Funarte lamenta a morte da artista circense e cicloviajante Julieta Hernández Martínez e se solidariza com amigos e familiares

A Fundação Nacional de Artes (Funarte) lamenta profundamente a morte da artista, palhaça e cicloviajante Julieta Hernández Martínez, cujo corpo foi encontrado nesse sábado (6) em Presidente Figueiredo, cidade do Amazonas.

Com 37 anos de vida, Julieta cultivava a liberdade e estava sempre em movimento, pedalando por diversos estados do país compartilhando a sua arte, levando a alegria da palhaça Jujuba para toda gente. No Brasil desde 2015, a artista integrava o grupo de cicloviajantes “Pé Vermei”.

A artista viajava do Rio de Janeiro até a Venezuela, seu país natal, de bicicleta, quando desapareceu no dia 23 de dezembro. A polícia investiga a causa da morte como feminicídio.

A Fundação Nacional de Artes acompanha, junto ao Governo do Amazonas, o desdobramento das investigações e o apoio necessário à familia, colegas e companheiras de ofício e amigos de Julieta Hernandez. Na oportunidade, agradece também o diálogo com o Instituto Guimarães Rosa-Itamaraty e com a Assessoria Internacional do Ministério da Cultura (MINC).

“É com tristeza e indignação que recebemos a notícia da morte da bonequeira, palhaça, artista e cicloviajante, Julieta Hernandez. Com toda alegria e irreverência, Julieta viajava com sua arte conduzindo crianças e adultos ao mundo circense e por isso, sempre será lembrada. Inquieta em relação à desigualdade de gênero, sua busca por equidade é uma inspiração pra todas nós”, afirma a presidenta da Fundação Nacional de Artes, Maria Marighella.

A Funarte segue em diálogo com instituições e autoridades e aguarda a chegada da família e amigos de Julieta Hernandez em Manaus. Informações sobre homenagens e translado do corpo serão divulgadas assim que possível.

Política Livre

EUA reduzem fila e emitem mais de 1 milhão de vistos para brasileiros em 2023

A Embaixada e os Consulados dos Estados Unidos no Brasil anunciaram nessa sexta-feira (5), que emitiram 1,125 milhão de vistos para brasileiros em 2023. Os órgãos não informaram se esse é um recorde, mas trataram o número como “uma conquista histórica”.

A marca foi alcançada seis meses depois de um recorde – este, segundo o escritório de advocacia AG Immigration, especializado em questões migratórias, com base em dados do Departamento de Estado daquele país: na semana de 5 a 9 de junho de 2023, a demora para conseguir o visto no Consulado dos Estados Unidos em São Paulo era de 630 dias, a maior registrada na série histórica feita pelo escritório.

Naquele momento, São Paulo era a nona cidade do mundo com maior demora para obtenção do visto tipo B1/B2, de turismo e negócios, e o Brasil era o sétimo país com a maior demora para concessão de visto, segundo o ranking feito pela AG Immigration, que para essa classificação considera a média de todos os postos diplomáticos existentes em cada nação. No Brasil, existem cinco cidades onde é possível obter o visto: além de São Paulo, no Rio de Janeiro, em Brasília, em Porto Alegre e no Recife.

A demora registrada até junho, resultante do acúmulo de pedidos durante a pandemia de covid-19, quando os Estados Unidos chegaram a suspender as concessões, foi solucionada com a adoção de medidas pelos postos consulares. “Aumentamos o número de funcionários consulares em todo o País, abrimos centenas de milhares de novos agendamentos, priorizamos vistos para estudantes que retornam aos estudos e simplificamos o processo de renovação de vistos para melhor atender aos viajantes brasileiros”, afirma nota emitida pela embaixada e pelos consulados.

Nesta sexta-feira, o tempo de espera para uma entrevista de concessão de visto no consulado de São Paulo era de seis dias. “Estamos entusiasmados em testemunhar um aumento tão substancial nas emissões de vistos. Esta conquista destaca não apenas os laços fortes entre nossas duas nações, mas também demonstra o crescente interesse dos brasileiros em explorar oportunidades de turismo e educação nos EUA”, disse Scott Riedmann, ministro conselheiro interino para Assuntos Consulares da Embaixada e Consulados dos EUA.

