A Influenciadora Paula Moraes comemora cinco anos de sucesso do @ficaadicacompaula
Nesta sexta feira, a influenciadora digital Ipiauense Paula Moraes (@ficaadicacompaula), receberá amigos, familiares e parceiros em uma festa exclusiva, para comemorar 5 anos de sua página no Instagram, com o tema “festa junina”, a influencer irá comemorar e brindar o sucesso que vem fazendo no mundo digital com mais de 22 mil seguidores.
Paula relata a importância de compartilhar conteúdos bem elaborados e dicas com seus seguidores.
“Eu sempre assistia vídeos no Youtube e achava maravilhosa as blogueiras e fiquei encantada com o tralhado e resolvi segui-las; não é fácil como qualquer outra atividade profissional, porque requer muita dedicação e estudos , mas eu tenho o apoio da minha irmã gêmea Paola Moraes e minha mãe Selma Santana” relatou Paula.
No Instagram a influencer mostra o seu dia a dia de forma bem humorada, provando looks nas lojas, treino de Crossfit e dicas de moda e beleza; fazendo com que as pessoas interajam naturalmente no seus stories.
“Sou muito feliz, fazendo o que eu faço, procuro sempre passar um pouco da minha vida para os meus seguidores; recebo mensagens diariamente de várias pessoas com elogios e admiração. Então, é muito importante esse contato e carinho com meus seguidores, porque tudo que sou hoje é por eles. Agradeço imensamente aos parceiros que estão junto comigo nessa linda festa”, diz a influenciadora.
O Arraiá do Fica a Dica com Paula, está marcado para começar por volta das 19h nesta sexta-feira (11), e a diversão da noite ficará garantida pelos shows de Andinho Brito, Dj Agamenon e o som de paredão.
O evento é exclusivo para convidados entre eles estão os amigos influenciadores Kamilla Lessa, Marcelo Pacheco, Thaliany Dutra, Elis Ribeiro, Laisa Fatel e Dara Hianca.
Defasagem de preços já restringe oferta de diesel no país, dizem postos
Posto de combustível |
Postos de gasolina do país começam a reclamar de dificuldades para encontrar diesel, diante da queda de importações privadas nas últimas semanas. O problema, segundo o setor, reflete as elevadas defasagens em relação às cotações internacionais, que desestimulam importações privadas do produto.
As empresas que seguem importando já começam a repassar aos consumidores a alta das cotações internacionais sobre os volumes comprados no exterior, mesmo que a Petrobras não mexa no valor de venda do diesel por suas refinarias desde maio.
Segundo fontes do setor, as restrições são maiores nas distribuidoras de menor porte, que têm menor capacidade financeira para sustentar a importação de produtos mais caros do que os vigentes no mercado interno.
Mesmo as grandes, que diluem os custos da importação nos elevados volumes que movimentam, estariam racionando o produto, segundo empresários ouvidos pela reportagem.
Embora a Petrobras tenha ampliado a produção nacional nos últimos meses, cerca de um quarto do consumo brasileiro de diesel ainda é abastecido por importações, feitas tanto pela estatal quanto por empresas privadas.
Após um período de excesso de oferta com aumento da produção da Petrobras e invasão de diesel russo, as importações do combustível vêm caindo desde maio. Em julho, foram 1,07 bilhão de litros, volume 19% inferior ao registrado no mesmo período do ano anterior.
Entre janeiro e julho deste ano, a queda acumulada é de 5%. Dados preliminares apontam que o movimento se acentuou na primeira semana de agosto, quando as importações do grupo óleos combustíveis caíram 75% em relação ao mesmo período do ano anterior.
As grandes distribuidoras negam restrições na oferta. Em teleconferência com analistas nesta quinta-feira (10), o presidente da Ultrapar, Marcos Lutz, disse que a Ipiranga não tem problemas de disponibilidade de produtos.
“A Ipiranga não tem problemas para atender seus clientes regulares”, afirmou, ressaltando, porém, que não pode falar por todos os fornecedores do país.
Na abertura do mercado desta quinta, o preço do diesel nas refinarias da Petrobras estava, em média, R$ 1,29 por litro abaixo da paridade de importação calculada pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). Na média nacional, a defasagem era de R$ 1,12 por litro.
Esse conceito deixou de ser usado pela Petrobras em sua nova política comercial, mas é relevante na tomada de decisão sobre importações por empresas privadas, que temem perder dinheiro ao vender no Brasil produtos comprados mais caros no exterior.
Aqueles que estão importando começaram a repassar a seus clientes a alta recente nas cotações internacionais. O Paranapetro, sindicato que representa os postos do Paraná, afirmou nesta quinta que o diesel S-10 está chegando aos postos com aumentos entre 6% e 9%.
“As companhias de distribuição têm alegado que o motivo para esta alta é a escassez deste produto em todo o Brasil, por causa da menor entrada de importações”, disse, em nota, a entidade.
O preço do diesel nos postos vinha caindo desde o início do ano, refletindo o excesso de oferta, mas teve leve alta na semana passada, segundo a pesquisa semanal da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis).
Em nota, a Petrobras afirmou que não reduziu sua oferta de diesel, mas que não tem informação sobre a oferta pelos demais agentes que abastecem o mercado, como distribuidoras, importadores e outras refinarias.
“A companhia está cumprindo integralmente suas obrigações junto às distribuidoras, entregando todo o volume contratado”, disse.
