Reino Unido envia navio de guerra à Guiana em meio a tensões com Venezuela
O Reino Unido vai mandar um navio de guerra para a Guiana no final deste mês, anunciou o Ministério da Defesa britânico neste domingo (24), enquanto o país sul-americano enfrenta uma disputa fronteiriça com a vizinha Venezuela em torno de Essequibo, território guianense rico em petróleo.
A decisão ocorre após uma visita de um secretário de Relações Exteriores britânico à Guiana no início de dezembro com o objetivo de oferecer apoio ao país sul-americano, um aliado e ex-colônia britânica.
O Reino Unido vai enviar o navio de patrulha da Marinha Real HMS Trent, segundo comunicado divulgado pelo Ministério da Defesa. O texto não menciona a Venezuela ou a disputa por Essequibo.
“O HMS Trent visitará a Guiana, aliada regional e parceira da Commonwealth [grupo internacional composto pelo Reino Unido e uma série de suas antigas colônias], no final deste mês, como parte de uma série de compromissos na região durante a implementação da Tarefa de Patrulha do Atlântico”, disse um porta-voz do governo britânico.
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, e o presidente da Guiana, Irfaan Ali, reuniram-se pela primeira vez no último dia 14 para tentar estabelecer um diálogo sobre Essequibo. Após o encontro, os países divulgaram declaração na qual se comprometem a não ameaçar ou usar a força “um contra o outro em quaisquer circunstâncias, incluindo aquelas decorrentes de controvérsias existentes entre os dois Estados”.
A região de Essequibo, de 160 mil quilômetros quadrados, é geralmente reconhecida como parte da Guiana, mas nos últimos anos a Venezuela retomou a reivindicação sobre o território após grandes descobertas de petróleo e gás.
A tensão aumentou após a realização de um plebiscito promovido pelo regime venezuelano em 3 de dezembro. Na votação, em que as cinco questões favoreciam uma resposta simpática aos interesses de Caracas, 96% dos eleitores teriam votado favoravelmente à criação de um novo estado em Essequibo e da concessão de nacionalidade venezuelana aos 125 mil habitantes da região.
Dois dias antes do plebiscito, a Corte Internacional de Justiça (CIJ) exortou a Venezuela a não anexar o território. O guianense Ali tem dito que a CIJ é a responsável por “decidir a controvérsia sobre as fronteiras entre Guiana e Venezuela”. Já o regime de Maduro não reconhece a jurisdição da corte no caso.
Folhapress
Rio faz campanha em ônibus para prevenir desaparecimento de crianças
A partir deste domingo (24) até o dia 7 de janeiro, monitores em ônibus e terminais rodoviários da região metropolitana do Rio de Janeiro vão exibir vídeos informativos com instruções de segurança e prevenção ao desaparecimento de crianças e adolescentes.
A iniciativa do governo do estado foi elaborada pela Fundação da Infância e Adolescência (FIA-RJ), que administra o programa SOS Crianças Desaparecidas, e conta com a parceria do RioÔnibus (Sindicato das Empresas de Ônibus da Cidade do Rio de Janeiro) e da Onbus, empresa que explora o serviço de mídia nos veículos e terminais.
De acordo com o RioÔnibus, ao divulgar as diretrizes de prevenção ao desaparecimento nos painéis dos terminais e nas TVs internas dos ônibus, é possível conscientizar mais de 3 milhões de pessoas.
“As parcerias são fundamentais para a mobilização da sociedade e para a localização de crianças e adolescentes desaparecidos. O grande objetivo é reduzir, ao máximo, o número de casos ao ponto de atuar prioritariamente em ações de prevenção”, disse Luiz Henrique Oliveira, gerente do SOS Crianças Desaparecidas.
Crianças localizadas
A FIA-RJ tem um banco de dados de desaparecidos há 27 anos. Nesse período, foram registrados 4.307 desaparecimentos de jovens, sendo 3.753 localizados. Apenas em 2023 foram 101 sumiços, com 90 reencontrados.
De acordo com a Lei da Busca Imediata (Lei federal 11.259/2005), não é preciso prazo de espera antes de comunicar às autoridades um caso de desaparecimento. A investigação será realizada imediatamente após a notificação aos órgãos competentes, que deverão comunicar o fato aos portos, aeroportos, polícia rodoviária e companhias de transporte interestaduais e internacionais.
Como prevenir
A FIA fornece as seguintes dicas para pais e responsáveis evitarem casos de desaparecimento.
