PM prende autor de morte momentos após crime na Avenida Paralela
Ocorrência aconteceu na manhã deste domingo (6), em saída de festa que ocorria no Parque de Exposições Agropecuárias.
O autor da morte de um homem, crime cometido no início da manhã deste domingo (6), foi preso por guarnições da 58ª e 82ª CIPM. Ele atacou a vítima com golpes de faca, após um desentendimento ocorrido na festa realizada no Parque de Exposições Agropecuárias de Salvador.
Equipes que faziam a segurança no entorno do evento identificaram o suspeito momentos após o homicídio, cometido na área externa do Parque.
Conforme o Comandante de Policiamento Regional da Capital da região do Atlântico (CPRC-A), coronel Ricardo Passos, os homens curtiam a festa ‘10 horas de arrocha’ quando se desentenderam dentro do evento.
“Após a discussão, um deles saiu, foi em casa, pegou uma faca e retornou a área externa da festa para aguardar a vítima sair, local em que cometeu o crime”, contou o coronel.
Equipes da 58ª e 82ª Companhias Independentes da Polícia Militar (CIPMs/Cosme de Farias e CAB) rapidamente alcançaram o homem e o prenderam.
No momento da prisão, um policial acabou ferido ao ser atingido por uma garrafa atirada pela companheira da vítima, na tentativa de atingir o custodiado. “Ela também foi contida e levada para a delegacia”, concluiu o oficial.
A dupla foi levada para o Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) onde a ocorrência é registrada.
Texto: Rafael Rodrigues
PF e SENAD encerram a 39ª fase da Operação Nova Aliança
Ação conjunta entre Brasil e Paraguai é o maior operativo policial mundial em cooperação internacional com objetivo de erradicar plantios ilícitos de cannabis
Brasília/DF. Encerrou-se neste sábado (5/8), a 39ª Fase da Operação Nova Aliança, a quarta realizada em 2023. A ação se desenvolve por meio de cooperação internacional entre Brasil e Paraguai. À frente dos trabalhos estão a Polícia Federal Brasileira e a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (SENAD).
Dessa vez, foram alvos de forma simultânea diversas zonas de produção ilícita de cannabis, localizadas nas regiões de Canindeyu, Bella Vista Norte, Caaguazu, Amambay e Concepcion.
Nesta fase, foram erradicados 110 hectares de plantações de maconha, além de 36.824 kg da droga pronta, o que totaliza a destruição de 366.824 kg dessa substância entorpecente, efetivamente interrompendo sua circulação. Além disso, durante a operação, 77 acampamentos utilizados como centros de operações pelos traficantes foram destruídos.
O principal foco dos trabalhos é golpear o narcotráfico no nascedouro de suas atividades ilícitas. Ao desmantelar o cultivo ilegal de maconha, evita-se que uma grande e articulada cadeia criminosa entre em atuação. Nesse sentido, a cada fase a Nova Aliança enfileira números positivos.
Grande parte da maconha produzida no Paraguai é direcionada para o Brasil, tendo como destinatário desta rede de tráfico internacional de drogas as principais facções criminosas brasileiras. Daí, a importância – mais uma vez destacada - de se evitar o início de atuação de uma grande cadeia criminosa, que tem vários outros crimes acessórios ao principal, que é o tráfico de drogas.
Com essa última fase, foram concluídas 22 Operações Nova Aliança realizadas de forma conjunta entre a SENAD e a Polícia Federal ao longo do período de cinco anos (2018-2023), totalizando a destruição de 5.659 hectares de plantações de maconha, que representa cerca de 17 mil toneladas da droga retiradas de circulação. Além disso, o valor desse volume de droga implica em um prejuízo econômico de, pelo menos, 510 milhões de dólares para o narcotráfico.
Coordenação-Geral de Comunicação Social
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Governo prepara novo PAC mesmo com incerteza sobre verba
O governo planeja que o programa seja uma das principais vitrines de Lula 3 e prepara um dos maiores eventos da Presidência até agora. O lançamento será no teatro João Caetano, na capital do Rio de Janeiro (sede do banco estatal BNDES), com forte presença de integrantes do primeiro escalão e dos estados.