O que fazer para tirar visto para os EUA?

Preencha o formulário DS-160 e imprima a página de confirmação: https://ceac.state.gov/genniv/

Acesse o Sistema de Agendamentos para pagar a taxa de solicitação e agendar uma entrevista: https://ais.usvisa-info com/

A AG Immigration fez um passo a passo do procedimento:

– Preencha o formulário DS-160 no site do Departamento de Estado dos EUA. Antes, certifique-se de estar com seu passaporte em mãos.

– O preenchimento é em inglês, menos quando o formulário pede que seu nome seja escrito na língua nativa (no caso, português).

– Após o preenchimento, imprima a página de confirmação do DS-160 com a sua identificação (Application ID).

– Em seguida, acesse o site do CASV (Centro de Atendimento ao Solicitante de Visto) e preencha o formulário, escolhendo o visto de negócio e turismo (B1/B2);

– Pague a taxa de solicitação do visto (MRV) via boleto bancário ou cartão de crédito internacional.

– Depois que o pagamento for compensado, marque os agendamentos. São dois: um no CASV e outro no consulado.

Em Porto Alegre, os dois ficam no mesmo local. Se houver disponibilidade, ambos os agendamentos poderão ser feitos para o mesmo dia. Atenção: o agendamento no CASV precisa ser marcado antes da entrevista no consulado, mas o sistema pede que você primeiro selecione a data do consulado.

Em seguida, imprima a página de confirmação do agendamento.

O agendamento no CASV serve para a coleta de foto e digitais (biometria). É preciso levar o passaporte atual e anteriores (se tiver) e as páginas impressas de confirmação do DS-160 e do agendamento.

Já no consulado, um oficial fará perguntas sobre o motivo da viagem e poderá pedir documentos que comprovam seu vínculo com o Brasil e informações que você deu ao preencher o formulário DS-160.

Os consulados e a embaixada proíbem a entrada com celular, aparelhos eletrônicos e objetos cortantes ou inflamáveis. Mas na porta da embaixada e dos consulados existem guarda-volumes particulares, para que a pessoa deixe seu celular e demais itens

Caso o visto seja aprovado, um oficial consular ficará com o seu passaporte e em até 15 dias você receberá um e-mail com as informações de quando buscá-lo (caso não tenha escolhido a opção de envio para seu endereço mediante pagamento de taxa). Você tem até 30 dias para buscá-lo, a partir da data informada.

Onde posso tirar o visto americano no Brasil?

Você pode tirar seu visto na embaixada dos EUA em Brasília ou em um dos postos consulares, em São Paulo, Rio de Janeiro, Recife ou Porto Alegre.

Quanto tempo dura o visto?

O visto para turista (categoria B1/B2) pode valer por até 10 anos. Dentro do prazo de validade, a pessoa pode viajar aos Estados Unidos quantas vezes quiser. Se ela tem o visto de turista, a cada viagem o oficial de imigração estipula um prazo máximo de permanência e ela precisa respeitar esse prazo (de até seis meses).

Quanto tempo demora para receber o visto, depois da entrevista?

A seção consular tem até 15 dias úteis para devolver o passaporte.

Quais os motivos mais frequentes para ter o visto negado?

Consultada pela reportagem, a Embaixada dos Estados Unidos informou que “todos os solicitantes de visto devem demonstrar ao oficial consular que não têm intenção de usar seu visto de visitante para permanecer indefinidamente nos EUA e que possuem os recursos e a intenção de pagar por todos os gastos de sua viagem”. Segundo a Embaixada, a taxa de aprovação de vistos no Brasil é de 85%.

Segundo a AG Immigration, os principais motivos de negativa são:

– Não demonstrar vínculos com Brasil e, portanto, o oficial consular não ter certeza de que a pessoa vai retornar ao País. Se a pessoa já tiver viajado para outros países (principalmente na Europa e América do Norte) antes de solicitar o visto norte-americano, fica mais fácil obter o documento.

