SUS tem fila com mais de 1 milhão de cirurgias eletivas paradas no país

Mais de 1 milhão de procedimentos cirúrgicos eletivos estão travados na fila do SUS em todo o Brasil, aponta relatório do Ministério da Saúde divulgado na última sexta-feira (2). Os dados foram repassados por todos os estados e pelo Distrito Federal para a pasta por causa de um programa que busca diminuir essa fila.

No total, o ministério pretende repassar cerca de R$ 600 milhões aos governos estaduais e do DF. Segundo as estimativas, esse investimento deve reduzir em cerca de 45% o total dos procedimentos. Por enquanto, a pasta direcionou um terço do orçamento total.

O plano de redução de filas em todo o país foi instaurado por meio de uma portaria de 3 de fevereiro deste ano. O ministério optou por dividir o orçamento total do programa proporcionalmente entre os estados com base na população estimada pelo IGBE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para 2021.

Para receber o montante, cada estado deveria enviar um plano com o número de cirurgias eletivas identificadas na fila, quantas poderiam ser realizadas com o investimento do governo federal e os hospitais que fariam as operações.

As relações de todos os estados foram divulgadas na última sexta (2), já que alguns estados, como São Paulo, demoraram mais para enviar as informações. Com a atualização de todo o país, o total de cirurgias eletivas no SUS ultrapassou 1 milhão de operações aguardando serem feitas.

O levantamento também possibilitou observar os números em cada estado. Goiás é o que tem a maior fila: são cerca de 125 mil procedimentos travados. Em seguida, aparece São Paulo, com 111 mil, e em terceiro lugar, o Rio Grande do Sul, com 108 mil.

A primeira fase do programa, que será feita durante 2023, é voltada às cirurgias eletivas. No entanto, o plano também envolve consultas especializadas e exames complementares, partes que devem ser priorizadas nas próximas etapas.

Se o projeto correr como o planejado, cerca de 487 mil cirurgias serão feitas, mas ainda sobrarão mais de 595 mil na fila de todo o Brasil.

Mário Scheffer, professor da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), afirma que a iniciativa é importante. “Desde os últimos tempos, isso é inédito, porque a gente não tinha noção do tamanho dessa fila”.

No entanto, ele chama a atenção para alguns aspectos. O primeiro é de que a medida parece ter um caráter mais paliativo. É importante adotar esse tipo de ação porque são pessoas que precisam de atendimento, “mas essa fila volta se medidas também de médio prazo não forem adotadas”.

O professor explica que um dos problemas que precisa ser melhor abordado é a formação de especialistas: embora o país tenha visto um aumento de cursos de graduação em medicina, isso não se converteu nas especialidades.

“Alguns estados poderão ter dificuldade em cumprir a intenção de diminuir a fila mesmo recebendo recurso porque esbarra [no problema da quantidade de especialistas]”, continua.

O Ministério da Saúde afirmou à reportagem que “o programa é um incremento em relação à produção cirúrgica habitual do SUS”. Por isso, durante o período em que o plano estiver em vigor, o número de cirurgias feitas deve ultrapassar o esperado para o programa, já que as cirurgias feitas normalmente também devem ser realizadas.

O órgão também disse que os R$ 400 milhões –parte do orçamento ainda não enviada aos estados– devem ser encaminhados “mediante a apuração da realização das cirurgias pelos estados e municípios, tendo como prazo inicial de execução o ano de 2023, podendo ser ampliado por mais um ano”. O ministério ainda indicou que irá acompanhar o uso do recurso nos estados em “todas as suas dimensões”.

CATARATA

A cirurgia de catarata é a que deve ter o maior contingente de procedimentos realizados. Atualmente, são cerca de 167 mil pacientes em todo o país na espera pelo procedimento, o que representa cerca de 15% de todas as operações travadas. Com o programa de redução, devem ser performadas 88 mil –ou seja, cerca de 52% do total.

Cesar Motta, diretor da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO), afirma que houve um aumento da incidência de pessoas com catarata. “O envelhecimento da população está cada vez maior. Com esse envelhecimento, a incidência de catarata também se torna cada vez maior”.

O problema ocular faz com que o paciente fique com uma visão embaçada. A complicação pode progredir, levando até mesmo a cegueira, que é normalmente reversível. “A gente tem uma queda na qualidade de vida muito grande quando o paciente se mantém com catarata”, diz Motta.

Para ele, isso é um sinal de que, além do investimento em um programa como este que busca a redução de forma mais imediata, é necessário um plano melhor estruturado para tratar a condição no decorrer dos anos.

“Tirou o investimento, ela vai voltar novamente. É uma coisa que tem quer ser contínua, porque o envelhecimento da população é contínuo também”, conclui.

Sobre a catarata, o Ministério da Saúde afirmou que “historicamente é a mais realizada nos programas de cirurgias eletivas organizados” pela pasta. O ministério também indica que o novo programa “pretende produzir um impacto positivo na capacidade de resposta do SUS a essa demanda cirúrgica específica”.

Samuel Fernandes/Folhapress

Lula aconselha Rui Costa a pedir desculpas por chamar Brasília de ‘ilha da fantasia’

O presidente Lula e o ministro Rui Costa (Casa Civil)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aconselhou o ministro da Casa Civil, Rui Costa, a pedir desculpas por ter se referido a Brasília como “ilha da fantasia” onde “fazer errado é o certo”. A definição do mais poderoso ministro do Palácio do Planalto sobre a capital da República aumentou a temperatura da crise da articulação política e jogou o governo em situação de mais fragilidade diante do Centrão.

Ex-governador da Bahia, Costa disse a interlocutores com quem conversou, nos últimos dias, que se arrependeu de suas frases, mas ainda não se manifestou sobre o assunto porque quer deixar a poeira baixar. Em reunião com o presidente do PSD do Distrito Federal, Paulo Octavio, ainda na segunda-feira, 5, o chefe da Casa Civil afirmou que, quando se referiu a Brasília como “ilha da fantasia”, não teve a intenção de ofender a cidade e nem seus moradores. No encontro, Paulo Octavio estava acompanhado por Anna Christina, filha do ex-presidente Juscelino Kubitscheck e por André, bisneto do fundador de Brasília.

Ao admitir que suas frases foram ditas no calor do momento, de forma infeliz, Costa argumentou que, naquele discurso, falava de Brasília como centro do poder nacional.

“Brasília é difícil. É difícil porque lá fazer o certo, para muitos, está errado. E fazer o errado, para muitos, é o que é o certo na cabeça deles”, disse Costa na sexta-feira, 2, durante a inauguração de um hospital em Itaberaba (BA).

