Prefeita vistoria obras em desenvolvimento na cidade



A Prefeita Maria das Graças Mendonça, passou boa parte da manhã da última quarta-feira, 25, vistoriando obras em andamento na cidade. A visitação começou pela obra de pavimentação Rua Elias Assis, de onde a prefeita se deslocou até a Rua São Roque para vistoriar a reforma da Quadra Poliesportiva. Em seguida foi ver de perto as construções de 121 casas populares e de uma creche, no Bairro ACM. 
Na sequência esteve na obra da creche (padrão FNDE) do Loteamento Bom Jardim e concluiu a jornada visitando a construção da Praça do Triângulo, ao lado do Centro de Abastecimento. Na tarde da terça-feira, 24, Maria esteve visitando as obras da creche e areninha esportiva na Vila irmã Dulce.
Durante a visitação ao conjunto de obras, a prefeita esteve acompanhada da secretária de Infraestrutura, Andréia Suzart e técnicos da pasta. Maria considerou que os trabalhos prosseguem a contento e disse que a Prefeitura, apesar das dificuldades enfrentadas no dia-a-dia, está conseguindo, em parceria com os governos estadual e federal, concretizar projetos que irão melhorar a qualidade de vida da população. (José Américo Castro / ASCOM-Prefeitura de Ipiaú).

 

WhatsApp libera criação de comunidades com até 5.000 pessoas no Brasil

Ilustração do WhatsApp mostra como funcionarão as comunidades, novo recurso que permite reunir grupos sob um mesmo guarda-chuva
O WhatsApp anunciou nesta quinta-feira (26) que vai liberar a criação de comunidades, com a proposta de reunir grupos que tratem de assuntos afins para facilitar a organização de conversas. Esses espaços poderão reunir até 5.000 pessoas.

Procurado, o WhatsApp afirma que as alterações no aplicativo serão feitas de forma gradual. Até a tarde desta quinta, a opção de criar comunidade estava indisponível.

O recurso é oferecido em outros países desde novembro. A Meta, dona do WhatsApp, adiou o lançamento da funcionalidade no Brasil, após o Ministério Público Federal ter recomendado à empresa esperar até 2023 para disponibilizá-la, como medida preventiva contra desinformação no contexto eleitoral.

O administrador da comunidade pode enviar mensagens a todos os seus membros, ou seja, 5.000 pessoas. Até então, o alcance era limitado a 256 pessoas em listas de transmissão e grupos.

Cabe também à administração dessas comunidades adicionar ou remover pessoas, criar ou incluir grupos dentro da comunidade e fazer moderação, com poder de apagar mensagens e arquivos considerados abusivos.

A atualização ainda vai aumentar o limite máximo de participantes de um grupo para 1.024 pessoas, habilitar a criação de enquetes em conversas e permitir videochamadas com até 32 presentes.

Segundo informe publicado no blog do WhatsApp, o objetivo das comunidades é aumentar a segurança e a privacidade de organizações, que, com a funcionalidade, deixariam de depender de outros softwares para administrar diversos bate-papos.

O lançamento dos recursos vem na sequência de outras atualizações no aplicativo, que permitiram reagir a mensagens com emoji, compartilhar arquivos maiores e que administradores pudessem expulsar membro de grupos. O concorrente russo Telegram já oferecia essas opções.

Os usuários também podem se prevenir de abusos relacionados às comunidades, com as opções abaixo:Decidir quem pode adicioná-los a comunidades
Denunciar abusos nos bate-papos
Bloquear contatos
Sair das comunidades

Quando lançou a funcionalidade no ano passado, o WhatsApp enfatizou querer manter o foco na troca de mensagens, para marcar distinção de redes sociais e do Telegram. Não será possível buscar por comunidades, como é possível encontrar canais com número irrestrito de participantes no concorrente russo.

“Como as conversas nessas pequenas comunidades são privadas, o WhatsApp continuará protegendo as mensagens com a criptografia de ponta a ponta para que apenas os membros dos grupos e mais ninguém possa vê-las”, afirmou a empresa em comunicado de 2022.

Além da moderação por parte dos administradores, o WhatsApp promete dissolver comunidades envolvidas em abusos, como a distribuição de material de abuso sexual infantil ou a coordenação de violência ou tráfico de pessoas. Outra possível sanção é o banimento de membros com comportamento nocivo.

“Usaremos como base todas as informações não criptografadas disponíveis, como o nome e a descrição da Comunidade e as denúncias dos usuários, para tomar as medidas adequadas”, disse a empresa no mesmo informe.

Pedro Teixeira/Folhapress

Moraes manda plataformas reativarem perfis de Nikolas Ferreira

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal)
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou a reativação dos perfis do deputado federal eleito Nikolas Ferreira (PL-MG) nas redes sociais, sob a condição de que ele não publique ou compartilhe notícias falsas. Em caso de descumprimento, será aplicada multa diária de R$ 10 mil.

O deputado teve as redes sociais bloqueadas no último dia 11 por Moraes, após os ataques golpistas de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) às sedes dos Três Poderes.

A ordem de Moraes foi direcionada ao Facebook, ao Instagram, ao Telegram, ao Tik Tok, ao Twitter e ao YouTube.

Nikolas, 26, foi o deputado federal mais votado do Brasil nesta eleição, com cerca de 1,5 milhão de votos.

À época, Moraes havia entendido que a situação de Nikolas tinha relação com a do senador eleito Alan Rick (União Brasil-AC), que também teve as contas das redes sociais bloqueadas.

“De fato, a partir do exame do conteúdo do ato decisório, vê-se que os argumentos veiculados para a liberação das contas do senador Alan Rick se mostram inteiramente aplicáveis em relação a Nikolas Ferreira, de modo que, considerando a identidade da situação jurídica decorrente de sua condição de parlamentar eleito, os efeitos da decisão devem estender-se ao deputado federal”, disse Moraes em sua decisão.

Nikolas foi um dos principais defensores de Bolsonaro na campanha do então presidente à reeleição, no ano passado.

O político mineiro se declara “cristão, conservador e defensor da família” e, na reta final das eleições, foi obrigado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a publicar direito de resposta do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após disseminação de informações falsas sobre o petista.

José Marques/Folhapress

Jean Paul Prates assume presidência interina da Petrobras

Em abril, assembleia geral aprova seu nome para mandato de dois anos
O Conselho de Administração da Petrobras aprovou hoje (26), por unanimidade, o nome de Jean Paul Prates como conselheiro da empresa até a próxima assembleia geral de acionistas e o elegeu presidente da companhia, com mandato até 13 de abril deste ano, mesmo prazo dos demais integrantes da diretoria executiva.

Prates, que assume a presidência interina da Petrobras devido à renúncia de seu antecessor, Caio Paes de Andrade, indicado por Jair Bolsonaro, foi indicado para o cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e tomou posse como presidente e conselheiro de Administração nesta quinta-feira. Ele deverá ser efetivado no cargo pela assembleia geral de acionistas que se reunirá até o mês de abril, aprovando também a eleição dos conselheiros.

