Apoiador de Lula mata bolsonarista em discussão política em MT, diz polícia
Valter Fernando da Silva, morto após discussão na cidade de Jaciara (MT) |
O suspeito do crime, identificado como Edno de Abadia Borges, fugiu e continua sendo procurado pela Polícia Militar de Mato Grosso. Até esta segunda (20), nenhum advogado havia se apresentado à polícia para sua defesa.
Borges e a vítima, Valter Fernando da Silva, 36, estavam em um bar do distrito de Celma, zona rural do município. De acordo com as investigações das polícias Civil e Militar, testemunhas relataram que os dois estavam bebendo e iniciaram uma discussão por motivos políticos —Borges defendia Lula e Silva, Bolsonaro.
O dono do bar disse que ouviu os disparos após a discussão e correu ao local, mas já encontrou Silva no chão.
Quando a polícia chegou ao local, o bolsonarista já estava morto. Durante as buscas, o carro do suspeito foi encontrado a 10 quilômetros do local do crime.
O caso não será enquadrado em crime político, segundo o delegado José Ramon Leite. “Não tem como classificar o crime como político porque até onde apuramos não há motivação desse tipo. O que houve foi um crime qualificado por motivo fútil, que foi a divergência política ou ideológica”, afirmou.
Segundo o delegado, um pedido de prisão contra Borges será feito ainda nesta segunda. “Nós abrimos o inquérito e estamos terminando as diligências. Já identificamos o autor dos disparos, estamos ouvindo testemunhas e devemos pedir a sua prisão ainda hoje, caso não seja feito o flagrante”, completou.
O local do crime e o carro localizado já passaram por perícia.
Esse é o segundo crime desse tipo no estado com grande repercussão. No ano passado, em Confresa (a 1.160 km de Cuiabá), um homem apoiador de Bolsonaro assassinou outro que defendia Lula a facadas. De acordo com a polícia, o autor tentou decapitar a vítima e, após o crime, ainda filmou o corpo.
Pablo Rodrigo/Folhapress
Montadoras de veículos param fábricas por queda nas vendas e dão férias coletivas
Após dois anos de paradas forçadas por escassez de componentes, principalmente de chips, as fabricantes brasileiras de veículos voltam a interromper a produção, mas, desta vez, também por falta de consumidores. A desaceleração da atividade econômica, inflação alta e juros elevados estão frustrando as expectativas do setor e levando empresas a ajustarem os planos de produção.
A partir de hoje, pelo menos três grandes companhias, General Motors, Hyundai e Stellantis (dona das marcas Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën) vão suspender linhas de produção e dar férias coletivas aos funcionários. O quadro de desaquecimento de vendas pode se prolongar até 2024, na visão de economistas do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, e novas paradas de fabricas devem ocorrer.
Nesta segunda-feira, 20, a Hyundai concede férias coletivas de três semanas para os trabalhadores dos três turnos da unidade que produz os modelos HB20 e Creta em Piracicaba (SP). Na quarta-feira, 22, a Stellantis dispensa por 20 dias os funcionários do segundo turno da fábrica da Jeep em Goiana (PE) e, uma semana depois, os operários do primeiro e do terceiro turnos, por dez dias, período em que toda a produção dos SUVs Renegade, Compass, Commander e da picape Fiat Toro estará paralisada.
A General Motors também suspenderá a produção da picape S10 e do SUV Trailblazer na planta de São José dos Campos (SP) de 27 de março a 13 de abril. No fim de fevereiro, a fábrica que produz os modelos das marcas francesas Peugeot e Citroën, também do grupo Stellantis, encerrou o segundo turno de trabalho em Porto Real (RJ) e antecipou a dispensa de 140 funcionários com contratos temporários.
Ainda faltam semicondutores
As montadoras afirmam que o motivo das medidas é a queda da demanda e a consequente necessidade de adequar os níveis de produção. No caso das duas marcas francesas, o impacto é maior nas exportações. “Ao contrário do último biênio, em que a oferta era a principal fonte de desafios da indústria automobilística, a demanda deve ser o fator-chave para o cenário de 2023-2024″, assinala o Depec, em relatório assinado pelo economistas Renan Bassoli Diniz e Myriã Bast.
Em 2019, as vendas de veículos no Brasil foram de 2,787 milhões de unidades – patamar já considerado baixo. No ano passado, esse número caiu para 2,104 milhões de unidades, ou 24,5% menos.
O setor já vinha de um desgaste forte, com a falta de semicondutores para a produção que levou a uma perda de 630 mil veículos que deixaram de ser produzidos nos últimos dois anos. O problema é bem menor no momento, embora ainda persista. A Volkswagen vai suspender toda a produção na planta de Taubaté (SP) por dez dias também a partir do dia 27. Entre fim de fevereiro e início deste mês a marca já tinha paralisado as linhas das outras três unidades no País alegando falta de componentes.
A melhora no fornecimento global de componentes, especialmente de semicondutores, ajudou as fabricantes de veículos a recomporem os estoques. No auge da pandemia os estoques caíram para volumes próximos a dez dias de vendas, e alguns automóveis chegaram a ter fila de espera de até seis meses.
No fim de fevereiro havia 187,4 mil carros nos pátios das montadoras e das concessionárias, suficientes para 40 dias de vendas, acima da média normal que é de 30 35 dias. Os preços dos carros usados, que haviam apresentado alta valorização no período de escassez dos novos, pararam de subir e até promoções nas vendas dos zero quilômetro, que estavam raras nos últimos meses, estão de volta.
Diante desse cenário, as paradas que estão ocorrendo nas fábricas visam segurar a produção para evitar um grande acúmulo de estoques, algo que pressionaria para baixo os preços dos automóveis. “Não há outra alternativa para as empresas, pois se não readequarem a produção para a nova realidade vão perder muito dinheiro”, avalia Fernando Trujillo, consultor da S&P Global Brasil.