Desde que fez esse discurso, o ministro tem sido alvo de muitas críticas e não foram poucos os que pediram a sua cabeça numa semana difícil para o governo. Expoente do Centrão, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse, por exemplo, que declarações como essas não ajudam no relacionamento entre Congresso e Planalto porque é preciso ter “comedimento”.

Ao menos por enquanto, porém, Lula não pretende demitir Costa. “Devo muito a ele. É minha Dilma de calças”, comparou Lula, numa referência a Dilma Rousseff, que, antes de ser presidente, foi chefe da Casa Civil.

Vera Rosa/Estadão

Operação Falcão prende cinco e apreende R$ 18 mil e maconha

Cerca de 19 quilos de maconha e mais de R$ 18 mil reais foram apreendidos, na noite desta segunda-feira (5) , por equipes da Operação Falcão, com cinco suspeitos de tráfico de entorpecentes. O material foi localizado na rua do Alecrim, no Centro de Vitória da Conquista.

Uma mulher foi localizada pelos policiais com drogas em uma mala. A suspeita revelou que recebeu o material de um motorista, também flagrado com tabletes do entorpecente.

A partir da primeira prisão, os policiais chegaram aos outros envolvidos, incluindo uma mulher que estava escondida em um hotel e foi a responsável por trazer a droga de São Paulo.

Dois homens e três mulheres - dois deles com passagens por tráfico de drogas-, foram capturados na ação. A major Karol Lucchesi, comandante da unidade, explicou que o material foi enviado para o Distrito Integrado de Segurança Pública (Disep) de Conquista.
Fonte: Ascom | Márcia Santana

Cinco policiais e um traficante são localizados em operação no interior

Um soldado, três cabos, um investigador e um traficante acabaram capturados, na manhã desta terça-feira (6), durante as Operações Urtiga e Garça Dourada, realizadas pela Corregedoria-Geral Geral da Secretaria da Segurança Pública, Polícia Federal e o Ministério Público.

Armas de grosso calibre, centenas de munições, drogas e até materiais tóxicos usados na extração ilegal de minério foram localizados.

Foram apreendidos um fuzil calibre 5,56, três espingardas calibre 12, seis pistolas de diferentes calibres, três revólveres calibre 38, 17 carregadores, mais de 600 munições de diferentes calibres, mais de R$ 18 mil em espécie, duas pepitas de ouro, substâncias de uso controlado utilizadas para mineração ilegal, notebook, celulares, coletes balísticos, roupas camufladas, rádio comunicador, facas e documentos.

Ação integrada

As ações foram deflagradas, de forma articulada, por unidades da Força Correicional Especial Integrada (Force) da Corregedoria-Geral da SSP, da Polícia Federal, do Grupo de Atuação Especial de Combate a Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco) do Ministério Público da Bahia, da Core e das Corregedorias das Polícias Militar e Civil.

Atuação

A ação foi desencadeada nas cidades de Jacobina, Santa Luz, Valente, Santa Bárbara, Cansanção e Nordestina, no interior baiano, para combater um grupo envolvido com homicídio, extorsão mediante sequestro e lavagem de dinheiro.

Um dos alvos também era investigado pela PF por extração ilegal de minério, com uso de explosivos e posse de armazenamento de substâncias tóxicas.

Fonte: Marcia Santana SSP

Lula é recebido com gritos de ‘ladrão’ na Bahia Farm Show; assista

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi recebido com gritos de “ladrão” durante visita ao Bahia Farm Show, em Luís Eduardo Magalhães, na manhã nesta terça-feira (6).

Lula chegou na Bahia às 9h50, no aeródromo da cidade, acompanhado do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. A primeira dama Janja e os ministros André de Paula, da Pesca e Aquicultura, e Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar também estão no evento.

Além disso, o presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Odacil Ranzi, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, autoridades federais, estaduais, regionais, além de agricultores da região do Matopiba, também participam.

Antes da cerimônia de lançamento, o presidente visitou as exposições da Bahia Farm Show, que tem expectativa de movimentar mais de R$ 7,9 bilhões nesta edição, e receber mais de 100 mil visitantes.

Confira o vídeo obtido por este Política Livre:


 

Mateus Soares

Classe média fica mais endividada e mais inadimplente na passagem de abril para maio, diz CNC

A classe média ficou mais endividada e mais inadimplente na passagem de abril para maio, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Na média do País, a proporção de famílias com dívidas a vencer permaneceu inalterada pelo quarto mês consecutivo, em 78,3%, mostrou a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic). O nível de endividados, porém, é maior do que há um ano, quando estava em 77,4%.

Entre os que declararam ter contas a vencer, 18% se consideram muito endividados, maior porcentual desde agosto de 2022.

“O endividamento dos consumidores permanece estável desde dezembro do ano passado, especialmente por conta do encarecimento e da seletividade das concessões de crédito pelas instituições financeiras. A taxa média de juros das concessões de crédito às pessoas físicas alcançou 59,7% ao ano em abril, o maior porcentual desde agosto de 2017, segundo dados do Banco Central”, justificou a CNC, em nota.

A pesquisa também apontou estabilidade na parcela de consumidores com dívidas em atraso, que alcançou 29,1% do total de famílias em maio, mesmo resultado de abril. Em maio de 2022, essa fatia de inadimplentes era de 28,7%.

Entre as famílias inadimplentes em maio de 2023, 11,8% afirmaram que não terão condições de pagar suas dívidas já atrasadas, maior proporção desde outubro de 2020.

“Os juros elevados dificultam o pagamento da dívida atrasada, pois pioram as despesas financeiras”, justificou a economista Izis Ferreira, responsável pela pesquisa da CNC, em nota oficial

A alta dos juros tem pressionado mais o orçamento de famílias da classe média, enquanto a expansão de políticas voltadas para os benefícios sociais aliviam os grupos de menor renda, segundo a CNC.

Na passagem de abril para maio, houve redução na proporção de endividados entre os mais pobres e os mais ricos, mas aumentou nas faixas de rendimento médio.

No grupo com renda familiar mensal de até três salários mínimos, a proporção de endividados caiu de 79,0% em abril para 78,7% em maio. No grupo com renda acima de 10 salários mínimos mensais, essa fatia recuou de 75,3% para 75,0%. Na classe média, com renda de três a cinco salários mínimos, a proporção de endividados subiu de 78,7% para 79,6%, e, no grupo de cinco a dez salários mínimos, houve aumento de 77,8% para 78,0%.

O mesmo fenômeno ocorreu com a inadimplência. No grupo com renda familiar mensal de até três salários mínimos, a proporção de inadimplentes ficou estável em 36,3%, e, no grupo que recebe acima de 10 salários mínimos mensais, essa fatia recuou de 13,9% para 13,7%. Na classe média, com renda de três a cinco salários mínimos, a proporção de inadimplentes subiu de 27,3% em abril para 27,7% em maio, e, no grupo de cinco a dez salários mínimos, houve aumento de 22,6% para 23,4%.

