Brasil suspende exportações para a China com confirmação de caso de vaca louca

Animal identificado com a doença tinha 9 anos e estava em uma pequena propriedade em Marabá
O governo suspendeu temporariamente as exportações de carne bovina para a China após a confirmação de um caso de mal da vaca louca em um animal em Marabá (PA).

A suspensão ocorre por um protocolo de 2015 assinado pelos dois países que estabelece um autoembargo nas vendas à China quando uma nova ocorrência de vaca louca —encefalopatia espogiforme bovina— é identificada no Brasil.

“Seguindo o protocolo sanitário oficial, as exportações para a China serão temporariamente suspensas a partir desta quinta-feira (23). No entanto, o diálogo com as autoridades está sendo intensificado para demonstrar todas as informações e o pronto restabelecimento do comércio da carne brasileira”, disse o Ministério da Agricultura, em nota.

Ainda de acordo com a pasta, o animal identificado com a doença tinha 9 anos e estava em uma pequena propriedade em Marabá.

“O animal, criado em pasto, sem ração, foi abatido e sua carcaça incinerada no local. O serviço veterinário oficial brasileiro está realizando a investigação epidemiológica que poderá ser continuada ou encerrada de acordo com o resultado”, afirmou o ministério.

Amostras foram enviadas a uma instituição no Canadá para confirmar se o caso é atípico.

A Adepará (Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará) informou nesta quarta-feira que foi positivo o resultado do caso suspeito da doença, conhecida como “mal da vaca louca”, na região
 
Segundo comunicado, trata-se da forma atípica da doença, que surge espontaneamente na natureza em animais mais velhos, não causando risco de disseminação ao rebanho e ao ser humano.

A Adepará disse que o caso foi identificado no sudeste do estado, em uma propriedade que tem 160 cabeças de gado e já está isolada pela agência. “A propriedade foi inspecionada e interditada preventivamente”, afirmou.

Os casos atípicos da doença costumam ser pontuais, mas podem igualmente causar restrições comerciais.

Em 2021, por exemplo, o Brasil permaneceu sem enviar carne bovina à China por mais de cem dias, entre setembro e dezembro. Na ocasião, o Brasil havia comunicado dois casos atípicos da doença registrados em Nova Canaã do Norte (MT) e em Belo Horizonte (MG).

Quando as exportações são suspensas por esse motivo, o Ministério da Agricultura envia dados às autoridades chinesas para que a situação de risco seja analisada, e as vendas de carne, liberadas. O processo, no entanto, pode se arrastar por meses.

Cézar Feitoza/Ricardo Della Coletta/Folhapress

Roda de Conversa abre atividades do Programa Crescer da Secretaria de Saúde de Ipiaú

Exemplo de Ipiaú para os demais municípios baianos, o Programa Crescer, idealizado pela secretaria municipal de Saúde, abriu a programação das suas atividades referentes ao ano de 2023. A abertura foi marcada por uma reunião com os pais que tem filhos cadastrados no programa.
Durante o encontro foram apresentadas as normas e rotinas de funcionamento, bem como a inclusão de algumas modalidades de atividade que passaram a compor a rede terapêutica do programa.

Modalidades como educação física, futebol, odontologia preventiva, fortalecimento de vínculo familiar, dentre outros recursos pleiteados para melhoria das condições de vida das 91 crianças assistidas foram incluídas no programa especializado na recuperação física, funcional, emocional e psicológica do seu público alvo.

Programa Multidisciplinar de Desenvolvimento Infantil, o Crescer foi fundado em 2020 e conta com uma equipe composta por médica neuropediatra, fisioterapeuta, psicóloga, pediatra, dentista, nutricionista e uma enfermeira exclusiva, dentre outros profissionais que atendem crianças com autismo, dificuldade de aprendizado e deficiência intelectual.

O programa conta com o apoio da prefeitura e se desenvolve alinhado com outras unidades da Rede Municipal de Saúde, CAPS, e serviços especializados a nível estadual.

José Américo Castro-DECOM /Prefeitura de Ipiaú.

Governo Lula antecipa pagamento de benefícios para população atingida pelas chuvas em SP

Gestão federal também liberou R$ 7 milhões para ações emergenciais em São Sebastião
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai antecipar o pagamento dos benefícios de prestação continuada, previdenciária e assistencial para segurados que residam nos municípios do litoral norte de São Paulo, duramente atingidos pelas chuvas fortes dos últimos dias.