Em sua opinião, o problema de demanda já vinha ocorrendo, mas no ano passado foi, de certa forma, “maquiado” pela falta de chips. O crescimento de vendas previsto para este ano, na casa dos 4% nas contas da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) é pequeno e muitas montadoras continuarão fazendo ajustes. “No ano passado não teve essa necessidade porque houve muitas paralisações por causa da falta de semicondutores”, diz Trujillo.
A previsão do setor era de que boa parte dos mais de 600 mil carros que deixaram de ser produzidos nos últimos dois anos por falta de peças seria vendida neste ano. “Isso não deve ocorrer diante da perda do poder de compra do consumidor, inflação e juros altos, restrição dos bancos na liberação de crédito por causa da inadimplência e indefinições de políticas econômicas por parte do novo governo.”
Estudo recém-concluído pela S&P Global mostra que a indústria automotiva brasileira opera com quase 40% de ociosidade. A capacidade produtiva do setor é de 3,6 milhões de veículos ao ano com a maioria das fábricas operando em dois turnos. Se fosse em três turnos, seria de 4,3 milhões de unidades.
“Além de ajustes com férias coletivas, como já está acontecendo, é possível que ocorram demissões”, prevê Trujillo.
No início do mês, quando avisou o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos sobre as férias coletivas, a General Motors demitiu cerca de 40 funcionários, segundo Renato Almeida, secretário-geral da entidade.
“A empresa informou que 7 mil pedidos de carros foram cancelados e, por isso, precisaria reorganizar a produção”, diz Almeida. O processo foi suspenso após os funcionários ameaçarem greve e foi agendada uma reunião de negociações para 19 de abril. A abertura de um Programa de Demissão Voluntária (PDV) pode ser uma das alternativas, diz ele.
Várias empresas aproveitaram o fim de semana para realizar promoções e baixar estoques. As revendas Fiat ofereceram descontos de até R$ 30 mil, juro zero e tanque cheio (de diesel) por um ano – neste último caso para a picape Toro. A rede Hyundai ofereceu seguro gratuito e condições especiais para troca de usados por novos. Já as 42 lojas da Hyundai/Caoa deram bônus de até R$ 4 mil e juros menores.
Cleide Silva e Eduardo Laguna/Estadão
Veja a lista completa de empresários do agro que vão à China na comitiva de Lula
O empresário Joesley Batista, dono da J&F |
A relação inclui nomes dos setores de produção de carne bovina, aves, suínos, celulose, algodão, insumos e outros. Além de Joesley e Wesley Batista, da JBS, a indústria frigorífica enviará executivos de empresas como Minerva, Marfrig, BRF e Aurora.
Do setor de celulose, irão diretores da Suzano e da Paper Excellence. A relação inclui também Carlos Alberto de Oliveira Andrade Filho, do grupo Caoa, que fez uma parceria com a montadora chinesa Chery. Veja mais abaixo a lista completa.
Os empresários devem embarcar nesta segunda (20), em voos com horários próximos. Os custos de viagem e hospedagem serão pagos pelos empresários, segundo o Ministério da Agricultura. O papel da pasta e do governo, de acordo com assessores, é o de facilitar encontros e negócios que os executivos vão ter com chineses.
Além dos executivos do agro, pelo menos mais 50 industriais vão à China. Integram a lista empresas como Embraer, a Vale e alguns bancos. Este grupo também deve ir no início desta semana.
Já Lula tem embarque previsto para a sexta-feira (24) rumo ao país asiático. Na próxima terça-feira (28), o presidente terá uma série de reuniões políticas bilaterais com os chineses. Na quarta-feira (29), haverá agenda com a participação dos cerca de 200 empresários que vão ao país e Lula. O presidente retornará ao Brasil na quinta (30).
LISTA DE INTEGRANTES DA COMITIVA EMPRESARIAL
Setor de carne bovina
1. Antônio Jorge Camardelli – Abiec
2. Cínthia Torres – Diretora técnica – Abie
3. Wesley Mendonça Batista – J&F JBS
4. Joesley Mendonça Batista – J&F/JBS
5. Gilberto Tomazoni – CEO Global JBS
6. Carlos Alberto Macedo Cidade – Diretor Relações Inst. JBS
7. Marcio Soares Rodrigues – Gerente JBS
8. Pedro Felippe Castellain Barbosa de Castro – Diretor Exp. Ásia JBS
9. Renato Mauro Menezes Costa – Friboi
10. Marcela de Souza Afonso Rocha – Diretora JBS
11. Lincoln Bueno – Presidente da Mercúrio Alimentos
12. Paulo Sérgio Mustefaga – Abrafrigo
13. José João Batista Stival Júnior – Abrafrigo
14. Lincoln Lafaiete – Abrafrigo
15. Marcos Antonio Pompei – Abrafrigo
16. Rogerio Jose Bonato – Abrafrigo
17. João Gonçalves Silva Júnior – Frigon
18. Ivon da Silva Jr – Frigorífico Silva
19. Daniela da Silva – Frigorífico Silva
20. Adilton Bittencourt – Boa Carne
21. Rafaella Bittencourt – Boa Carne
22. Murilo Leite – Frisacre
23. Maria Carolina Rebollo Machado Leite – Frisacre
24. Fabio Ricardo Leite – Frisacre
25. Marcos Paulo Parente Araujo – Frisacre
