Bolsonarismo cresce e esquerda encolhe nas redes desde as eleições, diz agência
Levantamento da agência .MAP indica resiliência do bolsonarismo e desmobilização da esquerda nas redes sociais desde as eleições. Perfis de direita fecharam fevereiro com 30,7% do engajamento, mapeado por meio de curtidas e comentários no Twitter e no Facebook, sendo que 87% deles se apresentam como bolsonaristas.
Esses perfis alavancaram a presença digital de Jair Bolsonaro (PL) no mês passado. O ex-presidente chegou ao fim de fevereiro com 41,9% de aprovação em 3,17 milhões de publicações que o mencionaram.
Em queda desde outubro, os perfis de esquerda perdem espaço mês após mês e tiveram 13% de participação no total. Mencionado em 4,6 milhões de publicações, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve aprovação em 54% dos comentários, faixa que se mantém desde setembro.
Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, teve destaque no mês e foi a quarta figura política mais citada nas redes sociais em fevereiro, com 459,7 mil citações, com aprovação alinhada à de Bolsonaro, 41%.
A .MAP fez análise a partir de amostra extraída diariamente de um universo de 1,4 milhão de publicações no Twitter e no Facebook. Além do registro delas, a agência atribui peso a reações como curtidas, comentários e encaminhamentos.
Fábio Zanini/Folhapress
Favorito ao STF, Zanin tenta ampliar imagem de ‘advogado de Lula’
Favorito para ser indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao STF (Supremo Tribunal Federal), o advogado Cristiano Zanin tem buscado ampliar suas credenciais para a vaga ao se colocar como mais do que um criminalista, área pela qual é mais conhecido.
Ele tem distribuído, por meio de sua assessoria, uma relação de casos de grande visibilidade em que já atuou nas áreas de direito econômico, empresarial e societário.
Entre eles estão disputas envolvendo empresas como Transbrasil, Varig, Quattor, Schincariol, Airbus e BMF, entre outras.
Mais recentemente, Zanin foi contratado para causas de grande valor, envolvendo a J&F e as Americanas.
O carimbo de ser visto apenas como criminalista e advogado do presidente tem causado incômodo, segundo dizem pessoas próximas. A vaga de ministro do STF deverá ser aberta em maio, com a aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski.
Fábio Zanini/Folhapress
Serial killer: 'Pedrinho Matador' atuava como youtuber antes de morrer
Pedrinho Matador passou 42 anos preso por seus crimes e foi solto em 2018 |
Em entrevista à Folha de S.Paulo sete meses após deixar a prisão, Pedrinho alertou os mais novos sobre os riscos da vida bandida. "O crime não é brincadeira. Muitos estão entrando por verem os galhos [fama e dinheiro], não a raiz [prisão e morte]. É como o diabo: dá com uma mão e tira com a outra. Tem muitos jovens que entram e, quando querem sair, já é tarde demais", disse. Leia também: Mineiro 'Pedrinho Matador', o maior serial killer do Brasil, é assassinado | Ipiaú Urgente| O Seu Jornal Online (ipiauurgente.com.br)
Entre as coisas que fugiam ao código de conduta estabelecido por ele para os jovens e que o incomodavam na época estavam quebrar pontos de ônibus, andar de skate nas calçadas, desrespeitar os mais velhos e mentir para os pais sobre o lugar para onde vão. "Vejo isso tudo com os meus olhos. Não é só a droga que atrapalha a vida das pessoas."
Embora a maioria dos seguidores apoiasse os conselhos do serial killer, muitos o criticavam. Pedrinho, porém, desdenhava."Eu dou risada. Esses caras são todos burros para caramba, não param para pensar no que falam. Por onde passei, eles não passam nem que a vaca tussa. Em vez de chegar na gente e conversar, saber quem é a pessoa, ficam falando abobrinhas", afirmou na ocasião.
O matador dizia se sentir envergonhado quando era reconhecido nas ruas. "Até corro, me escondo. A pessoa chega e diz 'eu te conheço de algum lugar'. Falo 'eu não, você está enganado'. Mas alguns são cara dura e chegam, daí tiram foto", afirmou. O assédio, entretanto, não o incomodava por completo. "Eu me sinto feliz porque as pessoas vão aprender um pouco sobre o que elas não sabem."
