Lula passa o sábado de Carnaval recluso na base naval de Aratu, na Bahia
Em Salvador desde o final da tarde desta sexta-feira (17), onde decidiu passar o período do Carnaval, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tirou o sábado (18) para descansar, sem aparições públicas. O presidente da República chegou à capital baiana acompanhado da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja.
O destino escolhido pelo casal presidencial foi a praia de Inema, localizada na área militar da base naval de Aratu, a cerca de 40 quilômetros do centro das festividades carnavalescas. Ao longo do dia, nem Lula nem Janja foram vistos na faixa de areia ou na água.
Segundo a assessoria de comunicação do Palácio do Planalto, o presidente viajou para Salvador sem o tradicional estafe e não teria programação definida nos quatro dias previstos para permanecer na capital baiana. A previsão é que Lula fique na Bahia até terça-feira (21).
A praia de Inema é a última ao sul da capital baiana, uma enseada dividida em dois lados, um deles privativo para os militares. O outro lado, aberto ao público geral, é São Tomé de Paripe, de onde partem as lanchas para a Ilha de Maré, uma comunidade quilombola que também faz parte de Salvador.
Enquanto São Tomé de Paripe estava lotada de banhistas que aproveitavam o céu limpo, sob um sol de 30ºC na tarde deste sábado, pouco mais de uma dezena de pessoas apareceu para se banhar em Inema. Geralmente, são familiares e convidados dos militares que residem na base naval.
Lula já havia visitado Inema ao longo dos dois primeiros mandatos, com a então primeira-dama, Marisa Letícia –hoje já falecida. Em uma das ocasiões, em 2010, foi flagrado com um isopor na cabeça enquanto deixava a praia. Além dele, já passaram por Inema os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).
Franco Adailton / Folhapress
Biden pressiona Brasil a rejeitar navios do Irã
Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden |
Depois, a chegada dos navios foi adiada por causa da sensibilidade diplomática. Agora, a data prevista da chegada e desembarque dos tripulantes é de 26 de fevereiro a 3 de março.
O Iris Makran é o maior navio de guerra iraniano, um antigo navio petroleiro convertido em base expedicionária, serve como plataforma para múltiplos empregos. Ele opera com helicópteros, por exemplo. O Iris Dena é uma fragata leve fabricada no país, equipada com canhões e capaz de disparar mísseis e torpedos.
A movimentação no Atlântico Sul preocupa os EUA. É uma demonstração de força naval do Irã, por meio do deslocamento da 86.ª flotilha, iniciada em setembro de 2022. Eles seguem para o Canal do Panamá.
Poderio naval
Autoridades iranianas têm enfatizado a necessidade de aumentar seu poder militar e a presença marítima internacional, seguindo orientações do aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Felipe Frazão / Estadão
Inadimplente vai perder CNH e passaporte de forma automática? Entenda
A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que autoriza que inadimplentes (pessoas com dívidas em atraso) percam a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e o passaporte de inadimplentes, não permite a retenção desses documentos de forma automática. Especialistas explicam que, para que se chegue ao bloqueio efetivo de CNH e passaporte, é necessário um processo judicial em que já se cobre a dívida, ou seja, já na fase de execução, quando não existe mais debate a respeito do débito.
Apesar de parecer uma medida drástica, o advogado e professor de processo civil do Mackenzie, Luiz Dellore, disse que a decisão do STF apontou ser constitucional um artigo de lei que já existe no Brasil desde 2015.
“Muitos advogados já pediam o bloqueio de CNH e passaporte, mas diversos juízes resistiam em aplicar essa possibilidade, exatamente por essa discussão de constitucionalidade do artigo 139, IV do Código de Processo Civil”, comentou. “Com a decisão do STF, seguramente esses pedidos vão proliferar.”
O especialista pondera ainda que a decisão ocorre somente após a tentativa de achar patrimônio do devedor (penhora de dinheiro em banco ou bens móveis ou imóveis, inclusive a partir da consulta nas declarações de Imposto de Renda).