Segundo a assessoria de imprensa da Petrobras, os diretores da empresa foram eleitos pelo Conselho de Administração em abril de 2021, para um período de dois anos. Toda a diretoria, incluindo o presidente, termina o mandato na mesma data, o que explica porque o mandato de Prates também se encerrará em abril, quando ele deverá ser efetivado na presidência da empresa pela assembleia de acionistas. Cabe ao Conselho de Administração aprovar a eleição e a renovação da diretoria.

Formação

Jean Paul Terra Prates tem 54 anos, é advogado, formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, mestre em economia e gestão de petróleo, gás e motores pelo Instituto Francês do Petróleo e mestre em política energética e gestão ambiental pela Universidade da Pensilvânia.

Foi membro da assessoria jurídica da Petrobras Internacional S.A. (Braspetro), editor da revista Oil & Gas Journal Latinoamericana e diretor executivo da Expetro Consultoria em Recursos Naturais Ltda., maior consultoria de petróleo nacional durante os anos 1990 e 2000, quando coordenou projetos de diversas empresas públicas e privadas, nacionais e internacionais, entidades sindicais e setoriais, e assessorou governos, agências reguladoras e parlamentares em todas as áreas do setor energético.

Como secretário de Energia do Rio Grande do Norte, Prates levou o estado à autossuficiência energética e à liderança nacional em geração eólica, além de ter consolidado uma refinaria e usinas termelétricas a gás e biomassa naquele estado e construído bases para os projetos de energia solar e eólica offshore (no mar).

Marcos legais

Prates foi pelo Rio Grande do Norte; presidente da Frente Parlamentar de Recursos Naturais e Energia e do Grupo Parlamentar Brasil-Países Árabes. É autor de importantes marcos legais envolvendo a transição energética e práticas sustentáveis, entre as quais a lei que regulamenta as atividades de captura e armazenamento de carbono e a lei da energia offshore e foi relator do Marco Legal das Ferrovias, das novas leis sobre a produção de biogás em aterros sanitários e da nova lei de mobilidade urbana sustentável.

Recentemente, Prates foi reconhecido como um dos três mais influentes nomes no setor de energia renovável no Brasil e uma das 50 personalidades mais importantes do setor energético mundial, pelas duas principais revistas internacionais especializadas em energia, a europeia Recharge e a norte-americana Windpower. Também foi eleito um dos 25 mais influentes nomes da indústria eólica mundial pela revista Windpower.

Edição: Nádia Franco
Por Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Flávio Dino apresenta Pacote da Democracia para Lula

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, apresentou hoje (26) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva as propostas para endurecer a legislação sobre crimes contra o Estado Democrático de Direito. A iniciativa é uma reação aos atos terroristas que ocorreram no dia 8 de janeiro, em Brasília, e foi apelidado de Pacote da Democracia.

O pacote inclui uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), uma Medida Provisória (MP) e dois projetos de lei. “Fiz um breve resumo dos projetos que estamos debatendo para que, no início do período legislativo, o presidente possa conversar com os outros poderes e ver o destino dos projetos que foram elaborados aqui”, disse Dino, em entrevista à imprensa.

Na próxima semana será a abertura do ano Judiciário no Supremo Tribunal Federal e do ano Legislativo, no Congresso Nacional, com a posse de parlamentares eleitos e reeleitos para a Câmara e o Senado.

Após o encontro com Lula, no Palácio do Planalto, Dino participou de uma reunião com secretários estaduais de Segurança Pública, na sede do ministério, em Brasília.

Guarda Nacional

A PEC que está sendo preparada pela pasta vai tratar sobre a criação de uma Guarda Nacional permanente, em substituição à Força Nacional, que atua em missões temporárias. A ideia é que a guarda fique responsável pela proteção de prédios públicos federais em Brasília e atue em operações especiais em terra indígenas, área de fronteira, unidades de conservação e apoio à segurança dos estados.

Já a MP tratará sobre mudanças legais para criminalizar condutas na internet que configurem a prática de atentado contra o Estado Democrático de Direito, com a responsabilização de plataformas na internet que não derrubem publicações terroristas e antidemocráticas.

“Achamos que as margens de lucro auferidas por esse modelo de negócio não pode significar o abrigo a práticas criminosas. Isso deve se dar com muito cuidado para proteger a sagrada liberdade de expressão consignada na Constituição, mas não pode ser um vale-tudo”, disse Dino durante a abertura da reunião com secretários.

Para o ministro, o terrorismo político não deve ser imune de consequências gravíssimas, inclusive materiais. Segundo ele, nos últimos dias, a União investiu R$ 40 milhões para recompor parte do patrimônio público depredado em 8 de janeiro, além dos gastos com operações de segurança excepcionais. “Isso é responsabilidade de quem acha bonito terrorismo político, de quem pratica, de quem organiza e financia. Temos que trabalhar juntos para por fim ao estímulo a essa cultura nociva”, completou.

Desta forma, o governo também deve propor um projeto de lei (PL) que aumenta a pena para quem organizar e financiar atos golpistas e antidemocráticos. A medida ainda deve tipificar novos crimes, como o de atentado a vida dos presidentes dos três poderes.

Por fim, o segundo PL propõe agilizar a perda de bens para quem participa de crimes contra Estado Democrático de Direito. Essa perda de bens, segundo Dino, engloba pessoas físicas e empresas.

Reunião com secretários

Durante a abertura do encontro com os secretários de Segurança Pública, Dino destacou a importância do trabalho integrado, “produtivo e eficiente em favor da população, respeitadas as autonomias dos entes federados”.

Na pauta da reunião, está a gestão do Fundo Nacional de Segurança Pública e questões sobre a partilha e execução dos recursos. Segundo o ministro, atualmente há um represamento de aproximadamente R$ 2,3 bilhões já repassados pela União para os fundos estaduais e, por dificuldades burocráticas, não conseguiram ainda ser investidos na melhoria se serviços de segurança para a população. A ideia de Dino é colher sugestões dos secretários para agilizar a execução desses repasses e dos próximos.

Da mesma forma, o governo quer dinamizar a aquisição e repasse de equipamentos e materiais para os estados. Os secretários devem tratar ainda sobre o fortalecimento da política de drogas e a retomada do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).

Outro item da pauta, destacado por Dino, é a política de armas. No dia 1º de janeiro, Lula editou decreto que visa a recomposição da política de controle de armas e, agora, o ministério está com um grupo de trabalho para tratar de nova regulamentação à Lei 10.826, que estabelece as normas para registro, posse e venda de armas de fogo e munição.

