Prefeito que atropelou e matou mulher em Minas 'lamenta precoce perda'

Tiago Dalpério, prefeito de Tombos, na Zona da Mata de Minas Gerais, usou as redes sociais para se manifestar a respeito da morte de Bianca Maria Almeida Florindo, de 28 anos. A jovem foi atropelada pelo chefe do Executivo na noite de quarta-feira (1º/2), na RJ-220, entre Porciúncula e Natividade, no estado do Rio de Janeiro, conforme registro da Polícia Militar.

Em comunicado emitido nesse sábado (4/2), o prefeito destacou que “imediatamente após tomar conhecimento acerca dos fatos, se apresentou espontaneamente perante a autoridade policial competente e prestou esclarecimento sobre os mesmos”.

Dalpério completou ressaltando que “permanece à disposição das autoridades policiais a fim de prestar eventuais e quaisquer esclarecimentos necessários para a apuração das causas que provocaram o acidente”.

Por fim, o mandatário de Tombos disse que “lamenta profundamente a precoce perda da jovem Bianca, compadecendo na dor da família pela irreparável perda”.

Veículo passou em alta velocidade e seguiu viagem

Conforme relatado na ocorrência, policiais do 29° Batalhão faziam patrulhamento na RJ-220, quando se depararam com Bianca e a moto dela no chão. Os militares desocuparam a viatura para, posteriormente, retirar a mulher do solo e prestar atendimento. Enquanto conversavam com ela, “veio um veículo em alta velocidade e atropelou-a, tomando sentido a Porciúncula”.

Ainda segundo a Polícia Militar, “o fato aconteceu tão rápido” e de forma “inesperada” “que a guarnição também quase foi atropelada”. Bianca foi socorrida pelas autoridades, mas não resistiu aos ferimentos.

Bianca Maria Almeida Florindo era funcionária da Prefeitura de Porciúncula, que, via assessoria, lamentou a morte. Conforme o Executivo, ela exercia o cargo de inspetora de alunos na Escola Municipal João Braz desde 2022. Ela deixa uma filha pequena.

Já a Câmara Municipal de Tombos disse que também “se solidariza e manifesta o mais profundo pesar aos familiares” da vítima. Em nota, o Legislativo afirma ter “confiança nas autoridades constituídas à averiguação, apuração e elucidação dos fatos ocorridos”.
Leia a íntegra da nota de Tiago Dalpério

NOTA DE ESCLARECIMENTO SOBRE ACIDENTE COM VÍTIMA FATAL OCORRIDO NA CIDADE DE PORCIÚNCULA - ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Tiago Pedrosa Lazzaroni Dalpério - signatário desta, vem a público lamentar profundamente o acidente ocorrido na RJ 220, sentido Natividade/RJ a Porciúncula/RJ, na noite de quarta-feira (01º de Fevereiro de 2023), no qual envolveu o Noticiante, que conduzia o veículo Marca FIAT, Modelo Toro, Placa RTP4H50, pertencente à frota da prefeitura de Tombos/MG e vitimando fatal e lamentavelmente a pessoa de Bianca Maria Almeida Florindo, esta que havia, sofrido uma queda da motocicleta que conduzia e se encontrava caída sobre a pista de rolamento, tudo conforme respectivo Registro de Ocorrência (RO nº 139-00057/2023).Esclarece ainda que, imediatamente após tomar conhecimento acerca dos fatos, se apresentou espontaneamente perante a Autoridade Policial competente e prestou esclarecimento sobre os mesmos.Informa ainda, que permanece à disposição das autoridades policiais, a fim de prestar eventuais e quaisquer esclarecimentos necessários para a apuração das causas que provocaram o acidente.Por fim, manifesta aqui, mais uma vez, que lamenta profundamente a precoce perda

da jovem Bianca, compadecendo na dor da família da mesma pela irreparável perda e presta condolências aos familiares e amigos enlutados.

Tombos/MG, 04 de fevereiro de 2023.
Tiago Pedrosa Lazzaroni Dalpério

Consulta ao abono do PIS e do Pasep é liberada neste domingo; veja passo a passo

Consulta ao abono do PIS e do Pasep é liberada neste domingo
O governo federal liberou a consulta ao abono salarial do PIS e do Pasep de 2023 neste domingo (5). As informações podem ser acessadas pelo site gov.br e pelo aplicativo Carteira de Trabalho.

O abono de 2023 é pago aos trabalhadores que, em 2021, receberam em média até dois salários mínimos por mês, trabalharam ao menos 30 dias com carteira assinada e cumpram alguns outros requisitos.

Veja o passo a passo para consultar se você tem direito ao benefício:

Pela internet 1. Acesse o site https://servicos.mte.gov.br/spme-v2/#/login e clique em ‘Entrar com gov.br”

2. Faça login com seu CPF e senha cadastrados no portal gov.br. Caso não tenha cadastro, é possível fazê-lo neste site.

3. Em seguida, clique em Abono Salarial. Em seguida, aparece a informação se o trabalhador receberá ou não o benefício.
Pelo aplicativo

1. No celular ou tablet, baixe o aplicativo Carteira de Trabalho Digital, caso não o tenha.

2. Faça login com seu CPF e senha cadastrados no portal gov.br. Caso não tenha cadastro, é possível fazê-lo neste site.

3. Na tela inicial, clique em Abono Salarial – Consultar. Caso a opção não apareça, clique no menu da parte de baixo da tela, depois Benefícios e Abono Salarial. Em seguida, aparece a informação sobre os valores a receber.