A portaria prevendo a antecipação deve ser publicada em edição extra do Diário Oficial da União. Ela foi assinada pelo ministro Carlos Lupi (Previdência Social) e pelo presidente interino do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), Glauco André Fonseca Wamburg.

A antecipação consiste no pagamento de um benefício extra. O valor depois é descontado do contracheque do segurado de forma parcelada, em até 36 prestações mensais, iniciadas a partir do 3º mês após a antecipação.

O atual governo também anunciou o repasse de R$ 7 milhões para ações de Defesa Civil do município de São Sebastião, que foi o mais atingido pelos deslizamentos de terra e concentra praticamente todas as mortes em decorrência das chuvas.

A portaria do Ministério da Previdência autoriza a antecipação do pagamento dos “benefícios de prestação continuada previdenciária e assistencial” para os beneficiários com domicílio nos municípios de Guarujá, Bertioga, São Sebastião, Caraguatatuba, Ilhabela e Ubatuba.

Estão incluídos entre esses benefícios o BPC (Benefício de Prestação Continuada), aposentadorias e pensões.

A adesão é opcional. Segundo integrantes do governo, o prazo para os segurados demonstrarem interesse no benefício extra será de 17 a 20 de março. O pagamento está previsto para ocorrer em 27 de março.

Em uma outra portaria, publicada nesta quarta-feira (22) em edição do Diário Oficial da União, o governo liberou R$ 7 milhões para ações para a execução de ações de resposta em São Sebastião, que foi o mais atingido pelas chuvas.

As chuvas dos últimos dias no litoral norte de São Paulo deixaram pelo menos 48 mortos, número que pode crescer pois ainda há dezenas de desaparecidos. Os deslizamentos de terra também soterraram casas e obstruíram trechos da rodovia Rio-Santos, deixando famílias ilhadas.

Lula sobrevoou a região na segunda-feira (20) e depois se reuniu com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Nesta quarta-feira (22), o mandatário realiza uma reunião com vários ministros para tratar do auxílio à população atingida pelas chuvas. Participaram Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Paulo Pimenta (Secom), Renan Filho (Transportes), Waldez Góes (Integração e do Desenvolvimento Regional), Jader Filho (Cidades) e Gabriel Galípolo, secretário-executivo do Ministério da Fazenda.

Renato Machado, Julia Chaib e Idiana Tomazelli, Folhapress

Secretária de Comunicação destaca sucesso da operação montada para cobrir o Carnaval de Salvador

A secretária de Comunicação da Prefeitura, Renata Vidal
O Carnaval de Salvador foi tema de mais de 2,7 mil matérias publicadas em sites, jornais, TVs e rádios, da Bahia ou do Brasil, ao longo dos seis dias de folia. Nas redes sociais da Prefeitura da capital baiana, o alcance foi de mais de 10 milhões de contas só no Instagram. Para a secretária de Comunicação, Renata Vidal, os números mostram o êxito da operação montada pela pasta para a cobertura da maior festa de rua do planeta.

“Chegamos felizes a essa Quarta-Feira de Cinzas e com a sensação de dever cumprido. A gente sabe o papel estratégico que a Comunicação sempre teve e sempre terá. Acho que honrar isso, respeitando os colegas, respeitando a nossa profissão, é uma obrigação de todos nós. Fico muito honrada de termos feito esse trabalho e tenho certeza que, no ano que vem, vamos fazer um trabalho ainda melhor”, disse.

Segundo ela, parte desse sucesso veio graças ao trabalho da equipe da Secom, que produziu 222 textos de divulgação das ações da Prefeitura, além das atrações nos sete circuitos da folia, palcos temáticos e bairros. Ainda foram mais de 5 mil fotos do Carnaval produzidas pela equipe da secretaria ao longo da festa.

De acordo com a Secom, houve também uma grande divulgação da imprensa de conteúdos relacionados ao Carnaval, com 1.801 publicações em sites locais ou nacionais, 750 inserções em TVs e rádios da Bahia ou do Brasil e 193 matérias em jornais impressos locais ou nacionais.