“Nosso desejo é ter uma regulação definitiva, sem mexer na lei, mas em nível infralegal, com decretos e portarias. Isso [acesso da população a armas] impacta muito fortemente na segurança pública e no combate a organização criminosas. Essa regulamentação vai se dar de modo participativo. Inclusive, desejamos que haja indicação por esse conselho de um representante dos secretários de segurança dos estados para junto conosco debaterem essa proposta a ser apresentada ao presidente Lula”, explicou Dino.

O decreto já editado por Lula, reduz a quantidade de armas e de munições de uso permitido, condicionando a autorização de porte à comprovação da necessidade. Também suspende os registros para aquisição e transferência de armas e munições de uso restrito por caçadores, atiradores e colecionadores (CACs) e a concessão de autorizações para abertura de novos clubes e escolas de tiro. O decreto presidencial também determina que, em 60 dias, a Polícia Federal (PF) recadastre todas as armas comercializadas a partir de maio de 2019.

Edição: Aline Leal
Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - Brasília

Fuzil é apreendido pela 50ª CIPM e Batalhão de Choque

Este é o terceiro fuzil retirado das ruas este ano, durante ações policiais.
Um fuzil 556 e um carregador do mesmo calibre foram apreendidos na tarde desta quarta-feira (25), no bairro de Nova Brasília, por policiais da 50ª Companhia Independente da Polícia Militar e da Companhia de Patrulhamento Tático Móvel (Patamo) do Batalhão de Polícia de Choque.

De acordo com o subcomandante da 50ª CIPM, capitão Daniel Nascimento, o material estava enterrado numa área de mata fechada entre os bairros de Nova Brasília e Jardim Nova Esperança.

"Essa é uma área sensível onde fazemos rondas rotineiras. Hoje, com o apoio do Batalhão de Choque e com o canil da unidade especializada, conseguimos encontrar esse material enterrado", contou.

Ainda segundo ele, para a localização do armamento, também foi indispensável a colaboração de denúncias anônimas da população sobre movimentações estranhas na região. Além do armamento, foram encontrados ainda 240 munições 9 milímetros e 50 munições. 40, drogas e balança.

Todo o material foi apresentado na 10ª Delegacia Territorial ( Pau da Lima).
Fonte: Ascom / Kelly Hosana

Ação policial resulta em apreensão de 60 kg de drogas

Rondesp Atlântico e Bepe encontraram os tabletes da erva no Nordeste de Amaralina.
Uma ação de combate ao crime organizado realizado pela Polícia Militar, na tarde desta quarta-feira (25), resultou na apreensão de cerca de 60 kg de maconha. Equipes da Rondesp Atlântico e do Bepe encontraram os tabletes da erva no Nordeste de Amaralina.

Os militares, após levantamentos e patrulhamento repressivo, avistaram um traficante na Rua Edgard de Barros, em uma localidade conhecida como Olaria. O criminoso conseguiu escapar correndo, mas abandonou 59 tabletes de maconha, em uma edificação.

Além dos entorpecentes, os PMs apreenderam uma balança, um celular e 165 reais em espécie. Os materiais foram apresentados no Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco).
Fonte: Ascom/Alberto Maraux

PC e PM apreendem R$ 11,2 mil, arma e drogas com traficantes

Equipes da 8ª Coorpin e da 89ª CIPM realizaram o flagrante, na quarta-feira (25), em Posto da Mata.
Cerca de 11,2 mil reais da venda de entorpecentes, arma e porções de maconha, cocaína e crack foram apreendidos com quatro traficantes, em Posto da Mata, distrito do município de Nova Viçosa, na região do Extremo Sul da Bahia. O flagrante aconteceu, na quarta-feira (25), durante ação conjunta da 8ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) e da 89ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM).

O comportamento suspeito de dois homens, carregando uma mochila, foi o ponto de partida para as prisões. Os policiais, diante do nervosismo da dupla, iniciaram o procedimento de abordagem. Dentro da sacola, as equipes encontraram 1,6 mil reais em espécie e uma porção de maconha.

Questionados, os criminosos informaram que a quantia era proveniente da venda de drogas e indicou o local onde estaria um comparsa. A diligência seguiu até o ponto indicado, onde outro traficante acabou preso com 67 porções de drogas, munições do calibre 9mm e um veículo modelo Saveiro, placa OZI9A21, que havia sido roubado na cidade de São Mateus, no estado do Espírito Santo.

Quarta prisão

Durante depoimentos iniciais do trio preso, foi indicado que mais um comparsa da organização criminosa teria recebido uma mochila com arma e drogas. As equipes foram até o local informado e prenderam em flagrante mais um criminoso.

Com ele foram apreendidos um revólver calibre 22, munições e 42 porções de maconha, crack e cocaína.

Antes da condução dos suspeitos até a Delegacia Territorial (DT), os policiais localizaram R$ 9,6 mil em espécie. Um dos traficantes indicou onde guardava a quantia.
Fonte: Ascom / Alberto Maraux

Mais de 231 toneladas de drogas são retiradas de circulação em 2022

ssp
Foto: Divulgação/SSP
Em 2022 foram retiradas de circulação cerca de 231 toneladas de drogas em ações de combate ao tráfico realizadas pelaícias Militar e Civil na Bahia. Dez toneladas estavam prontas para a venda, e a maior parte dos entorpecentes apreendidos foi na região Norte, com a erradicação de 813.167 mil pés de maconha, durante a ‘Operação Terra Limpa’, deflagrada pelo Comando de Policiamento da Região Norte (CPR-N).
Na região norte, os pés de maconha erradicados equivalem a cerca de 204 toneladas, como conta o comandante do CPR-N, coronel Valter Araújo. “ A cada quatro pés, se tem um quilo da droga. Elas eram irrigadas através de sistema de gotejamento, com água armazenada em caixa d'água abastecida por bomba, além do solo fértil, o que facilita o cultivo criminoso”, esclareceu.

Segundo o oficial, as ações foram intensificadas nas cidades de Sento Sé, Curaçá, Casa Nova, Remanso, Umburanas, Paulo Afonso e outros municípios, com guarnições da Polícia Militar que atendem a região, além de especializadas. “A ‘Operação Terra Limpa’ já causou prejuízo de milhões aos traficantes e continuará sendo empregada nos municípios este ano”, concluiu.

Só em duas operações distintas, no mês de agosto, foram encontrados 548 quilos de drogas

Na cidade de Feira de Santana, 420 quilos entorpecentes, avaliados em R$ 1,5 milhão, foram apreendidos por equipes da 1ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), em conjunto com a Coordenação de Apoio Técnico à Investigação (Cati) do Departamento de Polícia do Interior (Depin). Os entorpecentes estavam dentro de um ônibus que vinha de São Paulo para a cidade baiana de Cansanção.