26. Maíra Santiago Pires Parente – Frisacre
27. Luana da Silva Machado – Frisacre
28. João de Almeida Sampaio Filho – Vice Presidente Minerva
29. Marcio Rodrigues – Masterboi
30. José Eduardo de Oliveira Miron – Frigol
31. Sandro Silva de Oliveira Júnior – Supremo
32. Alisson Navarro – Diretor Comercial – Marfrig
33. Magno Alexandre Gaia – Ramax
34. Márcio André Scarlassara – Frigorífico Tavares FTS
35. Jeremias Silva Junior – Frigorífico Astra
36. Diana Miniello Silva – Frigorífico Astra
37. Bruno Candia Nunes da Cunha – Frigorífico Astra
38. Guilherme Meneghelli Oranges – Barra Mansa
39. Fabiano Furlan – Prima Foods
40. Diego Riva Magnabosco – Frigosul
41. Maurício Reis Lima – Friesp
42. Marcos Barbieri Coutinha – Frisa
43. Francisco Willian Delfino Fortunato – Beauvallet
Carne suína e de aves
44. Ricardo Santin – Presidente da ABPA
45. Luis Rua – Diretor de Mercados ABPA
46. Linda Chen – Representante ABPA na Ásia
47. Marcos Antonio Molina dos Santos – Presidente do Conselho BRF
48. Márcia Aparecida Pascoal Marçal dos Santos – Conselheira BRF
49. Rogério Moraes – Diretor Asia BRF
50. Bruno Machado Ferla – Vice Presidente Jurídico e RI BRF
51. Johnny Hiroki Fujihara – Gerente Asia Aurora
52. Cláudio Almeida Faria Rio Branco Alimentos Pif Paf
53. José Roberto Gonçalves – Diretor de Qualidade BRF
54. Etivaldo Vadão Gomes Frigoestrela
55. Etivaldo Gomes Filho – Frigoestrela
56. Eduardo Gomes Caluz da Silva – Frigoestrela
57. Paulo Baub – Frigoestrela
58. José Roberto Goulart – Alibem
59. Gilberto Felipe de Souza Junior – Coasul
60. Olavo de Oliveira Lucena – Somave
61. Carlos Eduardo Geminiano – Somave
62. Hugo Leonardo Bongiorno – Avenorte
63. Schyene Ritter dos Santos Maia – Avenorte
64. Cristiano Farina Paludo – Bello Alimentos
Algodão
65. Alexandre Pedro Schenkel – Presidente Abrapa
66. Edson Mizoguchi – Coordenador Programa de Qualidade Abrapa
67. Marcelo Duarte – Diretor de relações Internacionais Abrapa
68. Jones Yasuda – Assessor Técnico Abrapa
69. Thomas Paul Reinhart- Assessor Comercial Abrapa
Insumos
70. Juan Henrique Mena Acosta – Associação Bioinsumos
71. João Bello Neto – Nortox
72. Barbara Tamara Mendes Lodi – Ourofino
73. Geraldo Ubirajara Berger – Bayer
74. Daniel Bernardes Fereira Rossi – Hubio Agro
Celulose
75. Pablo Gimenez Machado – Diretor Executivo Ásia Suzano Celulose
76. Amaury Pekelman – Diretor Relações Inst. Paper Excellence
77. Claudio Laert Cotrim Passos – presidente da Paper Excellence
78. Marcelo Kim Yuen Pan – Diretor Jurídico Paper Excellence
Óleos vegetais – soja
79. André Meloni Nassar – Abiove
Arroz
80. Andressa Silva – Abiarroz
Reciclagem animal
81. Decio Coutinho – Presidente da ABRA
Multisetoriais
82. Sueme Mori – CNA
83. João José Pietro Flávio – OCB
84. Nelson Catarino Croda Machado Aprosmat
85. Kleverson Scheffer – Maggi
86. Julio Fortini – Ecoplan
87. Carlos Alberto de Oliveira Andrade Filho – Representante CAOA
88. Fábio Phelipe Garcia Pagnozzi – Instituto Brics
89. Pedro Paulo Pagnozzi – Instituto Brics
90. Mario Pagnozzi – Instituto Brics
91. Fabrício Patriani – Instituto Brics
92. Lijun Lei – Instituto Brics
93. Itamar Antônio Canossa – Presidente Forum Agro mato-grossense
94. Ivanilse Tofoli Canossa – Forum Agro mato-grossense
95. Fernando Costa – Universidade Brasil
96. Marcelo Peres – Universidade Brasil
97. Stephano Costa – Universidade Brasil
98. Tarcisio Sachetti – Agro Investments Sachetti
99. Alexandre Ferreira Lopes – MECH – centro estudos mercado chinês
100. Ricardo Gracia – MECH centro estudos mercado chinês
101. João Marcelo Costa Fernandez Conde – Afrinvest
102. Dereck Favero Birchall – Afrinvest
Folhapress
Viagem de Lula à China terá saia justa de empresários em litígio de R$ 15 bilhões
A viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China tem em sua comitiva representantes de duas empresas que protagonizam um dos maiores litígios recentes da Justiça brasileira, a J&F e a Paper Excellence.
A primeira é uma holding que controla a JBS, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, que estarão na excursão. A segunda, uma fabricante indonésia de celulose, será representada por três pessoas: Claudio Cotrim, presidente, Amaury Pekelman, diretor de relações institucionais, e Marcelo Kim Yuen Pan, diretor jurídico.
As empresas brigam pelo controle acionário da Eldorado Brasil, braço de papel e celulose da J&F. Em 2017, a empresa foi colocada à venda. A Paper Excellence compraria 100% da companhia, mas os lados se desentenderam no processo e a negociação foi interrompida. A briga envolve R$ 15 bilhões.
Em entrevista à Folha em 2019, Claudio Cotrim acusou a família Batista de ter solicitado R$ 6 bilhões a mais do que teria direito em contrato para finalizar o negócio. A controladora da JBS iniciou dois processos, um cível e um criminal, contra Cotrim pelas afirmações feitas na entrevista à Folha.
