Meloni visita Kiev e diz que derrota da Ucrânia pode levar a invasão de países da Europa
Meloni visita Kiev e diz que derrota da Ucrânia pode levar a invasão de países da Europa |
Falando em uma entrevista coletiva ao lado do presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, Meloni afirmou que a derrota da Ucrânia também corre o risco de levar à invasão de outros estados europeus, e prometeu apoio militar italiano contínuo a Kiev -este suporte, contudo, não inclui o fornecimento de aviões militares.
Além disso, a Itália pretende sediar uma conferência internacional sobre a reconstrução da Ucrânia em abril, de acordo com a primeira-ministra.
A líder também visitou as cidades de Irpin e Butcha, ambas próximas à capital e fortemente atacadas pelas tropas russas. Em Butcha, retomada pela Ucrânia e onde foram encontrados dezenas de corpos de civis, Meloni deixou flores em uma vala comum na qual cadáveres estão enterrados.
A líder italiana havia prometido visitar a Ucrânia antes do aniversário de um ano da guerra, na próxima sexta-feira (24). A viagem é vista como uma das mais significativas em sua agenda desde que chegou ao poder, em outubro, e ocorre uma semana depois de seu parceiro na coalizão de ultradireita do governo a Itália, Silvio Berlusconi, culpar Zelenski pela invasão da Ucrânia.
Berlusconi, ex-primeiro-ministro que tem uma amizade antiga com o presidente russo, Vladimir Putin, disse que se ainda liderasse o governo não buscaria um encontro com Zelenski. Segundo ele, caso o presidente ucraniano tivesse parado de atacar as duas repúblicas autônomas do Donbass a guerra não teria acontecido.
“Eu julgo este senhor muito, muito negativamente”, afirmou Berlusconi.
Na entrevista coletiva desta terça, o líder da Ucrânia rejeitou as críticas de Berlusconi, afirmando que o político não teve que viver sob bombardeios diários e blecautes causados por ataques aéreos russos.
“E graças a Deus seu parceiro da Federação Russa não dirigiu um tanque para dentro de sua casa e destruiu seus parentes e pessoas próximas”, disse Zelenski.
A Rússia lançou uma nova campanha de ataques aéreos contra a Ucrânia em outubro, atingindo severamente a infraestrutura e causando apagões regulares.
Zelenski afirmou ainda que Berlusconi se beneficiaria em viajar para a Ucrânia para ver com seus próprios olhos a “trilha sangrenta deixada pela fraterna Federação Russa”. “Então podemos conversar no mesmo nível.”
Folhapress
Jornada Pedagógica de Ipiaú contará com importantes palestrantes
A Secretaria de Educação de Ipiaú divulgou programação da Jornada Pedagógica 2023 que começa no próximo dia 27 de fevereiro, estendendo-se até 3 de março. Diversas atividades marcam o evento, destacando-se palestras e oficinas ministradas por profissionais de projeção nacional. Haverá também uma série de apresentações culturais.
O tema central do encontro é “Letramento, Inovação, Gestão e Aprendizagem: Caminhos para uma educação transformadora. Nos dois primeiros dias as atividades estarão centradas no auditório da AABB, sendo que a solenidade de abertura contará com a presença da prefeita Maria das Graças, além da secretária Erlandia Souza, titular da pasta da educação, e outras autoridades.
As oficinas envolverão temáticas voltadas para o fazer docente e serão desenvolvidas no âmbito do Colégio Celestina Bittencourt, onde também ocorrerão, no período que antecede a jornada, os encontros com os gestores escolares e com os coordenadores pedagógicos.
A jornada abre o calendário do ano letivo. As aulas começam no dia 6 de março. As unidades escolares foram devidamente preparadas para receberem os estudantes e demais atores da rede municipal de ensino. Discussões e planejamento sobre as ações que serão executadas no decorrer do ano letivo, constam da programação.
PALESTRAS
As palestras iniciais serão ministradas pelos professores Garrido, Jane Haddad e Emanuela Antunes Bezerra, que respectivamente abordarão os temas: “A Benção e a Alegria de Cuidar da Educação; “Educação do Século XXI: ampliando olhares para a educação que ousa” e “Educação na era do like”.
Garrido é especialista em Psicologia Organizacional, tem formação em Human Resources pela Universidade de Nova York- Eua, psicoterapeuta e coordenador de encontros da cultura, assim como escritor e colunista de comportamento da Band News FM.
