Bolsonaristas elogiam presidente linha-dura de El Salvador e veem modelo para o Brasil

O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, virou o novo ídolo para bolsonaristas, que têm aplaudido suas políticas de combate à violência com base em medidas repressivas.

Em fevereiro, Bukele inaugurou a maior prisão da América Latina, com capacidade para 40 mil detentos. Os índices de violência caíram no país, mas entidades de direitos humanos apontam casos de prisão e assassinato de inocentes, entre outros abusos.

O líder salvadorenho também vem atacando as instituições, especialmente a Suprema Corte do país.

Essas ações despertaram interesse de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Seu filho Eduardo apresentou requerimento na Comissão de Segurança Pública da Câmara para realizar visita técnica à megaprisão recém-aberta.

Outro deputado bolsonarista, Osmar Terra (MDB-RS), aprovou a realização de audiência pública por videoconferência com o ministro da Justiça e Segurança Pública salvadorenho, Gustavo Villatoro. A sessão ocorreria nesta terça (25), mas foi adiada.

“Se a tendência atual continuar, El Salvador poderá se tornar um dos países mais seguros do mundo, com a prisão de mais de 61.000 pessoas, considerando membros de gangues e suspeitos de colaboração”, afirma Terra em seu requerimento.

Fábio Zanini/Folhapress

Documentos vazados mostram EUA atentos a elos de Lula com China, Rússia e Irã

Os Estados Unidos estão preocupados com a maneira como o Brasil tem lidado com os recentes conflitos entre Rússia e Ucrânia e EUA e China. Documentos da inteligência americana aos quais o jornal Washington Post teve acesso apontam sucessivos acenos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a rivais geopolíticos dos americanos.

Em um trecho, por exemplo, a inteligência americana cita o interesse de Lula em formar um “bloco de paz mundial” para mediar os interesses dos EUA e da China e intermediar o fim dos combates na Ucrânia.

Os documentos mencionam o apoio do Ministério das Relações Exteriores da Rússia ao plano. Segundo o arquivo, os russos consideram que a proposta neutralizaria a narrativa de “agressor-vítima” do Ocidente sobre a Ucrânia.

O aceno dos russos não é novidade. Em 18 de abril, um dia após o chanceler da Rússia, Serguei Lavrov, visitar Lula em Brasília, o Kremlin disse que o plano do petista leva em conta os interesses da Rússia. “Qualquer ideia que leve em conta os interesses da Rússia merece atenção e certamente precisa ser ouvida”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

O incômodo dos americanos também não é novo: após a visita de Lavrov, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Jack Kirby, chamou a posição de Lula na guerra de “profundamente problemática” e afirmou que o presidente estava repetindo a propaganda russa.

O petista já disse que os EUA e a Otan estão prolongando o conflito na Ucrânia fornecendo armas a Kiev e chegou a sugerir que, em um acordo de paz, Kiev pudesse abrir mão da Crimeia, região controlada pelos russos desde 2014.

Mas os documentos aos quais o WP teve acesso vão além. O jornal americano cita que a iniciativa de Lula tomava forma ao mesmo tempo em que o Brasil recebia dois navios de guerra do Irã, principal rival geopolítico dos EUA no Oriente Médio –as embarcações estavam listadas no programa de sanções dos americanos.

Os dois navios ficaram por uma semana no Rio de Janeiro, no início de março, apesar de críticas dos EUA e de Israel. Segundo os documentos, o Pentágono avaliou que Lula “provavelmente aprovou a escala para reforçar sua reputação como mediador global e polir a imagem do Brasil como uma potência neutra”.

A análise americana, porém, pondera que o aval do petista não indica necessariamente uma grande expansão do relacionamento militar dos dois países, apesar de o Irã, segundo os EUA, esperar por isso. Ainda sobre o assunto, o documento relembra que os governos do Chile, Argentina, Uruguai e Venezuela recusaram os pedidos do Irã para que as embarcações atracassem em seus países.

Antes da visita, diz um dos documentos, alguns oficiais da marinha brasileira tentaram convencer o governo Lula a negar o recebimento das embarcações. Eles temiam que Washington visse o aval como um realinhamento das parcerias externas do Brasil. Na época, Ricardo Zúniga, o principal formulador de políticas para o Brasil dentro da gestão de Joe Biden, disse à Folha que o Brasil receber navios iranianos era lamentável.

