Governo vai rediscutir corte de juro do consignado do INSS na terça-feira (21)

Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação
A reunião, sugerida pelo Ministério da Fazenda, contará também com a participação das pastas da Casa Civil, da Previdência Social e do Trabalho. O objetivo é discutir a decisão do CNPS (Conselho Nacional da Previdência Social) da última segunda-feira (13), que cortou o teto do consignado de 2,14% para 1,70% ao mês.

O anúncio levou grandes bancos privados, como Bradesco e Itaú, e até mesmo os públicos Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil –que possuem 11% do mercado do consignado para aposentados–, a interromperem as concessões.

As instituições financeiras argumentam que estão conduzindo estudos técnicos de viabilidade econômica e que a disponibilidade da linha de crédito está condicionada à conclusão das análises.

Representantes do setor financeiro têm expectativa de que, após a reunião dos ministros, outros atores sejam incluídos na discussão e que seja feito um “freio de arrumação”.

A ideia é buscar um entendimento para se chegar a uma taxa mais baixa, mas que preserve a viabilidade econômica do produto. Enquanto durarem as negociações, as instituições defendem a suspensão da resolução aprovada pelo conselho da Previdência, o que viabilizaria a retomada da oferta de crédito com base no teto anterior.

Estimativas feitas pelo setor financeiro mostram que, ao oferecer empréstimos consignados para aposentados e pensionistas com taxa de juros de 1,70% ao mês, os bancos teriam uma rentabilidade negativa de 0,23% nas operações.

Isso significa que as instituições teriam prejuízo com a modalidade, o que não é permitido, segundo resolução do CMN (Conselho Monetário Nacional) que diz que “a instituição contratante deve implementar sistemática de monitoramento e controle da viabilidade econômica da operação”.

O corte do teto dos juros do empréstimo consignado do INSS foi aprovado por 12 dos 15 participantes do Conselho Nacional da Previdência Social –os três representantes de empregadores foram os únicos votos contrários à medida.

Na nota encaminhada ao CNPS para embasar a proposta de reduzir os juros, a Previdência cita um levantamento das taxas de juros do crédito consignado a beneficiários do INSS feito no período de 15 a 23 de fevereiro.

Cálculos feitos apontaram para uma média aritmética de 1,94% ao mês nesta semana, sem considerar o peso de cada instituição financeira no total desse tipo de crédito. “Dessa forma, pode-se argumentar que a redução do teto não deverá ter um impacto importante para instituições cuja taxa média das operações já está abaixo desse teto”, afirmou o texto.

Na semana citada na nota, apenas três bancos ofereciam taxa inferior ao novo teto de 1,70% ao mês –a lista compilada pelo BC tem 39, ao todo.

O estudo também cita a diferença de taxas entre as linhas voltadas a aposentados e pensionistas e as oferecidas a servidores públicos. “Verifica-se que, estranhamente, essas instituições praticam taxas no crédito consignado para servidores públicos inferiores às do crédito consignado para beneficiários do INSS”, indica a nota.

“Ambas as clientelas possuem estabilidade na renda, ou seja, o credor tem segurança de que vai receber o seu crédito, mas as taxas são significativamente diferentes.”

O estudo usa como referência para a avaliação dos juros do crédito consignado a variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) –indicador que mede as variações de preços da cesta de consumo da população assalariada com menor rendimento.

Membros do setor financeiro, contudo, contestam o uso desse índice de inflação para o cálculo de custo de captação dos bancos. A curva futura de juros e taxa básica (Selic, hoje fixada em 13,75% ao ano) são os parâmetros adotados pelo segmento.

Representantes dos trabalhadores no conselho defendem a decisão de reduzir o teto da taxa. “Não estou vendo pressão para que o conselho reveja o corte. A decisão do conselho é soberana. A próxima reunião é no final de abril, mas acredito não haver motivo para se falar em juro, nem para abaixar nem para aumentar”, diz Odair Antonio Bortoloso, representante da Força Sindical.

Ariovaldo de Camargo, da CUT (Central Única dos Trabalhadores), defende que se discuta a ameaça de suspensão de financiamento por parte das instituições financeiras.

“Se os bancos querem, de fato, trazer à luz esse debate, precisam apresentar números que levem em consideração o que é remuneração dos correspondentes bancários, que ficam com parcela do que é o volume da taxa de juros”, afirma. “Não há necessidade de a gente rediscutir através da chantagem que os bancos estão fazendo”.

Já Evandro José Morello, da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares), não descartou voltar à mesa de negociação para tratar do tema. “Preocupa a falta de crédito para esse público”, disse. “É um pouco isso que a gente está querendo dialogar com o sistema financeiro para achar um bom meio-termo e acertar a situação”.

Nathalia Garcia/Danielle Brant/Folhapress


Veja o que muda com a suspensão do crédito consignado do INSS

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
A suspensão do empréstimo consignado a aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) por parte de ao menos dez bancos no país pode deixar um público de cerca de 37 milhões de beneficiários com acesso restrito a crédito mais barato.

O movimento teve início na quinta-feira (16), após publicação de instrução normativa conjunta da Previdência Social e do INSS com os novos juros do consignado, que caíram de 2,14% para 1,70% ao mês, no empréstimo pessoal, e de 3,06% para 2,62% ao mês, no cartão de crédito e cartão de benefício.

A queda havia sido definida na segunda-feira (13), em reunião do CNPS (Conselho Nacional de Previdência Social), após iniciativa do ministro da Previdência, Carlos Lupi, que vinha criticando as taxas. No encontro, a redução foi aprovada por 12 a três, dos 15 participantes que lá estavam. O conselho tem representantes de governo, aposentados, trabalhadores e empresas.

A redução foi criticada pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos), que disse ter alertado o Ministério da Previdência e o INSS anteriormente sobre o comprometimento da oferta de empréstimo por causa dos “altos custos de captação”.

Ao todo, 14,5 milhões de aposentados e pensionistas com um benefício médio de R$ 1.576,19 tomaram esse tipo de crédito, segundo a Febraban. Do total, 42% estão com o nome sujo. “Iniciativas como essas geram distorções relevantes nos preços de produtos financeiros, produzindo efeitos contrários ao que se deseja”, disse a instituição.

Segundo João Inocentini, presidente do Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos), presente na reunião, essa era uma demanda da categoria, mas, logo após a aprovação, já havia previsão de dificuldades na operação do crédito.

Para ele, havia —e há— espaço para redução dos juros, mas precisa ser embasada em outros estudos que não apenas os apresentados pelo ministro. “Nós pensávamos em algo que era razoável para a gente continuar operando. Sabíamos que dava para baixar um pouco.”

Luiz Fernando Baby Miranda, defensor público e coordenador-auxiliar do Nudecon-SP, vê com preocupação a decisão dos bancos de suspender o consignado. Segundo ele, gera surpresa que, em 2020, quando a taxa caiu a 1,80%, as instituições não tiveram o mesmo posicionamento.