Lotes de liberação começam em 15 de fevereiro

O abono liberado agora é relativo ao ano de 2021. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, serão beneficiados 22,9 milhões de trabalhadores, sendo 20,4 milhões com direito ao PIS e outros 2,5 milhões ao Pasep, totalizando cerca de R$ 22 bilhões.

Os lotes de liberação do abono começam no dia 15 de fevereiro e seguem até o dia 17 de julho. O PIS é pago na Caixa, para quem trabalhou em empresas privadas em 2021 e se encaixa nas regras do programa. Já o Pasep é liberado pelo Banco do Brasil para trabalhadores de empresas públicas, como servidores e funcionários de estatais, além de militares. O prazo para sacar o valor termina em 28 de dezembro de 2023.

O abono é de até R$ 1.302 e varia de com a quantidade de meses trabalhados durante o ano-base de 2021. O valor do benefício é calculado considerando 1/12 do salário mínimo multiplicado pelo número de meses trabalhados. Se o beneficiário trabalhou o ano todo de referência, receberá um salário mínimo. Se trabalhou dois meses em 2021, receberá R$ 217, por exemplo.

Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, a lei 7.998/1990 determina que no ato do pagamento, os valores serão arredondados para unidade imediatamente posterior. Como 1/12 do salário mínimo dá R$ 108,50, quem tiver direito a esse valor receberá R$ 109. O mesmo ocorre com outros valores com centavos quebrados.

Calendário de pagamento do PIS 2023
Abono do PIS, pago pela Caixa
Para trabalhadores de empresas privadas
Nascidos em Recebem a partir de Recebem até
Janeiro e fevereiro 15/02/2023 28/12/2023
Março e abril 15/03/2023 28/12/2023
Maio e junho 17/04/2023 28/12/2023
Julho e agosto 15/05/2023 28/12/2023
Setembro e outubro 15/06/2023 28/12/2023
Novembro e dezembro 17/07/2023 28/12/2023
Abono do Pasep, pago pelo Banco do Brasil
Para quem trabalhou em empresas públicas, como servidores e funcionários de estatais, e militares
Final da inscrição Recebem a partir de Recebem até
0 15/02/2023 28/12/2023
1 15/03/2023 28/12/2023
2 e 3 17/04/2023 28/12/2023
4 e 5 15/05/2023 28/12/2023
6 e 7 15/06/2023 28/12/2023
8 e 9 17/07/2023 28/12/2023

Quem tem direito ao PIS/Pasep que será pago em 2023

O ano de referência para este abono é 2021. O trabalhador precisa:

– Estar cadastrado no programa PIS/Pasep ou no Cnis (data do primeiro emprego) há pelo menos cinco anos

– Ter trabalhado para empregadores que contribuem para o PIS ou Pasep
– Ter trabalhado formalmente pelo menos 30 dias no ano-base de 2021

– Ter recebido remuneração mensal média de até dois salários mínimos em 2021

– O empregador precisa ter informado os dados do funcionário corretamente na Rais (Relação Anual de Informações Sociais) do ano-base
Quem não tem direito ao abono

– empregado(a) doméstico(a)

– trabalhadores rurais e urbanos empregados por pessoa física

– trabalhadores empregados por pessoa física equiparada a jurídica

Rafael Balago/Folhapress

Governadores atraem adversários e constroem bases folgadas nas Assembleias

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues
Os novos deputados estaduais tomaram posse na quarta-feira (1º) indicando um caminho de maioria folgada nas Assembleias Legislativas para a maioria dos novos governadores.

Deputados que foram eleitos em partidos de oposição aderiram já na semana da posse e vão engrossar a base aliada dos novos gestores, reduzindo a margem para um enfrentamento mais duro aos governos estaduais.

Os eleitos tomaram posse nesta semana nas Assembleias de 25 estados. Em São Paulo, os novos deputados serão empossados apenas em 15 de março, enquanto na Câmara Legislativa do Distrito Federal a posse foi em 1° de janeiro.

Os quatro governadores do PT terão maiorias tranquilas nas Assembleias. Na Bahia, Jerônimo Rodrigues terá uma base de apoio segura a despeito do resultado apertado nas urnas, onde os partidos de oposição elegeram 31 dos 63 deputados estaduais.

Ao menos 11 já aderiram ao governador, elevando a base aliada para 42 membros do Legislativo. Dentre eles estão os seis eleitos pelo PP, partido que rompeu com Rui Costa (PT) de forma ruidosa em 2022 para apoiar a candidatura ao governo de ACM Neto (União Brasil).

Os deputados se reuniram nesta semana e definiram que vão apoiar o novo governo, a despeito da postura de oposição do presidente estadual do partido, o deputado federal João Leão.

“Tivemos um diálogo com os deputados do PP e ficou definido que, naqueles pontos que dizem respeito ao interesse do estado, os deputados vão apoiar nossos projetos. Fico feliz”, afirmou o governador Jerônimo Rodrigues.

Ao menos 2 dos 4 deputados estaduais do PL estão em diálogo com o governo e não devem fazer oposição ao governador. Dentre eles está Vitor Azevedo (PL), que foi chefe de gabinete do então ministro da Cidadania João Roma no governo Jair Bolsonaro.

No Ceará, parte das bancadas da União Brasil e do PSDB indicou apoio ao governador Elmano de Freitas (PT), assim como a maioria do PDT.

Petistas e pedetistas romperam em julho de 2022, quando o PDT preteriu a governadora Izolda Cela e escolheram o ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio como candidato a governador.

