Paraná decreta estado de emergência zoossanitária após casos de gripe aviária

O governo do Paraná decretou estado de emergência zoossanitária no estado por 180 dias nesta terça-feira (25) após a detecção de casos de gripe aviária (H5N1) em aves silvestres.

A medida, que teve aprovação do Conesa (Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária), alinha-se ao decreto do Ministério da Agricultura e Pecuária de maio.

O Estado detectou até o momento sete casos da doença, apenas em aves silvestres migratórias. Segundo a Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná), todos os focos já foram declarados encerrados pelo ministério.

O órgão adotou essa medida em maio e orientou para que decretos semelhantes fossem assinados pelos estados para garantir agilidade nos processos, disponibilidade de recursos e segurança para importadores e consumidores, segundo a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná.

“É importante deixar claro que essa é uma medida protetiva. Com esse decreto podemos agir de maneira muito mais rápida, livrando-nos de algumas barreiras burocráticas caso se detecte a gripe aviária”, disse o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, em nota.

Em junho, o governo federal anunciou crédito extraordinário de R$ 200 milhões ao Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) para combater a gripe aviária no país.

O Brasil detectou pela primeira vez a doença entre aves silvestres em 15 de maio e, desde então, registrou dezenas de surtos semelhantes.

Folhapress

Moraes diz que Estado é omisso com moradores de rua e proíbe remoções forçadas

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Arquivo

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou nesta terça-feira (25) que o governo federal crie em 120 dias um plano de ação e monitoramento para que seja implementada uma política nacional sobre moradores de rua.

Ele também ordenou, de forma imediata, que estados, Distrito Federal e municípios sigam as diretrizes de um decreto federal de 2009 que instituiu a chamada Política Nacional para a População em Situações de Rua.

O ministro decidiu ainda que, no âmbito de suas zeladorias urbanas, os Executivos devem efetivar medidas que garantam a segurança pessoal e dos bens das pessoas em situação de rua nos abrigos institucionais.

Moraes proíbe o recolhimento forçado de bens e pertences e ordena que sejam disponibilizados o apoio da vigilância sanitária para garantir abrigo aos animais dos moradores de rua.

É proibido, ainda, o emprego de técnicas da chamada “arquitetura hostil” contra a população de rua ou o levantamento de barreiras que dificultem o acesso a serviços públicos.

A zeladoria urbana terá que divulgar previamente o dia, o horário e o local de suas ações, para que os moradores de rua recolham seus pertences e haja limpeza dos espaços sem conflito.

De acordo com a decisão de Moraes, o governo federal terá que elaborar nos 120 dias um diagnóstico atual da população de rua, identificando perfis, procedências e suas principais necessidades.

A ideia é criar instrumentos de diagnóstico dessa população para a criação de políticas públicas. O diagnóstico deve amparar a criação de meios de fiscalização de processos de despejo e reintegração de posse no país e seu impacto na população de rua, por exemplo.

Além disso, servirá para a elaboração de diretrizes para intervenções do poder público, pautadas em tratamento humanizado e não violento da população de rua.

Em 120 dias, municípios e Distrito Federal também terão que fazer um “diagnóstico pormenorizado da situação nos respectivos territórios” com a indicação do quantitativo de pessoas de rua por área geográfica, quantidade e local das vagas de abrigo e de capacidade de fornecimento de alimentação.

A decisão de Moraes foi feita a pedido da Rede Sustentabilidade, do PSOL e do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto).

Eles sustentam que há um “estado de completa omissão estatal” sobre a população de rua e não há “política pública eficaz para atender a esse grupo vulnerável”, além de não haver um censo nacionalmente coordenado para estimar sua dimensão.

Em sua decisão, Alexandre de Moraes disse que “a violação maciça de direitos humanos, a indicar um potencial estado de coisas inconstitucional, impele o Poder Judiciário a intervir, a mediar e a promover esforços na reimaginação de uma estrutura de enfrentamento para as mazelas que, lastimavelmente, caracterizam uma determinada conjuntura, tal qual aquela que se apresenta”.

“Assim, embora seja possível, como visto, impor medidas concretas mais urgentes no intuito de garantir um mínimo de existência digna, também revela-se necessário mobilizar os demais poderes, tanto mais
afeitos às especificidades das políticas públicas, na construção de uma solução robusta e duradoura”, acrescentou o ministro.

A ação da Rede, PSOL e MTST foi apresentada em maio de 2022, ainda no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

José Marques/Folhapress

PF realiza 2ª fase de operação que visa combater desvio de objetos postais do Centro de Distribuição dos Correios de Jequié

Foto: Reprodução

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (25/7), a Operação Postal – Fase 2, cujo objetivo é a desarticulação de esquemas criminosos voltados para a prática de furtos e desvios de objetos postais no Centro de Distribuição dos Correios (CDD) de Jequié.

Estão sendo cumpridos um mandado de busca e apreensão, um mandado de prisão temporária e um mandado de medidas cautelares diversas da prisão naquela cidade. A primeira fase da operação desvendou que houve desvios de mercadorias do CDD de Jequié, que ultrapassaram R$ 1 milhão.