“Quero agradecer à minha equipe. Eu conto com colegas que são profissionais de peso, pessoas engajadas e dedicadas que estão aqui entregando o seu melhor. Isso me deixa muito tranquila. É preciso parabenizar a equipe da Secom e dizer que fico muito orgulhosa de contar com esse time para realizar esse trabalho. A gente vai seguir nessa pegada e ano que vem vamos fazer um Carnaval ainda melhor do que neste ano”, disse Renata Vidal.

A cobertura do Carnaval contou com uma Sala de Imprensa montada no Campo Grande, que homenageou a jornalista Andréa Silva. A estrutura trouxe computadores num ambiente climatizado para que repórteres e fotógrafos pudessem trabalhar com conforto e segurança enquanto os trios passavam pela Avenida.

PM prende homem com 20 celulares subtraídos durante a folia

Vinte celulares foram apreendidos na noite desta terça-feira (21), no Circuito Batatinha (Centro Histórico), após policiais militares do Comando de Operações de Inteligência encontrarem um homem correndo entre foliões com aparelhos na mão.

Ele foi detido em um imóvel abandonado, onde também foram apreendidos um quilo e 79 pinos de cocaína, joias, rádio comunicadores, balanças e outros materiais utilizados para o tráfico de drogas.

A ação ocorreu após foliões relatarem furtos na Ladeira da Praça. Uma guarnição velada foi posicionada para apurar a ação de criminosos e chegou ao homem que já possuía mandado de prisão.

Ele e todo o material foram apresentados na Delegacia de Proteção ao Turista.
Fonte: Ascom / Kelly Hosana

PC prende quatro envolvidos em homicídio na primeira noite de Carnaval

Uma ação integrada entre policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (DRACO) resultou na prisão, na noite de terça-feira (21), de quatro envolvidos no homicídio de Marcos Souza Menezes, de 27 anos, ocorrido na madrugada de sexta (17). As investigações começaram logo após o crime e perduraram por todo o período de Carnaval, culminando nas capturas antes mesmo do fim da folia.

A tecnologia do sistema de reconhecimento facial da Secretaria da Segurança Pública foi determinante para a identificação e prisão dos suspeitos. Os quatro homens confessaram participação no homicídio. A Polícia Civil trabalha para localizar o autor do tiro que matou a vítima.

Também foram apreendidos uma faca utilizada durante o crime, drogas e seis celulares roubados. Destes, três já tiveram os seus respectivos boletins de ocorrência identificados e serão restituídos aos seus proprietários.

O quarteto está custodiado em uma unidade policial da capital baiana e, após passar por exames de lesões corporais no Departamento de Polícia Técnica, ficará à disposição do Poder Judiciário.
Fonte: Ascom PC

China promete estreitar laços com a Rússia em meio à crise com os EUA

Vladmir Putin, presidente da Rússia
A China e a Rússia se comprometeram a reforçar sua parceria estratégica em uma visita do chefe da diplomacia chinesa, Wang Li, ao presidente Vladimir Putin nesta quarta-feira (22).

Trata-se da mais alta autoridade do país asiático a viajar a Moscou desde que suas nações travaram um acordo de “amizade sem limites”, dias antes do início da Guerra da Ucrânia.

O empenho soou como uma espécie de recado a Washington, que dias antes afirmou, sem apresentar evidências, suspeitar que Pequim estaria fornecendo apoio material aos russos durante a invasão. Quem respondeu às alegações foi o próprio Wang, que classificou-as de falsas e disse que são os EUA, e não a China, “que estão constantemente enviando armas para o campo de batalha”, um fato.

A troca de acusações se dá em meio a uma nova crise diplomática entre as duas maiores potências do globo, iniciada após o Pentágono divulgar a descoberta de um balão chinês sobrevoando o território americano no início do mês. Washington afirma que o objeto é um instrumento de espionagem, enquanto Pequim insiste que o artefato, derrubado por um caça, é um equipamento de pesquisas, sobretudo meteorológicas.

Durante sua estadia em Moscou, aliás, o diplomata fez referências veladas aos EUA seguidas vezes. A Putin, disse que as relações entre Pequim e Moscou não podiam ser influenciadas por outros países e “não sucumbiriam a pressões de terceiros”.