Há ainda outros fatores considerados pela decisão do juiz, como sinais exteriores de boa condição financeira, no sentido de que exista patrimônio sendo escondido ou em nome de terceiros, a partir de postagens em redes sociais, viagens, uso de carros, além de padrão de consumo.
“Serão análises de cada caso, pelo juiz, em processos judiciais”, pondera Dellore. Considerando que, no Brasil, muitos devedores escondem o patrimônio em nome de terceiros ou familiares, vejo a decisão como positiva, com possibilidade de redução da inadimplência. Quem tem condições e esconde patrimônio, diante do risco de perder CNH ou passaporte, pode optar por fazer um acordo com o credor, o que é positivo.”
O advogado lembra ainda que a pessoa que realmente não tem patrimônio e nem condições financeiras não deve ser alvo dos bloqueios. “Da mesma forma, não se bloqueia CNH de quem é motorista de táxi, ônibus, caminhão ou aplicativos, pois o documento isso é necessário para o trabalho.”
A decisão do STF
O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, no último dia 10, ser constitucional o dispositivo do Código de Processo Civil (CPC) que autoriza o juiz a determinar “medidas coercitivas” que julgue necessárias no caso de pessoas inadimplentes. O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, no último dia 10, ser constitucional o dispositivo do Código de Processo Civil (CPC) que autoriza o juiz a determinar “medidas coercitivas” que julgue necessárias no caso de pessoas inadimplentes.
Essas apreensões e restrições seriam efetivadas por meio do cumprimento de ordem judicial. Ao julgar o tema, a maioria do plenário acompanhou o voto do relator, o ministro Luiz Fux. O relator conclui que a medida é válida, “desde que não avance sobre direitos fundamentais e observe os princípios da proporcionalidade e razoabilidade”. Pela decisão, dívidas com alimentação estão livres da apreensão de CNH e passaporte, além de débitos de motoristas profissionais.
Perfil do inadimplente
Segundo dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), o número de inadimplentes no País voltou a crescer em janeiro, chegando a 65,19 milhões de pessoas. Isso significa que quatro em cada dez brasileiros adultos (40,15%) estavam negativados em janeiro deste ano.
Em média, a dívida por consumidor em janeiro era de R$ 3.883,63 e a inadimplência era para 2,02 empresas credoras. Os dados ainda mostram que cerca de três em cada dez consumidores (32,88%) tinham dívidas de até R$ 500, porcentual que chega a 47,34% quando se fala de dívidas de até R$ 1 mil.
O número de devedores com participação mais expressiva no Brasil em janeiro está na faixa etária de 30 a 39 anos (23,85%). A inadimplência segue bem distribuída no recorte por gênero: 50,88% mulheres e 49,12% homens.
André Borges / Estadão
Alcoolismo: especialistas explicam como abordar quem tem dependência
A abstenção da bebida alcóolica é a única forma de se livrar do alcoolismo. O alerta é da psicóloga Claudia Chang, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). A medida não é fácil e pode até exigir internação, afirma a especialista. Este sábado (18) é marcado pelo Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo.
“A falta de bebida alcoólica pode causar a síndrome de abstinência, quando a concentração de álcool no sangue diminui e costuma gerar irritabilidade, ansiedade, taquicardia e suor em excesso. Em casos extremos, pode provocar convulsões e até levar a óbito”, afirma Chang.
Segundo a psicóloga, é fundamental buscar ajuda especializada. “O apoio de amigos e familiares é fundamental para a recuperação do alcoolismo, mas não é todo mundo que consegue ter estrutura emocional para lidar com a situação. Alguns vínculos afetivos, inclusive, podem se romper ou ficar abalados em face desse problema”, disse a psicóloga.
Prazer
O professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), psiquiatra Jorge Jaber, disse que para a maioria da população no mundo o álcool representa prazer e manifestação de alegria. No entanto, para uma parcela cada vez maior, o consumo dessa substância pode significar um sério abalo à saúde. Em especial, para as mulheres.
O psiquiatra e presidente do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), Arthur Guerra, afirma que “falta prazer” quando o dependente fica sem consumir a bebida alcóolica.