Os documentos revelam também o descontentamento de Washington com vários outros países emergentes, incluindo África do Sul, Argentina, Índia, Paquistão e Egito. O último, por exemplo, recebe mais de US$ 1 bilhão por ano dos EUA, mas recentemente aprofundou os laços com a Rússia, responsável pela construção da primeira usina nuclear da nação árabe.

Situação semelhante acontece no Paquistão, que desde os atentados de 11 de Setembro recebeu bilhões de dólares em ajuda econômica e de segurança dos EUA. O país, por outro lado, depende fortemente de investimentos chineses e, de acordo com um dos documentos vazados, a ministra das Relações Exteriores do Paquistão, argumentou em março que seu país “não pode mais tentar manter um meio-termo entre a China e os Estados Unidos”.

Na África do Sul, aponta o documento, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, ouviu de autoridades locais que o país africano não seria intimidado a tomar decisões que não lhe convêm. Pretória tem evitado criticar publicamente Moscou pela invasão da Ucrânia.

Por fim, os documentos expõem o desejo do presidente da Argentina, Alberto Fernández, de usar uma aliança renovada de nações latino-americanas, incluindo México e Brasil, para garantir mais poder nas negociações com os EUA, China e União Europeia.

Ao que tudo indica, a aliança em questão é a Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), a qual o argentino preside. Em janeiro, em uma reunião de líderes das nações do grupo, Fernández defendeu a união dos países-membros: “Não queremos importar para a região rivalidades e problemas particulares. Ao contrário, queremos ser parte das soluções para os desafios que são de todos. Nada deve nos separar, já que tudo nos aproxima”, afirmou.

Folhapress

Bolsonaro revive clima de campanha eleitoral em 1ª viagem pelo país após voltar dos EUA

Em sua primeira viagem pelo país após retornar de um período de três meses nos Estados Unidos, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reviveu em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) neste domingo (30) o clima da campanha eleitoral de 2022.

Bolsonaro desembarcou no aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão, pouco antes das 14h deste domingo e foi recebido por apoiadores que horas antes já se aglomeravam no local.

Gritos como “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão”, “Deus, pátria, família e liberdade” e “Eu vim de graça” foram entoados por bolsonaristas sob uma temperatura de 31 graus Celsius.

Um forte esquema de segurança foi montado. A região próxima à área de desembarque foi cercada, e policiais militares faziam revista em quem entrava no local. Havia ao menos 15 veículos de forças de segurança no aeroporto, inclusive dois ônibus da Polícia Militar.

No voo, Bolsonaro embarcou após todos os passageiros. Na chegada a Ribeirão, desembarcou antes dos demais, cercado por quatro seguranças.

Do aeroporto Bolsonaro saiu na caçamba de uma caminhonete e foi seguido por motos e carros até uma fazenda às margens da rodovia Abrão Assed, que liga Ribeirão Preto a Serrana. Políticos como o deputado federal Mário Frias (PL-SP) acompanharam o desembarque do ex-presidente.

No entorno do aeroporto, vendedores ambulantes comercializavam camisas alusivas ao ex-presidente por R$ 50, mesmo preço cobrado por bandeiras pequenas. “O acompanho desde 2019, vendi muita camisa já, mas seria melhor se ele tivesse ganhado [em 2022]”, disse o vendedor Paulo Sérgio Alves, de São Paulo.

Próximo a ele, a bancária Patrícia Matos, da cidade de Franca, experimentava uma delas, para substituir a que usou no ano passado. “Estava gasta demais já”, disse.

O objetivo da visita a Ribeirão foi o de participar da cerimônia de abertura da Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação) nesta segunda (1º), que no entanto foi cancelada pela organização devido a uma polêmica com o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Principal feira de tecnologia agrícola da América Latina, a Agrishow entrou em rota de colisão com o governo federal na última terça-feira (25), quando o presidente da feira, Francisco Matturro, comunicou ao ministro Carlos Fávaro (Agricultura) que Bolsonaro participaria da cerimônia de abertura e sugeriu que o ministro visitasse o evento no dia seguinte, quando haverá uma reunião da FPA (Frente Parlamentar do Agronegócio).

