União Brasil vê dependência do governo por votos no Congresso

Integrantes do União Brasil com o ministro Juscelino Filho (Comunicações)
Até integrantes do União Brasil creditam à necessidade do governo em obter apoio no Congresso a permanência de Juscelino Filho no Ministério das Comunicações. Nada a ver com a sua defesa. Quem conversou com o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) nos últimos dias disse que, sem a legenda, o PT não teria aprovado a PEC da Transição no ano passado e que ainda hoje não há margem para arriscar perder qualquer apoio. Para eles, a decisão de Lula é reflexo de uma “conta simples”, baseada no painel de votações.

Julia Lindner /Estadão

Avicultor brasileiro cancela feiras, proíbe visitas e desinfeta caminhões contra risco de gripe aviária

A chegada da gripe aviária a países fronteiriços com o Brasil acendeu um alerta na cadeia produtiva brasileira, que tomou uma série de medidas protetivas em sinal de alerta para tentar evitar a chegada da doença.

Competições e eventos que reúnam pássaros foram proibidos por 90 dias no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, principais estados produtores de aves, e as regras nas granjas se tornaram ainda mais rígidas nas últimas semanas devido ao registro dos casos em países vizinhos, como Argentina e Uruguai.

Visitantes passaram a ser vetados nas granjas, caminhões estão sendo desinfetados, assim como carros, os telamentos das granjas foram revisados –para que aves silvestres não entrem em contato com os plantéis– e a orientação foi a de que a água coletada em lagos não seja dada diretamente aos animais. Além disso, é exigido o uso de roupas especiais no aviário.

“A gente potencializou essas medidas, assim como os estados tomaram decisões como impedir encontros de pássaros. Assim, evita-se, por exemplo, visitas comerciais”, disse Ricardo Santin, presidente da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal).

O Brasil é o único entre os grandes produtores mundiais que nunca registrou casos da doença, que é altamente contagiosa, mas o risco de entrada é real, afirma o setor, e isso poderia prejudicar de maneira incalculável o desempenho das exportações.

Os problemas enfrentados por vizinhos da América do Sul não impactaram de forma significativa os negócios brasileiros até aqui, segundo a ABPA, pelo fato de eles não serem grandes exportadores.

Mas houve incremento nas vendas em janeiro para os principais destinos globais devido às consequências geradas pela gripe aviária em vários países. A China, principal destino, importou 60,2 mil toneladas em janeiro, 24,7% mais que no mesmo mês do ano passado. Também houve crescimento nos embarques para Japão (23,1%), Arábia Saudita (111,3%), África do Sul (15,7%) e União Europeia (20,4%).

Do Sul do Brasil saem 65% da produção brasileira de frango e 80% das exportações –o país responde por 35% das exportações mundiais.

As exportações deverão superar 5 milhões de toneladas neste ano, ante as 4,8 milhões do ano passado, que resultaram em US$ 9,7 bilhões em receita (R$ 50,44 bilhões, ao câmbio desta segunda-feira).

O país deve produzir, no total, 14,8 milhões de toneladas de carne de frango, ante 21,3 milhões dos Estados Unidos, de acordo com o Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Além das medidas de contenção, o país sempre contou com a proteção natural da Cordilheira dos Andes e da Amazônia, mas a aproximação de casos da doença nas últimas semanas preocupou o setor.

A Argentina, por exemplo, suspendeu a exportação de produtos avícolas após o primeiro caso de gripe aviária ter sido detectado num centro de produção na província de Rio Negro.

No Peru, biólogos recolheram nos últimos dias amostras de leões-marinhos diante de um surto de gripe aviária que poderia ter matado 3.487 exemplares desde novembro. Já o Uruguai detectou um caso em animal silvestre em Lagoa Garzón, distante 200 quilômetros da fronteira com o Rio Grande do Sul.

“O risco existe, ele existe porque essa doença está no mundo inteiro, hoje ela é endêmica lá na Europa, está se tornando endêmica nos Estados Unidos, tudo em aves silvestres, na Ásia é endêmica já há muito tempo. Para nós, nos países que são vizinhos nossos só vieram em áreas selvagens ou aves de fundo de quintal, não entraram em plantéis industriais, então isso é uma situação confortante. Não é tranquilizadora, mas demonstra um risco um pouco menor.”

Em Santa Catarina, segundo maior mercado produtor de aves do país, a Secretaria da Agricultura e o IMA (Instituto do Meio Ambiente) suspenderam torneios de canto, exposições de pássaros e a participação de aves em feiras agrícolas por 90 dias.

O temor, conforme a pasta, é que a avicultura representa o maior faturamento nas exportações do estado, que tem três rotas de migração de animais silvestres –uma litorânea, uma no planalto e outra no extremo oeste do estado.

O trabalho no estado envolve também a não autorização de visitas aos aviários e até a distribuição de folders bilíngue em estradas próximas à região da fronteira com a Argentina.