– Não comprovar condições financeiras de se manter nos EUA pelo período da viagem;

– Mentir no DS-160. A pessoa diz no formulário que é influenciadora, por exemplo, e quando perguntada da profissão na entrevista afirma que é vendedora. Ou diz que não tem parente nos EUA, mas o oficial consular descobre que ela tem. É importante que na entrevista a pessoa diga exatamente o que escreveu no DS-160 e não minta. Quando se passa muito tempo entre a entrega do formulário e a entrevista, a pessoa corre maior risco de esquecer o que informou no formulário;

– Não levar todos os documentos necessários. Se no formulário DS-160, por exemplo, a pessoa afirma que ganha R$ 10 mil reais, ela deve levar à entrevista os documentos comprobatórios dessa renda. Se eles forem solicitados pelo oficial consular e a pessoa não apresentar, pode ter o visto negado. Outro problema é se apresentar como empresário no formulário, mas não levar à entrevista o contrato social ou imposto de renda da empresa;

– Violação do visto anterior: o Brasil é o 9º país do mundo com mais pessoas violando o tempo de permanência do visto – quando o viajante recebe autorização para ficar 30 dias e acaba ficando 31 ou mais, por exemplo. Isso pode prejudicar pedidos de renovação ou mesmo de um novo visto.

Fabio GrelletEstadão

Buscas a helicóptero que desapareceu no litoral de SP chegam ao 6º dia

Trabalho é coordenado pela Força Aérea Brasileira (FAB)

Frame/FAB
As buscas ao helicóptero que desapareceu com quatro pessoas no litoral norte de São Paulo, no último domingo (31), prosseguem neste sábado (6). Este já é o sexto dia de buscas. O trabalho é coordenado pela Força Aérea Brasileira (FAB).

A aeronave deixou a capital paulista no último dia do ano rumo a Ilhabela, no litoral norte paulista. No entanto, não conseguiu chegar ao seu local de destino. Além do piloto Cassiano Tete Teodoro, estavam no helicóptero Luciana Rodzewics, de 45 anos; a filha dela, Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, de 20 anos; e Rafael Torres, um amigo da família que fez o convite para o passeio. O último contato com a torre de controle foi às 15h10 do último domingo (31), quando sobrevoava Caraguatatuba. A Polícia Militar também está auxiliando na operação.

Para as buscas, a FAB utiliza a aeronave SC-105 Amazonas, do Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2º/10º GAV) – Esquadrão Pelicano, com 15 tripulantes a bordo. Essa aeronave é equipada com um radar capaz de procurar sobre terra ou mar, com alcance de até 360 quilômetros. Um sistema de comunicação via satélite também permite o contato com outras aeronaves ou centros de coordenação de salvamento, mesmo em voos a baixa altura. Essa aeronave conta ainda com um sistema eletro-óptico de busca por imagem e por espectro infravermelho, que permite detectar, por exemplo, uma aeronave encoberta pela vegetação.

Ontem (6), o tenente-coronel Emanuel Patricio Beserra Garioli, comandante do esquadrão, informou que não é possível determinar o quanto esse trabalho deverá demorar. “Não temos uma data definida para o término da busca, até porque cada busca tem uma particularidade. Nossas equipes estão focadas, treinadas e motivadas para encontrar o alvo da busca o mais rápido possível”, disse ele.

O trabalho de salvamento é complicado já que a área total de buscas soma cinco mil quilômetros quadrados. Até este momento o helicóptero não foi localizado.

Edição: Juliana Andrade
Por Agência Brasil - São Paulo

De volta ao comando da CBF, Ednaldo Rodrigues demite Fernando Diniz

Foto: Frame de video CBF
A seleção brasileira masculina de futebol não será mais comandada interinamente pelo técnico Fernando Diniz. Na sexta-feira (6), um dia após retornar à presidência da CBF, Ednaldo Rodrigues comunicou sua decisão a Diniz, em conversa pelo telefone. Embora a CBF ainda não tenha publicado nota oficial sobre a saída do técnico - falta a definição de questões burocráticas relacionadas ao desligamento -, a notícia da demissão e trechos do diálogo entre Ednaldo e Diniz foram antecipados pela assessoria de imprensa da entidade.