Fávaro se sentiu “desconvidado”, cancelou a agenda em Ribeirão Preto e fez com que o governo Lula ameaçasse, na sexta-feira (28), cancelar o patrocínio do Banco do Brasil ao evento.

Na noite de sábado (29), pressionada por expositores, as associações organizadoras da Agrishow anunciaram num comunicado o cancelamento da cerimônia de abertura.

O cancelamento do ato de abertura não impedirá que Bolsonaro visite a feira. O ex-ministro Fabio Wajngarten publicou numa rede social que o ex-presidente permanecerá em Ribeirão até o final desta segunda-feira (1º).

Vídeos do ex-ministro e senador Marcos Pontes (PL) e do deputado e ex-ministro Ricardo Salles (PL) foram compartilhados em aplicativos de mensagens nos últimos dias convocando “conservadores”, “patriotas” e “homens e mulheres de bem” para participar da recepção a Bolsonaro.

O convite para Bolsonaro visitar Ribeirão partiu do presidente do Sindicato Rural de Ribeirão Preto, Paulo Junqueira, que também preside a Associação Rural de Ribeirão e é vice-presidente da Assovale (Associação Rural Vale do Rio Pardo).

Junqueira já tinha recepcionado Bolsonaro quando o presidente participou da feira agrícola no ano passado, em seu último ano no cargo de presidente.

No ano passado, Bolsonaro já havia sido recebido num almoço na mesma propriedade. Ao participar da Agrishow, iniciou seu discurso afirmando que “jamais esperava ser presidente da República”. “Já que aconteceu, entendo que é uma missão de Deus […] E reforçar aqui: só Deus me tira daquela cadeira.”

Na ocasião, afirmou que, enquanto deputado federal, sempre assinou listas para participar da bancada do agronegócio em Brasília e que participava e colaborava conforme sua estatura, “que não era muito grande, para esse enorme setor que é o agronegócio”.

Marcelo Toledo/Folhapress

Em Andaraí, Governo entrega novo Colégio Estadual de Tempo Integral, além de obras de segurança, esporte e urbanização

Composto por 12 salas de aula, piscina semi olímpica, campo society com arquibancada, quadra coberta, vestiário, teatro e refeitório, o novo Colégio Estadual de Tempo Integral Edgar Silva foi inaugurado pelo governador Jerônimo Rodrigues, neste domingo (30), em Andaraí. Com investimento de R$ 29 milhões, a construção da nova unidade de ensino da rede pública estadual é resultado de parceria entre as secretarias estaduais da Educação (SEC) e de Desenvolvimento Urbano (Sedur), por meio da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado (Conder). Na ocasião, Jerônimo também participou da inauguração da nova sede do Pelotão da Polícia Militar e deu por entregue a obra de instalação da iluminação do Estádio Municipal Valdevino Pereira do Carmo.

Jerônimo Rodrigues destacou a importância dos investimentos e do envolvimento dos profissionais da educação para um pleno desenvolvimento dos estudantes. “Entregamos mais uma escola aqui na Chapada, região já que tem bons indicadores de educação. Com esses investimentos, a gente acaba favorecendo ainda mais. Estamos no terceiro mês de aula na rede estadual e queremos chamar atenção que esse ano é importante para gente participar da programação de aprendizagem da rede”, declarou Jerônimo. O governador informou ainda que vão enviar para a Assembleia Legislativa um pacote de ações de salários para profissionais da educação. “Então eu quero apelar aqui para a rede estadual sobre a nossa responsabilidade com a aprendizagem na Bahia”, alertou o governador.

Aluna do 2° ano do Ensino Médio, Ortência Mickaely enfatiza a relevância da entrega. “Estou achando a escola linda, se comparada à antiga sede. Muito ampla, bem maior, novas salas, laboratórios novos, sala de gastronomia também, que é muito importante para as aulas práticas. A aprendizagem vai melhorar muito, porque com espaços diferentes dá mais vontade de estudar”, contou a estudante. A aluna Sinara Leal da Rocha foi surpreendida ao receber, das mãos do governador, um par de óculos Orcam Myeye 2.0. Com investimento de R$ 9,9 mil, o acessório qualifica o processo de aprendizagem, auxiliando no avanço da leitura e escrita para estudantes com cegueira ou baixa visão, como é o caso de Sinara.