Especialista em criminologia e autora do livro "Serial Killers: Made in Brazil", Ilana Casoy afirma que Pedrinho não era um justiceiro, mas um vingador, por matar aqueles que ele considerava como o que há de pior na sociedade. "Quando alguém desobedece o código de ética dele, ele tem soluções muito próprias e que não seguem a lei."
"Acaba exercendo fascínio nas pessoas. É reflexo da sociedade que a gente tem, de um país onde só 10% dos homicídios são resolvidos. Traz essa visão distorcida", diz Ilana. "O problema é que as vítimas de Pedrinho não tiveram direito a um advogado, como ele teve", completa.
Segundo Ilana, serial killer é aquele que matou duas ou mais pessoas, com intervalo de tempo entre as vítimas, com ritual que envolve uma densidade psicológica. A criminóloga entrevistou Pedrinho e diz que o que mais chamou sua atenção foi a alegria, desenvoltura e inteligência dele.
"Muito claro e direto. Não se esconde atrás de nenhuma fala imprecisa. Apesar dos crimes, existe uma pessoa, que é o Pedro. E Pedro merece todo respeito, independentemente de todos os crimes que cometeu."
por PAULO EDUARDO DIAS - Folhapress •
Candidatos ao TCM serão sabatinados nesta segunda e sessões da CCJ devem ser abertas a todos os deputados
Os dois candidatos à cadeira vaga no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) com a aposentadoria, em 2022, do conselheiro Raimundo Moreira, serão sabatinados nesta segunda-feira (6), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa. A ex-primeira-dama Aline Peixoto, que é enfermeira e comandou as Voluntárias Sociais da Bahia no governo do marido Rui Costa (PT), será arguida a partir das 10h. O pecuarista e ex-deputado estadual Tom Araújo (União) passará pela sabatina às 15h. Não deverá haver sessão plenária neste dia.
Cada um dos candidatos responderá a perguntas de dez parlamentares, sendo cinco indicados pela bancada do governo e cinco pela oposição. Após as sabatinas, a admissibilidade de cada uma das candidaturas será votada na CCJ, de forma secreta. Já há pareceres no âmbito do colegiado favoráveis aos dois nomes, apresentados pela deputada Ivana Bastos (no caso de Aline Peixoto) e Júnior Nascimento (para Tom Araújo). Se os dois nomes forem aprovados, a eleição no plenário da Assembleia é oficialmente pautada pelo presidente da Casa, Adolfo Menezes (PSD).
“No que depender do presidente, as sabatinas serão abertas a todos os deputados e até transmitidas pela TV Assembleia. Mas essa decisão cabe aos líderes”, disse Adolfo Menezes a este Política Livre. O site questionou o líder do governo, Rosemberg Pinto (PT), que também defendeu que as arguições sejam abertas, mesma posição do comandante da minoria, Alan Sanches (União).
A eleição em plenário deve ocorrer na terça (7) ou quarta (8). Como a sabatina de Tom foi antecipada de terça para a segunda, porque o ex-deputado terá que viajar a São Paulo para fazer exames médicos – ele enfrentou um câncer no intestino, e por isso não disputou a reeleição em 2022 -, a tendência é que o pleito aconteça mesmo no Dia Internacional da Mulher.
O vencedor precisa ter, no mínimo, 32 votos. Caso nenhum dos dois alcance esse patamar em três votações, a Assembleia precisa reiniciar o processo de escolha do novo conselheiro, inscrevendo novos candidatos. Cabe à Casa a indicação da vaga de Raimundo Moreira.
Política Livre
Pesquisa indica risco de monkeypox agravar infecção por HIV
Uma pesquisa internacional, com a participação do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), indicou a necessidade de se avaliar a inclusão das formas graves de monkeypox como uma nova condição definidora de Aids nas classificações das doenças do HIV no Centers for Disease Control and Prevention (CDC) dos Estados Unidos e na Organização Mundial de Saúde (OMS).
O trabalho foi feito por pesquisadores de 19 países, entre os quais Estados Unidos, Espanha, México, Reino Unido e Brasil. Eles reuniram dados de casos confirmados de monkeypox (Mpox, também chamada de varíola dos macacos) entre 11 de maio de 2022 e 18 de janeiro de 2023, para estudo que avaliou casos em pessoas com infecção avançada por HIV. O INI/Fiocruz, que é a referência para o atendimento de casos de Mpox no Rio de Janeiro, desenvolve pesquisas que contribuem para o enfrentamento dessa doença.
