Lula quer Copa do Mundo feminina no Brasil e diz que ficou frustrado com 2014

O presidente Lula (PT) afirmou neste sábado (1º) torcer para que o futebol feminino seja tão popular como o masculino e prometeu trabalhar para que o Brasil seja sede de uma Copa do Mundo feminina de futebol.

As declarações foram feitas durante treino em Brasília da seleção brasileira feminina, que se prepara para a Copa do Mundo da Austrália e da Nova Zelândia, com início no dia 20.

O treino foi no estádio Mané Garrincha. As jogadoras e a treinadora Pia Sundhage aguardaram Lula perfiladas no gramado.

O presidente disse que, para que o futebol feminino consiga ser tão popular como o masculino, assim como aconteceu com o vôlei, é necessário que se faça investimentos na categoria.

“Sonho que um dia o futebol feminino possa lotar os estádios como o futebol masculino. É um trabalho de politização da sociedade, de divulgação, um trabalho de convencimento”, afirmou às jogadoras.

Lula ainda defendeu que o Brasil seja sede de uma edição da Copa do Mundo feminina e disse que não há provas de corrupção na construção dos estádios de futebol da Copa de 2014. Para ele, houve um ambiente ruim decorrente dos protestos de rua de junho de 2013.

“Em 2014 eu fiquei frustrado, porque nós conseguimos trazer a Copa do Mundo aqui para o Brasil e em 2013 foi o inferno nesse país, e a Copa do Mundo foi banalizada. Nem os patrocinadores divulgavam a Copa do Mundo corretamente, foi a Copa do Mundo feita num clima muito negativo”, disse Lula.

“Tudo se dizia que tinha corrupção nos estádios, e não se provou corrupção em nenhum estádio. Já faz dez anos que houve a Copa do Mundo, e em nenhum estádio foi provado que teve corrupção. Mas as denúncias aconteceram.”

O governo faz campanha atualmente para receber a Copa feminina de 2027.

Acompanharam Lula as ministras Ana Moser (Esporte), Anielle Franco (Igualdade Racial), Cida Gonçalves (Mulheres), Márcio Macedo (Secretaria Geral) e Paulo Pimenta (Secom), além da primeira-dama, Janja, e do presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ednaldo Rodrigues.

A ministra do Esporte, Ana Moser, ainda afirmou que o governo sancionará a lei do Bolsa Atleta para gestantes na próxima semana e defendeu que seja feito ponto facultativo nos dias de jogo da seleção feminina durante a Copa.

“Quando tem jogo do masculino [na Copa], não tem folga? Então, vamos tentar fazer isso aqui”, disse, para aplauso das jogadoras.

O presidente cumprimentou todas as atletas, terminando a saudação pela ex-melhor do mundo, Marta. Lula e Janja foram presenteados com camisetas da seleção brasileira, uma verde e amarela e também a preta com o nome de Vini Jr. nas costas.

O uniforme preto foi confeccionado em uma campanha contra o racismo, criada após o jogador brasileiro do Real Madrid ter sofrido uma série de ofensas na Espanha.

A seleção enfrenta o Chile em amistoso na manhã deste domingo (2), também no estádio de Brasília.

Após o compromisso, a equipe de Pia Sundhage embarca na segunda-feira (3) de manhã para a Copa do Mundo na Austrália e na Nova Zelândia.

João Gabriel, Folhapress

Wesley Safadão faz show memorável no São Pedro de Ipiaú

Multidão na 2ª noite de festa (Foto: Michel Querino/Decom PMI)

O show de Wesley Safadão sem dúvida foi o mais esperado da segunda noite do São Pedro de Ipiaú. O cantor iniciou a apresentação por volta das 21h10 de sexta-feira (30) e cantou seus sucessos com a multidão que novamente compareceu na praça de eventos Álvaro Jardim. A alegria e a emoção do artista e a conexão com o público foi evidenciada a cada execução do repertório, numa sincronia que engrandeceu o espetáculo. Ainda na noite se apresentaram Thierry, Zé Vaqueiro, Juninho Show, Andinho Brito, Carol Souza e e Adriano Rios e Kiko Cigano. A prefeitura realizou a transmissão do evento através do seu Canal no Youtube.Fonte: Giro Ipiaú

Terceira noite do São Pedro de Ipiaú terá João Gomes, Dorgival Dantas, Daniel Vieira e artistas locais

Fotos: Reprodução

A terceira e última noite do São Pedro de Ipiaú promete reunir mais uma grande multidão na praça onde ocorre o festejo junino iniciado na última quinta-feira (29). Na grade da programação deste sábado (1º) estão João Gomes, Dorgival Dantas, Daniel Vieira, Kall Firmino, Tito da Cruz e a dupla Laryssa Souza e Júnior Boy.

