Meu INSS, pelo site ou aplicativo. Se for o primeiro acesso, será preciso responder a algumas perguntas sobre o histórico de contribuições e cadastrar uma senha.

COMO CONSULTAR O EXTRATO

Após inserir a senha, na tela inicial, no quadro “Meus Benefícios”, o segurado deve clicar no símbolo do olho. Deve aparecer a competência de janeiro, o valor final do benefício (após os descontos), a data prevista para o pagamento e se está ou não bloqueado para empréstimos.

Ao clicar em “Detalhar”, na página seguinte, o sistema mostrará o valor final da aposentadoria (após descontos) e o valor que está disponível para consignado, se houver. Se clicar em “Ver extrato de pagamento”, aparecerão o valor bruto do novo benefício e o detalhamento dos descontos, se houver.

O QUE APARECE NO EXTRATOValor de MR do período: valor do benefício bruto, com o reajuste anual, sem considerar os descontos
Consignação empréstimo bancário (se houver): desconto do empréstimo que o segurado tiver em andamento
Abatimento a beneficiário maior de 65 anos: Aposentados e pensionistas têm direito a uma cota adicional de isenção do Imposto de Renda
Imposto de Renda: Valor do desconto feito na fonte, para benefícios acima do limite de isenção
Também podem aparecer outros descontos, como o de associações e sindicatos, por exemplo

PAGAMENTOS COMEÇAM NESTA QUARTA-FEIRA

O INSS começa a pagar aposentadorias, pensões e auxílios no valor do novo salário mínimo, de R$ 1.302, a partir desta quarta-feira (25). Os pagamentos seguem até o dia 7 de fevereiro.

Segurados da cidade de São Paulo começam a receber a nova aposentadoria apenas na quinta-feira (26), por causa do feriado municipal de aniversário da cidade, comemorado nesta quarta.

Já os benefícios acima do piso salarial serão depositados entre os dias 1º e 7 de fevereiro, com o reajuste de 5,93%, equivalente ao INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulado em 2022. No total, há cerca de 37 milhões de beneficiários no país.

Luciana Lazarini/Folhapress

IPIAÚ: Comerciantes podem continuar procurando Desenbahia para realizar empréstimo

Os comerciantes de Ipiaú, atingidos pela enchente em dezembro do ano passado, podem continuar procurando o Desenbahia para realizar o empréstimo emergencial. Os interessados devem se dirigir ao SAC, localizado na praça Ruy Barbosa, de segunda a sexta, das 08 às 12h.

O setor responsável pelo atendimento informou, que é necessário entregar identidade; CPF; comprovante de residência e, se casado, a certidão de casamento junto com o RG do cônjuge. Já no caráter de Pessoa Jurídica entrega-se o comprovante de faturamento mais recente; recibo de entrega da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) ou comprovante do e-Social.

Departamento de Comunicação / Prefeitura de Ipiaú

Lula chega à sede da Presidência da Argentina e se encontra com Fernández

Brasileiro e argentino farão reunião bilateral às vésperas da Cúpula da Celac, que marca retomada de laços
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), chegou à Casa Rosada, sede da Presidência da Argentina, às 11h desta segunda-feira (23) para o encontro com seu homólogo, Alberto Fernández. Ambos estavam acompanhados de suas primeiras-damas.

Antes, Lula participou de uma cerimônia de entrega de flores em homenagem ao general José de San Martín, herói da independência local.

Lula e Janja chegaram em Buenos Aires ainda na noite de domingo (22) e foram diretamente para o hotel. Além da visita ao presidente argentino, Lula tem prevista nesta segunda uma bilateral com o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro —que ainda não havia chegado ao país até o fim da manhã.

A partir de quarta-feira (25), Fernández será anfitrião da sétima edição da Cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), atualmente presidida pela Argentina.

Ainda na noite desta terça, o brasileiro e o argentino assistirão juntos a um concerto no Centro Cultural Kirchner. As relações entre os dois principais parceiros do Mercosul estava adormecida devido à posição de isolamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Nós vamos retomar e acelerar novamente a relação”, disse Fernández em entrevista à Folha.