O maior alcance e aumento dos valores do Bolsa Família e a retomada das contratações formais de pessoas com menor escolaridade têm auxiliado os consumidores que recebem menos de três salários mínimos a pagar as dívidas, avaliou Izis Ferreira. “São eles, também, o principal foco de renegociações e, com isso, o risco de inadimplência vem aumentando mais na classe média”, acrescentou a economista.

A pesquisa mostrou ainda que cerca de 45,7% dos inadimplentes estão com contas atrasadas há mais de três meses, maior porcentual em três anos. No entanto, a CNC prevê que essa fatia se reduza gradualmente no segundo semestre, encerrando o ano próximo a 44,5%, o que ainda significaria a maior proporção anual desde 2019.

Daniela Amorim/Estadão Conteúdo

Ipiaú receberá o Governador da Bahia nesta sexta-feira (9) para inaugurações de obras

Está prevista para às 9 horas desta sexta-feira, 09 de junho, a visita do governador Jerônimo Rodrigues à Ipiaú. Na oportunidade o gestor estadual juntamente com a Prefeita Maria das Graças, estarão entregando obras do Governo da Bahia em parceria com o município, realizadas em ipiaú, também visitará a Feira Saúde Mais Perto, ação promovida pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) em parceria com as Voluntárias Sociais da Bahia, que traz serviços de saúde e cidadania para a população desta cidade e região.

O governador que será recepcionado pela prefeita Maria das Graças e poderá anunciar novas realizações para o município que lhe deu expressiva votação na campanha eleitoral que lhe conduziu até o cargo majoritário da política baiana. Prefeitos e demais lideranças de municípios vizinhos deverão se dirigir à Ipiaú para esse encontro com o governador Jerônimo Rodrigues.

Fonte: Américo Castro/ DECOM- Prefeitura de Ipiaú

Publicada a medida provisória de incentivo à indústria automotiva

Publicada a medida provisória de incentivo à indústria automotiva
O Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 6, publica a Medida Provisória 1.175/2023, que dispõe sobre desconto patrocinado na aquisição de veículos sustentáveis. O incentivo foi lançado oficialmente na segunda-feira, 5, pelo governo e é voltado para baratear automóveis e renovar frotas de ônibus e caminhões no País.

“O mecanismo de desconto patrocinado será aplicável pelo prazo de 120 dias”, diz a MP.

O anúncio do programa, inicialmente idealizado para reativar a venda de “carro popular”, foi feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.

A medida irá resultar num bônus de R$ 2 mil a R$ 8 mil no preço de carros de até R$ 120 mil, o que corresponde a desconto mínimo de 1,6% e máximo de 11,6% no valor. O desconto será aplicado com base nos critérios já divulgados: veículos mais baratos, menos poluentes e com maior densidade industrial nacional.

O pacote também vai beneficiar a compra de novos caminhões, ônibus e vans, com créditos que vão de R$ 33,6 mil a R$ 99,4 mil

As empresas que concederem o desconto contarão com crédito tributário junto à União.

O custo total do programa para o governo é de R$ 1,5 bilhão: R$ 500 milhões servirão para a parcela voltada aos carros; R$ 700 milhões para caminhões; e R$ 300 milhões para ônibus e vans.

De acordo com Haddad, o programa se encerra quando for alcançado o crédito de R$ 1,5 bilhão, que será pago pelo governo a partir da reoneração do diesel.

Luci Ribeiro, Amanda Pupo e Eduardo Rodrigues/Estadão Conteúdo

Câmara criará Comissão Especial para indicar providencias aos prédios do Santa Paula e RNTC

A Sessão Ordinária da Câmara de Vereadores de Ipiaú será neta terça feira (06)
Por unanimidade a Câmara Municipal de Ipiaú aprovou o Projeto de Resolução nº 008/20231, de autoria da Mesa Diretora, que dispõe sobre a criação de uma Comissão Especial com a finalidade de proceder estudos, levantamentos, apontamentos, recomendações e sugestões quanto a situação do inacabado Santa Paula e as instalações do antigo Rio Novo Tênis Clube, ambos localizados no centro da cidade.
A obra do Santa Paula está paralisada há quase meio século
Por falta de solução, até então, os dois imóveis estão convertidos em uma espécie de cartão postal negativo do município.
O Rio Novo Tenis Clubefoi palco de grandes eventos culturais
De acordo com o projeto, a referida comissão deverá ser composta por membros titulares e suplentes, representantes de órgãos governamentais e da sociedade civil. Da esfera governamental a comissão contará com representantes da Câmara Municipal e das secretárias municipais de Desenvolvimento Urbano e Serviços Públicos; Infraestrutura; Agricultura e Meio Ambiente, assim como da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil.

COMPOSIÇÃO

Na composição da Comissão Especial também constarão representantes dos conselhos municipais de Habitação; Meio Ambiente e de Cultura.

Pela sociedade civil serão indicados representantes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia – CREA-; Conselho Regional de Arquitetura e Urbanismo – CAU-; Clube dos Diretores Legistas de Ipiaú – CDL-; Ordem dos Advogados do Brasil/Subseção de Ipiaú; Loja Maçônica Fraternidade Rionovense; Rotary Club de Ipiaú e Rotary Club Vale dos Rios; Coletivo Cultural de Ipiaú; Comissão do RNTC e representantes dos proprietários do Maison Valle dos Rios (Santa Paula).

Após indicação dos respectivos membros titulares e suplentes por parte dos órgãos e entidades serão os mesmos nomeados por ato administrativo do Presidente da Câmara Municipal de Ipiaú para comporem efetivamente a Comissão Especial e desenvolverem suas atividades. Quando constituída, a Comissão Especial, na sua primeira reunião de instalação, elegerá um Presidente e um Relator.

COMPETENCIAS

Competirá à Comissão Especial as seguintes atribuições: proceder estudos, levantamentos, apontamentos, recomendações e sugestões quanto aos dois imóveis em pauta, observando para tanto a legislação pertinente e aplicada à matéria; efetuar sempre que possível de forma integrada suas atividades, levando em consideração as atribuições e competências dos órgãos do Poder Executivo Municipal; apresentar no final dos trabalhos e atividades desenvolvidas, relatório circunstanciado endereçado ao Poder Legislativo e Poder Executivo; solicitar apoio e auxílio aos órgãos públicos e entidades privadas que possam contribuir com o desempenho de suas atribuições; expedir todo e qualquer ato necessário ao desenvolvimento de suas atividades e competências; desempenhar outras atividades correlatas, visando o pleno cumprimento da sua finalidade e objetivo.