A prefeitura ainda não divulgou a ordem das apresentações, mas certo é que João Gomes deve subir ao palco entre o final da noite de sábado e início da madrugada de domingo (1º). O show que ele tinha agendado para ontem a noite no São Pedro da cidade de Belo Campo, região de Vitória da Conquista, foi adiado para às 18h30 de hoje. Logo após essa apresentação o cantor e equipe se deslocam para Ipiaú. Fonte: Giro Ipiaú

Veículos são furtados entre a noite de sexta e madrugada de sábado em Ipiaú

Veículos furtados em Ipiaú

Ao menos dois veículos foram furtados entre a noite de sexta-feira (30) e a madrugada desse sábado (1°) em Ipiaú. Os proprietários dos veículos estavam no evento festivo que acontece na praça de eventos Álvaro Jardim. Um fiat uno, de cor vermelha, placa OUI-5316, licenciado em Jequié.

O outro veículo furtado foi uma caminhonete Hilux, de cor prata, placa Placa NZO3J86, ano 2011/2012, de propriedade de um morador de Ubatã. A caminhonete estava estacionada no bairro da Conceição. Os furtos foram registrados na delegacia da Polícia Civil. Quem tiver informações sobre os veículos furtados podem acionar a polícia local.

Fonte: Giro Ipiaú

Petrobras libera empreiteiras da Lava Jato para novos negócios

Fachada da sede da Petrobras, no Rio de Janeiro

As empreiteiras Odebrecht, Andrade Gutierrez e UTC foram habilitadas pela Petrobras para disputarem contratos na petroleira. Antes impedidas de fechar contratos com a petroleira devido ao envolvimento nos esquemas de corrupção na petroleira investigados pela operação Lava Jato, as três foram incluídas novamente no cadastro da Petrobras.

A Odebrecht ingressou na categoria plena —que permite a participação em todos os tipos de concorrências, para serviços isolados ou projetos completos. Mais familiarizadas com as necessidades da estatal, as empreiteiras brasileiras retornam para competir com estrangeiras que, por desconhecerem as exigências burocráticas do país, tiveram dificuldades na execução de contratos.

Em julho de 2022, por exemplo, a Petrobras foi forçada a adiar o início da operação do Rota 3, projeto do Comperj porque a Kerui-Método, uma parceria entre a chinesa Kerui e a construtora brasileira, desistiu do contrato. Procurada, a Petrobras confirmou a aprovação das três empreteiras em seu cadastro de fornecedores. Informou que, no total, 31 estão habilitadas, entre nacionais e estrangeiras.

“Além de ser cadastrada ou pré-qualificada, toda e qualquer empresa interessada em iniciar, manter ou restabelecer relacionamento com a Petrobras, deve demonstrar conformidade ao Programa de Compliance da Petrobras, assumir o compromisso de cumprir as leis anticorrupção e as políticas, procedimentos e regras de integridade aplicáveis, bem como estar livre de quaisquer sanções impeditivas”, disse a estatal em nota.

Julio Wiziack, Folhapress

Reforma tributária pode onerar cesta básica em 60%, diz associação

Abras defende isenção total e diz que atual proposta causaria um aumento na tributação dos produtos

A Abras (Associação Brasileira de Supermercados) apresentou neste sábado (1°) ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, um estudo em que afirma que a atual proposta de reforma tributária pode aumentar os tributos da cesta básica em 60%, em média, no Brasil.

A associação critica a nova forma de desoneração da cesta básica prevista pelo texto, que define um conjunto de 1.380 itens que terão tributação equivalente a 50% da alíquota geral aplicada a bens e serviços.

O projeto ainda prevê a devolução de parte da arrecadação para a população, na forma do que vem sendo chamado de “cashback do povo”.

