Deputado propõe CPI contra hospitais que realizam transição de gênero em crianças e adolescentes
O deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) está colhendo assinaturas para a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que se propõe a investigar os procedimentos de transição de gênero de crianças e adolescentes feitos no país.
Em sua justificativa, o parlamentar afirma que o tema atualmente está submetido a uma “blindagem ideológica” e, por isso, deve ser analisado pela Câmara dos Deputados.
“Contraditoriamente, crianças não podem trabalhar nem contrair matrimônio, mas podem ser submetidas a alterações corporais irreversíveis”, diz o emedebista. No Brasil, cirurgias de modificação corporal são vedadas a menores de 18 anos.
Otoni de Paula ainda afirma que crianças supostamente não sabem o que significa a transição e sugere que a disforia de gênero —angústia relacionada ao sentimento de que o sexo atribuído no nascimento não corresponde à identidade— deve ser entendida como uma questão passageira.
“Vale reforçar que crianças podem apresentar comportamentos transitórios até mesmo quanto à sua identidade humana. Um bom exemplo disso são as crianças que se reconhecem como os personagens de quadrinhos que elegem seus preferidos, como o super-homem”, afirma o deputado no requerimento.
Ao propor a CPI, Otoni de Paula ainda confunde os conceitos de gênero e de sexualidade para sugerir que crianças estão sofrendo uma “precoce erotização através de um bombardeamento de informações de cunho sexual” e, por isso, seriam motivadas a buscar pela transição.
“A verdade é que a ideologia de gênero é um modismo que está ameaçando as vidas de nossas crianças e adolescentes”, diz o parlamentar.
Expoente da bancada evangélica, Otoni de Paula já foi um apoiador fervoroso de Jair Bolsonaro (PL). Com a mudança de governo, no entanto, falou em “virar a página” e chegou a prestigiar posses de ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Sua iniciativa contra o acesso a procedimentos de saúde por crianças e jovens trans se soma a outra encabeçada por um vereador da Câmara Municipal de São Paulo.
Na semana passada, Rubinho Nunes (União Brasil) apresentou um pedido de abertura de CPI para investigar a assistência oferecida a crianças e adolescentes pelo Amtigos (Ambulatório Transdisciplinar de Identidade de Gênero e Orientação Sexual), ligado ao Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP.
A proposta foi motivada por uma reportagem do portal G1 publicada no Dia da Visibilidade Trans. Segundo o texto, atualmente cem crianças com idade entre 4 a 12 anos fazem o tratamento de transição de gênero no local, assim como 180 jovens de 13 a 17 anos.
Nem todas as pessoas trans realizam intervenções médicas. E a falta de assistência para crianças e adolescentes pode agravar a disforia de gênero, o que pode levar à automutilação e tentativas de suicídio em casos mais graves.
A ausência de protocolo federal, o despreparo de equipes médicas e a falta de apoio dos pais são os maiores obstáculos para que transexuais menores de 18 anos acessem os serviços de saúde no Brasil.
A realização de bloqueio puberal e hormonização em crianças e adolescentes trans não é proibida no Brasil, mas sofre com a falta de regulamentação. O CFM (Conselho Federal de Medicina), por meio de resolução de 2019, indica bloqueadores a partir dos primeiros sinais da puberdade, e hormonização a partir dos 16 anos. Cirurgias de modificação corporal são vedadas a menores de 18 anos.
O Ministério da Saúde, por sua vez, não recomenda os procedimentos para pacientes trans menores de idade. A decisão se ampara em uma portaria de 2013. “Cabe à equipe médica de cada local a indicação dos procedimentos adequados para cada caso”, diz a pasta, por meio de sua assessoria de imprensa.
Um estudo do Trans Youth Project, entidade que atende crianças e adolescentes trans nos Estados Unidos e no Canadá, aponta que, cinco anos após a transição, apenas 2,5% dos participantes voltaram a se identificar com o gênero que lhes foi atribuído no nascimento.
