Republicanos diz que não integrará base de Lula mesmo após ganhar ministério

O Republicanos informou por meio de nota que o partido seguirá independente e não fará parte da base de apoio do presidente Lula (PT), mesmo com o anúncio de que o deputado federal Sílvio Costa Filho (PE) será ministro dos Portos e Aeroportos.

Além disso, informou que o parlamentar terá de se licenciar de suas funções partidárias para assumir o cargo.

“O Republicanos vem a público reiterar, mais uma vez, que não fará parte da base de governo Lula e seguirá atuando de forma independente”, diz o texto.

Segundo o partido, a indicação de Sílvio ao ministério “trata-se, exclusivamente, de um convite pessoal e direto do presidente Lula ao parlamentar”. O deputado entrará no lugar do ministro Márcio França, que migrará para a pasta de Micro e Pequenas Empresas.

A nota afirma que, ao aceitar o convite do petista, Sílvio deverá se licenciar não somente do cargo de deputado federal, como também de suas funções partidárias, tanto na presidência do partido em Pernambuco quanto do cargo de primeiro tesoureiro na executiva nacional do Republicanos.

Embora tenha negociado a entrada no governo, o partido fez parte do governo Jair Bolsonaro (PL) e apoiou sua candidatura à reeleição. Além disso, tem na bancada no Congresso parlamentares fortemente ligados ao ex-presidente, como a senadora Damares Alves (DF) e o senador general Mourão (RS).

A nota do Republicanos foi divulgada após o ministro Márcio França afirmar nas redes sociais que o presidente leva o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o partido dele para apoiar o governo com a indicação do membro da legenda para o cargo de ministro.

Após o desfile de 7 de Setembro, França disse que sua postagem nas redes sociais sobre o tema não foi uma crítica, mas um chamado à responsabilidade, já que agora o governador, em sua visão, é da base do governo Lula.

Tanto a cúpula do Republicanos quanto os comandos do PP e do Republicanos buscam manter pontes com o bolsonarismo mesmo com representantes no governo Lula.

A estratégia é deixar portas abertas com os dois campos políticos à espera de qual será o melhor rumo a ser tomado de olho nas eleições e na correlação de forças no Congresso.

PP e Republicanos integraram formalmente a base de apoio do governo de Bolsonaro. Ambas as siglas, porém, têm alas que se alinharam a Lula desde a campanha presidencial do ano passado.

Em público, o senador Ciro Nogueira (PI), que comanda o PP, e o deputado Marcos Pereira (SP), que preside o Republicanos, classificam os partidos como de direita. Os dois sempre afirmaram que as siglas continuariam independentes.

Nogueira, que já foi aliado ao PT, afirma agora que, até o final dos seus dias, jamais se aliará novamente ao partido.

Ambos, porém, avalizaram a costura dos acordos que levarão seus dois deputados à Esplanada dos Ministérios. A expectativa é que, assim como Sílvio, Fufuca também se licencie de suas funções partidárias.

Julia Chaib/Folhapress

Cida Gonçalves rompe silêncio de mulheres do governo Lula após demissão de Ana Moser

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, fez um desagravo à ex-atleta Ana Moser, demitida do Ministério do Esporte para o presidente Lula dar assento ao PP do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Primeira mulher do primeiro escalão a se manifestar após o novo aperto na representatividade feminina na Esplanada, a ministra afirmou que Moser “recuperou o papel social transformador do esporte em 8 meses de governo”.

“Atuou incansavelmente pela valorização do futebol feminino e pela igualdade entre atletas mulheres e homens. Tenho certeza que nos encontraremos em futuras parcerias!”, escreveu Cida Gonçalves em uma rede social.

Ana Moser foi ignorada no anúncio da reforma ministerial. A nota oficial da Secretaria de Comunicação Social (Secom) do governo sequer agradeceu o trabalho da ministra, substituída pelo deputado federal André Fufuca (PP-MA), que apoiou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa eleitoral.

Mais cedo, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que Lula tem “grande consideração” pela ex-atleta.