Foto: Divulgação/PF

Os fatos investigados teriam ocorrido somente nos anos de 2021 e 2022, e as mercadorias mais visadas eram eletrônicos, especialmente aparelhos celulares. Os objetos eram então revendidos no comércio da região como se tivessem procedência lícita. O CDD de Jequié é responsável pela distribuição de encomendas e postais de toda a região circunvizinha.

Com base nos trabalhos investigativos, a partir da deflagração da primeira fase da Operação Postal, a Polícia Federal descobriu que um empregado dos Correios era o principal responsável pelos desvios das encomendas revendidas na região.

A investigação revelou ainda que as entregas dessas mercadorias desviadas chegavam a ser realizadas com o próprio carro oficial dos Correios, dentro do horário do expediente, e que o esquema, que antes se pensava ter acontecido apenas em 2021 e 2022, na verdade já vinha acontecendo há pelo menos seis anos, tendo sido mais intensificado no período da COVID-19.

Além dos mandados judiciais, foi determinado também o bloqueio judicial no importe de R$ 1.045.920,12 (um milhão, quarenta e cinco mil, novecentos e vinte reais e doze centavos) das contas e bens dos investigados e a proibição de o empregado dos Correios exercer suas funções públicas.

Os delitos apurados na operação são associação criminosa, furto qualificado mediante fraude, receptação qualificada e peculato desvio, cujas penas máximas podem somar mais de 20 anos de prisão.

Embaixador da UE no Brasil discorda de Lula: ‘Venezuela não é democracia’

O embaixador da União Europeia no Brasil, Ignacio Ybañez

O embaixador da União Europeia no Brasil, Ignacio Ybañez, refuta a ideia apresentada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que democracia seja um conceito relativo. Ele faz questão de criticar a ditadura da Venezuela, aliada do governo brasileiro. “Para nós, a democracia não é relativa. Democracia existe ou não existe. Na Venezuela, não existe democracia. No Brasil, existe”, afirma o diplomata em entrevista à Coluna. “Eleições e o respeito aos direitos humanos são elementos essenciais na democracia. E isso não é cumprido na Venezuela”.

Se discorda sobre a democracia na ditadura venezuelana, Ybañez concorda com Lula de que a solução para a Venezuela precisa ser encontrada pelos próprios venezuelanos. “São eles que têm que chegar à solução, não temos como apresentar”, defende o embaixador.

Durante a cúpula da União Europeia-Celac, em Bruxelas, Lula e o presidente da França, Emmanuel Macron, se reuniram paralelamente ao evento para discutir o processo político na Venezuela e formas de garantir que as eleições no país vizinho ocorram com lisura.

A menção ao suposto relativismo da democracia, feita por Lula em uma recente entrevista, se somou a um histórico de declarações do presidente com repercussão negativa na comunidade internacional. Uma delas foi a que igualou as responsabilidades de Rússia e Ucrânia pela guerra em andamento no continente europeu.

Ybañez evita comentar as falas de Lula e diz que elas precisam ser analisadas não por ele, mas pelo Brasil. “O voto do Brasil na ONU foi claríssimo: contra a agressão da Rússia. É o que fica”, diz o embaixador, ao ressaltar que o País se posicionou de forma contrária a Moscou nos espaços adequados da política externa – apesar das falas polêmicas do presidente.

Por outro lado, o representante dos europeus em solo brasileiro avalia que o governo Lula poderia se somar a outros países e defender que a paz só pode ser alcançada se a Rússia retirar-se dos territórios que invadiu. “Gostaríamos de ter o Brasil mais ativo nesse ponto de vista”, diz Ignacio Ybañez. “Queremos que o Brasil também nos ajude a trazer a China a essa conversa”, revela, em seguida. A China é uma aliada de primeira hora da Rússia.

UE-Mercosul

Em meio às negociações de um acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, o embaixador do bloco disse não ter ainda como avaliar uma eventual entrada da Bolívia no grupo sul-americano, porque o tema não foi levado às discussões com os europeus. “Se eles entram aceitando (como fazemos na UE) o acervo, o que está lá, é até bom ampliar o âmbito. Se, ao contrário, a entrada colocar uma complicação, não seria o melhor momento. Mas não tenho uma posição”, ponderou.

O governo Lula conta com o deputado federal Celso Russomano (Republicanos-SP), alinhado ao bolsonarismo, para incluir a Bolívia no Mercosul. O Congresso Nacional precisa dar aval à proposta. Russomanno mantém conversas com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para a pauta ser votada em plenário já em agosto.

Roseann Kennedy/Eduardo Gayer/Estadão

FMI vê crescimento econômico do Brasil de mais de 2% em 2023

Sede do Fundo Monetário Internacional

O Fundo Monetário Internacional melhorou sua estimativa para o crescimento da economia do Brasil neste ano depois do forte desempenho no primeiro trimestre, mas rebaixou a perspectiva para 2024 em relatório divulgado nesta terça-feira.

Na atualização de seu relatório Perspectiva Econômica Global, o FMI passou a ver uma expansão do Produto Interno Bruto do Brasil de 2,1% em 2023, um aumento de 1,2 ponto percentual em relação à estimativa de abril. No entanto, para 2024 a projeção do FMI foi reduzida em 0,3 ponto percentual, para 1,2%.

Segundo o FMI, a revisão para cima na estimativa deste ano se deve “ao aumento na produção agrícola no primeiro trimestre de 2023, com repercussões positivas na atividade em serviços”.