“Os bancos alegam que, com a diminuição dos juros do INSS, vão diminuir oferta de crédito porque não compensaria. O que gera surpresa é que a taxa de juros em 2020 foi reduzida para 1,8% e, naquela época, não houve questionamento”, disse o defensor.

APOSENTADOS QUEREM JUROS A 1,80% AO MÊS

O Sindnapi, como representante dos aposentados, diz defender uma taxa em torno de 1,80% ou 1,85%, mas afirma que os bancos querem algo em torno de 1,90%. Na reunião, as instituições bancárias chegaram a apresentar juros de 2,04% ao mês.

“Do outro lado, também dá para apertar. Os bancos dizem que não dá, mas dá. É só abaixar o ‘filé’ dos pastinhas. Vamos diminuir, todos apertam um pouco o cinto e podemos abaixar para 1,80%, o que já seria um avanço bom”, diz.

A cooperativa do sindicato é uma das poucas instituições que mantém a concessão de empréstimo, assim como o banco Banrisul. “Nós não suspendemos, continuamos e vamos continuar fazendo, porque não temos lucro, nossa margem é próxima de zero. Vamos refazer a porcentagem que pagávamos para os ‘pastinhas’, mas não vamos parar”.

POR QUE OS BANCOS SUSPENDERAM O EMPRÉSTIMO CONSIGNADO DO INSS?

A suspensão da oferta do crédito consignado do INSS foi um movimento conjunto de alguns bancos do país que decidiram deixar de oferecer o empréstimo após a queda dos juros definida pelo CNPS (Conselho Nacional de Previdência Social) na segunda-feira (13).

A redução foi proposta pelo ministro da Previdência, Carlos Lupi, que já vinha criticando a taxa do crédito. Para ele, havia espação para queda nos juros por se tratar de um empréstimo com baixo risco, já que é descontado diretamente da folha de pagamento dos aposentados e pensionistas.

Dentre os bancos que deixaram de oferecer o consignado de forma temporária estão:Caixa Econômica Federal
Banco do Brasil
Itaú Unibanco
Bradesco
Mercantil (suspendeu só o empréstimo pessoal, o cartão consignado segue valendo)
PAN
Bem Promotora
Daycoval
PagBank (suspendeu só nos correspondentes bancários, continua oferecendo pelo app)
C6

O APOSENTADO AINDA TEM ALTERNATIVA PARA EMPRESTAR DINHEIRO A JUROS MENORES?

Sim, dentre os bancos procurados pela reportagem, dois deles afirmam que continuam oferecendo o crédito consignado aos aposentados do INSS conforme as normas vigentes atualmente, com juros menores: o Banrisul e o Sicoob Coopernapi, que é a cooperativa bancária do Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos).

No caso da cooperativa do sindicato, para tomar o empréstimo, é preciso ser sócio do sindicato e pagar uma taxa mensal.

O CRÉDITO VAI DEIXAR DE EXISTIR?

Não há indicação de que esse tipo de empréstimo mais em conta deixe de existir, mas há quem tema que o projeto do consignado chegue ao final. No entanto, o presidente do Sindnapi, João Inocentini, acredita que isso não irá acontecer, pois vai contra políticas de inclusão econômica do governo Lula. “É um dos melhores projetos até hoje”, diz.

Para ele, o que precisa, é a queda nos juros de forma sustentável. “Nós defendemos a queda dos juros, mas de forma consciente. Não adianta querer abaixar se a Selic continua lá em cima. Precisa baixar a Selic e, depois, vai gerando emprego, aumentando o consumo, vai tendo distribuição de renda, é isso. Você não consegue mudar no estalar dos dedos”, afirma Inocentini.

Ione Amorim, coordenadora do programa de serviços financeiros do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), diz que o crédito consignado é uma política pública que completa 20 anos de existência, beneficiando, principalmente, os bancos.

“Os bancos foram muito favorecidos por essa política pública e não criaram nada alternativo para concorrer com essa política. Precisa de revisão para continuar de forma saudável.”

TENHO CONSIGNADO. MUDA ALGO EM MEU CONTRATO?

Segundo os bancos, nada muda nos contratos que já estão em andamento. Apenas os novos contratos estão suspensos. Com isso, os descontos da parcela de aposentados e pensionistas continuarão a ser feitos normalmente, a cada mês, conforme o número de parcelas e o valor negociado.

A educadora financeira Cíntia Senna confirma que não há mudanças e afirma que o aposentado ou pensionista pode, ainda tentar a portabilidade, levando o contrato para outra instituição que está praticando uma taxa menor. “Não muda nada, mas abre portas para essa portabilidade.

O defensor público Baby Miranda diz que os contratos celebrados não podem ser alterados. “A redução só valerá para os contratos feitos após essa redução. Quando os bancos aceitarem essa nova taxa, o que pode ocorrer é uma busca por portabilidade”.

ESTAVA PRESTES A ASSINAR UM CONTRATO. COMO FICA MINHA SITUAÇÃO?

No caso dos bancos que suspenderam o consignado não haverá assinatura de nenhum novo contrato até que a rede bancária estude alternativas e possa voltar a oferecer o crédito. Na segunda (20), deve ocorrer uma reunião entre o Ministério da Fazenda, o da Previdência e a Casa Civil para debater o assunto.

Ione diz que os empréstimos solicitados até quinta, data da suspensão, devem ser concedidos, porque essa ação foi oficializada apenas ao longo do dia. Segundo ela, o banco precisa comunicar o cliente de forma objetiva, com algum tipo de publicação.

“Tem de entrar em contato com o SAC do banco, que vai pedir um prazo para análise. O consumidor também pode entrar no gov.br e fazer a reclamação por lá. Se o contrato for de 2,14% e depois da lei, cabe questionar o banco.”

Cíntia afirma que, quando se faz uma carta de crédito, ela tem validade. “Se você está no meio do caminho, isso seguirá. Se você só foi conversar e ainda não iniciou, provavelmente não conseguirá. Se existe uma pré-aprovação, o contrato não será cancelado. Quem precisa do consignado, normalmente precisa do dinheiro e vai continuar com esse contrato.”

Segundo Miranda, as propostas que estavam em andamento antes da mudança da taxa serão renegociadas com os clientes considerando a necessidade de reenquadramento às novas condições.

QUAL EMPRÉSTIMO PODE SUBSTITUIR O CONSIGNADO?

Para Cíntia, quem usa o consignado fica de mãos atadas, por se tratar da modalidade de crédito mais em conta. “É uma modalidade bastante utilizada. Quando a gente compara com cheque especial e cartão de crédito, é uma taxa menor, mas ainda é elevada”, diz.

Há, no entanto, opções a serem buscadas em outras instituições com taxas mais em conta, que aceitaram a redução dos juros, além de tentar alternativas diretamente com o gerente do banco, em crédito onde se oferece algum bem como garantia, que tende a ter taxas menores.