Nicola Pamplona/Folhapress
Novo PAC incluirá Ferrogrão, trem em SP e obras há anos sem conclusão
O presidente Lula e o ministro Rui Costa (Casa Civil) |
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai incluir no Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) projetos como a Ferrogrão (plano de ferrovia que corta a Amazônia), um trem de passageiros entre São Paulo e Campinas e uma ponte entre o Brasil e o Uruguai.
As iniciativas estarão ao lado de um conjunto de obras já conhecidas, que atravessaram diferentes governos e permanecem sem conclusão.
As obras paralisadas estão entre as prioridades do governo Lula. A justificativa é aproveitar que parte dos trabalhos já foi executada e aumentar a chance de conclusão de empreendimentos considerados relevantes.
Entre os nomes já conhecidos está a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, cujas obras foram suspensas na época da Operação Lava Jato —em meio às investigações sobre os contratos da Petrobras.
Outro projeto retomado é o da usina nuclear Angra 3. Iniciada ainda nos anos 1980, a implementação foi paralisada naquela década e retomada no governo Lula em 2009, em seu segundo mandato.
A obra foi suspensa novamente em 2015, após uma das empreiteiras contratadas admitir irregularidades em meio às investigações da Lava Jato. Na época, as apurações levaram à prisão de executivos da Eletronuclear.
Em 2019, Jair Bolsonaro (PL) qualificou a obra no PPI (Programa de Parcerias de Investimentos). Agora, o PAC retomará os projetos de viabilidade sobre o empreendimento.
Também estará no Novo PAC a revitalização do rio São Francisco, prometida também na passagem anterior de Lula pela Presidência. Assim como o ramal entre Salgueiro e o Porto de Suape (PE) da Transnordestina, que há anos recebe recursos públicos e continua em andamento.
Dentre as novidades, a Ferrogrão deve ser um dos principais empreendimentos. A ligação ferroviária que tem como objetivo escoar a produção de grãos do Centro-Oeste pelos rios amazônicos é alvo de críticas de especialistas por cortar a floresta ao meio.
O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou que a Ferrogrão estará no PAC, mas ainda está em fase de estudos.
“É uma obra que ainda está em projeto e precisa avançar um pouco, e projetos de infraestrutura têm seu próprio tempo. Eles não podem ser interrompidos antes de os estudos serem finalizados”, disse à Folha.
Em São Paulo, o governo acatou as indicações prioritárias de Tarcísio de Freitas (Republicanos), ex-ministro da Infraestrutura de Bolsonaro. O Novo PAC terá como objetivo concluir a extensão da linha 2-Verde do Metrô e o trem Intercidades São Paulo-Campinas.
Prometido há décadas por diferentes gestões estaduais, o projeto é estimado em R$ 12,8 bilhões e já tem até data de leilão marcado para 28 de novembro. A ideia do projeto ferroviário é ligar a capital paulista à Campinas em 60 minutos.
O projeto do estado de São Paulo deve receber financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), em uma iniciativa que, segundo Renan, representa uma postura republicana de Lula —já que a obra será tocada por um governador de oposição.
“É uma integração dos esforços do governo federal com o governo do estado. Esse é um exemplo que o Lula age de maneira republicana. Porque, se ele não quisesse fazer, esse é um que não dava para fazer São Paulo [sozinho], só faz se for com o governo federal”, disse.
Com a entrada no PAC do governo federal, a obra torna-se prioritária e pode contar com recursos da União.
Outro projeto de São Paulo que estará no programa é o túnel Santos-Guarujá, uma ideia quase centenária –mas que ainda não entrou em execução. O próprio ministro da Casa Civil, Rui Costa, anunciou em julho a inclusão do túnel nas obras e afirmou que será feito por PPP.
Outro que anunciou uma obra do Novo PAC foi o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), nas suas redes sociais, na última quarta-feira (9). Ele disse que o governo federal também pretende concluir uma das obras mais antigas do país: a rodovia BR-156 no Amapá.
O ministro Paulo Pimenta, da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência), disse que o governo federal pretende fazer a ponte entre o Brasil e o Uruguai, saindo de Jaguarão (RS). O projeto foi anunciado pelo chanceler Mauro Vieira, no primeiro semestre, ao visitar a região.
Já no Paraná, há três obras que devem entrar na carteira do PAC: a ferrovia Nova Ferroeste; a última etapa da BR-487, que liga o Mato Grosso do Sul e o Paraná e é mais conhecida como Estrada Boiadeira; e o contorno rodoviário de Guaíra (PR).
Serão sete eixos no novo PAC: defesa; transportes, infraestrutura urbana, água para todos, inclusão digital e conectividade, transição e segurança energética e infraestrutura social.
Outra novidade será a aquisição de itens para as Forças Armadas, em um aceno aos militares. Haverá compra de veículos blindados, helicópteros, navios-patrulha, mísseis de cruzeiro, equipamentos para monitoramento de fronteiras e drones.
Como um dos pilares do programa é justamente incentivar a indústria nacional, o que pode não ocorrer em todos os casos da indústria bélica, a ideia é criar cláusulas de nacionalização com compras internacionais, com transferência de tecnologia.
Vitrine do terceiro governo do chefe do Executivo, o Novo PAC será lançado nesta sexta-feira (11) no Rio de Janeiro, em uma das maiores cerimônias do governo até agora. O evento contará com a presença de autoridades dos estados e do parlamento, além de a grande maioria dos ministros de Lula.