Já no município de Jequié, 128 tabletes de maconha foram apreendidos. O flagrante foi realizado por equipes do 19º Batalhão de Polícia Militar (BPM/ Jequié) com o apoio da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Central. A droga que teria saído de São Paulo, tinha como destino o município de Vitória da Conquista.
Fonte: Poliana Lima/ Ascom SSP

Rússia ataca Ucrânia com míssil hipersônico após anúncio dos tanquesRússia ataca Ucrânia com míssil hipersônico após anúncio dos tanques

Especialistas avaliam que impacto dos blindados ocidentais dependerá do número utilizado
A Rússia fez um ataque com 55 mísseis contra alvos na Ucrânia nesta quinta (26), um dia depois de Estados Unidos e Alemanha escalarem o envolvimento ocidental na guerra anunciando o envio de tanques para Kiev combater a invasão de Vladimir Putin.

Segundo o general Valeri Zalujni, comandante das Forças Armadas ucranianas, foram utilizados diversos mísseis, inclusive o modelo hipersônico Kinjal, lançado de interceptadores MiG-31K. Ele afirmou que 47 dos projeteis mais lentos, como modelos de cruzeiro Kalibr, foram derrubados, o que parece otimista ante os estragos relatados em diversos pontos do país.

Odessa, o maior porto ucraniano, ficou sem energia e água corrente. Houve ao menos um morto em Kiev e em Vinnitsia, no oeste do país, foram registradas seis grandes explosões. Não está claro onde foi empregado o Kinjal, uma das “armas invencíveis” reveladas por Putin em 2018 e que já foi utilizado no conflito.

“O objetivo dos russos segue inalterado: pressão psicológica sobre os ucranianos e destruição de infraestrutura crítica. Mas nós não podemos ser quebrados”, escreveu o general no Twitter. Enquanto isso, forças de Putin têm feito avanços lentos no sul e no leste do país.

Em Moscou, o porta-voz do Kremlin voltou a criticar o Ocidente e sua promessa de entrega de armas pesadas. “Tudo que a aliança [ocidental] está fazendo é visto como envolvimento direto no conflito. Nós vemos isso crescer”, afirmou Dmitri Peskov em sua conversa diária com repórteres. “Esses países viraram participantes do conflito”, afirmou o poderoso Nikolai Patruchev, secretário do Conselho de Segurança da Rússia.

Após semanas de discussão, a quarta (26) trouxe uma novidade tática para a guerra: a Alemanha disse que irá enviar 14 tanques Leopard-2A6 e permitir a reexportação do modelo, que fabrica, por outros países para Kiev. Com isso, a Polônia recebeu luz verde para também enviar 14 Leopard-2, da versão mais antiga A4.

De forma algo surpreendente, dada a resistência anterior, os EUA prometeram fornecer 31 tanques M1 Abrams, sem especificar se é o modelo A1, mais antigo, ou o mais recente A2 —provavelmente o blindado mais poderoso do mundo.

O Reino Unido, por sua vez, já havia dito que enviaria 14 tanques Challenger-2 para ajudar o esforço de guerra do presidente Volodimir Zelenski. Esses primeiros 59 tanques não mudam em nada o balanço militar da guerra, mas sinalizam uma mudança de postura que poderá levar a tanto.

A Ucrânia queria 300 tanques, e especialistas falam em pelo menos 100 para que incursões contra linhas defendidas pelos russos em Kherson (sul) e Donetsk (leste) tenham alguma chance de sucesso. Outros países operadores de Leopard-2, como Espanha, Finlândia e Noruega, já se manifestaram em favor do envio. Mas mesmo isso não é uma garantia.

“É improvável que um grupo blindado de 30 a 50 tanques Abrams afete a situação. Se forem 200 ou 300, usados corretamente, podem ser significativos”, afirmou à Folha o diretor do Centro de Análises de Estratégias e Tecnologias, um dos principais think tanks militares russos, Ruslan Pukhov.

Ele crê que o Ocidente irá limitar seus envios para manter a Rússia pressionada, perdendo recursos, mas não visando “uma vitória decisiva da Ucrânia, o que é improvável de todo modo”. Pukhov diz que Moscou terá problemas se enfrentar versões mais novas do Abrams e mesmod do Leopard-2 por utilizar munição soviética mais antiga.

Segundo Pukhov, também há escassez de mísseis antitanques modernos, similares aos americanos Javelin que a Ucrânia operou com habilidade no começo da guerra. A Rússia tem o Kornet, mas em pouca quantidade, e depende de armas menos eficazes soviéticas.

Para Rob Lee, americano do King’s College (Londres) que tornou-se referência na análise da guerra, os tanques ocidentais “são boa notícia, mas não uma bala de prata”.

“O objetivo da Ucrânia é retomar todos seus territórios ocupados pela Rússia. Romper linhas defensivas bem preparadas e explorar esses sucessos é difícil sem uma vantagem significativa de armas combinadas, e a Ucrânia dificilmente terá superioridade aérea”, escreveu no Twitter.

Ele concorda que os modelos ocidentais têm vantagens na disputa direta com os russos, mas há o fator numérico. Moscou perdeu o equivalente a metade de sua frota ativa de 3.000 tanques, mas colocou muitas reservas em campo —e elas somavam 10 mil blindados antes da invasão, em fevereiro do ano passado.

Lee aponta outras questões. “Incorporar três tipos diferentes de tanques será uma dor de cabeça logística, mas também dará aos ucranianos mais opções para repor perdas”, afirmou. “Os novos tanques vão aumentar as chances de sucesso de Kiev, mas não garanti-las”.

Ele vê mais importância tática nos blindados mais leves prometidos, como o Bradley e o Stryker americanos e o Marder alemão. Eles seriam melhores que os tanques ucranianos hoje em ação —Kiev perdeu metade de seus quase mil blindados do tipo até aqui, tendo recebido um reforço de 230 da Polônia após o conflito.

Além das dúvidas acerca das quantidades de tanques, há a velocidade de sua entrega. O treinamento para operar Leopard-2 e Challenger-2 vai de três a seis semanas, e talvez ainda mais para o Abrams —que têm o problema adicional de usar um motor a turbina, que consome horrores, obrigando uma logística mais azeitada de fornecimento de combustível especial.

Nesta quinta, o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, afirmou durante um exercício militar que a primeira leva dos seus Leopard-2 estará pronta “no fim de março, começo de abril”. Restará assim ver o que fará Putin até lá.

Igor Gielow / Folha de São Paulo

PSD faz ofensiva no Senado, acerta com Mara Gabrilli e pode ultrapassar PL

Aumento da bancada fortalece o nome de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que disputa a reeleição à presidência da Casa
Em ofensiva no Senado Federal, o PSD acertou a filiação da senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) e pode ultrapassar o PL. O partido ainda trabalha para filiar mais um senador até a semana que vem, engordando ainda mais a bancada.

Aliados do presidente do PSD, Gilberto Kassab, dizem que ele articula o aumento no número de parlamentares desde o fim do ano passado. O principal objetivo, afirmam, seria enfrentar o discurso do PL de que bolsonaristas foram eleitos em peso e teriam o domínio do Senado.