Para Miranda, há necessidade de o INSS rever toda a política de crédito consignado para que ela fique “condizente com a lei do superendividamento”. “O crédito para ser ofertado tem de ser responsável, pensando em quem toma esse crédito e não no lucro para a instituição financeira.”

OS JUROS ESTÃO MAIS BAIXOS. CONSIGO JUROS MENORES NO MEU CONTRATO JÁ ANDAMENTO?

Sim, todos os especialistas apontam a migração do contrato do aposentado de uma instituição para outra onde haja juros menores como uma alternativa. Além disso, o refinanciamento do contrato vigente também pode ser feito. No Banrisul, há essa opção. “[Os contratos] Estão aptos ao refinanciamento, em toda a rede de correspondentes”, diz nota da instituição.

O QUE OS BANCOS DIZEM SOBRE A SUSPENSÃO?

Banrisul: “A rede de atendimento própria do Banrisul, integrada pelas agências, postos bancários e aplicativo, segue operando normalmente o crédito consignado INSS. Cabe salientar que houve a suspensão temporária de determinadas operações dessa modalidade pela Bem Promotora, que é um dos canais de relacionamento do Banrisul.”

PagBank PagSeguro: “O PagBank PagSeguro informa que não está mais operando com empréstimos consignados do INSS pelo canal de correspondentes bancário. Nossos clientes podem contratar este serviço diretamente pelo app do PagBank”.

Banco PAN: “O Banco PAN, um dos principais players do mercado de consignado, informa que, em função da redução do teto de juros aprovada pelo Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), suspendeu temporariamente novas operações consignadas do INSS de empréstimo, cartão e cartão benefício.”

Daycoval: “Mediante a aprovação do novo teto, IN PRES/INSS 144 de 15 de março de 2023, o Banco Daycoval decidiu concentrar esforços para a operação de empréstimo consignado para funcionários públicos nos 200 convênios ativos, e suspender temporariamente as operações do produto de crédito consignado INSS (empréstimos e cartões) para pensionistas e aposentados. Os contratos firmados até a data de 15/03/2023 permanecem inalterados.”

Mercantil: “O Banco Mercantil do Brasil (B3: BMEB3, BMEB4), instituição financeira com foco no público 50+, informa que suspendeu temporariamente o produto empréstimo consignado. Estamos avaliando a situação e ajustando o produto às novas condições. O cartão consignado e as demais modalidades de crédito pessoal continuam vigentes.”

Banco do Brasil: “O Banco do Brasil informa que realiza estudos de viabilidade técnica sobre as novas condições de operações de crédito aprovadas sobre o consignado no convênio com o INSS. Tão logo haja novidades sobre a retomada das contratações no âmbito do convênio, informaremos”.

Caixa Econômica Federal: “A instrução normativa PRES/INSS n° 144/2023 estabeleceu novo teto de taxas de juros para o crédito consignado para beneficiários do INSS em patamar inferior ao que o banco já pratica, sendo a menor taxa do mercado. Com a mudança, a Caix esclarece que a linha está suspensa e informa que sua disponibilidade está condicionada à finalização dos estudos técnicos de viabilidade econômico-financeira e operacional, já em andamento, com vistas a garantir a adequação das concessões aos novos dispositivos normativos.”

C6 Bank: “O C6 Bank suspendeu por tempo indeterminado as operações de empréstimo consignado em função da redução do teto da taxa de juros definida pelo Conselho da Previdência Social.”

Itaú Unibanco: “O Itaú Unibanco informa que os contratos vigentes permanecem como estão e as propostas efetuadas estão temporariamente pausadas, enquanto o banco estuda seus impactos e alternativas.”

Bradesco não enviou nota e Santander não respondeu até a publicação deste texto.

Cristiane Gercina/Fernando Narazaki/Folhapress

Ipiaú: equipes da Secretaria de Saúde analisam metas e aprimoram capacitação dos serviços

Antecedendo a Conferência Municipal de Saúde, prevista para o próximo dia 22, a Secretaria de Saúde de Ipiaú reuniu na última quinta-feira, 16, no auditório do Colégio Celestina Bittencourt, a sua  equipe multiprofissional para  analisar os Indicadores do Previne Brasil, referentes ao terceiro quadrimestre de 2023, e discutir outros temas que qualificaram ainda mais  os membros das equipes de saúde da família e colaboradores que estão diretamente atendendo as necessidades de saúde da população, com muita dedicação e profissionalismo.
A secretária municipal de Saúde, Laryssa Dias, explica que a cada três meses as equipes da pasta se reúnem para avaliação dos resultados obtidos, verificação do alcance das metas e também estimular aquelas equipes que obtiveram os melhores resultados. “Cada dia mais a gente alcança uma nova meta e traz outras para buscar alcança-las”, destacou a secretária.

Laryssa Dias lembra dos investimentos que a prefeita Maria das Graças tem feito na Saúde, a exemplo do Telessaúde nas unidades, com a aquisição de computadores, câmeras de webcam, para que o profissional na unidade possa fazer uma teleconsulta com especialistas que estejam em outros centros e assim tornar a atenção básica local bem mais resolutiva. 

Outro investimento vem sendo feito com relação à capacitação e qualificação da equipe. As unidades de saúde contam com dentistas e médicos para garantir um melhor atendimento à população.

Durante o encontro foi entregue o troféu destaque a Equipe da Unidade de Saúde da Família Wanderley Nascimento Farias por ter alcançado os melhores índices de Saúde do município de Ipiaú. Os profissionais desta unidade relataram a experiência que lhes proporcionou alcançar bom desempenho no Programa Previne Brasil.

Também foram analisados os dados de produção E-Sus da equipe profissional das Unidades de Saúde da Família  de Ipiaú,  relatório anual 2022, e avaliados os dados E-sus odontologia do referido período, assim como os dados epidemiológicos da tuberculose em Ipiaú. 

O Previne Brasil foi instituído há dois anos e, durante o período de adaptação, os gestores também tiveram o desafio de enfrentar uma pandemia sem que a população ficasse desassistida.

A proposta tem como princípio a estruturação de um modelo de financiamento focado em aumentar o acesso das pessoas aos serviços da Atenção Primária e o vínculo entre população e equipe, com base em mecanismos que induzem à responsabilização dos gestores e dos profissionais pelas pessoas que assistem. José Américo / Decom Prefeitura Ipiaú

PF apreende armas no caso sobre trabalho análogo à escravidão em vinícolas no RS

A PF (Polícia Federal) realizou na manhã desta sexta-feira (17) uma operação para aprofundar as investigações e coletar novos elementos de prova envolvendo o caso do resgate de 207 trabalhadores em condições análogas à escravidão, segundo Ministério do Trabalho, em 22 de fevereiro em um alojamento de Bento Gonçalves (RS).