“A primeira consequência [do alcoolismo], mais comum e até mais grave, é que a pessoa não consegue ficam sem [a bebida alcóolica], porque não se sente à vontade. Não é que ela bebe para ter prazer, ela bebe porque na falta do álcool tem uma sensação de desprazer, falta prazer quando não tem o álcool. Ela bebe para aliviar essa sensação e então fica com a vida fechada, dependente do álcool”, explicou.
Abordagem
Segundo Arthur Guerra, negar a condição faz parte do quadro clínico de uma pessoa dependente do álcool.
“É uma abordagem muito difícil, em primeiro lugar, porque existe um estigma grande. Pessoas que têm dependência de álcool, muitas vezes não se consideram dependentes. Em geral, acreditam que são bebedores moderados e que param de beber quando querem. Essa certa onipotência associada com a negação de que a pessoa não tem o problema é comum, faz parte do quadro clínico”, explica.
Segundo o médico, grupos de apoio, atividade física e o tratamento medicamentoso são importantes aliados na recuperação de uma pessoa com dependência de álcool. “Parar de beber, o que ajuda: grupos de mútua ajuda, como Alcóolicos Anônimos (AA); medicamentos que diminuem a vontade de beber ou que fazem com que a pessoa passe mal caso consuma bebida alcoólica – e ela tem que estar consciente disso. Terapia e o esporte, que ajudam muito. A espiritualidade, seja a religião que for, também é importante, pois quando se acredita em alguma coisa maior, acaba dando bons resultados”, pontua.
O administrador Fábio Quintas, colaborador do Alcóolicos Anônimos, afirma que a participação de familiares e pessoas próximas é essencial no tratamento de dependentes químicos.
“Quase nenhum membro dos Alcóolicos Anônimos veio por vontade própria para buscar tratamento. A gente fala que foi por ‘livre e espontânea pressão’. Pressão da família, dos empregadores, dos amigos. Então precisa existir algum tipo de limite e consentimento das pessoas à volta, porque a principal característica dessas pessoas que têm problemas de alcoolismo é esse distanciamento da realidade. Ele não consegue ver, pois passou tanto tempo negando, minimizando, se auto justificando e racionalizando que não consegue enxergar o tamanho do problema que ele tem e como aquilo já corroeu as relações e a vida dele”, ressalta.
De acordo com Quintas, o momento adequado para abordar o assunto sobre tratamento é quando a pessoa estiver sóbria.
“Não adianta brigar, questionar ou tentar falar que a pessoa tem um problema quando ela estiver bêbada. A emoção está muito a flor da pele, a pessoa não está consciente e isso gera uma discussão, uma briga. O ideal é que a pessoa tenha a consciência de esperar o momento de sobriedade, geralmente naquele ‘pós bebedeira’, ressaca. E normalmente, em uma primeira abordagem, não vai funcionar. A família tem que saber que deve tentar de novo quando o problema se repetir”, explica.
Edição: Aline Leal
Por Alana Gandra e Heloisa Cristaldo - Repórteres da Agência Brasil - Rio de Janeiro e Brasília
Lewandowski encerra três ações contra Lula que estavam suspensas
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o trancamento e encerramento de três ações da extinta Lava Jato e da Operação Zelotes contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As investigações, que estavam suspensas, diziam respeito a doações da empreiteira Odebrecht ao Instituto Lula, à compra do terreno do instituto e a supostas irregularidades na compra de caças suecos para a Aeronáutica durante o governo da ex-presidenta Dilma Rousseff.
As duas primeiras investigações estavam suspensas desde setembro de 2021 por ordem do STF. A apuração sobre um suposto tráfico de influência de Lula na aquisição dos caças F-39 Gripen havia sido suspensa em março do ano passado. As ações, que tramitavam na Justiça Federal em Brasília, foram encerradas.
Na decisão, Lewandowski indicou que as provas apresentadas nas ações são ilegais. Segundo ele não há cabimento para que os processos continuem a tramitar. No texto, ele classificou as provas de “eivadas de vícios insanáveis e claramente desprovidas de lastro probatório mínimo”.