Alianças pouco ortodoxas também devem acontecer em outros estados. No Amazonas, por exemplo, o PT fará parte da base aliada do governador Wilson Lima (União Brasil), que foi o principal cabo eleitoral de Bolsonaro no estado e deve ter uma base com 22 dos 24 deputados.

O cenário é parecido em Mato Grosso do Sul, onde os três deputados estaduais do PT vão fazer parte da base do governador Eduardo Riedel (PSDB), que apoiou Bolsonaro na eleição presidencial.

A aproximação entre os partidos aconteceu no segundo turno da eleição de 2022, mas a aliança foi selada em janeiro. Os petistas vão comandar cargos no segundo escalão do governo tucano em áreas como agricultura familiar, direitos humanos e povos indígenas.

“Depois de muita discussão interna, resolvemos participar do governo por esse compromisso com áreas que são prioridades nossas. Porém, vamos ter liberdade de votar contra ou fazer críticas se for necessário”, afirma o petista Pedro Kemp.

No Rio Grande do Sul, o governador Eduardo Leite (PSDB) conseguiu trazer o PSB para sua base e agora trabalha para trazer o PL, partido com o qual teve embates duros no segundo turno da eleição estadual contra Onyx Lorenzoni.

Em estados como Minas Gerais, Rio de Janeiro e Pernambuco, fraturas na base deixam os governadores em situação menos confortável.

Em Minas, o governador Romeu Zema (Novo) sofreu um revés ao não conseguir emplacar a candidatura de seu aliado, Roberto Andrade (Patriota), à presidência da Assembleia.

Ele foi surpreendido por uma articulação que envolveu partidos adversários entre si como PT e o PL em torno do nome de Tadeu Leite (MDB), que acabou se elegendo para o comando do Legislativo em candidatura única.

Ao longo de seu primeiro mandato, Zema não conseguiu formar uma base sólida na Assembleia, tendo apenas 21 dos 77 deputados em sua base considerada fiel. A tendência é que o cenário de dificuldades no relacionamento com a Casa permaneça nos próximos quatro anos.

No Rio, o governador Cláudio Castro (PL) travou uma disputa com o próprio partido pela presidência da Assembleia Legislativa. De um lado, o governador apoiava Rodrigo Bacellar (PL), mas o núcleo duro da sigla preferia Jair Bittencourt (PL).

Após articulações de aliados de Castro, Bacellar foi eleito para o cargo como candidato único. Mas o atrito criou um racha na base do governador e o grupo ligado a Bittencourt entregou os cargos no governo. Com a tensão entre os dois grupos, a base governista permanece incerta.

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), enfrenta cenário de incógnita na montagem da sua base aliada na Assembleia, já que a coligação que a elegeu tem apenas 3 dos 49 deputados estaduais.

Com bom trânsito entre os colegas, o tucano Álvaro Porto foi eleito para a presidência da Assembleia. Mesmo tendo um aliado no comando, Lyra enfrenta insatisfações na Casa entre os que foram preteridos na montagem do secretariado.

Presente na posse, a governadora prometeu manter um “diálogo permanente” com a Assembleia. A expectativa é que ela tente construir maioria com base nos projetos.

Em geral, a eleição das Mesas Diretoras na última semana levou aliados dos governadores ao posto máximo na maioria dos legislativos estaduais.

O MDB mostrou que ainda tem protagonismo regional e será o partido com mais presidentes de Legislativos estaduais. A sigla vai comandar as Assembleias Legislativas de Minas, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Alagoas, Pará, além da Câmara do Distrito Federal.

O PL vai comandar a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e é favorita para emplacar o mesmo cargo em São Paulo com o estadual André do Prado. O PT, por sua vez, vai liderar apenas a Assembleia Legislativa do Piauí.

Em dois estados, as Assembleias serão lideradas por mulheres: Iracema Vale (PSB) vai presidir a Casa no Maranhão e Alliny Serrão (União Brasil) se elegeu no Amapá.

João Pedro Pitombo/Folhapress

Base fluida será teste para Lula 3 na Câmara e no Senado

O presidente Lula
O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue sem clareza sobre o tamanho da base de apoio que terá no Congresso Nacional mesmo após as vitórias de Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para as presidências da Câmara e do Senado, respectivamente.

As votações que garantiram a vitória de Lira e Pacheco na semana passada não são consideradas parâmetro para definir quantos parlamentares vão efetivamente dar suporte à gestão petista.

No Senado, a disputa ocorreu em meio a rachas internos em algumas legendas. Na Câmara, Lira usou o capital político conquistado entre os pares nos últimos dois anos –com a ajuda da distribuição de emendas de relator– para assegurar a recondução com apoio recorde.

No caso da Câmara, o número de deputados que atuarão formalmente ao lado de Lula será menor que os 464 votos conquistados por Lira, que incluíram parlamentares do PL, partido de oposição ao governo.

No Senado, governo e oposição quiseram reforçar que o placar de 49 a 32 que garantiu a vitória a Pacheco não significa que o governo encontrará necessariamente esse cenário na Casa. Ele derrotou o bolsonarista Rogério Marinho (PL-RN).

Ministros do governo evitam projetar quantos votos Lula teria em votações do Congresso.

O núcleo duro da base seria formado por 12 partidos, que, juntos, dariam cerca de 228 votos, menos da metade do total de deputados que votaram para reeleger Lira ao comando da Casa.

A recondução do deputado e a atuação decisiva que ele teve na aprovação, no fim de 2022, da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que tirou do teto de gastos R$ 145 bilhões para concretizar o Bolsa Família de R$ 600 evidenciou a necessidade de o governo manter uma boa relação com Lira.

Isto é, mais do que uma base própria, o governo precisará contar com a ajuda do presidente da Câmara para aprovar propostas complexas.

