7ª CIPM apreende mais de 9 mil comprimidos de ecstasy

A ação aconteceu neste domingo (18) no bairro de Santa Lúcia, em Eunápolis.
Policiais militares da 7ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Eunápolis) apreenderam mais de 9 mil comprimidos de ecstasy e outros produtos para a produção da droga que estavam dentro de uma mochila, no bairro de Santa Lúcia, na madrugada de domingo (19), em Eunápolis.

De acordo com o comandante da unidade, major Vagner Ribeiro, os entorpecentes foram encontrados durante uma ronda feita na localidade, onde um homem que estava com a mochila, fugiu ao perceber a presença das viaturas. “Além dos comprimidos, na mochila ainda tinha uma balança e uma pequena quantidade de cocaína”, contou.

O material foi apresentado na Delegacia Territorial (DT) de Eunápolis.

Fonte: Ascom | Ian Peterson

RF encontra casal que chefiava esquema de tráfico internacional

Homem e mulher procurados pela PC de Minas foram localizados com a ajuda das câmeras da SSP baiana, na manhã desta terça-feira (20).
Procurados desde 2017 pela Justiça de Minas Gerais pelos crimes de tráfico internacional de drogas, formação de quadrilha e fraude documental, um casal foi capturado na manhã desta terça-feira (20), com a ajuda do monitoramento das câmeras do Sistema de Reconhecimento Facial da Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA).

Criminosos foram presos após a troca de informações entre as Polícias Militar da Bahia (PMBA) e Civil do Estado de Minas Gerais (PC-MG).

A ação teve início após a PC mineira deflagrar nova fase da ‘Operação Persefone’, responsável por combater o tráfico de drogas na cidade de Medina (MG), no Vale do Jequitinhonha. As informações repassadas para a 77ª Companhia Independente da Polícia Militar indicavam que os chefes do tráfico, de 36 e 33 anos, tinham mandados de prisão expedidos pela Vara única da Comarca de Medina e estavam escondidos em Vitória da Conquista, no Sudoeste do estado.

Rapidamente o Centro Integrado de Comunicações (Cicom) Centro Sul foi acionado e deu início ao monitoramento com ajuda das imagens disponibilizadas pelo Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP) do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

“Um alerta foi gerado pela ferramenta tecnológica e indicou a localização do casal. Rapidamente nós os encontramos e confirmamos os dados através dos Documentos de Identificação Pessoal. Eles foram conduzidos para a sede da 10ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Vitória da Conquista), onde tiveram os mandados confirmados”, disse o comandante da 77ª CIPM, major Vagner Ribeiro.

Conforme o titular da Delegacia Territorial (DT) de Medina, delegado Thiago de Carvalho, os criminosos apresentados na Coorpin de Conquista serão encaminhados para o sistema penitenciário.

“A troca dessas informações foi fundamental para retirarmos os criminosos das ruas. Com a condução deles para Minas, será iniciado o cumprimento da pena imposta pelo Poder Judiciário”, disse.
Fonte: Ascom / Rafael Rodrigues

‘Fomos tragados pela percepção do golpismo’, diz chefe do Estado-Maior

Passados seis meses do 8 de janeiro, o Alto-Comando do Exército continua enredado numa trama da qual afirma, dia sim, outro também, não ter participado institucionalmente, mas que corrói sua imagem e envolve seus oficiais sem trégua e sem descanso: um plano para dar um golpe, impedindo a posse do petista Luiz Inácio Lula da Silva. Poderia dizer que, pisando todos os dias em terreno minado e sem saber onde estará enterrado o próximo artefato explosivo que jogará tudo pelos ares, os oficiais têm recorrido à tática da escovinha. É um exercício de concentração extrema que se aprende nos treinamentos militares e que, à falta do equipamento específico, pode salvar a vida do combatente que, com uma escovinha, uma vareta, movimentará com suavidade a terra onde pisa, palmo a palmo até encontrar, ou não, a mina enterrada.