Sylvia Colombo / Folha de São Paulo

‘Não há chance para o PT baiano sobreviver se o Lula fracassar’, diz cientista político

Ao jornal Tribuna da Bahia, o especialista ainda afirmou que houve uma “dependência completa” de Lula na campanha vitoriosa de Jerônimo Rodrigues
O cientista político e professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Paulo Fábio Dantas Neto, declarou, em entrevista divulgada nesta segunda-feira (23) pelo jornal Tribuna da Bahia, que o PT só tem chance de permanecer no comando do governo baiano nos próximos anos se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tiver êxito na gestão do país.

“Não tenho nenhuma dúvida disso. Não há chance para o PT baiano, para esse esquema sobreviver, se o governo Lula fracassar. Isso não tenho dúvida”, contou Paulo Fábio, ao impresso.

O especialista ainda afirmou que houve uma “dependência completa” de Lula na campanha vitoriosa de Jerônimo Rodrigues (PT). “A vitória foi concentrada, a meu ver, em duas grandes âncoras. Vou repetir o que nove em cada 10 pessoas dizem. A primeira foi a figura de Lula. Em segundo lugar, a máquina estadual, que funcionou a pleno a vapor”, analisa.

No entender de Paulo Fábio, ACM Neto (União Brasil) poderia ter vencido se tivesse uma comunicação melhor e mais recursos.

“Acho que a campanha de Neto foi passiva. Ele imaginou que aquela gordura que acumulou seria suficiente para levá-lo à vitória. Na verdade, estava a olhos vistos que estava tendo um avanço maior do que esperado do seu adversário. Ele não teve reação política”, pontuou.

Lula terá encontro bilateral com Maduro na Argentina

Venezuela tinha sido alijada das relações brasileiras durante os quatro anos do governo de Jair Bolsonaro
O presidente brasileiro, Lula, encontrará o líder venezuelano Nicolás Maduro nesta segunda-feira (23), em Buenos Aires. A informação é da assessoria de imprensa do gabinete presidencial.

A Venezuela tinha sido alijada das relações brasileiras durante os quatro anos do governo de Jair Bolsonaro. Uma das determinações de Lula reconstruir as relações internacionais, em especial com os países da região.

Uma das primeiras ações do atual governo foi restabelecer as relações diplomáticas com a Venezuela, cortadas no governo anterior, e ordenar a reabertura da embaixada em Caracas.

O retorno à Celac é parte do roteiro da primeira viagem internacional de Lula em seu terceiro mandato, que inclui uma visita oficial ao governo argentino.

A lista de encontros bilaterais ainda não está fechada —o presidente teve quase duas dezenas de encontros no dia seguinte a sua posse— mas inclui também o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Qu Dongyu.

Folha de S. Paulo

TSE quer agilizar ações contra Bolsonaro para evitar que Kassio analise caso

Ministros querem julgar processos até junho; nova frente de investigação pode ser aberta com cartão corporativo
Na mira de investigações tanto do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) como do STF (Supremo Tribunal Federal), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ver o desfecho de parte das ações de que é alvo ainda neste semestre.

Integrantes do TSE querem acelerar julgamentos e buscam analisar até o meio do ano processos que podem tornar o ex-chefe do Executivo inelegível —ou seja, proibido de disputar eleições.

Uma nova frente de investigações também pode ser aberta contra o ex-chefe do Executivo neste ano. A AGU (Advocacia Geral da União) avalia os gastos do cartão corporativo do ex-presidente para verificar se houve uso indevido da máquina pública.

Advogados próximos do PT apontam desconfianças sobre alguns gastos que se tornaram públicos. Eles dizem ser preciso averiguar se o uso do cartão para abastecimento e compras excessivas em padarias em períodos próximos a motociatas pode configurar uso ilícito de dinheiro público em ação de pré-campanha.

Ministros de tribunais superiores avaliam que há indícios de peculato, desvio de dinheiro público para proveito pessoal, em alguns gastos de Bolsonaro.

Já a análise da AGU seria mais abrangente em relação às contas e não é focada no período eleitoral. Caso constatem algo que sugira ilícitos, o próprio governo poderia tomar providências jurídicas e solicitar ressarcimentos.

Em outra frente, a CGU (Controladoria-Geral da União) está verificando qual o montante real que foi gasto no cartão da presidência porque o valor seria mais elevado do que o tornado público no início deste mês.

Se houver indícios de gastos na pré-campanha ou na campanha que firam a Lei Eleitoral, advogados, inclusive da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), podem pedir para juntar as informações nos autos de Aijes (Ação de Investigação Judicial Eleitoral) em trâmite no TSE.