O estudo destacou também a evolução fatal de pacientes com suspeita de deterioração clínica em decorrência da síndrome de reconstituição imune (Iris), uma condição inflamatória que pode ocorrer após o início da terapia antirretroviral. Do total de 85 pacientes que iniciaram ou reiniciaram o uso de antirretrovirais, 25% tiveram suspeita de que a deterioração clínica pode ter ocorrido em decorrência da Iris, sendo que 57% desses vieram a óbito, o que trouxe grande preocupação para os pesquisadores.
Em termos de prevenção, a pesquisa indicou que as pessoas com HIV e alto risco de infecção por monkeypox devem ser priorizadas para uma vacina preventiva. O trabalho ressaltou que dois terços das mortes registradas ocorreram na América Latina.
Segundo os pesquisadores, os achados são particularmente pertinentes para países com baixos níveis de diagnóstico de HIV ou sem acesso gratuito universal a uma terapia antirretroviral ou a unidades de terapia intensiva, onde a interação da infecção descontrolada por HIV e monkeypox é mais prevalente. Ressaltaram também que, nesses países, deve ser efetuado um esforço conjunto para fornecer acesso urgente a antivirais e vacinas contra monkeypox.
Publicação
O trabalho internacional foi apresentado na 30ª Conference on Retroviruses and Opportunistic Infections (Croi 2023 – Conferência sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas, em tradução livre), que ocorreu em fevereiro em Seattle, nos Estados Unidos, e publicado na revista científica The Lancet. O estudo Mpox in people with advanced HIV infection: a global case series (Mpox em pessoas com infecção avançada por HIV: uma série de casos globais, em tradução livre) analisou 382 casos, sendo 349, o equivalente a 91%, em indivíduos que viviam com HIV. A pesquisa constatou que 107 pacientes (28%) foram hospitalizados e 27 morreram (25%). Os óbitos ocorreram em pessoas que apresentavam imunodepressão avançada pelo HIV.
O trabalho destacou a descrição de uma forma grave de monkeypox, caracterizada por lesões cutâneas e mucosas necrotizantes, com alta prevalência de manifestações dermatológicas e sistêmicas fulminantes e morte, em pacientes com doença avançada pelo HIV, caracterizada por contagens de linfócitos TCD4+ abaixo de 200 células/mm3. O estudo contou com a colaboração da infectologista do Laboratório de Pesquisa Clínica em IST e Aids do INI/Fiocruz Mayara Secco Torres Silva.
Prevenção
Além da assistência a pacientes com monkeypox, o INI/Fiocruz realiza pesquisas de combate à doença. Entre elas, destacam-se dois estudos multicêntricos sob a coordenação do Instituto, que deverão ser iniciados no próximo mês de março. O primeiro deles avalia a vacina MVA-BN Jynneos, produzida pela empresa Bavarian Nordic, como profilaxia pós-exposição. A vacina é dada após a pessoa ter tido contato com alto grau de exposição potencial ao vírus, através de contato íntimo com uma pessoa que seja caso confirmado de monkeypox ou que tenha se acidentado ao manipular material contaminado pelo vírus, tanto na coleta de material clínico como no processamento de material em laboratório.
A coordenadora do estudo e diretora do INI/Fiocruz, Valdiléa Veloso, disse à Agência Fiocruz de Notícias que essas pessoas deverão comparecer aos centros de pesquisa, onde receberão duas doses da vacina, com intervalo de 28 dias entre as doses, se a exposição tiver ocorrido no intervalo de até 14 dias. As pessoas cuja exposição tiver ocorrido após 14 dias poderão participar do estudo e serão acompanhadas, mas não serão vacinadas. O estudo prevê a participação de, pelo menos, 746 pessoas. A expectativa, segundo a diretora, é que esse imunizante, aplicado dentro do intervalo de tempo previsto, possa bloquear o processo de infecção pelo vírus ou atenuar o desenvolvimento da doença.