Nestes tempos, têm faltado braços e argumentos para limpar a área e achar as minas que, dia sim, outro também, disparam estilhaços para todo lado. “Fomos totalmente capturados pelos assuntos políticos. Tragados pela percepção do golpismo”, disse à reportagem o chefe do Estado-Maior do Exército, general Fernando José Sant’Ana Soares e Silva, segundo homem na linha de comando. “Nós, o Exército, nunca quisemos dar nenhum golpe. Tanto não quisemos, que não demos. Não houve uma única unidade sublevada”, esclarece o general, em uma de suas raras entrevistas.

Setores da população, da política e do establishment intelectual que compartilham a ideia de que a Força nunca perdeu a ambição política, prossegue ele, não aceitam a ideia de que o Exército é “apartidário e apolítico” e, por mais esforços que sejam feitos, esses conceitos continuam caindo no vazio. “As redes sociais são muito atuantes e se perde uma energia infinita tentando desmentir ou separar o que é verdade das fake news”, explica o general Soares.

Não que o Exército, assinala ele, não tenha o que dizer e o que mostrar à sociedade. Militares atuaram e continuam atuando no auxílio aos Yanomamis e outras tribos na Amazônia; combatendo o garimpo; projetos para a indústria de defesa – definida agora como um dos setores primordiais para a reindustrialização – seguem em discussão e análise e outros tantos programas e ações prosseguem em marcha. Mas caem no vazio. “As Forças Armadas não se envolveram em atos golpistas. Muitos militares da reserva podem ter atuado nesse ou naquele sentido. Entretanto, nós, não”, afirma.

O problema número um é que não caem no esquecimento facilmente os quatro anos do governo de Jair Bolsonaro, no qual militares da ativa e da reserva participaram da administração e silenciaram diante das ameaças golpistas, de intervenção armada feitas quase que todos os dias pelo comandante-em-chefe.

O segundo problema é pouca gente, tida como minoritária e radical, que não parece esquecer que, em algum momento – ainda que estivessem completamente equivocados –, se viram próximos a tomar o poder – embora em nenhum momento o Alto-Comando tivesse feito qualquer sinalização de que poderia aderir a qualquer “maluquice” desse tipo. Foi com esse espírito que marcharam na Esplanada e participaram dos atos de vandalismo e tentativa de golpe do 8 de janeiro. Foi com esse espírito que acamparam na frente dos quartéis, desafiando a Constituição e pedindo intervenção federal.

Também é esse espírito que a Polícia Federal encontra nas trocas de mensagens entre os celulares do então ajudante de ordens do ex-presidente Bolsonaro, Mauro Cid, e seus asseclas como o coronel Jean Lawand Junior com quem dividia planos de golpes roteirizados e com lances completamente estapafúrdios. “Não haverá como mudar a imagem da Força se, nós, dentro, continuarmos a nos dividir. Se esses companheiros não entenderem que a única condição viável é a da democracia. Que nós não temos o direito de usar o Exército para atividades que contrariem nossa função precípua estabelecida na Constituição”.

Nesta semana em que o Alto-Comando do Exército está reunido em Brasília para tratar de promoções e que o Tribunal Superior Eleitoral inicia o julgamento da ação de investigação judicial eleitoral que pode tornar Bolsonaro inelegível por oito anos, o clima promete esquentar entre os bolsonaristas. No Quartel-General do Exército, no entanto, a ordem é manter a normalidade, mesmo que para isso seja preciso escovar o território sem parar.

Monica Gugliano/Estadão

Policial ligado a cofre apreendido pela PF tem contrato milionário com estatal controlada por Lira

Sob controle político do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a superintendência da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), em Maceió, mantém contrato milionário com uma empresa controlada pelo policial civil alvo da operação que mira fraude em licitações de robótica em Alagoas. A Polícia Federal apreendeu, na investigação, uma mala e um cofre lotados de dólares e notas de R$ 50 e R$ 100 em um escritório ligado ao agente, na capital alagoana.

Murilo Sergio Juca Nogueira Junior é policial civil em Alagoas e próximo a Lira. Nas eleições de 2022, o agente emprestou uma caminhonete Hilux para a campanha do então candidato a deputado federal. O serviço foi calculado em R$ 4 mil e entrou na prestação de contas do presidente da Câmara como uma doação estimada.