Num comunicado, o presidente da Acav (Associação Catarinense de Avicultura), Ricardo Castellar de Faria, disse que é importante evitar áreas frequentadas por aves silvestres, já que o vírus pode permanecer por até oito meses no ambiente.

No Rio Grande do Sul, no último dia 17 já tinham sido cancelados torneios de canto de pássaros e encontros de criadores de aves como forma de prevenir a gripe aviária, pelo prazo mínimo de 90 dias.
O governo do Paraná também suspendeu a presença de aves em eventos agropecuários, feiras e qualquer tipo de exposição pelo mesmo prazo.

A decisão, tomada por meio da Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná), entrou em vigor na semana passada e inclui orientações para não manipular nem recolher aves mortas ou moribundas.

Docente da USP (Universidade de São Paulo, especialista em agronegócio, Marcos Fava Neves disse que há risco de entrada da doença no país, mas, se isso ocorrer, o impacto deverá ser pequeno.

“Risco existe, mas como está no mundo todo e numa versão mais amena, não creio em impactos comerciais significativos [nesse momento]”, afirmou.

Santin disse que o setor está preparado para esse risco. “Tanto que trouxe o Brasil até hoje livre dessa enfermidade.”

Apesar de o temor ser concentrado nos estados da região Sul, que são os principais produtores, outros também têm receio, como Mato Grosso.

O governador Mauro Mendes (União Brasil) disse que as defesas sanitárias estão em alerta e redobrando medidas de cuidado, mas não há no horizonte algo que sinalize um risco ao estado.

Marcelo Toledo, Folhapress

Ofício mostra que Bolsonaro mandou Receita devolver joias um dia antes de se mudar para os EUA

Ofício encaminhado como última cartada do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para resgatar as joias apreendidas pela Receita Federal diz que “os bens foram ofertados ao presidente da República pelo reino da Arábia Saudita”. O documento obtido pelo Estadão foi enviado no fim do dia 28 de dezembro de 2022, restando três dias para o fim da gestão Bolsonaro, e é assinado pelo tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ajudante de ordens e “faz-tudo” de Bolsonaro.

O documento 736/2022/GPPR-AJO/GPPR é explícito em “determinar desde já que os bens sejam retirados” pelo primeiro-sargento da Marinha Jairo Moreira da Silva por ordem do gabinete de Bolsonaro. O ex-presidente se mudou para os Estados Unidos no dia 30 de dezembro e não passou a faixa para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O ofício envolve diretamente Bolsonaro nas tratativas para reaver os diamantes. Foi dirigida ao ex-secretário da Receita Federal Julio Cesar Vieria Gomes, que, no mesmo dia, determinou à Superintendência da Receita em São Paulo para que fosse acatada e as joias devolvidas.

No dia seguinte, um jatinho da Força Aérea Brasileira (FAB) levou à Base Aérea de Guarulhos, em São Paulo, o primeiro-sargento Jairo Moreira da Silva, com a missão de resgatar as joias de diamantes (um colar, um par de brincos, um relógio e um anel), avaliadas em 3 milhões de euros ou R$ 16,5 milhões.

O presente dado pelo regime saudita foi apreendido pelo Fisco porque tentou entrar de forma ilegal, na mochila do assessor do ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, em outubro de 2021.

A reportagem encontrou o registro do voo da FAB que levou Jairo Moreira da Silva para São Paulo. A determinação foi dada pelo tenente-coronel Mauro Cid, que executava todas as ordens do ex-presidente, cuidava de seus papéis, discursos e demandas pessoais e o acompanhava praticamente o tempo todo, na rotina do Planalto, nas viagens e até nos debates presidenciais de 2022, dando sugestões, apresentando documentos e dados.

No Aeroporto de Guarulhos, o militar encontrou o servidor da Receita Marco Antônio Lopes Santanna. Chegou a mostrar a tela de seu celular, onde exibia a imagem de um documento direcionado “ao Sr. Julio Cesar”. Jairo dizia que estava ali para retirar “um material” retido na alfândega e que a própria chefia da Receita já deveria ter entrado em contato com a alfândega de Guarulhos. O documento apresentado fazia referência a um “Termo de Retenção de Bens” relacionado a joias.

Santanna esclareceu que não tinha nenhuma informação sobre o assunto e disse a Jairo que não iria entregar nada. Preocupado, o primeiro-sargento da Marinha Jairo Moreira da Silva deu início, então, a uma conversa pelo celular com alguém a quem se referia apenas como “coronel”. Na frente de Santanna, sugeria ao auditor-fiscal da Receita que ele conversasse com o “coronel”. Santanna, porém, resistiu novamente, e informou que não havia possibilidade de fazer aquele tipo de atendimento pelo telefone.

Jairo voltou a insistir. Disse ao fiscal que iria identificar o nome do responsável da Receita que trataria da liberação no aeroporto. Santanna explicou que o ofício do governo federal exibido no celular não estava direcionado a ele, mas ao então chefe da Receita, Julio Cesar Vieira Gomes. O servidor voltou a dizer que não tinha nenhum conhecimento daquela operação e que, por se tratar da tentativa de retirada e incorporação de um bem, o processo teria de ser apresentado, formalmente, por meio de um “Ato de Destinação de Mercadoria”.