Com a demissão de Ana Moser, o número de ministras mulheres caiu de 11 para 9. Em julho, Lula já havia trocado Daniela Carneiro por Celso Sabino no Ministério do Turismo – apesar de, ao longo da campanha, o presidente ter defendido a ampliação da presença feminina nos espaços de poder.

As ministras mulheres têm buscado união no governo. No início do ano, combinaram entre si de comparecer nas posses ministeriais de todas as colegas.

Eduardo Gayer/Vera Rosa/Estadão

Decisão de Toffoli servirá para punir Moro e Deltan pela Operação Lava Jato, diz Ives Gandra

O jurista Ives Gandra da Silva Martins avalia que a ‘consequência prática’ da decisão assinada nesta quarta, 6, pelo ministro Dias Toffoli – classificando como ‘um dos maiores erros judiciários da história’ a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lava Jato – será uma eventual punição aos expoentes da Operação, o senador e ex-juiz Sérgio Moro e o ex-procurador e ex-deputado Deltan Dallagnol.

Mais que uma responsabilização dos algozes de Lula, a decisão de Toffoli, na avaliação de Ives Gandra, poderá provocar o surgimento de um ‘efeito cascata’ que cairá na conta do contribuinte. Ele se refere às empreiteiras que formaram cartel para abocanhar contratos bilionários na Petrobrás entre 2003 e 2014 (Governos Lula e Dilma). Por meio de acordos de leniência, entre elas o da Odebrecht, essas construtoras recolheram cifras elevadas aos cofres públicos. Agora, no entendimento de Ives, com embasamento na decisão de Toffoli, elas podem requerer eventual devolução do dinheiro.

Em seu despacho, Toffoli anulou as provas derivadas do acordo de leniência da Odebrecht. O real impacto sobre a decisão do ministro ainda não está claro e deve depender da fundamentação das decisões dos juízes de primeiro grau que citaram as informações ligadas ao ‘departamento de propinas’ da empreiteira.

“Tenho a sensação que essa decisão vai ter consequências”, alerta Ives, em entrevista ao Estadão. “Tenho impressão que as próprias empresas que foram obrigadas a devolver dinheiro têm direito a indenização por danos morais, em razão da desmoralização, do prejuízo.”

“No momento que fica tudo anulado as empresas podem pedir a devolução do dinheiro (pago via acordo) e até anulação de multas aplicadas, além de interromperem pagamentos futuros. As consequências dessa decisão são de que tudo é imprestável, aquilo não aconteceu”, ressaltou.

Ives Granda destaca ‘respeito’ ao despacho do ministro do STF, mas faz um questionamento enfático, ao lembrar que, após a sentença aplicada pelo então juiz Sérgio Moro (na época titular da 13.ª Vara Criminal Federal de Curitiba), condenando Lula no caso triplex, também três desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4, o Tribunal da Lava Jato, em Porto Alegre) e ministros do Superior Tribunal de Justiça confirmaram a punição ao petista e nunca levantaram nenhuma dúvida sobre as provas reunidas nos autos.

“Será que todos os desembargadores e ministros, quando examinaram aquelas provas, não perceberam isso (alguma irregularidade?)”, argumenta Ives.

O jurista pondera que a decisão de Toffoli ‘é mais para não permitir mais que se argumente que ele foi absolvido por prescrição e não absolvido dos crimes’.

“Toffoli entendeu que todas aquelas provas estariam prejudicadas. Ao dizer isso, ele diz o seguinte: não só ele (Lula) foi absolvido porque houve a mudança de foro e o processo estava viciado, mas porque essas provas são inexistentes, inválidas. A essa altura, o que o Toffoli decidiu é que Lula não só foi absolvido por prescrição, mas foi absolvido porque os crimes não existiram, aquilo realmente não existiu”, indica.

Leia a seguir os principais trechos da entrevista do jurista Ives Gandra da Silva Martins ao jornal O Estado de São Paulo, nesta quinta-feira, 7.

Como o sr. vê a decisão do ministro Dias Toffoli?