O Planalto convidou os 27 governadores e a expectativa é que até aqueles mais próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como Tarcísio de Freitas (São Paulo) e Jorginho Melo (Santa Catarina), estejam presentes na cerimônia.
A assessoria da Casa Civil, comandada por Rui Costa, que coordena o projeto, admite a importância de o arcabouço passar no Congresso antes do anúncio do PAC. “A expectativa do governo federal é de que a tramitação do novo arcabouço fiscal seja finalizada antes do lançamento do programa”, diz a Casa Civil, em nota enviada à Folha.
O ministério reforça ainda que a previsão de recursos está mantida em R$ 60 bilhões por ano, mas admite a possibilidade de “ajustes”. “Remanejamentos e ajustes de valores podem ocorrer durante a execução do Novo PAC”, afirma a nota.
O governo prevê atualmente um rombo de R$ 145 bilhões para 2023, segundo o Ministério do Planejamento, e tem feito bloqueios de gastos neste ano como forma de cumprir a regra do teto. No cenário hipotético de não-aprovação do novo arcabouço fiscal, a limitação criada durante o governo de Michel Temer continuaria valendo e impediria a expansão de despesas imprescindível para iniciativas como a do PAC.
A verba do PAC ficou em dúvida após a Câmara alterar o texto do arcabouço fiscal, aplicando um novo período de inflação para corrigir o limite anual de despesas federais.
O governo planejava usar a inflação em 12 meses terminados em dezembro, mas os parlamentares mudaram a proposta para 12 meses terminados em junho, o que restringe gastos em relação ao imaginado pois a inflação de meados do ano está mais baixa do que a prevista para o fim do calendário. Como alternativa, o governo conseguiu inserir no texto aprovado pelo Senado um trecho que permite uma expansão extra de despesas desde que haja aval futuro do Congresso.
Apesar da urgência do governo, na última terça-feira (1º) o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), adiou a votação do arcabouço. Em tese, o projeto pode ser aprovado até 31 de agosto, quando o governo federal enviará a PLOA (projeto de lei orçamentária anual) ao Congresso.
“Lira deve chamar reunião com líderes para discutir. Depois de ouvir a todos, devemos ter nos próximos dias o arcabouço votado, talvez na semana que vem, mas ele não se comprometeu com prazo”, disse o ministro Fernando Haddad (Fazenda) na última quarta-feira (2).
De acordo com Haddad, Lira “não está esperando nenhuma ação do governo para votar, até porque sabe da importância de definir regras do Orçamento do ano que vem”.
A expectativa inicial do governo era de que o arcabouço fosse votado antes do recesso parlamentar, ainda em julho. Mas o texto não ficou pronto e Lira deu prioridade à votação da Reforma Tributária – aprovada por ampla maioria na Casa.
A espera pela aprovação da nova regra fiscal vinha sendo justamente o motivo alegado pela Casa Civil da Presidência para justificar os sucessivos atrasos e adiamentos do programa, que seria lançado inicialmente no fim de abril. Mesmo diante dos novos desdobramentos em relação ao arcabouço, interlocutores do governo descartam um novo adiamento da medida.
O governo Lula pretende lançar o novo PAC com mais de 2.000 projetos, entre empreendimentos federais, estaduais, concessões e um conjunto de PPPs (parcerias público-privadas). O programa funcionará com financiamento de BNDES, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.
O programa terá sete eixos: defesa; transportes, infraestrutura urbana, água para todos, inclusão digital e conectividade, transição e segurança energética e infraestrutura social
A maior parte dos empreendimentos será do próprio governo federal, seguindo as prioridades dos ministérios. No entanto, a Casa Civil também dialogou com todos os governadores e equipes dos estados para incluir demandas regionais.