PRAZO

O prazo de vigência de funcionamento da presente Comissão Especial é de 6 (seis) meses, contados da publicação de nomeação dos respectivos membros, podendo ser prorrogado, mediante solicitação devidamente justificada. Ficará o Presidente da Câmara Municipal de Ipiaú autorizado a prorrogar a vigência da Comissão Especial mediante a expedição de ato administrativo competente para este fim, assim como regulamentar a presente Resolução no que couber, podendo para tanto, expedir todo e qualquer ato administrativo necessário e pertinente a esta incumbência, além de noticiar e encaminhar aos órgãos competentes os resultados dos trabalhos apresentados. (José Américo Castro).

Feira Saúde Mais Perto será instalada em Ipiaú nos próximos dias 9 e 10 de junho

Nos próximos dias 9 (sexta-feira) e 10 (sábado) Ipiaú estará recebendo a Feira Saúde Mais Perto, ação promovida pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) em parceria com as Voluntárias Sociais da Bahia, que traz serviços de saúde e cidadania para a população desta cidade e região. 

O evento terá lugar na área do estacionamento da Praça de Eventos Álvaro Jardim, no período das 8 às 17 horas.

A secretária municipal de Saúde, Laryssa Dias, informa que a Feira oferecerá atendimento odontológico, consulta com oftalmologista, preventivo ginecológico e consulta com avaliação nutricional. “Dentre os exames, podem ser feitos ultrassom, eletrocardiograma, raio-x, preventivo, além de triagem para cirurgias eletivas do tipo: histerectomia (retirada de útero), vesícula, hérnia inguinal, epigástrica e umbilical”.

Também será possível realizar exames de laboratório, testes rápidos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e atualizar o cartão de vacinação através do posto de imunização. Além disso a Feira também oferecerá serviços de cidadania através do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC), como a emissão de RG, CPF e registro de antecedentes criminais.

Nos consultórios instalados são realizados exames para rastreamento de catarata e encaminhamento para a cirurgia através da rede do Sistema Único de Saúde (SUS). Para a saúde preventiva, são oferecidos exames de mamografia para mulheres de 40 a 69 anos e atendimento ginecológico. 

Para acessar os serviços, basta apresentar cartão SUS, RG, CPF e comprovante de residência. Para realização de ultrassonografia de mama, abdômen, transvaginal e eletrocardiograma (ECG) é necessária a apresentação de requisição médica.

José Américo / Decom Prefeitura de Ipiaú

Entrevista – Mário Júnior: “PP vai definir candidatos nos 30 maiores municípios da Bahia, incluindo Salvador”

Deputado federal Mário Negromonte Jr.

O deputado federal Mário Negromonte Júnior assumiu a presidência do PP da Bahia com a missão de tentar unificar o partido que está dividido entre os apoiadores do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e os aliados do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União). Justamente por transitar bem entre as duas alas da sigla ele derrotou na disputa interna o ex-deputado federal Ronaldo Carletto, que deixou a sigla e passou a comandar o Avante no Estado.

Nesta entrevista exclusiva ao Política Livre, concedida ontem (05), na sede estadual do PP, na Avenida Luiz Viana Filho (Paralela), em Salvador, Mário Júnior fala sobre os desafios de imprimir a própria marca na presidência de uma das maiores siglas do Brasil e da Bahia, a exemplo do que fez o pai, Mário Negromonte, atual conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), e o deputado federal João Leão.

Aos 42 anos, com um mandato de deputado estadual na biografia e ocupando pela quarta vez consecutiva uma cadeira na Câmara Federal, o novo presidente do PP conta detalhes sobre o processo sucessório interno, muitos dos quais revelados com exclusividade pelo site, e evita tomar posições que sejam compreendidas como um movimento individual para favorecer uma das alas do partido. Ele garante que todas as decisões serão coletivas, inclusive no que se refere ao pleito municipal de 2024 na capital e nas maiores cidades do interior.

Mário Júnior também defende que o PP integre a base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), faz elogios ao ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), e assegura que não conversou sobre política com o governador Jerônimo Rodrigues (PT) após a convenção pepista. Sobre um eventual apoio institucional da sigla ao governo estadual, o deputado ressalta que o chefe do Executivo estadual também precisa demonstrar interesse.

Sobre 2026, Mário Júnior, que nasceu em uma família de forte tradição política em Paulo Afonso e região, não descarta disputar uma das vagas ao Senado, embora, garanta que não planeje esse movimento. “Temos excelentes nomes de parlamentares e prefeitos que podem contribuir com uma eventual chapa majoritária. Eu sou apenas um deles”, diz.

Confira abaixo a íntegra da entrevista:

Política Livre – O senhor assumiu a presidência do PP da Bahia sucedendo duas lideranças consideradas fundamentais no processo de construção, independência e crescimento do partido na Bahia, antes uma sigla apêndice do carlismo: seu pai, Mário Negromonte, político experiente e atual conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), e o ex-vice-governador e atual deputado federal João Leão. O que pretende fazer de diferente deles?

Mário Negromonte Júnior – Eu tenho em Mário Negromonte e em João Leão duas referências. Eles fizeram um grande trabalho, conduzindo o partido até aqui, com crescimento. Deram uma contribuição importante e tiveram um grande papel. Não será fácil dar sequência a esse trabalho, mas terei a oportunidade de pegar os erros e os acertos dos dois e fazer o partido crescer em meio a este momento em que vivemos. Vai ser um desafio, mas tenho certeza que dará certo no final. Vou procurar deixar a minha marca, construir o meu legado.

O partido hoje vive uma divisão interna: de um lado, o grupo que já está na base do governo Jerônimo Rodrigues e se reaproximou do PT após o pleito de 2022; do outro, os que preferem seguir ao lado do prefeito Bruno Reis (União) e do ex-prefeito ACM Neto (União). O senhor pretende trabalhar pela unificação ou isso não será possível?

Primeiro, vamos exercer muito o diálogo, respeitando todos, buscando sempre o entendimento. Eu acho que o melhor caminho é estar ao lado da maioria do partido, mas sempre respeitando a posição da minoria. Com fé em Deus, vamos construir isso. Aliás, eu fui eleito presidente do PP justamente porque tenho um bom trânsito com todos, tanto dentro quanto fora do partido. O momento agora é muito interno, de conversas, de tratar das eleições municipais de olho no pleito de 2026 e de buscar a unidade sempre que for possível.

A maioria hoje é aquela representada pelos deputados estaduais e maioria dos prefeitos do PP, que desejam que a sigla faça parte da base de Jerônimo?