A comunidade escolar foi contemplada ainda com a entrega de um ônibus escolar rural, com capacidade para o deslocamento de 29 estudantes, no qual foram investidos R$ 237,8 mil.

Segurança e urbanização

Entregue durante visita ao município de Andaraí, a nova sede do Pelotão da Polícia Militar, que passa a sediar a 42ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPMBA), com recursos da ordem de R$ 1,4 milhão. Para incentivar o esporte e o entretenimento, Jerônimo inaugurou a implantação do sistema de iluminação em LED do Estádio Municipal Valdevino Pereira do Carmo, que também teve sua arquibancada recuperada. Por meio da Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esportes do Estado (Setre) e a Prefeitura de Andaraí, o equipamento esportivo recebeu investimento de quase R$ 500 mil do Estado.

A cidade também recebeu investimentos para a sua urbanizacão, com a entrega da pavimentação asfáltica da Rua do Campo, além da construção do Complexo Econômico, Social e Recreativo, realizados pela Sedur, por meio da Conder. “Aqui nós temos uma grande obra que é a urbanização de toda a entrada para o acesso ao novo colégio. São investimentos de R$ 6,8 milhões, incluindo a duplicação da via, com ciclovia, com toda essa área no miolo de comércio, de serviço, o que vai agregar à economia de Andaraí”, pontuou o diretor-presidente da Conder, José Trindade.

Tiroteio durante torneio de futebol em Fortaleza deixa dois mortos e duas crianças baleadas

Crianças de quatro e sete anos foram encaminhadas conscientes ao Hospital Instituto Doutor José Frota.

Tiroteio durante torneio de futebol em Fortaleza deixa dois mortos e duas crianças baleadas — Foto: Cristiano Pantanal/TV Verdes Mares
Dois homens foram assassinados durante um tiroteio no Conjunto Pôr do Sol, em Fortaleza, na noite deste sábado (29). Outras quatro pessoas ficaram feridas, entre elas, duas crianças que estavam próximas e foram atingidas por tiros.

Os tiros foram disparados quando ocorria um campeonato na Areninha do Coaçu. Conforme testemunhas que preferem não se identificar, vários homens armados chegaram ao local disparando vários tiros e fugiram em seguida.
Tiroteio deixa dois mortos e quatro feridos em campo de futebol em Fortaleza; um suspeito foi preso — Foto: PCCE
Sidney Tomaz Monteiro, de 31 anos, foi atingido no tórax e morreu no local; Edgleison de Oliveira Silva, de 32 anos, chegou a ser atendido na Unidade de Pronta Atendimento da cidade de Eusébio, mas não resistiu ao ferimento e morreu.

A Secretaria da Segurança Pública informou que a Polícia Civil do Ceará prendeu em flagrante um suspeito do crime, de 29 anos, com uma arma de fogo. Ele foi conduzido ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, que investiga o caso.

Crianças baleadas
Uma criança de quatro anos foi atingida por tiros no joelho; outra, de sete anos, foi atingida por um tiro no braço direito e do lado direito do abdômen.

Elas foram encaminhadas ao Hospital Instituto Doutor José Frota, no Centro de Fortaleza, conscientes. A unidade não informa o estado de saúde dos pacientes.

Fonte G1

Brasil: Pai é feito refém com filho, toma arma e mata assaltante

 Foto: Reprodução/MG2/TV Globo

Um roubo de carro terminou com um dos suspeitos morto e outro gravemente ferido por uma das vítimas, neste sábado (29), no Anel Rodoviário de Belo Horizonte, na altura do bairro Dom Cabral, na Região Noroeste. Pai e filho foram feitos reféns durante a tentativa de assalto.

De acordo com a Polícia Militar (PM), o motorista do veículo e a criança, de aproximadamente sete anos, foram abordados por dois ladrões armados. Em determinado momento, o pai do menino começou a lutar com os bandidos, conseguiu tomar a arma de um deles e atingiu a dupla com vários disparos.

Uma testemunha disse aos policiais que viu o carro fazendo “zigue-zague” na pista antes de parar num canteiro. Em seguida, a criança desceu do veículo e começou a correr pedindo ajuda.

