Ministro suspende normas que permitem salários acima do teto em Goiás

Liminar de André Mendonça será analisada pelo plenário do STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, suspendeu, neste sábado (22), cinco leis do estado de Goiás que permitem que os servidores públicos estaduais recebam salários acima do teto do funcionalismo público, previsto na Constituição Federal de 1988. Atualmente, este teto é o equivalente ao valor do salário dos ministros do STF (R$ 41,6 mil).

A medida cautelar concedida por André Mendonça suspendeu imediatamente os efeitos das normas estaduais questionadas na ação direta de inconstitucionalidade (ADI 7402), proposta pelo procurador-geral da República, Augusto Aras. A Advocacia-Geral da União (AGU) também se manifestou favorável ao deferimento da medida cautelar.

A decisão liminar ainda será analisada pelos demais ministros da corte, no plenário do STF.

Verbas indenizatórias

Os artigos questionados são de cinco leis estaduais que regulamentam as verbas indenizatórias atribuídas tanto a comissionados, como a funcionários públicos efetivos do governo do estado, do Poder Judiciário estadual, do Tribunal de Contas do Estado de Goiás e dos municípios goianos, além de procuradores do Ministério Público de Contas (arts. 92, § 2º, e 94, parágrafo único, da Lei 21.792, de 2023; a Lei 21.831/2023; o art. 2º da Lei 21.832/2023; a Lei 21.833/2023; e o art. 2º da Lei 21.761/2022). As referidas normas regulamentavam o recebimento das chamadas “verbas indenizatórias”, que ultrapassam o limite fixado pelo teto do funcionalismo público. O ministro Mendonça discordou do texto destas legislações. “Para que se tipifique um gasto como indenizatório, não basta que a norma assim o considere”.

André Mendonça ressaltou que a Constituição Federal estabelece os valores máximo e mínimo que podem prevalecer em qualquer das entidades políticas ou suas entidades administrativas, em qualquer quadrante do país. “Tais valores correspondem aos limites máximo (fixado pelo subsídio do ministro do Supremo Tribunal Federal) e mínimo (que é estabelecido pelo padrão pecuniário definido legalmente como salário mínimo para qualquer trabalhador)”, escreveu o ministro em sua decisão liminar.

O magistrado entende ainda que valor máximo da remuneração recebido pelos servidores públicos da União, estados, Distrito Federal e municípios deve ser respeitado. “A observância da norma de teto de retribuição representa verdadeira condição de legitimidade para o pagamento das remunerações no serviço público”, diz nos autos o ministro do STF, André Mendonça.

Agência Brasil

Força Tática apreende 71 tabletes de maconha, pasta base e prende três pessoas por tráfico

Policiais militares da Força Tática apreenderam nesta sexta-feira (21), 71 tabletes de maconha, sete porções de cocaína e seis de pasta base, em duas ações, em Várzea Grande e em Cuiabá-MT. Além disso, três pessoas foram presas por tráfico de drogas e formação de quadrilha.

Conforme informações do boletim de ocorrência, durante patrulhamento de rotina na região metropolitana da capital, os militares visualizaram um casal descendo de um veículo Renault Kwid, prata, em atitude suspeita.

Um suspeito, que estava com um saco preto nas mãos, ao ver aproximação da equipe, correu para dentro da casa. As equipes flagraram o homem carregando nove tabletes de maconha e no porta malas do carro havia mais dois tabletes.

Os suspeitos afirmaram que teriam acabado de pegar os entorpecentes de um homem que estava em uma barbearia, em Cuiabá. As equipes saíram em diligência e conseguiram abordar o suspeito ainda no estabelecimento.

Durante busca pessoal nada de ilícito foi encontrado, mas no carro do suspeito, um Chevrolet Onix, foi localizada uma mochila contendo oito tabletes de maconha. O suspeito confessou ser o proprietário das drogas e que teria mais entorpecentes em dois endereços.