Aliados de Gabrilli já dão como certa a filiação dela ao PSD e afirmam que a senadora está apenas pedindo a “bênção” de seus principais padrinhos políticos, como o senador José Serra (PSDB).

A tucana foi candidata a vice-presidente na chapa da ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), e está no PSDB desde que disputou sua primeira eleição, em 2004, para vereadora em São Paulo.

Pessoas próximas à senadora afirmam que ela reclama que o PSDB deixou de apontar caminhos e que não gostaria de fazer oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) gratuitamente.

Enquanto o PSDB decidiu não integrar a base de Lula e se manter independente, o PSD se tornou um dos principais aliados do novo governo e emplacou três ministros.

Questionado sobre a filiação de Gabrilli, Kassab afirmou que seria “maravilhoso”. “Um dos melhores quadros da vida pública brasileira”, disse.

Com a ida da senadora para o PSD, o partido deve começar a próxima legislatura como a maior bancada do Senado. Hoje, PSD e PL estão empatados com 13 parlamentares cada.

Em outubro, o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) conseguiu eleger oito senadores e anunciou que começaria o ano de 2023 com, no mínimo, com 14 —contando com os outros seis que têm mandato por mais quatro anos.

Marcos Rogério (PL-RO) acabou se tornando, no entanto, o fiel da balança. O parlamentar está fora do mandato por motivos pessoais, e o suplente, Samuel Araújo, é do PSD. Caso Rogério assuma o mandato, o PL voltará a ter 14 senadores —e o PSD 13, contando com Mara Gabrilli.

Para se contrapor ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e impulsionar a candidatura do senador eleito Rogério Marinho (PL-RN), o PL conseguiu formar um bloco com PP e Republicanos.

“O bloco PL/Progressistas/Republicanos dá musculatura política a Rogério Marinho, que deseja resgatar a independência e o protagonismo do Senado Federal, se eleito”, afirmou o PL, antecipando ainda que a senadora eleita Tereza Cristina (Progressistas-MS) será líder do partido dela.

Juntos, as três siglas terão 23 parlamentares durante a eleição da Mesa Diretora do Senado, na próxima quarta-feira (1º). Já o PDT, com três integrantes, formalizou o apoio à reeleição de Pacheco. Outros partidos da base devem fazer isso até a data.

O PSD também tem trabalhado para filiar os senadores Eliziane Gama (Cidadania-MA) e Jayme Campos (União-MT).

A parlamentar do Maranhão já conversou com o próprio Kassab e com diversos colegas de Senado, como Otto Alencar (PSD-BA) e Omar Aziz (PSD-AM). Já o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD-MT), tenta convencer Campos.

Aliados de Eliziane Gama afirmam que a senadora também avalia o convite do MDB —partido de Tebet, de quem é próxima— e deve considerar o cenário regional.

No Maranhão, o MDB está sob domínio da ex-governadora Roseana Sarney. Já o PSD sofre forte influência do prefeito de São Luís, Eduardo Braide.

A assessoria de Eliziane Gama afirmou que a senadora ainda está conversando com diferentes partidos. A assessoria de Jayme Campos foi procurada, mas não se manifestou.

“No campo nacional, a bancada é muito acolhedora. Respeita as divergências e libera o parlamentar [em votações] quando a questão é cara para ele”, afirmou o líder do PSD no Senado, Nelsinho Trad (MS), sobre a expectativa de crescimento da bancada.

Desde as eleições, o PSD conseguiu filiar também as senadoras Zenaide Maia (RN), que era do Pros, e Margareth Buzetti (MT), ex-Progressistas —e suplente do ministro da Agricultura.

No caso de Buzetti, a ida para a base governista era condição para que Fávaro deixasse o Senado e assumisse o ministério. O segundo suplente do ministro, José Lacerda (MT), também se filiou ao partido comandado por Kassab em dezembro e deixou o MDB.

Durante a campanha presidencial, o PSD evitou declarar apoio a Bolsonaro ou a Lula argumentando que o partido era rachado e que o posicionamento oficial poderia ter efeitos negativos na eleição de deputados e senadores. A intenção de Kassab era justamente engordar os quadros no Congresso.

Desde a eleição, o dirigente do PSD intensificou a empreitada por aumento da bancada para fortalecer as chances de reeleição do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

Tradicionalmente, o senador que pertencesse à maior bancada da Casa chegava como favorito na eleição, o que fez com que o MDB presidisse o Senado no passado diversas vezes.

Esse costume foi rompido, porém, em 2019, com a eleição de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Renan Calheiros (MDB-AL), que pertencia à maior bancada e disputava o quinto mandato de presidente, se retirou da disputa ao perceber que perderia a eleição.

Desta vez, o PL, que tem Rogério Marinho como adversário de Pacheco, busca atrair o voto de parlamentares porque elegeu o maior número de senadores na eleição passada. A intenção de Kassab era, além de ter um time grande no Senado, desbancar mais este argumento do PL.

Diferentemente de deputados federais, senadores podem mudar de partido a qualquer momento. Na sexta-feira (20), Jorge Kajuru (PSB-GO) trocou o Podemos pelo PSB —sigla do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.

Como mostrou a Folha, o PT quer fortalecer o PSB para ampliar o apoio a Lula no Senado. Em outubro, a sigla elegeu apenas o atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB-MA). O partido espera anunciar, nos próximos dias, a filiação de Chico Rodrigues (União-RR).

Primeira suplente na chapa de Dino, a vice-prefeita de Pinheiro (MA), Ana Paula Lobato (PSB-MA), já decidiu que vai continuar no PSB. Com a filiação de ao menos outros dois senadores, o PSB conseguiria atingir o número mínimo para que um dos parlamentares seja alçado a líder.

Thaísa Oliveira e Julia Chaib / Folha de São Paulo

Vladimir Putin planeja apreender armamento americano no Afeganistão

Vladimir Putin planeja apreender armamento americano no Afeganistão
Uma fonte do Kremlin afirma que o líder russo está em negociações com o Talibã para reconhecer o governo do país.

Em troca, Putin quer que o equipamento roubado do Afeganistão pelo Talibã seja entregue - de acordo com o canal Telegram General SVR -, que afirma ter informações fornecidas por uma fonte do Kremlin.

As tropas americanas se retiraram do Afeganistão em 2021 após a invasão do Talibã no país, e acredita-se que os combatentes roubaram até meio milhão de armas e até 50 veículos de guerra.

"Putin está supervisionando as negociações com o Talibã para reconhecer o governo talibã. Em troca, a liderança russa está oferecendo uma grande troca de armas e equipamentos militares’’, afirmou o ‘General SVR’.

‘’Putin informou que o Talibã possui armas e equipamentos, incluindo aqueles apreendidos após chegar ao poder no Afeganistão, que são escassos para o exército russo no front. Pessoas iniciadas nos detalhes das negociações dizem que o Talibã está extremamente surpreso com tais propostas, mas as estão discutindo seriamente", acrescentou.