O segundo estudo é denominado Unity. Trata-se de um ensaio clínico internacional que vai avaliar a segurança e a eficácia do antiviral Tecovirimat no tratamento de pacientes com monkeypox. O estudo é coordenado pela pesquisadora Beatriz Grinsztejn, chefe do Laboratório de Pesquisa Clínica em IST e Aids do INI/Fiocruz, em parceria com Alexandra Calmy, do Hospital da Universidade de Genebra-Suíça e com a Agência Francesa de Pesquisa em Aids, Hepatites Virais e Doenças Emergentes (ANRS).
O Tecovirimat foi desenvolvido para o tratamento da varíola e foi licenciado pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA) para a monkeypox no ano passado, a partir de dados de estudos limitados em animais e em humanos. Até o momento, entretanto, não houve ensaios clínicos para confirmar se o medicamento pode ajudar os pacientes com monkeypox a se recuperarem da doença. Os pesquisadores do INI/Fiocruz consideram que os resultados do ensaio clínico Unity serão de vital importância para esclarecimentos nesse sentido.
Agência Brasil
Às vésperas de eleição para o TCM, Jerônimo atua como equilibrista entre interesses dos principais padrinhos políticos
Às vésperas da disputa pela vaga no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), o governador Jerônimo Rodrigues (PT) se equilibra entre os interesses dos dois padrinhos políticos: o antecessor e atual ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), e o senador Jaques Wagner (PT).
Como já externou publicamente, Wagner é contra a candidatura da ex-primeira-dama Aline Peixoto, esposa de Rui, ao TCM. A tese do senador é que o postulante deveria ser um deputado da federação formada pelo PT, PCdoB e PV. Mas as críticas do parlamentar abriram uma fenda entre os principais líderes do grupo político que governa a Bahia há mais de 16 anos. E Jerônimo tem atuado para evitar que essa fenda se torne maior e leve o mesmo grupo ao abismo, como aconteceu no final da era carlista entre os ex-governadores ACM e Paulo Souto.
No último dia 25 de fevereiro, por exemplo, após o Carnaval e as críticas de Wagner à candidatura de Aline, Jerônimo convidou Rui para a reunião do secretariado, o que não é algo comum. Quando esteve em Brasília, na semana passada, o governador, que tinha agenda de trabalho com o ministro da Casa Civil, também fez questão de fazer gestos a Wagner.
No sábado (5), o governador convidou o senador para participar da vistoria das obras do Tramo III do metrô de Salvador. Os dois tiveram uma conversa reservada sobre política, mas, segundo interlocutores do Palácio de Ondina, não se tratou do tema TCM.
Este Política Livre apurou junto a aliados de Wagner na Assembleia Legislativa que o senador não fez qualquer movimento junto à bancada para atrapalhar os planos de Aline e de Rui Costa. “Ele apenas externou a opinião, o que é forte, pode influenciar, mas não manobrou politicamente contra Aline”, contou reservadamente um deputado próximo a Wagner, que não acredita em derrota da ex-primeira-dama.
Nesta segunda-feira (6), Aline e o adversário dela na disputa pelo TCM, o ex-deputado Tom Araújo (União), serão sabatinados na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Antes da eleição acontecer em plenário, na terça (7) ou quarta (8), as duas candidaturas precisam ser validadas no colegiado, em votação secreta.
Política Livre
Mineiro 'Pedrinho Matador', o maior serial killer do Brasil, é assassinado
O mineiro Pedro Rodrigues Filho, conhecido como 'Pedrinho Matador', foi morto na manhã deste domingo (5), no Bairro da Ponte Grande, em Mogi das Cruzes, no interior de São Paulo. Considerado o maior serial killer do Brasil, Pedrinho Matador tinha hoje 68 anos e era natural de Santa Rita do Sapucaí.
Segundo as primeiras informações, homens encapuzados que estavam em um carro passaram atirando. Foi aí que a notícia da morte do matador começou a ser divulgada nas redes sociais. Leia também:
O criminoso costumava dizer que teria matado cerca de 100 pessoas ao longo da vida, inclusive o próprio pai, aos 20 anos, dentro da prisão onde os dois cumpriam prena, depois que descobriu que o pai havia esfaqueado a mãe do matador. Dizia também que havia vivido mais tempo na prisão do que em liberdade. Ele chegou a ser condenado por 71 crimes, sendo a maioria das vítimas os próprios presidiários de cadeias por onde passou. Em maio de 2021, ele participou de um podcast, o que causou grande polêmica entre os internautas. No programa, ele admitiu que tinha matado mais de 100 pessoas. Em uma de suas falas, o homem contou que teve contato desde cedo com a violência e a criminalidade. Sua trajetória de crimes começou cedo, aos 14 anos. Atualmente, ele morava em Mogi das Cruzes.