A lista de obras vem sendo tratada com a máxima discrição no governo federal. A Casa Civil de Rui Costa, responsável pela elaboração do programa, quer exclusividade ao presidente no anúncio das 2.000 obras. Após o evento, vai ao ar uma página na internet com informações sobre o programa.
Nem todas as obras incluídas no programa serão integralmente pagas com recursos do Tesouro. De acordo com o governo, parte delas também será executada em formato de PPP (Parceria Público-Privada) ou concessão, ou ainda apenas financiada por meio de bancos públicos.
O valor dos projetos ainda não foi divulgado. Mas o valor total que o governo federal investirá no Novo PAC, sim: R$ 60 bilhões de investimentos anuais. O que representa o quinto maior montante anual dos 14 anos de história do programa.
Para chegar a cifra, o governo teve de fazer manobras orçamentárias: mandou pedido ao Congresso para descontar da meta fiscal deste ano até R$ 5 bilhões do programa de obras. Além disso, busca agora uma mudança no arcabouço que dará mais folga aos cofres.
Ainda assim, contudo, a previsão do investimento do novo PAC fica atrás do que foi executado na maior parte dos anos da gestão de Dilma Rousseff (PT) –quem criou o programa quando ainda ministra de Lula, sendo apelidada na época de “mãe do PAC”.
Considerando dados fornecidos pelo Tesouro e atualizados pela inflação, os investimentos do PAC cresceram continuamente desde seu lançamento em 2007 (com R$ 18,1 bilhões) até o ápice em 2014 —ano de eleições e da Copa do Mundo no Brasil (quando foram usados R$ 97,4 bilhões). Foi nesse exercício que o país começou a registrar déficit nas contas públicas.
A partir de 2015, diante da necessidade de reequilíbrio fiscal no segundo mandato de Dilma, a trajetória se inverteu e os valores passaram a cair de forma contínua até o patamar de R$ 34,4 bilhões em 2019, primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro (PL) —gestão em que a série do Tesouro sobre o programa foi descontinuada após uma mudança na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) impedir a identificação dos valores. A média anual de investimentos do PAC na série do Tesouro é de R$ 52,6 bilhões.
Julia Chaib/Marianna Holanda/Renato Machado/Folhapress
‘Vai colocar pessoal no inquérito’, diz Gilmar após Moraes ter só 1 voto para vice-presidente
A eleição para a presidência do Supremo Tribunal Federal nesta quarta-feira, 9, foi marcada por uma brincadeira do decano da Corte Gilmar Mendes. Após a ‘derrota’ do ministro Alexandre de Moraes na votação para vice da Corte máxima nos próximos dois anos, Gilmar brincou: “Vai colocar esse pessoal no inquérito”
Antes, Alexandre, aos risos, tinha se manifestado após a presidente da Corte, Rosa Weber, anunciar que ele só havia recebido um voto no páreo à vice-presidente do STF. “A votação não foi no TSE”. O ministro é chefe da Corte eleitoral, tendo presidido as eleições passadas.
A eleição e as brincadeiras aconteceram no mesmo dia em que a Polícia Federal abriu, por ordem de Alexandre, uma operação para prender o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques por suposta interferência no pleito do ano passado.
Alexandre de Moraes é relator de uma série de investigações que miram os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, como o inquérito das fake news, o das milícias digitais e dos atos golpistas de 8 de janeiro.
As eleições para o comando do STF são protocolares, seguindo a regra de antiguidade da Corte. Todos os ministros votam no colega mais antigo do Tribunal que ainda não tenha comandado o colegiado – com exceção do mais votado, que não vota em si, mas indica o próximo da fila, simbolicamente
A atual presidente do Supremo é a ministra Rosa Weber, que se aposenta em setembro. Seu vice, hoje, é o ministro Luís Roberto Barroso, que foi eleito presidente com dez votos. Para a presidência, Barroso, não votou em si, votou em seu vice, Fachin.
Do mesmo modo, para a vice-presidência, Fachin recebeu dez votos. Ele foi quem deu o voto único ao ministro Alexandre de Moraes como vice. Assim, na próxima eleição, prevista para ocorrer em dois anos, Fachin deve ser eleito presidente, e seu vice seria Alexandre de Moraes.
A posse de Barroso e Fachin está marcada para o dia 28 de setembro.
Estadão
Facção criminosa Los Lobos reivindica assassinato de candidato no Equador
Facção criminosa Los Lobos reivindica assassinato de candidato no Equador |
Um grupo de pessoas encapuzadas e fortemente armadas que se diz parte da facção criminosa Los Lobos, uma das maiores do Equador, assumiu a autoria do assassinato do candidato à Presidência Fernando Villavicencio. O político foi morto a tiros nesta quarta-feira (9) após evento de campanha em Quito, a capital equatoriana.
Em um vídeo nas redes sociais, um porta-voz do grupo lê um comunicado no qual insinua que o candidato fez um acordo com o crime organizado e não cumpriu as promessas.
“Queremos deixar bem claro a toda nação equatoriana que cada vez que os políticos corruptos não cumprirem com as promessas que estabelecemos quando recebem nosso dinheiro —que são milhões de dólares—, para financiar suas campanhas, serão dispensados”, diz um porta-voz rodeado de criminosos vestidos de preto e com máscaras cobrindo os rostos enquanto exibem armas de fogo.