Em seguida, os militares se deslocaram para uma chácara na região da Ponte de Ferro onde encontraram dez tabletes de maconha e pararam uma casa no bairro Bela Vista, onde apreenderam diversos tabletes de maconha, pasta base de cocaína e ‘skunk’, além de outros materiais para comercialização das drogas. Os três suspeitos e todo material ilícito apreendido foram conduzidos à delegacia para registro do boletim de ocorrência e demais providências cabíveis.

notícias do AgoraMT

Sem supersalários, 70% dos servidores públicos brasileiros ganham até R$ 5.000

Informações sobre a categoria estão reunidas em nova base de dados para consulta pública
A elite do funcionalismo público é famosa pelos privilégios. São constantes os levantamentos feitos para denunciar o grupo com supersalários, aquele que ganha acima do teto previsto para o setor público, hoje em R$ 41.650. Pouco se sabe, no entanto, sobre o conjunto dos servidores abaixo dessa casta, que em sua maioria recebem praticamente um décimo do limite.

A República.org, instituto dedicado a aprimorar a gestão de pessoas no serviço público brasileiro, acaba de criar e disponibilizar em seu site o República em Dados, uma base de consulta que consolida informações sobre servidores, apuradas por diferentes fontes oficiais, como o Atlas do Estado Brasileiro do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e a Rais (Relação Anual de Informações Sociais, do Ministério do Trabalho e Emprego).

A consulta é pública, e os números desmistificam muito do que se propaga como regalias em relação funcionalismo público brasileiro.

“Na verdade, o Estado brasileiro reproduz no serviço público muitas das desigualdades da sociedade que vemos no dia a dia, mas prevalece o estigma de que todo servidor ganha demais, o que não é verdade”, afirma Helena Wajnman, diretora executiva da República.org.

A partir dos dados, Helena explica que metade dos servidores recebe cerca de R$ 3.400 por mês, ou seja, menos de dois salários mínimos, que hoje está fixado em R$ 1.320. Ampliando um pouco o escopo, 70% do total recebe mensalmente até R$ 5.000.

O cálculo considera os contracheques de servidores estatutários, o grupo que fez concurso e tem estabilidade, nos diferentes Poderes —Executivo, Legislativo e Judiciário— em diferentes esferas —municípios, estados e União. Trata-se de uma massa de quase 7 milhões de pessoas.

A conta não inclui os não estatutários, que têm outros tipos de vínculo. Assim como os informais do setor privado ganham menos que os registrados, eles ganham menos que os concursados no setor público. Não existe uma estimativa certeira para a diferença, porque os valores variam muito. Esse grupo reúne 4 milhões de pessoas, 39% do total.

Existem servidores no modelo CLT, que podem ser demitidos a qualquer momento. Muitos hoje têm contrato temporário, modalidade que cresceu especialmente na educação municipal e estadual. Há também o servidor contratado para parcerias provisórias atendendo a demanda de projetos.

A estruturação de um sistema misto de contratações, com tipos de vínculo, mas que mantenha os ganhos e preserve carreiras de Estado, é um debate em curso no setor.

Entre os concursados, o que puxa a média geral do rendimento para baixo é a geografia da contratação.

Ao contrário do que se imagina, a maioria dos servidores não está sentada nos escritórios em Brasília, onde se concentra o funcionalismo federal e se são pagos valores mais elevados. Essa esfera contrata apenas 8,2% do total.

Os estados contratam 31,4% dos servidores, com destaque para cerca de 530 mil policiais militares e civis responsáveis pela segurança pública.

A maior parte, 59,8%, está espalhada pelos 5.568 municípios do país, onde se paga menos. O destaque são profissionais como professores, enfermeiros e assistentes sociais, que lidam diretamente com os membros de suas comunidades.

O contingente de servidores municipais foi o que mais cresceu desde os anos de 1990, para cumprir a universalização do direito a saúde e educação prevista na Constituição de 1988.

Os chamados supersalários estão acima do teto de R$ 41.650, que equivale ao rendimento máximo do juiz do Supremo Tribunal Federal. Esse pequeno grupo representa de 0,06% do total. Entre os integrantes mais citados estão juízes, procuradores e promotores.

A regra de que um servidor não pode ganhar mais do que teto está prevista na Constituição, mas foram criadas interpretações alternativas que abriram espaço legal para ganhos acima do limite. Um projeto de lei parado no Senado busca limitar de vez os ganhos excedentes.

Os especialistas, no entanto, avisam que, para reduzir os grandes desníveis salariais no setor público, também é preciso diminuir a diferença na base.

“Existem enormes distorções e falta de uniformidade nas regras de cada carreira e de suas remunerações”, afirma Vera Monteiro, professora de Direito Administrativo da FGV Direito SP (Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas).