por Estado de Minas
Adolescente é levada para estrada deserta e estuprada por guarda-noturno em MS
Uma adolescente de 16 anos foi estuprada na noite desse sábado (4), em uma cidade de Mato Grosso do Sul, por um guarda noturno da cidade. A garota foi levada pelo autor até uma estrada deserta onde ela implorou para ele não cometer o crime.
A adolescente foi encontrada pelos policiais militares por volta das 20 horas depois de pedir ajuda no meio da rua. Ela estava chorando e com as roupas desalinhadas. A garota contou que havia publicado em suas redes sociais se alguém estava indo para a cidade já que precisava de uma carona de volta para o município de origem onde morava com a mãe.
Nisto, o guarda noturno que era conhecido da adolescente entrou em contato dizendo que poderia dar a carona. A vítima disse que combinou com ele em frente ao ginásio de esportes da cidade onde estava em companhia de seus amigos, que a viram subir na motocicleta, de cor vermelha, do autor.
Durante o trajeto, ele parou a moto dizendo que precisava urinar e nisto quando a adolescente desceu, ele a obrigou a tirar a roupa. A garota implorou para ele não cometer o crime, mas ele a ameaçou com uma faca.
Depois de estuprá-la, ele a deixou em uma rua e foi embora. Por fotos, a menina reconheceu o autor na delegacia, que já era suspeito de ter cometido outro estupro com o mesmo modo operandi.
A polícia fez rondas e não o encontrou no serviço, sendo que o patrão teria dito que o guarda não havia aparecido para trabalhar. https://midiamax.uol.com.br/
Jornada Pedagógica foi concluída e abriu caminho para o ano letivo
Concluída na última sexta-feira, 3, a Jornada Pedagógica abriu o caminho para o início do ano letivo 2023 da Rede Municipal de Ensino de Ipiaú que acontece nesta segunda-feira, 6. Cerca de sete mil alunos estarão nas salas de aula juntamente com seus professores, coordenadores e diretores.
O último dia da Jornada promovida pela Secretaria de Educação, aconteceu no Colégio Celestina Bittencourt e teve como público-alvo os professores do Ensino Fundamental, anos iniciais e anos finais.
Para os primeiros a palestrante Silvia de Mattos Gasparian explanou a respeito de dois assuntos: “Alfabetização e Letramentos-Pontos e Contrapontos” e “Leitura-Da Compreensão à Fluência”.
Já a turma dos anos finais recebeu a palestra” Recomposições de Aprendizagens-Resinificando as Práticas Pedagógicas no Ensino Fundamental Anos Finais”, ministrada pelo professor/mestre Rogerio Santos Souza.
A Jornada Pedagógica 2023 foi avaliada, pelos seus participantes, como muito positiva em seus diversos aspectos, desde o ciclo de palestras, passando pelas oficinas, até as discussões e planejamento sobre as ações que serão executadas no decorrer do ano letivo. (José Américo da Matta Castro-DECOM/Prefeitura de Ipiaú).
José Rainha é preso após comandar invasões de fazendas em SP e no MS
O líder da Frente Nacional de Lutas Campo e Cidade (FNL), José Rainha Junior, foi preso neste sábado, 4, em operação da Polícia Civil de São Paulo, no Pontal do Paranapanema, extremo oeste do Estado de São Paulo. A operação prendeu também Luciano de Lima, outra liderança do movimento.
Há duas semanas, a FNL desencadeou o chamado Carnaval Vermelho, invadindo oito fazendas no Pontal e uma no Mato Grosso do Sul. A polícia cumpriu mandados de prisão expedidos pela justiça paulista, mas não está claro se as prisões estão relacionadas com essas invasões. Existe uma suspeita de que os detidos extorquiam produtores rurais para não invadir suas fazendas na região.
O grupo alegou que as fazendas tinham sido reconhecidas como terras públicas, o que não foi confirmado pela justiça. Na maioria dos casos, foi dada liminar de reintegração de posse em favor dos proprietários.