O emissário de Bolsonaro, então, exibiu um “Termo de Retenção” emitido pela Receita, na tela de seu celular. Santanna respondeu que não teria como ajudar.

O militar, então, disse que cumpria uma missão “em caráter de urgência”. O auditor-fiscal pediu que o documento fosse enviado para o e-mail corporativo da alfândega, mas Jairo disse que preferia aguardar orientações, porque o “coronel” iria falar com mais alguém.

Foi neste momento que o primeiro-sargento da Marinha comentou a troca de comando na Presidência da República, o que viria a ocorrer com a posse de Lula no dia 1º de janeiro de 2023. Jairo disse ao agente da Receita que aquilo tudo fazia parte da troca de governo e que “não pode ter nada do antigo pro próximo, tem que tirar tudo e levar”.

Uma nova ligação tocou no celular do militar. Era Julio Cesar Vieira Gomes, o então chefe da Receita. O militar sugere passar o celular ao auditor-fiscal. A ideia era que a liberação das joias fosse reforçada por Julio, mas o servidor Marco Antônio Lopes Santanna não atendeu ao telefone e pediu que o militar entrasse em contato com o delegado da alfândega de Guarulhos. A ligação foi encerrada. O ex-secretário da Receita foi nomeado no dia 30 de dezembro de 2022 adido da Receita em Paris.

Santanna pediu, então, ao militar que aguardasse uma resposta do delegado da alfândega de Guarulhos, com o Ato de Destinação de Mercadoria, mas voltou a frisar que, mesmo com a apresentação do documento, naquela circunstância, haveria muita dificuldade em acessar as joias. Jairo aguardou por algum momento, conforme foi orientado pelo servidor, mas logo depois desistiu e deixou o aeroporto, sem retornar ou contatar o auditor-fiscal.

Os registros oficiais da FAB mostram que o emissário do presidente voltaria a Brasília em um voo comercial, e não mais em uma aeronave da FAB. Caso tivesse conseguido retirar as joias em São Paulo, portanto, os itens não passariam pelo setor de voos internacionais do aeroporto de Brasília.

Dos Estados Unidos, onde está desde 30 de dezembro, o ex-presidente Bolsonaro negou que tenha havido irregularidades na tentativa de trazer joias de valor milionário da Arábia Saudita. Ele se defendeu do caso afirmando que não pediu, nem recebeu o presente. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, a quem o item mais valioso do presente seria endereçado, também negou ter conhecimento das joias e ironizou o ocorrido.

As joias seguem apreendidas até hoje no cofre da Receita, em Guarulhos.

Adriana Fernandes/André Borges/Estadão

Membro do PT compara Maduro e Ortega a Bolsonaro e causa mal-estar na sigla

Declarações recentes de Alberto Cantalice, membro do diretório nacional do PT e diretor da Fundação Perseu Abramo, ligada ao partido, causaram mal-estar ao tocar em uma das pedras no sapato da legenda: a relação com ditaduras em vigor na América Latina.

Cantalice publicou, na noite de domingo (5) e nesta segunda-feira (6), mensagens no Twitter nas quais afirma que regimes como os de Cuba, Venezuela e Nicarágua são ditaduras, contrariando a linha histórica da sigla, que os descreve como governos democráticos.

Em uma das publicações, ele diz que todos os líderes latino-americanos, com exceção de Luiz Inácio Lula da Silva, Gabriel Boric (Chile), Andrés Manuel López Obrador (México), Gustavo Petro (Colômbia) e Alberto Fernández (Argentina), são “protoditadores, aprendizes autoritários, uns merdas”. Em outra, afirma que Daniel Ortega, da Nicarágua, “enxovalha a esquerda latino-americana”.

Membros da militância do PT reagiram às falas nas redes sociais, muitos dos quais com críticas. À reportagem Cantalice reafirmou suas posições. “Eles [Nicolás Maduro e Ortega] são uma espécie de aprendizes de ditadores, como é [Jair] Bolsonaro. Vejo semelhanças”.

“O sistema implementado na Nicarágua e na Venezuela é iliberal, falta transparência. Não posso dizer que Bolsonaro é autoritário e dizer que os outros são democráticos se eles têm o mesmo método de atuação.”

Horas após as publicações, ele apagou as mensagens que criticavam Cuba e chamavam líderes regionais de merdas. Questionado, afirma que “Cuba tem uma questão histórica, o bloqueio americano, que não deixa as coisas evoluírem”. “O cerco atrapalha o desenvolvimento da ilha.”

O petista também criticou Josef Stálin, ditador da antiga União Soviética. “Stálin é um cancro da humanidade e destruidor de uma sociedade justa e igualitária. Corrompeu o marxismo e o leninismo e ficou para a história como um coveiro da sociedade livre.”