Um pouco do histórico para que se possa entender a linha que se está adotando. Houve a Operação Lava Jato. O Mensalão e o Petrolão existiram, são fatos incontestáveis. O Petrolão, o Supremo veio a decidir depois de três desembargadores do TRF-4 e ministros do STJ entenderem que aquelas provas, delações premiadas teriam que ser aceitas e os políticos condenados. Dessa forma, o ministro Edson Fachin, em uma primeira etapa, em embargos de declaração – que pode ser feito até por um não advogado – considerou que o foro era incompetente e aquelas decisões não poderiam valer.

Logo em seguida, em outro recurso – os advogados souberam explorar todas as possibilidades de recursos – o entendimento, seguindo o voto do ministro Gilmar Mendes, foi o de que todo o processo teria sido viciado com a suspeição do juiz Sérgio Moro. Por essa razão anulou-se o processo. Tanto a decisão do Fachin como a do Gilmar mostrando as irregularidades que teriam havido na 13.ª Vara Federal de Curitiba (sob titularidade de Sérgio Moro) quando o Lula foi condenado. Mais tarde, o ministro Ricardo Lewandowski proibiu a utilização das provas de corrupção.

No caso triplex havia provas?

A sentença que foi dada no caso do tríplex tem 230 páginas. Então, há bastante provas materiais colocadas entre depoimentos, testemunhas e fotografias. Mas o ministro Gilmar entendeu que o processo foi prejudicado pela forma como o Ministério Público (força-tarefa da Lava Jato na Procuradoria da República no Paraná) e oe o juiz (Moro) trabalharam juntos. Ricardo Lewandowski não permitiu a utilização das provas, considerando que o processo foi prejudicado por essas irregularidades. E Fachin tinha liberado o habeas corpus apresentado por Zanin.

Os processos foram se extinguindo por prescrição, por causa da idade do Lula e da duração (do processo), o que representou, em última análise, uma permanência das provas que não puderam ser utilizadas. A absolvição de Lula se deu por decurso de prazo, pela impunibilidade.

Em seu entendimento, o que Toffoli fez agora?

O que fez o Toffoli agora: ele entendeu que todas aquelas provas estariam prejudicadas. Então, ele considera que tudo foi ilegal, inclusive aquelas denúncias de delações premiadas. Ele quer dizer: não só ele (Lula) foi absolvido porque houve a mudança de foro e o processo estava viciado, mas também porque essas provas são inexistentes, inválidas. A essa altura, o que o Toffoli decidiu é que Lula não só foi absolvido por prescrição, mas porque os crimes não existiram, aquilo realmente não existiu.

O que a decisão representa?

O que fica é saber: será que todos os desembargadores (TRF-4) e ministros (STJ), quando examinaram aquelas provas, não perceberam isso (irregularidades)? Pessoalmente não posso opinar, não tive materialmente o processo, mas posso dizer que o julgamento do TRF-4 me impressiona muito. Respeito muito a decisão do ministro Dias Toffoli. É uma decisão de 131 páginas dentro das linhas que o STF tomou, mas do ponto de vista de julgamento exclusivamente jurídico e material daquilo que ocorreu, me impressiona muito o julgamento do TRF-4, porque são desembargadores extremamente dedicados, juristas, pelos quais tenho admiração. E lá eles aumentaram as penas do presidente, acharam que as penas, pelo material que eles examinaram, deviasm ser aumentadas.

Apesar de respeitar a decisão de Toffoli considero tão importante a decisão do TRF-4, pelo aumento da pena, conhecendo a qualidade dos desembargadores. Aquele julgamento (do TRF-4), para mim, foi emblemático no caso. Apesar dos argumentos do ministro e do nosso respeito mútuo, me parece mais consistente a posição dos três desembargadores do TRF-4 que aumentaram a pena do presidente Lula. Essa decisão do ministro é mais uma decisão para não permitir que se argumente contra o presidente Lula, que ele foi absolvido por prescrição e não absolvido dos crimes.

Como fica a situação de Moro e Deltan?

Agora vão punir Moro, Dallagnol e o Ministério Público. Foi criado um grupo para isso (na Advocacia-Geral da União), porque na verdade Lula já está absolvido. Respeito a decisão do ministro, mas considero emblemática a decisão do TRF-4 pela qualidade e conformidade da decisão tomada. Espero que isso não reverta contra toda a Lava Jato, que foi considerada a maior Operação de combate à corrupção da história do Brasil.