O policial civil aparece nas investigações como destinatário de R$ 550 mil do empresário Edmundo Leite Catunda Júnior, sócio da Megalic LTDA – fornecedora de kits de robótica para municípios alagoanos -, entre 24 de abril e 23 de outubro de 2020. A PF identificou que a empresa enviou outros R$ 300 mil a Nogueira Júnior entre 2 e 31 de janeiro de 2020. De acordo com as apurações da Polícia Federal, os contratos superfaturados de dezenas de prefeituras para compra de kits estão no centro do esquema, efetivado por meio do repasse de emendas do orçamento secreto, revelado pelo Estadão.

Além do trabalho como policial civil, pelo qual recebe um salário de R$ 10,5 mil, Nogueira Júnior atua no ramo empresarial. Ele controla cinco empresas especializadas em atividades, que vão desde obras de urbanização, à montagem de sistemas de iluminação e controle de pragas, prestação de serviços de atividades de vigilância e segurança privada.

Em 2020, uma dessas empresas, a Reluzir Serviços Terceirizados LTDA, fechou um contrato de R$ 1 milhão pela contratação de porteiros e recepcionistas para a superintendência da CBTU em Alagoas por um ano. O acordo, que já foi prorrogado duas vezes e também reajustado, está em vigor até o próximo dia 27 de junho. Os serviços exigem porteiro com “boa aparência” para trabalhar nas estações do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), conforme os documentos da CBTU. A Reluzir recebeu R$ 2,9 milhões da companhia de trens nos últimos três anos.

Nogueira Júnior se tornou sócio da Reluzir em abril de 2019, cerca de 10 meses antes de a licitação ser feita. A empresa é especializada em limpeza, fornecimento e gestão de recursos humanos, pintura para sinalização em pistas rodoviárias e aeroportos, obras de terraplanagem e serviços de organização de feiras, congressos, exposições e festas.

Na CBTU, o contrato foi assinado pelo superintendente Carlos Jorge Ferreira Cavalcante. Ele é irmão do ex-assessor de Lira e também investigado pela Polícia Federal, Luciano Cavalcante. O reajuste e as extensões do acordo foram chancelados pelo chefe da CBTU e também pela gerente regional da companhia, Orleanes de Lira Paes Angelo, que é prima de Arthur Lira.

A Reluzir conseguiu o contrato após vencer um pregão contra outras 42 empresas. Durante a licitação, uma das concorrentes acusou a empresa do policial de apresentar um preço inexequível, ou seja, de apresentar valores baixos demais e que, na prática, não conseguiriam ser praticados no mercado para vencer o pregão.

O edital previu a contratação de 35 profissionais. A maior parte ficaria na sede, em Maceió. Outros três no município de Rio Largo e um em Satuba. Os profissionais deveriam ter honestidade, discrição, ética, rapidez no atendimento, boa aparência e comunicação verbal.

Pelo edital, a empresa vencedora teria de prestar o serviço de portaria e também arcar com os uniformes dos profissionais. A Portocalle Comércio e Serviços Gerais protestou contra os preços apresentados pela Reluzir para as roupas dos empregados e pediu sua desclassificação da licitação.

“Em ligeira análise da planilha apresentada pela empresa Reluzir observamos um verdadeiro milagre a empresa conseguir cotar o valor de uma calça social e de uma blusa social por apenas R$ 15″, alegou a Portcalle. “Gostaríamos de saber até onde fica esse distribuidor com preços tão bons? Pois sabemos que no nosso mundo real uma calça social não custa apenas R$ 15 e uma camisa social não custa apenas R$ 15. Mas uma tentativa de fechar uma planilha inexequível.”

Os recursos contra a Reluzir foram rejeitados pela Comissão de Licitação. A decisão do grupo foi chancelada pelo superintendente Carlos Cavalcante.

Em nota, a CBTU informou que a licitação que deu origem ao contrato “seguiu rigorosamente todos os trâmites, princípios e normas existentes na gestão pública, não sendo objeto de qualquer questionamento por órgãos de controle”. Segundo a companhia, o serviço de portaria e recepção “é prestado regularmente, sem qualquer problema em sua execução”.

“Por ora, ele (contrato) continua com sua vigência normal, respeitando todos os procedimentos legais existentes, haja visto que a contratada cumpre todas as suas obrigatoriedades”, afirmou a estatal.

A defesa de Murilo Sergio Juca Nogueira Júnior não foi localizada.