Integrantes da gestão Lula também passaram a negociar cargos de segundo e terceiro escalão com membros de partidos que apoiaram Jair Bolsonaro (PL), como PP, Republicanos e o próprio PL.

Além disso, durante a formação do ministério, o governo já tinha buscado atender MDB, PSD e União Brasil, partidos que não o apoiaram durante a campanha presidencial.

Nenhum dos três, porém, assegurará a Lula apoio integral na maioria das votações na Câmara ou no Senado, como tendem os demais partidos da base.

O mais rachado dentre os três é a União Brasil. Na Câmara, dirigentes estimam que 20 dos 58 parlamentares deverão atuar como defensores dos projetos do governo. A maioria do partido deve se considerar independente e votar a favor somente quando se identificar com os textos em apreciação.

O mesmo cenário deve se repetir no Senado, onde a bancada ficou com nove senadores. A União Brasil rachou ao ponto de integrantes da legenda atuarem para que Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), principal fiador da reeleição de Pacheco, fosse derrotado e, assim, não levasse a presidência da Comissão de Constituição e Justiça.

Foi necessária a atuação de membros da cúpula da sigla para que o partido se acertasse.

O deputado Mendonça Filho (União Brasil-PE) considera que o governo não tem um número fechado de parlamentares que atuarão junto a Lula em todas as votações. “Hoje é uma base frágil, minoritária e inconsistente”, avalia.

Haverá dificuldades, segundo ele, de atingir “o quórum de lei complementar para uma votação dura, de temas econômicos e ideológicos”.

O racha interno ficou evidente na reeleição de Lira. O próprio Mendonça Filho pensou em se lançar para concorrer à vaga da primeira secretaria que havia sido acordada pelo presidente da Câmara com Luciano Bivar (PE), presidente do partido. No entanto a crise foi apaziguada entre os líderes da legenda antes da eleição.

No PSD e no MDB deve prevalecer a mesma tônica que na União Brasil. Deputados dos partidos pregam a independência e a avaliação dos projetos caso a caso. Mesmo no caso de legendas aliadas, o governo pode sofrer baixas em votações importantes, como na reforma tributária.

O PSOL, por exemplo, defende a cobrança de mais impostos dos ricos, enquanto critica a simplificação tributária prevista em PECs em tramitação e apoiadas pelo governo.

Durante a reeleição de Lira, o governo também precisou lidar com um princípio de rebelião do PV, que cogitou lançar um nome para disputar a segunda secretaria com a deputada Maria do Rosário (PT-RS). Foi preciso negociar participação do partido da federação em comissões e na vice-liderança para aplacar a insatisfação, que vinha desde quando a legenda ficou de fora da Esplanada.

No Senado, a base de Lula tem escancarado disputas internas por espaço. Na sexta (3), Renan Calheiros (MDB-AL) reclamou que PT, PSB e PSD furaram um acordo para formar um único bloco governista e resolveram se juntar –sem o MDB e a União Brasil.

A senadora Eliziane Gama (MA), recém-filiada ao PSD, respondeu prontamente e acusou o próprio MDB de Renan a descumprir o acordo e pedir ajuda a Sergio Moro (União-PR) para atrair o Podemos e o PSDB –que abrigam senadores bolsonaristas.

Mesmo com atritos públicos, o líder do PSB, Jorge Kajuru (GO), afirma que a base governista está sólida; e que também pesa a favor de Lula a escolha do senador Jaques Wagner (PT-BA), ex-governador da Bahia, como líder do governo no Senado.

“Jaques Wagner é muito habilidoso, um articulador de primeira categoria. Muito respeitado, educado e coerente. Isso pesa aqui dentro. Ele não oferece nada errado, é um senador acima da média.”

Líderes de bancadas importantes no Senado apontam que, dos 32 votos que Marinho teve, 25 seriam efetivamente oposição ao governo. Isso porque muitas variáveis pesaram nessa eleição, apontam parlamentares, entre elas problemas regionais entre senadores.

Para senadores experientes, alguns dos 32 votos a Marinho foram dados não com o objetivo de derrotar Pacheco, mas sim impedir que Alcolumbre fosse alçado novamente a presidente da Comissão de Constituição e Justiça. Houve quem votasse no candidato opositor ao governo, então, somente para fustigar um adversário local, apontam.

Aliados de Marinho dizem, ainda, que nem o grupo bolsonarista que chegou ao Senado pretende fazer oposição por oposição. E dizem que há a intenção de votar com o governo em pautas de interesse do país, como a reforma tributária.

JULIA CHAIB, THAÍSA OLIVEIRA E DANIELLE BRANT/FOLHAPRESS

Ala da bancada evangélica dá guinada e acena para Lula, em meio a divisões no grupo

Palácio do Planalto
Parte da bancada evangélica tem feito acenos para o presidente Lula, informa o jornal “O Globo”. Esse grupo corresponde à metade da frente parlamentar, uma das mais influentes do Congress De acordo com a publicação, o número de fiéis na Câmara dos Deputados aumentou de 91 para 98. Metade deles, 49, é aliada de Bolsonaro, enquanto 10 apoiam Lula. Outros 20 ficaram neutros durante a disputa eleitoral do ano passado, e 19 distanciam-se, cada vez mais, do bolsonarismo e acenam para a nova gestão.

Embaixador da UE compartilha no Twitter crítica a Lula

 "O tempo passou na janela e só Carolina não viu", diz um trecho do artigo, em referência à música de Chico Buarque, que foi destacado na publicação do embaixador da UE.