Os trabalhadores vinham da Bahia para o Rio Grande do Sul contratados pela empresa Fênix, do empresário Pedro Oliveira de Santana, e prestavam serviço às vinícolas Aurora, Garibaldi e Salton. Ao longo do período de colheita da uva, conforme as investigações, eram vítimas de agressões, extorsões e submetidos a jornadas irregulares, além de serem alojados e alimentados em condições desumanas.

Até o momento, conforme a PF, as investigações já identificaram seis pessoas envolvidas —que foram os alvos das medidas judiciais executadas na chamada Operação Descaro. A suspeita é que eles integrem uma organização voltada à prática de submissão ao trabalho escravo.

Um dos seis envolvidos é um policial afastado da BM (Brigada Militar, a polícia militar gaúcha) nessa semana –o soldado Márcio Squarcieiri, 39, que atuava em Bento Gonçalves (RS)–, suspeito de atuar na segurança da Pousada do Trabalhador, alojamento no bairro Borgo em que ficavam os trabalhadores.

Foi de lá que seis deles fugiram, segundo as vítimas, para fazer a denúncia de maus-tratos. Em razão do suposto envolvimento do soldado, a Corregedoria da BM acompanhou a operação.

Contatado pela reportagem, o advogado de Squarcieiri, Maurício Cardoso, diz que seu cliente nega qualquer vínculo com a pousada e critica a Corregedoria da BM por “falta de cautela”.

O advogado argumenta que os corregedores usaram uma foto antiga e sugestionaram os trabalhadores a ligar seu cliente a um segurança que eles identificam pelo apelido de “Escocês” nos depoimentos, mas que não seria o policial.

Os demais investigados são o próprio dono da empresa, Santana, o empresário Fábio Daros, apontado pelos trabalhadores e por funcionários do local como dono do alojamento, e outros três supostos seguranças que não tiveram os nomes revelados pela Polícia Federal. Santana havia sido preso no dia 22, mas foi solto mediante fiança.

Em sete mandados de busca e apreensão, seis em Bento Gonçalves (RS) e um em Garibaldi (RS), os policiais apreenderam nove armas e diversas munições. Elas pertenceriam a Santana, que tem registro de CAC (caçador, atirador e colecionador).

Na Operação Descaro, Squarcieiri teve o celular e o notebook apreendidos em sua residência.

O advogado de Santana, Augusto Giacomini Werner, divulgou nota dizendo que seu cliente “colabora com as investigações” e que é “o maior interessado que a verdade dos fatos seja desvelada”. Sobre as armas, confirma que eram de Santana, mas que ele “as mantinha em condições regulares e registradas perante o órgão competente” e que elas teriam sido apreendidas para que fosse apurada a “manutenção da idoneidade do titular do direito”, em razão da abertura de inquérito.

A reportagem entou contato com Fábio Daros pelos telefones da Pousada do Trabalhador e de outra empresa registrada em seu nome das 11h30 às 14h45 desta sexta-feira (17), mas não obteve retorno.

No dia 9 de março, as três vinícolas que tinham contrato com a Fênix firmaram um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o MPT-RS (Ministério Público do Trabalho do RS) que prevê 21 obrigações e R$ 7 milhões em indenizações. A Fênix, todavia, recusou a proposta de firmar um TAC e teve R$ 3 milhões bloqueados por ordem da Justiça do Trabalho.

Caue Fonseca/Folhapress

Bancos públicos e privados suspendem crédito consignado no INSS

 

A redução do teto dos juros de empréstimos consignados a aposentados e pensionistas está sendo mal recebida por instituições financeiras. Nesta sexta-feira (17), dois bancos oficiais, o Banco do Brasil (BB) e a Caixa Econômica Federal, confirmaram que suspenderam a oferta desse tipo de crédito a beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A Caixa e o BB seguiram diversos bancos privados que haviam interrompido a concessão de empréstimos na quinta-feira (16). A decisão ocorre após o Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) reduzir, de 2,14% para 1,7% ao mês, o teto dos juros no crédito consignado. A taxa para o cartão de crédito consignado também foi reduzida de 3,06% para 2,62%.

Em nota a Caixa informou que teve de suspender a linha porque o novo teto de juros é mais baixo que o cobrado pelo banco. Acrescentou que a possibilidade de retomar os empréstimos consignados a aposentados depende de estudos técnicos de viabilidade operacional e econômico-financeira, que estão sendo feitos para adaptar as concessões às novas normas do banco.

O Banco do Brasil informou que está fazendo estudos de viabilidade técnica sobre as novas condições do crédito consignado aos beneficiários do INSS e que, assim que tiver novidades, informará sobre a retomada das contratações.

Reação

Por meio das redes sociais, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, reagiu. Em postagem no Twitter, ele defendeu que o governo use os bancos públicos para manter a oferta de crédito consignado do INSS. Lupi postou uma nota de repúdio assinada por centrais sindicais que afirma que a suspensão prejudica principalmente os aposentados e pensionistas que necessitam de crédito para complementar a renda e atualmente não têm acesso a outros tipos de linhas.

“Diante dessa situação, as centrais sindicais cobram do governo a utilização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal para garantir as linhas de crédito para os aposentados e pensionistas que precisarem com as novas taxas em vigência”, escreveu Lupi. Ele também publicou um link de relatório do Banco Central (BC), segundo o qual os juros do consignado para o INSS variaram de 1,31% a 2,17% ao mês na semana entre 27 de fevereiro e 3 de março.

Média

Na quinta-feira (16), a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) divulgou nota, segundo a qual a redução do teto de juros comprometeria a oferta de crédito consignado e de cartão de crédito consignado a beneficiários do INSS.

De acordo com a entidade, a iniciativa pode distorcer preços de serviços financeiros, com os bancos tendo de aumentar juros de outras linhas de crédito para compensar o teto menor no consignado para o INSS.

“Iniciativas como essas geram distorções relevantes nos preços de produtos financeiros, produzindo efeitos contrários ao que se deseja, na medida em que tende a restringir a oferta de crédito mais barato, impactando na atividade econômica, especialmente no consumo”, informou a Febraban.

Segundo o relatório do Banco Central citado por Lupi, na semana de 27 de fevereiro a 3 de março, apenas quatro das 38 instituições financeiras que oferecem crédito consignado do INSS cobravam taxas abaixo de 1,7% ao mês: Sicoob (1,68%), Cetelem (1,65%), BRB (1,63%) e CCB Brasil (1,31%). Os juros mais altos ficaram com a financeira Zema (2,17%, acima do antigo teto de 2,14% ao mês) e Pan (2,14%).

Edição: Kleber Sampaio
Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil - Brasília

Homem é preso por furtar R$ 8,5 mil em produtos de supermercado

A 73ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) prendeu um homem por furtar cerca de R$ 8,5 mil em produtos de um supermercado de Juazeiro, região Norte do estado. Uma ordem de prisão preventiva foi expedida pela Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR).

