PF prende mulher por tráfico internacional de drogas no Aeroporto de Fortaleza

A passageira tentava embarcar para Paris com cocaína escondida no sutiã
Foto: Divulgação/PF
Fortaleza/CE. A Polícia Federal prendeu, na noite dessa quarta-feira (1/11), uma passageira de 30 anos de idade, após ser flagrada transportando cocaína ocultada em um sutiã e em cápsulas engolidas pela presa.

A presa é natural da Guiana Francesa e embarcava em voo com destino final a Paris - França, sendo flagrada no embarque em Fortaleza/CE com a cocaína.

O flagrante decorre da fiscalização de rotina da PF no aeroporto e investigações em curso. A mulher foi encaminhada ao hospital para expelir as cápsulas. A presa confessou o crime após ser abordada pelos policiais federais.

A suspeita foi autuada por tráfico internacional de drogas e está à disposição da Justiça Federal. O crime flagrado tem pena de até 25 anos de reclusão.

As investigações continuam, para apurar a participação de outras pessoas no crime.

Comunicação Social da Polícia Federal no Ceará
Contato: (85) 3392-4868/99720194

PF realiza nova apreensão de drogas no Aeroporto de Porto Velho/RO

Foram apreendidos 11 quilos de cocaína na ação aeroportuária, além de uma prisão em flagrante
Foto: Divulgação-PF
Porto Velho/RO. A Polícia Federal realizou, na madrugada desta quinta-feira (2/11) a prisão em flagrante de um homem de Guajará-Mirim/RO transportando 11kg de cocaína escondidos na bagagem despachada, tendo como destino final Guarulhos/SP.

Essa é a segunda pessoa flagrada em dois dias seguidos tentando embarcar com droga pelo Aeroporto Internacional Gov. Jorge Teixeira de Oliveira.

A Polícia Federal não descarta a participação de outros envolvidos no caso e destaca que qualquer pessoa pode colaborar, prestando informações que ajudem no combate aos crimes, sendo sempre mantido o sigilo da fonte.

O investigado pode pegar pena superior a 17 anos de reclusão.

Comunicação Social da Polícia Federal em Rondônia
cs.srro@pf.gov.br

Mordomia abusiva: somente este ano, já são 1.765 voos em jatinhos da FAB

Foto: Força Aérea Brasileira
Ministros de Lula, presidentes da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal (STF) e comandantes militares abusaram da mordomia dos jatinhos FAB, realizando 1.765 voos desde o início do ano. Os presidentes das casas legislativas, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, usaram aeronaves oficiais por 217 vezes. O governo mantém sigilo sobre voos do presidente e da primeira-dama. Flávio Dino (Justiça) é o ministro que mais usa a mordomia: até agora, desde a posse, ele viajou 85 vezes.

Só governistas

Apenas os ministros do governo foram responsáveis por 1.403 do total de voos de jatinhos até outubro, a mais recente atualização da FAB.

Luxo fácil

Os jatos do Grupo de Transporte Especial da FAB ficam à disposição das autoridades, que apenas reservam o voo e determinam os passageiros.

Na outra ponta

Anielle Franco (Igualdade Racial) viralizou após ir a um jogo de futebol em jato da FAB, mas é das ministras que menos usa o mimo: nove voos.

Hábito rápido

O presidente do STF, Luis Roberto Barroso, tomou posse no início de outubro, mas antes de o mês acabar já havia realizado 11 voos da FAB.

Fonte: Diário do Poder

Mais de 576 estrangeiros são autorizados a deixar Gaza

Foto: Reprodução

Autoridades egípcias e israelenses autorizaram, nesta quinta-feira (2), que um segundo grupo de pessoas deixe a Faixa de Gaza e ingresse no Egito. De acordo com o Itamaraty, não há nenhum cidadão brasileiro entre os 576 estrangeiros que buscam escapar à guerra entre Israel e o Hamas, grupo que controla a Faixa de Gaza.

Segundo o embaixador Alessandro Candeas, constam da lista divulgada esta madrugada cidadãos do Azerbaijão, Barhein, Bélgica, Coréia do Sul, Croácia, Estados Unidos, Grécia, Holanda, Hungria, Itália, Macedônia, México, Suíça, Sri Lanka e Tchade. Só o grupo norte-americano inclui 400 dos 576 contemplados nesta segunda lista.