Há 17 ações desse tipo tramitando contra Bolsonaro na corte eleitoral que podem levar à perda dos direitos políticos do ex-presidente.

Tradicionalmente essas ações têm tido tramitação lenta e exigido provas robustas. Mas alguns elementos pesam para que magistrados queiram acelerar processos contra Bolsonaro.

O próprio corregedor eleitoral, Benedito Gonçalves, ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), que relata essas ações, indicou a aliados querer acelerar o passo dos julgamentos por avaliar que esse tipo de instrumento acaba se arrastando por anos. Ele acredita ser preciso dar encerramento aos casos.

Ainda há outra razão para que a ala do TSE composta por integrantes do STF queira julgar até junho as ações. Segundo pessoas próximas a ministros do TSE, os magistrados pretendem aniquilar a fatura antes da aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski em maio. Isso porque a saída dele resultará na entrada de Kassio Nunes Marques, indicado ao Supremo por Bolsonaro.

A ideia é que os ministros do Supremo da composição atual do tribunal eleitoral votem da mesma forma. Interlocutores de ministros afirmam que o clima hoje no TSE é para declarar a inelegibilidade de Bolsonaro.

A tendência cresceu após os atos golpistas de 8 de janeiro, quando militantes bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes. Embora o ex-presidente estivesse em Orlando, nos Estados Unidos, integrantes do Judiciário e do governo Lula atribuem a gestos passados e a omissões de Bolsonaro o vandalismo contra os edifícios do Congresso, do Planalto e do STF.

Das Aijes no TSE, a mais avançada é uma apresentada pelo PDT. Ela aponta que Bolsonaro teria usado a estrutura do Palácio da Alvorada para uma reunião com embaixadores para atacar a integridade do sistema eleitoral. Na ocasião, o ex-presidente colocou em xeque a lisura das urnas.

O PDT aponta suposta prática de abuso de poder político e de uso indevido dos meios de comunicação.

Está prevista para o dia 8 de fevereiro a instrução do processo, com o depoimento do senador Ciro Nogueira (PP-PI), que era ministro da Casa Civil. Esta Aije pode ser a primeira a ser julgada.

O ritmo de julgamento das ações é definido pelo corregedor e pelo presidente do TSE, Alexandre de Moraes. Segundo aliados, ambos estão dispostos a acelerar o processo.

Opositores de Bolsonaro, inclusive a campanha de Lula, questionam ainda nas ações a liberação de parcela extra do auxílio de R$ 1.000 para caminhoneiros e taxistas, a confecção de milhões de cartões do Auxílio Brasil e o desvirtuamento de agendas oficiais.

Após o dia 8 de janeiro, o PDT e o PT pediram que Benedito incluísse a minuta do decreto golpista encontrada pela Polícia Federal na casa do ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Anderson Torres.

Um debate jurídico que deverá ocorrer no julgamento contra Bolsonaro é sobre até que ponto o tribunal pode avançar em relação à acusação inicial apresentada na ação.

Esse foi um dos principais argumentos que os advogados do ex-presidente usaram na defesa enviada ao TSE em relação à inclusão da minuta do golpe no processo em que o PDT pede a cassação de Bolsonaro devido à reunião realizada no Alvorada com embaixadores.

A defesa disse que o próprio relator já delimitou o objeto do processo e, na argumentação, transcreveu trecho da decisão do magistrado que cita que “a ação tem como causa de pedir fática o alegado desvio de finalidade de reunião havida no dia 18 de julho de 2022”.

“Fácil perceber: delimitados a causa de pedir e o pedido, implementado o contraditório circunstanciado e saneado o feito de maneira cabal, a ação eleitoral teve por encerrada a fase postulatória e encontra-se estabilizada”, diz a peça, assinada pelo advogado Tarcísio Vieira de Carvalho.

Caso o movimento interno na corte tenha sucesso, a tramitação da ação contra o ex-presidente irá destoar muito da maneira como o tribunal julgou processos similares nos últimos anos.

A ação que pedia a cassação da chapa de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), por exemplo, só teve julgamento concluído mais de dois anos e meio após o fim da eleição que elegeu a dupla em 2014.

Quando o TSE analisou o tema, a petista já havia sido destituída do cargo e Temer era o presidente da República.