Em 2015, Rainha Junior foi condenado a 31 anos de prisão após ser acusado pelo Ministério Público Federal de desviar recursos destinados à reforma agrária. Sua defesa entrou com recurso e ele permanecia em liberdade.
O presidente licenciado da União Democrática Ruralista, Luiz Antonio Nabhan Garcia, ex-secretário nacional de Assuntos Fundiários no governo Bolsonaro, disse que os proprietários rurais se sentem aliviados por saberem que ainda existe justiça.
“Invasores de propriedade com ficha criminal conhecida, que promovem o caos, desrespeitam constantemente o Estado democrático de direito, por mais que tenham amigos poderosos, precisam saber que ninguém pode estar acima da Lei”, disse.
José Maria Tomazela/Estadão
Brasil é uma das novas frentes na guerra dos chips entre EUA e China
O Brasil é uma das novas frentes da guerra entre Estados Unidos e China para dominar a produção mundial de chips. Nos últimos dois meses, Washington sinalizou várias vezes a integrantes do governo Lula o interesse de promover investimentos na cadeia de semicondutores no Brasil.
Na visita do presidente brasileiro a Joe Biden, no início de fevereiro, a secretária de Comércio americana, Gina Raimondo, levantou o assunto na reunião na Casa Branca. Ela se referiu às oportunidades de investimento nas várias etapas da cadeia de semicondutores que vão surgir com a chamada Lei dos Chips, um pacote de US$ 52 bilhões aprovado pelo Congresso americano para estimular a indústria, reduzir a dependência de países asiáticos e manter o país à frente da China na guerra tecnológica.
No dia 15 de fevereiro, Raimondo telefonou para o vice-presidente Geraldo Alckmin e voltou a falar sobre investimentos na cadeia de semicondutores no Brasil. E na próxima quarta-feira (8) a Representante de Comércio dos EUA, Katherine Tai, vem ao Brasil com uma delegação de empresários que querem investir no país, inclusive na área de semicondutores.
Os semicondutores são minúsculos processadores no centro da tecnologia de celulares, carros autônomos, computação avançada, drones e equipamentos militares. São também o núcleo do conflito tecnológico entre EUA e China. Durante a pandemia, devido às interrupções na cadeia de fornecimento, houve escassez mundial de supercondutores, e diversos países buscam agora reduzir sua dependência de importações e passar a ter fornecedores mais próximos geograficamente (nearshoring).
Além de aprovar o pacote bilionário para incentivar a produção de chips avançados nos EUA, Washington impôs uma série de restrições à exportação de chips, tecnologia e equipamentos para Pequim, com o objetivo de atrasar o desenvolvimento da potência asiática. O país tenta ainda cercar a China globalmente: em janeiro, Holanda e Japão cederam à pressão americana e proibiram a exportação de maquinários de chips para os chineses.
Um eventual investimento dos EUA na cadeia de semicondutores no Brasil viria com várias restrições para exportação ou negócios com a China. Segundo a Lei dos Chips, as empresas que receberem fundos americanos não poderão, no prazo de 10 anos, participar de nenhum negócio envolvendo fabricação ou aumento de capacidade de produção de certos semicondutores na China —excluídos os negócios já existentes, que não poderão ser ampliados.
Essa não seria a única condicionante do investimento. O governo Biden recorre a uma diretriz —a regra do produto estrangeiro direto— que proíbe qualquer indústria que use software, tecnologia ou maquinário americano, em qualquer lugar do mundo, de exportar determinados chips e componentes para a China sem autorização de Washington. O ex-presidente Donald Trump usou a regra para impedir globalmente o fornecimento de componentes para a Huawei, gigante chinês de telecomunicações.
Hoje, o Brasil tem 11 grandes empresas na cadeia de produção de semicondutores, mas com capacidade apenas no chamado backend da cadeia, a finalização –teste, afinamento, corte e encapsulamento dos componentes. O país não atua no frontend, etapa que compreende a fabricação do componente, cuja tecnologia é restrita a poucas nações.
Com investimento e transferência de tecnologia, plantas já instaladas no país poderiam passar a atuar no frontend de semicondutores menos avançados e começar a fabricar, no médio prazo (de 10 a 15 anos), chips de 14 nanômetros para abastecer a indústria automobilística doméstica, segundo avaliação do Ministério do Desenvolvimento (MDIC), chefiado por Alckmin.