A lista anterior foi divulgada no início da madrugada desta quarta-feira (1º), dia em que o primeiro grupo autorizado a deixar Gaza cruzou a fronteira para o Egito. Além de 500 pessoas portadoras de passaportes estrangeiros, integravam este primeiro grupo 81 moradores de Gaza feridos que foram transportados em ambulâncias através da passagem de Rafah.

A assessoria do Itamaraty informou à Agência Brasil que, neste momento, não há como prever em quanto tempo os 34 brasileiros que pediram auxílio ao governo brasileiro serão autorizados a deixar Gaza, já que os critérios de seleção são aplicados pelas autoridades locais. O governo brasileiro, contudo, segue contatando lideranças regionais a fim de tentar agilizar a repatriação dos brasileiros e de seus parentes de outras nacionalidades.

Os 34 brasileiros estão abrigados nas cidades de Khan Younes e Rafah, próximas à fronteira com o Egito. Segundo o Itamaraty, o esquema de resgate prevê auxílio desde a saída da Faixa de Gaza – com equipes e ônibus de prontidão, medicamentos e alimentação – até o embarque no Aeroporto do Cairo, onde um aeroporto da Força Aérea Brasileira (FAB) os aguarda.

No início da manhã desta quinta-feira (2), um grupo de 30 brasileiros, além de uma jordaniana e um palestino casados com brasileiros, desembarcaram em território brasileiro vindos da Cisjordânia.

Agência Brasil

Centro de Gaza vira linha de frente da guerra entre Israel e Hamas

Foto: Menahem Kahana/AFP

A ação terrestre de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza, iniciada na sexta passada (27), transformou a região central da capital homônima do território governado pelo grupo terrorista palestino desde 2007 em uma linha de frente.

“Estamos no auge da batalha. Tivemos sucessos impressionantes e passamos da periferia da cidade de Gaza. Estamos avançando”, disse o premiê Binyamin Netanyahu em nota.

Foi uma resposta aos relatos de jornalistas palestinos e de moradores ouvidos por agências internacionais de que o Hamas está oferecendo dura resistência, após ver a faixa mais ao norte da capital ser gradualmente ocupada por colunas de tanques e blindados, além da infantaria.

Mais tarde nesta quinta-feira (2), o Exército de Israel anunciou que completou o cerco à cidade de Gaza e, questionado sobre o tema, um porta-voz militar descartou possibilidades de cessar-fogo a esta altura.

A tática é a esperada desde antes do início desta fase da guerra: o emprego da extensa rede de túneis sob Gaza, estimada pelo Hamas em 500 km antes do início do conflito. Segundo os relatos, os terroristas usam táticas de guerrilha clássicas, saindo rapidamente dos túneis, engajando-se em combates e fugindo por outras saídas.

O maior problema para Israel são os mísseis antitanque russos Kornet, que o Hamas opera em uma quantidade considerada limitada, mas letal, fornecida pelo Irã por meio da Síria ao longo dos anos. Seu uso já destruiu alguns blindados de Tel Aviv na ofensiva.

Vídeos do Hamas e de seus aliados do Jihad Islâmico, que não foram georreferenciados e, portanto, são de autenticidade ainda duvidosa, mostram o emprego dessas armas e de outros modelos portáteis. A campanha de foguetes de fabricação artesanal contra Israel continua, ainda que não na intensidade do mega-ataque do dia 7 de outubro, que disparou a guerra.

Essa realidade e a presença continuada de civis na cidade, que antes da guerra tinha cerca de 600 mil dos 2,3 milhões de moradores da faixa, eleva ainda mais o custo político e militar da operação. Na manhã desta quinta, chegaram a 18 os soldados mortos de Israel, incluindo um comandante de batalhão.

“Nós estamos nos portões da cidade de Gaza”, havia dito na véspera um dos chefes da operação, general Itzik Cohen. Ao que tudo indica, até pela fala do primeiro-ministro, suas forças farão incursões progressivas principalmente vindas do norte, enquanto por ora os blindados ao sul da capital não avançaram —sugerindo uma barreira de contenção para um movimento de pinça posterior.

Nesta quinta, mais um conjunto de explosões atingiu o campo de refugiados de Jabalia, no norte de Gaza. Segundo a agência de notícias Wafa, que é da Autoridade Nacional Palestina, rival do Hamas, ao menos 29 pessoas morreram, mas não há confirmação independente.