"A decisão foi informada ao técnico Fernando Diniz pelo próprio presidente, quando agradeceu o trabalho realizado por ele e explicou os motivos da antecipação no processo de escolha de um treinador definitivo”, detalhou a assessoria da CBF. "A saída do Diniz se deve aos resultados da seleção, que não foram os esperados“, disse uma das fontes ouvidas pela Reuters. O Brasil está atualmente no incômodo sexto lugar nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026”.

Nos seis jogos à frente da seleção brasileira Diniz acumulou três derrotas, um empate e duas vitórias. Paralelamente, ele seguiu treinando o Fluminense, com o qual foi campeão da Copa Libertadores do ano passado.
Dorival Júnior, treinador do São Paulo, aparece como o mais cotado para assumir o comando da seleção brasileira  - Reuters/Ivan Alvarado/Direitos Reservados

De acordo com a Agência Reuters, agora o mais cotado para assumir o comando técnico da seleção é Dorival Júnior, treinador do São Paulo, campeão da Copa do Brasil no ano passado. Desde março de 2023, o preferido de Ednaldo Rodrigues dirigir a seleção brasileira era o técnico italiano Carlo Ancelotti, do Real Madrid, mas ele renovou o contrato com o clube espanhol no último dia 29 de dezembro.

“O Ednaldo já abriu conversas com o presidente do São Paulo, Júlio Casares, para manifestar o interesse em Dorival Júnior. “Ele explicou que tinha pressa e queria o Dorival logo por causa do início da temporada. O Júlio afirmou que ia conversar com o Dorival e que a situação será resolvida até segunda-feira“, revelaram fontes ouvidas pela Reuters.

* Com informações da Reuters

Brasil critica autoridades de Israel por apoiarem emigração em Gaza

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu uma nota na noite dessa sexta-feira (5) em que critica as recentes declarações de autoridades de Israel defendendo a emigração dos palestinos da Faixa de Gaza. O Itamaraty considerou que essa posição viola o direito internacional e prejudica a possibilidade de paz. Isso porque dois ministros de Israel defenderam, nos últimos dias, o deslocamento da população de Gaza para outros países.

“O governo brasileiro tomou conhecimento, com preocupação, de recentes declarações de autoridades do governo de Israel que desejam promover a emigração da população palestina da Faixa de Gaza para outros países, assim como o restabelecimento de assentamentos israelenses naquele território”, informou o Itamaraty.

Ainda segundo o governo brasileiro, “ao proporem medidas que constituem violações do Direito Internacional, declarações dessa gravidade aprofundam tensões e prejudicam as perspectivas de alcançar a paz na região”. O direito internacional proíbe o deslocamento forçado de populações e a aquisição de territórios por meio da guerra.

No dia 31 de dezembro, em entrevista a uma rádio de Israel, o ministro das Finanças do país, Bezalel Smotrich, defendeu a emigração dos palestinos de Gaza. Segundo ele, “se houver 100 mil ou 200 mil árabes em Gaza e não 2 milhões de árabes, toda a discussão no dia seguinte será totalmente diferente”.

O ministro israelense completou que, somente assim, Israel poderia “fazer o deserto florescer, isso não acontece às custas de ninguém”, segundo noticiou a agência Reuters. Essa mesma posição foi defendida pelo ministro da Segurança de Israel, Itamar Bem-Gvir.

Além do Brasil, a União Europeia, países árabes, a Organização das Nações Unidas (ONU) e os Estados Unidos (EUA) criticaram as declarações do ministro israelense. Segundo o Departamento de Estado norte-americano, a fala seria “inflamatória e irresponsável”.

“Temos sido claros, consistentes e inequívocos ao afirmar que Gaza é terra palestiniana e continuará a ser terra palestiniana, com o Hamas já não a controlar o seu futuro e sem grupos terroristas capazes de ameaçar Israel”, afirma o governo dos EUA.