A major Ivana Almeida, comandante da unidade, contou que as equipes foram informadas por funcionários do estabelecimento, localizado no bairro de Jardim Vitória, próximo ao Centro da cidade, que um trio estava furtando o mercado.

“Os três furtaram diversos produtos. Pegamos um deles em uma rua próxima ao supermercado”, contou a oficial.

Ainda de acordo com a militar, os suspeitos levaram 21 caixas de Nutella, 16 caixas de creme dental, 11 shampoos, nove desodorantes, nove lâminas de barbear, entre outros itens. O preso e os materiais foram apresentados na DRFR. O homem foi autuado por furto.
Fonte: Ascom / Ian Peterson

PM captura autor de furto a casa lotérica e recupera cerca de R$ 8 mil

Um homem que praticou três furtos contra estabelecimentos comerciais, entre eles uma Casa Lotérica, na cidade de Macaúbas, foi preso por equipes da 4ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM). Na ação realizada quinta-feira (16), foram apreendidos R$ 8,3 mil e 38 celulares.

Segundo o comandante da unidade, major Fabiano de Matos Lemos, câmeras ajudaram na localização do homem. “Após acesso às imagens, iniciamos as buscas. Ao avistar a viatura, o homem tentou fugir em direção ao seu esconderijo, em uma região de mata”, contou.

Depois de ser alcançado, ele mostrou o dinheiro e os outros materiais que estavam escondidos em um terreno. De acordo com o titular da cidade, delegado Clemilton Figueiredo Martins, o homem agia sempre à noite. “Ele foi autuado por furto qualificado”, disse.
Fonte: Ascom / Poliana Lima

PF prende mulher que pichou ‘perdeu, mané’ em estátua da Justiça

A Polícia Federal cumpre na manhã desta sexta (17) mandados de busca e apreensão e de prisão contra suspeitos de envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro.

Ao todo são cumpridos 32 mandados de prisão e 46 de busca e apreensão nos estados de Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Rondônia e Rio Grande do Sul, além do Distrito Federal.

Entre os alvos está a mulher flagrada pichando a estátua da Justiça em frente ao prédio do STF (Supremo Tribunal Federal). Ela foi presa no início da manhã.

Outro alvo é um invasor do STF que sentou na cadeira do ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações sobre atos antidemocráticos.

A PF nesta fase mira invasores e depredadores dos prédios dos três Poderes e organizadores de caravanas que foram para Brasília depredar os prédios públicos.

Nesta quinta (16), Moraes finalizou a análise de todos os pedidos de liberdade provisória feitos pelas defesas das pessoas presas por envolvimento nos ataques.

O ministro concedeu liber dade provisória para outros 129 denunciados, que poderão responder em liberdade mediante medidas cautelares, como tornozeleira eletrônica. Foram negadas liberdades provisórias a 294 pessoas.

Segundo o tribunal, permanecem presos os apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) contra os quais há suspeita de efetivamente terem depredado as sedes dos três Poderes, além dos que viraram alvo depois da Polícia Federal como possíveis envolvidos no financiamento dos ataques.

Fabio Serapião/Folhapress

Assembleia-relâmpago promovida pela APLB Sindicato decepciona professores

Grupo de docentes luta pelo cumprimento do piso salarial do magistério, reestruturação da carreira e pagamento dos juros e mora referentes às parcelas de 2023 e 2024 dos precatórios do FUNDEF
Professores reunidos na ALBA dias antes da Assembleia-Relâmpago da APLB na Praça Municipal
Cumprimento do piso salarial dos professores conforme a Lei nº 11.738/2008; reestruturação da carreira docente, com respeito à paridade e à isonomia com os aposentados; e inclusão dos juros e mora na regulamentação do pagamento das das parcelas de 2023 e 2024 dos precatórios do Fundo de Desenvolvimento da Educação Fundamental (Fundef). Estes são os focos do movimento “Unidade na luta”, organizado por um grande grupo de professores conduzido pela Associação Classista de Educação e Esporte da Bahia (ACEB). Em defesa da pauta de amplo interesse da categoria, a entidade tem reunido um bom número de profissionais da educação em visitas recorrentes aos deputados na Assembleia Legislativa do Estado da Bahia (ALBA). Além disso, no último dia 14, parte desses docentes participou de uma “assembleia-relâmpago” promovida pela APLB Sindicato que, segundo eles, não aprofundou os pontos de maior interesse da categoria.

“A última Assembleia foi em 2019. Quando, finalmente, a direção da entidade sindical se reúne com a categoria, faz isso de forma rápida e superficial, já que o encontro aconteceu no meio da rua (Praça Municipal), com carros passando, em um tempo muito curto (apenas 20 minutos), com baixa representatividade e sem a mínima condição de aprofundamento das negociações. Apesar do anúncio de que as propostas do sindicato já tinham sido aprovadas por unanimidade em todo o Estado, a verdade é que os professores estão muito aflitos com as incertezas sobre questões prioritárias que não estão sendo tratadas com a devida responsabilidade”, declarou a professora aposentada e presidente da Associação Classista de Educação e Esporte da Bahia (ACEB), Marinalva Nunes.

Desde 2008 e especialmente após a greve dos professores de 2012, quando foram criadas a tabela de subsídio e o quadro especial do magistério, professores ativos e aposentados sofrem desgastes oriundos da desestruturação da carreira. “É um grande absurdo que a entidade sindical que representa os interesses dos professores na Bahia aceite de bom grado que o piso salarial só seja aplicado a partir do mês de julho e ainda por cima apenas para uma carreira que começa no grau III, já que os profissionais classificados como I, IA, II e IIA foram expulsos da carreira ao serem alocados em um quadro especial. Precisamos incluir todos os professores nas conquistas da categoria, inclusive os aposentados”, destacou a acebiana, que também é segunda vice-presidente da Associação dos Funcionários Públicos do Estado da Bahia (AFPEB), diretora de organização da Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia (FETRAB) e secretária executiva adjunta de assuntos de educação e cultura da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB).

Até 2024, o Governo do Estado da Bahia pagará as duas parcelas em aberto dos precatórios do FUNDEF. A lista atualizada de beneficiários dos precatórios do Fundef foi publicada na edição do dia 3 de março do Diário Oficial do Estado. Em 2022, mais de R$ 1,1 bilhão foi destinado a 71.489 servidores e ex-servidores. O que a categoria questiona é o corte dos valores de juros e mora sobre o valor devido, fato que não se justifica, sobretudo pelo longo tempo que a categoria precisou esperar até que, finalmente, os precatórios começassem a ser pagos. A Bahia foi o único estado que descontou este valor dos profissionais da educação com direito a receber os precatórios.