Na terça (31) e na quarta (1º), ações semelhantes foram assumidas por Israel horas após acontecerem. A primeira matou 50 pessoas, número citado por ambos os lados, e os palestinos dizem que a segunda vitimou 195 moradores. Tel Aviv afirma que o Hamas é responsável pelas mortes, por esconder seus centros de comando alvejados entre prédios residenciais e por não obedecer às ordens de retirada de civis.

Seja como for, a pressão internacional sobre o Estado judeu cresce, com um enviado da ONU à região sugerindo investigação por crime de guerra em Jabalia. Israel criticou a ideia, lembrando que o uso de escudos humanos também pode ser enquadrado na categoria. Até aqui, morreram cerca de 1.400 israelenses e estrangeiros nas mãos do Hamas, e a retaliação de Tel Aviv matou 9.061, segundo os palestinos.

HEZBOLLAH FAZ MAIOR ATAQUE NA GUERRA

Nas frentes secundárias da guerra, no norte do país houve novos ataques com mísseis antitanque do grupo libanês Hezbollah, apoiado pelo Irã, e bombardeio de suas posições pelas forças de Israel. Com 19 lançamentos, esta foi a maior ação do tipo por parte do grupo, que lutou sua última guerra aberta com Tel Aviv em 2006.

Mais poderoso que o Hamas, com um estoque estimado de até 150 mil mísseis e foguetes, o Hezbollah é uma dor de cabeça para os planejadores militares israelenses. Mas até aqui não há sinais de que ele vá entrar de cabeça no conflito, apesar das escaramuças.

As Forças de Defesa de Israel informaram que, em retaliação aos ataques, bombardearam bases e pontos de lançamento de mísseis dos libaneses. Toda a região norte do país está militarizada, com dezenas de tanques e obuseiros em posição.

A tensão regional e o risco de escalada, ainda que por ora contidos, seguem altas e estão no foco das discussões da nova viagem do secretário de Estado americano, Antony Blinken, à região. Nesta quinta, ele falou sobre o tema com seu homólogo na Arábia Saudita, país que estava em vias de normalizar relações com Israel antes da guerra.

O descarrilamento desse processo e o congelamento de laços promovido por países árabes em paz com Tel Aviv, como Jordânia e Bahrein, são vitórias táticas da guerra do Hamas, e do Irã, até aqui.

Já o Shin Bet (serviço secreto israelense) acelerou sua busca por suspeitos de terrorismo na Cisjordânia, que é administrada pela Autoridade Nacional Palestina. Só nesta noite, foram 49 pessoas presas, 21 delas, segundo as autoridades, pertencentes ao Hamas.

Desde o começo da guerra, foram 1.220 detidos, 740 deles acusados de serem do grupo palestino. Há denúncias de abusos. A situação tem causado tensão na região, e moradores da capital, Ramallah, jogaram pedras contra soldados israelenses nesta quinta.

No vilarejo de Deir Sharaf, perto de Nablus, uma turba de colonos judeus atacou lojas palestinas. Já o assentamento judaico de Einav, montado a partir do confisco de terras da palestina Ramin, registrou um ataque com fuzil contra o carro de um de seus moradores, que capotou. Não houve feridos graves nos dois episódios.

Igor Gielow/Folhapress

Justiça Militar nega prisão de militares suspeitos por furto de metralhadoras do Exército

Foto: Polícia Civil SP/Divulgação

A Justiça Militar em São Paulo negou a decretação da prisão de seis militares suspeitos de participar do furto de 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra de São Paulo, em Barueri, na Grande São Paulo. O pedido havia sido feito na semana passada pelo Comando Militar do Sudeste (CMSE) no Inquérito Policial Militar (IPM), que apura o delito. O Exército prepara agora novos pedidos de busca e de prisão no IPM.

Entre os investigados está o cabo Vagner Tandu, que trabalhava como motorista para o comandante da unidade, o tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista, que foi afastado do cargo por ordem do comandante do Exército, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva. Impressões digitais do suspeito foram achadas na reserva de armas, mas, mesmo assim, o fato não convenceu o Ministério Público Militar (MPM), que se manifestou contrário à decretação das prisões.

Como motorista do coronel, Tandu poderia sair do arsenal dirigindo o carro do oficial sem ser revistado. Agora, o CMSE está buscando “robustecer” a prova para a conclusão do IPM e aposta nos computadores e celulares encontrados na casa de Messias Barbosa de Pádua, o Velho, de 60 anos. Velho seria o chefe do tráfico na Vila Galvão, onde o Exército cumpriu mandados de busca e apreensão, com o auxílio da PM na terça-feira, dia 31, e na quarta-feira, dia 1.º. Os civis envolvidos no episódio também devem ser processados na Justiça Militar. O Exército não descarta novas buscas em São Paulo e no Rio.