A economia brasileira superou as expectativas no primeiro trimestre com uma taxa de crescimento de 1,9%, refletindo o desempenho mais forte do setor agrícola em quase três décadas. Mas a política monetária restritiva ainda deve pesar com mais intensidade sobre a atividade à frente, contendo a expansão.

Após esse resultado do PIB as projeções do FMI feitas em abril foram criticadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que disse desejar provar que o Fundo estava errado sobre sua perspectiva para o crescimento do país.

Mas mesmo com a revisão, a estimativa do FMI para 2023 ainda é um pouco mais pessimista do que a do Ministério da Fazenda, que este mês passou a calcular um crescimento de 2,5% para o PIB deste ano, contra previsão de 1,9% feita em maio. Para 2024, a pasta apresentou estimativa de alta de 2,3%, a mesma de maio.

AMÉRICA LATINA

O desempenho melhor esperado do Brasil foi um dos motivos por trás da melhora de 0,3 ponto na estimativa para o crescimento da América Latina e Caribe, para 1,9%, em 2023.

Reflete também um crescimento mais forte esperado para o México, com aumento de 0,8 ponto percentual na estimativa, a 2,6%, o que representa portanto um desempenho melhor do que o do Brasil, devido à recuperação pós-pandemia em serviços e em meio à resiliência da demanda dos Estados Unidos.

Para 2024, a previsão para a região da América Latina e Caribe permaneceu em expansão 2,2%.

Já para o grupo de Mercados Emergentes e Economias em Desenvolvimento, do qual o Brasil faz parte, o FMI melhorou sua projeção de expansão em 2023 em 0,1 ponto percentual, mas piorou a de 2024 pela mesma magnitude, a, respectivamente 4,0% e 4,1%.

ÓRGÃO ELEVA PREVISÃO DE CRESCIMENTO GLOBAL E VÊ DESAFIOS PERSISTENTES
O FMI elevou suas estimativas de crescimento global para 2023 devido à resiliência da atividade econômica no primeiro trimestre, mas alertou que desafios persistentes estão prejudicando as perspectivas de médio prazo.

O fundo disse que a inflação está caindo e que o estresse agudo no setor bancário diminuiu, mas o balanço de riscos enfrentados pela economia global permanece inclinado para baixo e o crédito está apertado.

O credor global disse que agora projeta um crescimento real do PIB global de 3,0% em 2023, um aumento de 0,2 ponto percentual em relação à previsão de abril, mas deixou sua perspectiva para 2024 inalterada, também em 3,0%.

A previsão de crescimento para 2023-2024 permanece fraca para os padrões históricos, bem abaixo da média anual de 3,8% observada em 2000-2019, em grande parte devido ao enfraquecimento da manufatura nas economias avançadas, e pode permanecer nesse nível por anos.

“Estamos no caminho certo, mas não estamos fora de perigo”, disse o economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, à Reuters em entrevista, observando que a atualização foi impulsionada em grande parte pelos resultados do primeiro trimestre.

“O que estamos vendo quando olhamos daqui a cinco anos é, na verdade, perto de 3,0%, talvez um pouco acima de 3,0%. Esta é uma desaceleração significativa em comparação com o que tínhamos antes da Covid.”

Isso também está relacionado ao envelhecimento da população global, especialmente em países como China, Alemanha e Japão, disse ele. Novas tecnologias podem aumentar a produtividade nos próximos anos, mas isso, por sua vez, pode prejudicar os mercados de trabalho.

A perspectiva é “amplamente estável” nos mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento para 2023-2024, com crescimento de 4,0% esperado em 2023 e 4,1% em 2024, disse o FMI. Mas observou que a disponibilidade de crédito é restrita e que existe o risco de que o sobreendividamento se espalhe para um grupo mais amplo de economias.

O mundo está em um lugar melhor agora, disse o FMI, observando a decisão da Organização Mundial da Saúde de encerrar a emergência de saúde global em torno da Covid-19, e com os custos de envio e prazos de entrega agora de volta aos níveis pré-pandemia.

“Mas as forças que afetaram o crescimento em 2022 persistem”, disse o FMI, citando a inflação ainda alta que está corroendo o poder de compra das famílias, taxas de juros mais altas que elevaram o custo dos empréstimos e acesso mais restrito ao crédito como resultado das tensões bancárias que surgiram em março.

“O comércio internacional e os indicadores de demanda e produção na manufatura apontam para uma fraqueza ainda maior”, disse o FMI, observando que o excesso de poupança acumulado durante a pandemia está diminuindo nas economias avançadas, especialmente nos Estados Unidos, o que implica “uma reserva mais estreita para proteção contra choques”.

Embora as preocupações imediatas sobre a saúde do setor bancário – que eram mais agudas em abril – tenham diminuído, a turbulência do setor financeiro pode ser retomada à medida que os mercados se ajustam ao aperto monetário adicional dos bancos centrais, afirmou.

O impacto das taxas de juros mais altas foi especialmente evidente nos países mais pobres, elevando os custos da dívida e limitando o espaço para investimentos prioritários. Como resultado, as perdas de produção em comparação com as previsões pré-pandemia permanecem grandes, especialmente para as nações mais pobres do mundo, disse o FMI.