O porta-voz diz que a organização criminosa pode fazer novos ataques e faz ameaças ao empresário Jan Topic, que também disputa a Presidência e apareceu em sexto lugar numa pesquisa de intenção de voto divulgada no mês passado pelo instituto Cedatos, com 4,4% da preferência dos eleitores. “Você também, Jan Topic, mantenha sua palavra. Se você não cumprir suas promessas, você será o próximo.”
Segundo a rede britânica BBC, os Los Lobos são a segunda maior facção criminosa do Equador, com cerca de 8 mil membros. O grupo tem envolvimento com tráfico internacional de cocaína e é dissidente da organização Los Choneros, também acusada de fazer ameaças contra o candidato Villavicencio. As autoridades ainda não se manifestaram sobre o vídeo, e as investigações estão em curso.
Horas após o assassinato, o presidente do Equador, Guillermo Lasso, declarou estado de exceção em todo o país. A medida, segundo o governo, visa garantir a segurança da eleição, prevista para 20 de agosto.
“As Forças Armadas, a partir deste momento, se mobilizam em todo o território nacional para garantir a segurança dos cidadãos, a tranquilidade do país e as eleições livres e democráticas em 20 de agosto”, disse Lasso, na madrugada desta quinta, em discurso transmitido na plataforma YouTube.
As autoridades se reuniram em caráter de urgência na sede do governo após o crime, que ainda deixou nove feridos, incluindo uma candidata ao Parlamento e dois policiais. Segundo o presidente Lasso, o estado de exceção será válido por 60 dias e permitirá a presença dos militares nas ruas.
Antes visto como pacífico, o Equador está localizado entre o Peru e a Colômbia, grandes produtores de cocaína do mundo. Os portos equatorianos no oceano Pacífico atraem organizações criminosas pelo potencial de escoamento da produção. O tema tem povoado a campanha para as eleições presidenciais do país, com candidatos apostando em forte retórica contra a criminalidade.
Da província andina de Chimborazo, Villavicencio foi funcionário e sindicalista da estatal do petróleo Petroecuador e, mais tarde, trabalhou como jornalista. Na função, investigou e denunciou corrupção e perdas financeiras em contratos de petróleo. Já na campanha eleitoral, o candidato denunciou ao menos três ameaças feitas por um grupo criminoso chamado Los Choneros.
Folhapress
Acabar com rotativo pode ser solução para juro alto, diz Campos Neto
Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto |
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quinta-feira (10) que acabar com o rotativo do cartão de crédito pode ser a solução para os juros altos e a inadimplência da modalidade.
O chefe da autoridade monetária também falou sobre a possibilidade de criar uma tarifa para frear o parcelamento sem juros.
“A gente tem 90 dias para apresentar uma solução, que está se encaminhando para que não tenha mais rotativo. O crédito vai direto para o parcelamento, que seja com uma taxa ao redor de 9% [ao mês]. Extingue o rotativo, quem não paga o cartão vai direto para o parcelamento ao redor de 9%”, afirmou.
“A gente cria algum tipo de tarifa para desincentivar esse parcelamento sem juros tão longo. Não é proibir o parcelamento sem juros, é simplesmente tentar fazer com que ele fique um pouco mais disciplinado, de uma forma bem faseada para não afetar o consumo”, acrescentou.
Na mira do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a taxa média de juros cobrada pelos bancos de pessoas físicas no rotativo do cartão de crédito em junho foi de 437,3% ao ano, segundo dados do BC.
O parcelamento de compras sem juros no cartão de crédito virou tema de debate no setor financeiro brasileiro depois que grandes bancos apontaram esse segmento como um dos culpados pelas altas taxas de juros do rotativo dos cartões.
De acordo com o presidente do BC, uma outra alternativa seria limitar os juros do cartão de crédito. “O problema é que os bancos provavelmente iriam retirar os cartões de circulação porque, para as pessoas que têm mais risco, os bancos não ofereceriam aquele cartão devido a uma relação de risco- retorno ineficiente”, ponderou.
“O problema de cortar o número de cartões é que você sabe como começa, mas não sabe como termina, pode gerar um efeito muito grande na parte de consumo e na parte de varejo”, continuou.
Segundo Campos Neto, a questão deve avançar nas próximas semanas. As negociações envolvem mudanças estruturais no crédito rotativo, o que abriria espaço para autorregulação dos próprios bancos sobre o produto.
Uma proposta que limita os juros no rotativo do cartão de crédito está em um projeto de lei que vai receber o conteúdo do Desenrola, promessa da campanha petista e um dos principais programas do governo na área econômica.
Como mostrou a Folha, as instituições financeiras tentam barrar o avanço da medida, que deve começar a ser debatida neste mês na Câmara dos Deputados.
Campos Neto compareceu no Senado Federal para prestar contas sobre as decisões tomadas pela autoridade monetária em relação à inflação, à política de juros e à estabilidade financeira. Conforme a lei de autonomia, em vigor desde 2021, o presidente do BC tem de ir ao Congresso Nacional prestar esclarecimentos ao menos duas vezes ao ano.
Governo do Estado entrega nova sede do Colégio da Polícia Militar no Lobato, em Salvador
O 28º colégio entregue pelo Governo do Estado, este ano, foi inaugurado pelo governador Jerônimo Rodrigues, nesta quinta-feira (10), no bairro do Lobato, em Salvador. A nova unidade sedia o Colégio da Polícia Militar – Lobato e se consolida como um passo importante rumo ao aprimoramento educacional e cultural de crianças e jovens. A edificação do prédio é resultado da parceria entre a Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC) e a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), com investimento de R$ 23,3 milhões.