Como os custos de viagem e hospedagem serão pagos pelos empresários, segundo o Ministério da Agricultura, eles não irão no mesmo voo. No entanto, vão se encontrar em eventos realizados para representantes dos dois países.
Guilherme Seto, Folhapress
Professores da Bahia exigem pagamento dos juros e mora referentes às parcelas de 2023 e 2024 dos precatórios do FUNDEF
Docentes também lutam pelo cumprimento do piso salarial do magistério e reestruturação da carreira, com paridade entre ativos e aposentados
Cumprimento do piso salarial dos professores conforme a Lei nº 11.738/2008; reestruturação da carreira docente, com respeito à paridade e à isonomia com os aposentados; e inclusão dos juros e mora na regulamentação do pagamento das das parcelas de 2023 e 2024 dos precatórios do Fundo de Desenvolvimento da Educação Fundamental (Fundef). Estes são os focos do movimento “Unidade na luta”, organizado por um grande grupo de professores conduzido pela Associação Classista de Educação e Esporte da Bahia (ACEB). Em defesa da pauta de amplo interesse da categoria, a entidade tem reunido um bom número de profissionais da educação em visitas recorrentes aos deputados na Assembleia Legislativa do Estado da Bahia (ALBA). Além disso, no último dia 14, parte desses docentes participou de uma “assembleia-relâmpago” promovida pela APLB Sindicato que, segundo eles, não aprofundou os pontos de maior interesse da categoria.
“A última Assembleia foi em 2019. Quando, finalmente, a direção da entidade sindical se reúne com a categoria, faz isso de forma rápida e superficial, já que o encontro aconteceu no meio da rua (Praça Municipal), com carros passando, em um tempo muito curto (apenas 20 minutos), com baixa representatividade e sem a mínima condição de aprofundamento das negociações. Apesar do anúncio de que as propostas do sindicato já tinham sido aprovadas por unanimidade em todo o Estado, a verdade é que os professores estão muito aflitos com as incertezas sobre questões prioritárias que não estão sendo tratadas com a devida responsabilidade”, declarou a professora aposentada e presidente da Associação Classista de Educação e Esporte da Bahia (ACEB), Marinalva Nunes.
Desde 2008 e especialmente após a greve dos professores de 2012, quando foram criadas a tabela de subsídio e o quadro especial do magistério, professores ativos e aposentados sofrem desgastes oriundos da desestruturação da carreira. “É um grande absurdo que a entidade sindical que representa os interesses dos professores na Bahia aceite de bom grado que o piso salarial só seja aplicado a partir do mês de julho e ainda por cima apenas para uma carreira que começa no grau III, já que os profissionais classificados como I, IA, II e IIA foram expulsos da carreira ao serem alocados em um quadro especial. Precisamos incluir todos os professores nas conquistas da categoria, inclusive os aposentados”, destacou a acebiana, que também é segunda vice-presidente da Associação dos Funcionários Públicos do Estado da Bahia (AFPEB), diretora de organização da Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia (FETRAB) e secretária executiva adjunta de assuntos de educação e cultura da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB).
Até 2024, o Governo do Estado da Bahia pagará as duas parcelas em aberto dos precatórios do FUNDEF. A lista atualizada de beneficiários dos precatórios do Fundef foi publicada na edição do dia 3 de março do Diário Oficial do Estado. Em 2022, mais de R$ 1,1 bilhão foi destinado a 71.489 servidores e ex-servidores. O que a categoria questiona é o corte dos valores de juros e mora sobre o valor devido, fato que não se justifica, sobretudo pelo longo tempo que a categoria precisou esperar até que, finalmente, os precatórios começassem a ser pagos. A Bahia foi o único estado que descontou este valor dos profissionais da educação com direito a receber os precatórios.
“O que nos move é a unidade na luta da categoria pelo cumprimento da lei e pela real valorização dos professores, protagonistas da educação de qualidade que deve ser oferecida a cada estudante da nossa Bahia. Não podemos aceitar professores e professoras recebendo valores abaixo do piso nacional. A paridade salarial entre ativos e aposentados precisa ser estabelecida como prioridade. A disparidade é uma grande injustiça”, concluiu Marinalva.
Assessoria de Imprensa: Carla Santana (71) 99926-6898
Quase metade dos brasileiros veem ameaça comunista em governo Lula, diz Ipec
Para 44% dos brasileiros, o Brasil corre o risco de “virar um país comunista” sob o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É o que aponta pesquisa Ipec divulgada neste domingo, 19, pelo jornal O Globo. De acordo com o levantamento, 33% concordam totalmente com a afirmação de que um novo regime poderia ser implantado no País, e 13% concordam parcialmente com a tese . Discordam total ou parcialmente da ideia 48% dos entrevistados.
A ‘ameaça comunista’ foi um tema explorado durante a eleição de 2022 pelo então presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, derrotado nas urnas. A afirmação ganha força entre os entrevistados que avaliam mal o início do governo petista: 81% dos que afirmam que a gestão Lula é “ruim ou péssima” concordam com o risco de comunismo. Já 71% dos que consideram o governo Lula “bom ou ótimo” rejeitam a afirmação.
Terceira via
Também de acordo com a pesquisa, 57% da população afirmou que gostaria que o Brasil tivesse uma terceira via para evitar a polarização política no País. Nesse caso, a divisão por gênero se equipara: 56% dos homens defendem um nome alternativo a Lula e Bolsonaro, assim como 57% mulheres. A possibilidade de uma terceira via para reter a polarização ganha espaço em três faixas etárias: 16 a 24 (59%), 25 a 34 (61%) e 35 a 44 (59%).