Velho teria sido o responsável pela ordem para que cinco das metralhadoras de calibre .50 e quatro de calibre 7,62 mm fossem devolvidas ao Exército entre a noite do dia 20 e a madrugada do dia 21. Elas teriam sido oferecidas a Velho, que, segundo investigações do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), é suspeito de ter ligação com Primeiro Comando da Capital (PCC).

Quem ofereceu as armas e as teria levado até a Vila Galvão teria sido Jesse Marques Fidelix, o Capixaba, apontado como intermediário entre os militares que fizeram o furto das metralhadoras e os bandidos do PCC e do Comando Vermelho (CV), do Rio.

Foi em um carro que pertenceria a Jesse que policiais cariocas e militares do Comando Militar do Leste (CML) encontraram no dia 1.º mais duas metralhadoras Browning calibre .50 e um fuzil FAL calibre 7,62 mm. O veículo estava estacionado na Avenida Lúcio Costa, na Praia da Reserva, na zona oeste carioca. No dia 19 de outubro, na favela Gardênia Azul, também na zona oeste carioca, policiais haviam recuperado outras quatro metralhadoras Browning calibre .50 e quatro MAG de calibre 7,62 mm.

Elas também teriam sido oferecidas por Capixaba ao CV, mas os traficante da facção não quiseram o armamento porque ele estava imprestável. De fato, o CMSE informou que as metralhadoras haviam sido recolhidas ao Arsenal de Guerra por estarem todas com defeitos que tornavam o conserto economicamente inviável. Falta agora recuperar apenas duas metralhadoras calibre .50.

Nesta quarta, o general de brigada Maurício Vieira Gama, chefe do Estado-Maior do CMSE, afirmou que as duas armas ainda desaparecidas estariam em São Paulo. ”Consideramos o episódio inaceitável. Não vamos descansar até recuperar as armas que faltam e punir os culpados.”

O Estadão não conseguiu encontrar as defesas do cabo Tandu, de Velho e de Capixaba.

Estadão

Marido mata esposa influencer enquanto ela dormia no interior em SP, diz polícia

© Reprodução- Redes Sociais

FOLHAPRESS) - Um homem de 36 anos matou a tiros a esposa de 34 anos, a influenciadora digital Luana Caroline Verdi, segundo a polícia. O caso aconteceu nesta quarta-feira (1º) em um condomínio em São José do Rio Preto (a 415 km de São Paulo). Ele se matou na sequência

Conforme a Polícia Civil, o representante comercial Victor dos Santos atirou na criadora de conteúdo do interior de São Paulo enquanto ela dormia. Antes de cometer o crime, o homem levou os filhos gêmeos do casal, de 11 anos, para a escola.

"Após levar os meninos, Victor ligou para o irmão e pediu para que ele buscasse os sobrinhos na saída da escola alegando que ele precisava atender um cliente no horário", afirma o delegado Ericson Sales Abufares.

Estranhando a situação, ainda segundo o delegado, o pai de Victor foi até o condomínio onde o casal morava no bairro Maria Júlia. Ao entrar na casa ele encontrou os corpos no quarto e um revólver.

"Os vizinhos relataram ter ouvido dois disparos por volta das 8h, mas como há uma construção perto, eles imaginaram que o barulho poderia ser lá", diz Abufares.

Em relato à Polícia Civil, familiares de Victor afirmaram que Luana queria se separar.

A arma usada no crime foi apreendida e possui numeração raspada. Os celulares do casal também foram apreendidos e serão encaminhados para a perícia.

POR FOLHAPRESS

Prefeitura de Ipiaú realizará concurso público com 428 vagas

A Prefeitura Municipal de Ipiaú acaba de dar um passo importante na busca de preencher vagas em seu quadro de servidores. Na última quarta-feira (01 ), foi publicado no diário oficial do município, o edital de licitação para contratação de uma empresa especializada que ficará responsável por realizar o Concurso Público do município.

O certame oferecerá um total de 428 vagas, abrangendo diversas áreas de atuação. Serão destinadas 41 vagas para candidatos com nível fundamental, 96 para o ensino médio, 46 para nível técnico e 245 vagas para candidatos de nível superior, entre vagas de ampla concorrência e para portadores de deficiência. Com essa oferta diversificada, o concurso buscará atender às necessidades da Prefeitura de Ipiaú e proporcionar oportunidades para candidatos com diferentes formações acadêmicas, a exemplo da Saúde, Educação, Técnico Administrativo, Operacional e Obras e Serviços.