Cantalice reitera que suas posições são pessoais e não representam o partido. “O PT tem relações históricas com esses regimes, talvez por isso algumas pessoas se sintam intimidadas a falar.”

Procurado, Romênio Pereira, secretário de Relações Internacionais do PT, criticou o correligionário. “Ele não é membro da Executiva do PT, portanto só fala por si. Acho deselegante e desrespeitoso com várias lideranças mundiais. São opiniões irrelevantes. Foi um erro”.

O historiador Valter Pomar, responsável pela área de relações internacionais da Fundação Perseu Abramo, também o criticou. “Nicarágua, Venezuela e Cuba têm inúmeros problemas, como o Brasil e o PT também têm. Não vejo nenhum problema em debater privadamente e publicamente esses problemas, alguns deles gravíssimos”, escreveu ele em um texto em seu blog.

“Acontece que o que Cantalice faz não é debater problemas nem propor soluções, mas colocar esses países na lista de inimigos a serem derrotados. Este tipo de lacração só interessa aos EUA.”

Ainda durante os dois primeiros mandatos de Lula e, agora, em sua terceira vez no Palácio do Planalto, o petista é cobrado para que se posicione contra governos autoritários da vizinhança.

Ainda que ele tenha subido o tom, com críticas sutis ao autoritarismo de Cuba durante a campanha eleitoral, o governo Lula 3 não se posicionou publicamente sobre as ditaduras.

Em recente entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, porém, o chanceler Mauro Vieira reconheceu que a Nicarágua é uma ditadura e disse que o governo condena a violação de direitos humanos no país. “O que for [abuso] claro e comprovado, evidentemente que não vamos apoiar”, disse ele.

“Maduro segue uma rota até pior que a do [Hugo] Chávez. Na época do Chávez a gente não via tantas pessoas deixando a Venezuela como hoje”, acrescenta Cantalice, referindo-se ao fluxo de migração de venezuelanos, em especial com destino a outras nações da América Latina, como Colômbia e Brasil.

Sobre o regime de Ortega na Nicarágua, lembra que muitas pessoas que, recentemente, foram expulsas e expatriadas, ajudaram a derrubar a ditadura de Anastasio Somoza, no final dos anos 1970. “Elas estão onde estiveram, quem mudou foi o Ortega.”

Após o ditador nicaraguense retirar a nacionalidade de mais de 300 opositores, o Chile de Boric ofereceu nacionalidade aos expatriados. O governo de Fernández na Argentina disse que pode fazer o mesmo. O Brasil, no entanto, ainda não se manifestou sobre o assunto. Questionado se há uma posição do PT sobre o assunto, o secretário Romênio Pereira diz que o tema ainda está sendo avaliado.

Mayara Paixão/Fábio Zanini//Folhapress

Aline Peixoto garante que vai se despir de bandeira partidária se for eleita para o TCM e promete tribunal menos punitivo

A ex-primeira-dama Aline Peixoto disse nesta segunda-feira (06), durante a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa, que vai se despir de bandeira partidária se for eleita para o cargo.

Ela respondeu a uma pergunta do deputado Sandro Régis (União), que indagou se a ex-primeira-dama atuaria no TCM como o conselheiro Nelson Pelegrino, que foi deputado federal pelo PT e eleito para a corte de contas com apoio da oposição na Assembleia. Segundo Régis, Pelegrino tem atendido a todos.

“Eu me despi dessa bandeira partidária desde que me tornei figura pública. Passei a servir ao povo. O que for melhor ao TCM e ao gestor gestor é o que eu farei”, garantiu Aline.

A candidata declarou que vai trabalhar por um tribunal de perfil menos punitivo e mais educativo. Ela disse ainda que irá trabalhar pela criação de uma escola de contas para auxiliar os prefeitos.

Política Livre

Candidatura de Aline Peixoto ao TCM é aprovada com votos favoráveis da oposição na CCJ da Assembleia

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa da Bahia aprovou nesta segunda-feira (06), por unanimidade e após sabatina, a admissibilidade da candidatura da ex-primeira-dama Aline Peixoto ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Até mesmo a oposição votou a favor no âmbito do colegiado.

Agora, o nome de Aline, que é enfermeira por formação, segue para o plenário. A partir das 15h, o outro candidato à vaga, o ex-deputado estadual Tom Araújo (União), também será sabatinado na CCJ. Enquanto Aline foi inscrita pela bancada do governo, Tom teve o aval da oposição e de parte do bloco independente.

A relatora da candidatura de Aline na CCJ foi a deputada Ivana Bastos (PSD). Em seu voto favorável à esposa do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), a parlamentar ressaltou que o TCM nunca teve uma mulher como conselheira. Ela ainda afirmou que Aline recebeu críticas de parte da imprensa por ser mulher e esposa de Rui, mesmo argumento usado pela própria candidata na abertura da sessão, em discurso inicial (clique aqui para ler).