O estudo da Abras foi apresentado em reunião do presidente da associação, João Galassi, no gabinete do Ministério da Fazenda em São Paulo. Além de Haddad, o secretário especial da reforma tributária, Bernard Appy, também compareceu.

“[O ministro da Fazenda] Entendeu muito bem a necessidade de uma correção na trajetória [da reforma], e o relator, Aguinaldo Ribeiro, tem clareza que precisamos desses ajustes. Eu confio em todos os envolvidos que nós sairemos com esse projeto já ajustado para ir à votação na Câmara”, disse Galassi.

A entidade apoia a criação de uma cesta básica nacional, proposta pelo relator da reforma tributária no Congresso, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), para corrigir distorções na tributação. No modelo atual, considerando a alíquota geral reduzida, o impacto da reforma varia em cada estado, o que causaria o aumento médio de 60% apontado pela associação.

A Abras reivindica, no entanto, a desoneração total da cesta básica.

O modelo atual já é de desoneração total, mas vários estudos mostram que parte do benefício não chega ao consumidor.

Segundo relatório do Ministério da Economia publicado em 2021, a regra atual faz com que a maior parte do benefício seja capturado pelas faixas de maior renda. Pelos cálculos da época, a devolução de 60% do valor arrecadado para os 50% mais pobres já ajudaria a reduzir a desigualdade no país, mesmo com um aumento de preços dos alimentos da cesta básica de 10%.

O cashback seria uma forma de acabar com o problema da transferência em valores maiores para a faixa de alta renda.

A ideia de devolução de impostos sobre o consumo para os mais pobres foi apresentada pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) há cerca de dez anos.

Hoje, muitas economias já optam agora por mecanismos de tributação personalizada, ou seja, o imposto depende de quem consome e não do produto.

Marcelo Azevedo, Folhapress

Armas e aborto são os temas que mais dividem os brasileiros, diz Datafolha

Um novo mapa ideológico do Brasil mostra um país ao mesmo tempo conservador e contraditório, com alto apoio a algumas bandeiras consideradas progressistas. Com efeito, os dois temas que mais polarizam a população são o acesso a armas de fogo e o direito de a mulher decidir sobre o aborto.

O desenho foi feito pelo Datafolha em um conjunto inédito de questões, feitas a 2.010 entrevistados em 112 cidades do dia 12 ao 14 de junho. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou menos.

O resultado é uma mistura, em que o brasileiro em média defende a aceitação da homossexualidade, mas rejeita o casamento gay; acha que hoje em dia se vê racismo em tudo, mas concorda que negros têm menos acesso ao mercado de trabalho.

Mas, se as assertivas para lados opostos se mostram fascinantes, é na divergência que o caráter contraditório fica mais evidente. Acham que a mulher tem direito de decidir sobre o aborto 44% dos ouvidos, 25% deles concordando com a proposta totalmente e 20%, parcialmente —devido aos arredondamentos a soma não totaliza 45%.

Já 52% se mostram contrários, 39% endossam com certeza e 13%, em parte.

A lei brasileira hoje só permite a interrupção da gravidez em caso de estupro, risco de morte para a mãe ou anencefalia do feto. Sua flexibilização é tema eleitoral desde a redemocratização de 1985, e a bandeira da liberação não prosperou nem sob presidentes ditos progressistas, como Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ou conservadores, como Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).

São igualmente favoráveis ao direito mulheres (44%) e homens (45%), enquanto a concordância sobe a 61% entre os mais jovens (16 a 24 anos), mais escolarizados (59%) e eleitores de Lula no segundo turno de 2022 (54%). O apoio cai, previsivelmente, a 35% entre quem votou em Bolsonaro, 30% entre evangélicos e, o mais relevante, 39% entre os mais pobres.

Afinal, é o grupo de quem ganha até 2 salários mínimos que abarca metade do eleitorado na amostra do Datafolha, ajudando assim a explicar por que o assunto não avança no país. Governos e Congresso refletem, ao fim, a sociedade.

Já o tema do acesso a armas de fogo, um tabu rompido pela campanha constante de Bolsonaro por sua flexibilização, ora revertida por Lula, é ainda mais polêmico. São a favor do direito 50% dos ouvidos (33% totalmente, 17% parcialmente), enquanto 48% são contra (37% muito, 11% em parte).

Aqui o cisma político fica mais claro. Entre eleitores bolsonaristas, 67% são a favor. Já 62% dos lulistas são contrários. Homens (61% a favor) querem mais armas que mulheres (57% contra).