Também enfatizou que ambas as nações apoiavam “a multipolarização e a democratização das relações internacionais”, diretrizes que segundo ele não só se ajustam perfeitamente aos tempos atuais, como eram do interesse da maioria dos Estados. A fala foi aplaudida pela porta-voz do ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, que disse “saudar a prontidão da China para exercer um papel positivo na resolução da crise ucraniana”.

Putin, por sua vez, disse que as relações entre os dois países estavam progredindo e “alcançando novos horizontes”. E reforçou que espera uma visita do seu homólogo, Xi Jinping, segundo ele já acordada.

Se as alegações dos americanos em relação aos chineses forem comprovadas, especialistas afirmam que há riscos de que a Guerra Fria 2.0 em curso entre Washington e Pequim ganhe contornos mais concretos na Guerra da Ucrânia, com os EUA, a Otan e as tropas lideradas de Volodimir Zelenski de um lado e a Rússia e a China de outro.

Ao menos publicamente, não parece ser este o desejo da nação asiática. Todas as suas declarações sobre o conflito até aqui aludiram a uma retórica de defesa da paz e de uma solução política, e o líder do regime chinês, Xi, deve fazer um discurso incentivando o fim do conflito na sexta-feira —mesma data em que as duas nações iniciam exercícios militares conjuntos na África do Sul.

Ao mesmo tempo, como aliada estratégica dos russos, a China nunca condenou publicamente Putin pela invasão, e vem se desvencilhando da pressão cada vez maior da comunidade internacional para que abandone sua neutralidade e se posicione de forma mais dura.

Há ainda a questão econômica. Putin encontrou na China (e também na Índia, outro membro do Brics) uma forma de aliviar os impactos das pesadas sanções econômicas impostas a seu país pelo Ocidente, escoando para ambos os países parte de sua produção de petróleo e gás a preços mais baixos que o mercado.

Para a ditadura comunista, é um bom negócio —ainda mais em um contexto em que a Rússia depende cada vez mais dela.

Com Reuters

Folhapress

Lira e Pacheco silenciam sobre ‘mudança fantasma’ bancada pelo Congresso

Reportagem da Folha mostrou que congressistas estão recebendo neste início de ano verba que totaliza mais de R$ 40 milhões e que tem como justificativa uma situação que não encontra amparo na realidade.

A Folha enviou perguntas por email ao gabinete dos cinco senadores e de todos os cerca de 280 deputados federais reeleitos e pediu, entre outros pontos, comprovante de gastos ou de orçamentos relacionados à mudança do estado para Brasília, ou vice-versa.

Procurou também as assessorias das duas Casas e, diretamente, os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Lira, que foi reeleito e receberá duas vezes neste início do ano a verba para a “mudança fantasma”, e Pacheco, que está no meio do mandato de oito anos, não se pronunciaram.

Quase todos os 513 deputados federais e 27 senadores da legislatura que teve início no dia 1º, além de quase todos os 513 deputados e 27 senadores da legislatura que terminou em 31 de janeiro, embolsaram ou embolsarão R$ 39,3 mil brutos a título de ajuda de custo para se mudarem para Brasília ou para fazerem o caminho inverso, de volta aos estados de origem.

Desse total, cinco senadores e cerca de 280 deputados federais reeleitos receberam ou receberão duas cotas da verba-mudança, uma pelo fim da legislatura passada e outra pelo início da atual, somando R$ 78,6 mil extras neste início de ano.

A verba-mudança é paga até mesmo para os deputados federais e senadores que foram eleitos pelo Distrito Federal.

Além de não haver nenhuma justificativa do fornecimento de auxílio-mudança para quem já mora na capital federal e para reeleitos, que trabalham e continuarão a trabalhar no Congresso, os demais casos —daqueles que de fato deixaram de ser congressistas e os que ingressaram na Câmara ou Senado pela primeira vez— também são questionáveis.

O Congresso já fornece aos parlamentares outras generosas cotas para custeio de passagens aéreas e hospedagem, entre outros gastos, além de há muitas décadas não ser mais comum deputados e senadores se mudarem em caráter permanente para a capital federal.

A Câmara disse que só após o pagamento da próxima terça terá um balanço sobre eventuais devoluções. O Senado afirmou que todos os senadores em fim e início de mandato receberam a verba, a exceção de Reguffe (DF), que renunciou ao benefício.