Na semana passada, o próprio Lula anunciou durante entrevista que estará incluído no programa, por exemplo, projetos para a COP 30 (Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas), a ser feita no ano que vem em Belém (PA).
Também deve estar no rol de projetos um túnel para fazer a ligação seca entre Santos e Guarujá, um projeto de mais de 60 anos que nunca saiu do papel.
Renato Machado, Marianna Holanda e Matheus Teixeira, Folhapress
Acidente com trem no Paquistão mata ao menos 25 pessoas e fere outras 80
Ao menos 25 pessoas morreram e 80 ficaram feridas neste domingo (6), depois que um trem de passageiros descarrilou na cidade de Nawabshah, no sul do Paquistão. Os números foram informados pela emissora local Geo News.
Imagens divulgadas mostram dezenas de pessoas no local da tragédia. Algumas tentavam quebrar as janelas dos vagões para permitir a saída dos passageiros e outras tentavam com as próprias mãos e veículos levar os feridos para hospitais próximos. Por volta das 17h no horário local (9h em Brasília), ainda havia presos nos destroços do trem.
Não há informações sobre as causas do acidente. O ministro das Ferrovias e Aviação do país, Khawaja Saad Rafique, evitou dar detalhes e disse que alguém poderia ter causado “deliberadamente” o acidente, assim como também poderia ter ocorrido uma falha mecânica.
O que já se sabe é que o trem andava com capacidade acima do permitido. Até por isso, as autoridades temem perdas ainda maiores. O veículo tem espaço para 950 passageiros em sua classe econômica e 72 em seu vagão com ar-condicionado.
As operações ferroviárias da região de Sindh, onde o acidente aconteceu, foram suspensas. A paralisação pode durar até 18 horas, segundo a imprensa local.
O Paquistão tem um longo histórico de tragédias envolvendo trens. Nos últimos anos, o país vem testemunhando uma série de acidentes do tipo. Em junho de 2021, por exemplo, dois trens colidiram perto de Daharki, em Sindh, matando pelo menos 65 pessoas e ferindo outras 150. Na ocasião, um trem descarrilou e um segundo veículo se chocou contra os destroços cerca de um minuto depois. Dois anos antes, 75 passageiros morreram queimados em um incêndio a bordo.
Há anos, o governo paquistanês tenta garantir fundos para atualizar a rede ferroviária do país. A promessa mais recente passa pela Iniciativa Cinturão e Rota, projeto da China de financiamento para projetos de infraestrutura em países em desenvolvimento.
Em junho deste ano, um acidente semelhante ao deste domingo causou a morte de cerca de 300 pessoas na Índia; outras 850 ficaram feridas. Na ocasião, após descarrilarem, os vagões de um trem invadiram outro trilho, onde foram atingidos por um veículo que ia em alta velocidade na direção oposta. Três meses antes, 57 pessoas morrem na Grécia também em um acidente envolvendo trens.
Folhapress
Rússia faz ataque maciço com mísseis após Ucrânia atingir navios
A Rússia executou um dos mais elaborados ataques maciços contra alvos ucranianos na madrugada deste domingo (6). A ação envolveu 70 mísseis e drones, e ocorreu após Moscou ter um navio de transporte militar e um petroleiros atingidos por botes kamikaze no mar Negro.
Foi uma noite infernal, como demonstravam os alertas nos canais do governo de Kiev sobre lançamentos e áreas de risco sob aviso de ataque. No auge da ação, foram contados 14 bombardeiros estratégicos Tu-95 no ar na Rússia, disparando mísseis de cruzeiro Kh-101 após as primeiras ondas com drones iranianos Shahed-136.
Este é o padrão adotado pelos russos em sua campanha aérea desde outubro. Drones kamikaze são enviados em maior quantidade, dando trabalho para a defesa aérea. Kiev disse ter derrubado 27 de 30 lançados sobre vários pontos do país, mas seus destroços causaram estragos.