“O que nos move é a unidade na luta da categoria pelo cumprimento da lei e pela real valorização dos professores, protagonistas da educação de qualidade que deve ser oferecida a cada estudante da nossa Bahia. Não podemos aceitar professores e professoras recebendo valores abaixo do piso nacional. A paridade salarial entre ativos e aposentados precisa ser estabelecida como prioridade. A disparidade é uma grande injustiça”, concluiu Marinalva.

Assessoria de Imprensa: Carla Santana (71) 99926-6898

Secretária de Educação foi sabatinada e aplaudida na Câmara Municipal de Ipiaú

Presidida pelo vereador Claudio Nascimento-PSD-, 1 º Secretário da Mesa Diretora, a Sessão Ordinária que a Câmara Municipal de Ipiaú, realizou na noite de ontem, quinta-feira, 16, teve como destaque a presença da secretária de Educação, Erlandia Souza. Ela foi convocada pelo vereador oposicionista Cleber Gadita-PDT- para prestar esclarecimentos a respeito de assuntos referentes à pasta, a exemplo do pagamento do reajuste do piso salarial do magistério e valores investidos na Jornada Pedagógica deste ano, além dos gastos com diárias em eventos fora do estado. Outros questionamentos foram formulados no decorrer da sabatina.
Com propriedade, segurança e conhecimento de causa, a secretária trouxe os devidos esclarecimentos, ao tempo em que apresentou ações desenvolvidas em favor da educação no município. Erlandia citou Paulo Freire, assim como teceu elogios à prefeita Maria das Graças pelo apoio que vem dando ao setor, inclusive agilizando a promoção das formações continuada que ampliam a qualificação dos profissionais e geram impactos positivos no desempenho dos estudantes. Em alguns momentos a fala da secretária foi entrecortada por aplausos da plateia que lotou o Salão do Plenário da Câmara. A maioria dos vereadores presentes, teceu elogios ao trabalho desenvolvida pela titular da pasta da Educação.
NO LUGAR DO PRESIDENTE

Na ausência do Presidente da Câmara, vereador Robson Moreira-PP- que tinha feito uma viagem a Salvador para tratar de assuntos voltados ao benefício de Ipiaú, a sessão deveria ser conduzida pelo vice-presidente Lucas Louzado-PSD-, mas este, após a abertura dos trabalhos e a leitura do “Pequeno Expediente”, achou por bem ceder o lugar para o 1º Secretário que exerceu a função com competência e imparcialidade. Por sugestão do vereador San de Paulista( Solidariedade) o plenário aprovou a suspensão da parte das “Considerações Finais”, para que houvesse tempo hábil durante a formulação das perguntas e respostas do assunto em destaque na pauta.
MOÇÃO DE APLAUSO

Além da secretária Erlandia Souza, a Tribuna Livre da Câmara foi ocupada pelo engenheiro Anderson Nonato dos Santos que explanou a respeito de um projeto de cursos de capacitação de operadores de máquina. Vale salientar que o vereador Claudio Nascimento fez um requerimento verbal solicitando do plenário a aprovação de uma Mocão de Aplausos à secretária de Educação, Erlandia Souza e à toda a sua equipe de coordenação pela realização da Jornada Pedagógica de Ipiaú que no seu entender “foi uma experiência bastante exitosa”.

PROJETOS DE LEI

No “Grande Expediente” foram lidos dois Projetos de Lei. O PL de Nº002/2023, do Poder Executivo que visa colocar o nome do ex-deputado Cleraldo Andrade no Mercado da Economia Criativa a ser implantado no espaço do antigo Mercado Municipal da Praça Salvador da Matta. Já o PL de Nº003/2023, da autoria do vereador Naciel Ramos, objetiva denominar de João Araújo, a praça que a Prefeitura vem construindo nas proximidades do Centro de Abastecimento de Ipiaú, na Avenida Getúlio Vargas.

PLANO DIRETOR

Dentre outros assuntos relevantes no “Pequeno Expediente”, foi lida uma indicação do vereador Robson Moreira no sentido que o Executivo Municipal reavalie o Plano Diretor Urbano, procedendo os devidos e necessários ajustes, de modo a redimensionar a área do perímetro urbano de lpiaú. Entre outros benefícios o redimensionamento e ampliação da área do perímetro urbano evitará a aflição dos moradores da localidade do “Passa com Jeito” que vem pressionado pelo DNIT a deixarem e demolirem suas residências.  

Matéria mais detalhada sobre este assunto será veiculada, brevemente por este site. ( José Américo Castro).

Com fim das negociações sobre federação, Mário Negromonte Júnior fica mais perto da presidência do PP na Bahia

Com as conversas encerradas sobre a criação de uma federação com o União Brasil, o PP da Bahia retoma as discussões sobre a mudança de comando no diretório estadual do partido, marcada para abril. Como já havia antecipado este Política Livre na segunda quinzena de dezembro de 2022 (clique aqui para ler), o deputado federal João Leão, atual presidente, aceitou deixar o cargo mediante um acordo que contemple os dois grupos internos da sigla: os que apoiam o governador Jerônimo Rodrigues (PT) e aqueles que preferem seguir no grupo liderado pelo ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União).

A tendência é que o sucessor de Leão, que está no comando da agremiação há nove anos, seja o deputado federal Mário Negromonte Júnior, nome que agrada as duas alas do PP baiano. Embora no terceiro mandato, trata-se de um político jovem e que simboliza a renovação, com bom trânsito tanto com a base de Jerônimo quanto com o grupo de ACM Neto e do prefeito Bruno Reis (União). Além disso, é filho de Mário Negromonte, que foi deputado federal e presidente da sigla na Bahia antes de Leão e até assumir uma cadeira como conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), em 2014, no segundo governo de Jaques Wagner (PT).

O outro candidato ao comando da legenda é o ex-deputado federal Ronaldo Carletto, que foi suplente do secretário de Governo da Prefeitura de Salvador, o pepista Cacá Leão, filho do atual presidente do partido, nas eleições para o Senado em 2022. Embora tenha bom trânsito com as principais lideranças da sigla, Carletto, pai do deputado federal Neto Carletto (PP), é visto como muito próximo ao PT, o que pesaria contra na disputa com Negromonte, pois a ideia é que tudo seja resolvido de forma consensual e sem concorrência interna, como tem sido nas decisões partidárias do PP no estado.

Segundo apurou este Política Livre, João Leão tem maioria no diretório estadual, que faz a escolha do novo presidente. Entretanto, aliado de ACM Neto, assim como Cacá, ele é minoria entre os políticos com mandato na legenda, que cobram a retomada da aliança com o PT na Bahia, posição que prevalece também entre os deputados federais e prefeitos da sigla. Por isso, a permanência no comando do PP foi inviabilizada.

O site já revelou que o acordo para acomodar as duas alas pepistas envolve entregar o comando do PP em Salvador a Cacá Leão – o partido tem seis vereadores na capital, todos filiados antes das eleições de 2022 – e, no âmbito estadual, se reaproximar do PT, o que será tarefa de Negromonte ou Carletto. A operação garantiria o apoio do PP à reeleição de Bruno Reis, enquanto a posição dos demais municípios seria analisada caso a caso. Além disso, permitiria que o partido ocupe mais espaço no governo do estado e até assento oficial no conselho político de Jerônimo.