O menino contou que estava em um festival de pipa com o pai e que dois assaltantes entraram no veículo para roubá-lo. Ainda segundo testemunhas, o homem logo saiu do carro, com as mãos sujas de sangue, parou o trânsito e pediu para as pessoas chamarem a polícia.

Ipiaú: Homem é conduzido à Delegacia pela Policia Militar por desordem pública e maus tratos a animais.

Por volta das 18h, dessa quinta-feira (27/04/23), após ligação via 190, a guarnição da 55ª CIPM/ROTAM deslocou até a Praça Cinquentenário, Centro de Ipiaú, a fim de verificar a situação onde um homem estaria em estado de surto psicótico e maltratando amimais.

Ao chegar no local, a guarnição encontrou o suspeito em situação de surto e desordem pública. Foi acionada uma equipe do CREAS, que se fez presente no local e se prontificou a fazer a guarda dos animais (alguns filhotes de cães), enquanto  o suspeito foi conduzido a delegacia, porém, pelo seu estado de saúde, os policiais militares solicitaram o apoio do SAMU-192.

A Coordenadora da Vigilância Sanitária de Ipiaú, também compareceu, e os animais ficaram sob a responsabilidade da Vigilância Sanitária e com a coordenadora do CREAS.

Quando a SAMU chegou para o atendimento, o Médico plantonista informou que o suspeito iria ser medicado e que seria levado para o Hospital (HGI), porém, ele recusou o atendimento, e pelo o seu estado de lucidez o SAMU não pôde forçar atendimento. Desse modo, a ocorrência foi registrada na delegacia local.

Autor M. V. de J. S. ( Masculino), Idade: 30 anos. Sem endereço fixo

Informações: Ascom/55ª CIPM /PMBA, uma Força a serviço do cidadão!

Dia Nacional da Mulher: vereadora destaca coragem e pioneirismo de Jerônima Mesquita, que lutou pelo voto feminino

Neste domingo, 30 de abril, é o Dia Nacional da Mulher, que foi instituído em 1980, em homenagem ao nascimento Jerônima Mesquita, em 30 de abril de 1880. Há mais de 100 anos, Jerônima criou a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, que lutou por vários direitos da mulher, principalmente o direito de votar. Segundo a vereadora Ireuda Silva (Republicanos), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e vice da Comissão de Reparação, este dia simboliza a luta de todas as mulheres brasileiras por direitos, respeito e dignidade.

“Jerônima foi uma das muitas mulheres fortes, destemidas e empoderadas do passado, que abriram caminhos para que hoje pudéssemos estar aqui. Nesse sentido, o Dia Nacional da Mulher homenageia a luta da mulher brasileira por liberdade, igualdade e para contribuir com o desenvolvimento do país”, disse.

Ireuda disse ainda que “nossas conquistas não puseram fim às nossas necessidades”. De acordo com o IBGE, embora trabalhem em média três horas a mais por semana, as mulheres ainda ganham 76,5% da renda dos homens.

De acordo com a republicana, porém, as mulheres têm conseguido consolidar seus direitos nos últimos anos. “É por isso que devemos ter o ano inteiro, diariamente, a disposição para debatermos o assunto. Essa data não pode apenas ser simbólica, mas sim um chamariz para uma luta constante”, acrescenta.

Lira critica articulação política do governo, mas diz que ‘não vai sacanear’ Lula na Câmara

Com o Congresso prestes a votar projetos decisivos do governo Lula em meio ao funcionamento de CPIs, o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) avalia que a relação do Planalto com o Parlamento não é de “satisfação boa”. No entanto, ele promete trabalhar a favor das propostas econômicas, sem “sacanear” o governo, prevê uma “guerra de narrativas” na CPMI dos Ataques Golpistas e projeta que outros políticos de direita não errarão tanto quanto Jair Bolsonaro (PL). As declarações foram dadas em entrevista ao jornal “O Globo”.

Na opinião de Lira, o ex-presidente é melhor cabo eleitoral do que candidato. Ele também criticou a articulação política do governo, defendeu emendas do relator, reguladas pelo STF, e garantiu que não vai ‘sacanear’ o Planalto.