Jane Patrícia Haddad, mestre em educação, com formação em psicanálise, é uma referência no meio educacional do Brasil. Ela tem uma forma singular de falar sobre temas polêmicos e com seu jeito alegre provoca um outro olhar nos educadores. A professora vem sendo convidada a debater sobre a "nova" noção de autoridade frente as novas gerações
Emanuela Antunes Bezerra é graduada em história pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Mestre em Educação pelo Programa de pós-graduação em Educação da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
No dia seguinte, terça-feira,28, no mesmo local, das 7 às 8:30, haverá um espetáculo cênico com a Troupe do Riso e em seguida o Prof. Dr. Geraldo Peçanha de Almeida, psicanalista, pedagogo e mestre em Teoria Literária, autor de mais de 70 livros para educadores, estará apresentando o tema: ”A escola transformadora: cuidado, empatia e afeto na educação”.
Na sequência, a partir das 10hs45min, será a vez do professor-mestre Adão Albuquerque trazer o tema “ Educação 4.0: Alfabetizar para ler um mundo em mutação”. O palestrante ensina geografia e também se destaca como ator, apresentador, radialista, em Vitória da Conquista.
Ainda no dia 28, no período da tarde, o Prof. Dr. Geraldo de Almeida volta ao cenário da jornada com a palestra “Inclusão de Alunos Atípicos na Escola: O Desafio Continua”. Encerrando o segundo dia da Jornada Pedagógica, o Prof. Me. Joéliton Alves profere palestra a respeito da “Educação Empreendedora e os Desafios Para Um Futuro Sustentável”. Ele que é Mestre em Ciências da Educação, consultor e professor há mais de 25 anos, tem ampla experiência na temática de empreendedorismo, credenciado ao SEBRAE , é especialista em Planejamento Estratégico de Negócios e Pessoas, Neuropsicopedagogo e também e Coach Profissional.
OUTROS PALESTRANTES
O ciclo de palestra direcionado aos profissionais de educação da rede municipal prosseguirá no Colégio Celestina Bittencourt, onde também serão aplicadas importantes oficinas, tendo como protagonistas os professores, Aline Miranda Rosa, Benilton Santos, Maristela Amaral, Adenilson Souza Cunha, Arlete Ramos dos Santos, Silvia de Mattos Gasparian Colello, Rogério Santos Souza e Rose Maria Pereira de Souza Bonfim.
Confira no link a programação em sua integra.
( José Américo Castro-Dircom/Prefeitura de Ipiaú)
Homem rompe artéria e morre ao dar soco em janela enquanto brigava com a esposa
Depac Centro - Foto: Henrique Arakaki/Arquivo Midiamax |
Conforme o registro policial, o homem brigou com a esposa na noite de domingo (19), por volta das 23 horas. Então, deu um soco na janela de vidro, que quebrou.
Com isso, sofreu um corte no braço direito que acabou atingindo a artéria. Ele ainda foi socorrido e transferido para Campo Grande, mas não resistiu.
Também segundo informações da polícia, o homem teve choque hemorrágico e acidose metabólica refratária. Ele morreu às 18h08 de segunda-feira.
O caso foi registrado como morte a esclarecer na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro.
Nós não queremos destruir a Rússia, diz Biden
No discurso para marcar o primeiro ano da invasão de Vladimir Putin da Ucrânia, mirando tanto Moscou quanto Pequim em sua denúncia das autocracias, o presidente Joe Biden afirmou que o Ocidente não pretende destruir a Rússia.
Biden falou na noite desta terça (21, tarde no Brasil) em Varsóvia, a capital do mais beligerante membro da Otan (aliança militar ocidental), a Polônia. Horas antes, Putin havia se dirigido ao Parlamento russo afirmando que o objetivo ocidental era o de “acabar conosco para sempre” ao transformar “um conflito local em global”.
O duelo de discursos, no qual Biden tinha a vantagem de saída de ter visitado de forma inédita Kiev na véspera, acabou sendo um jogo de espelhos no qual o americano repetiu, assim como o russo, a retórica construída ao longo de um ano do conflito iniciado em 24 de fevereiro passado. A guerra está um momento de pressão inconclusiva por parte de Moscou.