Se ocorresse a federação, PP e União Brasil seriam obrigados a atuar como um único partido nacionalmente e regionalmente, inclusive nas eleições. O comando na Bahia ficaria sob a batuta de ACM Neto, o que não interessava aos pepistas governistas. Já havia rumores de que os seis deputados estaduais do PP poderiam até deixar a legenda. A insatisfação não era externada publicamente porque, no final das contas, as duas siglas se aliaram em 2022 e disputaram juntas as eleições na Bahia.

Política Livre

Plano Estratégico Ferroviário da Bahia é entregue ao PPI do Governo Federal

Presente em Brasília para participar do Fórum Nacional de Secretários Estaduais do Planejamento, o secretário baiano, Cláudio Peixoto, acompanhado pelo superintende de Planejamento Estratégico da Secretaria Estadual do Planejamento – Seplan, Ranieri Muricy, teve um encontro, na manhã desta quinta-feira (16), com o secretário especial do PPI – Programa de Parceria de Investimentos do Governo Federal, Marcus Cavalcanti, quando foi entregue o Plano Estratégico Ferroviário da Bahia.

Resultado de um estudo contratado junto à Fundação Dom Cabral, o Plano Ferroviário da Bahia é uma iniciativa conjunta realizada pela Seplan e a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral. O principal desafio apontado pelo plano, que foi tema de um evento promovido pela Federação das Indústrias da Bahia (FIEB), no último mês de fevereiro, é a necessidade de aumentar a competitividade do setor mineral baiano, o terceiro maior produtor de minérios do país, a partir da superação dos entraves existentes na logística de transporte.

Entre as propostas sinalizadas, destaque para a criação de novos ramais ferroviários e a implantação da carga geral, que permite a circulação de diversos tipos de mercadorias, a exemplo de produtos manufaturados, combustíveis, alimentos e bebidas processados e outros produtos com maior valor agregado. Além da necessidade de construção e reforma da malha ferroviária existente para que o estado siga o padrão utilizado em grande parte do país, facilitando o deslocamento das cargas entre ramais ferroviários distintos.

Para o secretário do Planejamento, Cláudio Peixoto, com a posse do presidente Lula e as chegadas do ministro Rui Costa na Casa Civil e do secretário Marcus Cavalcanti no PPI, a Bahia volta a ter relevância no cenário nacional. “Estamos atualizando os nossos instrumentos de planejamento de longo e médio prazo, que são o PDI – Plano de Desenvolvimento Integrado Bahia 2035 e o PPA – Plano Plurianual de Investimentos (2024-2027) e este alinhamento de pautas e projetos com o Governo Federal é fundamental, especialmente, na área da infraestrutura ferroviária e demais modais de transporte para o desenvolvimento da economia baiana, tornando-a mais competitiva e, portanto, atrativa para os investidores”.

Vencer o tráfico é ‘um grande desafio’, mas ações policiais já surtem efeito, diz secretário de Segurança

O secretário de Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, admitiu, em entrevista à rádio Salvador FM na noite desta quinta-feira (16), que vencer o tráfico de drogas é “um grande desafio”. Porém, segundo ele, as ações policiais já estão surtindo efeitos.

De acordo com Werner, o tráfico “cria uma sensação de insegurança entre os bairros”. “Mas já temos operações em andamento, já foram mais de 10 lideranças localizadas e neutralizadas por ações policiais”, declarou.

“Conseguimos realizar operações em locais que estavam em situações mais críticas, como Feira de Santana, Jequié, Santo Antônio de Jesus”, citou.

“Lógico que o trabalho de inteligência não resolve a questão de imediato, mas essas ações vão fazer com que a gente evite mais um ano liderando esse ranking”, complementou.
Mateus Soares

Lula teme acusação de estelionato eleitoral em debate sobre nova regra fiscal

A iminência do anúncio da nova regra fiscal proposta pelo governo reacendeu no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o temor de repetir erros de Dilma Rousseff (PT), que deu uma guinada na política econômica no início de seu segundo mandato na tentativa de promover um ajuste nas contas públicas e acabou perdendo apoio popular e político.

Segundo pessoas próximas, a preocupação do petista é ser acusado de estelionato eleitoral, após fazer uma campanha permeada por promessas de colocar o pobre no Orçamento e dar fim ao atual teto —regra que limita o avanço de gastos à inflação e, na avaliação do PT, limita despesas com obras e políticas sociais.

A retomada dos investimentos é considerada a espinha dorsal da plataforma política de Lula em seu terceiro mandato.

O presidente ainda vai discutir os detalhes da regra com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), nesta sexta-feira (17), mas algumas sinalizações já dadas pela equipe econômica vão justamente na direção de manter algum controle sobre o crescimento dos gastos, ainda que mais flexível do que o teto.

Por isso, assessores palacianos apostam em mudanças no texto que venha a ser apresentado por Haddad, caso seja confirmada a tendência de contenção de despesas, com possível repercussão sobre investimentos em obras e programas sociais.

Nesse caso, a proposta sofreria alterações no Palácio do Planalto. Esse temor é apontado como uma das justificativas para a discrição que cerca o debate sobre a nova regra fiscal.

Até a noite desta quinta-feira (16), a minuta não tinha chegado à Casa Civil nem à Secretaria de Relações Institucionais, encarregadas do envio do texto e de sua articulação no Congresso Nacional.

A expectativa é que os titulares dessas pastas, Rui Costa e Alexandre Padilha, respectivamente, só tenham acesso à proposta nesta sexta.

Segundo aliados, Lula tem desencorajado açodamento para apresentação da proposta, recomendando cautela na discussão.

Os relatos são de que o presidente tem muito medo de repetir o que são considerados erros de Dilma, que acabou sofrendo um impeachment em 2016. Colaboradores do presidente contam que não é raro Lula orientar em sentido distinto quando informado de alguma prática adotada nos governos da petista.

Ele teria proposto que o ministro Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social) fosse mais criativo ao ouvir dele a sugestão para que o futuro programa de obras fosse batizado de “novo PAC”.

Em 2015, após reeleita, a ex-presidente nomeou para o comando do Ministério da Fazenda o economista Joaquim Levy, de viés liberal e com apelido de “mãos de tesoura” (em referência a corte de gastos).

A escolha de Levy se deu num contexto em que Dilma era pressionada pela forte deterioração das finanças públicas, pelo escândalo das pedaladas fiscais e pela contabilidade criativa adotada em seu primeiro mandato para maquiar a situação das contas do país.

Levy permaneceu no cargo por 11 meses, período em que travou e perdeu uma série de embates na tentativa de rever benefícios e desonerações e resgatar a credibilidade fiscal.