O advogado André Callegari, que defende o ex-assessor de Lira, afirmou que até agora “só há imagens na investigação e que elas isoladamente não indicam nenhum ato ilícito praticado pelos investigados, muito menos por Luciano, que sequer aparece nelas”. Segundo ele, “os fatos serão devidamente esclarecidos no decorrer das investigações e após a conclusão do inquérito”.

Julia Affonso e Daniel Weterman/Estadão Conteúdo

Secretaria de Saúde de Ipiaú promove Arraiás para as turmas do CAPS e Academia de Saúde

 
A Prefeitura de Ipiaú, por meio da Secretaria de Saúde, realizou na semana passada, duas festas juninas animadas e repletas de tradição para as usuárias e equipes do Centro de Atenção Psicossocial e da Academia de Saúde. O objetivo foi promover a integração e o bem-estar dos participantes, por meio de animação, música ao vivo e comidas típicas que ressaltaram a importância dos festejos juninos na cultura local.
O "Arraiá do CAPS", organizado pelo Centro de Atenção Psicossocial, reuniu pacientes, familiares e a equipe de profissionais. Já o "Arraiá da Academia de Saúde" contou com a participação de 40 alunas da instituição, que se envolveram ativamente na organização e animação da festa.

A prefeita Maria das Graças reafirmou a importância da gestão municipal em promover e valorizar as tradições culturais do Brasil. “Além disso, há os momentos de interação, alegria e integração entre pacientes, familiares, profissionais de saúde e a comunidade em geral nessas festas, que fortalecem o bem-estar e a qualidade de vida da população”, ressaltou a gestora.

Michel Querino / DECOM Prefeitura de Ipiaú

Câmara aprova projeto que homenageia Cesário Barreto com o nome de uma praça de Ipiaú

A praça que a Prefeitura de Ipiaú construiu ao lado do Centro de Abastecimento, por iniciativa da prefeita Maria das Graças, receberá o nome do saudoso empresário Cesário Barreto. A definição da homenagem se deu através do Projeto de Resolução 008/2023, da autoria do vereador Milton Costa Cruz, o popular “Picolé” que foi aprovado pela unanimidade dos membros da Câmara Municipal. O novo logradouro fica bem próximo da Praça Emídio Barreto, irmão de Cesário.
Nascido em Itiruçu, no dia 25 de setembro de 1923, Cesário de Souza Barreto, filho de João Francisco de Souza Barreto e Maria Augusta de Souza, chegou em Ipiaú quando ainda era garoto. Veio juntamente com seu irmão Emídio Barreto, com o qual estaria lado a lado por toda a existência.

Em Ipiáu, então chamada de Rio Novo, Cesário teve uma vida de labor e prosperidade. Inicialmente aprendeu o oficio de alfaiate, o qual exerceu durante um bom tempo e teve como colega de profissão o querido amigo Edvaldo Santiago (Tatai). Depois tornou-se ajudante de feirante e na sequencia adquiriu sua própria barraca, onde habilitou-se como comerciante, atividade que lhe projetaria para a prosperidade e o mundo empresarial.

Nas proximidades da sua residência na Rua José Muniz Ferreira, antiga “Rua do Cacau”, fundou um estabelecimento comercial chamado Casa Barreto que tinha grande variedade de mercadorias e atraiu boa freguesia. Também comprava e vendia cacau, além de outros gêneros da agricultura regional, e investiu na aquisição de fazenda e outros imóveis.

Cesário Barreto tinha prazer e alegria em acompanhar o desenvolvimento de Ipiaú, cidade que o adotou e aprendeu a respeitar, admirar e amar. Amante dos esportes tornou-se um dos mais abnegados diretores do Independente Esporte e Cultura. Não perdia um jogo desse time no Estádio Pedro Caetano. Era ainda um fervoroso torcedor do Flamengo. Outra condição que muito honrava Cesário Barreto era a de ser membro da Loja Maçônica Fraternidade Rionovense.

 Cesário de Souza Barreto era casado com a ipiauense Maria Delmira Barreto com a qual teve sete filhos, sendo eles: Antônio Carlos, Creusa, Marlene, Nilzete, Arnaldo, Cesário Filho e Maricélia. Sua descendência se estende em 11 netos e 08 bisnetos. Amado e respeitado pela população de Ipiaú, construtor de uma história que se confunde com parte da história deste município, Cesário de Souza Barreto é merecedor de justas e sinceras homenagens.