A interrupção definitiva das investigações havia sido pedida pela defesa de Lula no processo de anulação das provas que constavam do acordo de leniência entre a Odebrecht e força-tarefa dos procuradores da Lava Jato no Ministério Público Federal. Os pedidos foram feitos com base em material apreendido pela Operação Spoofing da Polícia Federal, que prendeu um grupo de hackers que invadiram celulares de juízes e de procuradores da Lava Jato.
”Examinado com verticalidade o mosaico fático-jurídico pormenorizadamente descrito acima, não concebo a existência de denúncias temerárias, sem o mínimo de elementos probatórios hígidos [salutares], e, ainda, sabidamente desprovidas de correlação legítima entre elas e fase pré-processual. Trata-se, em verdade, de imputações calcadas em provas contaminadas, que foram produzidas, custodiadas e utilizadas de forma ilícita e ilegítima, o que evidencia a ausência de justa causa para o seu prosseguimento”, escreveu Lewandowski na decisão.
Edição: Valéria Aguiar
Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil - Brasília
MST vê lentidão do governo Lula e planeja calendário de mobilizações
Movimentos por reforma agrária como MST e Contag têm se incomodado com o que veem como falta de prioridade à questão agrária no começo do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Está prevista para abril uma mobilização nacional pela terra, com a instalação de acampamentos em áreas simbólicas e realização de marchas. O MST espera que o governo apresente até lá um plano emergencial para a área. Caso contrário, deverá retomar ações de ocupação.
Para os movimentos, entre os quais também se incluem Contraf, Via Campesina e Conaq, a dedicação que tem sido mostrada por Lula à questão indígena, com mudanças significativas nas estruturas governamentais e grandes anúncios, mostra que seria possível fazer muito mais no período pelas demandas do campo.
Um dos principais sintomas da lentidão é a continuidade de nomes escolhidos pelo governo Jair Bolsonaro (PL) em superintendências do Incra, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. Desde o começo do governo Lula, apenas 8 dos 29 superintendentes do Incra foram exonerados, segundo mostra o Diário Oficial da União, ainda que nem todos os remanescentes tenham sido escolhidos por Bolsonaro.
O superintendente de São Paulo, Edson Alves Fernandes, é um representante da gestão anterior cuja sequência no Incra é criticada pelos movimentos do campo, que tiveram com ele uma relação conflituosa nos últimos anos. Em Alagoas, o superintendente desde 2017 é Cesar Lira, primo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e que aparece em diversas fotos com a família Bolsonaro na internet.
Além disso, havia a expectativa de nomeação de aliados dos movimentos do campo para superintendências e outros postos do Incra na última semana, como um aceno efetivo em relação às políticas para área, mas que não se concretizou.
O MST aguarda as nomeações dos novos superintendentes do Incra para pedir ao governo federal medidas emergenciais para resolver os problemas das famílias acampadas, que hoje são cerca de 100 mil.
Uma das medidas em discussão no MST é o pedido de criação de um cadastro único das famílias acampadas para que o governo possa arrecadar as terras e assentar as famílias.
No Ministério do Desenvolvimento Agrário, comandado por Paulo Teixeira, a explicação para a demora nas trocas no Incra é a de que as escolhas de segundo escalão passam pelo núcleo político do governo, e que a lentidão se deve ao fato de que as negociações por cargos ainda estão em curso.
Guilherme Seto / Folha de São Paulo
Pastor é suspeito de estuprar menina de 11 anos e ameaçar vítima para não contar à família
Caso é investigado pela DEPCA (Foto: Ana Oshiro/Jornal Midiamax) |
Conforme relato da família da criança, ela fica na casa de uma babá há aproximadamente um ano. Essa babá tem uma filha e seria casada com o pastor.
Então, também segundo a mãe da menina, ela sempre foi bem tratada pela babá e pelo pastor. Porém, em 25 de dezembro teria sofrido o primeiro abuso.