Na sequência vieram os Kh-101, 14 mísseis de cruzeiro Kalibr lançados de navios no mar Negro e, cereja do bolo, pelo menos três modelos hipersônicos Kinjal, disparados de caças MiG-31K. A Ucrânia disse ter derrubado ao todo 57 das 70 ameaças registradas, mas isso é incerto.
Por fim, houve bombardeio com mísseis balísticos lançados do sistema S-300, um modelo de defesa antiaérea que ambos os lados adaptaram para usar como artilharia na guerra. O foco foi Kharkiv, no norte, perto da região em que os russos têm feito progresso nas últimas semanas.
O Ministério da Defesa em Moscou não classificou a ação como retaliação pelos dois ataques no mar Negro, como havia sido prometido pela chancelaria no sábado (5). Isso pode ou não significar que algo mais impactante estará a caminho.
Em seu boletim diário, a pasta afirmou que o foco das ações foram bases aéreas em Starokonstantinov e Dubno, ambas na região oeste do país. As duas instalações sofreram danos grandes, segundo canais militares russos e ucranianos. Distantes das linhas de frente a leste, elas são essenciais para o apoio aéreo de Kiev na guerra.
Simbolicamente, há o fato de que neste domingo a Ucrânia celebra o seu Dia da Força Aérea. Ao todo, morreram no país três pessoas com os bombardeios. No mar Negro, não houve novos ataques com drones aquáticos, e a Rússia afirmou que tem os meios necessários para anular a ameaça de bloqueio a seus portos na região, feito pela Ucrânia.
De fato, Kiev só tem como ameaçar com os sorrateiros drones, o que já é um problema grande para os russos —só do porto de Novorossisk, alvo de um dos ataques na sexta (5), saem 2% da produção mundial de petróleo. A limitada Marinha de Kiev foi arrasada já no começo da guerra, em 2022, e agora a luta é assimétrica e incerta.
Ao longo da frente de batalha, novos combates ocorreram no sul e no leste, com tentativas frustradas dos ucranianos de romper de forma decisiva as posições russas. Essa é uma dificuldade recorrente até aqui na contraofensiva iniciada por Volodimir Zelenski em junho, que vem gerando questionamentos e temores entre seus apoiadores no Ocidente.
Em Donetsk, cidade que desde 2014 está na mão de separatistas pró-Rússia, uma universidade foi atingida por bombardeio ucraniano com, segundo a prefeitura local, bombas de fragmentação fornecidas pelos EUA. Parte do prédio pegou fogo. O envio das armas foi condenado por aliados de Washington signatários do acordo que as bane, por deixarem pequenas bombas não explodidas como rastro por anos.
REUNIÃO SOBRE PAZ ACABA SEM AVANÇOS
Politicamente, Kiev tentou cantar vitória diplomática neste fim de semana com a realização de uma conferência de paz em Jedá, na Arábia Saudita, com 42 países —incluindo a aliada russa China, nações não alinhadas que condenaram a invasão, como o Brasil, ou que nem isso fizeram, como a Índia. A Rússia não foi convidada.
Zelenski esteve presente, sendo recebido pelo príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, o verdadeiro líder do reino. Se houve o sucesso do evento em si, ele serviu para todos concordarem em suas discordâncias.
Elas ficaram claras na fala do enviado chinês, Li Hui, a repórteres. “Nós temos muitas desavenças e ouvimos posições diferentes, mas é importante que nossos princípios sejam compartilhados”, afirmou, dando o caráter da inocuidade neste momento do evento, o segundo do tipo. Uma terceira reunião ficou combinada.
O assessor diplomático do governo Lula Celso Amorim, presente via videoconferência, resumiu a posição brasileira, dizendo que ambos os lados precisam ter suas preocupações ouvidas, repetindo a neutralidade do país —o presidente brasileiro se envolveu em diversas polêmicas por criticar tanto Zelenski quanto Vladimir Putin pela guerra iniciada pelo russo.