O Brasil sente o impacto do déficit global de semicondutores —no mês passado, a Volkswagen anunciou que vai suspender a produção em fábricas no país por falta de componentes. “O Brasil possui todas as condições para receber investimentos na indústria de semicondutores: parque industrial, demanda interna aquecida, mão de obra altamente qualificada e renovará o programa de incentivo”, diz Marcio Elias Rosa, secretário-executivo do MDIC.
Na disputa tecnológica global, a China ainda está atrás de Taiwan, da Coreia do Sul e dos EUA na produção dos chips mais avançados. Apenas Taipé e Seul conseguem fabricar em grande escala os semicondutores de última geração, com processo mais moderno que 7 nanômetros, essenciais para o desenvolvimento de inteligência artificial, carros autônomos e certos armamentos. Pequim, embora seja grande exportadora de chips mais simples, ainda depende de importações para os mais avançados e, por isso, critica a escalada protecionista americana e investe para suprir o déficit domesticamente.
O Brasil, além de iniciar a médio prazo a produção de chips menos avançados para o mercado interno, poderia se beneficiar da estratégia de nearshoring dos EUA. Mais de 60% das indústrias de semicondutores americanas têm a etapa da fabricação dos chips baseada em outros países, principalmente asiáticos. A etapa da finalização também está, em grande parte, no exterior.
Washington quer transferir a produção desses países asiáticos, que são mais distantes geograficamente e poderiam ser mais vulneráveis a pressões da China, para México, Costa Rica, Brasil e outros países do hemisfério ocidental.
“O Brasil não tem condições de ser um player mundial, mas ele pode ocupar elos da cadeia mundial de suprimentos com parcerias”, diz Uallace Moreira, secretário de Desenvolvimento Industrial do MDIC.
A ofensiva americana no Brasil, por óbvio, incomoda Pequim. O regime chinês tem dito que preparará uma recepção histórica para o presidente Lula, que visita o país no final de março. Como parte do pacote de recepção de honra, chineses devem acenar com possibilidade de investimentos e transferência de tecnologia para fábricas de semicondutores no Brasil, com produção voltada para o mercado brasileiro.
Uma ideia seria investir na Ceitec (Centro de Excelência em Eletrônica Avançada), a estatal de semicondutores que entrou em processo de liquidação sob Jair Bolsonaro e que Lula avalia reabrir. Pequim usa uma linguagem que soa como música aos ouvidos petistas —a importância de o Brasil, assim como outros países, ter uma indústria doméstica de chips para garantir sua segurança nacional.
Para os EUA, o nearshoring é estratégico para se manter na dianteira da disputa tecnológica com a China. Em visita ao México em janeiro, Biden falou sobre a importância de investir e integrar a cadeia de semicondutores na região. “Estamos no processo de fortalecer nossas cadeias de fornecimento, para que nem uma pandemia na Ásia nem ninguém possa nos impedir de ter acesso aos elementos essenciais que precisamos para produzir tudo”.
Questionado sobre o interesse dos EUA em investimentos na cadeia de semicondutores no Brasil, Tobias Bradford, porta-voz da embaixada americana em Brasília, enviou nota. “Os presidentes Biden e Lula aproveitam novas oportunidades para impulsionar o comércio e o investimento, bem como ajudar a garantir e expandir as cadeias de abastecimento no hemisfério. A relação econômica Brasil-EUA oferece uma base ideal para explorar essas oportunidades em todos os setores, incluindo semicondutores, nearshoring, energia limpa e muitos outros”.
Na visão do governo brasileiro, que não se inclina para nenhum dos dois lados nessa Guerra Fria tecnológica, interessa manter as duas superpotências em competição.
Patrícia Campos Mello/Folhapress
Recibo mostra que outro pacote de joias enviado por sauditas a Bolsonaro foi entregue à Presidência
Um dos supostos presentes enviados pelo governo da Arábia Saudita por intermédio do ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque foi entregue para compor o acervo pessoal de Jair Bolsonaro (PL) em novembro do ano passado, mostra recibo oficial.
Segundo o ex-ministro e documentos, mais de um pacote foi entregue pelo governo saudita por ocasião da missão brasileira que esteve no país do Oriente Médio em outubro de 2021.