Mônica Bergamo/Folhapress
Meirelles sugere que Lula faça declaração conciliadora para amenizar crise com BC
Henrique Meirelles, que comandou o Banco Central nas gestões anteriores de Lula |
Pelo desenrolar das falas do petista, ele diz ter a impressão de que não vai haver recuo no conflito.
Questionado se teria algum conselho a Lula neste momento, Meirelles sugere uma fala conciliadora.
“Minha recomendação é que ele diga que as medidas de ajuste fiscal serão implementadas ao mesmo tempo que as medidas sociais”, diz Meirelles.
Ele sugere reiterar que as medidas propostas e anunciadas pela equipe econômica serão colocadas em prática. “De maneira que, com isso, baixem as expectativas de inflação, permita ao Banco Central baixar os juros e, em consequência, o país cresce mais”, diz.
Em suas abordagens recentes sobre o Banco Central, Lula tem citado Henrique Meirelles. O petista afirma que, em seus governos anteriores, Meirelles não era menos independente do que Roberto Campos Neto é hoje.
Joana Cunha/Folhapress
Lula defende responsabilização em caso de violações contra Yanomami
Foto: Naco Doce |
“Não vamos permitir garimpo ilegal em terras indígenas. Estamos em um processo de retirada de garimpeiros ilegais em Roraima. A situação que se encontram os Yanomami perto do garimpo é degradante. Precisamos apurar também a responsabilidade do que aconteceu”.
Não vamos permitir garimpo ilegal em terras indígenas. Estamos em um processo de retirada de garimpeiros ilegais em Roraima. A situação que se encontram os Yanomami perto do garimpo é degradante. Precisamos apurar também a responsabilidade do que aconteceu.— Lula (@LulaOficial) February 7, 2023
No post, o presidente ressaltou que há 840 pistas de voo clandestinas, das quais 75 são perto de terras Yanomami. “Não é possível não enxergar isso. Quem permitiu isso, tem que ser responsabilizado”, disse Lula.
Segundo o presidente da República, o controle das terras indígenas será reestruturado com a participação de prefeitos e governadores. “Vamos tentar criar uma nova dinâmica, para ter os resultados que a sociedade brasileira deseja”, afirmou.
Presença destruidora
Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (6), a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, descreveu como destruidora a presença do garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami.
"O que está sendo noticiado ainda está longe de mostrar a realidade ali, com essa presença tão forte de garimpeiros, com uma grande destruição no território. É muito garimpo, garimpo infinito, o território está todo tomado por garimpeiros, por destruição, por contaminação na água. Os yanomami não têm como beber água, não têm água limpa para beber", afirmou.
Edição: Nádia Franco
Por Heloisa Cristaldo – Repórter da Agência Brasil - Brasília
Lula pede vigilância sobre BC de agentes que podem tirar Campos Neto do cargo
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) |
Haddad e Tebet integram com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o CMN (Conselho Monetário Nacional), órgão que pode encaminhar ao presidente da República o pedido de destituição do chefe da autoridade monetária em caso de “comprovado e recorrente desempenho insuficiente para o alcance dos objetivos” da autarquia, de acordo com a a lei que criou a autonomia do BC.
Já ao Senado cabe aprovar essa troca de nomes, se receber o pedido do chefe do Executivo.
A fala de Lula ocorre na esteira de uma sequência de críticas à instituição, desde que o Copom (Comitê de Política Monetária), na semana passada, manteve a taxa básica de juros em 13,75% ao ano pela quarta vez consecutiva, na primeira reunião desde que o presidente Lula tomou posse.
“Naquele tempo, era fácil jogar a culpa no presidente da República. Agora, não. A culpa é do Banco do Central. Agora, é o Senado que pode trocar o presidente do Banco Central”, disse.
“Eu espero que o [Fernando] Haddad esteja acompanhando, a Simone [Tebet] esteja acompanhando e que ele próprio esteja acompanhando a situação do Brasil”, completou.
A declaração do presidente foi dada durante café da manhã com jornalistas da “mídia independente e alternativa”, ocorrido no Palácio do Planalto. Em 12 de janeiro, ele já havia realizado um primeiro encontro com a imprensa.