Os dois foram acusados pelo PSDB de se aproveitar de verbas de propinas negociadas com empreiteiras e reveladas pela operação Lava Jato na campanha, o que configuraria abuso de poder político e econômico. Por 4 votos a 3, no entanto, a ação foi rejeitada, em junho de 2017.

Poucos anos depois, o tribunal demorou ainda mais para julgar as ações apresentadas contra Bolsonaro sob acusação de que ele se beneficiou de um esquema de disparo em massa de fake news contra seus adversários nas eleições de 2018.

O caso foi julgado no final do terceiro ano de mandato do ex-presidente, em outubro de 2021.

Naquela data, a maioria da corte concluiu que foi comprovada a existência de um esquema ilícito de propagação de notícias falsas via WhatsApp para beneficiar Bolsonaro, mas avaliou que não se demonstrou gravidade suficiente para cassar a chapa vencedora do pleito presidencial.

Julia Chaib, Matheus Teixeira e Catia Seabra / Folha de São Paulo

PT disputa com centrão cargos de comando na Câmara

Lira tinha acordo anterior com principais partidos e agora busca rearranjo para contemplar sigla de Lula
A cerca de dez dias da eleição que deve reconduzir Arthur Lira (PP-AL) à presidência da Câmara, o PT e partidos do centrão ainda negociam o espaço de cada um nos demais principais postos de comando da Casa: a Mesa Diretora, as comissões permanentes e a do Orçamento.

Lira controla o centrão e já tinha feito na campanha eleitoral acordos de distribuição desses postos entre as principais siglas de centro e de direita, como PL e União Brasil.

Com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e um progressivo deslocamento e aproximação com seu partido, que passou a apoiar a sua reeleição, Lira busca agora um rearranjo para abrigar a sigla.

Na próxima legislatura, que tem início em 1º de fevereiro, a federação liderada pelo PT terá a segunda maior bancada, com 81 parlamentares —a primeira será a do PL de Jair Bolsonaro, com 99 deputados.

As regras para a eleição da Câmara envolvem formação de blocos de apoio aos candidatos, costura que inclui, em troca do apoio, a distribuição dos demais cargos de comando da Mesa —duas vice-presidências, quatro secretarias e cargos de suplência— entre as legendas, o que é feito de forma proporcional ao tamanho do bloco.

A divisão do comando das comissões é feita posteriormente, mas os acertos sobre quem irá controlar qual delas ocorre desde já. As maiores bancadas têm preferência na escolha dos colegiados, mas também é possível fazer acordos para que algum partido fique com uma comissão de mais interesse.

Lira e o PT começaram a se aproximar logo após a vitória do presidente no segundo turno das eleições. Antes aliado de Bolsonaro, o presidente da Câmara foi a primeira autoridade a reconhecer o resultado da disputa, enfraquecendo qualquer narrativa do então mandatário contra a apuração.

Como gesto de boa vontade, Lula se reuniu com Lira na residência oficial da Câmara e disse que o PT não lançaria ou apoiaria candidato para rivalizar com o atual presidente.

A essa altura, o deputado já tinha firmado acordos com legendas como PL e União Brasil para conseguir apoio a sua tentativa de reeleição.

Com a adesão do PT e de partidos de sua órbita, a tendência é a de que Lira tenha que enfrentar, no máximo, concorrentes lançados por partidos de baixa expressão, como o Novo.

Conforme as negociações em curso, o PL ficaria com a primeira vice-presidência —circula o nome do deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), presidente da Frente Parlamentar Evangélica, mas ainda haverá uma votação interna para formalizar o indicado do partido.

Para contemplar o Republicanos, Lira indicou que apoiará a candidatura do deputado Jhonatan de Jesus (RR) para o TCU (Tribunal de Contas da União).

O PT tem a pretensão de conquistar na Mesa um cargo mais relevante que a atual Segunda Secretaria, ocupada por Odair Cunha (MG), que cuida dos estágios da Câmara e representa a Casa nas relações com embaixadas, além de auxiliar na emissão dos passaportes diplomáticos e oficiais.

O posto do PT na Mesa, seja qual for, deverá ser destinado à deputada Maria do Rosário (RS).

Apesar disso, segundo parlamentares ouvidos pela Folha, o objetivo maior do partido de Lula é presidir a principal comissão da Câmara, a CCJ (Constituição e Justiça), pela qual passam todos os projetos que tramitam na Casa.