Nenhum dos senadores reeleitos —Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), Omar Aziz (PSD-AM), Otto Alencar (PSD-BA), Romário (PL-RJ) e Wellington Fagundes (PL-MT)—, além de Damares Alves (Republicanos), que é do DF, responderam.

Eles afirmaram que recusaram ou devolveram a verba para a Câmara ou que vão doar o dinheiro para instituições de caridade.

“Não considero adequado o pagamento do auxílio-mudança. Não só agora, como reeleito, mas também em minha primeira legislatura doei os valores recebidos para entidades sociais. Em 2019, doei em prol do Hospital de Pronto Socorro do Município de Pelotas [RS]. Este ano, doarei a três instituições gaúchas”, afirmou Trzeciak, acrescentando ter apresentado em 2019 e agora em 2023 projetos de decreto legislativo para acabar com o pagamento da verba para os reeleitos.

“Entendo que não tem necessidade, considerando que a gente não vai mudar de lugar nenhum, mas como o recurso é depositado, eu já tinha assumido o compromisso de que iria doar”, afirmou Veras, que mora em Taguatinga, cidade satélite de Brasília, e está assumindo o primeiro mandato na Câmara.

Sanderson enviou à reportagem comprovante de GRU (Guia de Recolhimento da União) com devolução para a Câmara, no último dia 9, da íntegra do valor líquido recebido a título do auxílio em janeiro (R$ 28,5 mil). Ele afirmou que fará o mesmo com o segundo repasse.

Erundina afirmou considerar abusivo o pagamento e esperar que ele seja extinto, o que, segundo ela, “contribuirá para a preservação da imagem do Poder Legislativo, atualmente desgastada, o que não é positivo para a democracia”.

Ela disse ter encaminhado ofício a Lira renunciando ao benefício e solicitando instrução para a devolução dos valores.

Russomanno afirmou ter devolvido para os cofres da Câmara R$ 3,6 milhões da verba de gabinete, durante seus mandatos, além de não cobrar da Câmara ressarcimento pelo aluguel do escritório político no estado nem usar em Brasília apartamento funcional ou auxílio-moradia. Ele afirma que compensará o valor da verba-mudança continuando a cortar o uso da verba de gabinete.

“Considero o valor do auxílio-mudança um absurdo por si só, mas para os reeleitos chega a ser revoltante. Assim como no primeiro mandato, eu renunciei aos seguintes privilégios: auxílio-mudança, auxílio-moradia, auxílio-saúde e aposentadoria especial, com economia de mais de R$ 5,7 milhões”, disse Gilson Marques.

Adriana Ventura afirmou que um deputado que ganha R$ 39,3 mil não deveria ter benefícios extras e que os considera imorais.

“Quando tratamos então de um deputado reeleito, que já está morando em Brasília, a situação é ainda mais absurda! Eu, bem como todos os deputados do Novo, abri mão de todos os privilégios, inclusive o auxílio-mudança, desde o meu primeiro mandato. Inclua aí: auxílio moradia, aposentadoria especial, reembolso ilimitado de saúde, entre outros.”

Ranier Bragon/Folhapress

Congresso banca ‘mudança fantasma’ com até R$ 79 mil para deputados e senadores

Congressistas estão recebendo neste início de ano verba que totaliza mais de R$ 40 milhões e que tem como justificativa uma situação que não encontra amparo na realidade.

Quase todos os 513 deputados federais e 27 senadores da legislatura que teve início no dia 1º, além dos que encerraram seus mandatos em 31 de janeiro, embolsaram ou embolsarão R$ 39,3 mil brutos a título de ajuda de custo para se mudar para Brasília ou para fazer o caminho inverso, de volta aos estados de origem.

Desse total, cinco senadores e cerca de 280 deputados federais reeleitos receberam ou receberão duas cotas da verba-mudança, uma pelo fim da legislatura passada e outra pelo início da atual, somando R$ 78,6 mil extras neste início de ano.

A verba-mudança é paga até mesmo para os deputados federais e senadores que foram eleitos pelo Distrito Federal.

Além de não haver nenhuma justificativa do fornecimento de auxílio-mudança para quem já mora na capital federal e para reeleitos, que trabalham e continuarão a trabalhar no Congresso, os demais casos —daqueles que de fato deixaram de ser congressistas e os que ingressaram na Câmara ou Senado pela primeira vez— também são questionáveis.