“Putin ainda duvida da nossa convicção. Não deve haver dúvida, a Otan nunca será dividida, e nós não estaremos cansados”, afirmou o americano. “Autocratas não podem ser apaziguados, só podem ser antagonizados. A única palavra que entendem é não, não e não.”
“O mundo autocrático ficou mais fraco”, disse, sem é claro citar a China, sua principal rival estratégica e maior aliada de Putin, ainda que sem envolvimento direto na guerra. Mas o recado estava no ar, em especial após a acusação sem provas feita pelo secretário de Estado, Antony Blinken, de que Pequim iria enviar armas aos russos, algo negado pelos chineses.
“Que tipo de mundo queremos construir?”, afirmou, dizendo que o Ocidente é “aliado não das trevas, mas da luz”. “A escolha é entre caos e estabilidade, entre democracia ou a terra brutal dos ditadores”, disse. Voltou a acusar a Rússia de crimes contra a humanidade, “usando estupro como arma”.
Ao mesmo tempo, negou o intuito sugerido antes pelo russo. “Não queremos destruir a Rússia, não queremos atacar, como o Putin disse hoje”, afirmou, emulando o tom do presidente francês, Emmanuel Macron, que no fim de semana defendeu a derrota do Kremlin na guerra, mas não “mudança de regime”.
Também na mesma linha de Macron, que questionou a responsabilidade do Ocidente em alienar países não alinhados que fazem negócio com a Rússia como Índia e Brasil, Biden insistiu que as democracias ocidentais “precisam entregar para o povo”, “melhorando a saúde”, “aumentando a prosperidade”.
“As decisões que tomarmos nos próximos cinco anos irão definir as próximas décadas”, completou. Chamou a atenção para outros países que temem a Rússia, como a própria Polônia, que faz parte da Otan, ou a pequena e desguarnecida Moldova —pediu palmas para a presidente Maia Sandu, pressionada por Moscou.
Biden entrou no palco montado à frente do palácio presidencial ensaiando um desfile ao som de música eletrônica ao estilo do Eurovision, concurso de talentos popularíssimo no Leste Europeu, e depois recebeu crianças, em oposição ao formalismo marcial do evento de Putin em Moscou.
Os EUA são os maiores apoiadores da Ucrânia na guerra. Segundo o Instituto para Economia Internacional de Kiel, US$ 78,2 bilhões dos US$ 150 bilhões de ajuda já recebida por Kiev até 15 de janeiro vieram dos americanos, US$ 47,3 bilhões em armas e defesa.
Igor Gielow/Folhapress
Confirmadas 44 mortes por causa das chuvas em São Paulo
O governo do estado de São Paulo informou que, até o momento, 44 óbitos foram confirmados por causa das fortes chuvas, sendo 43 em São Sebastião e um em Ubatuba. Equipes do município com psicólogas e assistentes sociais fazem um trabalho de acolhimento dos familiares das vítimas do temporal que assolou o litoral norte no sábado (18) e domingo (19).
Já foram identificados sete corpos e liberados para o sepultamento. São dois homens adultos, duas mulheres adultas e três crianças. Os trabalhos de busca, resgate e salvamento seguem ininterruptamente na região. Atualmente há 1.730 desalojados e 766 desabrigados em todo estado.
Disque 100
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) disponibilizou o Disque 100, opção 2, para receber comunicações de pessoas atingidas pelas fortes chuvas no litoral sul do estado de São Paulo, nos municípios de São Sebastião, Ubatuba, Guarujá, Bertioga e Ilhabela.
A central de atendimento funciona 24 horas, 7 dias da semana, para auxiliar na acolhida de informações sobre pessoas desaparecidas e locais de abrigo, acolher pedidos de socorro de pessoas isoladas em apoio às centrais 190, 193 e 192.
Edição: Fernando Fraga
Por Ludmilla Souza - Repórter da Agência Brasil - São Paulo
Suspeitos fingem ser policiais, invadem casa e matam homem na frente da mãe em Brumado
Foto: Reprodução/ Achei Sudoeste |
Segundo informações do Achei Sudoeste, parceiro do Bahia Notícias, uma mulher teria relatado à mãe da vítima que homens estavam atrás dele na região, mas Henrique Alves não teria dado atenção - ele sugeria não ter desavença com outras pessoas. O corpo dele foi jogado em um matagal, próximo à residência da família.