– Ensine ao seu filho o nome dele completo, endereço e os telefones de contato dos pais ou responsáveis;
– Quando estiver em locais de grande circulação de pessoas (show, praia, etc.), marque um ponto de encontro para o caso de se perderem;
– Faça a carteira de identidade do seu filho (pode ser tirada desde o nascimento). Diga para ele andar sempre com um documento de identificação;
– Nunca deixe crianças sozinhas, seja em casa ou na rua, nem sob os cuidados de outra criança ou adolescente;
– Mostre ao seu filho como buscar ajuda quando necessário: forneça a ele o número de emergência (190);
– Entenda os riscos que a internet pode causar e oriente os seus filhos sobre as medidas de segurança e cautelas necessárias;
– Conheça os amigos de seu filho e as pessoas com quem ele convive (escola, cursos, vizinhos, etc.);
– Mantenha sempre uma conversa franca e aberta com seu filho para que ele possa se sentir seguro e confiar em você. Ouça seu filho! Ele tem sempre coisas importantes a lhe dizer!
Agência Brasil
Prefeitura de Ipiaú encanta moradores com apresentações de encerramento do Natal Luz na Praça Ruy Barbosa
Neste sábado, 23, a Praça Ruy Barbosa, em Ipiaú, transformou-se em um espetáculo de luzes e música, encerrando as celebrações natalinas na cidade. O evento, denominado "Natal Luz", foi marcado por apresentações artísticas que encantaram moradores e visitantes, iluminando a noite com a magia desta época festiva.
A programação teve início com uma belíssima apresentação da cantora ipiauense Laísa Eça, enchendo o local de harmonia e emoção. Seguindo o clima festivo, as atrações musicais da banda Muzzak e o coral Doces Vozes do Complexo Integrado de Edução Básica de Ipiaú, deram sequência à noite, brindando o público com performances cativantes e animadas.
O evento, realizado pela Prefeitura de Ipiaú por meio da Secretaria de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo, foi um sucesso. A decoração natalina na Praça Ruy Barbosa proporcionou um ambiente mágico e acolhedor, cativando a todos que passaram por lá.
Para o secretário da pasta, Caio Braga, essa iniciativa tem como objetivo valorizar os grupos artísticos locais, dando-lhes visibilidade e oportunidade de compartilhar seu talento com a comunidade, além de fortificar o turismo local. "É gratificante ver a participação ativa dos nossos artistas e o encanto no olhar das pessoas. Os projetos natalinos que a Prefeitura realizou foram de grande sucesso, e é evidente o quanto a população ficou encantada com essa atmosfera natalina, por causa dos espetáculos nessa praça rodeada com a decoração linda arquitetada pela gestão municipal", afirmou o secretário.
Michel Querino / Decom Prefeitura de Ipiaú
Polícia Militar apreende arsenal de guerra em Paraisópolis
Agentes encontraram 18 fuzis de grosso calibre, carregadores, munições, drogas, balança de precisão e uma máscara de gás
Foto: Divulgação/SSP |
A Polícia Militar apreendeu um verdadeiro “arsenal de guerra” em Paraisópolis, zona sul de São Paulo. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), foram encontrados 18 fuzis, além de munições e entorpecentes, escondidos dentro de um carro blindado. Essa é a maior quantidade de armas apreendidas no Estado de São Paulo este ano. Durante a ação, ninguém foi preso. As investigações indicam que o veículo estava estacionado na Rua Melchior Giola. Policiais do 16º Batalhão receberam informações sobre um estacionamento aberto com vários veículos, incluindo dois blindados. Durante a averiguação, os PMs encontraram um sedan com diversas armas. Além dos 18 fuzis de grosso calibre, foram apreendidos carregadores, munições, drogas, balança de precisão e até mesmo uma máscara de gás.
Além do carro onde as armas foram encontradas, uma BMW blindada também foi apreendida. O veículo tinha um registro de furto. O caso está sendo investigado pelo 34º DP (Vila Sônia), onde o carro e o material apreendidos foram levados para registro da ocorrência. A Polícia Civil abrirá um inquérito para investigar os responsáveis pelo transporte e armazenamento das armas e munições.
Por: Jovem Pan
Guerra entre Israel e Hamas cancela celebrações de Natal em Belém
Hazem Bader/AFP |
Em Salvador, Jerônimo prestigia servidores de serviços essenciais que atuam em plantões
Na manhã deste domingo (24), véspera de Natal, o governador Jerônimo Rodrigues prestigiou funcionários públicos que estão em plantão no feriado, assegurando o contínuo funcionamento dos serviços essenciais de segurança e saúde em toda a Bahia.