De acordo com o Escritório de Direitos Humanos da ONU (Ocha), continuam os pesados bombardeios em Gaza, tanto no sul, quanto no norte e no centro do enclave palestino. Estima-se que 1,9 milhão de pessoas, ou seja, 85% da população de Gaza, tenham abandonado suas casas devido à guerra.

Além disso, mais de 1,1 milhão de crianças palestinas correm o risco de morrer por doenças evitáveis e falta de água e alimentos em Gaza, segundo denunciou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), nessa sexta-feira (5).

Desde o dia 7 de outubro, quando começaram as atuais hostilidades no Oriente Médio, 22,6 mil palestinos foram assassinados, sendo 70% de mulheres e crianças. Outros 57,9 mil palestinos estão feridos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Do lado israelense, morreram 1,2 mil pessoas no ataque do Hamas do dia 7 de outubro. Outros 173 soldados de Israel teriam morrido nos conflitos contra o Hamas em Gaza, além de 1.020 soldados feridos, segundo o Exército israelense.

Agência Brasil

Supersticioso, Zagallo transformou o número 13 em símbolo de sucesso

Zagallo ganhou camisa 13 autografada e posou para foto com comissão técnica e dirigentes da CBF
Morreu na noite da sexta-feira, 5, o ex-jogador e técnico de futebol Mário Jorge Lobo Zagallo, aos 92 anos. Único tetracampeão do mundo, tendo participado de quatro das cinco Copas do Mundo vencidas pelo Brasil, Zagallo deixa um legado também marcado por sua superstição em relação ao número 13. Ao longo de sua carreira, ele transformou esse número, considerado de azar, em uma marca positiva e de sucesso. A relação com o “13” começou quando o ex-jogador se casou com Alcina de Castro Zagallo, devota de Santo Antônio, cujo dia é comemorado em 13 de junho. A partir desse momento, várias coincidências envolvendo o número surgiram em sua vida. Entre elas, uma de suas mais importantes conquistas: a primeira Copa do Mundo, em 1958, cuja soma dos números resulta em 13.

Em 1966, Zagallo se tornou treinador e, no ano seguinte, foi campeão carioca pelo Botafogo, cuja soma dos números também é 13. Anos depois, em 1994, conquistou a Copa do Mundo como auxiliar de Carlos Alberto Parreira, novamente com a soma dos números igual a 13. Na Copa do Mundo de 94, Zagallo chegou a fazer duas previsões baseadas em seu número preferido. Ele afirmou que o Brasil seria campeão porque o nome dos patrocinadores da seleção, Umbro e Coca-Cola, juntos, somavam 13 letras. Além disso, a palavra “tetracampeões” também possui 13 letras. Outra previsão durante o torneio aconteceu quando Mário Jorge afirmou que o italiano Roberto Baggio não marcaria o gol na cobrança de pênalti. E, como sabemos, Baggio errou o chute e o Brasil se tornou tetracampeão mundial.
Por: Jovem Pan

Gongogi: Jovem é alvejado nas nádegas em tentativa de homicídio

— Foto: Ubatã Notícias

Um jovem identificado como Robert dos Santos, de 21 anos, foi vítima de uma tentativa de homicídio na noite desta sexta-feira, 05, na rua Manoel Teles, centro, no município de Gongogi. Conforme informou a Polícia Militar, o jovem, que tem 21 anos, foi alvejado por disparo que atingiu as nádegas.

Populares socorreram a vítima ao Hospital Municipal Edesia Rocha Neves e na sequência foi transferido para o Hospital de Base, em Itabuna. Não há informações sobre motivação, circunstâncias e autoria do crime. A PM foi acionada, realizou diligências, mas ninguém foi preso. (Ubatã Notícias)

Multas do governo contra estabelecimentos do Farmácia Popular aumentam

Foto: Reprodução/RBS TV
O Ministério da Saúde informou nesta sexta-feira (5) que o número de estabelecimentos farmacêuticos descredenciados por irregularidades do programa Farmácia Popular aumentou 707% em 2023 comparado a 2022.
No mesmo período, o número de multas aplicadas aumentou 771%, ou seja, é oito vezes maior que o registrado no ano anterior.