INFLAÇÃO BAIXA

O FMI projetou que a inflação global cairá para 6,8% em 2023, de 8,7% em 2022, indo a 5,2% em 2024. Mas o núcleo da inflação deve cair mais gradualmente, atingindo 6,0% em 2023 de 6,5% em 2022 e caindo para 4,7% em 2024.

Gourinchas disse à Reuters que pode levar até o final de 2024 ou início de 2025 para que a inflação caia para as metas dos bancos centrais e o atual ciclo de aperto monetário termine.

O FMI alertou que a inflação pode aumentar se a guerra na Ucrânia se intensificar, citando a preocupação com a retirada da Rússia da iniciativa de grãos do Mar Negro, ou se aumentos mais extremos de temperatura causados pelo padrão climático El Niño elevarem os preços das commodities. Isso, por sua vez, poderia desencadear novos aumentos de juros.

O FMI disse que o crescimento do comércio mundial está diminuindo e chegará a apenas 2,0% em 2023, antes de subir para 3,7% em 2024, mas ambas as taxas de crescimento estão bem abaixo dos 5,2% registrados em 2022.

O FMI elevou suas perspectivas para os Estados Unidos, a maior economia do mundo, prevendo crescimento de 1,8% em 2023, contra 1,6% em abril, com o mercado de trabalho permanecendo forte.

O Fundo deixou sua previsão de crescimento na China, a segunda maior economia do mundo, inalterada em 5,2% em 2023 e 4,5% em 2024. Mas alertou que a recuperação da China está tendo baixo desempenho e uma contração mais profunda no setor imobiliário continua sendo um risco.

Os países da zona do euro devem crescer 0,9% em 2023 e 1,5% em 2024, ambos com alta de 0,1 ponto percentual em relação a abril.

Camila Moreira/Andrea Shalal/Folhapress

Governo do Estado lança Plano Safra Bahia e conjunto de ações para desenvolvimento da agricultura familiar

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) no lançamento do Plano Safra Bahia

No Dia Internacional da Agricultura Familiar, comemorado nesta terça-feira (25), o governo do Estado apresentou um conjunto de ações executadas pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), com o objetivo de garantir condições mínimas de sobrevivência aos agricultores familiares de municípios sistematicamente sujeitos a perda da safra por razão do fenômeno da estiagem ou excessos hídricos. A principal delas é o Plano Safra da Agricultura Familiar da Bahia 2023-2024, lançado pelo governador Jerônimo Rodrigues, que vai disponibilizar R$ 3 bilhões em crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), por meio dos bancos do Nordeste e do Brasil.

Jerônimo explicou que o Plano Safra já integra o governo federal, mas que essa gestão de Lula incrementou e retomou o programa com recursos específicos para os agricultores familiares. Conforme o governador, esse enquadramento vai ter impacto positivo na produção de alimentos, cuidados com o meio ambiente e na educação no campo. “Aqui na Bahia, estamos aproveitando o Dia Internacional da Agricultura Familiar para lançar o Plano Safra. A nossa expectativa é que a gente chegue a R$ 3 bilhões para financiamento das diversas frentes da agricultura familiar. Ainda faremos o lançamento do Plano Safra do Agronegócio também. Também aproveitamos a agenda para fazer a entregas de quase 200 equipamentos do governo do Estado e realizar anúncios de investimento para assistência técnica”, disse.

Dentre as medidas detalhadas no lançamento, há o Pronaf A, que oferece maior limite de financiamento do custeio, passa de R$ 9 mil para R$ 12 mil, e o investimento de R$ 30 mil para R$ 40 mil. Além do Microcrédito Pronaf B, medida na qual a renda bruta familiar será elevada de R$ 23 mil para R$ 40 mil por ano, e o limite de financiamento aumentado de R$ 6 mil para R$ 10 mil sendo que para mulheres o valor poderá ser até R$ 12 mil. Nessa modalidade, o fomento produtivo rural, recurso não reembolsável destinado a agricultores em situação de pobreza, será elevado de R$ 2,4 mil para R$ 4,6 mil.

Há ainda o Pronaf Mulher, com limite de financiamento de até R$ 25 mil e taxa de juros de 4% ao ano, direcionada às agricultoras com renda anual de até R$ 100 mil. As quilombolas e assentadas da reforma agrária terão aumento no abatimento do fomento mulher (modalidade do crédito instalação) de 80% para 90%. Há também linhas específicas para jovens e indígenas.

“É um dia muito importante para nós. O governador fez questão de premiar nessa data o agricultor e agricultora da Bahia em homenagem a todos no mundo que trabalha com alimento limpo, que quer que a economia circule no seu lugar e que garante a dignidade para o homem e a mulher do campo. Esse evento de hoje é para promover principalmente os movimentos sociais”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Rural, Osni Cardoso.

Mais projetos

Foi ainda apresentado o Projeto ‘Bahia que Produz e Alimenta’, que receberá um investimento de R$ 750 milhões para melhorar a infraestrutura, serviços e integração das organizações produtivas da agricultura familiar aos mercados, atendendo 50 mil famílias beneficiárias e 600 organizações produtivas da agricultura familiar nos 27 territórios de identidade entre 2023 e 2027.