Audiência Pública pela garantia dos direitos da população vulnerabilizada pela enchente

A Ouvidoria Cidadã da Defensoria Pública da Bahia – DPE/BA- promoverá na tarde desta quinta-feira, 26, no Salão do Plenário da Câmara Municipal de Ipiaú, uma Audiência Pública com o propósito de debater a garantia dos direitos da população vulnerabilizada pela enchente da Usina Hidroelétrica da Pedra, bem como discutir as possíveis sugestões para a solução das questões decorrentes desse tema.

O evento, com início previsto para as 17 horas, contará com as participações dos defensores públicos Maíra Fattorelli e Luiz Carlos Azevedo, que atuam na defesa da comunidade local, além de representantes do Ministério Público, OAB, Prefeitura Municipal, Poder Legislativo, e outros órgãos da sociedade civil, população atingida, bem como membros da Coordenação da 12ª Defensoria Pública Regional de Jequié.

A partir da audiência pública que deverá ser conduzida pela titular da 12ª Defensoria Pública, Yana de Araújo Melo, serão formulados compromissos dos órgãos governamentais e do Sistema de Justiça para a defesa e proteção de direitos e políticas públicas destinadas às pessoas vitimadas pela enchente em Ipiaú.

A cheia do Rio das Contas ocorreu na última semana do ano passado, devido às fortes chuvas, e mediante atuação da Companhia Hidrelétrica do São Francisco, ao liberar vazões da Barragem Pedra chegaram a níveis extremos, provocando inundações em diversas áreas de Ipiaú e região.

Nada menos que 887 famílias, totalizando 1607 pessoas, foram diretamente atingidas pelo acidente. Desse contingente 684 famílias foram desalojadas e 203 desabrigadas. Além disso inúmeros estabelecimentos comercias foram inundados, ocasionando grandes prejuízos aos seus proprietários.

José Américo da Matta Castro

Proposta de criação da Guarda Nacional está pronta, diz ministro

Flávio Dino explica papel de nova corporação federal de segurança
O governo federal deve apresentar, nos próximos dias, a proposta de criação de uma Guarda Nacional permanente e de segurança pública para proteger os prédios públicos federais em Brasília e atuar em operações especiais em terra indígenas, área de fronteira, unidades de conservação e apoio à segurança dos estados.

A informação é do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, em entrevista exclusiva a veículos da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), na noite desta quarta-feira (25), em Brasília. Ele disse que a proposta de criação da nova corporação federal foi um pedido do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e deve substituir a Força Nacional de Segurança, criada em 2004, no primeiro mandato de Lula.

"Ele [presidente] acha que a Força Nacional, como algo temporário, não cumpre o papel adequado. Ele próprio pediu a redação. Nós redigimos, está pronta. Será uma instituição dedicada à segurança das áreas cívicas, mas poderá atuar em áreas de fronteira, territórios indígenas e unidades de conservação.

Será parecido com a Força Nacional, mas com comando próprio, com cultura, enfim", afirmou.

O ministro descartou qualquer ideia de federalizar a Segurança Pública do Distrito Federal, que continuará sob o comando do governo local. No entanto, a defesa de áreas sob jurisdição da União - como a Esplanada dos Ministérios, Praça dos Três Poderes e residências oficiais, entre outros pontos sensíveis da capital - passaria a ser atribuição da Guarda Nacional.

A ideia é que seja uma corporação civil, mas de caráter ostensivo, com ingresso por meio de concurso próprio. Atualmente, o contingente da Força Nacional é recrutado de forma episódica a partir de agentes que atuam em diferentes polícias do país.

"Vai que, em algum momento, haja um governador extremista no Distrito Federal. Então, a segurança do Congresso, do Supremo, do Palácio do Planalto, ficaria submetida aos problemas da política local? Não pode. E esse é um erro que agora o presidente Lula quer corrigir", argumentou.

Outras medidas

Além da criação da Guarda Nacional, que está no centro das propostas do chamado Pacote da Democracia, o governo federal deve sugerir mudanças legais para criminalizar condutas na internet que configurem a prática de atentado contra o Estado Democrático de Direito.

"Ninguém pode instalar um quiosque em um shopping center e ensinar a fabricar uma bomba. Por que pode na internet? Então, terrorismo e crimes contra o Estado Democrático de Direito não podem ser mobilizados na internet", afirmou o ministro da Justiça.

Outra medida é o aumento da pena para quem organizar e financiar atos golpistas e antidemocráticos, como os que ocorreram em Brasília no último dia 8 de janeiro.

Relatório da intervenção

Flávio Dino também adiantou algumas conclusões do relatório final da intervenção federal na Segurança Pública do Distrito Federal (DF). O documento ainda será detalhado ao ministro pelo interventor, Ricardo Cappelli, e depois apresentado aos chefes dos Três Poderes.

"Temos alguns resultados que mostram que houve omissões gravíssimas, no planejamento e execução do sistema de segurança pública por parte do Distrito Federal, e é isso que vai ser apresentado à sociedade, para que, no momento próprio, o Poder Judiciário defina as punições cabíveis àqueles que falharam, erraram ou cometeram crimes", afirmou.

A intervenção federal no Distrito Federal vai durar até o próximo dia 31 e, a partir de fevereiro, o governo distrital volta a gerir a segurança pública na cidade. Na tarde desta quarta-feira (25), a governadora em exercício do DF, Celina Leão, apresentou o delegado Sandro Avelar como futuro secretário de Segurança Pública da capital do país

Edição: Kleber Sampaio
Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Moraes multa Telegram em R$ 1,2 milhão por não bloquear Nikolas Ferreira

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, aplicou uma multa milionária ao aplicativo Telegram por descumprimento de decisão.

A rede social descumpriu ordem judicial de bloquear o canal do deputado federal eleito Nikolas Ferreira (PL-MG). Em razão disso, o ministro estabeleceu multa de R$ 1,2 milhão.

Alexandre de Moraes havia determinado, em 13 de janeiro, que o Telegram interrompesse a conta de Nikolas no Brasil. O magistrado estipulou multa diária de R$ 100 mil pelo não cumprimento da determinação. A multa refere-se a dez dias do descumprimento.

“A rede social, ao não cumprir a determinação judicial, questiona, de forma direta, a autoridade da decisão judicial tomada no âmbito de inquérito penal, entendendo-se no direito de avaliar sua legalidade e a obrigatoriedade de cumprimento”, afirma Moraes na decisão.

Mais cedo, o Telegram pediu que o ministro reconsiderasse a ordem de bloqueio do deputado eleito. Em ofício ao STF, disse que não houve “qualquer fundamentação ou justificativa para o bloqueio integral do referido canal”.

O Telegram também critica a ordem de bloqueio e diz que a determinação “colide com o direito à liberdade de expressão”.

Em seu canal, com mais de 306 mil inscritos, Nikolas agradeceu ao Telegram por “lutar contra a censura”.