Naquele dia, a babá teria precisado sair e deixou a menina junto com o suspeito. Ele então teria passado a mão na vítima, mas ela conseguiu se desvencilhar.
Assim, fugiu da casa até que a babá voltasse. Já no dia 5 de fevereiro, o autor estaria em um ônibus que possui. No veículo, levou a menina, quando a encurralou e tentou novamente abusar da criança.
A menina conseguiu fugir e encontrou a filha da babá, para quem pediu ajuda. A família alega que a mulher teria levado a menina para casa e a trancado lá.
Além disso, lavou as roupas da criança, na tentativa de eliminar qualquer prova. A princípio, tanto a enteada do pastor quanto a mãe dela, babá da vítima, teriam pedido que ela não contasse nada para os familiares.
A criança teria dito acreditar que ele tenha feito outras vítimas. No entanto, o suspeito também teria feito ameaças, o que pode ter também intimidado as outras possíveis vítimas.
O caso é investigado como estupro de vulnerável e foi registrado na DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente).
https://midiamax.uol.com.b
PL quita multa de R$ 23 milhões aplicada por Moraes, e recursos são liberados
Em decisão publicada nesta sexta-feira (17), o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, afirmou que foi paga a multa no valor de R$ 22,9 milhões imposta ao PL por “litigância de má-fé” ao questionar o resultado das eleições de 2022.
“Conforme se extrai dos cálculos apresentados pela unidade técnica, os valores transferidos à conta específica já são suficientes à plena quitação da multa imposta”, disse o ministro Alexandre de Moraes em decisão.
Em novembro passado, houve o bloqueio de R$ 13,6 milhões da sigla. Em dezembro, aconteceu transferência de R$ 9,86 milhões.
Com a quitação foi reconhecida, Moraes determinou que seja imediatamente liberado ao partido do ex-presidente Jair Bolsonaro o saldo remanescente nas contas partidárias, assim como o repasse mensal do fundo partidário.
Ao rejeitar uma ação do PL contra o resultado das eleições em novembro passado, o ministro Moraes aplicou uma multa de R$ 22,9 milhões e suspendeu o fundo partidário das três legendas —PL, PP e Republicanos— que formaram a coligação do então presidente Bolsonaro na disputa pelo Planalto.
Moraes calculou o valor da multa com base no CPC (Código de Processo Civil), que permite ao juiz aplicar a pena em caso de litigância de má-fé. Segundo o Código, a multa pode ser de 1% a 10% do valor da causa, calculada em R$ 1,15 bilhão. O ministro estabeleceu, no caso, uma multa de 2%, ou seja, R$ 22,9 milhões.
Dias depois, o ministro excluiu o PP e o Republicanos da ação de teor golpista que buscava anular votos de mais de 279 mil urnas no segundo turno.
Os dois partidos recorreram ao TSE afirmando que a iniciativa foi uma ação isolada do PL e que ambos não questionavam o resultado das urnas.
Em 15 de dezembro, os demais ministros da corte eleitoral rejeitaram recurso do partido de Bolsonaro contra a aplicação da multa.
Moraes entendeu que na iniciativa encampada pelo PL houve “finalidade de tumultuar o próprio regime democrático brasileiro” e determinou que o presidente do partido fosse alvo de investigações no STF (Supremo Tribunal Federal), no inquérito das milícias digitais, e no TSE.
Segundo o ministro, não foram apresentados no pedido da legenda “quaisquer indícios e circunstâncias que justifiquem a instauração de uma verificação extraordinária”.
O partido argumentou ao tribunal que “jamais teve a intenção de causar qualquer tumulto ao processo eleitoral brasileiro, muito menos fomentar qualquer tipo de movimento ideológico”.
Folha de S. Paulo
Itamaraty mobiliza governos de esquerda latino-americanos para nota que condena Israel
A manifestação, divulgada na sexta-feira (17), é assinada por Brasil, Argentina, Chile e México |
A manifestação, divulgada na sexta-feira (17), é assinada por Brasil, Argentina, Chile e México. O texto critica duramente a ação israelense.