“São pessoas que estão diariamente nesse serviço, eu sei, mas hoje eu quis fazer esse gesto que alegrou muito meu coração, e me faz sair animado para em 2024 continuarmos cuidando dos servidores públicos. Quero reafirmar ao povo da Bahia o quanto confio nesses profissionais. Muito obrigado a todos que atuam nas áreas de segurança pública, da saúde, do turismo. O agradecimento se estende não apenas aos servidores da rede estadual, mas também a quem atua na municipal e federal. Parabéns, muito obrigado e bom Natal a todos”, declarou Jerônimo.
O governador também lembrou de outros trabalhadores e trabalhadoras que não compõem o serviço público, mas trabalham em datas festivas, como os profissionais que atuam em shopping, bares, restaurantes e hotéis.
A série de visitas começou na sede da Central Estadual de Regulação (CER), situada no prédio anexo à Secretaria Estadual da Saúde (Sesab), no CAB, em Salvador, onde uma equipe de mais de 60 pessoas trabalha de forma ininterrupta com 28 médicos, 28 técnicos de regulação e 10 enfermeiros.
Com seu efetivo operacional e a presença constante de profissionais qualificados, a central desempenha um papel crucial na gestão e distribuição de recursos, garantindo o direcionamento adequado de pacientes e contribuindo para a eficiência do atendimento médico em todo o estado.
Mônica Frank, supervisora de regulação da Sesab, destacou a importância do trabalho durante períodos de festas e feriados. “A regulação não para. Então, sete dias por semana, vinte e quatro horas, é um trabalho de extrema importância para que possamos colocar o paciente no local, na unidade de saúde que tem o que ele demanda, quer seja uma fratura, um leito de UTI, um problema clínico, um problema cirúrgico; ele vai ser regulado”, detalhou.
Segurança
Do CER, o governador seguiu para o 1º Batalhão de Bombeiros Militar, localizado na Barroquinha, onde saudou os profissionais que desempenham um papel vital na segurança. Ao todo, 148 bombeiros militares estão atuando no plantão de Natal.
Em seguida, Jerônimo dirigiu-se ao Pelourinho, onde visitou o 18º Batalhão de Polícia Militar e a Delegacia de Proteção ao Turista (Deltur), situada no Largo do Cruzeiro de São Francisco.
Ao todo, 80 profissionais estão atuando no plantão de Natal nessas instituições que desempenham uma função essencial, especialmente durante o verão, assegurando a segurança tanto dos baianos quanto dos turistas que exploram as belezas e atrativos do Centro Histórico de Salvador.
Pesquisa Numen Data/Política Livre: Bruno Reis lidera intenção de voto com 55,1%; Geraldo tem 12,3%
Prefeito Bruno Reis se reelegeria no primeiro turno, se eleição fosse hoje, segundo pesquisa |
Se as eleições em Salvador fossem hoje, o prefeito da capital, Bruno Reis (UB), seria reeleito com 55,1% dos votos, segundo pesquisa da empresa baiana Numen Data, realizada em parceria com este Política Livre.
O levantamento estimulado – o primeiro após a confirmação do vice-governador Geraldo Júnior (MDB) como candidato da base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) – mostra que o emedebista tem 12,3% das intenções de voto.
Kleber Rosa, do PSOL, aparece com 4,4%. Já a opção “ninguém” foi escolhida por 21,3% dos entrevistados, enquanto “não sabe/ não respondeu” representa 6,9% do levantamento.
A pesquisa foi realizada na última sexta-feira (22), por telefone, com 803 entrevistados. O intervalo de confiança é de 95%, com margem de erro de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos.
Confira o quadro:
Bruno Reis (UB) – 55,1%
Geraldo Júnior (MDB) – 12,3%
Kleber Rosa (PSOL) – 4,4%
Ninguém – 21,3%
Não sabe/ Não respondeu – 6,9%
Política Livre
Até março, perícia do INSS deve ser feita dentro do mesmo mês, diz secretário
O tempo de espera médio para agendamento de perícia no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) caiu de 71 dias em agosto para 49 em novembro e a expectativa é que, até março, a análise possa ser feita dentro do mesmo mês da solicitação, afirma o secretário do Regime Geral da Previdência Social, Adroaldo da Cunha.