“A única ‘rede social’ que ainda posso comunicar. Literalmente querem sumir comigo da internet. Surreal.”, escreveu o deputado eleito.

Procurado, o Telegram não respondeu ao contato da reportagem.

Em março de 2022, Moraes chegou a suspender o funcionamento do Telegram no Brasil. À época, o ministro atendeu a um pedido da Polícia Federal.

O bloqueio foi revogado depois que o aplicativo respondeu às demandas do STF: nomeou um representante no país, Alan Campos Elias Thomaz, fechou parceria com agências de checagem de notícias, além de garantir que restringiria postagens que espalham desinformação.

UOL/Folhapress

Conselho do BNDES confirma Mercadante na presidência

Aloizio Mercadante, futuro presidente do BNDES
O Conselho de Administração do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou em reunião nesta quarta-feira (25), a nomeação do ex-ministro Aloizio Mercadante para a presidência do banco.

Também foram aprovados os nomes de outros três diretores: Tereza Campello, Natalia Dias e Helena Tenorio. Os aprovados se juntam aos diretores já nomeados Alexandre Corrêa Abreu, José Luis Gordon, Nelson Barbosa e Luiz Navarro.

Ministro da Educação, de Ciência e Tecnologia da Casa Civil durante o governo Dilma Rousseff, Mercadante teve sua indicação ao BNDES questionada por ter coordenado a equipe de transição do terceiro governo Luiz Inácio Lula da Silva.

Sua nomeação, porém, foi avalizada pelo TCU (Tribunal de Contas da União), que entendeu não haver conflito em sua participação na transição e restrições impostas pela Lei das Estatais a pessoas que coordenaram campanhas políticas.

O novo presidente do banco foi aprovado por unanimidade pelo conselho, segundo nota divulgada pelo BNDES. O colegiado já tem maioria alinhada pelo novo governo, após renúncias de membros indicados durante a gestão Jair Bolsonaro.

Com a aprovação dos nomes nesta quinta, o BNDES conclui a renovação de sua diretoria com indicações feitas pelo governo Lula.

A nova gestão assume com a missão de alterar o perfil do banco sob Bolsonaro, que era mais focado no apoio a concessões e privatizações e no financiamento a pequenas empresas.

Em sinalizações já feitas pela cúpula do governo, alguns dos focos devem ser o apoio à indústria e às exportações de produtos brasileiros, segundo antecipado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin a empresários na Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo).

No fim de 2021, Mercadante afirmou que não quer uma volta ao passado, “mas sim construir o BNDES do futuro”. As prioridades, afirmou, são pequenas empresas, economia verde e a “reindustrialização do Brasil”.

“A indústria respondia por 43% da carteira do BNDES, e hoje responde só por 16%. Sem indústria, não há inovação, nem geração de emprego de qualidade”, afirmou, na ocasião.

Esta semana, em visita à Argentina, o presidente Lula falou ainda em retomar o financiamento de obras no exterior, política questionada pelo TCU (Tribunal de Contas da União) e amplamente usada pelo bolsonarismo para atacar as gestões petistas.

Até setembro, segundo os últimos dados disponíveis, Venezuela, Cuba e Moçambique somavam US$ 1,03 bilhão em atrasos de pagamentos em empréstimos tomados para financiar obras feitas por empresas brasileiras.

Lançado em 1998, o programa de financiamento à exportação de bens e serviços de engenharia paralisou os desembolsos nos últimos anos em meio à descoberta de casos de corrupção com empreiteiras.

Em nota divulgada após a declaração de Lula, o BNDES disse que qualquer mudança nessa política passará “necessariamente” por um entendimento com o TCU e acrescentou que o presidente da corte, Bruno Dantas, “tem reforçado o papel de acompanhamento colaborativo das políticas públicas”.

Nicola Pamplona/Folhapress

Investir em gasoduto argentino não faz sentido econômico e ambiental, dizem especialistas

Apesar de o ministro Haddad citar vantagens de Vaca Muerta para mercado local, pré-sal é prioridade
O projeto envolvendo a reserva argentina rica em gás de xisto de Vaca Muerta, apesar dos elogios feitos pelo governo brasileiro em sua visita ao país vizinho, não é considerado econômica e ambientalmente viáveis para a realidade brasileira, segundo especialistas do setor do lado de cá da fronteira.

A declaração conjunta assinada por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo presidente argentino Alberto Fernández qualifica o projeto, incluindo o gasoduto Néstor Kirchner, que atravessa a Argentina e inclui ligação com a divisa do Brasil, como uma prioridade binacional.

Lula declarou que haverá urgência em garantir financiamento brasileiro ao projeto. As obras da primeira etapa ainda estão em curso. A licitação da segunda fase deve ocorrer até abril. O gasoduto já recebeu 180 bilhões de pesos em investimento, quase R$ 5 bilhões, e a demanda por capital é crescente. Neste ano, vai demandar 300 bilhões de pesos, cerca de R$ 8,2 bilhões.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o investimento brasileiro se justifica porque o produto, quando chegar ao Brasil, vai beneficiar a indústria brasileira, inclusive a produção de fertilizantes.

Ainda que as intenções políticas sejam positivas dentro da diplomacia regional, as questões de ordem mais técnica, segundo os especialistas em energia, não asseguram que o Brasil possa ter retornos concretos com o financiamento do projeto. Não há nem garantia de que o gás possa chegar até aqui, explica Rivaldo Moreira Neto, sócio da Gas Energy, consultoria especializada na área para América Latina.

Na Argentina, o gás é um combustível muito mais relevante do que no Brasil. Conta com um mercado amplo e estruturado e com uma rede de gasodutos extensa e densa. O gás abastece indústria e famílias, não apenas na geração de energia elétrica, mas também sustenta a calefação das residências no inverno.

No entanto, o país precisa importar o produto, principalmente para atender a forte demanda quando a temperatura cai abaixo de zero. Nos meses mais frios, muitas indústrias ficam sem o produto e precisam queimar diesel, mais caro e poluente, por causa dessa deficiência na oferta.

O último ano foi especialmente penoso por causa dessa dependência internacional, pois a guerra da Rússia na Ucrânia afetou a oferta global e pressionou os preços, contribuindo para agravar a crise financeira interna da Argentina. Teve gente sem dinheiro para se aquecer.

O gasoduto Néstor Kirchner é vital porque vai transportar o gás da província de Neuquén até San Jerónimo, na região de Buenos Aires, que concentra o consumo, atravessando mais de 1.400 quilômetros, incluindo a instalação de ramais e plantas compressoras pelo meio do caminho. As saídas para uma eventual exportação estão mais ao norte.

Sendo assim, produção local de uma reserva como a de Vaca Muerta é, antes de qualquer outra discussão, a promessa de autossuficiência de gás a baixo custo para o mercado interno argentino. O governo, inclusive, controla o preço na boca do poço, fator que até dificultou a atração de investidores.