A sugestão partiu do Itamaraty, e a nota conjunta foi viabilizada em menos de 48 horas. Segundo uma fonte diplomática, a estratégia poderá ser usada mais vezes no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sempre que o Brasil quiser reforçar algum posicionamento.
O método tem ainda o bônus de reforçar o papel de liderança do Brasil na América Latina, e sinalizar que o país está de volta à diplomacia regional após o isolamento do governo de Jair Bolsonaro (PL).
As informações são da coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo.
Folha de S. Paulo
Lula cita mensalão, cobra aliados a agir contra corrupção e admite erros anteriores
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem repetido a aliados não querer enfrentar outro escândalo como o do mensalão —principal caso de corrupção do primeiro mandato do petista e até hoje uma fonte de desgaste para o partido.
Lula tem feito a avaliação reservada a assessores próximos. Nessas conversas, ele pede empenho na fiscalização e controle do governo; e também destaca que todos têm responsabilidade no combate à corrupção.
Segundo pessoas que acompanham o petista, Lula tem demonstrado a intenção de consolidar sua biografia com o terceiro mandato à frente do Planalto, tentando se firmar como o líder popular que derrotou a extrema direita no país e reduzir o peso eleitoral que antigos casos de corrupção tradicionalmente impõem ao PT.
A pretensão do presidente, no entanto, pode esbarrar na aliança que ele firmou com o centrão, o que inclui a nomeação em postos-chave em empresas que já foram alvo de denúncias de irregularidades.
Petistas reconhecem que corrupção é um flanco do partido. O tema, segundo membros da legenda, teve peso na votação apertada em outubro, quando Lula venceu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por 50,9% dos votos válidos contra 49,1%.
A reportagem ouviu relatos de pessoas próximas ao presidente, que tiveram conversas reservadas com ele durante a formação do novo governo e no início da gestão.
Nas conversas, o presidente reconhece que houve erros nas gestões anteriores. Na opinião de aliados, o terceiro mandato é fundamental para que casos de corrupção como o mensalão se descolem da imagem de Lula.
Hoje com 77 anos, ele tem dito que não há espaço para erros nessa etapa da sua trajetória.
O mensalão foi um esquema ilegal de financiamento político em troca de apoio parlamentar no primeiro mandato de Lula (2003-2006). Foi revelado em 2005 pelo então deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ) em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. O discurso do presidente foi se ajustando ao longo do tempo até que ele passou a admitir os erros no governo, mas sem apontar culpados.
Adversários de Lula usam frequentemente denúncias de corrupção nos governos do PT —em especial o mensalão e o petrolão— como munição para atacar o petista.
Na campanha de 2022, uma das principais estratégias de Bolsonaro foi associar Lula a casos de corrupção, esperando com isso aumentar a rejeição do petista. O ex-mandatário e aliados frequentemente se referem a Lula como “ex-presidiário”, em referência aos 580 dias que o petista permaneceu preso em decorrência de condenação na Lava Jato —posteriormente anulada.
Como resposta, a estratégia eleitoral do PT foi defender mecanismos anticorrupção criado nos governos Lula e Dilma Rousseff.
Durante a campanha, Lula foi questionado sobre o mensalão no Jornal Nacional. Na ocasião, ele insistiu no discurso de que o governo petista criou mecanismos de investigação que expuseram casos de corrupção.
Durante a campanha, Lula inclusive chegou a apresentar medidas de Dilma e Fernando Henrique Cardoso (PSDB) como suas. É o caso da Lei Anticorrupção, que responsabiliza empresas por crimes contra a administração pública, sancionada por Dilma em 2013.
Outro exemplo é a criação da CGU (Controladoria-Geral da União), fundada pelo tucano em 2001.
Hoje, esses dois instrumentos —CGU e Lei Anticorrupção— devem ser usados para reforçar o sistema de fiscalização do governo. Uma ideia é ampliar a atuação do órgão de controle, que tem escritórios em todos os estados, em investigações da Polícia Federal.
Integrantes do governo Lula têm a visão de que, ao ampliar as investigações, haverá uma inibição a práticas ilícitas, além de aumentar as chances de acordos de leniência e denúncias de irregularidades.