Colocar seu nome em um dos logradouros da cidade foi uma questão de consideração e justiça. A Praça Cesário de Souza Barreto, ao lado da Praça Emidio Barreto, valoriza uma das regiões mais movimentadas de Ipiaú e engrandece a memória deste prospero município. ( José Américo Castro).

Ives Gandra dará palestra a militares após aparecer em relatório da PF sobre golpismo

O advogado Ives Gandra Martins vai dar uma palestra para militares na Escola Superior de Guerra na quinta-feira (22) com o tema “O Estado Democrático de Direito e o Protagonismo do Judiciário”.O evento ocorre uma semana após a Polícia Federal mostrar, em relatório enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal), que o advogado foi uma espécie de mentor intelectual de uma minuta de decreto para dar um golpe contra a eleição de Lula (PT).

O documento estava no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e destacava que o “desmedido ‘ativismo judicial’ e a aparente ‘legalidade’ não podem servir de pretextos para a desvirtuação da ordem constitucional”.

“Diante de todo o exposto e para assegurar a necessária restauração do Estado Democrático de Direito no Brasil, jogando de forma incondicional dentro das quatro linhas, com base em disposições expressas da Constituição Federal de 1988, declaro o Estado de Sítio; e, como ato contínuo, decreto Operação de Garantia da Lei e da Ordem”, concluía o documento.

Segundo a Polícia Federal, estudos enviados por militares da ativa e os posicionamentos de Ives Gandra “possivelmente serviram de fundamento para a confecção” dessa minuta.

Um dos documentos repassados a Cid é um email enviado pelo advogado em 2017.

Trata-se de uma resposta a questionamentos feitos à época pelo então major Fabiano da Silva Carvalho. O militar era aluno do Curso de Comando e Estado-Maior do Exército, com pesquisa sobre o papel das Forças Armadas como garantidoras dos poderes constitucionais.

Segundo a tese de Ives Gandra, um dos Poderes pode acionar as Forças Armadas quando estiver em conflito com outro Poder. Os militares, então, deveriam atuar como moderadores para debelar o confronto —tese essa sem nenhum respaldo com a realidade, inclusive segundo decisão do STF.

“[O emprego dos militares] pode ocorrer em situação de normalidade se no conflito entre Poderes, um deles apelar para as Forças Armadas, em não havendo outra solução”, escreveu o advogado ao militar.

Outro documento, intitulado “Forças Armadas como Poder Moderador”, foi enviado por Cid de um telefone que possui para outro. Nele, há uma “síntese da ideia de Ives Gandra”.

“Violações da Constituição Federal pelo Poder Judiciário deixariam os demais poderes sem capacidade de corrigir a ilegalidade. Diante disso, a base no pensamento do doutrinador está na interpretação de que o art. 142 da Constituição assegura às Forças Armadas o papel de evitar abusos pelo Poder Judiciário”, prossegue o texto apócrifo, que ainda apresenta um passo a passo de como seria a convocação das Forças Armadas como moderadoras.

Procurado pela Folha, Ives Gandra não se manifestou.

O advogado Ives Gandra Martins é especialista em direito tributário. Desde a ascensão do bolsonarismo, suas teses sobre as Forças Armadas terem o papel constitucional de atuarem como poder moderador ganharam tração entre apoiadores do ex-presidente.

Nas Forças Armadas, as teses do advogado são difundidas há mais de 30 anos. Ele era professor emérito de Direito Constitucional na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, centro que forma os generais que assumem os cargos principais da Força.

A palestra desta semana será ministrada no Curso de Altos Estudos em Política e Estratégia, do qual participam coronéis das três Forças Armadas, policiais, membros do judiciário e funcionários públicos.

Em nota, o Ministério da Defesa disse que o advogado dá palestras como colaborador da instituição.

“A Escola Superior de Guerra é um centro de estudos e a ela não compete a formulação ou execução da política do País. Ressalta-se, ainda, que as atividades da ESG [Escola Superior de Guerra] são de natureza exclusivamente acadêmica e abertas ao debate”, completou.