“Hoje aqui é uma síntese de tudo que a gente vem fazendo e o que a gente vai fazer, o ‘Bahia que Produz e Alimenta’ surge nessa esteira onde o governo lança o Bahia Sem Fome e vai atrás dessas pessoas em situação de vulnerabilidade alimentar. O ‘Bahia que Produz e Alimenta’ fomenta a produção de alimentos para a gente ofertar para as famílias, fazendo com que essas elas sejam integradas também no processo de inclusão socioprodutiva”, explicou Jeandro Ribeiro, diretor-presidente da CAR.

Jerônimo ainda autorizou a SDR/CAR e a Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater) a dar início a ação de assistência técnica e extensão rural com foco nos sistemas produtivos da agricultura familiar: mandioca, cacau, leite, mel e avicultura de galinha caipira. Na prática, a ação vai financiar kits produtivos para as unidades de produção familiar atendidos pela rede de Ater, e R$ 40 milhões investidos em dois anos, em 36 mil unidades de produção familiar atendidas.

Também foi celebrado o Termo de Fomento com a Associação Povos da Mata de Certificação Participativa – Agroecologia em rede na Bahia: mais alimentos e mais vida no qual será realizado acompanhamento técnico de 1.050 Unidades de Produção Familiar e de 250 novas Unidades Familiares em 19 territórios de identidade da Bahia, com 24 agroindústrias vinculadas e R$ 1,6 milhões de reais aplicados em 24 meses.

O governador assinou também Acordo de Cooperação para Implantação de 27 Polos Territoriais de Apoio à Comercialização de Produtos da Agricultura Familiar para Mercados Institucionais. A SDR/CAR também foi autorizada a iniciar o projeto de dinamização das Agroindústrias Familiares para apoio a gestão, acesso a mercados e assistência técnica para 402 agroindústrias familiares. O investimento é de R$ 30 milhões ao longo de três anos.

EntregasNa ocasião, o governador entregou Selos de Identificação dos 90 novos produtos de associações e cooperativas da Agricultura Familiar, 31 tratores (75Hp) e 54 microtratores para organizações do setor, além de 88 microtratores e máquinas forrageiras para Escolas Famílias Agrícolas, em uma ação conjunta com a Secretaria da Educação.BAHIA

Tarifas do pedágio nas BRs 324 e 116 serão reajustadas a partir de 00h desta quarta-feira (26) na Bahia. De acordo com a ViaBahia, concessionária que administra as rodovias do estado, a cobrança para automóveis passa de R$ 5,50 para R$ 5,90, na BR 116, e de 3,20 para R$ 3,30, na BR 324.

O aumento acontece após decisão da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (25) e passa valer nos trechos administrados pela Via Bahia da BR-324 – Rodovia Eng° Vasco Filho – e da BR-116 – Rodovia Santos Dumont.

Segundo a Via Bahia, a aplicação dos novos valores, já deveria ter ocorrido desde de dezembro de 2022, por conta da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no período, conforme aponta o Contrato de Concessão. Confira os novos valores:

Dilma se reúne com Putin antes de cúpula Rússia-África

A ex-presidente brasileira Dilma Rousseff (PT) tem reunião marcada nesta quarta (26) com Vladimir Putin no Kremlin. Ela visitará o líder russo na condição de chefe do banco dos Brics, o bloco diplomático que une Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul.

Segundo a reportagem ouviu de diplomatas, a visita não chegou a ser comentada com o Itamaraty. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), antecessor da gestão Dilma (2011-16), tem pisado em ovos em relação à Rússia devido à posição de neutralidade crítica de Brasília acerca da Guerra da Ucrânia.

Nem sequer a embaixada brasileira em Moscou foi alertada da presença da ex-presidente, o que no Planalto foi visto como uma tentativa de manter separada a imagem da petista da de Lula. Ela, argumentam integrantes do governo, não representa o país, e sim o banco dos Brics.

Mas Dilma era vista como muita simpatia em Moscou nos seus mandatos. Ela esteve como presidente no país em três ocasiões, em 2012, 2013 e 2014, na última oportunidade em uma cúpula do Brics. Quando sofreu impeachment, em 2016, a imprensa estatal russa usava frequentemente a palavra golpe para definir o processo.

A reportagem não conseguiu contato com a ex-presidente. Na agenda de Putin, Dilma será recebida às 17h30 (11h30 em Brasília). O motivo mais ostensivo de sua presença é a provável participação na cúpula Rússia-África, uma demonstração ao Ocidente de que Moscou não está tão isolada quanto gostariam os Estados Unidos e seus aliados devido à guerra. Nesta terça, foi anunciado também que o russo irá à Turquia em data a ser definida e à aliada China, em outubro.

Com a invasão de 2022, a Rússia foi submetida ao mais draconiano pacote de sanções econômicas da história recente, sendo efetivamente desplugada do sistema internacional. Mas o país circunavegou parte das dificuldades, aprofundou laços econômicos com países ou aliados, como a China, ou neutros e próximos, como a Índia.

No caso brasileiro, a prioridade da relação econômica sempre guiou o Planalto. Uma semana antes da guerra, em fevereiro do ano passado, Jair Bolsonaro (PL) foi recebido por Putin em Moscou. Ele e Lula negaram o fornecimento de armamentos pedidos pela Ucrânia, e o petista ainda tem feito críticas constantes ao Ocidente no conflito.