“Isso não é apenas um conflito entre Rússia e Ucrânia. É também um capítulo da longa rivalidade entre a Rússia e Ocidente”, afirmou, defendendo ser necessário entender o contexto histórico da crise. Para o Ocidente liderado pelos EUA e para Kiev, a frase óbvia é vista como herética.
A grande ausente, a Rússia, tripudiou. “O encentro reflete a tentativa continuada, fútil e condenada do Ocidente de mobilizar a comunidade internacional, mais precisamente o Sul Global, se não toda ela, para apoiar a chamada fórmula Zelenski, que está condenada e é inalcançável desde o começo”, afirmou neste domingo o vice-chanceler Serguei Riabkov.
Sul Global é o jargão diplomático para países não alinhados com o conglomerado formado por EUA e seus aliados, como o Brasil, a Índia, a Indonésia e, em menor medida dado seu peso relativo maior, a China. Já a fórmula Zelenski é o plano de dez pontos de Kiev, que basicamente exige a devolução de todo o território tomado pelos russos, incluindo a Crimeia anexada em 2014, e garantias de segurança.
Riabkov disse que discutiria a reunião de Jedá com os membros do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) na reunião do bloco no fim deste mês, na África do Sul. “Mas não há espaço para negociação agora. A operação militar especial [eufemismo russo para a guerra] continuará no futuro visível”, afirmou à agência Tass.
Igor Gielow, Folhapress
Ministro de Lula foi escanteado em troca na Petrobras e vê fritura crescer no PT e no Centrão
Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira |
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, é o mais novo alvo de fogo amigo no governo Lula. Ex-senador que chegou à Esplanada com as bênçãos do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Silveira não foi consultado sobre a ofensiva do PT para trocar o comando da Petrobras Biocombustíveis, movimento revelado pela Coluna. Nos bastidores, parlamentares da base e do Centrão dizem que o ministro está perdendo sua base política e tem pouca influência no governo – a ponto de ser escanteado em indicações da própria pasta.
A principal reclamação é que Silveira não têm recebido parlamentares no gabinete. Até mesmo lideranças do setor de energia se queixam do acesso restrito ao ministro. A aliados, o ex-senador diz que tem trabalhado muito, até alta madrugada, e busca atender a todos na medida do possível. “Silveira, no alto da sua arrogância, está me enrolando há três meses. Quero discutir política com ele”, afirmou à Coluna, sob reserva, uma liderança mineira engajada no processo eleitoral do ano que vem.
Nesta semana, o ministro, inclusive, descobriu que terá de ir à Comissão de Minas e Energia da Câmara prestar esclarecimentos sobre a mudança na política de preços da Petrobras. O convite foi aprovado em um acordo costurado pelo Centrão com o apoio do PT, e, inclusive, de deputados mineiros como Padre João (PT-MG). Alexandre Silveira foi candidato de Lula a senador no ano passado, mas perdeu a disputa.
De acordo com uma fonte do Palácio do Planalto, o ministro está “perdendo a base política”, o que pode comprometer sua permanência no cargo. Ele enfrenta resistências inclusive no PSD, apesar de sua proximidade com o presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab. Em Belo Horizonte, há uma insatisfação geral com o fato de Alexandre Silveira dizer nos bastidores que o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), não tem força para concorrer à reeleição.
Ninguém aposta, porém, que o ministro perca o cargo agora. Mas ele pode entrar nas negociações da super-reforma ministerial ensaiada para o ano que vem. O Ministério de Minas e Energia é cobiçado em Brasília, e no governo de transição foi negociado pelo MDB.
Apesar do processo de fritura, Alexandre Silveira é considerado um político hábil em negociações. A sua posse no Senado é mostra disso, pois veio após um amplo acordo político. No final de 2021, Pacheco se filiou ao PSD e ajudou na aprovação do então senador Antônio Anastasia para uma vaga no Tribunal de Contas da União (TCU). Com a renúncia de Anastasia para virar ministro da Corte de contas, o suplente Silveira virou senador para disputar a reeleição no cargo.
Roseann Kennedy, Estadão
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