Com a capacidade de acolher mais de mil estudantes dos ensinos Médio e Fundamental, a nova sede do Colégio da Polícia Militar - Lobato é um símbolo concreto do compromisso do governo com a educação de qualidade. Ao inaugurar esta nova etapa da Educação na Bahia, o governador Jerônimo Rodrigues expressou sua confiança no potencial da juventude baiana e reiterou o compromisso contínuo do governo com o progresso educacional e cultural.
"Aqui é uma escola que sempre teve uma boa marca de avaliação de aprendizagem, e agora, com essa estrutura, vai melhorar. Professores, servidores, estudantes e familiares contam com melhores condições. A comunidade também ganha um equipamento que pode ser compartilhado com ela, tanto na prática esportiva como cultural, citando o uso do teatro. Esses equipamentos servem para nos animar, criar esperança para a gente, para que esses estudantes possam seguir na área profissional que entenderem", declarou Jerônimo.
Estrutura moderna e completa
Localizada na Rua Península do Joanes, s/nº, a nova unidade da rede pública de ensino, é composta por uma estrutura diversificada de instalações modernas, que incluem salas de aula equipadas e climatizadas, laboratórios para estudos em biologia, química, física, matemática, informática e línguas. Além disso, duas salas multifuncionais oferecem um espaço inclusivo e adaptável. A nova unidade do CPM Lobato comporta ainda um teatro, com capacidade para 200 pessoas e biblioteca.
A titular da SEC, Adélia Pinheiro, destacou a valorização nos investimentos em escolas, para o desenvolvimento de crianças e jovens. “Essa é a 28ª unidade escolar entregue em 2023. Escola é oportunidade para que, através da educação, cada menino, cada menina possa escolher as trilhas que vai seguir na vida. O CPM Lobato conta com 120 estudantes-monitores, que são aqueles estudantes que têm desempenho de destaque, principalmente nas matérias de português e matemática, e se inscrevem e recebem uma bolsa para auxiliar outros colegas no processo de aprendizagem”, pontuou Adélia.
Já para a prática de atividades físicas, o Colégio dispõe de quadra poliesportiva coberta, campo de futebol society e piscina semiolímpica. Para Gabriel Gramosa, aluno e atleta de natação, terceiro lugar, nos 50m livre, no último Campeonato Brasileiro de Inverno, campeão baiano em nado borboleta em 2022 e classificado pelos Jogos Escolares deste ano, a nova estrutura esportiva do CPM Lobato colabora para seu desempenho. "Essa piscina tem uma estrutura boa, nova, que não se encontra fácil por Salvador e pode me ajudar bastante no quesito treinamento, além dos professores que também me auxiliam muito. Então, a estrutura da escola está do meu lado nesse sentido, de melhorar e buscar novos resultados", celebra o estudante.
O coronel Paulo Coutinho, comandante-geral da PMBA, também festejou a entrega de mais uma unidade do Colégio da Polícia Militar, a 5º em Salvador, que se soma a outras 11, no interior da Bahia. “Hoje é um dia de júbilo para Polícia Militar, em que nos asseguramos de um governo que se preocupa com a educação do jovem e isso vai, de maneira transversal, impactar na segurança pública, com uma mensagem embutida, de que a educação transforma”, disse.
Repórter: Laís Nascimento
Secom-Governo da Bahia
Operação Murus cumpre mandados de dez criminosos
Polícia Civil e PM alcançaram 12 suspeitos e cumpriram 19 mandados de busca e apreensão.
As equipes da Polícia Civil, com o apoio de guarnições da Polícia Militar, cumpriram dez mandados de prisão contra integrantes de um grupo criminoso responsável por homicídios, tráfico de drogas, roubos e extorsão, na manhã desta quarta-feira (9), durante a Operação Murus, deflagrada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Salvador e Região Metropolitana (RMS).
Oito mandados de prisão foram cumpridos em Salvador e dois no sistema prisional. Além disso, ações resultaram na morte do líder do grupo, Cristiano Silva dos Santos, o “Cris do Murão”, em confronto com policiais, em Salinas das Margaridas, e do comparsa Douglas Aguiar de Santana, também morto em resistência às equipes da polícia.
Equipes do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), do Departamento de Inteligência Policial (DIP) e da Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core) participam das ações, que também apreenderam dois veículos, duas pistolas, um simulacro, balança de precisão e embalagens para o acondicionamento de entorpecentes.
A operação tem o apoio de guarnições do Comando de Policiamento Especializado (CPE), do Comando de Operações Policiais Militares (COPPM), do Comando de Policiamento Regional da Capital – Baía de Todos os Santos (CPRC/BTS), do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque), da Batalhão de Patrulhamento Tático Móvel (Patamo), da Rondesp BTS, do Comando de Operações de Inteligência (COInt) e do Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer), além de equipes do Departamento de Polícia Técnica (DPT) e da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap).
PF captura o assaltante de banco mais procurado do país
O foragido integrava quadrilhas armadas especializadas em grandes assaltos em Mato Grosso.
Manaus/AM. A Polícia Federal capturou nesta quarta-feira (09/08), na capital amazonense, o assaltante de banco apontado como um dos criminosos mais procurados do país, conhecido por “Cabelo de Bruxa”.