Na ONU, contudo, o Brasil votou para condenar a invasão em duas ocasiões, diferentemente da Índia, que virou uma das maiores compradoras de petróleo barato dos russos, que perderam acesso aos mercados na Europa.

O fluxo comercial entre Brasília e Moscou cresceu ao longo de 2022, estimulado pela necessidade de manter o fornecimento de fertilizantes para o agronegócio brasileiro, e hoje 2/3 do óleo diesel importado pelo Brasil vêm da Rússia.

Ao mesmo tempo, Lula tem sofrido críticas constantes por sua tentativa de mediação no conflito, vista no Ocidente como condescendente com Putin. Enviou seu assessor Celso Amorim a Moscou e recebeu o chanceler Serguei Lavrov em Brasília. O petista até acabou baixando o tom de suas reservas à posição de Kiev, e foi admoestado pelo próprio presidente Volodimir Zelenski.

Por outro lado, chamou o colega chileno Gabriel Boric de apressado por querer menções à Rússia em comunicado de países latino-americanos em reunião na Europa, semana passada. Isso tudo leva holofotes à visita de Dilma, de forma intencional ou não.

A cúpula Rússia-África é vista como uma oportunidade para Putin, mas o contexto é adverso. Segundo seu assessor para assuntos internacionais Iuri Uchakov disse à agência RIA Novosti nesta terça (25), 17 dos 54 chefes de Estado africanos membros da ONU estarão presentes ao evento, que ocorre na quinta (27) e na sexta (28).

Na primeira edição da cúpula, em 2019, 43 líderes voaram até Sochi, na costa do mesmo mar Negro que hoje está no centro das preocupações africanas. Na semana passada, Putin deixou o acordo que permitia a exportação de grãos ucranianos na região, e passou a bombardear a infraestrutura portuária e silos de Kiev.

Isso aumentou a insegurança dos líderes africanos, que foram procurados por autoridades russas, que lhe asseguraram a continuidade do fornecimento de trigo a preços competitivos, apesar do aumento generalizado devido à crise. O tema assombra a reunião em Moscou, e certamente afastou boa parte dos prováveis presentes.

É incerto como o NDB (Novo Banco de Desenvolvimento, na sigla inglesa da instituição dos Brics) poderá entrar no jogo, contudo. Em junho, Lula pressionou a instituição a ajudar o governo da Argentina, em grave crise financeira, mas recebeu um não. Desde então, trabalha para tentar ampliar o escopo do órgão presidido por Dilma desde março.

Por ora, o NDB só opera com os membros do Brics, com uma exceção pontual africana, Lesoto, um encrave na África do Sul que recebeu apoio em um projeto hídrico. Lula, e talvez Putin e seu colega sul-africano Cyrill Ramaphosa, talvez trabalhem para mudar isso.

Ramaphosa, aliás, estará em uma situação inusitada quando chegar à cúpula. Na semana passada, a África do Sul anunciou que, em comum acordo com a Rússia, receberia Lavrov com representante de Putin na cúpula dos Brics, que ocorre em agosto.

O motivo é o fato de Pretória ser signatária do Estatuto de Roma, que criou o TPI (Tribunal Penal Internacional). Em março, a corte determinou a prisão de Putin por supostos crimes de guerra cometidos na extradição de crianças ucranianas para a Rússia, o que o Kremlin descarta. Após dar imunidade ao russo, Ramaphosa foi pressionado por uma ação legal e acabou cedendo, com o colega sendo convidado a participar por videoconferência no evento.

A reunião trará outras situações curiosas. Belarus, ditadura aliada a Putin, anunciou nesta terça que pediu a entrada no Brics formalmente em maio, e que o caso será avaliado na cúpula.

Igor Gielow/Folhapress

Globo desbanca Record e, sob Lula, volta a liderar verbas de publicidade do governo

O grupo Globo retomou o protagonismo na publicidade do governo federal sob Lula (PT) e domina as verbas de anúncios de 2023.

Em pouco mais de seis meses do terceiro mandato do petista, veículos de mídia da Globo receberam ao menos R$ 54,4 milhões em propagandas da Secom (Secretaria de Comunicação Social) da Presidência da República e de ministérios, enquanto a Record foi o destino de R$ 13 milhões. Outros R$ 12 milhões foram desembolsados ao SBT.

Os dados foram extraídos do portal de planejamento de mídia do governo federal, que mostra valores pagos em ações de publicidade já realizadas pela Secom e outros órgãos do governo federal.

O site não apresenta pagamentos feitos em propagandas de bancos públicos e das estatais, como a Petrobras. A destinação final dessas cifras é mantida em sigilo mesmo após pedidos baseados na Lei de Acesso à Informação.

Segundo os dados divulgados pela Secom, a Globo havia recebido valores similares aos principais concorrentes durante a gestão Bolsonaro (2019-2022), com ligeira vantagem para a Record, TV ligada à Igreja Universal do Reino de Deus.

Os veículos da Record receberam em quatro anos cerca de R$ 200 milhões por campanhas publicitárias realizadas sob Bolsonaro, pela Secom e ministérios.

No mesmo período, as emissoras da Globo ganharam R$ 189 milhões, enquanto o SBT recebeu R$ 169,35 milhões. Os valores são nominais, ou seja, sem ajuste pela inflação.