Um deles, um conjunto de joias e relógio avaliado em R$ 16,5 milhões que seria para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, foi retido pela Receita no aeroporto de Guarulhos (SP) assim que Albuquerque e equipe desembarcaram no Brasil. O caso foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo na sexta-feira (3) .
Um outro pacote, que inclui relógio, caneta, abotoaduras, anel e um tipo de rosário, todos da marca suíça de diamantes Chopard e supostamente destinados a Bolsonaro, estava na bagagem de um dos integrantes da comitiva e não foi interceptado pela Receita. Publicamente, não há estimativa ou avaliação de valores desse outro lote de joias.
No último dia 29 de novembro, a praticamente um mês de Bolsonaro encerrar o mandato, o assessor especial do Ministério de Minas e Energia Antônio Carlos Ramos de Barros Mello entregou os itens ao Palácio do Planalto. Na versão de Mello, eles estavam sob a guarda da pasta.
“Encaminho ao Gabinete Adjunto de Documentação Histórica —GADH caixa contendo os seguintes itens destinados ao Presidente da República Jair Messias Bolsonaro”, diz trecho do recibo de entrega ao qual a reportagem teve acesso. Procurada, a Presidência não respondeu.
Neste sábado (4), após evento nos Estados Unidos, Bolsonaro disse que não pediu nem recebeu qualquer tipo de presente em joias do governo da Arábia Saudita.
“Eu agora estou sendo crucificado no Brasil por um presente que não recebi. Vi em alguns jornais de forma maldosa dizendo que eu tentei trazer joias ilegais para o Brasil. Não existe isso”, afirmou.
Segundo ele, a Presidência notificou a alfândega. “Até aí tudo bem, nada de mais, poderia, no meu entender, a alfândega ter entregue. Iria para o acervo, seria entregue à primeira-dama. E o que diz a legislação? Ela poderia usar, não poderia desfazer-se daqui. Só isso, mais nada.”
Procurado pela reportagem, o ex-assessor especial Antônio Carlos Mello disse que fez a entrega pessoalmente ao setor encarregado do acervo presidencial no Planalto.
Afirmou que o ministério informou a Receita e Presidência e pediu orientações tão logo os supostos presentes foram recebidos na pasta.
De acordo com Mello, houve uma série de tratativas para definir qual seria o destino do material, o que teria feito com que a entrega ocorresse mais de um ano após o recebimento.
“Foi entregue [ao Planalto em novembro de 2022] porque demorou-se muito nesse processo para dizer quem vai receber quem não vai receber, onde vai ficar onde não vai ficar. Só não podia ficar no ministério nem ninguém utilizar”, afirmou o ex-assessor especial do ministério.
Também acrescentou: “O que foi apreendido foi apreendido, mesmo dizendo que se tratava de presentes institucionais. Uma parte a Receita resolveu apreender. Não vou discutir. É um problema que não cabe a gente. E o restante que veio [para o ministério] foi entregue e recebido pela Presidência”.
A gestão Bolsonaro tentou reaver o conjunto de joias e relógio retido pela Receita Federal sob a alegação de que os objetos seriam analisados para incorporação “ao acervo privado do Presidente da República ou ao acervo público da Presidência da República”.
A informação consta em documentos publicados em redes sociais pelo ex-chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social na gestão Bolsonaro, Fabio Wajngarten.
Em uma rede social, Michelle negou ser a destinatária das joias, mas não deu mais explicações e ironizou: “Quer dizer que ‘eu tenho tudo isso’ e não estava sabendo? Meu Deus! Vocês vão longe mesmo hein?! Estou rindo”.
Em nota neste sábado, a assessoria do ex-ministro Bento Albuquerque corroborou os documentos de Wajngarten e disse que, diante dos valores “histórico, cultural e artístico” dos itens, a pasta adotou medidas para encaminhar o acervo “ao seu adequado destino legal”.
“Tratavam-se de presentes institucionais destinados à Representação brasileira integrada por Comitiva do Ministério de Minas e Energia —portanto, do Estado brasileiro; e que, em decorrência, o Ministério de Minas e Energia adotaria as medidas cabíveis para o correto e legal encaminhamento do acervo recebido”, disse.
Julio Wiziack/Marcelo Rocha/Folhapress
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