O presidente da Câmara havia indicado a PL e União Brasil que eles ocupariam a presidência da comissão, em rodízio (um a cada ano).

Pelo tamanho da bancada, o PL teria direito à primeira escolha, que naturalmente é a CCJ. Em outras palavras, a principal comissão da Câmara ficaria nas mãos do maior partido de oposição a Lula.

Na prática, isso poderia emperrar a tramitação de projetos de interesse do governo ou até acelerar textos que vão no sentido contrário aos objetivos da administração petista.

Lira propôs ao governo, segundo deputados, manter o acordo que ele havia firmado, com o compromisso de que o escolhido do PL para comandar a CCJ não fosse da ala mais bolsonarista do partido. Ainda assim, o PT mantém o discurso de que não abre mão neste primeiro ano da CCJ, vista como imprescindível para a governabilidade de Lula e para evitar pautas-bombas.

O compromisso de Lira também envolve a CMO (Comissão Mista de Orçamento), cobiçada pela União Brasil e pelo MDB. A relatoria do Orçamento de 2024 ficará a cargo de um deputado —a deste ano foi do senador Marcelo Castro (MDB-PI).

Para ganhar força na disputa pelas comissões, o PT não descarta organizar um bloco com os partidos de centro que tenham ministérios no governo, como União Brasil, MDB e PSD. O grupo não lançaria rival a Lira, mas serviria apenas para negociar os colegiados.

Dentro de algumas dessas legendas, no entanto, há resistência à ideia, em especial pela avaliação de que é mais difícil conciliar interesses dos partidos em blocos diferentes. Nesse sentido, um bloco só facilitaria a concertação de vontades.

Além da CCJ, o PT pleiteia a comissão de Educação, hoje com a União Brasil.

Em outra frente, PSB e PDT, ambos aliados a Lula, articulam um bloco formado apenas pelos dois. O PSB elegeu 14 deputados e o PDT, 18. Juntos, somam 32 parlamentares.

Dirigentes das duas legendas avaliam que, juntos, conseguirão pleitear espaços melhores nos comandos de comissões e também na Mesa Diretora.

Folha de S. Paulo

Mudança de comando no Exército pode resultar em novas demissões

A decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de trocar o comando do Exército, tirando o general Júlio César de Arruda do cargo, deve acarretar novas mudanças em cargos estratégicos da Força. Alguns por insatisfação do petista, outros por mudanças naturais com as trocas de comando.

As decisões, no entanto, serão tomadas em conversas entre o presidente, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e o novo comandante do Exército, Tomás Paiva.

Uma das mudanças consideradas certas é com o tenente-coronel Mauro Cid. Ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o militar foi designado no ano passado para comandar o 1⁰ Batalhão de Ações de Comando, em Goiânia, como revelou a Folha.

A saída de Cid de Brasília se deu em acordo entre o Exército e o Palácio do Planalto, enquanto avançavam investigações contra o tenente-coronel na PF (Polícia Federal). Assumir um cargo de comando, segundo militares ouvidos pela Folha, era um processo natural pelo posto a que havia chegado —Cid foi promovido de major a tenente-coronel durante a gestão Bolsonaro.

A situação de Mauro Cid foi considerada a gota d’água para a queda de Arruda. Segundo pessoas próximas, Lula queria a retirada do tenente-coronel do posto de comando enquanto investigações sobre transações suspeitas feitas por ele, com recursos da família de Bolsonaro, estivessem na mira da Polícia Federal, como revelou a Folha.

Arruda, no entanto, resistiu à mudança. De acordo com aliados de Lula, a postura do general neste caso foi decisiva para a troca no comando do Exército.

A manutenção do general Gustavo Henrique Dutra no cargo de comandante Militar do Planalto também passou a ser discutida. General de três estrelas oriundo das Forças Especiais, Dutra é considerado na Força um militar habilidoso e com grandes chances de receber a quarta estrela no ombro em 2024.

Nos últimos dois meses, ele defendeu uma retirada gradual do acampamento em frente ao QG do Exército, em Brasília, sem que houvesse conflito ou violência contra os apoiadores de um golpe militar que estavam no local.

Apesar de a estratégia ter o aval de Múcio, a demora para o desmonte do acampamento golpista é considerada pelo Planalto uma das principais razões para que os ataques contra as sedes dos três Poderes fossem viabilizados, em 8 de janeiro.