Já nos itens em que as certezas brasileiras se mostram, emergem as opiniões fortes e, à primeira vista, em linhas opostas.

Acreditam, por exemplo, que os negros têm menos acesso a empregos do que brancos 78% da população, índice que vai a 85% entre pretos, 79% entre pardos e 74%, entre brancos. Ao mesmo tempo, 75% concordam com a frase “hoje em dia, as pessoas veem racismo em tudo” —com um corte homogêneo entre raça declarada.

O mesmo contraste se vê entre aqueles que se dizem favoráveis à aceitação da homossexualidade, 75% dos ouvidos. Índice semelhante, 72%, concordam com a ideia de que família só é composta por homem e mulher.

Aqui, a clivagem religiosa pesa: entre evangélicos (29% dos ouvidos), os índices vão a 60% e 88%, respectivamente, enquanto entre católicos (47% da amostra) são de 83% e de 72%. O primeiro grupo, ainda minoritário, tende a ser mais organizado e vocal politicamente, e é parte central da base bolsonarista no país.

Em 2011, a união estável de pessoas do mesmo sexo foi considerada constitucional pelo Supremo Tribunal Federal, e virou uma realidade dado que o Conselho Nacional de Justiça obriga cartórios a lavrá-las. Mas no papel ainda não houve uma mudança legal no Congresso para a conversão do instrumento em casamento, como ocorre com heterossexuais —quanto mais a aceitação plena das igrejas, o que é outro assunto.

A fé, por sinal, é um dos esteios ideológicos brasileiros. Para 84% dos ouvidos, “a igreja deve fazer parte do projeto de vida das pessoas”, enquanto apenas 14% discordam da afirmação. Questionados acerca da máxima bíblica “os humilhados serão exaltados”, bandeira usualmente associada a grupos evangélicos, concordam com ela 79% dos entrevistados.

Quando bandeiras associadas tanto ao progressismo quanto ao conservadorismo, quando não à sua forma mais radical encarnada no bolsonarismo, são colocadas pelos pesquisadores do Datafolha, o resultado é semelhante.

O item que registrou maior concordância em todo o questionário foi o apoio a mais mulheres em cargos de liderança, 94% —e apenas 5% de negativa. A admissão do aquecimento global, hoje um consenso internacional usualmente criticado nos meios bolsonaristas, chega a 90% de aceitação.

Por outro lado, 78% dos brasileiros afirmam que a vacinação em si e nos filhos é uma decisão pessoal, refletindo um bordão libertário adotado por Bolsonaro para minar a imunização contra a Covid-19 na pandemia, algo amplamente condenado por especialistas em saúde pública. Só 21% discordam da premissa.

Concordam que as leis ambientais têm de ser mais flexíveis para promover o avanço do agronegócio 72% dos entrevistados, ante 23% contrários. O tema também virou peça da disputa política nacional, com o apoio maciço do agro a Bolsonaro antes, durante e depois de seu governo.

Sob Lula, a tensão continua, com a sucessão de frases do presidente contra empresários da área e o embate no Congresso acerca do Ministério do Meio Ambiente, comandado por Marina Silva. O petista vetou o esvaziamento de funções da pasta aprovado pelo Congresso, em articulação promovida pelo centrão com lideranças da bancada do agro, que veem a ministra com prócer de entraves ambientais ao setor.

Igor Gielow, Folhapress

Estado entrega ponte e rodovias requalificadas em Macarani; investimentos somam mais R$ 40 milhões

Ponte tem o objetivo de melhorar a chegada ao trecho urbano do município
Os acessos à cidade de Macarani, no médio sudoeste do estado, foram requalificados e entregues neste sábado (30) pelo Governo da Bahia. O governador Jerônimo Rodrigues inaugurou uma ponte sobre o rio Macarani, melhorando a chegada ao trecho urbano do município, e entregou pavimentações de rodovias estaduais.

“Hoje estamos aqui, para fazer importantes entregas, para dar uma incrementada na área de mobilidade. Acabamos de inaugurar uma passagem urbana, pontes, estradas. Também reafirmo com a prefeita o nosso desejo de continuar cuidando de Macarani”, disse o governador.