O edital de licitação destaca a importância da contratação de uma empresa especializada na prestação de serviços de planejamento, organização, realização, processamento e divulgação dos resultados do concurso. Além disso, a empresa será responsável por toda a logística necessária para a execução dos serviços, incluindo a seleção de candidatos para provimento de vagas e formação de cadastro reserva e PCD.

A Prefeita Maria das Graças orienta aos interessados em participar do concurso, para começarem a se preparar, uma vez que a publicação do edital de licitação e a consequente contratação da empresa responsável sinalizam que a realização do certame está cada vez mais próxima. “A Prefeitura de Ipiaú reforça o seu compromisso com a transparência e a meritocracia na seleção de seus servidores, o que torna essa oportunidade ainda mais relevante para os candidatos”, ressalta. Diario Oficial  AQUI: Diário Oficial - Edição 2.722 _ Ano 8.pdf
Michel Querino / Decom Prefeitura de Ipiaú

Pacheco segura indicação de Lula para o STJ para apurar suposto favorecimento

Foto: Roque de Sá/Arquivo/Agência Senado

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), suspendeu o envio ao Palácio do Planalto da indicação da advogada Daniela Teixeira para uma vaga no STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Pacheco determinou ainda a instalação de uma sindicância para apurar queixas de beneficiamento de Daniela ao ter apenas seu nome encaminhado ao governo para publicação no Diário Oficial da União.

A decisão de Pacheco não tem poder de anular a aprovação dela pelo plenário do Senado. Além dela, também foram aprovadas a indicação dos juízes federais José Afrânio Vilela e Teodoro dos Santos.

A abertura da sindicância foi noticiada pelo jornal O Globo e confirmada pela Folha.

As suspeitas de favorecimento a Daniela ocorrem porque, em tese, ela poderia se beneficiar caso tenha seu nome publicado antes no Diário Oficial da União do que os demais indicados.

Pelo critério de antiguidade, por exemplo, ela poderia se tornar integrante do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) antes dos demais indicados.

Pessoas que acompanham o tema ouvidos pela Folha ressaltam, no entanto, que em última análise cabe a Lula (PT) escolher a data da publicação das nomeações.

Mesmo que os documentos relativos a Vilela e Teodoro cheguem depois dos de Daniela, dizem, o presidente não tem obrigação de seguir a ordem de chegada ao definir as publicações no Diário Oficial.

Segundo interlocutores, Pacheco também assinou os despachos de envio das designações dos juízes federais. O que a sindicância deve avaliar, dizem, é a razão de até o momento apenas a nomeação de Daniela ter sido encaminhada ao Planalto.

Daniela Teixeira foi avalizada pelo Senado em 25 de outubro com 68 votos favoráveis e 5 contrários, e ocupará um dos assentos destinados à advocacia na corte. Ela era a única mulher na lista de três nomes dos defensores escolhidos pelos ministros do STJ para que Lula fizesse a indicação.

Desde que entrou na competição para ocupar uma vaga no tribunal oriunda da classe dos advogados, ela era vista como favorita, devido ao seu bom trânsito tanto na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) como no governo do PT.

No mesmo dia em que foi aprovada, o Senado rejeitou a indicação do mandatário para a DPU (Defensoria Pública da União), Igor Roque. A Casa, antes um porto seguro para o Planalto, converteu-se em um campo minado para Lula, como mostrou a Folha.

Thaísa Oliveira, José Marques e Ricardo Della Coletta/Folhapress

Aras contesta participação em tentativa de desconto para leniência da J&F

Foto: Valter Campanato/Arquivo/Agência Brasil

Aliados do ex-procurador-geral da República Augusto Aras contestam que ele tenha trabalhado por um “desconto” de R$ 6,8 bilhões para o processo de leniência envolvendo a J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista.

Aras tem dito que é uma “versão equivocada” atribuir a ele ligação com o subprocurador Ronaldo Albo, que propôs a redução no valor do acordo com a empresa. Segundo a leniência acertada em 2017, a J&F deveria pagar R$ 10,3 bilhões de multa por corrupção.

A tentativa de redução da indenização acabou sendo derrubada pelo Conselho Institucional da PGR.