“Entre os temas urgentes está fazer valer a regra do teto, mas reduzir a distância entre os maiores e os menores salários demanda outras iniciativas, como a criação de órgãos para fazer a gestão do desempenho, nas diferentes carreiras, para que se valorize quem trabalha melhor.”

Outro problema que produz desigualdade salarial é a baixa diversidade, que é melhor medida na progressão de carreiras.

No Executivo federal, homens brancos recebem em média R$ 8.774, e os negros, R$ 7.753. As mulheres brancas, R$ 6.272, e as mulheres negras têm o menor rendimento, R$ 5.815. A diferença salarial está no fato de os homens brancos terem mais facilidade de ascensão a cargos de chefia do que os outros segmentos.

Um exemplo. Homens brancos são historicamente maioria nos DAS-6 (Direção e Assessoramento nível 6), o topo dos comissionados, cargos de confiança ocupados por pessoas indicadas pelos integrantes do governo da vez. Eles são escolhidos.

A reforma nas carreiras e uma nova gestão de pessoal são caminhos para alterar essa dinâmica interna, Muitos acreditam, no entanto, que distorções dessa baixa inclusão poderia ser corrigidas com a reestruturação dos concursos públicos.

Já faz um tempo que os especialistas debatem a questão, com argumentos a favor e contra. O principal deles é que os concursos públicos foram capturados por uma “indústria de aprovação”. Atrai principalmente os chamados concurseiros, pessoas que têm tempo e dinheiro para se preparar, não necessariamente vocação.

“Para tornar os concursos públicos mais eficazes na mensuração de habilidades e competências dos candidatos, é necessário repensar a forma tradicional de condução desses processos seletivos”, afirma Renata Vilhena, presidente do Conselho da República.org.

“Novas formas, com a avaliação de habilidades práticas, dinâmicas de grupo e simulações, entrevistas, experiência profissional relevante, entre outras podem ser essenciais para captar os perfis desejados a cada cargo. Essas mudanças na dinâmica dos concursos públicos podem ajudar a criar um processo mais inclusivo.”

Tramita no Congresso um projeto de lei que busca justamente mudar a regra geral dos concursos públicos.

Alexa Salomão / Folha de São Paulo

Queima de Alcorão volta a gerar revolta no Iraque, desta vez contra Dinamarca

A queima do Alcorão durante protestos continua gerando revolta no Iraque —desta vez, o alvo é a Dinamarca, onde atearam fogo no livro sagrado do islã na última sexta-feira (21).

A informação fez centenas de manifestantes tentarem chegar até a embaixada dinamarquesa em Bagdá no início deste sábado (22), em um protesto que foi interrompido com as forças de segurança iraquianas disparando gás lacrimogêneo em direção à multidão.

A manifestação é o mais recente capítulo da controvérsia que começou no final de junho, quando uma cópia do Alcorão foi queimada por um refugiado iraquiano durante um protesto em frente à principal mesquita da capital sueca, Estocolmo. A revolta gerada pelo ato cresceu na sexta-feira passada (14), quando o país nórdico autorizou atos em que seriam queimados outros dois livros sagrados: a Bíblia e a Torá. Na ocasião, as forças de segurança afirmaram que a permissão foi concedida para o evento em si, não para as atividades que ele envolveria.

Na quinta-feira (20), a tensão aumentou após um prédio da embaixada da Suécia em Bagdá ser invadido e incendiado por centenas de manifestantes durante a madrugada. Após o protesto, o Iraque expulsou a embaixadora do país escandinavo no país e proibiu a sueca Ericsson, fabricante de equipamentos de telecomunicações, de operar em seu território —medidas que parecem indicar uma ruptura diplomática entre as nações.

Desde então, a revolta se espalhou para diversos países de maioria muçulmana. Nesta semana, as chancelarias de Arábia Saudita, Qatar e Irã convocaram os diplomatas suecos em seus países, algo visto como uma reprimenda diplomática; Teerã chamou a população às ruas após as orações; e o Hizbullah, grupo islâmico xiita que os iranianos financiam, fez o mesmo no Líbano. O último episódio, a queima do Alcorão em uma praça em frente à Embaixada do Iraque em Copenhague, na Dinamarca, adiciona combustível ao clima de hostilidade.