“Com uma média de 49 dias, eu tenho metade da população esperando por menos tempo do que isso. Mas eu ainda tenho lugares no Brasil que o tempo é cem dias. Só que o retrato, há 45 dias, era de um tempo de 200 dias. Ou seja, a gente entrou num ritmo de queda significativo. Eu dizia lá no ministério, nós chegamos em outubro não ao fundo do poço, mas sim ao topo do cume”, afirma.
Segundo ele, o tempo médio de 45 dias, conforme previsto em lei e promessa do ministro Carlos Lupi, deve ser atingido na virada do ano.
“Isso significa que, nos próximos dois, três meses, eu creio que isso vai acontecer no máximo em março, todo mundo no Brasil que tiver que fazer perícia médica vai fazer dentro do mesmo mês”, afirma. Nas contas de Adroaldo da Cunha, a fila do INSS pode fechar o ano em 800 mil.
“Para nós é alegria, porque significa que a gente agora engatou a quarta marcha nesse processo. Mas a gente ainda precisa de uns três meses para realizar aquilo que o Lula tem nos cobrado, que é voltar a um padrão de atendimento semelhante a 2008, 2009, quando ninguém ficava na fila da perícia médica por mais de 30, 40 dias no país inteiro”, complementa.
Danielle Brant, Folhapress
Anulação de provas da Odebrecht por Toffoli atingirá caso nos EUA
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil |
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, tomou uma decisão que deve impactar um caso aberto na Justiça dos Estados Unidos contra um ex-integrante do governo equatoriano.
Em um despacho sigiloso, ao qual a coluna de Guilherme Amado do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, teve acesso, Toffoli estendeu a Carlos Pólit, ex-controlador-geral do Equador suspeito de receber propinas da empreiteira, a anulação das provas apresentadas no acordo de leniência da Odebrecht. Ele responde a uma acusação por lavagem de dinheiro nos EUA envolvendo a empreiteira e já foi condenado no Equador.
Toffoli já aplicou o mesmo entendimento em favor de estrangeiros processados também no Peru e no Panamá. No Brasil, o ministro vinha derrubando as provas da leniência da Odebrecht em diversos processos, caso a caso, e em setembro ordenou uma anulação ampla, geral e irrestrita desse material.
Esse histórico indica a possibilidade de que outros alvos de ações abertas a partir das delações da Odebrecht em outros países também venham a ser beneficiados. Os delatores da empreiteira citaram crimes de corrupção no Brasil e outros onze países.
O material anulado como prova contra Carlos Pólit, assim como nos outros casos, inclui os sistemas Drousys e MyWebDay B, usados pelo “departamento de operações estruturadas” da empreiteira para registrar e gerir pagamentos ilícitos a políticos e autoridades. O equatoriano Pólit foi implicado na delação de José Conceição dos Santos, ex-diretor da Odebrecht no Equador, que lhe atribuiu recebimento de propinas entre 2010 e 2015.
Em sua decisão no caso de Pólit, assinada no último dia 19/12, o ministro anotou que “não há como deixar de concluir” que são nulas as provas obtidas nos sistemas da Odebrecht por meio do acordo firmado no Brasil. O ex-ministro Ricardo Lewandowski anulou as provas inicialmente em benefício do presidente Lula e depois estendeu o entendimento a diversos políticos, assim como Toffoli, que sucede Lewandowski como relator do processo depois da aposentadoria dele. A Segunda Turma do STF já invalidou as provas em decisão com trânsito em julgado.
“Defiro o pedido constante destes autos e estendo os efeitos da decisão proferida na Reclamação 43.007/DF para declarar, segundo o ordenamento jurídico nacional, a imprestabilidade, quanto ao ora requerente, dos elementos de prova obtidos a partir dos sistemas Drousys e My Web Day B, utilizados no Acordo de Leniência celebrado pela Odebrecht”, escreveu Dias Toffoli.
Toffoli determinou o envio de seu despacho ao Ministério da Justiça, para que o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Internacional (DRCI) comunique sobre a decisão aos governos dos EUA e do Equador. Em seu país, Pólit foi condenado em 2018 a seis anos de prisão por corrupção envolvendo a Odebrecht.
Além de Carlos Pólit, outros estrangeiros investigados em processos no exterior a partir das delações da Odebrecht também já foram beneficiados por decisões de Toffoli para derrubar a validade das provas da empreiteira.