Nem todos os deputados inscritos fizeram perguntas. Para acelerar a sessão, alguns retiraram o nome da lista, a exemplo do deputado Paulo Rangel (PT) e do próprio líder do governo, Rosemberg Pinto (PT). Coube ao deputado Vitor Bonfim (PV) pedir o encerramento das discussões.

Segundo a presidente da CCJ, Maria Del Carmen (PT), houve um acordo entre as bancadas para que a votação ocorresse por unanimidade no âmbito da comissão. “Acontecerá o mesmo de tarde, com Tom Araújo. Vamos deixar que o plenário decida quem irá para o TCM”, disse, em conversa com o Política Livre.

A eleição em plenário deve acontecer nesta terça (07) ou quarta-feira (08).

Política Livre

Homem é executado com cinco tiros em frente de comércio no interior de MS

Crime ocorreu neste domingo. (Foto: Reprodução, Norberto o Angeli, Jovem Sul News)
Um homem, com de 50 anos, morreu na noite deste domingo (5), executado a tiros. O caso ocorreu em frente ao comércio que a vítima era dono, em Chapadão do Sul.

A vítima estaria sentada em uma cadeira, na calçada do estabelecimento, quando foi alvejado pelas costas e morreu no local do crime. Um amigo, que estava próximo, conta ter escutado cinco disparos.

O atirador fugiu a pé até um certo local, depois subiu em uma moto e seguiu com a fuga. De acordo com o amigo da vítima, o autor estaria utilizando uma jaqueta preta, mas não conseguiu identifica-lo.

O Corpo de Bombeiros esteve no local, mas a vítima já estava morta.

A Polícia Militar e Polícia Civil seguem no local do crime. Ainda não há informações sobre o autor ou motivações do crime.

*Com informações do site Jovem Sul News.

‘Tiraram um pedaço de mim’, lamenta mãe de Renan, assassinado com 16 tiros em Campo Grande


Roupa de Renan está toda perfurada (Foto: Madu Livramento/Jornal Midiamax)
A execução de Renan De Carmo Candido, de 23 anos,
abalou a família do jovem em Campo Grande. Na manhã deste domingo (5), a mãe recordou momentos de terror vividos na noite de sábado quando viu o filho perfurado com 16 tiros no Jardim das Macaúbas. Em conversa com o Jornal Midiamax, a mulher alega estar destruída.

“Tiraram um pedaço de mim”, esse é o sentimento deixado após a tragédia na Capital. Segundo a mãe da vítima, ela não sabe de nada que possa justificar a atrocidade do crime. O filho, que tinha passagens pela polícia “por coisas pequenas” e que também era usuários de drogas, foi descrito pela mãe como uma pessoa de bom coração. “Meu filho era um jovem muito bonito, acho que o motivo foi a inveja”, diz.

O pai também conversou com a equipe de reportagem. Sujo de sangue, ele viu o filho morrer em seus braços enquanto tentava socorrê-lo. “Eu e o meu vizinho tentamos socorrer meu filho porque o bombeiro demorou para chegar”, alega. A vítima estava sendo levada pelo familiar à UPA Universitário, mas não resistiu aos ferimentos e morreu durante o trajeto.

Momentos antes do crime

Conforme a mãe, jovem havia se mudado recentemente para a casa. Além disso, ele era casado e a esposa está grávida de quatro meses. Ela ainda acredita que os autores já estavam sondando a região antes da execução porque aconteceu quando o seu pequeno comércio de salgados, que funciona na frente da casa, já estava fechado.

Ela recorda que o filho havia tomado banho e estava com dois amigos no local. Nessa hora, ela e o marido foram ao mercado na região por volta de 20h50, mas precisaram retornar porque estabelecimento estava fechado. Na volta, ouviu os disparos.

“Meu filho estava sentado na esquina conversando com os amigos quando chegaram os dois homens na moto. O garupa desceu e atirou. Me disseram que o cara até trocou o pente da arma de tanto tiro. Esse homem é um monstro, um covarde”, lamenta. Conforme testemunhas, suspeito atirou quando Renan estava de costas.

Família abalada

O jovem tem mais três irmãos e um deles, de 24 anos, disse que ficou sabendo do crime quando chegou do serviço. Segundo ele, não sabe o que pode ter motivado o crime e não acredita que o motivo era dívida.

Ele ainda comentou que o irmão havia comparecido a uma festa numa chácara da região e que lá Renan havia se desentendido com uma pessoa. Mesmo assim, não sabe detalhes e nem se há alguma relação com o assassinato.

Relembre o caso

Renan De Camargo Candido foi executado na noite de sábado (4) no Jardim das Macaúbas, em Campo Grande. No corpo dele haviam 16 marcas de tiros.

Conforme o boletim de ocorrência, testemunhas relataram que por volta das 21 horas, dois homens em uma motocicleta, de cor preta, passaram pelo local e atiraram contra a vítima, na Rua Fidelis Bucker.