O evento foi transmitido ao vivo pelo Facebook pelo grupo “Patriotas dinamarqueses”. O vídeo mostra o livro sagrado queimando em uma bandeja de papel alumínio ao lado da bandeira iraquiana no chão. Contatada pela agência de notícias AFP, a inspetora-chefe adjunta da polícia dinamarquesa, Trine Fisker, confirmou que houve uma “pequena manifestação” em frente à embaixada iraquiana e não disse se o livro queimado era o Alcorão.

Centenas de manifestantes se reuniram na Praça Tahrir, no centro de Bagdá, na madrugada deste sábado. Eles cantavam “sim, sim, ao Alcorão” e levantavam retratos do líder religioso xiita Moqtada al-Sadr, segundo um fotógrafo da AFP. A polícia havia bloqueado o acesso à Zona Verde, que abriga instituições governamentais e embaixadas, mas os manifestantes tentaram entrar à força para ir até o prédio dinamarquês. Os que conseguiram passar foram dispersados pela polícia com cassetetes e gás lacrimogêneo.

O ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, Lars Lokke Rasmussen, chamou a queima do livro de uma “estupidez” de alguns indivíduos. “É um ato vergonhoso insultar a religião dos outros”, afirmou à emissora pública DR. “Isso se aplica à queima do Alcorão e de outros símbolos religiosos. Não tem outro propósito senão provocar divisão.” Ele acrescentou, no entanto, que queimar livros religiosos não era crime na Dinamarca. O ato tampouco é uma infração na Suécia e na Noruega, que usam o argumento da liberdade de expressão.

As normas desses países entram em choque com o de alguns países de maioria muçulmana. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanaani, por exemplo, disse que “o governo dinamarquês é responsável por prevenir insultos ao Sagrado Alcorão e às santidades islâmicas, bem como processar e punir aqueles que cometeram os insultos”. Segundo ele, a opinião pública no mundo islâmico espera por “ações práticas” do governo dinamarquês.

O país, que atrasou o envio de um novo embaixador para a Suécia, também disse que não aceitaria reciprocamente um novo enviado sueco por causa dos ataques.

Já a Presidência do Iraque pediu às organizações internacionais e aos governos ocidentais que “parem com as práticas de incitamento e ódio, sejam quais forem seus pretextos”. Em um comunicado, o país também pediu aos seus cidadãos para não serem arrastados em direção ao que descreveu como uma “conspiração” para mostrar que o Iraque não é seguro para missões estrangeiras.

Folha de S. Paulo

Janja atua como ‘algoritmo’ de Lula, despacha sem cargo e gera incômodos em aliados

Primeira-dama não tem agenda pública, mas se reúne com ministros, dá recados políticos e mede temperatura do governo nas redes

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, perdeu a disputa interna no Palácio do Planalto e ficou sem cargo oficial na estrutura do governo, mas se mantém como uma das conselheiras mais influentes do presidente Lula (PT) nos sete primeiros meses do governo petista.

Apesar de despachar diariamente ao lado do chefe do Executivo, a atuação de Janja é cercada pela falta de transparência. Além de a legislação em torno do posto de primeira-dama ser vaga, ela, sem a titularidade de um cargo, não tem obrigações nem deveres formais, como a publicação de uma agenda pública. Ela também não costuma dar entrevistas à imprensa.Janja atua como uma espécie de “algoritmo” de Lula —apelido que foi dado a ela por alguns ministros da Esplanada. Ele não usa celular e é pouco ligado à instantaneidade do noticiário atual, mas recebe informações da socióloga, que participa diretamente das reações do mandatário aos acontecimentos no Brasil e no mundo.

A primeira-dama acompanha diariamente os debates da internet e mede a temperatura da percepção das pessoas em relação às medidas do governo. É pelas redes que ela também compartilha registros de compromissos e eventos dos quais participa.

A avaliação de Janja sobre os temas em debate no país é levada em consideração por Lula em todas as áreas, da política à economia, o que gera incômodo em auxiliares do presidente.

O episódio que ficou mais conhecido foi o recuo do mandatário, após pressão dela, para retomar a isenção nas remessas internacionais de até US$ 50 de pessoa física para pessoa física.

A primeira-dama foi procurada pela reportagem, por meio de sua assessoria de imprensa, mas não respondeu.