Não temos uma maioria formada. Não houve reunião sobre isso ainda. Faremos uma reunião para definir o melhor caminho. Agora, quando se tem uma questão dessa de apoiamento, as duas partes têm que querer, e não basta só o partido. Para isso tem que conversar e ainda não há conversa sobre isso, até porque acabamos de ter a eleição do novo diretório e da nova Executiva do PP da Bahia e estamos focados em eleger o maior número de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores em 2024. Por isso, a gente vai buscar agora os critérios para as definições nos municípios, os projetos municipais, e esse é o nosso grande desafio agora, sempre lutando pela união do partido. Além disso, a posição dos deputados estaduais e dos prefeitos não necessariamente pode ser a mesma do diretório e da Executiva.

Depois da convenção você foi procurado por Jerônimo, por Bruno Reis, por ACM Neto ou pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT)? Tem mantido diálogo com essas lideranças?

Conversei com muita gente em Brasília, no aeroporto, pessoas que me parabenizaram, de diversos partidos. Aliás, recebemos na convenção deputados estaduais e federais de outros partidos, como Vitor Azevedo (PL), Diego Coronel (PSD), Fátima Nunes (PT) e Marcelinho Veiga (União). Outros falaram comigo depois, como os deputados federais Bacelar (PV) e Alice Portugal (PCdoB). Agora, muitos me ligaram desejando tudo de bom, mas se não fizeram isso publicamente, e sim no privado, acho que essas pessoas querem que isso fique no privado.

Então você ainda não teve uma conversa política com nenhuma das principais lideranças da política baiana sobre o futuro do PP neste novo momento?

Tenho conversado mais sobre questões nacionais. Participei de reuniões com prefeitos e os consórcios municipais, na União dos Municípios da Bahia (UPB), ouvindo demandas de prefeitos, uma delas com a presença de Rui Costa e outros agentes da política baiana de todos os campos. Mas sempre com cordialidade, sem tratar das questões internas do PP. O momento agora do partido é muito mais interno, de falar para dentro.

Por isso o prefeito da capital e nem o governador foram convidados para a convenção?

A gente decidiu fazer uma convenção mais entre os amigos, trabalhando mais para dentro do partido na Bahia. Pensamos até em trazer o senador Ciro Nogueira (PI), presidente nacional do partido, mas optamos por fazer algo menor, no auditório da nossa sede, em Salvador. Não fizemos convite para fora do partido. Quem veio de fora foi porque quis comparecer, de forma cordial.

Esse processo que resultou na convenção estadual que confirmou a sua eleição para presidente do PP começou entre novembro e dezembro de 2022, quando João Leão anunciou que deixaria o posto. O senhor defendia essa renovação, a exemplo da maioria dos políticos com mandato da legenda?

Quando Leão falou que não queria mais, consideramos que era natural se buscar a renovação.

Nesse início, o senhor já pleiteava a sucessão interna?

Alguns amigos achavam que eu devia ser candidato justamente porque eu sempre fui um cara que transita bem e tinha o respeito das alas do partido. Para essas pessoas, seria, por exemplo, um carimbo muito grande ter um partido presidido por Cacá Leão (secretário de Governo da Prefeitura de Salvador), que foi candidato a senador na chapa de ACM Neto, ou por Ronaldo Carletto (Avante), que já defendia uma posição clara de apoio ao governo do Estado. Num momento em que o partido vivia essa divisão, e ainda vive, fui colocado como uma pessoa que poderia tentar intermediar isso da melhor forma possível, como estou tentando fazer. Foi um processo que durou seis meses essa questão da sucessão, porque teve muita conversa, e eu tentei fazer um acordo com Ronaldo.

O acordo era a proposta de rodízio na presidência, começando pelo senhor?

Sim. Desde as primeiras reuniões do partido ficou claro que havia uma maioria a meu favor. Mas Ronaldo queria o mandato de um ano, e isso não era aceito. No início, na primeira reunião que tivemos (em abril), ele chegou a dizer que me apoiaria, mas na semana seguinte a conversa já não era mais a mesma. Não vejo sentido algum uma presidência de um ano. Eu não teria tempo de imprimir a minha marca. Leão deixou a marca dele, o meu pai também, e tenho o direito de deixar a minha, o que só se faz com tempo de trabalho. Foi o que eu fiz quando assumi a presidência nacional da Juventude Progressista, momento em que coloquei em prática uma campanha de filiação que fez do PP o partido com o maior número de filiados do Brasil. Isso só se faz com planejamento, com tempo, e quero fazer aqui na Bahia, com o apoio dos nossos movimentos ligados à juventude, às mulheres, ao afro.

Mesmo quando já estava internamente definido que você seria o sucessor de João Leão, ainda houve uma demora grande para a confirmação oficial e muita especulação, inclusive de que Ronaldo Carletto já estaria negociando com o apoio de lideranças petistas o ingresso em uma nova sigla antes que o próprio anunciasse à imprensa. Isso ocorreu de fato?

Fiz de tudo, e o partido também, para que Ronaldo ficasse no PP. Esgotamos ao máximo as conversas. Sou da opinião de que o partido é mais importante do que os projetos individuais de cada um. No meio dessas conversas sobre o rodízio (na presidência do PP), o comando do partido, na convenção nacional, decidiu que os mandatos de presidente seriam de três anos. Aí não sei se Ronaldo já tinha essa movimentação que alguns falavam de sair, mas tentei ao máximo que ele ficasse porque é uma liderança importante. Ele teve quatro mandatos de deputado federal, e eu estou no quarto. Ele tinha mais tempo de filiação, mas eu entrei no PP com 16, 17 anos e também estou há bastante tempo. Nossa vontade foi que ele permanecesse.

Qual foi o papel da Executiva nacional do PP nesse processo de sucessão de Leão, já que muitas reuniões ocorreram também em Brasília?

A Executiva nacional participou de forma ativa. O presidente nacional Ciro Nogueira, o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (AL), e o líder do partido na Casa, André Futuca (MA), apoiaram meu nome pela história do meu pai, que comandou por quatro vezes o partido na Câmara e foi vice-presidente nacional por muito tempo, e por tudo que eu construí e conquistei ao longo do tempo em Brasília. Claro que houve respeito a Ronaldo e a todos nessa construção, mas no final se concretizou esse processo.

Neto Carletto, sobrinho de Ronaldo, deve deixar o PP também?

O deputado Neto Carletto garantiu, segundo Ciro Nogueira me disse, e eu não participei dessa reunião, que ia ficar no partido e seguir a orientação do partido nas votações. Arthur Lira estava presente também. Ele (Neto Carletto) afirmou nessa reunião que será candidato a deputado federal pelo PP em 2026. Ele repetiu isso em conversa com João Leão, com Jabes Ribeiro (secretário-geral da legenda na Bahia) e com Cacá Leão, no dia em que declarou apoio a mim.