A Record ainda perdeu espaço na publicidade em canais digitais sob Lula. O portal R7, que ganhou ao menos R$ 8,4 milhões da gestão passada, não tem pagamentos registrados até aqui, enquanto o site Globo.com recebeu ao menos R$ 394,5 mil.

Questionada sobre a divisão dos recursos de publicidade, a Secom disse que “os grupos mencionados” têm números diferentes de veículos e que o portal de despesas está “em constante atualização”. A secretaria não respondeu qual critério utiliza para direcionar os recursos de TV.

A Secom afirmou apenas que “não são arrazoados os comparativos feitos pela Folha” e que usa “normativos e estudos técnicos apresentados pelas agências” como critérios. “Tais como: audiência, segmento, cobertura etc.”

Lula e o PT eram antigos críticos da Globo, mas a atual gestão tem estabelecido uma relação mais amistosa com a emissora.

Em nota, a comunicação da Globo disse entender que “as verbas publicitárias públicas seguem critérios técnicos observados pelos órgãos federais”.

A Globo tem sido, ao longo das décadas, a emissora de TV brasileira de maior audiência.

Na última quinta-feira (20), por exemplo, ela marcou 13,8 pontos, em média, na Grande São Paulo, de acordo com informações do site Notícias da TV, do UOL. A Record alcançou 5,7 pontos, o SBT 3,0 pontos e a Band, 2,1 pontos. Cada ponto equivale a 70.953 domicílios na Grande São Paulo.

Praticamente toda a verba direcionada ao grupo Globo teve como destino as emissoras de TVs do grupo.

Os dados da Secom e de ministérios ainda mostram mudança de critérios de publicidade em jornais. Esses órgãos voltaram a anunciar na Folha (R$ 352,9 mil), O Globo (R$ 398,9 mil) e O Estado de S. Paulo (R$ 206,8 mil), três veículos que não haviam sido incluídos em planos de mídia federais de 2020 a 2022.

Os órgãos federais também voltaram a comprar espaços publicitários de canais alinhados à gestão petista. O site Brasil 247 recebeu R$ 59,9 mil. O Diário do Centro do Mundo foi o destino de R$ 46,2 mil em anúncios, enquanto o site O Cafezinho ganhou ao menos R$ 4.900.

O Brasil 247 disse que não há alinhamento político, mas “profissionalismo e independência”, e que foi excluído das publicidades nas gestões Michel Temer (MDB) e Bolsonaro por perseguição à mídia independente.

A Meta, empresa que controla Facebook, Instagram e WhatsApp, foi o quinto grupo que mais recebeu verbas publicitárias nas gestões Bolsonaro e Lula.

O ranking de maiores beneficiados ainda inclui empresas que divulgam as peças publicitárias em metrôs, aeroportos e outdoors digitais, como a Eletromidia e a JCDecaux.

Sob Lula, o TikTok e a Kwai também surgem entre os dez principais destinos de anúncios publicitários federais.

É precária a divulgação sobre as despesas com mídia do governo federal. Como faltam dados sobre os valores pagos por estatais e bancos públicos, não há um balanço conclusivo sobre a distribuição de anúncios.

Os dados do governo mostram que as campanhas publicitárias realizadas pela gestão Bolsonaro totalizaram R$ 2,1 bilhões em anúncios durante quatro anos. Esse recorte considera principalmente ações do Ministério da Saúde e da Secom.

As informações disponíveis sobre campanhas da gestão Lula somam cerca de R$ 120 milhões nesses seis meses.

Dos R$ 54,4 milhões direcionados ao grupo Globo em publicidade federal, cerca de R$ 9 milhões foram para anúncios veiculados durante o Jornal Nacional, o principal telejornal da emissora.

A campanha de maior valor da gestão Lula, com R$ 32,7 milhões desembolsados, trata da promoção de entregas do governo nos 100 dias de gestão Lula.

A Saúde desembolsou ao menos R$ 37,1 milhões para estimular a vacinação contra a Covid-19 e gripe, em mais de uma ação publicitária.

Como há assimetria na checagem da veiculação dos anúncios em cada meio (TVs, rádios, internet, jornais, outdoors etc), é possível que o domínio da Globo sobre a verba de publicidade diminua durante o ano.

Isso porque existem peças que já foram transmitidas em rádios, por exemplo, mas podem estar sob prestação de contas, com valores ainda não desembolsados.

“O portal informa valores parciais e somente as autorizações confirmadas pelos Órgãos. Além disso, está em constante atualização em função do fluxo de informações”, disse a Secom.

No começo da gestão Bolsonaro, a Globo chegou a ficar em terceiro na lista de verbas publicitárias federais, atrás da Record e do SBT.

A Folha mostrou, à época, que Bolsonaro havia alterado critérios de distribuição dos anúncios, reduzindo valores à emissora líder de audiência. O canal foi alvo de diversas críticas do ex-presidente, que chegou a ameaçar não renovar a sua concessão, mas recuou e assinou a renovação dias antes de deixar o governo.

Em 2020, o TCU (Tribunal de Contas da União) concluiu que faltavam critérios técnicos na distribuição das verbas a TVs abertas. Nos anos seguintes, a Globo voltou a liderar o ranking da publicidade federal, ainda que próxima da Record.