O embaixador da União Europeia no Brasil, Ignacio Ybañez, compartilhou neste domingo (5), em seu perfil oficial nas redes sociais, um artigo jornalístico que critica a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação aos regimes autoritários de Cuba, Venezuela e Nicarágua.

No artigo publicado na Folha de S.Paulo, o colunista Demétrio Magnoli cita as declarações de Lula na cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), na Argentina, em janeiro, e argumenta que o presidente "celebrou a democracia com uma face enquanto celebrava seus ditadores de estimação com a outra". Para Magnoli, que disse que Lula está "fossilizado", o presidente não aproveitou seu discurso para defender eleições livres na Venezuela, Cuba e Nicarágua e ainda "executou suas acrobacias habituais destinadas a legitimar as tiranias". O petista também apontou o diálogo como solução para o "problema" na Venezuela, afirmou o colunista.

"O tempo passou na janela e só Carolina não viu", diz um trecho do artigo, em referência à música de Chico Buarque, que foi destacado na publicação do embaixador da UE.
Por: Noticias ao minuto.

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Geração de energia renovável bateu recorde em 2022

A geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis no ano passado alcançou a marca de 92%. O resultado, divulgado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) na última quarta-feira (1°), mostra que a participação das usinas hidrelétricas, eólicas, solares e de biomassa no total de energia gerado pelo Sistema Interligado Nacional (SIN) foi a maior dos últimos 10 anos. No total, em 2022, foram gerados quase 62 mil megawatts médios por mês de energia.

Segundo a CCEE, o resultado se deu, entre outros fatores, a um cenário hídrico climático mais favorável, que contribuiu para a recuperação dos reservatórios de água e da expansão das usinas movidas pelo vento e pelo sol.

No ano passado, as usinas hidrelétricas responderam por 73,6% do total gerado (45.613 MW médio). As eólicas por 14,6% (9.066 MW médio). Já as demais fontes, como biomassa, pequenas centrais elétricas (PCH), solar e as centrais geradoras hidrelétricas (CGH) foram responsáveis por 11,8% (7.291 MW médio).

Com relação à geração hidráulica, as chuvas de 2022 contribuíram para um aumento de 17,1% na produção das hidrelétricas, para 48 mil MW médios.

Os estados que apresentaram o maior crescimento na produção de energia hidráulica em 2022 foram: Mato Grosso com aumento de 44 MW médio, São Paulo (219 MW médio), Tocantins (51 MW médio), Pará (599 MW médio), Goiás (194 MW médio ), Sergipe (176 MW médio), Rio Grande do Sul (366 MW médio), Paraná (1.728 MW médio), Minas Gerais (1.178 MW médio), Santa Catarina (545 MW médio) e Alagoas (484 MW médio).

“A reversão do cenário crítico de 2021 deixa o país em uma situação muito mais confortável para 2023. Hoje a capacidade instalada desta fonte é de 116.332 MW”, informou a CCEE

Já a geração solar centralizada foi o maior destaque. Este tipo de fonte teve o maior aumento de geração em 2022, de 64,3% na comparação com o ano anterior. Ao todo foram produzidos mais de 1,4 mil MW médios.

Fazendas solares
De acordo com a CCEE, a chegada de 88 novas fazendas solares ao SIN fez com que o segmento alcançasse 4% de representatividade na matriz nacional.

Os estados do Rio Grande do Norte (178 MW médio), da Bahia (666 MW médio) e do Piauí (340 MW médio) forma os que apresentaram aumento na geração por fonte eólica.

A geração eólica cresceu 12,6% no comparativo anual, fornecendo à rede elétrica mais de 9 mil megawatts médios. Atualmente, o país conta com 891 parques eólicos, que juntos somam mais de 25 mil megawatts de capacidade instalada.

A produção de energia a partir da biomassa, que tem como principal matéria-prima o bagaço da cana-de-açúcar, registrou um leve aumento de 0,3%. Com isso, este tipo de fonte entregou ao sistema quase 3 mil MW médios em 2022. Atualmente existem 321 usinas deste tipo, com capacidade instalada total de 14.927 MW.

Fontes não renováveis
Em relação à geração por fontes não renováveis foi de 5.373 MW médio, a maior participação foi por fonte térmica a gás, com 45,0% (2.419 MW médio), seguidp de fonte nuclear com 28,3% (1.522 MW médio), carvão mineral com 12,8% (690 MW médio) e as demais fontes (térmica, GNL, óleo, gás/óleo, importação e reação exotérmica) com 13,8% (743 MW médio).

Agência Brasil

Ninguém acerta Mega-Sena e prêmio vai a 160 milhões

Nenhum apostador acertou os seis números do concurso 2561 da Mega-Sena, sorteados neste sábado (4), pela Caixa Econômica Federal, no Espaço da Sorte, na cidade de São Paulo. Com o prêmio acumulado, o prêmio do próximo concurso, na quarta-feira (8), foi estimado em R$ 160 milhões.

No concurso deste sábado, 393 apostas acertaram cinco números e receberão R$ 23.693,33 cada uma. As 19.908 apostas que acertaram quatro números vão receber R$ 19.908 cada.

Para concorrer ao próximo prêmio, as apostas devem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) da quarta-feira, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet. A aposta simples, com seis dezenas marcadas, custa R$ 4,50.

Agência Brasil

PT e PL se unem para comandar Assembleias Legislativas de 13 Estados

Plenário da Assembleia Legislativa da Bahia
Com posições antagônicas no discurso, políticos do PT e do PL se uniram em 13 Estados para dividir o comando das Assembleias Legislativas, informa reportagem do jornal “O Estado de S.Paulo”. Em todos os casos, petistas e bolsonaristas compuseram a mesma chapa. A lista de estados inclui Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná, Bahia, Alagoas, Amazonas, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Pará, Espírito Santo, São Paulo e Mato Grosso.