O Congresso já fornece aos parlamentares outras generosas cotas para custeio de passagens aéreas e hospedagem, entre outros gastos. Além disso, há muitas décadas não é mais comum deputados e senadores se mudarem em caráter permanente para a capital federal.

A verba, cujo nome oficial é Ajuda de Custo, está amparada atualmente no Decreto Legislativo 172/2022, que estabelece a destinação de um salário extra (R$ 39,3 mil) aos parlamentares no início e no final do mandato.

A origem do benefício, entretanto, remonta ao fim do Estado Novo. A Constituição de 1946 estabelecia uma ajuda de custo anual aos congressistas de todo o país em uma época em que o Rio de Janeiro era a capital federal e em que o transporte aéreo comercial ainda engatinhava.

Com isso, congressistas receberam pelas décadas seguintes uma espécie de 14º e 15º salários a cada ano para “compensar as despesas com mudança e transporte” para a capital federal.

Em 2013, uma articulação comandada pelo então presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (MDB-RN), acabou por aprovar proposta da então senadora Gleisi Hoffmann (PR), hoje presidente do PT, o que limitou a ajuda de custo ao início e ao fim do mandato —de quatro anos na Câmara e de oito, no Senado.

Desde então, alguns parlamentares apresentaram projetos para acabar de vez com a verba ou para proibir o pagamento aos reeleitos, mas nada andou.

Câmara e Senado programaram 1.080 cotas da verba-mudança neste início do ano (relativos ao fim da legislatura passada e ao início da atual), ao custo de mais de R$ 40 milhões.

As duas Casas transferiram para as contas dos parlamentares no dia 31 de janeiro os R$ 39,3 mil brutos relativos à legislatura passada.

O Senado pagou no último dia 2 os R$ 39,3 mil da legislatura atual para os 27 novos integrantes da Casa (só um terço das cadeiras do Senado entrou em disputa em 2022). A Câmara pagaria a outra cota de R$ 39,3 mil nesta terça-feira (28).

Estão na lista dos reeleitos que vão embolsar quase R$ 80 mil extras parlamentares de todas as correntes ideológicas, como Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, o líder do centrão e presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o líder da bancada do PT na Câmara, Zeca Dirceu (PR).

A Câmara e o Senado custeiam passagens aéreas de deputados e assessores por meio de outra verba, o que permite com folga que eles viajem a Brasília e voltem aos seus estados semanalmente.

O chamado cotão direciona a cada parlamentar uma média de R$ 45 mil ao mês para esses gastos, além de um reembolso extra mensal de quatro bilhetes aéreos de ida e volta.

Quando estão em Brasília, normalmente nas terças, quartas e quintas, os parlamentares ficam nos apartamentos funcionais ou em hotéis e flats, tudo também custeado pelo Congresso.

O pagamento do auxílio para mudanças inexistentes ocorre, neste ano, em meio a um cenário de ampliação de salários e verbas dos parlamentares.

O Congresso aprovou a elevação escalonada do salário, de R$ 33,7 mil para R$ 39,3 mil agora, passando a R$ 41,7 mil em abril e chegando ao teto do funcionalismo em 2025, R$ 46,4 mil. O último aumento no contracheque dos congressistas havia sido feito em 2014. Desde então, a inflação somou 59%

Além dos salários, houve reajuste em todas as outras verbas relacionadas ao mandato dos congressistas, o que elevou, por exemplo, o teto do auxílio-moradia dos deputados para R$ 8,4 mil.

Levando em conta só a situação dos deputados federais, o custo mensal é de ao menos R$ 213 mil, somados salário e as verbas relacionadas ao mandato.

Além do contracheque de R$ 39,3 mil, ele recebe R$ 118 mil para contratação de até 25 assessores em Brasília e nos estados, cotão de R$ 45 mil (em média, variando a depender do estado) para reembolso de gastos com passagens aéreas, combustível, hospedagem e alimentação, entre outros, até R$ 8.401 de auxílio-moradia, além da ajuda de custo.

O Senado oferece praticamente todos esses benefícios, mas há algumas diferenças. Os senadores têm carro oficial e contam com funcionários concursados em seus gabinetes, por exemplo.