Em nota, a Secom disse que “confirmações entre grupos/veículos não ocorrerem de forma simultânea e articulada, os grupos mencionados possuem diferentes volumes de veículos em sua composição, dando uma visão distorcida sobre o investimento público em comunicação”.

Em nota, O Cafezinho disse que o portal atende a critérios técnicos exigidos pelo governo federal para veiculação de propagandas e que, por isso, aceitou proposta da Secom para receber anúncios.

O Brasil 247 disse que os valores recebidos estão “dentro dos padrões de mercado para um portal que tem em média 34 milhões de pageviews mensais e é líder e formador de opinião no seu segmento de análise política e curadoria de informações”.

O Mídia Banco24Horas afirma ser um veículo de mídia digital presente na vida de 153 milhões de brasileiros, com capilaridade e penetração em diferentes regiões e classes sociais que o torna um canal seguro e de alto impacto para transmitir campanhas para a população.

“Os contratos de veiculação seguem diretrizes de compliance e são auditados pelo IVC [Instituto Verificador de Comunicação].”

O SBT e a Eletromidia não se manifestaram, assim como as demais empresas citadas.

Mateus Vargas´e Ranier Bragon/Folhapress

TCU abre investigação contra Campos Neto por fala sobre terceirização no BC

Banco Central

O TCU (Tribunal de Contas da União) abriu uma investigação contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para apurar declarações recentes dele sobre terceirizar a gestão de ativos do BC.

A investigação foi solicitada pelo subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado, que destacou que essa pretensão de Campos Neto é um risco à capacidade do país em honrar compromissos financeiros.

Para Furtado, é necessário “apurar os indícios de irregularidades noticiados a despeito do interesse do atual presidente do Banco Central em terceirizar a gestão de ativos do BC, especialmente com relação à administração das reservas internacionais do Brasil”.

O presidente do BC disse na última quinta-feira (20) que está aberto à possibilidade de terceirizar a gestão de ativos do Banco Central. As declarações foram feitas em entrevista ao canal BlackRock Brasil.

Furtado ressaltou que a gestão de reservas internacionais representa uma “atividade tipicamente estatal”, o que impossibilita a interferência do setor privado nessa área, com riscos, inclusive, à “soberania” brasileira.

“Diante de todos os riscos, no meu entender, é inadmissível terceirizar a gestão de ativos do BC, especialmente com relação à administração das reservas internacionais do Brasil. A referida possibilidade reclama, pois, a obrigatória e pronta atuação do TCU, de forma a se determinar a detida e minuciosa apuração dos fatos”, completou.

Furtado ressaltou que a gestão de reservas internacionais representa uma “atividade tipicamente estatal”, o que impossibilita a interferência do setor privado nessa área, com riscos, inclusive, à “soberania” brasileira.

“Diante de todos os riscos, no meu entender, é inadmissível terceirizar a gestão de ativos do BC, especialmente com relação à administração das reservas internacionais do Brasil. A referida possibilidade reclama, pois, a obrigatória e pronta atuação do TCU, de forma a se determinar a detida e minuciosa apuração dos fatos”, completou.

UOL/Folhapress

Ipiaú: Adolescentes são apreendidos por policiais militares por (Ato Infracional) similar à tráfico de entorpecentes

Material apreendido 
Por volta das 09h30min dessa segunda-feira (24/07/23), a guarnição da 55ª CIPM/PETO realizava rondas e abordagens no Bairro Aparecida, quando avistou um indivíduo em atitude suspeita, tentando dispensar algo. 

Ao proceder com a busca pessoal, a guarnição encontrou com o jovem 15!buchas de substância análoga a maconha e dez pedras de sustância análogas a crack, já fracionados, prontos para a comercialização. 

Ao ser questionado sobre a origem da droga, o adolescente disse que pertencia a outro adolescente, para quem estaria indo levar a droga. Informou também, que o dono do material morava perto do local da abordagem, apontando assim a residência, localizada na Rua Sinésia Pereira Alexandrina, Bairro Antônio Lourenço, em Ipiaú.

A guarnição foi até à residência indicada, possível ponto de crime, onde foi mantido contato o tio do suposto dono da droga. Foi realizada a busca no imóvel, momento em que o adolescente assumiu que armazenava mais uma cerca quantidade de entorpecentes escondida em seu quintal, onde foi encontrada em uma sacola azul, uma maior quantidade de droga e mais uma carteira contendo valores em dinheiro, embalagens e balança de precisão.

Os criminosos, bem como o material apreendido, foram conduzidos até a Delegacia territorial de Ipiaú para a adoção das medidas de polícia judiciária.

 Autores: (01)  J. de J. dos S. (Masculino) Nascido em 03/07/2006, (02) T. O. dos S. S. Nascido em 17/10/2006,

Material apreendido: 39 Pedras de Substância análoga a Craque; 43 Buchas de substância análoga a Maconha; R$ 465,00 (quatrocentos e sessenta e cinco reais) em dinheiro; 01 balança de precisão, 01 tablete grande de Substância análoga a maconha, pesando 85 gramas 01 tablete médio de Substância análoga a maconha pesando 17 Gramas; Diversas embalagens para fracionamento; 01 Celular Moto G60 de cor Azul; 01 Celular Samsung J2 Prime Dourado; 01 Gaiola com passarinho;

Informações: ASCOM55ª CIPM-PMBA, uma Força a serviço do cidadão!

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