No Rio, o deputado Rodrigo Bacellar (PL) foi eleito presidente da Casa com votos do PT, que recebeu a terceira-vice-presidência em troca, além da promessa de comandar comissões de destaque. Na Bahia, a mesa diretora da Assembleia é presidida por Adolfo Menezes (PSD), aliado do governo, tendo Zé Raimundo (PT) como vice-presidente. De partidos bolsonaristas, Samuel Júnior (Republicanos) e Vitor Azevedo (PL) são segundo e terceiro secretários, respectivamente.

Poder de Alcolumbre vai a teste no Senado com ataque de rivais e choro

A disputa entre Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Rogério Marinho (PL-RN) pelo comando do Senado, na quarta-feira (1º), representou um teste de fogo também para Davi Alcolumbre (União-AP), parlamentar que acumulou poder nos últimos anos e, exatamente por isso, tem sido alvo de ataques de políticos que se sentem alijados –incluindo integrantes de seu próprio partido.

Pacheco –que chegou ao cargo pelas mãos de Alcolumbre e que tem no senador do Amapá seu principal cabo eleitoral– derrotou Marinho, o candidato do bolsonarismo, por 49 votos a 32.

No discurso de senadores e deputados, o resultado pode ser visto tanto como uma vitória inequívoca de Alcolumbre, mas também como o seu oposto. Ou seja, uma derrota, na opinião de um grupo menor de parlamentares.

Uma explicação sobre como isso é possível passa pela concentração de poder nas mãos do senador do Amapá e a reação que isso tem gerado.
Alcolumbre, que tem 45 anos, presidiu o Senado no biênio 2019-2020, ocasião em que montou uma robusta rede de apoio interno por meio da distribuição entre os parlamentares das bilionárias verbas orçamentárias das emendas de relator.

Após ter a reeleição barrada por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que vetou a possibilidade de recondução ao cargo dentro da mesma legislatura, fez de Pacheco seu sucessor em fevereiro de 2021.

Alcolumbre saiu da cadeira máxima do Senado e assumiu outra também poderosa: o comando da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), onde deve continuar nos próximos anos.

Ele também foi escolhido pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante a fase de transição, para ser o interlocutor da União Brasil nas negociações de adesão do partido ao Palácio do Planalto.

Com isso, apadrinhou dois dos três ministros direcionados por Lula à legenda: Waldez Góes (Integração) e Juscelino Filho (Comunicação).

Essa foi a gota d’água para que o senador virasse alvo de uma rebelião interna no partido, que é uma colcha de retalhos ideológica forjada no campo da direita.

A União Brasil foi criada em fevereiro do ano passado por meio da fusão de DEM (ex-PFL e com origem na Arena, a sigla de sustentação do regime militar) e o PSL, o partido nanico que virou grande ao eleger Jair Bolsonaro em 2018.

O caldeirão de insatisfações engrossou na atual disputa ao comando do Senado, quando Alcolumbre se colocou mais uma vez como o cabo eleitoral de Rodrigo Pacheco.

Diferentemente do presidente reeleito do Senado, que tem postura mais institucional e distante do corpo a corpo tão prezado por boa parte do mundo político, Alcolumbre é um político ao estilo clássico, que preza o contato direto a caloroso –como mostram fotos de Alcolumbre registradas nos momentos anteriores à eleição.

A grande concentração de poder em torno de um único político foi usada como discurso de campanha contra Pacheco por Marinho e aliados, além de desafetos dentro da União. Ou seja, usou-se à exaustão a tese de que reeleger o senador de Minas reforçaria ainda mais o poder de Alcolumbre, desde já um dos principais cotados para suceder o próprio Pacheco em 2025.

Esse argumento, reconhecem até aliados de Alcolumbre e Pacheco, reforçou a candidatura de Marinho, que, mesmo sendo oposição e disputando o cargo contra a máquina federal, conseguiu reunir 40% dos votos da Casa.

Daí, concluem os adversários, mesmo com a vitória de Pacheco, Alcolumbre sai como o “grande derrotado” –expressão usada reservadamente por dois deles– da eleição no Senado por dois motivos.

Primeiro, por ter dificultado a reeleição do senador por Minas, já que a dissidência contra Pacheco, por exemplo, teve como um dos principais líderes o senador Lucas Barreto, do mesmo PSD, rival de Alcolumbre no Amapá.

Segundo, por ter ficado claro que há uma insatisfação no Senado contra sua concentração de poder não só dentro da União Brasil, mas também fora da legenda, o que se refletirá na eleição de 2025 (o mandato de presidente do Senado é de dois anos).

O fato é que o grupo político de Pacheco e integrantes do governo consideram que Alcolumbre passou no teste de fogo e entregou na quarta o que prometeu, incluindo o voto de ao menos seis dos nove integrantes da União para Pacheco –Sergio Moro (PR) e Alan Rick (AP) estariam entre os pró-Marinho (a votação é secreta).

Depois do resultado de quarta, o parlamentar do Amapá chegou a chorar dentro de seu gabinete ao se reunir para comemorar com familiares, amigos, assessores e aliados, entre eles o senador Jayme Campos (União-MT).

A Folha confirmou a informação com fontes distintas.