8 de janeiro
A pesquisa também questionou os entrevistados sobre os atos golpistas do dia 8 de janeiro promovidos pelos apoiadores de Jair Bolsonaro. Para 51% dos entrevistados, o ex-presidente não tem culpa pelo episódio que ocorreu em Brasília. Outros 22% acreditam que o ex-mandatário deve ser julgado e perder o direito de ser candidato no futuro. Para 19%, Bolsonaro deve ser julgado e preso. Aqueles que não souberam responder ficou em 8%.
A pesquisa Ipec realizou entrevistas presenciais com 2 mil pessoas de 16 anos ou mais em 128 municípios do País entre os dias 2 e 6 de março. A margem de erro máxima estimada é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
Estadão Conteúdo
Presidente da Câmara indica necessidade de ampliação do perímetro urbano de Ipiaú
Na sessão ordinária que a Câmara Municipal de Ipiaú realizou na noite da última quinta-feira, 16, foi lida uma “Indicação “ do vereador Robson Moreira-PP-, ao Poder Executivo, no sentido de que reavalie o Plano Diretor Urbano, procedendo os devidos e necessários ajustes, de modo a redimensionar a área do perímetro urbano do município.
Dentre outras justificativas, a Indicação N.º 08/2023 se justifica na necessidade de garantir mais segurança habitacional aos moradores do povoado do “Passa com Jeito”, e da Rua da Cascalheira que fica próxima à fábrica da Doce Mel, na saída para Jitaúna, que vem sendo notificados, pelo Departamento Nacional de Transito(Denit) a deixarem suas residências sob o argumento de que estas estão fora do perímetro urbano e na faixa de servidão da rodovia.
Em matéria veiculada no último dia 13, pelo site Ipiaú Online consta que recentemente a comunidade do Passa com Jeito foi surpreendida com o recebimento de uma carta precatória, entregue por um Oficial da Justiça, dando ciência de que o DENIT impetrou ação de reintegração de posse das áreas ocupadas e pede a uma Juíza Federal que autorize a derrubada das casas, sendo que o custo da demolição fique a cargo dos próprios moradores, além de estipular multa diária de R$ 5 mil, em caso da não desocupação.
PRAZO
A juíza estabeleceu um prazo de 15 dias para que os moradores apresentem suas defesas. Essas comunidades são constituídas, em maioria, por pessoas carentes, as quais estão estabelecidas no mencionados locais há mais de 40 anos. A remarcação da área urbana, bem como a reavaliação decenal do Plano Diretor do município é mais urgente, se deve fazer em caráter de urgentíssima necessidade, vez que ordenará de forma decisiva a vida daqueles moradores.
Na Indicação ao Poder Executivo, o vereador Robson Moreira, lembra que a Lei Municipal nº. 1.815 de 2005, instituiu o Plano Diretor, ou seja, isto há mais de 18 anos, entretanto, ao longo desse tempo, o Poder Executivo Municipal não efetuou qualquer redefinição ou remarcação da área concernente ao perímetro urbano do município, procedimento que deve ser refeito, revisto e reavaliado pelo menos a cada 10 anos, como recomenda a boa técnica urbanística.
“ É sabido que o processo de expansão urbana acontece a cada instante na vida dos municípios, em decorrência do próprio estímulo e provocação dos seus moradores, que motivados pela condição humana de ser, almejam diuturnamente a melhoria de qualidade de vida. Isto significa dizer, que expansão urbana é algo que nasce pelo próprio instituto natural do ser humano. Assim foi no passado, é o que vivemos no presente, e será sempre assim no futuro”, explicou o vereador ao fundamentar sua indicação.
ÚRGENCIA
Concluindo o texto da Justificativa da Indicação N.º 08/2023, o solicitante reitera: “A remarcação da área urbana e a reavaliação decenal do Plano Diretor do município, como já foi dito, deve ter caráter de urgentíssima necessidade, a fim de ordenar a vida daqueles moradores que sem obstáculos há anos atuam e vivenciam o seu dia a dia no âmbito urbano do município. Além do mais, há de considerar que o município deve zonear de forma precisa áreas possíveis de intervenções urbanísticas, industrial tendo em vista a possibilidade instalação do Centro Industrial de Ipiaú, bem como a construção viária do Rodoanel, dentre a instalação de tantos outros equipamentos de progresso e desenvolvimento local”, acrescentou Robson Moreira.
Concluindo o texto da Justificativa da Indicação N.º 08/2023, o solicitante reitera: “Assim sendo, reiteramos o presente pedido para que o Poder Executivo Municipal reavalie o Plano Diretor Urbano, procedendo os devidos e necessários ajustes, de modo a redimensionar a área do perímetro urbano evitando a aflição dos moradores das margens da BR-330 que há anos moram naquelas localidades, onde em momento algum, lá atrás, o DNIT fez qualquer intervenção para que isso não ocorresse, figurando a sua completa omissão fiscalizatória de anos a fio, possa hoje culminar na destruição de ano de sacrifício e luta dos moradores, amargurando uma ação de reintegração de posse em seu desfavor. Por uma Ipiaú progressista, apelamos nesse sentido nos termo da presente indicação”.
GM, Hyundai e Stellantis param fábricas a partir de hoje por queda nas vendas e dão férias coletivas
Após dois anos de paradas forçadas por escassez de componentes, principalmente de chips, as fabricantes brasileiras de veículos voltam a interromper a produção, mas, desta vez, também por falta de consumidores. A desaceleração da atividade econômica, inflação alta e juros elevados estão frustrando as expectativas do setor e levando empresas a ajustarem os planos de produção.
A partir de hoje, pelo menos três grandes companhias, General Motors, Hyundai e Stellantis (dona das marcas Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën) vão suspender linhas de produção e dar férias coletivas aos funcionários. O quadro de desaquecimento de vendas pode se prolongar até 2024, na visão de economistas do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, e novas paradas de fabricas devem ocorrer.