Os dados divulgados agora pelo próprio Ministério da Saúde remontam irregularidades anteriores no programa Farmácia Popular, apontadas pela Controladoria Geral da União (CGU).

De acordo com o relatório da CGU, entre 2015 e 2020, foram 362 milhões de registros de venda de medicamentos que não tinham documentação fiscal que comprovasse sua saída do estoque. Isso representou 17,4% do total de operações do período.

"Existem evidências de autorizações de dispensação [entrega] de medicamentos em quantidades e/ou valores superiores ao efetivamente realizado num montante de R$ 2.571.746.904,51", apontou a CGU.

Esse total de mais de R$ 2,5 bilhões representa 18,53% da verba repassada pelo governo federal para o programa no período analisado. O valor corresponde às entregas de medicamentos sem correspondência, conforme dados obtidos pela CGU junto à Receita Federal.

O relatório da CGU recomendou, entre outras ações, que o Ministério da Saúde descredencie os estabelecimentos em que foram identificados os problemas e "adote providências no sentido de recuperar os recursos pagos indevidamente aos estabelecimentos credenciados, sem prejuízo da aplicação de multa, correções monetárias e outras sanções cabíveis."

'Não pode vender o que não comprou'

Para fazer a análise, os auditores cruzaram os dados informados ao Ministério da Saúde de entrega dos medicamentos com os dados de compra dos itens pelos estabelecimentos.
Pelas regras do programa, as farmácias devem manter as notas fiscais das compras feitas, mas, na amostra analisada pelos auditores, havia muitos casos em que as notas não foram encontradas.

"Sinteticamente, testou-se a simples tese de que 'o estabelecimento não pode vender o que não comprou'", diz o relatório.

"A análise realizada leva em consideração a movimentação diária de 'entradas e saídas', em detrimento da verificação mensal consolidada, proporcionando maior precisão na análise. Apurou-se que houve registros de vendas de medicamentos (...) não amparados por comprovação de notas fiscais de aquisição", concluem os auditores.

Em 285 dos estabelecimentos cujos dados foram verificados, não havia comprovação de compra de nenhum dos medicamentos registrados como entregues, num valor total de R$ 168,1 milhões.

Os auditores também identificaram registros de vendas de R$ 7,43 milhões em medicamentos para pessoas já mortas, inclusive após a verificação de problemas no cruzamento de dados e controles feitos para evitar o problema em 2017.

A pasta também afirmou que entre 2015 e 2020 não havia exigência da Receita Federal para que as farmácias credenciadas fornecessem informações sobre o código de barras, o que se tornou obrigatório.

Segundo a pasta, a ausência das informações "prejudicou o cruzamento de dados que mostram possíveis irregularidades na dispensação de medicamentos".

O Ministério informou ainda que, atualmente, proibiu a entrega de medicamentos para pessoas com CPF com registro de óbito junto às bases da Receita Federal e do Cartão Nacional de Saúde (CNS).

Quatro pessoas morrem após batida entre caminhão e carro no sudoeste da Bahia

Foto: Divulgação/Sudoeste Digital

Quatro pessoas morreram após uma batida entre um caminhão e um carro na manhã desta sexta-feira (5), na BR-116, em trecho da cidade de Cândido Sales, no sudoeste da Bahia. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o acidente aconteceu no km 895, por volta das 10h45min envolvendo quatro veículos: duas carretas, um Hb20 e um Jeep Renegade.

Foto: PRF / Divulgação

As quatro vítimas mortas estavam no Hb20. Até o momento foram identificadas 2 vítimas: um homem de 58 anos [condutor do veículo] e uma mulher de 81 anos. As outras 2 pessoas ainda não tinham sido identificadas. Todas as vítimas ficaram presas às ferragens e foram socorridas pela ViaBahia. Os corpos foram encaminhados para o IML de Vitória da Conquista. A PRF aponta para uma ultrapassagem indevida como a causa do acidente.