Em entrevista à CNN Brasil nesta quinta-feira (16), Lula foi questionado sobre qual será o critério para decidir se um integrante do governo será exonerado ou não quando houver denúncia de irregularidades.
O presidente ressaltou a importância da CGU nesse processo.
“Para mim, todos, sem distinção, terão direito à presunção de inocência. Na hora em que houver uma denúncia, vamos ver internamente, através da CGU, a investigação [do caso] para saber se tem procedência a denúncia”, declarou o presidente.
“Se tiver culpa, a pessoa simplesmente sairá do governo”, completou.
Na mesma entrevista, ele minimizou o elo da ministra Daniela Carneiro (Turismo) com milicianos da Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro.
Para ampliar a base do governo, Lula tem feito negociações com o centrão e distribuído cargos em estatais, como a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), que é investigada por suspeita de corrupção em obras de pavimentação.
O governo petista também fez um acordo com Arthur Lira (PP-AL) para que parte da verba de ministérios seja usada para bancar emendas de deputados novatos que ajudaram a reeleger o presidente da Câmara.
Quando o esquema do mensalão foi revelado, Lula primeiramente insinuou em uma entrevista em Paris que o caixa dois eleitoral era disseminado entre partidos no país.
Semanas depois, pressionado, fez um pronunciamento ao lado de ministros dizendo que estava indignado com as “revelações que chocam o país”.
Com o passar dos anos, mudou o tom. Em 2010, ainda como presidente, classificou a crise política vivida como uma “tentativa de golpe”.
O Supremo concluiu o julgamento do mensalão em 2013, condenando 25 pessoas, incluindo o ex-ministro José Dirceu, coordenador da vitoriosa campanha de 2002. Entre os condenados, também estavam dois líderes de partidos hoje ligados ao bolsonarismo: Jefferson, do PTB, e Valdemar Costa Neto (PL).
Após anos longe dos holofotes, Dirceu tem sido reabilitado por lideranças do PT. No ato em comemoração aos 43 anos do PT, nesta semana, o ex-ministro recebeu uma saudação de Lula.
“Companheiros e companheiras, eu quero agradecer cada um de vocês, mulheres e homens. Companheiro José Dirceu, agradecer a você porque eu sei o quanto você foi solidário ao que eu passei. Quero agradecer a todos os presidentes do partido e aqui estou vendo a Gleisi e o Rui Falcão, José Dirceu e eu mesmo já fui presidente [do partido]”, disse.
Catia Seabra/Thiago Resende/Folhapress
Neymar surpreende, decide deixar o PSG e já sabe onde quer jogar em 2023, 'crava' portal
Neymar surpreende, decide deixar o PSG e já sabe onde quer jogar em 2023, 'crava' portal |
Além disso, o atacante chegou a se envolver em uma discussão com o técnico Christopher Galtier após a derrota para o Monaco na Ligue 1, o que deixou o clima ainda mais pesado para o brasileiro no time francês.
Assim, o próprio PSG, segundo informações do portal Foot Mercato, teria decidido vender Neymar, que deve deixar o time por um valor em torno de 60 milhões de euros, algo bem abaixo dos 222 milhões pagos pelos franceses para contratá-lo em 2017.
Vídeo relacionado: O Neymar perdeu a vontade de jogar futebol? (Dailymotion)
Neymar já definiu onde quer jogar
O próprio Neymar parece tentado a deixar Paris, tendo inclusive, definido onde quer jogar quando deixar o time francês. De acordo com matéria publicada pelo portal GOAL.com, o atacante deseja rumar a Premier League, onde espera aproveitar os seus últimos anos de 'auge' na Europa.
A ideia é, mais uma vez, se provar no futebol, mostrando que mesmo em idade avançada, ainda é capaz de brilhar na liga mais competitiva e badalada do planeta. O portal revela inclusive, que Ney já vem se oferecendo a alguns times da Inglaterra por meio de representantes, com sua saída do PSG tendo grandes chances de acontecer já no fim desta janela.
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