Então os espaços que Neto Carletto têm no PP serão mantidos, a exemplo dos diretórios municipais?

Eu chamei Neto Carletto para ser vice-presidente do PP da Bahia e pedi a ele que me ajudasse nesse processo de fortalecimento do partido. Eu disse que onde ele foi votado e onde tem candidato a prefeito ligado a ele que tenha um projeto, nós vamos respeitar, buscando sempre o que for melhor parra o partido.

O senhor se sentiu traído ou magoado com a saída de Ronaldo Carletto?

Não, zero mágoa com ele. Se em determinado momento ele criou uma grande expectativa de ser presidente e não aconteceu, ele deve ter entendido que o ciclo dele no PP acabou e foi buscar outro partido. Desejo sorte a ele.

Teme que o PP seja desidratado pelo novo partido de Ronaldo Carletto, o Avante, em movimento que teria o respaldo de Jerônimo e de Rui Costa?

Veja, o PP tem história de muitos anos no Brasil e na Bahia, uma história de crescimento. Nós temos 53 deputados federais em Brasília. Na Bahia, temos quatro federais e seis estaduais. O Avante só tem sete deputados federais, sendo um na Bahia. Isso significa que temos muito mais tempo de TV e rádio, mais fundo partidário, e isso é fundamental para quem vai disputar as eleições em 2024 e em 2026. Temos muito mais estrutura. Ronaldo sabe que partido é construção, e o desafio é grande. Ele sabe que todo partido tem problema. Às vezes, você muda de partido e só muda de problema. Ele tem um desafio grande e espero que tenha sucesso. Eu vou lutar pelo PP. Tenho recebido muitas pessoas que querem entrar na legenda, conhecer esse projeto novo que nasce em uma base consolidada. O partido tem um número forte, que é o 11, e isso é muito importante principalmente no interior. Então, acredito que as coisas vão avançar e o partido vai continuar grande. Vamos comparar depois do resultado das urnas de 2024 e 2026.

Mas o PP tem perdido alguns prefeitos para o Avante. Se fala que o número pode passar de 20…

Ainda não temos números oficiais sobre isso. Mas também estamos conversando para trazer prefeitos com mandato e candidatos.

O deputado federal Cláudio Cajado, que apoiava Ronaldo Carletto na disputa interna pelo comando do PP baiano, pode deixar o partido?

Olha, Cajado acabou de ser relator do arcabouço fiscal na Câmara, foi presidente nacional do PP enquanto Ciro Nogueira era ministro no governo passado e está bem posicionado dentro da legenda. Não vejo um cenário de saída dele. Cajado sabe da importância nacional do partido e é muito ligado a Ciro. Chegaram até a morar juntos em Brasília, eu acho. Eu quero trabalhar junto com Cajado, valorizá-lo cada vez mais, para que ele possa nos ajudar no crescimento do partido. João Leão e Mário Negromonte não fizeram nada sozinhos. Eu também vou precisar de todas as lideranças progressistas nesse momento. Farei a minha parte e vou pedir a colaboração de todos. Cajado, inclusive, é um dos vice-presidentes do partido no Estado e se comprometeu com a ata da nossa convenção.

E quanto ao deputado estadual Nelson Leal, o único deputado do PP que não teve cadeira na Executiva e nem diretório da sigla e que acusou você de não cumprir com ele acordos eleitorais em 2022?

Ele combinou conosco que não queria participar do diretório ou da Executiva. Eu acho que Nelson Leal é muito pragmático. Ele teve muitas oportunidades no partido. Foi presidente da Assembleia Legislativa indicado pelo partido. Depois, foi secretário estadual de Desenvolvimento Econômico também pelo partido. Eu sempre o apoiei, assim como o PP. Eu não levei para o coração (as críticas) e espero que, lá na frente, a gente ainda possa conversar. Quero poder dar um abraço nele. Fomos deputados estaduais juntos, tenho respeito por ele. Eu digo que esse processo dentro do PP foi uma batalha de seis meses que deixou feridas, cicatrizes. Com o tempo, espero que isso passe.

Durante a convenção, você disse que pretende levar o comando do PP para o interior e ouvir a todos antes de tomar decisões importantes. Fará isso em relação a ser governo ou oposição na Bahia?

Quero levar o partido para o interior e fazer encontros regionais planejados. As grandes decisões serão conversadas. E as posições serão adotadas em sintonia com o desejo da maioria. Tudo, não só se seremos governo ou oposição, precisa estar em sintonia.

O senhor também disse que tem a sua posição pessoal sobre isso, de ser governo ou oposição no Estado, mas que preferia não revelar. Já pode dizer qual é essa posição?

Primeiro, a posição que posso externar é que quero a união e o fortalecimento do partido. É o que vou perseguir todos os dias, construindo pontes. Independentemente de onde quer que estejamos no cenário político, quero sempre manter o partido dialogando com todos que fazem política na Bahia. Esse é o objetivo a se percorrer. Nunca uma posição pessoal minha vai sobressair. Não tomarei atitudes monocráticas. Vamos tomar decisões coletivas, sempre perseguindo a maioria. Até para que eu possa dividir também a responsabilidade pelas decisões.

Mas qual é a sua posição?

Com certeza você vai saber já, já. Nesse momento tenho que me comportar como magistrado e construir pontes. Também irei abraçar no partido quem for minoritário, vendo a melhor forma de dar espaço a todos. Quero ser a referência para os dois lados.

O senhor defende, em Brasília, que o PP apoie o governo do presidente Lula (PT)?

Sim. Eu declarei apoio a Lula no primeiro turno das eleições de 2022 lá em Paulo Afonso e tenho feito o possível para ajudar o governo dentro do partido. Ciro Nogueira já me deu essa autonomia.

Arthur Lira tem dito que o governo Lula tem problemas na articulação política. O senhor concorda?

Essa aproximação do governo com o Congresso tem que ser constante, mantendo sempre o diálogo. O cenário hoje é diferente dos outros dois mandatos de Lula. Os deputados estão com as emendas impositivas, que dobraram de valor, e, com isso, têm mais independência. Por isso, eles podem votar mais vinculados a questões partidárias, por exemplo.

Rui Costa tem sido alvo de muitas críticas de parlamentares, sobretudo após as declarações que deu recentemente sobre o certo e o errado em Brasília. As críticas são justas?

Tenho uma boa relação com ele. A gente se dá bem e se trata com muita educação e respeito. Uma declaração tem maior peso a depender de onde você está, do cargo que ocupa. E ele está na Casa Civil, e tudo toma uma dimensão muito grande. Além disso, Rui Costa não faz articulação política, ele não tem essa obrigação. O papel dele é mais de “gerentão”, de gestor.