De acordo com esses relatos, Alcolumbre fez um discurso emocionado no gabinete, se dizendo injustiçado com as críticas de que havia se tornado um peso para a candidatura de Pacheco. Também salientou a diferença conseguida, de 17 votos. Ele teria afirmado ainda que fez o que achava ser melhor para o Brasil, já que, em suas palavras, uma vitória de Marinho representaria um retrocesso.

Alcolumbre nega concentração de poder e tem citado em conversas, por exemplo, o apoio a Efraim Filho (PB) para a liderança do partido no Senado.

Procurado, o senador afirmou à Folha que as críticas são uma tentativa de anular um cabo eleitoral de Pacheco. “Mesmo os adversários reconhecem que tenho alguma importância na articulação dentro do Parlamento. Fui deputado por três mandatos, fui senador, fui presidente da Casa, presidente da CCJ, líder”, disse.

“Não se pode agradar a todos, mas tenho um trabalho reconhecido no Congresso, e que é respeitado e respeitoso. Penso que foi mais uma tentativa de anular, de tirar do jogo um articulador da candidatura do presidente Pacheco. O resultado fala por si.”

Alcolumbre diz ter sido apenas um eleitor e cabo eleitoral de Pacheco, a quem considera “o nome certo na hora certa”.

Ele também negou que sua atuação faça parte de qualquer acordo envolvendo a disputa de 2025. “Isso é uma precipitação sem lógica. Meu trabalho é dia a dia. Minha única pretensão é seguir trabalhando no Senado Federal nas pautas essenciais para o Brasil e para o meu Amapá.”

Em uma coisa, aliados e adversários de Alcolumbre concordam: haverá mais testes de fogo para o senador.

Com a volta do Congresso aos seus trabalhos, o governo Lula buscará aprovar, entre outros projetos, a reestruturação da Esplanada dos Ministérios, que subiu de 23 para 37 pastas, o novo arcabouço fiscal e a reforma tributária, além de projetos visando dar uma resposta institucional aos ataques golpistas de 8 de janeiro.

É esperado no PT e no governo que a União Brasil seja um dos principais focos de tensão na relação, já que pode nessas votações apresentar traições significativas na Câmara e no Senado, apesar de ter três ministérios.

Entre outros pontos de preocupação, há temor de derrota em medidas provisórias.

Qualquer sinal de rebelião relevante na União Brasil será debitado na conta de Alcolumbre.

Alguns parlamentares da União Brasil ouvidos pela Folha, porém, dizem que o avanço da distribuição de cargos de segundo e terceiro escalões estão beneficiando outros líderes da legenda, entre eles o deputado Elmar Nascimento (BA), que teve a ida para um ministério vetada pelo PT.

Com isso, alguns parlamentares da União mais alinhados ao Planalto dizem que o partido entregará proporcionalmente mais votos ao governo do que MDB e PSD, siglas de centro-direita que também ganharam três ministérios cada.

RAIO-X
Davi Alcolumbre, 45 Vereador, deputado federal por três mandatos e eleito senador em 2014, foi alçado ao posto máximo do Senado no início do governo Bolsonaro. Na ocasião, enfrentou Renan Calheiros (MDB-AL) com o apoio do Palácio do Planalto. Na sua gestão, construiu uma rede de apoio a partir do controle sobre as bilionárias emendas de relator. Depois de eleger o aliado Rodrigo Pacheco em 2021, passou a presidir a CCJ, a comissão mais importante do Senado

Ranier Bragon/Folhapress

Homem é encontrado morto com comprovante de prêmio da Mega Sena

"A Polícia Civil do Paraná aguarda laudos periciais que auxiliarão no andamento das diligências", disse a corporação. O homem vivia em Campo Mourão, no interior do estado. Segundo a polícia, a equipe localizou um documento da Caixa Econômica Federal informando o prêmio na loteria.

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Um homem foi encontrado morto num quarto de hotel em Curitiba na última quinta-feira (2) com um comprovante de prêmio de R$ 398 mil da Mega-Sena na mala. De acordo com a Polícia Civil do Paraná, não havia sinais de agressão no corpo. A principal suspeita é de que a causa da morte tenha sido um infarto.

"A Polícia Civil do Paraná aguarda laudos periciais que auxiliarão no andamento das diligências", disse a corporação. O homem vivia em Campo Mourão, no interior do estado. Segundo a polícia, a equipe localizou um documento da Caixa Econômica Federal informando o prêmio na loteria.

O comprovante é dado pelo banco quando o prêmio supera o valor de R$ 10 mil. Nesses casos, o pagamento só ocorre dois dias após a apresentação do bilhete na agência –motivo pelo qual é dado o recibo. A Polícia Militar foi acionada depois de funcionários do hotel notarem a ausência do hóspede e não conseguirem contato com ele. Os agentes arrobaram a porta do quarto e encontraram o homem morto.

Homem ateia fogo no próprio corpo em protesto contra o STF

O homem tem 58 anos, é natural da cidade de Botucatu, em São Paulo, e chegou a proferir gritos contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes
Um homem ateou fogo no próprio corpo nesta terça-feira, 31, no canteiro central da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, em protesto contra o Supremo Tribunal Federal (STF).

O caso foi revelado pelo Portal Metrópoles e confirmado pelo Estadão. Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), os policiais foram acionados às 16h30 para averiguar uma possível tentativa de suicídio. Ao chegarem ao local, constataram que o homem teria colocado fogo em si mesmo.

Segundo testemunhas, o homem tem 58 anos, é natural da cidade de Botucatu, em São Paulo, e chegou a proferir gritos contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes, em que dizia 'Morte ao Xandão'. Conforme a polícia, pessoas que estavam no local conseguiram apagar as chamas e acionaram o SAMU. O homem foi hospitalizado. Seu estado de saúde não foi divulgado.