No último mês, Janja retomou o projeto de lives “Papo de Respeito”, no qual convida autoridades e personalidades para tratar de temas diversos e políticas do Executivo, após ter sofrido críticas pela transmissão ter sido divulgada em canais oficiais do governo.

Ela já fez lives ao lado de ministros como Fernando Haddad (Fazenda), para tratar do Desenrola Brasil, Margareth Menezes (Cultura), sobre a Lei Paulo Gustavo, e Cida Gonçalves (Mulheres), sobre o enfrentamento da violência contra a mulher.

Na próxima semana deverá conversar com Nísia Trindade (Saúde). Uma live com Marina Silva (Meio Ambiente) também está nos planos da primeira-dama.

Janja também está acompanhando as possíveis trocas que Lula fará na Esplanada, em meio à pressão de PP e Republicanos para entrar no governo. Ela chegou a publicar um vídeo ao lado do ministro Wellington Dias (Desenvolvimento Social), cuja pasta é almejada pelo centrão.

Na gravação, ela afirmou que a pasta, que cuida do Bolsa Família, é o “coração do governo”. Janja é correligionária, ou, como se descreve nas redes sociais, “petista de carteirinha”.

A socióloga foi uma das responsáveis por alertar Lula sobre o risco à sua imagem que a demissão de ministras mulheres pode causar.

O petista cogitou alocar representantes do PP e do Republicanos nos ministérios de Ciência e Tecnologia, chefiado por Luciana Santos, e do Esporte, de Ana Moser, e na presidência da Caixa Econômica Federal, ocupada por Rita Serrano.

No entanto, a pressão de Janja e da ala do PT que milita na causa feminina tem pesado na discussão e Lula tem se mostrado receoso com a chance de reduzir a participação de mulheres no governo.

Essa não é a primeira vez que a primeira-dama atua nos bastidores em questões relacionadas ao ministério do petista. Mais recentemente, colaborou para a decisão de Lula em oferecer um cargo ao ex-deputado federal Jean Wyllys (PT) na Secretaria de Comunicação do governo.

Além de questões do governo, Janja também tenta influenciar os rumos internos do PT. Causou incômodo entre dirigentes do partido, por exemplo, a publicação em que chama a presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, de “futura senadora”.

A foto foi postada em meio a rumores de que o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) pode ter o mandato de senador cassado, o que ensejaria a realização de nova eleição para o posto no Paraná.

Petistas afirmam que a decisão de quem será candidato a senador pelo Paraná nas próximas eleições não cabe a Janja, mas à direção da sigla naquele estado.

Aliados da socióloga a defendem das críticas dizendo que sua forte presença traz uma visão mais moderna para a posição de primeira-dama. Esses aliados também apontam um componente machista nas críticas de que ela estaria se excedendo. Em maio, ela afirmou num evento que sofre misoginia todos os dias.

Além de incômodo, a grande influência da primeira-dama sobre o presidente gera receio de aliados. Em muitos casos, nem os interlocutores mais próximos de Lula têm coragem de levar até o petista questionamentos ou restrições às ideias de Janja.

No início do ano, o governo gastou quase R$ 200 mil na compra de móveis para o Palácio da Alvorada. O desejo de Janja era gastar ainda mais e comprar itens assinados por designers conhecidos, sob o discurso de que não é uma aquisição pessoal e tudo ficará para os próximos presidentes.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, ciente do desgaste que o alto custo das compras poderia gerar, se opôs à ideia. No entanto, quem teve de avisar Lula sobre o problema não foi ele, mas Gilberto Carvalho, ex-chefe de gabinete e amigo de longa data do presidente.

Críticos de Janja no governo afirmam que a foto em que ela aparece entre o petista e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, registrada na Casa Branca durante encontro em fevereiro, resume a personalidade da primeira-dama, que prefere demonstrar poder e evita o papel que se limite à função de companheira do presidente.

Nas viagens internacionais em que acompanha Lula, ela também tem participado de agendas separadas, como é de praxe em muitos casos de primeiras-damas tradicionais.

Por outro lado, nacionalmente, ela tem agendas com ministros de governo frequentemente —o que, até esta gestão, não ocorria. Nas redes sociais, publicou fotos de agenda com Jader Filho (Cidades), com quem foi tratar sobre moradias no complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, por exemplo.