O preso, de 50 anos, havia sido condenado a 17 anos de prisão pela 2ª Vara Criminal de Cuiabá/MT pelos crimes de porte ilegal de arma, roubo qualificado, formação de quadrilha, cárcere privado e receptação. Ele integrou quadrilhas armadas especializadas em grandes assaltos, com domínios de cidades no interior de Mato Grosso, conhecido como “novo cangaço” e estava foragido desde 2018.
O criminoso foi encaminhado à Superintendência Regional da Polícia Federal no Amazonas para procedimentos de praxe e se encontra à disposição da Justiça.
Comunicação Social da Polícia Federal no Amazonas
E-mail: cs.sram@pf.gov.br
PF realiza ação contra recrutamento de adolescentes para o Estado Islâmico
Brasília/DF. A Polícia Federal cumpriu mandados busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Belo Horizonte/MG, com o objetivo de apreender provas de possíveis recrutamentos de jovens adolescentes para integrarem a organização terrorista do Estado Islâmico. Foram cumpridos três mandados nos estados de São Paulo (2) e Rio de Janeiro (1).
A partir da prisão de cidadão brasileiro no Aeroporto Internacional de Guarulhos/SP, em 11/6/2023, no portão de embarque e prestes a viajar ao exterior com o fim de se juntar ao Estado Islâmico, a investigação apontou que ele, através de aplicativos de mensagens, recrutou jovens adolescentes para também promoverem e integrarem a organização terrorista.
A conduta configura o crime de corrupção de menores, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente, na medida em que prevê a prática do crime no ambiente virtual, cuja pena é de um a quatro anos de reclusão para cada jovem recrutado. Como a conduta visou induzir os menores a cometer infrações previstas na Lei de Terrorismo, considerada como crime hediondo, as penas são aumentadas de um terço.
Coordenação-Geral de Comunicação Social
(61) 2024-8142
Repasse do pagamento do piso da enfermagem será feito até 21 de agosto
Governo federal acertou calendário com estados e municípios |
O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira (9) que o primeiro repasse complementar aos estados e municípios para o pagamento do piso nacional da enfermagem será feito até o dia 21 deste mês.
De acordo com a pasta, o calendário de repasses foi acertado com estados, municípios e o Distrito Federal.
Os profissionais (federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal) irão receber nove parcelas em 2023, com valores retroativos a maio e o 13º salário. Para o pagamento do piso, o governo federal destinará R$ 7,3 bilhões.
No início de agosto, foram pagos aos servidores federais da categoria de enfermagem os valores complementares dos meses de maio e junho e a parcela de julho. A pasta informou que as demais parcelas serão pagas até dezembro, bem como o 13º salário.
“De acordo com as orientações da Advocacia-Geral da União (AGU), o cálculo do piso será aplicado considerando o vencimento básico e as gratificações de caráter geral, fixas e permanentes, não incluídas as de cunho pessoal”, informou em nota o Ministério da Saúde.
Entenda
Em maio, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou o pagamento do piso nacional da enfermagem após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter sancionado a abertura de crédito especial de R$ 7,3 bilhões para o pagamento do piso.
Até então, o novo piso nacional, definido pela Lei nº 14.434, estava suspenso, desde setembro de 2022, por decisão do próprio Barroso, até que os entes públicos e privados da área da saúde esclarecessem o impacto financeiro. Segundo os estados, o impacto nas contas locais é de R$ 10,5 bilhões e não há recursos para suplementar o pagamento.
Na nova decisão, Barroso determinou que estados, Distrito Federal e municípios, bem como às entidades privadas que atendam, no mínimo, 60% de seus pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a obrigatoriedade de implementação do piso nacional só existe no limite dos recursos recebidos por meio da assistência financeira prestada pela União para essa finalidade.
Agência Brasil
Quase metade dos deputados avaliam como ruim a relação do governo Lula com a Câmara, mostra pesquisa
Uma pesquisa do Instituto Genial/Quaest revela que quase a metade dos deputados federais considera ruim a relação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o Congresso Nacional. Segundo o estudo, 41% dos parlamentares ouvidos avaliaram negativamente a relação entre o Executivo e o Legislativo. Já 32% avaliaram como regular e 24% consideraram positivo o vínculo entre os poderes.
A pesquisa foi feita entre os dias 13 de junho e 6 de agosto e teve como amostra a avaliação feita por 185 deputados federais. A margem de erro estimada é 4,8 pontos percentuais. A metodologia do estudo consistiu em entrevistas, feitas de forma presencial e on-line, com deputados de todas as cinco regiões do País e que se alinham ou não ao governo federal.
67% dos deputados acham que o governo dá menos atenção do que deveria
Os pesquisadores também perguntaram aos parlamentares como avaliam o diálogo do governo federal com o Legislativo. De acordo com o Instituto, 67% dos deputados afirmaram que a gestão Lula dá menos atenção do que devia aos deputados, 20% disseram que o governo dá a devida atenção e apenas 7% opinaram que o Palácio do Planalto concentra mais esforços do que deveria aos congressistas. Outros 6% não responderam.
Entre os deputados que se classificaram como alinhados à esquerda política, 49% classificaram que o governo dá a devida atenção aos parlamentares, enquanto que 42% disseram que o Planalto não dá o devido espaço necessário para um bom diálogo.