Quais os possíveis impactos do despacho de Toffoli?

Tenho a sensação que essa decisão vai ter consequências. Tenho impressão que as próprias empresas que foram obrigadas a devolver dinheiro têm direito a indenização da União por danos, em razão da desmoralização, do prejuízo. Pode gerar um efeito de redução da Operação Lava Jato, mas todos aqueles que foram prejudicados com a decisão passam a ter direito de entrar com ação contra a União pedindo não só a devolução de valores como por prejuízos decorrentes às imagens. No momento que fica tudo anulado (as empresas) podem pedir a devolução do dinheiro, até anulação de multas aplicadas e, ainda, interromperem pagamentos (futuros). As consequências dessa decisão são de que tudo é imprestável, aquilo não aconteceu. A meu ver, a decisão do ministro Toffoli, na linha do que já havia sido tomado pelo Supremo, gera aos prejudicados direitos de indenização pelo governo federal. Reabre-se uma questão que, bem ou mal, havia sido solucionada pelo STF. Eu não estou condenando a decisão do ministro Toffoli, que está na linha que o STF adotou, que vai cada vez mais na linha de mostrar que o presidente Lula foi absolvido. Mas as consequências que isso traz, para o próprio Moro, é um senador que deve acabar investigado pelo grupo criado pela AGU.

O sr. prevê um efeito cascata?

Há um efeito cascata, com certeza. E esse nível em cascata vai na linha: houve corrupção, as provas foram anuladas, se entrarem com pedido de indenizações e devoluções quem irá pagar será o contribuinte. A linha de Toffoli está em linha com Fachin, Gilmar, Lewandowski e o próprio STF. Agora se verá as consequências através daquilo que vai ser apurado.

Pepita Ortega/Estadão

Procuradores e juízes federais decidem recorrer de decisão de Toffoli que anulou provas da Lava Jato

O  ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF)

A Associação Nacional dos Procuradores da República e a Associação dos Juízes Federais do Brasil vão recorrer da decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, que anulou as provas do acordo de leniência da Odebrecht e classificou a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lava Jato como ‘um dos maiores erros judiciários da história’ e ‘armação’. O agravo deve ser ajuizado no início da próxima semana.

Com a movimentação das principais entidades das duas categorias a decisão de Toffoli, assinada nesta quarta-feira, 6, deve cair na pauta da Segunda Turma do Supremo Tribunal. O colegiado é composto pelos ministros Kassio Nunes Marques, André Mendonça, Edson Fachin, Gilmar Mendes e Dias Toffoli.

Isso porque o despacho foi dado no bojo de uma reclamação. Esse tipo de ação comporta decisão de mérito definitiva, como a assinada por Toffoli. Nesses casos, não há necessidade de a decisão monocrática ser referendada, mas, caso houver agravo, o caso é remetido ao colegiado.

A decisão de Toffoli foi assinada na quarta, 6, nos moldes de outros despachos já exarados pelo ministro no caso, mas em maior extensão. Se antes o magistrado havia declarado a imprestabilidade das provas em ações específicas de personagens conhecidos da Lava Jato – Lula, o ex-governador Sérgio Carbal e o advogado Rodrigo Tacla Duran – agora todas as provas foram anuladas, em todos os processos criminais, administrativos e cíveis que sejam citadas.

Em entrevista ao blog, o jurista Ives Gandra Martins alertou sobre as ‘consequências’ da decisão de Toffoli. “Tenho impressão que as próprias empresas que foram obrigadas a devolver dinheiro têm direito a indenização por danos morais, em razão da desmoralização, do prejuízo.”

Em seu despacho, Toffoli anulou as provas derivadas do acordo de leniência da Odebrecht. O real impacto sobre a decisão do ministro ainda não está claro e deve depender da fundamentação das decisões dos juízes de primeiro grau que citaram as informações ligadas ao ‘departamento de propinas’ da empreiteira.