Um dos que conseguiu um despacho nesse sentido foi o ex-presidente do Peru Ollanta Humala. Em agosto, Toffoli considerou nulos os elementos de prova apresentados contra ele em uma ação penal a que ele responde em seu país, por suposta lavagem de dinheiro envolvendo a Odebrecht.
Entre outubro e novembro, dois alvos de processos que incluem provas da empreiteira no Panamá, os empresários Riccardo Francolini Arosemena e Juan Antonio Niño Pulgar, pediram ao ministro a extensão da decisão favorável a Ollanta Humala. No mesmo 19/12 em que atendeu ao pedido de Carlos Pólit, Dias Toffoli atendeu às solicitações de Arosemena e Pulgar e declarou imprestável o material da Odebrecht sobre eles.
Diretor-executivo da Transparência Internacional, Bruno Brandão criticou à coluna as decisões de Dias Toffoli. Ele diz que elas criaram um “cemitério de provas” de crimes relatados por delatores da Odebrecht.
“O Brasil, com a decisão de Toffoli, virou um cemitério de provas de crimes graves cometidos em pelo menos doze jurisdições pela Odebrecht, que foi a maior exportadora de corrupção da história. Os efeitos dessas decisões monocráticas já estão sendo sentidos no Brasil, no Peru, no Equador e ainda vão ser sentidos em muitos lugares. Não é por outra razão que essa decisão tem sido criticada internacionalmente, afetando gravemente a imagem do país”, disse.
Por: Bahia noticias
Relação conturbada de Lula com Câmara teve até ministro oferecendo cabeça ao centrão
Na semana em que líderes da Câmara dos Deputados ameaçaram não votar a MP (medida provisória) que reestruturou a Esplanada dos Ministérios do governo Lula (PT), em maio, o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), chegou a oferecer o próprio cargo ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), e a lideranças do centrão.
Descrita como tensa, a reunião simboliza o clima que permeou todos esses meses de aliança entre o esquerdista Lula e os vários partidos de centro-direta e de direita que ele buscou para ter apoio no Congresso Nacional.
Eleito com uma base de esquerda que conquistou apenas um quarto das cadeiras da Câmara, Lula distribuiu desde a transição até setembro deste ano 11 ministérios a União Brasil, MDB, PSD, PP e Republicanos —os dois últimos integrantes do centrão que foram o sustentáculo do governo de Jair Bolsonaro (PL).
Apesar disso, a relação é altamente instável e repleta de episódios de nervos à flor da pele.
Neste fim de ano, a cúpula da Câmara já fez chegar a Lula uma nova insatisfação com Padilha. Houve o pedido de um nome de fora do PT para a articulação política, mas o presidente afagou o subordinado, que evitou comentar o assunto. De qualquer forma, o indicativo é de um 2024 não menos tenso na relação do governo com o Congresso.
No momento da reestruturação da Esplanada, os líderes partidários também criticavam firmemente a postura de outros ministros, como o da Justiça, Flávio Dino, e o chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT).
Segundo relatos, na reunião com Lira e outros líderes, Padilha questionou quais eram os motivos para os deputados se recusarem a votar a MP. Perguntou se o bloco queria “a cabeça” dele ou de outros, como a dos colegas Rui Costa e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e indicou que levaria a Lula a demanda, para que o presidente deliberasse.
De acordo com participantes, os parlamentares teriam afirmado que era preciso que o governo acelerasse a liberação de emendas e nomeações de cargos, como havia sinalizado previamente.
Tida como o primeiro embate entre governo e Câmara, a possibilidade de a MP que reestruturou o governo não ser votada começou a ganhar corpo às vésperas da data de validade, 1º de junho.
Caso ela não fosse votada, a estrutura do governo voltaria a ser a da gestão Bolsonaro, ou seja, 37 ministérios teriam que se acomodar novamente em 23.
A ideia era deixar a MP caducar para dar um recado ao Planalto, ameaça que foi tratada inicialmente em 30 de maio na área da churrasqueira da residência oficial da presidência da Câmara —local onde ocorrem semanalmente encontros entre líderes partidários e Lira.
Segundo relatos, a possibilidade partiu do líder da União Brasil, Elmar Nascimento (BA), e acabou encampada por outros.
Naquele momento, o embate regional entre Lira e o senador Renan Calheiros (MDB-AL) pesou na história —Renan é pai do ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB-AL), que teve a estrutura de sua pasta reforçada com o parecer do relator da MP, Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL), seu aliado.
No dia 30 à noite, líderes decidiram adiar a votação da MP. Ao longo do dia 31, Lira e Lula chegaram a se falar por telefone.