Brasília é uma ilha da fantasia?

Não acho. Eu adoro Brasília. Vou lá desde que meu pai era deputado. Quase morei lá quando estava estudando para um concurso de delegado federal, que foi cancelado depois e foi estudar fora do país. Trata-se de uma cidade maravilhosa. Enquanto São Paulo tem o dinheiro, Brasília concentra o poder e as principais decisões do país.

O senhor vai indicar cargos federais na Bahia, já que apoia o governo Lula?

Não sentei com ninguém para tratar de cargos, mesmo sendo o único do PP que declarou que votou em Lula. Não fui chamado e não tive conversa nesse sentido com Alexandre Padilha (ministro das Relações Institucionais).

Em 2022 o PP tomou uma decisão difícil, sob a liderança de João Leão, que foi a de romper com o PT e apoiar ACM Neto na disputa pelo Palácio de Ondina. Em sua opinião, foi uma decisão acertada?

Claro que tenho minha opinião, mas não vou ficar falando que foi certo ou errado ou ficar apontando culpados. Não é o meu papel aqui. O meu papel é não repetir os erros e seguir o caminho dos acertos, buscar o aperfeiçoamento. Claro que alguns querem procurar culpados por decisões que não deram certo, mas não trabalho dessa forma.

O senhor participou internamente daquele processo que resultou no rompimento com o PT, no qual João Leão se disse traído pelo então governador Rui Costa?

Veja bem, eu estava um pouco distante, cuidando da minha campanha. Não acompanhei de perto. Mas a gente, o partido todo, foi solidário a João Leão pelo que aconteceu. Meu pai e Leão têm uma amizade de mais de 40 anos e isso é muito forte. Então, acho que seria mais difícil para os baianos entenderem se eu tivesse tomado outra decisão senão a de seguir o partido. Acompanhei a decisão do partido até o final.

Perdeu votos por isso?

Não perdi lideranças. Até porque não houve perseguição nem de Rui Costa e nem do senador Jaques Wagner (PT), e eu falo que guardo isso no meu coração, porque também nunca ataquei ninguém. Fiz meu papel, o que deveria ser feito.

Cacá Leão afirmou que o PP já fechou questão em Salvador e vai apoiar a reeleição de Bruno Reis. O senhor confirma?

Olha, eu fiz um compromisso que ia tomar uma decisão ouvindo a todos e fazer o anúncio oficial de toda ou qualquer posição do PP sobre as eleições, inclusive nas maiores cidades.

Então não há definição sobre Salvador?

Não quero falar nem que sim, e nem que não. O anúncio oficial quero fazer dividindo com todos a responsabilidade para que não fique parecendo que foi uma decisão monocrática. Isso será dividido com a Executiva. Lógico que Cacá é uma pessoa por quem tenho um carinho grande, teve um papel relevante na minha eleição para presidente, e sou muito grato. A opinião dele vai pesar muito sobre Salvador.

Em meio à divisão do PP, qual será o critério para a definição dos comandos municipais da legenda e a escolha de candidatos ou apoiamentos?

A Executiva do PP vai definir candidatos nos 30 maiores municípios da Bahia, o que inclui Salvador. Temos autonomia da nacional para fazer isso. Existem vários critérios, como antiguidade, preferência para quem vai disputar a reeleição, quem tem um projeto consolidado. Vamos sempre ver o melhor caminho. É mais ou menos o critério que o PP sempre vinha adotando, com uma mudança ou outra.

Existe possibilidade de o PP lançar candidatura própria à Prefeitura de Salvador?

Estamos analisando a possibilidade de lançar o maior número de candidatos. Para Salvador, no entanto, isso só vai acontecer se surgir um nome muito significativo. Na eleição passada (de 2020), a gente começou com o nome do deputado estadual Niltinho em Salvador, mas depois indicamos o vice na chapa da deputada estadual Olívia Santana (PCdoB). Em 2016, tivemos candidato, que foi Cláudio Silva. Mas sempre tivemos uma posição neutra, não éramos nem PT e nem ACM. Nessa eleição do ano que vem só lançaremos nome na capital se houver potencial de vitória.

Quando João Leão era vice-governador, seu partido já chegou a ter uma centena de prefeitos na Bahia. É possível repetir esse desempenho?

Eu vou saber disso depois de analisarmos o cenário, a partir de uma reunião que teremos com a Executiva, os deputados. Estamos definindo uma data para esse encontro, que deve ocorrer depois do São João.

Já está pensando em 2026? Pode concorrer a uma cadeira no Senado?

A eleição de 2026 passa pela de 2024, pelas construções que serão feitas antes, durante e depois do pleito municipal. Sobre minhas pretensões, meu sonho sempre foi ser deputado federal. Realizei isso aos 34 anos, graças a Deus e ao povo baiano que me deu a oportunidade. Não tenho obsessão por nada daqui para a frente. Se for da vontade de Deus que eu seja algum dia candidato a prefeito de Paulo Afonso ou de Glória, onde minha mãe é novamente pré-candidata e já foi prefeita por oito anos, e onde meu primo é o atual prefeito, aceitarei a missão partidária e não fecho a porta se for da vontade do povo. Sobre o Senado, a mesma coisa.

Na disputa interna pelo comando do PP, o senhor trabalhou em silêncio. Há quem diga que essa pode ser a mesma estratégia para 2026, quando o seu partido, pelo tamanho que tem, certamente será procurado pelos candidatos a governador em um cenário com duas vagas para o Senado…

Eu sempre preferi trabalhar mais calado, fazer o movimento sem aparecer, mas essa questão do Senado também é destino. Primeiro tenho que honrar os votos que recebi para deputado federal e cumprir minha missão de fazer o PP crescer ainda mais. Além disso, temos excelentes nomes de parlamentares e prefeitos que podem contribuir com uma eventual chapa majoritária. Eu sou apenas um deles.

Seu pai, Mário Negromonte, se aposenta ano que vem do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Ele pensa em retornar à política?

Meu pai é novo ainda, vai fazer 75 anos, e está com muita disposição. Vai se aposentar do tribunal porque é a regra. Mas ele tem a cabeça muito boa, apesar de estar afastado da política. Ele tem uma vontade de trabalhar muito grande ainda. E ele vai decidir o futuro dele daqui a pouco, se vai voltar para a iniciativa privada, onde foi empresário e advogado, ou se vai querer se dedicar à família, aos netos, aos filhos. A decisão que ele tomar terá o meu apoio.