Agrishow cancela cerimônia de abertura após polêmica com governo Lula

A organização da Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação) anunciou na noite deste sábado (29) o cancelamento da tradicional cerimônia de abertura do evento, após a polêmica envolvendo o “desconvite” ao ministro Carlos Fávaro (Agricultura) para que não comparecesse ao ato, que contaria com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Principal feira de tecnologia agrícola da América Latina, a Agrishow enfrenta uma crise com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desde a última terça-feira (26), quando houve a conversa entre o presidente da feira, Francisco Matturro, e Fávaro.

O ministro disse ter se sentido “desconvidado” ao receber a sugestão de participar da Agrishow na terça-feira (2), quando haverá uma reunião da FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária), um dia depois da abertura oficial, que estava marcada para as 11h de segunda (1º).

A confirmação do cancelamento da cerimônia foi feita à Folha por Matturro na noite deste sábado.

Depois do desconforto inicial, o governo federal ameaçou cancelar o patrocínio do Banco do Brasil à feira, que acontece desde 1994 em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) e é a mais importante do setor agrícola no país.

A previsão para este ano é negociar mais que os R$ 11,243 bilhões registrados em 2022 em vendas de máquinas agrícolas, de irrigação e de armazenagem (R$ 11,77 bi, em valores atualizados pela inflação). São aguardados 190 mil visitantes.

Desse total, o Banco do Brasil, um dos principais financiadores dos produtores rurais, estima gerar R$ 1,5 bilhão em negócios na feira. A feira terá 800 marcas nacionais e estrangeiras expostas numa área de 530 mil metros quadrados, em que o produtor poderá comparar as máquinas das mais variadas empresas, ver o funcionamento nas demonstrações de campo e financiar no seu banco dentro do próprio evento.

Segundo um comunicado das entidades organizadoras, que não foi enviado à imprensa, mas a expositores, a decisão foi tomada “em virtude de toda a repercussão gerada pela cerimônia de abertura”.

Expositores ouvidos pela Folha, inclusive multinacionais, reclamaram nos últimos dias da politização do evento, que deveria ser marcado pela oferta de tecnologia e soluções para o produtor rural, e não ter um tom político.

Algumas delas levaram a reclamação às entidades, especialmente à Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), sócia majoritária da Agrishow. As outras organizadoras são Abag (Associação Brasileira do Agronegócio), Anda (Associação Nacional para Difusão de Adubos), Faesp (Federação da Agricultura do Estado de São Paulo) e SRB (Sociedade Rural Brasileira).

“[As entidades] Optaram por não realizar solenidade de abertura da feira, prevista para o dia 1º de maio, às 11h. A Agrishow mantém a sua tradição de ser a principal vitrine do setor, apresentando o que há de mais moderno em tecnologia para o agronegócio”, diz trecho do comunicado, que pede para que os visitantes mantenham suas agendas para conhecer as inovações tecnológicas para o agronegócio.

Após a repercussão negativa da conversa de Matturro com Fávaro, a própria organização da feira publicou uma nota reafirmando o convite ao ministro para participar da abertura e o elogiou.

“Para a direção da Agrishow, o ministro vem realizando um ótimo trabalho com muita competência para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro e sua participação na feira é muito importante para todo o setor”, diz a nota.

A SRB também se manifestou, ao afirmar que a Agrishow é “democrática, apartidária, difusora de tecnologias e aberta a todos”.

“A Sociedade Rural Brasileira reitera a importância da participação e o convite ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e a toda equipe do governo federal para que participem da cerimônia de abertura, assim como fica imensamente honrada com a presença do governador Tarcísio de Freitas e do ex-presidente da República Jair Bolsonaro”, disse a entidade.

Nunca, até a edição deste ano (28ª), um ex-presidente da República participou da feira, e a situação inédita dividiu integrantes da organização da Agrishow sobre a visita de Bolsonaro, segundo relatos feitos à Folha.

Enquanto uma parte defendia a presença por entender que o ex-presidente foi importante para o setor e é apoiado pela maioria dos ruralistas, outra avaliava que o agronegócio depende de políticas públicas do governo federal e que ficar ao lado de um rival político de Lula não seria inteligente.

Independentemente do conflito com a Agrishow, a relação do petista com o setor é conturbada. As principais e mais recentes feiras agropecuárias realizadas no país expuseram o abismo vivido entre o agronegócio e o governo Lula.