Segundo o que vem sendo difundido internamente por Aras, Albo teve votação unânime para compor o Conselho Superior do Ministério Público Federal, além de ter sido amigo da procuradora-geral interina, Elizeta Ramos. Isso mostraria que ele não é seu “aliado”.

O ex-PGR também refuta a tese de que o Conselho Nacional do Ministério Público, sobre o qual ele manteria forte influência, interferiu em favor do desconto. Ele argumenta que o valor da leniência é um tema sob discussão na Justiça, fora da alçada de competência do órgão.

Fábio Zanini/Folhapress

Militares tentam se descolar de Braga Netto e dizem que TSE não afeta Forças Armadas

Foto: Divulgação
A cúpula do Exército tenta descolar a imagem da corporação da do general da reserva Walter Braga Netto, ministro da Defesa no governo Jair Bolsonaro (PL) e declarado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) inelegível por uso eleitoral do 7 de Setembro.

Três generais consultados pela Folha afirmaram sob reserva que o revés de Braga Netto na Justiça Eleitoral, no julgamento concluído na terça-feira (31), não afeta diretamente as Forças Armadas.

Eles afirmam, porém, que há um desgaste nas corporações com a sequência de decisões desfavoráveis e investigações que atingem militares que participaram do governo Bolsonaro.

Segundo o relato dos oficiais, Braga Netto deixou de frequentar o Quartel-General quando saiu do governo e só mantém relação com amigos e colegas da sua turma, sem influir nas discussões ou decisões da Força.

Braga Netto, candidato a vice de Bolsonaro no ano passado, é general da reserva, tendo deixado a ativa da Força em 2020. Em sua trajetória de oficial, foi comandante militar do Leste e interventor na Segurança Pública do Rio em 2018, que tinha sido determinada pelo então presidente Michel Temer.

No governo Bolsonaro, foi ministro da Defesa e chefe da Casa Civil.

O ex-candidato foi condenado na terça pelo TSE, por 5 votos a 2, pelo uso eleitoral das comemorações do Bicentenário da Independência. O general era o vice na chapa derrotada pelo presidente Lula (PL) na eleição do ano passado.

Além da inelegibilidade por oito anos, Braga Netto terá de pagar uma multa de R$ 212 mil.

O ministro Alexandre de Moraes deu um voto duro contra os dois candidatos. Ele classificou os atos do 7 de Setembro do ano passado como de caráter eleitoral e eleitoreiro e criticou fortemente o fato de o Exército ter cancelado o tradicional desfile militar no centro do Rio para engrossar o ato bolsonarista em Copacabana.

Ele disse que o tribunal não poderia fazer “a política do avestruz” e ignorar os atos ilícitos praticados nas comemorações da data. Além disso, afirmou que Bolsonaro instrumentalizou as Forças Armadas para mudar os desfiles e transformá-los num “showmício”.

Generais que participaram das organizações do 7 de Setembro do ano passado disseram à Folha que os atos demandaram esforço e recursos, por marcarem os 200 anos da Independência do Brasil.

À época, militares já lamentavam reservadamente que o dia tenha ficado marcado pelo comício de Bolsonaro, com gritos de “imbrochável” em cima de um carro de som logo após o encerramento do desfile cívico-militar coordenado pelo Exército em Brasília. Apesar disso, não houve críticas públicas aos atos de Bolsonaro.

Após a decisão do TSE, Braga Netto afirmou nesta quarta (1º) que discorda da inelegibilidade.

“No dia de ontem, uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral nos julgou inelegíveis por 8 anos, com aplicação de multas. Eu discordo da decisão e iremos utilizar, como sempre fizemos, de todos os meios judiciais e democráticos para provar e comprovar a lisura de nossas ações”, escreveu o general da reserva numa rede social.

Braga Netto lembrou que ocupa o cargo de secretário nacional de relações do PL e disse que tem trabalhado diuturnamente “no projeto de ampliar o número de prefeitos e vereadores em 2024 e a disseminação dos valores que devem nortear as pessoas que acreditam na defesa de nossas liberdades, do direito à vida desde a sua concepção, da defesa da propriedade e dos valores conservadores”.

A decisão ainda impôs um freio nas tratativas internas do PL para a definição de quem será o candidato do PL à Prefeitura do Rio de Janeiro. Braga Netto era um dos postulantes à vaga e disputava com o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

Com a inelegibilidade, Braga Netto só poderá se candidatar em 2030, quando terá 73 anos.

Folhapress

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