Dívida do governo sobe em novembro e fica em 73,8% do PIB, segundo o Banco Central

A dívida pública brasileira subiu em novembro. Dados divulgados nesta sexta-feira, 5, pelo Banco Central mostram que a Dívida Bruta do Governo Geral ficou em R$ 7,972 trilhões em novembro, o que representa 73,8% do Produto Interno Bruto (PIB) — contra 73,7% em outubro.

O pico da série da dívida bruta foi alcançado em novembro de 2020 (87,6%), em virtude das medidas fiscais adotadas no início da pandemia de Covid-19. No melhor momento, em dezembro de 2013, chegou a 51,5% do PIB.

A Dívida Bruta do Governo Geral — que abrange o governo federal, os governos estaduais e municipais, excluindo o Banco Central e as empresas estatais — é uma das referências para avaliação, por parte das agências globais de classificação de risco, da capacidade de solvência do País. Na prática, quanto maior a dívida, maior o risco de calote por parte do Brasil.

A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) também aumentou no penúltimo mês de 2023 para 59,5% do PIB, ante 59,2% em outubro. A DLSP atingiu R$ 6,424 trilhões. A dívida líquida apresenta valores menores que os da dívida bruta porque considera as reservas internacionais do Brasil.

Setor público

O setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras) registrou déficit primário de R$ 37,270 bilhões em novembro, após resultado positivo de R$ 14,798 bilhões de outubro, informou o Banco Central.

O resultado de novembro foi o pior desempenho das contas consolidadas do País para o mês desde 2016, quando houve um rombo recorde de R$ 39,140 bilhões. Em novembro de 2022, houve déficit primário de R$ 20,089 bilhões. O resultado primário reflete a diferença entre receitas e despesas do setor público, antes do pagamento dos juros da dívida pública.

O resultado primário consolidado de novembro veio pior que a mediana deficitária de R$ 34,0 bilhões, apurada pela pesquisa do Projeções Broadcast. O intervalo das projeções de analistas do mercado financeiro ia de rombo de R$ 48,60 bilhões a déficit de R$ 28,10 bilhões.

No mês, o resultado fiscal foi composto por um déficit de R$ 38,923 bilhões do Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e INSS). Já os governos regionais (Estados e municípios) influenciaram o resultado positivamente com R$ 1,996 bilhão em novembro. Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 3,672 bilhões, os municípios tiveram resultado negativo de R$ 1,676 bilhão. As empresas estatais registraram dado deficitário de R$ 343 milhões.

Déficit até novembro

No ano, até novembro, as contas do setor público consolidado acumularam um déficit primário de R$ 119,551 bilhões, o equivalente a 1,21% do PIB, informou o Banco Central. Até outubro, o déficit acumulado era de R$ 82,28 bilhões. No penúltimo mês de 2023, houve déficit primário de R$ 37,270 bilhões.

O déficit fiscal no ano até novembro ocorreu na esteira do saldo negativo de R$ 136,959 bilhões do Governo Central (1,38 % do PIB). Os governos regionais (Estados e municípios) apresentaram um superávit de R$ 20,619 bilhões (0,21% do PIB) no período. Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 24,897 bilhões, os municípios tiveram um saldo negativo de R$ 4,278 bilhões. As empresas estatais registraram um resultado negativo de R$ 3,211 bilhões no ano até novembro.

Eduardo Rodrigues/Célia Froufe/Estadão

Exército conclui que não houve crime de militares no dia 8 de janeiro

Apurações internas resultaram apenas em duas punições disciplinares

O Exército Brasileiro informou, nesta sexta-feira (5), que as sindicâncias internas realizadas sobre os atos golpistas de 8 de janeiro concluíram que não houve indícios de crime nos casos investigados.

Também afirmou que, após a apuração, duas punições disciplinares foram dadas aos militares envolvidos. As punições ocorreram por transgressões disciplinares na conduta e procedimentos adotados durante a ação no Palácio do Planalto.

O Exército diz ainda que instaurou quatro inquéritos policiais militares e outros quatro processos administrativos para apurar crimes ou desvios de condutas de militares. Concluídos os inquéritos, foram encaminhados à justiça militar, que condenou, até o momento, um coronel da reserva do Exército.