MAIORIA DOS CONGRESSISTAS NÃO SE MANIFESTA; 7 DIZEM QUE VÃO DOAR OU DEVOLVER VERBA
A Folha enviou perguntas por email ao gabinete dos cinco senadores e de todos os cerca de 280 deputados federais reeleitos e pediu, entre outros pontos, comprovante de gastos ou de orçamentos relacionados à mudança do estado para Brasília, ou vice-versa. Procurou também as assessorias das duas Casas.

A Câmara disse que só após o pagamento da próxima terça terá um balanço sobre eventuais devoluções. O Senado afirmou que todos os senadores em fim e início de mandato receberam a verba, a exceção de Reguffe (DF), que renunciou ao benefício.

Apenas 7 dos mais de 280 deputados federais procurados se manifestaram —Daniel Trzeciak (PSDB-RS), Reginaldo Veras (PV-DF), Sanderson (PL-RS), Luiza Erundina (PSOL-SP), Celso Russomanno (Republicanos-SP), Gilson Marques (Novo-SC) e Adriana Ventura (Novo-SP).

Eles afirmaram que recusaram ou devolveram a verba para a Câmara ou que vão doar o dinheiro para instituições de caridade.

Ranier Bragon/Folhapress

Mulher que chamou ambulante de macaco é presa pela PC

Ela desferiu palavras racistas contra o homem. Policiais civis deram voz de prisão por injúria racial.

Uma mulher que estava em um bloco nesta terça-feira (21), no circuito Dodô, foi presa por injúria racial por policiais civis. O auto de prisão em flagrante foi lavrado no Serviço Especializado de Respeito a Grupos Vulnerabilizados e Vítimas de Intolerância e Racismo (SERVVIR), localizado no Shopping Barra.

A mulher, que é de Teresina (PI), chamou um vendedor ambulante de "macaco". "A mulher foi apresentada por investigadores do Posto Policial Integrado (PPI) logo após as ofensas", explicou a titular da Coordenação Especializada de Repressão aos Crimes de Intolerância e Discriminação (Coercid), delegada Ana Cristina de Carvalho, que estava de plantão no momento do flagrante.

Em janeiro deste ano, o crime de injúria racial (ofensa por raça, cor, etnia, religião ou origem) foi equiparado ao de racismo, passando a ser imprescritível e inafiançável, com pena de reclusão e multa. A mulher está sendo ouvida na unidade e posteriormente ficará custodiada, à disposição do Poder Judiciário.
Fonte: Ascom PC

Flay crítica Salgueiro por ‘enaltecer’ o ‘demônio’ no Carnaval: “Show de horror!”

Flay, influenciadora e ex-BBB, usou suas redes sociais, nesta última segunda-feira, 20 de fevereiro, para desabafar em forma de critica, a escolha do tema da Salgueiro, neste Carnaval de 2023. Isso porque, a escola de samba decidiu ousar e causar ao levar para o sambódromo um carro alegórico em forma de ‘demônio’ e, na web, a artista enfatizou que a situação era um verdadeiro ‘horror’.

Dessa forma, por meio de uma comentário nas redes sociais, Flay comentou: “Que show de horror! Independente de religião, que triste ver um espaço tão importante pra mostrar arte e cultura ser usado para enaltecer e adorar o demônio. Que desgraça isso, me entristece de verdade, mas é isso, cada qual com seu Deus“, disse ela.

Em suma, nas redes sociais, diversos internautas, de forma geral, concordaram com a influenciadora: “Se um dia te julguei me PERDOE. Uma das poucas ou única que se manifestou. Louvado seja DEUS. DEUS, DEUSSSSSSS“, disse uma. “Gente, palhaçada isso, parabéns por se posicionar Flay“, comentou mais uma.

Mais sobre a matéria de Flay

Sendo assim, outros internautas preferiam defender a escola de samba e comentaram sobre o enredo escolhido: “O enredo falava sobre o bem e o mau, contam uma história. Não estava adorando nada ali, os enredos contam histórias. Engraçado que nas novelas da Record o d3moni0 aparece de várias formas, mas ninguém fala nada. Se tivesse a imagem de Deus diriam que Deus não devia estar no carnaval e etc. Vai se informar gente!“, disse um.

Além disso, outro rebateu o comentário acima e disparou: “Indiferente seu comentário, acho melhor ir estudar teologia e depois vim comentar“, declarou. Por fim, a Salgueiro não comentou sobre a critica da artista, até o momento.

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