Renan chegou a ser socorrido, mas chegou na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário já sem vida. No local do crime a polícia encontrou 18 estojos de munição, um cartucho e três projéteis de calibre 9 milímetros.

O caso foi registrado como homicídio doloso praticado em concurso de pessoas. Renan, vulgo “blindado” tem passagens por posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, roubo e tráfico de drogas.

Este é o segundo caso na noite de sábado. Cerca de 10 minutos antes, Victor Mergareno Benvindo, de 18 anos, também foi assassinado por uma dupla em uma motocicleta preta. Este na Vila Nhanhá. Na ocasião, outro jovem foi socorrido com ferimentos nas pernas e quadril.

https://midiamax.uol.com.b

Valores a receber começam a ser liberados a partir desta terça (7)

O Banco Central libera, a partir desta terça-feira (7), o acesso ao pedido de pagamento do dinheiro esquecido em bancos e financeiras pelos brasileiros. Os valores devem ser solicitados no site valoresareceber.bcb.gov.br. Ao todo, há R$ 6 bilhões disponíveis para 40,9 milhões de clientes.

O prazo de recebimento é de até 12 dias para quem fornecer chave Pix. Os demais, que optarem por outras formas de pagamento, poderão ter de esperar um pouco mais. A liberação começará a ser feita a partir das 10h, quando pessoas físicas e jurídicas poderão solicitar o montante a que têm direito. O pagamento também será liberado para herdeiros.

COMO SERÁ O PAGAMENTO DO DINHEIRO ESQUECIDO
As instituições financeiras terão até 12 dias úteis para devolver os valores caso o cidadão tenha chave Pix e solicite os valores por meio desta opção. Quem for solicitar diretamente ao banco ou financeira pode ter de esperar mais, porque, neste caso, não há prazo-limite de 12 dias.

Se preferir, é possível criar uma chave Pix e, depois, voltar ao sistema de valores a receber para fazer a solicitação de depósito. Mesmo que você tenha indicado a chave Pix, a instituição pode devolver o valor por TED ou DOC para a conta da chave Pix selecionada.

Além disso, os bancos ou as financeiras poderão entrar em contato pelo telefone ou pelo email indicado por você para confirmar sua identidade ou tirar dúvidas sobre a forma de devolução. Esse é um procedimento para sua segurança e da instituição.

A orientação do Banco Central, no entanto, é não fornecer nenhuma de suas senhas a atendentes por telefone. Se for solicitado algum dado do tipo, recuse-se e entre em contato com a instituição.

Se o sistema não oferecer a opção de resgate dos valores, entre em contato diretamente com o banco ou financeira pelo telefone ou email informado por ela.

COMO RESGATAR OS VALORES A RECEBER
Na página dos valores a receber, vá em “Acessar o SVR”
Depois, faça login com sua Conta gov.br; pessoas físicas precisam ter nível prata ou ouro para acessar o sistema
Acesse “Meus Valores a Receber”
Leia atentamente e, depois, aceite o “Termo de Ciência”
O sistema irá exibir dados como valores, nome da instituição devedora e outras informações
Se o sistema indicar a opção “Solicitar por aqui”, será preciso selecionar uma de suas chaves Pix e informar os dados pessoais (guarde o número do protocolo)
Caso o sistema ofereça a opção “Solicitar por aqui”, mas não apresente a possibilidade de informar a chave Pix, entre em contato com a instituição financeira pelo telefone ou pelo email informado para combinar a forma de devolução
O QUE APARECERÁ AO FAZER A CONSULTA:
o valor a receber
o nome e os dados de contato da instituição que deve devolver o valor
a origem (tipo) do valor a receber
mais informações sobre o valor a receber, quando for o caso

Todos os tipos de valor previsto nas normas de pagamento do Sistema Valores a Receber
Consulta a valores a receber de pessoas que já morreram, com acesso de herdeiro (a), testamentário (a), inventariante ou representante legal, além de instituição responsável pelo valor, dados de contato da instituição e informações complementares
Sala de espera virtual para atendimento em casos de acessos acima da capacidade do sistema (não haverá mais agendamento de acessos por data de nascimento ou data de abertura de empresa)
Seleção obrigatória de chave Pix para solicitação dos valores
Preenchimento de dados de contato, como telefone e email para quem selecionar uma chave Pix
Informações sobre valores solicitados em contas conjuntas solidárias por outros titulares
CUIDADO COM GOLPES
O BC alerta que o único site onde você pode consultar e saber como solicitar a devolução dos seus valores, da sua empresa ou de pessoas falecidas é valoresareceber.bcb.gov.br e que todos os serviços do portal são gratuitos. Caso alguém ofereça e cobre por serviços de consulta, trata-se de um golpe.

O Banco Central também não manda links nem entra em contato para tratar de valores a receber ou confirmar dados. Apenas a instituição que aparece no sistema pode entrar em contato com o cliente, mas ela não pode pedir senhas.