Política Livre

Arthur Lira indicou R$ 33 milhões do orçamento secreto para kits de robótica investigados pela PF

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), é o autor da indicação de R$ 32,9 milhões do orçamento secreto para a compra de kits de robótica em municípios de Alagoas investigados por desvios de recursos públicos. O ex-assessor de Lira Luciano Ferreira Cavalcante é suspeito de participar do esquema e foi alvo da Polícia Federal.

A PF deflagrou uma operação na semana passada após apontar fraude nas licitações e apreendeu R$ 4,4 milhões em dinheiro vivo, incluindo um cofre cheio de notas de reais e dólares em Maceió. O motorista do ex-assessor de Lira é suspeito de receber dinheiro do esquema em Brasília.

A investigação envolve a distribuição de verbas do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) para a compra de equipamentos de robótica em 43 municípios de Alagoas entre 2019 e 2022. A PF aponta superfaturamento e favorecimento para uma única empresa fornecedora. O presidente da Câmara é o “padrinho” dos recursos em pelo menos nove cidades, conforme o Estadão constatou.

Lira apadrinhou R$ 32,9 milhões do orçamento secreto no FNDE durante o ano de 2021. Desse total, o governo liberou R$ 29,7 milhões para pagamento. O Estadão localizou pagamentos no valor R$ 17 milhões para os municípios indicados pelo presidente da Câmara até o momento – o restante ainda está “pendurado”, à espera de quitação pelo governo federal. O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou a anulação de todos os contratos que ainda não foram finalizados.

Só em Canapi (AL), um município de 17,7 mil habitantes, Lira emplacou R$ 5,8 milhões para a compra dos equipamentos de robótica. Em União dos Palmares (AL), cidade de 66 mil habitantes, a indicação do presidente da Câmara foi maior, de R$ 9,2 milhões. O dinheiro efetivamente liberado pelo governo para esse município foi de R$ 7,4 milhões.

As duas prefeituras, que ficam a mais de 200 quilômetros de distância, contrataram a mesma empresa para fornecer os produtos: a Megalic LTDA. Um dos sócios da companhia é o empresário Edmundo Catunda, pai do vereador de Maceió João Catunda (PSD), aliado de Lira.

De acordo com a PF, a Megalic nunca forneceu os kits diretamente, mas comprava de outro fornecedor, que fica em São Paulo. A suspeita é que a empresa depositava o dinheiro que recebia das prefeituras em diversas contas bancárias, em nome de pessoas que não tinham capacidade financeira para movimentar aqueles valores. Em seguida, operadores faziam saques em dinheiro e entregavam a investigados.

Após a operação da PF, Lira procurou se afastar de qualquer irregularidade e afirmou que há decisões judiciais negando o superfaturamento. “O que eu posso dizer é que eu, tendo a postura que tenho, em defesa das emendas parlamentares que levam benefícios para todo o Brasil, para toda a população, eu não tenho absolutamente nada a ver com o que está acontecendo”, afirmou o presidente da Câmara em entrevista à Globo News. Questionado pelo Estadão sobre as emendas que apadrinhou, ele não respondeu.

Sacola cheia
O assessor Luciano Ferreira Cavalcante trabalhava na liderança do PP da Câmara, gabinete controlado por Arthur Lira, e foi exonerado após a operação. No domingo, 4, imagens que fazem parte da investigação, reveladas pela TV Globo, mostraram o motorista de Cavalcante, que não teve o nome divulgado, recebendo sacolas – supostamente cheias de dinheiro – de um casal apontado como operador do esquema.

Luciano Cavalcante mora em Maceió e recebia R$ 14,7 mil por mês para trabalhar na liderança do PP na Câmara. Em 2018, quando Lira era líder do partido na Casa, ele foi nomeado como secretário particular do gabinete. Cavalcante é presidente do União Brasil em Maceió e esteve ao lado de Arthur Lira na campanha de 2022. Segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), as fraudes geraram prejuízo de R$ 8,1 milhões para os cofres públicos.

Daniel Waterman/Estadão Conteúdo

Seis são presos investigados por integrar grupo de extermínio na região Sisaleira

Seis são presos investigados por integrar grupo de extermínio na região Sisaleira

O Ministério Público estadual, por meio do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), participou na manhã desta terça-feira, dia 6, da ‘Operação Urtiga’, para cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão contra um grupo de extermínio nos municípios de Santaluz, Jacobina, Valente e Santa Bárbara. Uma coletiva de imprensa será realizada às 11h na Secretaria de Segurança Pública, no CAB, sobre os resultados da operação.

Foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e seis pessoas foram presas, entre elas cinco policiais e um garimpeiro. Eles são investigados por integrar organização criminosa que atua na Região do Sisal, na Bahia, especializada em crimes contra a vida com características típicas de grupos de extermínio. Armas, entre revólveres e facas, munições, material de garimpo e celulares foram apreendidos.

A operação foi deflagrada pela Força Correcional Especial Integrada da Corregedoria Geral (Force) da SSP, em parceria com o Gaeco e Polícias Federal; Civil, por meio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e Corregedoria da Polícia Civil da Bahia (Correpol); e Militar, por meio da Corregedoria da PM. Com participação de 140 policiais, a ‘Operação Urtiga’ teve início a partir da investigação de dois inquéritos policiais, sendo um para apurar o homicídio de um homem que ocorreu no Município de Cansanção, em março de 2022, e outro inquérito da Polícia Federal a fim de apurar crimes ambientais.

Homem é preso em Itagibá por agredir sua esposa (Lei Maria da Penha)

Por volta das 08h10min dessa segunda-feira (05/06/23), após denúncia via CICOM - 190, a guarnição da 55ª CIPM/Itagibá deslocou até a Rua Castro Alves, Bairro Santa Maria Gorete, em Itagibá para verificar uma situação de que uma mulher tinha sido agredida pelo seu companheiro e o amigo dele, em sua residência.

Chegando no local, a guarnição avistou o esposo da vítima em frente à residência. Foi feita a abordagem e, em seguida, a revista no interior do imóvel a fim de capturar o segundo autor, contudo, ele já tinha evadido do local.

Segundo relato da vítima, que está gestante de 7 meses, ao chegar em casa flagrou seu companheiro tendo relação sexual com o indivíduo de alcunha Dudu. Os dois ficaram exaltados e agrediram a vítima com tapas no rosto e socos nas costas.

Os envolvidos foram conduzidos a delegacia Territorial de Itagibá, onde foi lavrado o auto de prisão em flagrante delito.

Autor: J. A. A. G. (Masculino) Nascido em 08/06/1988; Vitima: L. S. S. (Feminino) Nascido em 15/12/1988

Fonte: ASCOM/55ª CIPM /PMBA, uma Força a a serviço do cidadão.

Destaques