Nesta segunda-feira, 20, a Hyundai concede férias coletivas de três semanas para os trabalhadores dos três turnos da unidade que produz os modelos HB20 e Creta em Piracicaba (SP). Na quarta-feira, 22, a Stellantis dispensa por 20 dias os funcionários do segundo turno da fábrica da Jeep em Goiana (PE) e, uma semana depois, os operários do primeiro e do terceiro turnos, por dez dias, período em que toda a produção dos SUVs Renegade, Compass, Commander e da picape Fiat Toro estará paralisada.
A General Motors também suspenderá a produção da picape S10 e do SUV Trailblazer na planta de São José dos Campos (SP) de 27 de março a 13 de abril. No fim de fevereiro, a fábrica que produz os modelos das marcas francesas Peugeot e Citroën, também do grupo Stellantis, encerrou o segundo turno de trabalho em Porto Real (RJ) e antecipou a dispensa de 140 funcionários com contratos temporários.
Ainda faltam semicondutores
As montadoras afirmam que o motivo das medidas é a queda da demanda e a consequente necessidade de adequar os níveis de produção. No caso das duas marcas francesas, o impacto é maior nas exportações. “Ao contrário do último biênio, em que a oferta era a principal fonte de desafios da indústria automobilística, a demanda deve ser o fator-chave para o cenário de 2023-2024″, assinala o Depec, em relatório assinado pelo economistas Renan Bassoli Diniz e Myriã Bast.
Em 2019, as vendas de veículos no Brasil foram de 2,787 milhões de unidades – patamar já considerado baixo. No ano passado, esse número caiu para 2,104 milhões de unidades, ou 24,5% menos.
O setor já vinha de um desgaste forte, com a falta de semicondutores para a produção que levou a uma perda de 630 mil veículos que deixaram de ser produzidos nos últimos dois anos. O problema é bem menor no momento, embora ainda persista. A Volkswagen vai suspender toda a produção na planta de Taubaté (SP) por dez dias também a partir do dia 27. Entre fim de fevereiro e início deste mês a marca já tinha paralisado as linhas das outras três unidades no País alegando falta de componentes.
A melhora no fornecimento global de componentes, especialmente de semicondutores, ajudou as fabricantes de veículos a recomporem os estoques. No auge da pandemia os estoques caíram para volumes próximos a dez dias de vendas, e alguns automóveis chegaram a ter fila de espera de até seis meses.
No fim de fevereiro havia 187,4 mil carros nos pátios das montadoras e das concessionárias, suficientes para 40 dias de vendas, acima da média normal que é de 30 35 dias. Os preços dos carros usados, que haviam apresentado alta valorização no período de escassez dos novos, pararam de subir e até promoções nas vendas dos zero quilômetro, que estavam raras nos últimos meses, estão de volta.
Diante desse cenário, as paradas que estão ocorrendo nas fábricas visam segurar a produção para evitar um grande acúmulo de estoques, algo que pressionaria para baixo os preços dos automóveis. “Não há outra alternativa para as empresas, pois se não readequarem a produção para a nova realidade vão perder muito dinheiro”, avalia Fernando Trujillo, consultor da S&P Global Brasil.
Em sua opinião, o problema de demanda já vinha ocorrendo, mas no ano passado foi, de certa forma, “maquiado” pela falta de chips. O crescimento de vendas previsto para este ano, na casa dos 4% nas contas da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) é pequeno e muitas montadoras continuarão fazendo ajustes. “No ano passado não teve essa necessidade porque houve muitas paralisações por causa da falta de semicondutores”, diz Trujillo.
A previsão do setor era de que boa parte dos mais de 600 mil carros que deixaram de ser produzidos nos últimos dois anos por falta de peças seria vendida neste ano. “Isso não deve ocorrer diante da perda do poder de compra do consumidor, inflação e juros altos, restrição dos bancos na liberação de crédito por causa da inadimplência e indefinições de políticas econômicas por parte do novo governo.”
Estudo recém-concluído pela S&P Global mostra que a indústria automotiva brasileira opera com quase 40% de ociosidade. A capacidade produtiva do setor é de 3,6 milhões de veículos ao ano com a maioria das fábricas operando em dois turnos. Se fosse em três turnos, seria de 4,3 milhões de unidades.
“Além de ajustes com férias coletivas, como já está acontecendo, é possível que ocorram demissões”, prevê Trujillo.
No início do mês, quando avisou o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos sobre as férias coletivas, a General Motors demitiu cerca de 40 funcionários, segundo Renato Almeida, secretário-geral da entidade.
“A empresa informou que 7 mil pedidos de carros foram cancelados e, por isso, precisaria reorganizar a produção”, diz Almeida. O processo foi suspenso após os funcionários ameaçarem greve e foi agendada uma reunião de negociações para 19 de abril. A abertura de um Programa de Demissão Voluntária (PDV) pode ser uma das alternativas, diz ele.
Várias empresas aproveitaram o fim de semana para realizar promoções e baixar estoques. As revendas Fiat ofereceram descontos de até R$ 30 mil, juro zero e tanque cheio (de diesel) por um ano – neste último caso para a picape Toro. A rede Hyundai ofereceu seguro gratuito e condições especiais para troca de usados por novos. Já as 42 lojas da Hyundai/Caoa deram bônus de até R$ 4 mil e juros menores.
Cleide Silva e Eduardo Laguna/Estadão Conteúdo
China defende ‘imunidade dos chefes de Estado’ após mandado de prisão contra Putin
A China apelou nesta segunda-feira, 20, ao Tribunal Penal Internacional (TPI) para evitar “dois pesos e duas medidas” e respeitar a imunidade dos chefes de Estado, depois de o tribunal ter emitido um mandado de prisão para o líder russo Vladimir Putin sob a acusação de crimes de guerra.