Apesar de não ter um cargo oficial, Janja tem despachado diariamente de sua sala no terceiro andar do Palácio do Planalto, mesmo piso do gabinete presidencial.

No começo do mandato, o presidente chegou a cogitar nomeá-la para um cargo sem remuneração. Consultados informalmente sobre a viabilidade legal da medida, auxiliares do presidente apresentaram ressalvas à designação de um posto para Janja sob pena de isso ser caracterizado como nepotismo.

Matheus Teixeira, Victoria Azevedo e Marianna Holanda / Folha de São Paulo

Encontro Territorial do PT na Bahia termina em tumulto

O encontro territorial do PT na Bahia, realizado na manhã deste sábado (22), em Salvador, apesar de ser um encontro entre correligionários, foi marcado por confusões e tumulto.

Vídeos publicados pelo pelo Aratu On mostram o vereador soteropolitano, Luiz Carlos Suíca, visivelmente irritado, sendo contido por seguranças e aliados, após proferir palavras ofensivas contra outro membro petista.

A causa da agitação parece ser a discordância de um grupo político com a atual gestão do partido na Bahia, cuja presidência é exercida por Éden Valadares. Este, por sua vez, não compareceu ao evento e foi representado pelo vice-presidente Glauco Chalegre, que foi alvo de críticas por parte de membros presentes na reunião.

Os secretários Brisa Moura (Mulheres), Gilcimar Brito (Combate ao Racismo) e Filipe Almada (Relações Institucionais) lideraram os protestos contra Chalegre, acusando-o de ocupar irregularmente o cargo na executiva estadual.

A situação ficou tão acalorada que o encontro teve que ser suspenso. Entre os presentes estavam figuras importantes, como a vereadora Marta Rodrigues, irmã do governador Jerônimo Rodrigues, a presidente municipal da sigla, Cema Mosil, e o vereador de Salvador, Tiago Ferreira.

Em ação conjunta com outros estados, Bahia decreta emergência zoossanitária para influenza aviária H5N1

O Governo da Bahia publicou, no Diário Oficial deste sábado (22), decreto de estado de emergência zoossanitária para influenza aviária H5N1, que tem afetado aves silvestres migratórias e de subsistência em alguns estados do Brasil. O anúncio foi resultado de um acordo nacional entre o Ministério da Agricultura e da Pecuária (MAPA) e os 27 governadores de Estado, com o intuito de controlar a transmissão sanitária que ocorre no país.

Segundo análises divulgadas pelo Ministério da Saúde, o vírus não infecta humanos com facilidade e, em ocorrências registradas em outros países, a transmissão de pessoa para pessoa não foi sustentada. Para haver contaminação é necessário um contato muito próximo entre o animal e o ser humano. Por isso, as autoridades alertam que a população não deve manipular aves encontradas mortas ou debilitadas.

O governador Jerônimo Rodrigues explicou que o decreto é um pacto coletivo que visa ações preventivas para o controle da doença, e minimizando seus efeitos na economia regional e nas relações com o comércio internacional. “Essa ação articulada entre os Estados e o Governo Federal é um jeito de mostrar nossa responsabilidade com a produção de aves e respeito aos grandes produtores. Mas, também, à produção em pequena escala, que vai desde o produtor de quintal a uma granja de menor porte. Ou seja, ao sistema da produção de alimentos e à economia nacional”, reforçou.

A Bahia também faz parte de uma das principais rotas migratórias de aves silvestres que atravessam o continente. A Rota Nordeste Atlântica tem Mangue Seco, Baía de Todos-os-Santos, Cacha-Prego, Baía de Camamu, Barra Velha, Ilha da Coroa Vermelha, Corumbau e Ponta do Curral como lugares de agregação de aves. O primeiro caso registrado, no entanto, foi no Espírito Santo, em maio. Na Bahia, a primeira contaminação foi notificada no dia 17 de junho e, até o momento, mais três casos foram registrados. Todos em aves silvestres nas cidades de Caravelas (1), Alcobaça (1), Prado (1) e Porto Seguro (1).

De acordo com informações do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS), da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), desde o primeiro caso no país, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) e o MAPA intensificaram a vigilância e o monitoramento das aves no estado. A Sesab, através da Vigilância Sanitária e da CIEVS, também tem acompanhado as pessoas expostas às aves, fazendo testagem.