Generais consultados pela Folha afirmam, sob reserva, que a permanência de Ives Gandra em palestras e aulas nos círculos militares não será evitada após as revelações do relatório da Polícia Federal.

Eles citam que o espaço acadêmico é aberto para opiniões diversas. Assim como Ives Gandra apresenta posições mais alinhadas aos conservadores, há professores considerados progressistas nos corpos docentes.

Um dos principais argumentos de que as escolas militares estão abertas para todos, segundo os militares, é o fato da primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, ter cursado a pós-graduação da Escola Superior de Guerra.

Em 2011, Janja apresentou um trabalho de conclusão de curso com o título “Mulher e Poder: as relações de gênero nas instituições de defesa e segurança nacional”. Ela utilizou conceitos como a divisão social do trabalho, de Karl Marx e Émile Durkheim, para embasar a monografia.

Cézar Feitoza/Folhapress

Lula sanciona lei que exige exame toxicológico de motoristas profissionais

O presidente Lula (PT) sancionou nesta terça-feira (20) a lei que retoma a obrigatoriedade do exame toxicológico para motoristas profissionais.

O chefe do Executivo vetou alguns trechos da legislação aprovada pelo Congresso, como o dispositivo que prevê punição com multa para os motoristas que perderem o prazo para fazer o exame após 30 dias do vencimento da data estabelecida.

O Congresso havia estabelecido que a perda do prazo representaria infração gravíssima. O governo diz que a penalização era desproporcional, mesmo se o motorista tenha dirigido no período.

O mandatário também derrubou a proibição do motorista dirigir qualquer veículo até que apresente um exame toxicológico negativo, caso tenha dado positivo anteriormente.

A lei prevê a exigência do exame a partir de julho de 2023 para motoristas das categorias C, D e E, que abrangem veículos como caminhões e ônibus.

Matheus Teixeira/Folhapress
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Caixa começa a cobrar Pix de pessoas jurídicas em 19 de julho

A partir de 19 de julho, as pessoas jurídicas clientes da Caixa Econômica Federal começarão a pagar para fazer Pix. Autorizada pelo Banco Central (BC), a cobrança de tarifas para empresários que usam o sistema de transferências instantâneas é praticada pela maioria dos bancos, mas não era feita pela Caixa.

Em nota, o banco desmentiu falsas notícias que circularam nessa segunda-feira (18) de que a tarifação atingiria outros tipos de clientes. A Caixa destacou que pessoas físicas, microempreendedores individuais (MEI) e beneficiários de programas sociais continuarão a fazer Pix sem cobrança.

“A prática [tarifação do Pix para pessoas jurídicas] já é realizada por outras instituições financeiras e autorizada pelo Arranjo Pix desde novembro de 2020, conforme Resolução BCB nº 30/2020”, justificou a Caixa em nota.

O comunicado também informou que a tarifa a ser aplicada às empresas que fazem Pix será uma das menores do mercado. O banco, informou a nota, mantém o compromisso de oferecer aos clientes as melhores condições em seus produtos e serviços.

Confira as tarifas de envio e recebimento do Pix para pessoa jurídica privada:

Pix transferência

• Envio de empresa para pessoa física por chave Pix, inserção de dados bancários ou iniciação de pagamento

• Envio entre empresas por chave Pix ou inserção de dados bancários

• 0,89% do valor da operação, com valor mínimo de R$ 1 e máximo de R$ 8,50

Pix compra

• Empresa recebe Pix de pessoa física em operações de compra por chave Pix, inserção de dados bancários, iniciador de pagamento e Código QR estático

• Empresa recebe Pix de outra empresa por Código QR estático e iniciador de pagamento

• 0,89% do valor da operação, com valor mínimo de R$ 1 e máximo de R$ 130

Pix Checkout

• Empresa recebe Pix de pessoa física ou de outra empresa por Código QR dinâmico

• 1,20% do valor da operação, com valor mínimo de R$ 1 e máximo de R$ 130

Agência Brasil

‘Operação Astreia’ prende nove investigados por organização criminosa de tráfico de drogas

Nove pessoas foram presas na manhã desta terça-feira, dia 20, durante a ‘Operação Astreia’, deflagrada pela Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público da Bahia, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais Norte (Gaeco Norte) e das Polícias Militares da Bahia e Pernambuco.