Não houve nenhum representante do governo federal nas feiras Tecnoshow, em Rio Verde (GO), a maior do Centro-Oeste, e Expozebu, em Uberaba (MG), o principal evento de gado zebu do mundo.

Nos últimos dias, apoiadores de Bolsonaro definiam a proposta de agenda para ele na feira agrícola após participar da cerimônia de abertura. A ideia era que ele permanecesse o maior tempo possível no local, visitando estandes e conversando com lideranças do agronegócio.

O jornalista viajou a convite da New Holland

Marcelo Toledo/Folhapress

Google diz que PL das Fake News desincentiva seus investimentos em jornalismo

Um dos principais afetados do chamado PL das Fake News, o Google divulgou nota neste sábado (29) na qual afirma que, se aprovado, o projeto pode desincentivar novos investimentos da plataforma em jornalismo.

O PL prevê o pagamento, por parte das plataformas, pelo conteúdo jornalístico utilizado sem que esse custo seja repassado ao usuário final.

A proposta estabelece que a pactuação sobre a forma de pagamento deve ser feita entre as plataformas e as empresas jornalísticas, em desenho similar ao implementado na Austrália em 2021.

A premissa do modelo adotado no país é que as plataformas de internet lucram indevidamente com conteúdo jornalístico e deveriam pagar por isso. O pano de fundo é a crise do modelo de negócios da mídia tradicional. A ascensão da internet sufocou financeiramente os veículos, porque as plataformas ficam com a maior parte da receita com anúncios online.

As plataformas se opõem à ideia do PL, e entre os veículos há dissenso. Entidades como Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), Aner (Associação Nacional de Editores de Revistas) e ANJ (Associação Nacional de Jornais), que reúne os principais veículos de mídia, entre eles a Folha de S.Paulo, defendem o PL; veículos menores temem perder financiamento por terem menor poder de barganha.

No texto divulgado neste sábado, assinado por Henrique Matos, diretor de Parcerias de Notícias na América Latina, o Google elenca três formas pelas quais, em seu entendimento, apoia o jornalismo no Brasil.

A primeira seria a oferta de links de veículos como resultados de buscas.

A segunda é a Google News Initiative, que financia treinamentos e parcerias com veículos de checagem, ações de educação midiática para jornalistas, associações e profissionais do setor.

E a terceira mencionada pela big tech é o Google Destaques, programa de licenciamento de conteúdo que remunera 150 veículos –entre os citados, está a Folha.

“O PL 2630 deveria reconhecer e estimular investimentos como esses, mas, ao contrário, desconsidera a troca de valor existente entre plataformas e veículos de notícias e cria um desincentivo para novos investimentos”, diz o texto divulgado pelo Google.

A plataforma propõe artigo no PL para “reconhecer o investimento existente no ecossistema noticioso brasileiro” e incentivar “modelos de inovação que apoiem o jornalismo por meio de características de produtos, programas de compartilhamento de receitas, licenciamento de conteúdo ou outras formas de criação de valor acordadas com as organizações de notícias ou entidades representativas”.

“Sem reconhecimento explícito, haverá pouco incentivo para que esses esforços de parceria continuem existindo”, diz o texto.

A plataforma afirma ainda que o modelo proposto para o PL beneficiaria poucos grupos de mídia e sugere um fundo de inovação.

A ideia de um fundo era defendida pela Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) e pela Ajor (Associação de Jornalismo Digital), que reúne veículos independentes e checadores.

Sem mudanças, diz o Google, o PL acabará por prejudicar o jornalismo pois “o resultado será a redução do tráfego gerado -hoje, gratuitamente- aos veículos de notícias pelos buscadores e agregadores de notícias, além de comprometer a capacidade das pessoas de descobrir novos sites de notícias, com uma variedade de pontos de vista e opiniões no país”.

A plataforma também diz que o projeto pode favorecer a desinformação ao restringir a capacidade de remover conteúdo publicado de fontes que se enquadrem como organização de notícias, mesmo quando o conteúdo é identificado como falso.

Além da remuneração por conteúdos jornalísticos, o PL das Fake News também aborda outros pontos relativos à regulação das plataformas.

A expectativa é que o mérito seja votado no plenário da Câmara na próxima terça-feira (2). Se aprovado, o texto segue para o Senado.

Angela Pinho/Folhapress

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