Lula cobra dos senadores providência quanto ao Banco Central e ao presidente Roberto Campos Neto, uma vez que ele próprio não tem gerência sobre o mandato do dirigente. Isso ocorre desde que a autoridade monetária tornou-se independente, em 2021—medida que o petista critica.
“Acho que o Senado tem que ficar vigilante. Porque eu lembro quantas críticas eu recebia da Fiesp toda vez que aumentava a taxa de juros, eu lembro quantos os senadores faziam discurso contra mim quando aumentava a taxa de juros. Ele agora não tem mais que cobrar de mim, da Presidência da República, sobre a taxa de juros, eles têm que cobrar deles”, disse o petista.
O chefe do Executivo também se referiu a Roberto Campos Neto como “cidadão”, disse só ter estado com ele apenas uma única vez e ressaltou, de forma indireta, a proximidade dele com o governo do antecessor, Jair Bolsonaro (PL).
“E vamos ver como o BC se comporta. Eu só tenho um mês de convivência com ele [RCN], ele teve não sei quanto tempo de convivência com o [Paulo] Guedes”, prosseguiu.
Como mostrou a Folha, o entorno do mandatário considera que Campos Neto queimou pontes com o governo petista e reduziu suas chances de influenciar a indicação de novos diretores da autarquia.
Lula vem intensificando as críticas à atuação do Banco Central nas últimas semanas. O tensionamento na relação com o chefe da autoridade monetária ocorre após o BC ter mantido os juros em patamar elevado pela quarta vez seguida e em meio a um escalonamento nas críticas de Lula à instituição.
A avaliação de integrantes do governo Lula é de que Campos Neto foi inábil com as decisões do Copom e o tom do último comunicado —no qual sinalizou a manutenção da Selic no nível atual por mais tempo. Na visão de aliados do Planalto, houve uma confusão de autonomia do BC com isolamento.
Marianna Holanda, Folhapress
Lula diz que Exército de Caxias virou Exército de Bolsonaro
Lula cumprimenta o novo comandante do Exército, general Tomás Ribeiro Paiva |
Duque de Caxias, o Pacificador, é o patrono da força, e a frase foi dita pelo petista ao general Tomás Paiva, novo comandante do Exército, segundo o petista.
“E disse para o general: lamentavelmente, o Exército de Caxias foi transformado no Exército de Bolsonaro. O que não é uma boa coisa para esse país”, afirmou.
Ele afirmou ainda que o ex-mandatário “explodiu tudo”, e pôs em prática “insanidade” de tentar utilizar as Forças Armadas.
A declaração foi dada durante café da manhã com veículos de comunicação e blogs alternativos alinhados à esquerda, ocorrido no Palácio do Planalto. Em 12 de janeiro, ele já havia realizado um primeiro encontro com a imprensa.
O chefe do Executivo contou ainda ter dito aos comandantes das três forças, “sobretudo Tomás”, não ser correto, nem prudente que “nenhuma instituição do estado esteja envolvida com política”.
Segundo Lula, carreiras de estado, não apenas militares, não podem fazer do seu emprego, que classificou como privilegiado, por causa da estabilidade, “partido político”. Ele citou também como exemplo o Ministério Público.
Preso e condenado na Lava Jato, Lula teve suas condenações anuladas pelo STF (Supremo Tribunal Federal). E, no ano passado, o procurador da força tarefa de Curitiba Deltan Dallagnol se lançou a deputado federal, com discurso de combate à corrupção, declarou a apoio a Bolsonaro e se elegeu.
“O general Tomás disse publicamente que um dos esforços dele é fazer com que as Forças Armadas não sejam políticas. Que ela seja legalista, para cumprir aquilo que está na Constituição. Acho que [isso] vale para todas as Forças Armadas”, afirmou.
Tomás é o segundo comandante do governo do Lula, e assumiu o posto no final de janeiro, após crise de confiança aberta após os ataques do dia 8 de janeiro, em Brasília.