Os mandados de prisão temporária e mais 12 de busca e apreensão foram cumpridos na Bahia, Pernambuco e Sergipe. Oito foram presos na Bahia e um em território sergipano. A operação combate organização criminosa especializada em tráfico de drogas para os estados baiano e pernambucano. A Justiça determinou o sequestro de bens e bloqueio de valores de oito investigados.

Segundo as investigações, o grupo criminoso cometeu série de delitos, dentre eles tráfico de drogas e homicídios, “aumentando significativamente a violência local”. As investigações seguem para apurar “a amplitude da suposta organização criminosa, bem como identificar outros integrantes”. Astreia na mitologia grega é considerada a deusa da pureza, o que se correlaciona a suposta qualidade da droga comercializada pelo grupo criminoso.

Operação Partilha é deflagrada contra esquema de “rachadinha” na Câmara Municipal de Itabuna

Uma operação contra esquema criminoso de “rachadinha” na Câmara de Vereadores de Itabuna foi deflagrada nesta terça-feira, dia 20, pelo Ministério Público estadual, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e da 3ª Promotoria de Justiça local, com apoio das equipes do Gaeco Sul e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Denominada de ‘Partilha’, a operação cumpriu mandado de busca e apreensão no endereço residencial de um vereador, que foi afastado das funções pela Justiça por prazo inicial de 180 dias a pedido do MP. O mandado de busca e de afastamento foram expedidos pela 1ª Vara Criminal de Itabuna. O vereador também está proibido de comparecer às instalações da Câmara e de manter contato com qualquer das testemunhas durante as investigações e trâmite da ação penal.

Conforme as investigações, desde o início do mandato parlamentar, a partir de janeiro de 2021, o vereador, valendo-se do cargo ocupado, nomeou servidores comissionados na Casa Legislativa Municipal e indicou servidor para ocupar cargo temporário na Prefeitura do Município de Itabuna, exigindo-lhes repasse de parte das remunerações recebidas. Até o momento, foi apurado que a prática delitiva era reiterada e com a participação de outros agentes. Em princípio, as investigações apontam para a prática do crime de concussão.

Jerônimo reúne 188 prefeitos e entrega R$ 37 milhões em equipamentos para a saúde

A saúde da Bahia foi beneficiada, nesta segunda-feira (19), com a entrega de veículos e equipamentos que vão integrar a assistência à saúde básica em mais de 200 municípios do estado. O governador Jerônimo Rodrigues participou do ato, que contou com a presença de 188 prefeitos, realizado no Parque de Exposições, em Salvador, e entregou as chaves dos veículos e os equipamentos para os municípios. Os investimentos ultrapassam R$ 37 milhões, para atender diversas regiões.
“Estamos entregando emendas parlamentares que vão beneficiar mais da metade dos municípios da Bahia. A maioria dos veículos é para pequena complexidade, para a atenção básica dos municípios. Essa parceria entre Estado e Município é muito importante, para que possamos ajudar os municípios e os municípios nos ajudarem também”, afirmou o governador.

Para a prefeita de Muquém do São Francisco, Mara Rios, a entrega dos equipamentos é uma clara demonstração do cuidado com a saúde da população. “Nosso município é muito extenso e estamos precisando muito de um veículo assim. Essa caminhonete vai ajudar bastante na logística durante as visitas às unidades de saúde”, comemorou a prefeita.
Foram entregues, através da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), 50 veículos, dos modelos Ranger e Duster; 65 kits para Unidades Básicas de Saúde (UBS); 29 kits parto; 175 kits odontológicos; kit estabilização; 19 aparelhos de Raio-X e ultrassonografia; 236 camas e quatro arcos cirúrgicos.

De acordo com a secretária Roberta Santana, estes aparelhos vão contribuir com o aprimoramento do trabalho realizado nas cidades. “Esses 50 veículos vão ajudar no fortalecimento da atenção básica e os equipamentos vão auxiliar também na especializada e na primária. A gente vai poder levar mais resolutividade para os municípios e, assim, melhorar a assistência à saúde e fortalecer a saúde pública no interior”.

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