Para apoiar os estados, o MAPA vai disponibilizar um recurso de R$ 200 milhões no controle e combate da Influenza Aviária. Uma portaria também foi publicada e já está sendo usada para orientar os gestores sobre os trabalhos que estão sendo realizados, a partir de agora, para erradicação da doença.

Secom - Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia

Foto ilustrativa: Marcos Prinz

Parceiros do bem realizou mais um multirão de doação de sangue. neste sábado (22) em Jequié.

Grupo Parceiros do bém de Ipiaú reuniu 60 pessoas doadores de sangue que na manhã deste sábado saíram em dois ônibus até a cidade de Jequié (Hemoba),onde foi coletado cerca de 450ml de sangue de cada doador. Essa é a 7° vez que o grupo realiza caravanas sempre reunindo dezenas de pessoas que por sua vez vem ajudando e contribuindo para garantir o estoque das unidades de coleta de sangue.
Segundo a OMS hoje no Brasil cerca de 1,4% da população brasileira é doadora de sangue esse número ainda muito baixo e esses multiroes de incentivo e conscientização é de suma importância pois vem mostrando a população de que com um simples gesto de amor e solidariedade, uma doação pode salvar até 4 vidas. Nosso objetivo é que mais pessoas venha despertar o interesse de ser um doador regular de sangue.

Se você deseja fazer parte dessa corrente do bem pela vida é só entrar em contato pelo zap 73 98142-1860.e 7398171 2152

Itagibá: Prefeito Willians assina ordem de serviços de mais de R$ 3,7 milhões em obras em Japomirim

𝐎́𝐓𝐈𝐌𝐀𝐒 𝐍𝐎𝐓𝐈́𝐂𝐈𝐀𝐒 𝐏𝐀𝐑𝐀 𝐉𝐀𝐏𝐎𝐌𝐈𝐑𝐈𝐌! Na noite desta última sexta-feira, 21 de julho, o prefeito interino Paulo Willians, realizou um momento especial para todos os moradores ao assinar as ordens de serviços para duas importantes obras no distrito, representando um investimento total de 𝐌𝐀𝐈𝐒 𝐃𝐄 𝐑$ 𝟑,𝟕 𝐌𝐈𝐋𝐇𝐎̃𝐄𝐒!
As ordens assinadas refere- se a construção do 𝐆𝐈𝐍𝐀́𝐒𝐈𝐎 𝐏𝐎𝐋𝐈𝐄𝐒𝐏𝐎𝐑𝐓𝐈𝐕𝐎, um espaço moderno e que trará ainda mais opções de lazer e esporte para a comunidade. Com essa obra, a qualidade de vida dos moradores será ampliada, oferecendo um local adequado para a prática de diversas atividades físicas e esportivas.
E 𝐏𝐑𝐈𝐌𝐄𝐈𝐑𝐀 𝐄𝐓𝐀𝐏𝐀 𝐃𝐎 𝐂𝐀𝐍𝐀𝐋 𝐃𝐄 𝐌𝐀𝐂𝐑𝐎𝐃𝐑𝐄𝐍𝐀𝐆𝐄𝐌, uma medida essencial para melhorar a infraestrutura do distrito e prevenir problemas com enchentes e alagamentos. Essa ação demonstra o compromisso do prefeito com o bem-estar dos cidadãos de Japomirim.
Esse momento marcante contou com as presenças dos secretários municipais, vereadores Fernando Passos, Antônio da Cerâmica, Joelson, Saulo Carteiro, Roberto de Bia, Valmir Santos, Manoel Gouveia, e, é claro, os moradores, que são os verdadeiros protagonistas dessa conquista! Com essas obras, Japomirim está avançando ainda mais em direção a um futuro melhor e mais promissor para todos.
Nossa gestão está focada em trazer melhorias significativas para a localidade, investindo em infraestrutura e proporcionando espaços que promovam o desenvolvimento social e o bem-estar da população. Com essa visão, a cidade se torna cada vez mais preparada para enfrentar os desafios e conquistar um futuro brilhante!

Acompanhem as nossas redes sociais para ficarem atualizados sobre o andamento desses projetos e outras novidades para a cidade. Juntos, faremos de nosso município um lugar ainda melhor para se viver! 
#JapomirimMelhorando #MaisInfraestrutura #EsporteELazer

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