A motivação do crime ainda é desconhecida e não há informações adicionais sobre o episódio.
Indicações para tribunais de contas privilegiam políticos e ignoram caráter do cargo
Foto: Reprodução / UPB |
Tanto em esfera federal quanto em estadual e municipal, vários políticos de carreira, alguns deles parentes de mandatários ou envolvidos em imbróglios com a Justiça, são indicados conselheiros em um órgão também capaz de tornar adversários inelegíveis.
Há propostas legislativas para tornar as nomeações mais rígidas, mas nenhuma delas foi adiante.
Especialistas disseram à Folha que a partidarização desses tribunais é prejudicial à administração pública, por tirar isenção do controle das contas dos governos e por permitir aparelhamento da máquina estatal.
Os cargos de conselheiros dos TCEs (Tribunais de Contas Estaduais) equivalem aos de desembargadores da Justiça estadual, e os ministros do TCU (Tribunal de Contas da União) são equiparados pela Constituição aos ministros do STJ (Superior Tribunal de Justiça), apesar de não serem vinculados ao Poder Judiciário.
Segundo o texto constitucional, pode ser indicado ministro ou conselheiro de um tribunal de contas alguém que tiver mais de 35 anos, além de idoneidade moral e reputação ilibada, notórios conhecimentos de administração pública e mais de dez anos de exercício em uma função que dê conhecimentos para exercer as atribuições das cortes administrativas.
Esses requisitos são avaliados pelo Senado, no caso federal, e pelas Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais, no âmbito estadual e municipal, respectivamente. Ainda assim, não há nenhuma norma infralegal especificando esses princípios.
Há cinco propostas legislativas em tramitação para regular as nomeações de conselheiros desses tribunais, envolvendo a necessidade de ter ficha limpa, concursos públicos, estar fora de partidos políticos e cargos eletivos e até tempo de mandato.
Nenhuma delas, porém, avançou nos últimos anos. Três textos aguardam designação de relator para início de tramitação, um deles precisa ser votado pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados desde 2017 e o último, em estágio mais avançado, aguarda votação em plenário desde 2013.
O resultado disso está nos dados --em 2016, levantamento feito pela ONG Transparência Brasil indicou que 80% dos 233 conselheiros em tribunais de contas ocuparam, antes de sua nomeação, cargos eletivos ou de destaque na alta administração pública. Mostra ainda que 23% deles sofreram processos ou punição da Justiça e 31% eram parentes de outros políticos, como governadores.
Um ano depois, pesquisa da Universidade Federal de Pernambuco mostrou que, dos 186 conselheiros de todos os TCEs, 85 eram ex-deputados estaduais e distritais, 5 foram deputados federais e 29 eram ex-secretários estaduais, 13 ocuparam outros cargos estaduais e 40 tinham ou tiveram pendências judiciais.
Recentemente, reportagens da Folha mostraram importantes figuras políticas tentando emplacar familiares nos tribunais de contas, como o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), que tenta incluir a esposa no Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia, e o governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), que tem seu sobrinho, Daniel Itapary Brandão, como favorito ao TCE-MA (Tribunal de Contas do Estado do Maranhão).
Para Fernando Menezes, professor de direito administrativo da Faculdade de Direito da USP, todo tribunal de contas possui um grau de politização que envolve o debate público e a diversidade do perfil dos conselheiros, mas a inserção de ex-políticos ou a partidarização das cortes gera pessoalidade nas decisões e perseguição de inimigos.
Menezes também disse que a pouca vontade dos políticos de mudar a realidade da instituição leva à vulnerabilidade das cortes de contas aos interesses do grupo político majoritário e compromete a isenção do controle externo da administração.
Apesar de ressaltar que há indicações importantes para os tribunais de contas, ele entende que regras mais estritas deveriam ser aplicadas, como uma quarentena após o exercício de cargos e a filiação de partidos.
O professor também destaca a possibilidade de criar um percurso formativo similar ao que já ocorre na carreira diplomática, profissionalizando o exercício da função de conselheiro ou ministro dos tribunais de contas e trazendo benefícios a toda a administração pública.
Juliana Sakai, coordenadora técnica da ONG Transparência Brasil, entende que mesmo para as indicações políticas, alguns critérios, como a reputação moral e ilibada, impedem a indicação de conselheiros com pendências judiciais, o que já ocorreu para os tribunais de contas.