À tarde, o presidente da Câmara deu uma declaração à imprensa afirmando que havia uma “insatisfação generalizada” entre os parlamentares, mas elogiou o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), dizendo que, se o resultado fosse positivo, seria graças ao petista.
Naquele dia ocorreram outras duas reuniões entre os líderes na sala da presidência da Câmara.
Guimarães relata o que teria dito em uma delas: “Eu sentei ali no centro [da sala] e me pediram para falar. Eu fiz um apelo. O presidente Lula me ligou e eu repassei a conversa para os líderes, afirmando que era um apelo meu e do presidente Lula e que nós queríamos votar a matéria de todo jeito”.
Nos debates internos, alguns ponderaram que era uma premissa do novo governo montar a Esplanada a seu modo. Outros disseram também que derrotar o governo representaria derrotar o relator, que é um parlamentar com bom trânsito na Casa.
O desempate a favor da votação veio do líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), com a justificativa de que esse seria o último voto de confiança ao Executivo. A MP foi então aprovada por 337 votos a 125.
No próprio dia 31, Elmar se reuniu com Lula no Palácio do Planalto. Ele estava acompanhado de Guimarães. Naquele momento foi sinalizado que a União Brasil gostaria de indicar um novo nome para a Esplanada, em substituição a Daniela Carneiro —ela comandava a pasta do Turismo, mas não contava com o respaldo da bancada.
“Foi uma conversa transparente, olho no olho”, diz Guimarães.
Pouco depois, a Câmara aprovou a reforma tributária e o projeto que altera as regras do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fazendários), considerados prioritários para a equipe da Fazenda.
Esse período é considerado um segundo grande ponto de tensão na relação.
Em 6 de julho, por exemplo, uma bateção de cabeça no Planalto gerou crise com a União Brasil e ameaçou a votação da reforma tributária.
Naquele dia, após uma reunião entre Lula e a ministra do Turismo, o titular da Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência), Paulo Pimenta (PT), afirmou à imprensa que Daniela ficaria no cargo até que a Câmara votasse as pautas econômicas.
A declaração causou irritação na bancada da União Brasil, e um grupo redigiu um documento que pedia o adiamento da reforma, iniciativa encabeçada por Celso Sabino (PA), já escolhido pelo partido para substituir Daniela, e pelo presidente da legenda, Luciano Bivar.
Cerca de uma hora depois, Padilha afirmou que o governo iria receber a indicação do partido e que Sabino assumiria o cargo.
Lira, porém, não gostou da participação do futuro ministro no quase motim e o cobrou duramente em um telefonema.
Passada a turbulência, e com as bênçãos de Elmar e Lira, Sabino substituiu Daniela em julho.
A votação do Carf deu início às negociações que levaram à entrada de PP e Republicanos na Esplanada, com André Fufuca (PP-MA) no Esporte e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) em Portos e Aeroportos.
A oficialização por Lula dos nomes dos dois, no entanto, se arrastou por quase dois meses, o que gerou irritação entre os parlamentares e críticas à atuação de Padilha nessas costuras.
Nesse meio-tempo, o próprio presidente se reuniu com Lira, que participou ativamente das articulações da reforma ministerial. Além de uma pasta para o PP, o petista oficializou um indicado de Lira para o comando da Caixa Econômica Federal.
Outro ponto destacado pelos políticos como de tensão ocorreu no final do ano.
Deputados atrasaram a tramitação do pacote de matérias de Haddad que elevam a arrecadação para 2024 e condicionaram a aprovação das propostas à liberação dos recursos e à derrubada de vetos presidenciais.
Apesar das queixas, há um consenso entre líderes, inclusive do centrão, de que o governo teve êxito na pauta econômica em 2023.
Victoria Azevedo, Folhapress
‘Ou acaba com a reeleição ou ela acaba com o Brasil’, diz Otto Alencar
Senador Otto Alencar (PSD) |
“É necessário e importante acabar com a reeleição em todos os níveis no Brasil! A partir de 2030 eleições gerais com mandatos de 5 anos para todos, inclusive, senadores. Permanecendo como está, teremos em breve uma forte ameaça à democracia e às instituições”, disse o senador baiano.
Na última sexta-feira (22) o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já havia sinalizado que a medida será uma das prioridades da Casa em 2024. Na avaliação dele, a medida seria um “grande bem” e levaria ao fim do “estado eleitoral permanente”.
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