Pepita Ortega/Estadão

PF apreende drogas sintéticas no RS

Santo Ângelo/RS. A Polícia Federal apreendeu encomenda de drogas sintéticas, na tarde desta quarta-feira (6/09), em Santa Rosa/RS.

A ação se deu após a Polícia Federal receber informações de uma remessa postal suspeita e, ao longo do monitoramento da entrega, o destinatário adolescente foi abordado, sendo flagrado com 147 unidades de drogas sintéticas contidas na encomenda.

Por se tratar de adolescente, ele foi apreendido e conduzido à Delegacia de Polícia Civil de Santa Rosa/RS por ato infracional análogo ao tráfico de drogas.

Comunicação Social da Polícia Federal no Rio Grande do Sul
Fone: (51) 3235.9005

PF realiza operação para monitorar ouro ilegal e avaliar os níveis de contaminação por mercúrio na Terra Indígena Yanomami

Boa Vista/RR. A Polícia Federal, em conjunto com o Exército Brasileiro, a Força Aérea Brasileira, a FUNAI e a Universidade de Brasília, deflagrou a Operação "DNA do Ouro" durante os dias 4 a 6 de setembro. Essa iniciativa teve como objetivo a coleta de amostras com o propósito de determinar a assinatura geoquímica do ouro na Terra Indígena Yanomami, além de avaliar os níveis de contaminação por mercúrio decorrentes das atividades garimpeiras recentes, tanto na população indígena quanto em seu ambiente natural.
A operação integra o Programa Ouro Alvo, cujo objetivo é criar um sistema de certificação de origem com o intuito de fortalecer o monitoramento do ouro ilegal apreendido pela Polícia Federal e pelas Forças Armadas.

No âmbito desse programa, são utilizados parâmetros como: morfologia, mineralogia, composição química e isotópica, que permitem a construção de parâmetros objetivos na rastreabilidade. A partir desses resultados, todas as informações coletadas serão inseridas e bancos de dados da Polícia Federal.

Coordenação-Geral de Comunicação Social
(61) 2024.8140

Criminoso que atirou contra prefeito de Muritiba é localizado pela Polícia Militar

Equipes das Cipe Litoral Norte e da 27a CIPM encontraram “Fabinho” na cidade de Governador Mangabeira.


Equipes da Cipe Litoral Norte e da 27ª CIPM encontraram na madrugada desta quarta-feira (6), Fábio Caioba da Rocha, o “Fabinho”, 26 anos, apontado como autor da tentativa de latrocínio contra o prefeito de Muritiba, Danilo Marques Dias Sampaio, ocorrida no dia 7 de agosto deste ano. O criminoso, que possuía mandado de prisão, foi localizado na cidade de Governador Mangabeira.

Militares receberam denúncias de tráfico de drogas na localidade denominada Pernambuco. Durante incursões um grupo suspeito foi avistado. Na aproximação houve confronto e Fabinho acabou atingido. Ele foi socorrido, mas não resistiu.

Com o foragido foram apreendidos uma pistola calibre 9mm, carregador, munições, 57 pinos de cocaína, celular e 27 reais.

Texto: Alberto Maraux

Sobe para 39 o número de mortos pelas chuvas no Rio Grande do Sul

Subiu para 39 o número de mortos por causa das chuvas intensas e enchentes que atingiram várias cidades do Rio Grande do Sul. Duas pessoas morreram nos municípios de Cruzeiro do Sul e Imigrantes.

Do total de óbitos, 14 ocorreram em Muçum, nove em Roca Sales, quatro em Cruzeiro do Sul, três em Lajeado, dois em Estrela e Ibiraiaras tem duas mortes cada; e Mato Castelhano, Passo Fundo, Encantado, Santa Tereza e, agora, Imigrantes tem um óbito cada.

A Defesa Civil do estado divulgou um boletim atualizado na manhã desta quinta-feira. Nove pessoas continuam desaparecidas.

As chuvas causadas pelo ciclone extratropical inundou cidades, derrubou pontes, destruiu lojas e deixou vários estragos na infraestrutura do estado.