O novo chefe da Força era comandante militar do Sudeste (responsável por São Paulo), general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva. Na semana em que o então comandante do Exército, general Júlio Cesar de Arruda, foi demitido, Tomás havia feito um discurso incisivo de defesa da institucionalidade, pedindo o respeito ao resultado das eleições e afirmando o Exército como apolítico e apartidário.
Arruda tinha sido nomeado para o comando da Força em 28 de dezembro, antes da posse de Lula como presidente. Ele havia sido escolhido por critério de antiguidade pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.
Segundo auxiliares do presidente, a decisão foi tomada porque Arruda não demonstrou disposição de tomar providências imediatas para reduzir as desconfianças de Lula em relação a militares do Exército após a invasão do Palácio do Planalto e das sedes do STF (Supremo Tribunal Federal) e do Congresso. Arruda relutou em expor o Comando Militar do Planalto, que no mínimo falhou no dia 8.
Dois dias após a demissão, o disse, em viagem na Argentina, esperar que a mudança traga de volta a normalidade da relação com o meio militar.
“As Forças Armadas não existem para servir a um político e sim para proteger o povo brasileiro.”
Em visita à Argentina, o presidente afirmou ainda que o seu antecessor não respeitou a Constituição e se meteu nas Forças Armadas.
Marianna Holanda/Folhapress
Lula embarca para Estados Unidos nesta quinta-feira
Democracia, meio ambiente e direitos humanos terão prioridade na pauta |
Ao falar, nesta terça-feira (7), sobre os preparativos da viagem do presidente, o secretário das Américas do Itamaraty, embaixador Michel Arslanian Neto, lembrou que Lula conversou recentemente com Biden, por telefone, em duas oportunidades. A primeira, quando foi declarado vencedor das eleições presidenciais, e a segunda, no dia 9 de janeiro, um dia após os ataques terroristas às sedes dos três Poderes da República brasileira.
“Os dois países estão experimentando desafios semelhantes, uma preocupação comum com o tema da radicalização, violência política com o tema do uso das redes para a difusão de desinformação e discurso de ódio. Então, com as duas principais democracias do mundo se reunindo seu mais alto nível, será uma oportunidade ímpar para que enviem uma mensagem de forte apoio a processos políticos, sem recursos a extremismos à violência e com o uso adequado das redes sociais”, destacou o embaixador.
Sobre a pauta relacionada a direitos humanos, outra lembrança do embaixador foi a participação da secretária do Departamento do Interior dos Estados Unidos, Deb Haaland, como líder da delegação norte-americana na posse de Lula, em nome do presidente Joe Biden. Haaland é responsável pelas políticas dos povos indígenas em seu país, e quando esteve em Brasília, encontrou presidente da Funai, Joenia Wapichana. O tema deverá ser destaque durante a visita de Lula a Casa Branca.
Já na área ambiental e de mudanças do clima, o Brasil pretende se apresentar como ator ativo e comprometido com suas obrigações de reativar os instrumentos de proteção ambiental, mas também pretende buscar engajamento dos países envolvidos, para cumprimento de suas obrigações em termos de financiamento para mitigação, adaptação climática. “Essas são as duas dimensões: um Brasil comprometido com a agenda, mas também querendo engajar outros países para o cumprimento equilibrado das obrigações nessa área”, adiantou Arslanian Neto.
Além dos temas centrais, outros também devem ser discutidos durante a visita de Lula aos Estados Unidos, entre eles, segurança alimentar, promoção de desenvolvimento econômico, fortalecimento da paz e da segurança, além do controle da migração regional. Durante a visita o presidente brasileiro também deve ter agenda com parlamentares democratas.
Integram a comitiva do presidente Lula, a primeira-dama Janja, o chanceler Mauro Vieira,os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Marina Silva (Meio Ambiente,) Anielle Franco (Igualdade Racial). Até o fechamento desta reportagem, o Itamaraty não havia informado a data e horário de retorno do presidente brasileiro ao país.