O tribunal deveria “manter uma posição objetiva e imparcial” e “respeitar a imunidade dos chefes de Estado em relação à jurisdição ao abrigo do direito internacional”, disse aos repórteres o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Wang Wenbin, exortando o TPI a “evitar a politização e a duplicidade de critérios”.
O Tribunal Penal Internacional (TPI) anunciou na sexta-feira, 17, que emitiu um mandado de prisão contra o presidente da Rússia, Vladimir Putin, por crimes de guerra por causa de seu suposto envolvimento em sequestros e deportação de crianças de partes da Ucrânia ocupadas pela Rússia durante a guerra.
A Corte disse em um comunicado que Putin “é supostamente responsável pelo crime de guerra de deportação ilegal de população (crianças) e transferência ilegal de população de áreas ocupadas da Ucrânia para a Federação Russa”. Grupos de direitos humanos celebraram o movimento, mas a probabilidade de um julgamento enquanto Putin permanecer no poder é pequena, já que o tribunal não pode julgar réus à revelia e a Rússia disse que não entregará seus próprios cidadãos.
Um pedido também foi emitido, pelo mesmo motivo, contra a Comissária Presidencial para os Direitos da Infância na Rússia, Maria Alekseievna Lvova-Belova, informou o tribunal de Haia. A Presidência da Ucrânia reagiu, afirmando que essa ordem de prisão contra Putin é apenas o começo, enquanto a Rússia chamou o pedido de sem sentido.
O presidente do tribunal, Piotr Hofmanski, disse em uma declaração em vídeo que, embora os juízes do TPI tenham emitido os mandados, caberá à comunidade internacional aplicá-los. O tribunal não tem força policial própria para cumprir os mandados. “O TPI está fazendo sua parte do trabalho como um tribunal. Os juízes emitiram mandados de prisão. A execução depende da cooperação internacional.”
Limitações
O TPI não reconhece imunidade para chefes de Estado em casos envolvendo crimes de guerra, crimes contra a humanidade ou genocídio.
Mas as limitações do tribunal são bem conhecidas – embora possa indiciar chefes de Estado em exercício, não tem poder para prendê-los ou levá-los a julgamento, ao invés disso, depende de outros líderes e governos para agir como seus policiais em todo o mundo. O caso mais proeminente foi o do presidente do Sudão, Omar Hassan al-Bashir , que foi indiciado pelo tribunal, mas não foi preso em outros países para onde viajou.
Além disso, Moscou não reconhece a jurisdição do tribunal e não extradita seus nacionais. Essa posição foi reafirmada hoje pela porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, em uma primeira reação aos mandados. “As decisões do Tribunal Penal Internacional não têm nenhum significado para o nosso país, inclusive do ponto de vista jurídico”, disse ela.
A Ucrânia também não é membro do tribunal, mas concedeu ao TPI jurisdição sobre seu território e o promotor do TPI, Karim Khan, visitou o país quatro vezes desde que abriu uma investigação há um ano.
Visita de Xi Jinping a Putin
O presidente da China, Xi Jinping, fará uma visita a Rússia na semana que vem, a primeira desde que o presidente russo Vladimir Putin invadiu a Ucrânia. Analistas dizem que visita é um inequívoco sinal de apoio ao russo em meio à Guerra na Ucrânia e ao aumento das tensões com o Ocidente com os dois países.
A visita acontecerá entre a segunda-feira, 20, e a quarta-feira, 22. A Rússia anunciou que a visita foi “a convite de Vladimir Putin”.
A viagem será a primeira de Xi ao exterior desde que garantiu um terceiro mandato como presidente da China. Também será a primeira vez que Xi visitará Putin, o homem que ele descreveu anteriormente como seu “melhor amigo”, desde que a Rússia invadiu a Ucrânia no ano passado.
Antes da viagem ser confirmada, o Wall Street Journal informou que Xi deveria falar por telefone com o presidente ucraniano Volodimir Zelenski, no que seria sua primeira conversa com o líder da Ucrânia desde o início do conflito. Um porta-voz presidencial ucraniano disse na sexta-feira que o assunto está em discussão.
A China declarou uma amizade “sem limites” com a Rússia e recusou-se a condenar a invasão de Moscou, mesmo enquanto declarava que a soberania e a integridade territorial de todos os países deviam ser respeitadas. Pequim também condenou as sanções ocidentais e acusou a Otan, aliança militar ocidental, e os Estados Unidos de provocarem a Rússia.
Xi visitou pela última vez a Rússia em 2019. Putin participou na abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno em Pequim no ano passado, e os dois líderes reuniram-se pessoalmente numa cúpula de segurança regional em Setembro último no Usbequistão.
Estadão Conteúdo
Homem é preso pela Polícia Militar em Aiquara por agredir sua companheira (Lei Maria da Panha)
Por volta da 07h desse domingo (19/03/23), a guarnição da 55ª CIPM/Aiquara foi solicitada por uma mulher, informando que durante uma discussão com seu companheiro, fora agredida com uma pedrada na cabeça, e ameaçada de morte por ele.
Segundo informação da vitima, seu companheiro estava na casa do pai, então, a guarnição a acompanhou até o endereço, na Rua João Honorio, em Aiquara, onde o autor recebeu os policiais militares, não oferecendo resistência durante a abordagem e condução. Apenas negou as acusações da companheira.
A vitima foi conduzida até o Hospital, onde foi atendida pelo médico plantonista.
Os envolvidos foram conduzidos até a delegacia Territorial de Jequié, para os procedimentos de polícia judiciária.
Autor: F. N. S. (Masculino), data/nascimento. 15/07/2002, endereço. Rua J. J. de Oliveira, Aiquara-BA.; Vitima: V. A. L. (Feminino), data/nascimento. 15/12/1997, endereço. Rua J.J. de Oliveira, Aiquara-BA.