Não acesse links suspeitos enviados por email, SMS, WhatsApp ou Telegram.

Cristiane Gercina/Folhapress

Falta de pessoal e de verba é desafio para defesas civis municipais

Órgãos estão despreparados para desastres climáticos, mostra estudo
As chuvas extremas que assolaram o litoral norte de São Paulo no último carnaval, com deslizamentos de encostas, alagamentos e bairros isolados por interdição de vias de acesso, evidenciou o trabalho da Defesa Civil e os esforços que este órgão precisa fazer para salvar vidas e reduzir danos. Mas, uma pesquisa mostrou que as defesas civis municipais do país enfrentam falta de verba, de pessoal e de estrutura.

Responsável pelo mapeamento de áreas de risco, prevenção e contenção de desastres ambientais, as defesas civis municipais devem alertar e assessorar a população. Porém, em 67% desses órgãos, o déficit de recursos é o principal entrave para a realização do trabalho (26% corresponde à falta de dinheiro; 22% de equipe e 19% de equipamentos).

Com base em questionário aplicado em 1.993 cidades que participaram da Pesquisa Municipal em Proteção e Defesa Civil , 72% dos municípios responderam não ter orçamento próprio para a área, não contando com dinheiro de outras secretarias ou, às vezes, nem sequer da própria prefeitura.

Os dados estão no artigo Fundos Públicos Federais e Implementação da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil no Brasil, publicado na Revista de Informação Legislativa do Senado e assinado pelos advogados Fernanda Damacena e Luiz Felipe da Fonseca Pereira e pelos pesquisadores Renato Eliseu Costa, doutorando em Políticas Públicas pela Universidade Federal do ABC (UFABC), e Victor Marchezini do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

A reportagem da Agência Brasil conversou com Victor Marchezini, que atualmente faz seu pós-doutorado no Natural Hazards Center, Universidade do Colorado-Boulder, EUA, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Para o pesquisador, o que mais surpreendeu na pesquisa foi a falta de orçamento próprio nas defesas civis municipais. “Isso implica, por exemplo, no planejamento de ações de prevenção junto às comunidades, até mesmo em não ter combustível ou um veículo para ir às comunidades realizar as ações educativas, de prevenção ou mesmo de verificação das áreas consideradas de risco de inundação ou de deslizamento”, apontou o pesquisador, que atua desde 2004 na área de sociologia dos desastres, com olhar para o envolvimento de comunidades locais na prevenção.

Na opinião do pesquisador, o problema não é só dos municípios. “Em muitos casos, falta de apoio dos governos estaduais e federal para ajudar em um orçamento para estruturar essas defesas civis municipais. Existem muitas ações de capacitação do governo federal, mas falta um plano nacional que ajude a estruturá-las. É efeito cascata, por exemplo, se você não tem uma defesa civil bem estruturada, vai implicar na falta de criação de núcleos comunitários de defesa civil. A pesquisa acabou revelando também isso, que existem poucos núcleos comunitários de defesa civil”.

Recursos humanos e estrutura

Os agentes de defesas civis municipais apontaram a alta rotatividade nos cargos como o principal fator de retrocesso na redução do risco de desastres, aliada às precárias condições de trabalho, falta de treinamento e responsabilidades pouco claras na gestão de risco. Alguns órgãos relataram que chegam a ter apenas um ou dois funcionários disponíveis para o trabalho e, quanto ao espaço físico, 65% das defesas civis dividem com outra secretaria.

“Mais de 50% das defesas civis no Brasil são constituídas de uma a duas pessoas na equipe e até acumulam funções em outras secretarias. Muitas vezes, essa equipe é de pessoas de indicação política e a cada eleição há uma nova equipe. Com isso, o investimento feito na capacitação desses agentes de defesa civil tem que ser feito novamente, isso é um sintoma dessa crise no sistema”, alertou Marchezini.

No estudo, os pesquisadores apontam que a falta de definição dos papéis dos atores envolvidos na gestão de riscos compromete a governança, reforçando a importância de profissionalizar a área. Em resposta a esse ponto, no ano passado, o Ministério do Trabalho incluiu o agente de proteção e defesa civil na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), sendo o primeiro passo para o reconhecimento e habilitação da profissão.

Atribuições

Às defesas civis municipais cabe a gestão de riscos e de desastres, atribuições que vão desde a análise e monitoramento de áreas de risco, com ações de prevenção e mitigação, até o socorro e atuação em projetos de recuperação. O Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sinpdec) congrega todas as competências para a gestão dos riscos e desastres e deve ter ênfase na prevenção.

No caso de chuvas, o Cemaden emite um comunicado com diagnóstico para defesa civil nacional encaminhar à estadual e ou municipal. A defesa civil, por sua vez, envia mensagens à população local avisando da previsão de chuvas, alagamentos e deslizamentos. Em algumas cidades, há sirenes instaladas para o alerta.