Agência Brasil
Morando na Noruega, ex-esposa de Bolsonaro perde a nacionalidade brasileira
Ana Cristina Siqueira Valle perdeu a nacionalidade brasileira após entrar com pedido para que ela fosse reconhecida como cidadã da Noruega. O ato foi publicado nesta terça-feira (7) no Diário Oficial da União.
O texto é assinado por Martha Pacheco Braz, coordenadora substituta de processos migratórios do Departamento de Migrações, ligado ao Ministério da Justiça.
A ex-mulher de Bolsonaro viajou à Noruega em outubro do ano passado. Segundo a colunista do UOL Juliana Dal Piva, a advogada fez a viagem sem data para voltar.
Antes de embarcar, Ana Cristina disputou uma vaga a deputada distrital e chegou a se apresentar como “Cristina Bolsonaro” para tentar colar sua imagem na do ex-presidente, o que fez com que a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, reagisse.
Mesmo assim, a campanha não teve sucesso. Ana Cristina teve apenas 1.485 votos e não conseguiu uma cadeira na Câmara Legislativa do DF (Distrito Federal).
Atualmente, Ana Cristina é investigada pela PF (Polícia Federal) devido à compra de uma mansão de R$ 3 milhões em Brasília no ano passado com o uso de um suposto laranja, conforme foi revelado pelo UOL.
UOL/Folhapress
Petrobras reduz preço do diesel nas refinarias em 8,9%
A Petrobras reduzirá em 8,9% o preço do diesel vendido por suas refinarias a partir desta quarta-feira (8). Segundo a estatal, o preço médio do produto cairá de R$ 4,50 para R$ 4,10 por litro.
A empresa diz que a redução “tem como principal balizador a busca pelo equilíbrio dos preços da Petrobras aos mercados nacional e internacional, contemplando as principais alternativas de suprimento dos nossos clientes e a participação de mercado necessária para a otimização dos ativos”.
Considerando a mistura obrigatória de 10% de biodiesel no produto vendido nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 3,69 a cada litro vendido na bomba, disse a estatal.
Folhapress
Rogério Marinho é escolhido líder da oposição no Senado
Rogério Marinho |
Ex-ministro do Desenvolvimento Regional de Bolsonaro, Marinho recebeu 32 votos na eleição para presidente do Senado, na quarta-feira (1º), e perdeu o cargo para Rodrigo Pacheco (PSD-MG) —que conseguiu 49 votos e foi reeleito.
O nome de Marinho como líder da oposição foi definido nesta segunda-feira (6). A vaga também era cobiçada pelo senador Carlos Portinho (PL-RJ), líder do governo Bolsonaro no Senado.
Com o anúncio de Marinho, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai enfrentar uma trinca de ex-ministros de Bolsonaro no Senado. Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura, será líder do PP.
Já Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil, será líder da minoria parlamentar. A minoria reúne o partido ou o conjunto de partidos que se opõe à chamada maioria parlamentar, partido ou bloco partidário daqueles que estão em maioria.
O filho mais velho de Bolsonaro, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), vai continuar na liderança do PL. O senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR) será líder do Republicanos —sigla do ex-vice-presidente Hamilton Mourão (RS) e da ex-ministra Damares Alves (DF).
PL, Progressistas e Republicanos formaram um bloco parlamentar denominado Vanguarda. Juntos, os três partidos reúnem 22 senadores —dos quais sete integraram o governo Bolsonaro.
Já as legendas na base do atual governo se dividiram em dois blocos. PT, PSD e PSB formaram o bloco Resistência Democrática. Com 28 integrantes, o bloco será o segundo maior da Casa.
Já o MDB e a União Brasil, que emplacaram ministros na Esplanada, se juntaram a Podemos, PDT, PSDB e Rede e formaram o maior bloco partidário, com 31 membros. O líder da maioria será um dos senadores do grupo, batizado de Democracia.
A formação dos dois blocos foi motivo de embates públicos na base de Lula. Na sexta (3), Renan Calheiros (MDB-AL) reclamou que PT, PSD e PSB furaram um acordo para formar um único bloco governista e resolveram se juntar sem o MDB e a União Brasil.