No mesmo intervalo, a aprovação do governo Dilma começou a derreter. Em dezembro de 2015, 65% dos brasileiros consideravam seu governo ruim ou péssimo, segundo pesquisa Datafolha da época.

Após uma eleição acirrada, Lula teme trilhar caminho semelhante, caso a proposta de Haddad represente um ajuste significativo nas despesas do governo nos próximos anos. Por isso, o presidente tem evitado se pronunciar sobre a proposta e, assim, se comprometer com apoio integral ao texto da Fazenda.

Por outro lado, há também o cuidado de não desacreditar Haddad, que há quase três meses trabalha na proposta de nova regra fiscal e aposta em sua aprovação para obter a confiança do mercado financeiro de que as contas do país são sustentáveis.

O ministro já sofreu uma derrota logo no início do ano, quando precisou prorrogar a desoneração de tributos federais sobre o diesel até o fim de 2023 e sobre a gasolina até 28 de fevereiro deste ano.

Há pouco mais de duas semanas, Haddad precisou superar críticas até mesmo da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, para conseguir convencer Lula a retomar a cobrança de tributos sobre combustíveis, ainda que parcialmente, para ajudar na recomposição da arrecadação federal e não comprometer os planos de ajuste do ministro.

Nas discussões da nova regra fiscal, Haddad tem adotado cautela extrema. No Ministério da Fazenda, apenas o ministro e alguns de seus principais secretários participam das discussões, de forma que os detalhes da proposta permanecem em sigilo até mesmo para demais membros da pasta.

Nos últimos dias, os princípios do projeto foram apresentados, em reuniões também restritas, ao Banco Central, à ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), e ao vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Segundo relatos, o pano de fundo da cautela de Haddad é o receio de que a proposta se torne alvo de fogo amigo do próprio PT, a exemplo do que ocorreu na discussão em torno da tributação dos combustíveis, contribuindo para a desidratação da regra.

Um eventual vazamento da proposta da Fazenda também poderia evidenciar uma nova derrota de Haddad, caso algum dos dispositivos seja rejeitado pelo Palácio do Planalto, diante da expectativa por mudanças.

A equipe econômica vê como fundamental convencer Lula de que o novo conjunto de regras fiscais é necessário e terá efeitos positivos para o país. Daí a intenção de Haddad de apresentar a Lula a proposta em sua integralidade, sem que tenha passado pelas mãos de seus colegas de ministério.

Uma vez alcançado esse objetivo, eventuais divergências internas e também com integrantes do partido teriam mais chances de serem contidas.

A definição do novo arcabouço fiscal é considerada pela Fazenda como importante para abrir caminho à redução da taxa de juros pelo Banco Central, como quer Lula. A autoridade monetária tem apontado o risco fiscal como um fator de impulso às projeções de inflação e, consequentemente, uma razão para manter a Selic no patamar atual de 13,75% ao ano.

Haddad inclusive almejava apresentar o desenho final da proposta de regra fiscal antes da próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que ocorrerá na terça (21) e quarta-feira (22), em busca de emitir uma sinalização consistente ao BC do compromisso com a sustentabilidade das contas.

No entanto, ainda não há certeza sobre a possibilidade de cumprir esse calendário.

Além da expectativa de mudanças, o tema tem sido tratado dentro do governo em ritmos distintos. Enquanto a equipe de Haddad vê maior urgência no envio da proposta, o Planalto prega cautela na análise do texto.

Na avaliação de interlocutores desse segundo grupo, a própria retomada da tributação sobre combustíveis e a sinalização de que há discussão da nova regra fiscal já seriam sinalizações suficientes para o mercado e para o Banco Central neste momento.

A PEC (proposta de emenda à Constituição) que ampliou gastos estipulou prazo até 31 de agosto de 2023 para o envio do projeto de lei complementar que estabelece a nova regra fiscal, mas Haddad prometeu apresentá-la neste mês.

Catia Seabra e Idiana Tomazelli/Folhapress

Deputados estaduais do PP ressaltam apoio a Jerônimo um dia após naufragar federação com o União Brasil

Os parlamentares da bancada estadual do PP já esperavam que a proposta da criação de uma federação entre o partido e o União Brasil não avançasse neste momento. Embora nenhum dos seis deputados da sigla na Assembleia Legislativa tenha criticado abertamente a possibilidade da aliança, eles torciam para que as coisas ficassem como estão em função do apoio dado ao governo Jerônimo Rodrigues (PP) – já a legenda comandada na Bahia pelo ex-prefeito de Salvador ACM Neto faz oposição.

Nesta quinta-feira (16), um dia após o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, informar que as negociações com o União Brasil estavam encerradas, o líder pepista na Assembleia, deputado Niltinho, disse a este Política Livre que as dificuldades para a conclusão das conversas eram grandes. Além disso, ele frisou que, mesmo se a federação fosse oficializada, não haveria mudança de postura dos parlamentares do PP no Legislativo estadual.

“É muito difícil você fazer uma federação ou fusão com dois partidos grandes, embora essa seja a tendência para a eleição daqui a quatro anos. Acredito que teremos cada vez mais menos partidos. Mas essa aliança fica mais fácil entre legendas menores. Quando se trata de dois gigantes, há muitos interesses em jogo em todos os estados. Sempre achei que era muito improvável que as negociações avançassem neste momento”, declarou Niltinho.

“Nós temos um compromisso com o governo Jerônimo e com o ministro Rui Costa (PT), da Casa Civil. Mesmo que saísse a federação, a bancada estadual do PP não mudaria de posição em relação ao apoio (ao Executivo estadual)”, acrescentou. Além dos deputados estaduais pepistas, a maioria dos prefeitos do partido também desejam caminhar na base de Jerônimo, o que inclui muitos que apoiaram ACM Neto em 2022.

Apenas a ala comandada pelo deputado federal João Leão, presidente do PP na Bahia, que tem ainda o secretário de Governo da Prefeitura de Salvador, Cacá Leão, filho do parlamentar, desejam continuar no grupo do ex-prefeito da capital, que articulou pela criação da federação e seria o líder estadual da aliança, como admitiu o deputado federal pepista Cláudio Cajado na semana passada.

Outro representante do PP na Assembleia Legislativa, o deputado Nelson Leal compartilhou da mesma opinião de Niltinho. “O nosso partido já tinha tomado a decisão de reintegrar a base do governo. Isso ficou claro na votação para a escolha da ex-primeira-dama Aline Peixoto ao TCM (Tribunal de Contas dos Municípios). Vamos estar juntos nas demais votações”, afirmou a este Política Livre.

Nesta quinta-feira (16), o líder do União Brasil na Assembleia, deputado Marcinho Oliveira, garantiu que as conversas com o PP não estão definitivamente encerradas. Para ele, os entraves ainda podem ser superados. Ele disse ainda que na Bahia não há obstáculos para a aliança.

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