Fonte: Ascom/55ª CIPM /PMBA, uma Força a a serviço do cidadão.
Tarcísio tenta recuperar terreno no bolsonarismo com martelo, Deus e militarismo
Quando Tarcísio de Freitas (Republicanos) golpeou sem clemência o balcão da Bolsa de Valores, para celebrar o fim do leilão do trecho norte do Rodoanel, ensaiou por tabela marretar a má vontade contra ele nutrida por uma parcela do bolsonarismo mais aguerrido.
Mais gestos vieram na mesma semana. O Terra Brasil Notícias, um dos oráculos da comunicação bolsonarista, reproduziu a participação do governador de São Paulo nos 143 anos do Corpo de Bombeiros e destacou: “Tarcísio comanda cerimônia militar pessoalmente”.
O chefe do Executivo paulista também sancionou um projeto de lei que tornou a Marcha para Jesus, maior evento no calendário evangélico do continente, patrimônio cultural imaterial do estado —ato prontamente exaltado por portais do segmento, como o Pleno News.
Os últimos dias foram lidos, por aliados e também desafetos, como um aceno do governador ao eleitorado mais fiel a Jair Bolsonaro (PL), grupo que o embalou até o Palácio dos Bandeirantes. A relação andava estremecida após Tarcísio emitir sinais que não caíram bem com parte dessa base.
Como ao declarar, antes mesmo de tomar posse, nunca ter sido um “bolsonarista raiz”. Já na cadeira, ele posou mais de uma vez com o presidente Lula (PT), inimigo número um do bloco, e sancionou uma lei que autoriza a maconha medicinal no SUS em São Paulo, algo no mínimo controverso para uma ala conservadora que tem ojeriza a qualquer flexibilização do acesso à cannabis.
As marteladas que desferiu na B3 ressuscitaram nas redes sociais comparações com os personagens Thor, deus nórdico que empunha um martelo, e Chapolin Colorado, dono da marreta biônica. A deputada Carla Zambelli (PL-SP), que voltou a defender Bolsonaro depois de dar declarações à Folha que a fizeram se indispor com o ex-presidente, compartilhou na internet uma charge do governador “Thorcísio” veiculada na Revista Oeste, outra trincheira virtual do conservadorismo.
Disse Tarcísio ao manusear o martelo: “O pessoal está tímido ainda, mas vou mostrar como é que faz”. Com pretensões presidenciais para 2026 no radar, ainda lhe resta mostrar como se faz para sinalizar para um eleitorado mais amplo sem desagradar a base que cimentou sua vitória no ano passado.
Tímida foi, até aqui, a reação em grupos digitais bolsonaristas a movimentos do governador que aliados interpretam como uma piscadela para a direita.
O Telegram se empolgou, mas com comedimento, com a empolgação de Tarcísio do leilão do Rodoanel, aponta monitoramento coordenado por Leonardo Nascimento, Letícia Cesarino e Paulo Fonseca com apoio do InternetLab.
As mensagens mais compartilhadas sobre o episódio nos principais canais a favor de Bolsonaro somam 20 menções. “Parece pouco, mas são grupos com centenas de inscritos”, diz Nascimento, professor da Universidade Federal da Bahia.
Diz uma delas: “Bate Tarcísio, martelaaaaaaaaaaa!! Imagina toda a pressão que ele deve estar sofrendo e o duro que foi finalmente bater este martelo. Que Deus te abençoe e te dê muita força para fazer São Paulo decolar!!”.
Um recado o parabenizando, postado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), impulsionou as referências positivas ao governador nesse ecossistema digital. Para Nascimento, Tarcísio parece estar “estrategicamente acenando para as pautas do bolsonarismo para tentar ocupar o lugar do ‘pai da horda’”.
O vereador paulistano Fernando Holiday (Republicanos), que respaldou Tarcísio e Bolsonaro em 2022, não detectou em sua bolha direitista muitas demonstrações públicas de afeto ao entusiasmo do governador com a privatização de extensão do Rodoanel. “Eu só o vi postando e a esquerda criticando”, diz, acrescentando um emoji de gargalhada.
Segundo Holiday, alguns devotos de Bolsonaro não gostam muito de qualquer sinal de entrosamento com a esquerda, mesmo que num nível republicano. Daí a implicância com Tarcísio. “Mas isso é só uma questão de amadurecimento da direita. Foi por falta de gestos como esses que acabamos sendo tachados de antidemocráticos.”
A direita, segundo o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), ex-presidente da bancada evangélica, “está engatinhando no Brasil” e ainda “passará pelo amadurecimento natural da política”.
“O governador foi militar e sempre foi liberal na economia, essa é a essência dele”, afirma o parlamentar. “Quem é [conservador] não precisa provar, é só praticar aquilo que ele acredita e defende.”
Enquanto fileiras mais ideológicas do bolsonarismo resistem ao governador, chegando a lhe rotular como “traíra”, nos bastidores do poder seu nome cresce entre as apostas para bater a esquerda na próxima eleição a presidente, sobretudo se questões judiciais tornarem Bolsonaro inelegível.
Para o apóstolo César Augusto, um dos evangélicos que marchou com o ex-presidente na fracassada campanha pela reeleição, lustra a biografia de Tarcísio com adjetivos como “ousado” e “corajoso”.
Para o líder da igreja Fonte da Vida, o governador vai cada vez mais “ocupando espaço que está vago na direita e surfando numa onda onde não tem ninguém”. Virou “uma opção no cenário nacional para combater a esquerda”.
Em nota, o Bandeirantes diz que “todas as medidas e decisões adotadas pela atual gestão estão alinhadas com o plano de governo e são voltadas à promoção do diálogo e do desenvolvimento a fim de assegurar a dignidade a todos os paulistas”.
Anna Virginia Balloussier/Folhapress
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