Ela afirma que a velocidade de mudança do perfil de ministros e conselheiros dessas cortes é lenta e que há pouca vontade dos políticos de mudar o atual formato de funcionamento e indicação. "Não é de interesse do grupo político perder poder", disse.
Com o desgaste da pauta anticorrupção, Sakai acredita ser difícil mudar o atual estado dos tribunais de contas, já que a pauta anticorrupção tem sido muito ligada à moralidade.
"Deve-se mudar o foco, a corrupção não deve ser tratada moralmente, deve ser tratada no âmbito das instituições e esse tema serve para regular e evitar aparelhamento do estado", concluiu.
Por Folhapress
Putin critica EUA e suspende controle de armas nucleares
Em um antecipado discurso na Assembleia Federal sobre o aniversário de primeiro ano da Guerra da Ucrânia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, levou o foco do conflito para o embate com o Ocidente, sacando novamente a carta nuclear contra os EUA e seus aliados.
Ele anunciou a suspensão da participação de seu país no último acordo de controle de mísseis estratégicos vigente, o Novo Start, que já cambaleava desde que a guerra começou devido à falta de inspeções mútuas de instalações com armas nucleares dos EUA e da Rússia.
Putin disse que “a Rússia não irá atacar primeiro”, mas que está pronta para reagir e que a “situação pode sair de controle”. “Eles [os ocidentais] querem transformar um conflito local em global. Nós entendemos desta forma e vamos reagir de forma adequada. A Rússia não pode ser derrotada”, acrescentou.
“O Ocidente soltou o gênio da garrafa. Estamos falando da existência do nosso país. Eles não escondem seu objetivo: infligir uma derrota estratégica à Rússia, ou seja, acabar conosco de uma vez por todas.”
Segundo o Instituto para Economia Internacional de Kiel (Alemanha), mais de US$ 60 bilhões dos US$ 150 bilhões em ajuda à Ucrânia desde a guerra foram de natureza militar, US$ 47 bilhões apenas dos EUA.
O Novo Start, vigente desde 2010 e válido em tese até 2026, prevê que tanto EUA quanto Rússia, que detêm 90% do arsenal nuclear mundial de 13 mil bombas atômicas, mantenham no máximo 1.600 ogivas do tipo estratégico, aquelas destinadas a arrasar cidades e acabar com guerras, em prontidão. Trata-se de uma quantidade mais do que suficiente para obliterar a civilização, mas ao menos estabelecia um princípio de confiança mútua —Donald Trump já havia deixado os outros dois acordos com o mesmo fim.
A agressividade contrastou com a repetição do resto da fala, de quase duas horas, e por um motivo. Para quem esperava algum anúncio dramático sobre a invasão em si, de uma declaração formal da guerra ainda tratada por “operação militar especial” a uma aliança com a China contra os Estados Unidos, passando por alguma vitória em campo ou uma nova mobilização, a montanha do Kremlin pariu um rato.
Putin repassou temas que havia já percorrido em 30 de setembro, quando promoveu a anexação de quatro regiões ucranianas de forma ilegal. Mas caprichou no tom, como costuma fazer em ocasiões formais.
Ele se dirigiu nesta terça (21) à Assembleia Federal, o Congresso russo, no centro de convenções Gostini Dvor (sala de estar), em Moscou. Na plateia, políticos, militares, veteranos da guerra e representantes das áreas anexadas. Putin também deve falar num evento no estádio da final da Copa de 2018, o Lujniki.
As declarações vêm um dia depois da desafiadora visita de Joe Biden a Kiev —o presidente americano discursará ainda nesta terça-feira na Polônia, para onde foi, sobre a guerra. A reação dos adversários foi igualmente previsível. “Ele está numa realidade completamente diferente. Está num beco sem saída”, afirmou à agência de notícias Reuters o assessor presidencial ucraniano Mikhailo Podoliak.
No campo militar, a falta do que dizer por parte do russo mostra os limites de sua escalada militar recente. Ainda que esteja perto de conquistar pontos estratégicos no leste da Ucrânia, é um processo lento e incerto, ainda mais com a proximidade do fim do inverno e a possibilidade de novas operações.
Para críticos, o esforço atual é inútil, levando só boa parte de seus 320 mil reservistas convocados no ano passado para um “moedor de carne” sem ganhos. As próximas semanas, ou meses, dirão quem tem razão.