Geralmente, entre os problemas desse sistema de comunicação estão o número de cadastrados no alerta, que pode ser baixo, e os textos das mensagens por SMS, genéricos para uma região e até mesmo para o tipo de evento previsto.

Na pesquisa do diagnóstico de capacidades, 25% dos órgãos responderam usar o SMS para comunicar os alertas. Para outros tipos de comunicação, 56% responderam usar as redes sociais (Facebook, Instagram) e 43% aplicativos de mensagens (WhatsApp, Telegram).

Bons exemplos

Para o pesquisador, as defesas civis municipais podem também desenvolver diversas ações de prevenção e de mitigação de desastres climáticos. Ele ressalta que tanto a comunicação como o envolvimento da população podem ser os diferenciais para salvar vidas em casos de desastres.

Marchezini cita dois exemplos: um deles é da Defesa Civil do Recife, com Programa Parceria. “Envolve ações de mitigação de riscos de deslizamentos nas encostas do Recife, em parceria com a defesa civil, equipe de engenharia e moradores locais, de forma a tentar reduzir o risco de deslizamento na encosta, para que ela não se deteriore a cada estação chuvosa. Aliado a isso tem também a formação dos núcleos comunitários de defesa civil pelo órgão no Recife”.

O pesquisador cita como exemplo de investimento de longo prazo a Defesa Civil da cidade do Rio de Janeiro. “Há muitos anos [a Defesa Civil] vem trabalhando junto as comunidades nos sistemas de alerta. A comunidade é envolvida não só para receber um alerta SMS, mas em toda etapa de planejamento do sistema: no mapeamento participativo dos riscos do bairro, como definir rota de fuga, pontos seguros e ainda na identificação de líderes comunitários que possam ajudar a coordenar essas ações e trabalhar junto com as escolas do bairro”.

Marchezini alerta para a necessidade de um programa para criar e fortalecer os sistemas municipais de alerta e alarme. “Não é só investir em rede observacional de pluviômetros e radares, mas sim, na capacitação dos municípios para que eles mesmos fortaleçam esses sistemas municipais no momento de uma emergência, já que quem vai responder no primeiro momento são sempre os moradores e depois os órgãos locais. Esse fortalecimento da capacidade local é muito importante”, destacou.

Edição: Valéria Aguiar
Por Ludmilla Souza - Repórter da Agência Brasil - São Paulo

Policia Militar prende homem em Dário Meira por; desacato, desobediência e resistência a prisão.


 
Por volta das 16h30min, deste domingo (05/03/23), após tomar conhecimento que haveria uma festa na cidade, a Guarnição da 55ª CIPM/Dário Meira deslocou ate o bar de Natal, localizado debaixo da ponte Dario Meira/Ibicuí, onde estaria acontecendo o encerramento de uma cavalgada com som ao vivo ( voz e teclado e possível paredão ), com um público estimado entre 500 a 1000 pessoas, porém, sem dar conhecimento aos órgãos de segurança.

Chegando até o local foi mantido contato com o organizador do evento, conhecido como Bocão, onde lhe foi informado que sem o policiamento compatível não teria como haver a festa com som, haja vista, que o promotor era contumaz em burlar a fiscalização da PM e organizar festas de paredão e incitar a população contra a PM, inclusive, quanto a fiscalização do uso do capacete no município. No entanto, o promotor do evento não obedeceu a orientação, e afrontando os policiais militares, afirmou que faria a festa sim.

Nesse momento, ao ouvir a determinação, Bocão ficou transtornado e correu para o palco onde começou a falar no microfone, incitando a população contra os policiais militares, com desrespeito e usando palavrões.

Com a chegada da guarnição do PETO, foi dada voz de prisão ao organizador do evento por desacato e desobediência, e quando da sua imobilização, ele voltou a desacatar os policiais militares, resistindo todo momento a condução, chegando a jogar várias cadeiras de plástico contra a guarnição.

Dessa forma, foi necessário o emprego progressivo da força para imobiliza-lo e o uso de algemas.

Quando já estava contido, populares partiram pra cima das guarnições tentando livrar o detido da imobilização, sendo necessário o emprego de disparos de arma de fogo com munição não letal (munição de borracha), a fim de dispensar a multidão e salvar guardar a integridade física das guarnições.

Diante do ocorrido, o autor foi conduzindo a 9° COORPIN, em Jequié, para os procedimentos de polícia judiciária.

O promotor do evento, de forma mal intencionado e maldosamente, encaminhou ofício pedindo policiamento a 8ª CIPM/Itapetinga, pois sabia que na 55ª CIPM existe uma série de exigências para que o policiamento seja alocado de forma adequada. Além disso, ele é conhecido no município por incitar a população contra o trabalho da Polícia Militar.

Autor: R. V. DOS S., (vulgo BOCÃO) Nas: 30/01/1990, End.: Rua Rosalvo Anselmo, Bairro Nova Cajazeiras - Dario Meira/BA.

Fonte: ASCOM/55ª CIPM /PMBA, uma Força a serviço do cidadão!

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