De acordo com a Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), responsável pela obra, foram destinados R$ 3,2 milhões para a construção da ponte. O trecho da BA-638, sentido Encruzilhada, no sudoeste baiano, e da BA-270, sentido Bandeira de Minas, em Minas Gerais, também tiveram quase três quilômetros asfaltados. As rodovias são os principais acessos a Macarani e receberam mais de R$ 3,4 milhões para execução dos serviços de melhorias. Cerca de 18 mil pessoas serão beneficiadas pelas obras de infraestrutura na cidade.

O vendedor ambulante Rosmo dos Santos festejou a melhoria, pois agora está mais tranquilo para transitar no local. “Do jeito que estava, era quase impossível passar. Melhorou consideravelmente. Principalmente, para quem trabalha ou precisa ficar indo e voltando”.

O diretor-superintendente da Superintendência de Infraestrutura de Transportes da Seinfra, Saulo Pontes, explicou que o conjunto de obras vai facilitar a chegada aos pólos de serviço de Itapetinga, Itabuna e Vitória da Conquista, e melhorar a mobilidade urbana, após perdas estruturais decorrentes das fortes chuvas enfrentadas pela região.

“Mais benefícios para a micro região de Macarani. Essa requalificação não só vai facilitar o acesso aos polos de serviço como a mobilidade urbana, melhorando a qualidade de vida do povo de Macarani. Fizemos três quilômetros de acesso, para dar uma viabilidade melhor”, explicou Saulo.

A região do médio sudoeste também ganhou pavimentação na BA-130, entre Itapetinga e Mangerona. O trecho de 29,31 quilômetros teve um aporte de mais de R$ 38 milhões e deve facilitar o trânsito dos moradores de Macarani, Maiquinique e Itapetinga.

Visita

Durante a ida ao município, o governador Jerônimo Rodrigues também visitou as instalações do Colégio Estadual São Pedro, recém-reformado pelo Governo da Bahia.

Para a unidade escolar, foram destinados R$ 2,7 milhões para melhorias em toda estrutura da escola e nas instalações elétricas.

Aliados de Bolsonaro veem inelegibilidade como holofote e decisão do TSE como tiro no pé

Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) dizem que a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de torná-lo inelegível até 2030 é um tiro no pé do ponto de vista político e garante a ele holofote pelos próximos anos.

Em linhas gerais, tratam o tema como injustiça e destacam que ele continuará com o papel de líder da direita.

O governador de São Paulo e principal cotado a herdeiro do espólio de Bolsonaro em 2026, Tarcísio de Freitas (Republicanos), rapidamente se manifestou nas redes sociais e fez questão de destacar sua lealdade ao ex-presidente.

“A liderança do presidente Jair Bolsonaro como representante da direita brasileira é inquestionável e perdura. Dezenas de milhões de brasileiros contam com a sua voz. Seguimos juntos, presidente”, afirmou.

Valdemar Costa Neto, presidente do PL, disse que ele será o “eleitor mais forte da nação” nas próximas eleições. “Vamos trabalhar dobrado e mostrar nossa lealdade ao presidente Bolsonaro. Podem acreditar que a injustiça de hoje será capaz de revelar o eleitor mais forte da nação.”

Já Ciro Nogueira, ex-ministro da Casa Civil e dirigente do PP, disse que “a esperança está mais viva do que nunca” e que “ninguém pode condenar um povo a não amar um líder”.

Por 5 votos a 2, a corte eleitoral determinou que Bolsonaro está inelegível até 2030.

O julgamento ocorre seis meses após sua saída do cargo e tem como foco uma ação movida pelo PDT contra a chapa devido a uma reunião do ex-presidente com embaixadores, realizada em julho do ano passado, na qual ele repetiu mentiras sobre as urnas eletrônicas.

O entorno do ex-presidente classifica o julgamento como político, mas já esperava o placar da corte eleitoral –foram favoráveis ao ex-presidente os ministros Raul Araújo e Kassio Nunes Marques.

Seus aliados dizem acreditar, contudo, que o eleitor tem percepção de que há excesso de ativismo judiciário e que isso deve repercutir no voto daqui em diante. Para eles, o TSE agiu para tirar Bolsonaro da disputa eleitoral, mas o eleitor continuará próximo dele.