Putin voltou a dizer que não queria o conflito, que havia como resolvê-lo por meio dos acordos Minsk, e que foi ignorado pelo Ocidente. Nisto ele está certo, em termos: durante a escalada militar que precedeu a invasão, ele publicou um ultimato pedindo negociações sobre o status da Ucrânia em 17 de dezembro.
Não houve resposta, até porque ao lado do pedido de neutralidade de Kiev havia a demanda para que a Otan, a aliança militar liderada pelos EUA, retirasse suas forças dos países da antiga esfera soviética absorvidos a partir de 1999, algo inexequível. O resto é história.
Há um ano, Putin reconhecia neste mesmo dia duas repúblicas separatistas do Donbass, no leste do país, algo que não fizera desde que anexou a Crimeia e fomentou a guerra civil em Donetsk e Lugansk, como resposta à derrubada do governo pró-Kremlin de Kiev em 2014. Esse acabou sendo o sinal para a invasão, ocorrida nas primeiras horas de 24 de fevereiro, mudando toda a arquitetura de segurança do mundo.
O russo focou boa parte de sua fala em questões domésticas, descrevendo dificuldades e resiliência ante as sanções ocidentais contra a Rússia, algo sem paralelo na história. “Eles previram o fim da nossa economia. Nosso PIB caiu, mas menos do que em 2020 [queda de 2,1% ante 2,7% no ano da pandemia].”
Ele ainda lembrou que a Rússia está ampliando negócios com outros países. De fato, como disse o presidente francês, Emmanuel Macron, no fim de semana, países não ocidentais desconfiam das grandes potências e de suas sanções. Isso vale para a Índia, que aumentou em 14 vezes seu consumo de petróleo russo, e mesmo para o Brasil e sua necessidade de ter fertilizantes.
No mais, o presidente voltou aos temas ideológicos que costuma usar em suas falas. Criticou o que chama de degradação de valores familiares no Ocidente, dizendo que até pedofilia tornou-se aceitável, mas fez um inusitado aceno à combalida comunidade LGBTQIA+ russa.
Ao comentar o casamento de pessoas do mesmo sexo, disse: “Eles são adultos, têm o direito de viver a vida deles. Somos sempre muito tolerantes sobre isso na Rússia”. Para um governo que desde 2013 criminaliza o que chama de propaganda gay e tem histórico de perseguir homossexuais, foi bem ameno.
Chegou a agradecer, na longa lista apresentada do esforço de guerra, os “jornalistas militares arriscando a vida para contar a verdade para o mundo”. Desde o começo da guerra, o Kremlin efetivamente calou o que restava de imprensa independente no país.
Igor Gielow / Folhapress
Gleisi Hoffmann passa despercebida na Sapucaí antes de desfilar pela Portela
Trajando uma camisa da diretoria da azul e branco e calça branca, ela passou despercebida até ser reconhecida pela reportagem. “É a primeira vez que desfilo”, foi logo dizendo, empolgada. “Sou portelense. Sempre quis desfilar e me senti honrada com o convite. Estou muito feliz.”
Gleisi ainda justificou sua presença na Marquês de Sapucaí com uma comparação entre política e o período que mais esperado do ano por muitos brasileiros. “O Carnaval é uma festa popular, uma festa do povo… E esse é o governo Lula: um governo do povo”, afirmou.
Ana Cora Lima / Folhapress
Flamengo enfrenta Del Vall em busca do título da Recopa Sul-Americana
O Flamengo inicia às 21h30 (horário de Brasília) desta terça-feira (21) no Estádio Banco Guayaquil, em Quito (Equador), a jornada em busca do seu primeiro título da temporada. Após as frustrantes campanhas na Supercopa do Brasil (na qual foi superado pelo Palmeiras) e no Mundial de Clubes (torneio que encerrou na terceira posição), o Rubro-Negro agora apostas suas fichas no confronto com o Independiente Del Valle pela Recopa Sul-Americana.
Este será o capítulo inicial de uma decisão cuja trama chega ao final na próxima terça-feira (28) no estádio do Maracanã.
Se, na edição 2020 da competição, o Flamengo, então comandado por Jorge Jesus, confirmou todo o seu favoritismo e venceu por 5 a 2 no placar agregado (com direito a um triunfo de 3 a 0 no Rio de Janeiro), a equipe atual, dirigida por Vítor Pereira, vive um momento de desconfiança.