Já entre os parlamentares mais alinhados à direita, a avaliação negativa é maior, com 84% dizendo que o governo Lula não dá a atenção devida aos congressistas; 7% disseram que o Planalto dá mais atenção do que deveria, 6% afirmaram que o Executivo possui uma disposição adequada e 4% não quiseram responder.
A grande maioria dos deputados considerados de centro também classificou negativamente o diálogo do Planalto com o Congresso Nacional. 72% disseram que o governo não dá a devida atenção aos parlamentares, enquanto que 16% avaliaram como positiva a disposição do governo federal. 7% opinaram que a atenção é mais do que necessária e 4% não responderam.
Avaliação positiva e negativa do governo
Para 35% dos deputados o governo Lula vai bem. Outros 33% classificaram negativamente a atuação do Executivo, enquanto 30% consideraram como regular. Os três percentuais estão tecnicamente empatados na margem de erro do estudo.
Entre políticos alinhados à esquerda, 86% classificaram a atuação do governo como positiva e 14% como regular. Não houve respostas negativas. No centro, 56% classificaram o mandato de Lula como mediano, enquanto que 34% consideraram bom e 7% ruim. 3% preferiram não responder.
Já na avaliação de parlamentares da direita, a percepção negativa foi maciça, com 74% dos deputados avaliando negativamente o governo federal. 22% classificaram a atuação do Planalto como regular e apenas 4% disseram que o mandato de Lula está trazendo resultados positivos.
43% acham governo de Lula melhor do que o de Bolsonaro; 36% acham o contrário
A pesquisa também pediu que os parlamentares comparassem dos governos Lula e Jair Bolsonaro. Segundo o Instituto, 43% dos deputados entrevistados disseram que o petista faz um governo melhor do que o seu antecessor, enquanto que 36% acham que o petista faz um mandato pior do que o de Bolsonaro. 12% classificaram os dois períodos como semelhantes.
O instituto de pesquisas também perguntou aos parlamentares a sua avaliação sobre os caminhos que o Brasil está seguindo. 52% disseram que o País está indo “na direção certa”, enquanto que 42% acreditam que não. Outros 6% não souberam responder. Também foi questionado se os brasileiros estariam mais felizes nos dias atuais do que há um ano atrás: 46% disseram que a população está mais alegre e 43% classificaram que não, sendo este mais um empate técnico atestado pela Quaest. 12% dos deputados não responderam.
Gabriel de Sousa/Estadão Conteúdo
STF decide se enterra investigação sobre kit robótica após PF se aproximar de Lira
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira |
A decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que paralisou investigação sobre kits de robótica que atinge o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) começa a ser julgada na corte nesta sexta-feira (11).
O tribunal pode sepultar toda a investigação, iniciada no ano passado, ou autorizar a continuidade do caso. O julgamento é virtual e os ministros terão até o dia 21 para votar.
Gilmar Mendes suspendeu o inquérito policial em julho ao concordar com argumento de Lira de que a PF desrespeitou seu foro especial no andamento do caso.
O entendimento é o de que Lira teria sido alvo da polícia desde o início das investigações.
As investigações da PF, no entanto, seguiram por mais de oito meses antes de chegarem a uma pessoa relacionada ao presidente da Câmara.
O nome de Lira só apareceu na investigação com a deflagração da operação policial em junho, ocasião em que os policiais encontraram uma lista com pagamentos atribuídos a ele. No mesmo mês, a PF remeteu o caso ao STF por causa do foro.
O próprio presidente da Câmara, que nega envolvimento em qualquer irregularidade, disse em entrevista no programa Roda Viva, da TV Cultura, na semana passada, que não há citação do seu nome nas milhares de páginas do processo. Mesmo assim, ele foi ao STF e garantiu a paralisação do trabalho policial.
Em abril de 2022, a Folha mostrou que o governo Jair Bolsonaro (PL) repassou R$ 26 milhões para sete cidades alagoanas adquirirem kits de robótica. Os municípios tinham contratos com uma empresa, a Megalic, ligada a uma família aliada ao grupo político do presidente da Câmara.
Os recursos, liberados com velocidade incomum, eram de emendas de relator, parte do orçamento controlada pelo político alagoano.
A Folha revelou naquele mesmo mês que as licitações realizadas nos municípios, e pelas quais os kits foram comprados, tinham indícios de fraudes. Também mostrou que Megalic pagou R$ 2.700 pelos equipamentos e os vendeu por R$ 14 mil.
Foi a partir de maio de 2022 que a PF iniciou a investigação para apurar supostos superfaturamentos na compra desses materiais e fraudes nas licitações. O foco inicial foi o casal sócio da Megalic, Roberta Lins Costa Melo e Edmundo Catunda.
Dessa forma, os investigadores levantaram inicialmente, em fontes abertas, empresas e pessoas relacionadas à Megalic, Lins e Catunda. Em paralelo, analisaram apurações já em curso na CGU (Controladoria-Geral da União) e no Tribunal de Contas da União e se debruçaram sobre supostas irregularidades nos processos licitatórios.
Somente após julho do ano passado é que a PF solicitou acesso a relatórios de inteligência financeira nos quais figurassem operações bancárias suspeitas do casal Catunda e de suas empresas.
Foi a partir desse ponto que surgiram vultuosas transferências com outras pessoas que passaram a ser investigadas, como o policial civil Murilo Sérgio Jucá Nogueira Júnior e o casal Pedro Magno Salomão Dias e e Juliana Cristina Batista Salomão Dias.