Há ainda uma avaliação de que um julgamento como este é de difícil compreensão para a população. É muito difícil traduzir os motivos da sua cassação, de forma que, simplificadamente, fica a pergunta: “Por que não posso votar no Bolsonaro?”. A narrativa do ex-presidente seria de mais fácil entendimento.

O projeto de lei apresentado pelo deputado Sanderson (PL-RS) de anistiar Bolsonaro pode não ter chances de prosperar hoje, dizem, mas não descartam que ele possa ganhar força nos próximos anos, a depender do cenário político.

Há um temor de uma ala de interlocutores de Bolsonaro de que ele caia em desânimo, como disse que poderia ocorrer em entrevista à Folha, no primeiro dia de julgamento.

“Na minha idade, [o que] gostaria de fazer, continuar ativo 100% na política. E, tirando seus direitos políticos que, no meu entender, é uma afronta isso aí, você perde um pouquinho desse gás”, disse.

Depois do resultado, comparou a inelegibilidade à facada, mas disse não estar morto.

“Hoje vivemos aqui uma inelegibilidade. Não gostaria de me tornar inelegível. Na política, essa frase não é minha, ninguém mata, ninguém morre”, afirmou Bolsonaro, em Belo Horizonte.

“Espero, né, porque tentaram me matar em Juiz de Fora há pouco tempo com uma facada na barriga. E hoje levei uma facada nas costas com a inelegibilidade por abuso de poder político”, completou.

Por outro lado, aliados próximos dizem que ele estava realista com o resultado, mas inconformado. A avaliação geral é de que, entre os recursos e as tentativas de reverter o resultado, Bolsonaro continuará nos holofotes daqui em diante.

Além disso, antecipa a discussão do espólio do ex-presidente na opinião pública. Nos bastidores, isso ainda é tratado com ressalvas. Dentre os principais nomes que circulam, estão, além de Tarcísio, os nomes dos governadores Romeu Zema (Novo-MG) e Ratinho Junior (PSD-PR), além da senadora Tereza Cristina (PP-MT) e até mesmo do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Reservadamente, o tema é visto como delicado. Sabem que qualquer gesto pode ser visto como deslealdade, levando o presidenciável cair no desagrado de Bolsonaro.

No ano passado, Bolsonaro foi derrotado por Lula (PT), mas por uma pequena margem de votos: foram 58,2 milhões de votos (49,1%) contra 60,3 milhões (50,9%) do petista.

Apesar do alto patamar de votos e da popularidade de Bolsonaro, ele perdeu parte do seu capital político ao deixar o país e adotar uma postura de reclusão após a derrota nas urnas. O então presidente embarcou antes do término do mandato para Orlando (EUA), num gesto de ignorar o tradicional rito de troca de faixa.

Uma das consequências diretas disso foi que Bolsonaro chegou ao final do mais importante julgamento que teve na Justiça, nesta sexta, com uma militância desanimada e com ruas vazias.

Outro fator que aliados citam para a falta de mobilização foi o 8 de janeiro: há um temor dos militantes bolsonaristas e das lideranças de que convocar novos atos, depois da depredação da sede dos três Poderes. Até hoje há golpistas presos.

Os planos do partido e do seu entorno de Bolsonaro para ele incluem palestras e muitas viagens pelo país e para o exterior. Eles querem que ele continue atuante politicamente e sirva de cabo eleitoral para aliados, em especial nas eleições municipais de 2024.

Marianna Holanda, Folhapress

Menina de 12 anos era estuprada pelo tio e agredida pela própria mãe em MS

Nesta sexta-feira (30), homem de 35 anos foi indiciado por estupro de vulnerável, crime que cometeu contra a sobrinha, de 12 anos. A mãe da menina, de 37 anos, também foi indiciada por maltratar a criança.

Conforme as informações da Polícia Civil, a menina contou em depoimento especial que era constantemente agredida pela mãe, junto com as irmãs mais novas. Ainda no depoimento, relatou o estupro.

A criança disse que foi estuprada pelo tio, quando morava com ele e a tia. Assim, foi feita perícia sexológica na vítima, constatando o estupro de vulnerável.

Os exames de corpo de delito também confirmaram as lesões corporais. Testemunhas e o suspeito foram ouvidos, mas ele tentou negar os crimes. Ele acabou indiciado por estupro e a mãe da menina indiciada por lesão corporal.

O nome da cidade foi omitido para preservar a vítima, como preconiza o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

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