Pesa também a postura adotada por Dutra junto com Arruda de evitar que a Polícia Militar prendesse os golpistas na noite do ataque aos Poderes. Como a Folha mostrou, o interventor Paulo Cappelli queria desmontar o acampamento bolsonarista após a invasão aos prédios públicos, mas foi barrado pelos militares, que defenderam uma ação coordenada na manhã do dia seguinte.

O tenente-coronel Paulo Jorge Fernandes da Hora, chefe do Batalhão da Guarda Presidencial, também pode perder o posto. Ele tem sido acusado de dificultar a prisão de golpistas dentro do Palácio do Planalto.

Um inquérito policial-militar foi aberto para investigar a conduta de Fernandes. A aliados ele tem afirmado que não agiu para proteger os golpistas. A versão na caserna é que os policiais militares agiram de forma mais agressiva no Planalto porque um colega, que fazia policiamento a cavalo, havia sido agredido momentos antes.

Segundo essa versão, o tenente-coronel teria discutido com os policiais, como mostram vídeos, para conter o ímpeto e evitar agressões quando os golpistas já estavam controlados.

Além dos três, a última mudança que deve ocorrer é a saída do general Valério Stumpf Trindade. Ele e Tomás Paiva ascenderam ao posto de general de Exército juntos em julho de 2019 e, pelas regras militares, o comandante da Força não pode ter entre os subordinados nenhum militar mais antigo.

Stumpf é o atual chefe do Estado-Maior do Exército, cargo considerado como número 2 da Força. A vaga da chefia do Comando Militar do Sudeste, até então comandando por Tomás, também ficará em aberto.

Com a mudança, devem ser realizadas novas mudanças em cargos da cúpula do Exército para evitar uma carência no cargo de chefia. A função no Estado-Maior costuma ser assumida por um dos oficiais-generais mais antigos da Força.

A demissão de Júlio César de Arruda foi confirmada neste sábado (21) por Múcio, após o ministro apresentar formalmente o novo comandante Tomás Paiva ao presidente Lula.

“Evidentemente que com esses últimos episódios, a questão dos acampamentos, a questão do [ataque] dia 8 de janeiro, as relações no comando do Exército sofreram uma fratura no nível de confiança. Achávamos que podíamos estancar isso logo no início”, disse Múcio em breve discurso a jornalistas no Palácio do Planalto.

Cézar Feitoza / Folha de São Paulo

Ipiaú: Mulheres são detidas por policiais militares por cometerem mútuas agressões em via pública (Briga de Rua)

Por volta das 23h15min, desse sábado (21/01/23), quando em ronda pelo centro da cidade de Ipiaú, ao passar na praça do Cinquentenário, a guarnição da 55ª CIPM/Ipiaú se deparou com uma aglomeração e um tumulto. Quando os policiais militares se aproximaram, perceberam que se tratava de uma briga envolvendo duas mulheres.

Imediatamente houve a intervenção por parte da guarnição que imobilizou as envolvidos e as conduziram até o Plantão Central, na delegacia de Ipiaú.

Autoras: (1ª) I. O. S. (Feminino), Idade: 41anos, End: Quadra 17, bairro Irmã Dulce, Ipiaú. (2ª) V. L. S. S. (Feminino Idade: 41 anos, End: Rua da Força, Centro. Ipiaú

Informações: Ascom/55ª CIPM /PMBA, uma Força a serviço do cidadão!

Homem é preso por policiais militares em Ipiaú por cometer agressão física.

Por volta das 21h desse sábado (21/01/23), após solicitação, via 190, a guarnição da CIPM/Ipiaú deslocou até a praça de eventos para verificar uma denúncia de agressão física.

Na praça de eventos, a guarnição encontrou a vítima e deslocaram para a avenida Beira Rio, próximo ao parque de exposições.

Chegando ao local, a guarnição encontrou o agressor, que foi imediatamente imobilizado, os envolvidos foram apresentados na delegacia de Ipiaú para as medidas cabíveis.

Autor: E. C. dos S. (Masculino) Idade: 23 anos, End: Rua Taís Soledade, César Borges, Ipiaú

VITIMA: R. S. (Masculino) Idade: 42 anos

Informações: Ascom/55ª CIPM /PMBA, uma Força a serviço do cidadão!

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