“Essencialmente, todo o projeto de Vaca Muerta é voltado à Argentina, e busca atender a necessidade do país, que é muito deficitário”, diz Moreira Neto. “A gente ainda não sabe nem o volume, nem em quanto tempo o país vai conseguir exportar esse gás.”

Na já distante oferta para o mercado externo, o Brasil está em desvantagem na fila. O cliente preferencial é o Chile. Outro importante consumidor de gás, ele já construiu uma estrutura de gasodutos para receber o produto argentino, e boa parte dos canos ficam inclusive vazios.

Até já existe um sistema inicial conectando a Argentina à térmica de Uruguaiana no Rio Grande do Sul, por causa de um projeto anterior, que não se concretizou. Apesar de os governos dos dois países falarem há anos dessa integração pelo gás, o fato é que a Argentina não conseguiu fornecer o produto.

O projeto de levar o gás de Uruguaiana a Porto Alegre está igualmente paralisado, pois exige a construção de um duto de 600 km. O plano de expansão da malha brasileira de gasodutos, divulgado em 2019 e que nunca saiu do papel, previa na época investimento de R$ 4,6 bilhões.

A ambição de levar o gás argentino para o Sudeste é mais distante ainda, pois essa região do Brasil pode ser abastecida pelo gás do pré-sal, que está na costa do Brasil.

“O Brasil precisa de mais competição no gás. Qualquer outra oferta que se prove competitiva pode ajudar a recuperação da indústria nacional”, afirma Paulo Pedrosa, presidente da Abrace (Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres).

“Mas nossa grande oportunidade está no gás do pré-sal, que estamos reinjetando em gigantescas quantidades.”

Apesar de o tema ter sido amplamente discutido durante o governo anterior e ter sido sancionada uma lei para abrir o mercado, o fato é que as transações são lentas e a construção da infraestrutura para aproveitar o pré-sal ainda não decolou. No entanto, o transporte do produto via dutos faz parte do custo final, e quanto mais próximo do mercado consumidor, mais barato, o que dá vantagem ao produto local e nacional.

“O gás de Vaca Muerta pode ser muito barato”, diz Luiz Augusto Barroso, diretor-presidente da PSR, consultoria da área de energia. “Mas há também o gás do pré-sal e o gás boliviano, e a opção vai depender da competitividade pelo custo da entrega.”

O produto argentino perde muitos pontos quando se avalia a questão ambiental.

“Gás ou petróleo de xisto são as piores escolhas em qualquer lugar do mundo”, diz o físico Shigueo Watanabe Júnior, especialista em mudanças climáticas e energia. Ele não é uma entusiasta de nenhum gás, porque todos pioram as emissões, mas produtos como o de Vaca Muerta, em comparação, são mais prejudiciais que o do pré-sal, por exemplo. A emissão de metano é alta.

O xisto argiloso é um tipo de rocha sedimentar, e para separar o petróleo ou o gás dessa estrutura é preciso aplicar água com uma alta pressão. Além desse gasto elevado de água, a pressão em si afeta o solo de diferentes maneiras.

Watanabe conta que na própria Argentina a exploração prejudicou comunidades indígenas. Na exploração de xisto nos Estados Unidos, há registro de contaminação de lençóis freáticos e abalo na estrutura até de casas próximas às áreas de extração. Na China, há estudos mostrando que a pressão em locais de exploração de xisto levou a abalos sísmicos.

“O Brasil tem reservas de xisto”, diz Watanabe. “No Paraná, uma mobilização impediu a extração. Espero que as reservas no Maranhão e no Piauí nunca sejam cogitadas.”

Por ora, no entanto, nada foi definido de concreto em relação ao projeto argentino. A assessoria de imprensa do BNDES informou, por meio de nota, que ainda aguarda detalhes sobre as propostas.

“As falas do presidente Lula são muito bem-vindas e valorizam o BNDES”, afirmou o texto da nota. “A nova diretoria do Banco vai aguardar o retorno da delegação brasileira para obter mais informações sobre parcerias, encaminhamentos e eventuais participações em projetos.”

Com pessoas próximas ao banco, a Folha apurou que não existem pedidos formais de crédito para projetos associados à Vaca Muerta ou seu gasoduto. Internamente, não há perspectiva de que o banco volte a trabalhar com financiamentos a obras no exterior. O BNDES suspendeu essa modalidade. A perspectiva é que ocorram financiamentos de equipamentos para obras no exterior, que buscam fomentar a indústria brasileira no mercado interno.

O crédito poderá ser fornecido à empresa no Brasil ou a governo no exterior para a aquisição dos produtos, a depender de análise do projeto e do parceiro.

O financiamento do BNDES a obras no exterior, inclusive a concessão de equipamentos, foi questionado e se tornou alvos de investigações. Segundo fontes do banco, o processo de apoio a projetos de exportação tende a ser mais minucioso.

Alexa Salomão / Folha de São Paulo

Não são nem 10%, diz vice de El Salvador sobre mortos e desaparecidos em combate a gangues

Félix Ulloa defende exportação de políticas do governo de Nayib Bukele contra as chamadas 'maras' a países como o Haiti
Em cerca de dois meses, El Salvador completará um ano sob o regime de exceção decretado pelo governo do populista Nayib Bukele. E não há prazo para encerrá-lo, segundo o vice-presidente Félix Ulloa, 71.

Com a justificativa de combater as chamadas “pandillas” ou “maras”, gangues responsáveis por altos índices de violência, o país centro-americano tem estabelecido cercos militares e realizado, de forma maciça, prisões de supostos membros das “pandillas” —60 mil até aqui.

Organizações de direitos humanos apontam que a situação, junto à postura de Bukele e de seus partidários de interferir no Judiciário e de manter um discurso agressivo contra a imprensa, fez El Salvador migrar para uma autocracia. Ulloa, por sua vez, diz que a democracia por lá nunca esteve tão vibrante.

Formado em direito, ele lutou contra a ditadura que vigorou de 1931 a 1979 no país. Seu pai, de quem herdou o nome, foi assassinado pelo regime em 1980. Bukele é 30 anos mais novo que seu vice.

Ulloa reconhece que a guerra contra as gangues protagonizou violações de direitos humanos. Mas afirma que essa não é uma política de Estado —seria, diz ele, uma espécie de dano colateral. “Nenhuma obra humana é perfeita, e investigações estão em curso”, afirma o salvadorenho.

Ele falou à Folha por videochamada na primeira semana de janeiro, quando esteve no Brasil para a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pouco antes de se reunir com o seu homólogo brasileiro, Geraldo Alckmin (PSB).

O governo argumenta que o número de homicídios caiu no país, e Bukele goza de índices de aprovação superiores a 80%. Contrariando a Constituição, ele já disse que deve disputar a reeleição em 2024.

Mayara Paixão / Folha de São Paulo

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