A polícia então criou duas frentes de trabalho: em Alagoas, onde fica a Megalic, e no Distrito Federal. O inquérito registra monitoramento presencial da movimentação do casal Pedro e Juliana, em Brasília, a partir de novembro. Os investigadores flagraram diversos saques de grandes quantias de dinheiro vivo e entrega em diferentes endereços, inclusive em estados como Santa Catarina e Goiás.
Esse monitoramento acompanhou o casal em Maceió em 30 de janeiro deste ano. Foi nessa data que a polícia identificou que o casal, após sacar R$ 115 mil em agências bancárias, usou uma picape em nome de Murilo Sérgio Jucá Nogueira Júnior para ir a uma residência na capital alagoana.
A polícia identificou, então, que a residência é de Luciano Ferreira Cavalcante, um dos principais assessores de Lira; e que a picape era usada por Cavalcante e sua mulher. Cavalcante, no entanto, não estava lotado no gabinete de Lira, mas sim na liderança do PP, o que não o ligava no momento ao presidente da Câmara.
Na manhã de 1º de junho, a PF deflagrou a Operação Hefesto. Os mandados de busca e apreensão miraram as pessoas relacionadas no monitoramento de transações com a Megalic e seus sócios, e entre eles Luciano Cavalcante.
Com Cavalcante e seu motorista, Wanderson de Oliveira, a polícia encontrou listas de pagamentos atrelados ao nome de “Arthur”. Durante as buscas, a PF encontrou ao menos R$ 4,4 milhões em um cofre superlotado com dinheiro vivo em um endereço em Maceió ligado ao policial Murilo Sérgio Jucá Nogueira Júnior.
Como mostrou a Folha, depois de encontrar as citações a Lira, a PF encaminhou o caso ao STF.
Após a deflagração da operação, o jornal revelou que a picape em nome de Murilo foi usada na campanha de Lira. Mostrou ainda que Catunda e Luciano Cavalcante estiveram juntos no FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), órgão do MEC que gerencia os recursos usados na compra dos kits de robótica.
A Procuradoria-Geral da República também se alinhou ao argumento de Lira. O órgão pediu que o STF anule a investigação. No pedido, a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, defende que a investigação deveria ter sido iniciada no Supremo, e não na primeira instância.
Na liminar de Gilmar, o ministro afirma que “a hipótese investigativa aventada pela Polícia Federal claramente apontava para a participação” de Lira porque as reportagens da Folha que motivaram a investigação policial “insinuam o envolvimento do parlamentar com as empresas sob investigação”. Sob esse argumento, deveria ter sido o STF a instância a autorizar a investigação.
Em junho, a defesa de Luciano Cavalcante disse que as imagens feitas pela PF não demonstram nenhuma atividade ilícita dele e que não há relação do investigado com a empresa responsável pelos kits.
A defesa da Megalic afirmou haver “grave equívoco” nas suspeitas e que todos os contratos se deram a partir de parâmetros técnicos do Ministério da Educação e do FNDE, com processo licitatório e ampla competitividade.
Paulo Saldaña e Fabio Serapião/Folhapress
Demora de Lula sobre centrão ‘apavora’ ala política
A ala responsável pela articulação política do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) espera que o presidente defina, na próxima semana, de que forma irá acomodar nomes do centrão na Esplanada dos Ministérios. Auxiliares do Palácio do Planalto relatam estar “apavorados” com a demora por uma decisão.
A expectativa é que o petista bata o martelo após retornar do Paraguai, onde acompanhará a posse do presidente eleito do país, Santiago Peña, na terça-feira (15). Caso contrário, é possível que a troca ministerial seja postergada para setembro —Lula tem uma série de viagens previstas ao longo deste mês, incluindo a ida à África do Sul para a cúpula do Brics.
A próxima semana é vista pela ala política como uma janela de oportunidade. O próprio presidente, no entanto, já teria repisado que em seu governo não se escolhe ministério nem a hora de entrada.
Apesar da protelação, integrantes do Planalto não vislumbram, neste momento, a possibilidade de o governo sofrer represálias do centrão por meio das votações do arcabouço fiscal e da reforma tributária.
Enquanto a primeira pode viabilizar novos recursos para emendas para o Congresso, a segunda pode ficar até dois meses no Senado por ser uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição).
Em junho deste ano, parlamentares procuraram o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, para reivindicar R$ 10 bilhões extras em emendas ainda neste segundo semestre.
Em contrapartida, o governo afirma que esse quinhão poderá ser viabilizado caso o arcabouço fiscal seja aprovado, por meio de uma emenda que libera até R$ 40 bilhões para o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Por esse raciocínio, o centrão teria mais a ganhar colaborando com a pauta do que se opondo.
Embora não tenha sinalizado quando tomará uma decisão sobre a acomodação do centrão, Lula já apresentou uma condição para que a mudança comece a ser colocada em prática: uma conversa com o presidente do Republicanos, o deputado federal Marcos Pereira (SP).
A ideia é saber até onde a bancada da sigla apoiará o governo em temas considerados prioritários, como nas áreas social, econômica, ecológica e de geração de empregos.
A tratativa ainda poderá servir para esclarecer que o governo não prevê embates em torno da pauta de costumes, que são caras ao Republicanos, que vive sob influência da Igreja Universal, e não devem ser propostas tão cedo.
Mônica Bergamo/Folhapress
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