A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), recém-filiada ao PSD, respondeu prontamente e acusou o próprio MDB de Calheiros a descumprir o acordo e pedir ajuda a Sergio Moro (União-PR) para atrair o Podemos e o PSDB —que abrigam senadores bolsonaristas.
As tratativas iniciais na base do governo envolviam apenas sete partidos: PT, PSD, PSB, MDB, União Brasil, PDT e Rede. Rachados, Podemos e PSDB não se posicionaram na disputa entre Pacheco e Marinho, mas entregaram votos ao ex-ministro de Bolsonaro.
O tamanho dos blocos partidários é decisivo na composição das 14 comissões permanentes da Casa e na escolha do presidente. Tradicionalmente, a definição do presidente das comissões segue a proporcionalidade dos blocos e partidos.
A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), considerada a mais importante tanto no Senado como na Câmara, foi prometida pelo grupo que apoiou a reeleição de Pacheco ao ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre (União-AP).
A CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), a segunda mais importante, deve ficar com o PSD. O partido deve indicar o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO) para a presidência da comissão.
Já a CRE (Comissão de Relações Exteriores) é disputada entre o MDB e o PT. O PT apoiou o nome do emedebista Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) para a vice-presidência do Senado e espera que o MDB abra mão da CRE, em contrapartida.
No MDB, o nome mais cotado é o de Renan Calheiros; no PT, o de Humberto Costa (PT-PE). O partido de Lula também pode ficar com a CAS (Comissão de Assuntos Sociais) ou com a CDH (Comissão de Direitos Humanos).
Derrotado na disputa pela presidência do Senado, o PL acabou sem cargos na mesa diretora da Casa e tenta, agora, negociar espaço em comissões. Na quinta (2), Flávio Bolsonaro fez um apelo para que Pacheco contemple o partido nas divisões internas.
“Eu acho que, neste momento, como sempre, eu acreditei que é a política que resolve as coisas. Nós vamos passar quatro anos aqui convivendo ainda, cada um trabalhando”, afirmou Flávio Bolsonaro durante a sessão.
“Eu tenho a convicção de que o senhor, como presidente, entende também dessa forma. Para que nenhum parlamentar sofra nenhum tipo de possível represália, em especial no tocante às comissões”, completou.
THAÍSA OLIVEIRA E JOÃO GABRIEL/FOLHAPRESS
Carteira Digital Serasa permite parcelamento do IPVA em 12 vezes com mesmo desconto do pagamento à vista
Para aliviar o bolso dos proprietários que já no início do ano precisam pagar o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), uma das despesas mais significativas do orçamento familiar, a Serasa oferece condições especiais de parcelamento.
No Estado de Bahia, o pagamento do IPVA deve ser realizado no dia 10 de fevereiro. O governo estadual permite o parcelamento do imposto em até 5 vezes e desconto de 3% para a cota única, mas a Carteira Digital Serasa possibilita que a quitação seja feita em até 12 parcelas, mantendo o mesmo desconto oferecido no pagamento à vista, com o acréscimo de juros sobre o parcelamento, cujas taxas são menores que as cobradas pelo Detran.
As condições são oferecidas em parceria com a Zapay, empresa especializada no setor de automóveis com o propósito de facilitar o pagamento dos débitos veiculares. “Apenas pela plataforma da Serasa é possível garantir o desconto da cota única e parcelar em até 12 vezes, aliviando o orçamento”, explica Laís Gabriel, especialista da Carteira Digital Serasa.
A Relação do Brasileiro com o Automóvel
De acordo com estudo inédito realizado pela Serasa em parceria com o Instituto Opinion Box, 2 a cada 10 proprietários ainda não se planejaram para pagar o IPVA 2023. “Mesmo sendo uma despesa recorrente e sempre na mesma época do ano, o valor ainda pega os motoristas de surpresa”, comenta Laís.