Junto ao homem, foram encontrados papéis com fotos de Johann Georg Elser, conhecido por ter tentado matar o ditador nazista Adolf Hitler; do ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela; e de Claus von Stauffenberg, conhecido por comandar a operação Valquíria, que também tentou assassinar Hitler. Todas vinham acompanhadas da frase 'Perdeu, mané', expressão que o ministro do STF, Luís Roberto Barroso, usou ao ser abordado em Nova York por um manifestante bolsonarista.Por: Noticias ao minuto.

Afundamento de porta-aviões francês pela Marinha brasileira repercute na França

A Marinha brasileira anunciou nesta sexta-feira (3) que afundou no oceano Atlântico um antigo porta-aviões francês, que estava desativado e, segundo o Ministério Público Federal (MPF), repleto de resíduos tóxicos. A decisão, criticada por ONGs que defendem o meio ambiente, teve repercussão na França.

O procedimento "planejado e controlado ocorreu no fim da tarde" a cerca de 350 quilômetros da costa e em uma área de "profundidade aproximada de 5 mil metros", informou a Marinha. A decisão, anunciada esta semana, causou polêmica porque o antigo porta-aviões "Foch", de 266 metros de comprimento, está cheio de amianto, tintas e outros resíduos tóxicos, segundo várias ONGs e o MPF.

"A sucata da embarcação atualmente conta com 9,6 toneladas de amianto, substância com potencial tóxico e cancerígeno, além de 644 toneladas de tintas e outros materiais perigosos", afirmou esta semana o MPF, que tentou evitar o afundamento com múltiplos recursos judiciais.

As notícias do impasse e, agora, do afundamento da embarcação foram acompanhadas pela imprensa da França, fabricante do navio. A “joia” da Marinha francesa, que serviu a todos as grandes operações militares do país a partir dos anos 1960, foi substituída pelo nuclear Charles de Gaulle nos anos 1990. O Foch então foi vendido para o Brasil em 2000, relembrou o consultor em Defesa Jérôme Pellistrandi, general da reserva, em entrevista à emissora BFMTV na manhã deste sábado (4).

“Havia amianto porque, na época da construção, se colocava muito. Mas a maior parte desse amianto foi retirada” antes da operação para afundar o porta-aviões, ressaltou o especialista. “Afundar aviões é algo que é feito com uma certa frequência. Os americanos já fizeram, com porta-aviões”, destacou o general, ao principal canal de notícias francês. “O que restou foram basicamente 28 toneladas de aço, tinta e um pouco de amianto”, alegou.

O assunto é destaque na imprensa escrita e online, que publica reportagem da agência AFP sobre o assunto. O texto frisa que as organizações ambientais Greenpeace, Sea Shepherd e Basel Action Network denunciaram uma "violação de três tratados internacionais" sobre o meio ambiente. Para elas, o naufrágio causará danos "incalculáveis", com "impactos na vida marinha e as comunidades costeiras", disseram as ONGs, em uma declaração conjunta.

Contaminação virá ao longo dos anos, diz ONG francesa

A organização ambiental francesa Robin des Bois, que combate a poluição industrial, afirma que o navio é "um pacote tóxico de 30 mil toneladas". À RFI, o presidenteda associação, Jacky Bonnemains, destaca que “a contaminação futura pelos produtos tóxicos não se conta em dias, mas em anos”.

“Ela vai ocorrer na medida em que toda a estrutura do navio for se degradando e que os químicos poluentes forem se soltando e se dispersando, até que, pouco a pouco, vão chegar na costa brasileira”, assegurou Bonnemains.

No Brasil, o Ministério Público Federal argumentou que "nota técnica do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aponta para o risco de danos ambientais graves no caso de eventual afundamento, especialmente levando em consideração que o casco se encontra avariado". O navio vagou por seis meses no Atlântico.

Risco de naufrágio espontâneo

Na quarta-feira (1º), a Marinha do Brasil e o Ministério da Defesa anunciaram que não havia outra opção a não ser afundá-lo, devido ao mau estado da embarcação e por não encontrarem um porto para acolhê-lo. Caso contrário, disseram, um afundamento espontâneo do casco seria inevitável.

A operação ocorreu logo após a autorização de um juiz de segunda instância, que rejeitou um pedido do MPF, de acordo com a imprensa brasileira. "O procedimento foi conduzido com as necessárias competência técnica e segurança pela Marinha do Brasil, a fim de evitar prejuízos de ordem logística, operacional, ambiental e econômica ao Estado brasileiro", garantiu a Marinha.

Construído na década de 1950 em Saint-Nazaire, no oeste da França, o "Foch", que serviu à Marinha francesa por 37 anos, foi afundado por um rebocador holandês, contratado pelo estaleiro turco Sok Denizcilik. O estaleiro havia comprado o porta-aviões como sucata em abril de 2021 para desmontá-lo, mas corria o risco de abandoná-lo, por não encontrar um porto para recebê-lo.

Em junho de 2022, o estaleiro turco obteve autorização das autoridades brasileiras para conduzi-lo até a Turquia para ser desmontado. Mas, quando estava na altura do estreito de Gibraltar, no final de agosto, órgãos ambientais turcos informaram que a embarcação não era mais bem-vinda.

A antiga glória da Marinha Francesa, capaz de catapultar aeronaves de 12 a 15 toneladas a uma velocidade de decolagem de 278 quilômetros por hora, havia sido rebatizado pelo Brasil como "São Paulo".

Com informações da AFP

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