Nas redes sociais, um vídeo mostra quando dois homens, em um barco, passam ao lado de um grupo de porcos que se abrigou no telhado de uma casa. Em outro, aparece uma ovelha pendurada em um fio de luz.

Até o momento, 79 municípios foram afetados, deixando 2,500 pessoas desabrigadas e 3.500 desalojadas. No total, foram resgatadas 2.745 pessoas.
Por Gabriel Brum - Repórter da Radio Nacional - Brasília

Lula e Janja desfilam em carro aberto na chegada ao desfile do 7 de Setembro em Brasília

Com a Esplanada dos Ministérios exibindo faixas contendo o slogan do governo “Democracia, soberania e união”, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desfilou em carro aberto antes do início do tradicional desfile cívico-militar deste 7 de setembro, em Brasília, principal evento comemorativo da Semana da Pátria. Lula chegou ao desfile acompanhado da primeira-dama, Janja. O presidente usava a faixa presidencial recebida na posse em janeiro, e Janja, um vestido vermelho.

Ao chegar à tribuna de honra, o casal acenou para o público que desde cedo lotou as arquibancadas montadas na Esplanada. Cerca de 200 autoridades estão presentes no desfile, entre elas: o vice-presidente Geraldo Alckmin; a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Rosa Weber; o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco; o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha; a ministra da Cultura, Margareth Menezes; a ministra da Saúde, Nisia Trindade; a ministra da Igualdade Racial, Aniele Franco; a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara; a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves; o ministro das Micro e Pequenas Empresas, Márcio França.

O desfile de 7 de setembro deve reunir cerca de 30 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios, segundo expectativa do governo federal. O evento teve início às 9h, com previsão de durar cerca de 2 horas. O público começou a chegar por volta das 7h da manhã. Para entrar na Esplanada dos Ministérios, era preciso passar por uma revista da Polícia Militar. Por volta das 8h30, as arquibancadas lotaram e o acesso foi limitado.

A cerimônia foi aberta pela Fanfarra do 1º Regimento da Cavalaria de Guardas, os Dragões da Independência, e o coral dos alunos do Colégio Militar de Brasília, que executaram o Hino Nacional e o Hino da Independência. Em seguida, o comandante militar do Planalto, general de divisão Ricardo Piai Carmona, apresentou a tropa ao presidente da República e solicitou autorização para dar início ao desfile.

Com a autorização dada pelo presidente, coube ao medalhista de ouro no boxe nas Olimpíadas de Tóquio 2020, o terceiro sargento Hebert Conceição, dar início ao desfile. Ele conduziu o fogo simbólico da pátria, acompanhado por esportistas e alunos dos colégios militares de Brasília.

Para comemorar a Independência do Brasil, foram mobilizados mais de dois mil militares das Forças, além de estudantes do Distrito Federal. A Marinha levará ao evento um total de 14 viaturas, além de aeronaves. O Exército desfilará com 88 viaturas e 12 aeronaves. Já a Força Aérea escalou sete aeronaves para a parada.

Neste ano de 2023, o desfile da Independência terá quatro eixos temáticos: paz e soberania; ciência e tecnologia; saúde e vacinação; defesa da Amazônia.

‘Ditadura ainda está presente entre nós,’ diz historiador

É preciso defender a democracia brasileira de modo mais enfático, diz o historiador Rodrigo Patto Sá Motta, autor de “Passados Presentes: O Golpe de 1964 e a Ditadura Militar”, livro lançado em 2021.

Segundo ele, essa questão deve ser tratada com urgência diante do que se viu ao longo do governo Bolsonaro, marcado por um crescente autoritarismo na política e pelo aumento da violência policial, além, claro, da tentativa fracassada de golpe em 8 de janeiro, quando bolsonaristas invadiram e depredaram o Congresso, o Planalto e o STF.

“A ditadura ainda está presente entre nós, não foi superada”, reflete o historiador.

Na tarde da quarta-feira, dia 6, Sá Motta participou da 21ª mesa online do ciclo Perguntas sobre o Brasil, série de debates organizada pelo Centro de Pesquisa e Formação (CPF) do Sesc São Paulo, pela Associação Portugal Brasil 200 anos (APBRA) e pela Folha.