É bom relembrar que, após o título da Recopa de 2020, Flamengo e Del Valle voltaram a se encontrar pela fase de grupos da Libertadores do mesmo ano, com goleada equatoriana de 5 a 0 em Quito e vitória de 4 a 0 dos brasileiros no Rio de Janeiro. Porém, naquele momento, o Rubro-Negro era comandado por outro treinador que via ser trabalho ser contestado, o espanhol Domènec Torrent.
A expectativa agora não é tanto por uma vitória por goleada com futebol vistoso, mas é pela conquista de um título que garanta ao Rubro-Negro a paz necessária para seguir em frente na temporada que apenas se inicia.
Para isto, o técnico Vítor Pereira poupou os titulares na vitória de 2 a 0 sobre o Resende no último sábado (18) pela Taça Guanabara do Campeonato Carioca para lançar o que tem de melhor na decisão contra os equatorianos. E esse melhor incluiu o retorno de Everton Ribeiro ao onze inicial, após o meio-campista iniciar no banco diante do Volta Redonda.
Uma ausência certa é a de Gerson, que se recupera de dores no tornozelo direito. Com isso a equipe da Gávea deve entrar em campo com: Santos; Varela, Fabrício Bruno, David Luiz e Ayrton Lucas; Thiago Maia, Vidal, Everton Ribeiro e Arrascaeta; Gabriel Barbosa e Pedro.
Se o Flamengo tem de lidar com a perda de títulos no início da temporada, o Del Vall chega à Recopa com pouco ritmo de jogo. Apesar de já ter medido forças com o San Lorenzo (Argentina) e o Deportivo Maldonado (Uruguai) em 2023, a sua única partida oficial foi a vitória de 3 a 0 sobre o Aucas na Supercopa do Equador.
Caso o técnico argentino Martín Anselmi decida repetir a equipe que venceu o Aucas, o Del Valle deve entrar em campo contra o Flamengo com: Moisés Ramirez; Fernández, Schunke, García Basso, Carabajal e Beder Caicedo; Pellerano, Faravelli, Alcívar e Sornoza; Lautaro Díaz.
Edição: Fábio Lisboa
Por Agência Brasil - Rio de Janeiro
Se China aliar-se à Rússia, haverá guerra mundial, diz Zelenskiy a jornal
BERLIM (Reuters) - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy disse em entrevista a um jornal nesta segunda-feira que um apoio da China à Rússia na guerra de Moscou contra a Ucrânia levaria a uma guerra mundial.
Os comentários de Zelenskiy vieram após a China dizer que os Estados Unidos não estavam em posição de fazer exigências, depois que o principal diplomata norte-americano advertiu seu homólogo chinês no fim de semana contra o fornecimento de armas à Rússia em sua guerra na Ucrânia.
"Para nós, é importante que a China não apoie a Federação Russa nesta guerra", disse Zelenskiy ao diário alemão Die Welt. "Na verdade, eu gostaria que ela estivesse do nosso lado. No momento, no entanto, não creio que seja possível."
"Mas vejo uma oportunidade para a China fazer uma avaliação pragmática do que está acontecendo aqui", acrescentou ele. "Porque se a China se aliar à Rússia, haverá uma guerra mundial, e eu acho que a China está ciente disso."
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, alertou no sábado o graduado diplomata chinês Wang Yi sobre as consequências caso a China forneça apoio material à invasão russa da Ucrânia, dizendo em uma entrevista após os dois se encontrarem que Washington estava preocupado que Pequim estivesse considerando fornecer armas a Moscou.
Zelenskiy disse ao Die Welt que a Ucrânia havia passado à presidente da Moldávia, Maia Sandu, informações de inteligência sugerindo que a Rússia estava planejando um golpe de Estado naquele país.
"Maia Sandu nunca me pediu ajuda, mas ela me agradeceu pela informação. Ela conhece muito bem nossa situação. A Ucrânia estará sempre pronta para ajudar a Moldávia", acrescentou ele.
O Kremlin disse nesta segunda-feira que as relações da Rússia com a Moldávia estão muito tensas e acusou os líderes moldavos de perseguir uma agenda anti-russa, uma semana depois que o país disse ter frustrado uma tentativa de golpe apoiada pela Rússia.
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