A pesquisa também aponta que a organização financeira ainda aparece como uma questão de conflito para os motoristas: 40% consideram complexo fazer os cálculos para manter um veículo e 32% admitem gastar mais que o programado. “O planejamento financeiro é imprescindível para conseguir estimar os gastos e evitar que esses custos pesem ainda mais no orçamento. Motivados por essa vontade de aliviar o bolso dos brasileiros, oferecemos essa opção de parcelamento do imposto na Carteira Digital”, complementa a especialista.
Como pagar meu IPVA pela Carteira Digital Serasa?
1º Passo – Baixe o Aplicativo
Caso ainda não tenha o Aplicativo da Serasa no seu dispositivo móvel, baixe-o no Google Play ou Apple Store, digite seu CPF e preencha um breve cadastro.
2º Passo – Acesse a área de pagamentos
No menu inferior da tela, clique em “Pagar” para acessar as opções de pagamento disponíveis na sua conta Serasa.
3º Passo – Acesse a área do veículo e localize seu veículo
Na tela de pagamentos, clique na opção “Débitos veiculares”.Para verificar o IPVA e outros débitos, como multas, licenciamento e taxas do seu veículo, digite a placa, leia e concorde com os Termos de Uso e Política de Privacidade para uso das funcionalidades, e clique em “Consulte e pague”.
4º Passo – Selecione os débitos a serem pagos
Caso seu veículo tenha algum valor em aberto, eles serão exibidos na tela. Confirme os dados, selecione os débitos que deseja pagar e a forma de pagamento. Clique em “Pagar Agora”, verifique as taxas aplicáveis antes de finalizar a transação e escolha o meio de pagamento desejado: cartão de crédito, boleto ou PIX.
5º Passo – Acompanhe o pedido
Após o pagamento, na área do seu veículo, um e-mail será disparado para o endereço que você incluiu no ato do pagamento (caso não localize o e-mail, verifique a caixa de spam). Com o protocolo será possível acompanhar o pedido no portal da Zapay. Para isso basta acessar o site oficial da Zapay (https://usezapay.com.br), clicar no botão “Meus Pedidos” no canto superior direito da página e inserir o código do pedido.
Novo governo Lula: o 3º mais rejeitado na democracia
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começa seu novo mandato como o 3º presidente mais rejeitado desde a volta das eleições direitas no Brasil. O petista é considerado “ruim” ou “péssimo” por 35% dos eleitores depois de 1 mês no cargo, segundo o PoderData.
Só Dilma Rousseff (PT) em 2015 (no 2º mandato) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em 1999 (também no 2º mandato) ficaram numericamente à frente de Lula, rejeitados por 44% e 36%, respectivamente, nos meses iniciais de cada governo.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) era considerado “ótimo” ou “bom” por 39% no 2º mês de seu mandato –patamar semelhante ao de Lula (43%). Mas só 19% o avaliavam como “ruim” ou “péssimo”.
O Poder360 considerou os primeiros levantamentos realizados por grandes empresas nos inícios de mandato de cada presidente. Os números são do acervo de pesquisas deste jornal digital, com dados de popularidade, aprovação e confiança de cada governo desde a redemocratização.
Nos primeiros meses de seus 2 mandatos iniciais (2003 e 2007), Lula tinha só 7% e 14%, respectivamente, de avaliação como “ruim” ou “péssimo”. Hoje, essa taxa está em 35%
O atual presidente foi eleito por margem estreitíssima contra Bolsonaro –a menor desde a redemocratização.
Em 2014, Dilma (PT) venceu Aécio Neves (PSDB) com 3,5 milhões de votos de vantagem. Iniciou o governo considerada “ruim” ou “péssima” por 44% da população –taxa que escalou rapidamente e chegou a 71% em agosto de 2015.
Lula foi eleito por 50,90% em outubro de 2022 com discurso de pacificação. Para melhorar a avaliação e evitar problemas com a opinião pública, o presidente intensifica o aceno aos eleitores mais pobres. A situação dos indicadores econômicos nos próximos meses também deve influenciar no humor da população.www.msn.com
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