O evento, que ainda contou com Ivo Herzog, fundador e ex-diretor executivo do Instituto Vladimir Herzog, partiu da seguinte questão: passados quase 40 anos da redemocratização, por que o Brasil ainda sente os efeitos da ditadura?

A conversa foi mediada pelo jornalista Oscar Pilagallo, autor de “O Girassol que nos Tinge – Uma História das Diretas Já, O Maior Movimento Popular do Brasil”.

De acordo com Sá Motta, a transição do regime ditatorial para a abertura democrática foi muito suave, especialmente para os militares.

“Nós não conseguimos reverter a derrota das Diretas Já. O movimento solidificou o caminho para uma saída negociada da ditadura, mostrando aos apoiadores ‘lúcidos’ do regime que não dava para continuar e que seria mais inteligente para eles que fizessem acordos de maneira indolor”, afirmou o historiador.

“Uma das grandes questões que a gente não tratou foi a investigação e a punição dos crimes cometidos durante a ditadura”, diz Ivo Herzog. “Nós tivemos uma anistia com um formato único no mundo, que anistiou aqueles que cometeram os chamados ‘crimes comuns’, violências, desaparecimentos, assassinatos e torturas. Ou seja, os agentes do governo.”

Herzog, que é engenheiro de formação, mas há décadas atua nas áreas de democracia e direitos humanos, citou como exemplo sua própria história familiar.

A certidão de óbito do pai, o jornalista Vladimir Herzog, militante crítico da ditadura e assassinado pelo regime, só foi retificada após 40 anos de sua morte. Hoje, o trecho “morte [decorrente] de lesões e maus-tratos sofridos em dependência do II Exército–SP (Doi-Codi)” substitui a antiga imputação de suicídio colocada pelos militares em 1975.

“Existe um entendimento no processo jurídico internacional de que o que aconteceu no Brasil durante a ditadura é imperdoável e imprescritível. Falta o Estado se pronunciar sobre isso”, ele afirma.

Essa “política deliberada de esquecimento” que, segundo Sá Motta, caracteriza a Nova República brasileira, está na base de todos os ataques antidemocráticos recentes.

Na opinião do historiador, mesmo com iniciativas mais modestas de investigação e responsabilização na década de 1990, com o governo FHC, e outras mais “ousadas”, como a Comissão Nacional da Verdade, instituída pela presidente Dilma Rousseff em 2011, ainda falta ao Brasil um investimento amplo em políticas de educação e memória relacionadas ao tema.

“O ponto-chave é a manutenção das Forças Armadas como uma instituição preservada, em que pese o seu papel como agente da repressão durante a ditadura”, diz Sá Motta.

“As Forças Armadas se mantiveram unidas e ficaram muito tempo nos bastidores até terem condições de sair um pouco e tentar reassumir o cenário público, movimento que começou com o governo Temer, se solidificou com Bolsonaro e, felizmente, foi derrotado nas urnas.”

A conversa, que abordou ainda os desafios impostos pela extrema direita, o papel das redes sociais no processo democrático e a militarização das forças policiais, segue na íntegra nos canais do Sesc São Paulo, do Diário de Coimbra e da APBRA no Youtube. Assista abaixo.

A próxima edição da série Perguntas sobre o Brasil, que vai discutir as cotas raciais, está marcada para o dia 20 julho, às 16h, com transmissão ao vivo pelos canais citados.

Gabriel Araújo/Folhapress

Aos 75 anos, morre o apresentador baiano Raimundo Varela

Morreu, na manhã desta quinta-feira (7), o apresentador da Record Tv Itapoan, Raimundo Varela, aos 75 anos.

O motivo da morte e o horário do velório ainda não foram informados pela família. Varela estava internado uma clínica de reabilitação no bairro de Nazaré e entrou em coma nesta quarta.

Raimundo Varella Freire Júnior nasceu em Itabuna, no dia 30 de novembro de 1947. O radialista é considerado um ícone da televisão e do rádio baiano.

Em sua carreira, Varela comandou diversos programas na rádio Sociedade e na Record, a exemplo do Balanço Geral.

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