Marinha

Já a Marinha informou que instaurou procedimentos administrativos contra três militares: sendo um oficial reformado, após registro fotográfico em frente ao Congresso; um praça reformado, que tinha sido preso pela Polícia Militar do Distrito Federal, mas que a justiça militar arquivou a denúncia; e uma praça da reserva, presa também pela PM, e que responde em liberdade provisória como ré em ação no Supremo Tribunal Federal.

O Exército destacou seu compromisso com a legalidade e transparência na prestação de informação à sociedade e no combate a desinformação.

Já a Marinha afirmou que pauta sua conduta pela fiel observância da legislação, valores éticos e transparência.

Procurada, a Força Aérea não respondeu sobre o assunto até o fechamento desta reportagem.

Agência Brasil

Morre Zagallo, o maior vencedor das Copas do Mundo, aos 92 anos

Personagem icônico marcou seu nome no futebol mundial com títulos, inovações, frases e superstições

Mario Jorge Lobo Zagallo era um supersticioso: sua relação com o número 13, intensa, celebrizou-o. Julgava-se um homem de sorte, a qual considerava uma aliada e que, tinha certeza, agiu para que ele iniciasse, em 1958, a caminhada que o tornaria o maior campeão das Copas do Mundo de futebol.

O ícone do esporte mundial morreu na madrugada deste sábado (6), aos 92 anos. A informação foi confirmada em uma nota publicada nas redes sociais do ex-jogador

“É com enorme pesar que informamos o falecimento de nosso eterno tetracampeão mundial Mario Jorge Lobo Zagallo. Um pai devotado, avô amoroso, sogro carinhoso, amigo fiel, profissional vitorioso e um grande ser humano. Ídolo gigante. Um patriota que nos deixa um legado de grandes conquistas. Agradecemos a Deus pelo tempo que pudemos conviver com você e pedimos ao Pai que encontremos conforto nas boas lembranças e no grande exemplo que você nos deixa”, diz o texto.

Ainda não há informações sobre a causa da morte.
Zagalo é atirado para o alto pelos jogadores após vencer a Copa do Mundo de 1994, nos EUA – Antônio Gaudério – 17.jul.1994/Folhapress
Zagallo conquistou quatro vezes a principal competição mundial entre seleções, disputada desde 1930: duas como jogador (Suécia-1958 e Chile-1962), uma como treinador (México-1970) e uma como auxiliar técnico (EUA-1994).

Além dele, somente o alemão Franz Beckenbauer (Alemanha-1974 e Itália-1990) e o francês Didier Deschamps (França-1998 e Rússia-2018) ganharam a Copa como jogador e técnico.

O jogador Zagallo vestiu 37 vezes a camisa da seleção brasileira (com 30 vitórias, quatro empates e três derrotas) e marcou quatro gols. Como técnico do Brasil, foram 154 partidas (110 vitórias, 33 empates, 11 derrotas e a famosa frase “Vocês vão ter que me engolir!”). Os dados são da Fifa.

Nos clubes, em 35 anos de carreira, dirigiu, entre outros, Botafogo, Vasco, Fluminense e Portuguesa. Encerrou a trajetória de treinador em 2001, no Flamengo.

Zagallo nasceu em Maceió (AL), só que logo a família mudou-se para o Rio, onde foi criado. Seu primeiro clube foi o América, do qual era sócio. Defendeu a cor vermelha da agremiação nas equipes de base de futebol e de tênis de mesa, modalidade em que tinha habilidade acima da média.

Passou a atuar pelo Flamengo no início dos anos 1950, e lá seu futebol aflorou, sob o comando do técnico paraguaio Fleitas Solich. Pelo time rubro-negro, sagrou-se tricampeão estadual (1953-1955). À época, dividia-se entre o esporte e os estudos. Formou-se técnico em contabilidade.

Em 1958, foi pré-convocado para a Copa da Suécia –não havia defendido a seleção antes desse ano. Tinha a dura concorrência de Pepe, dono de potente chute, e de Canhoteiro, exímio driblador.

Para Zagallo, seu inovador estilo tático, que o distinguia dos pontas-esquerdas tradicionais, foi um trunfo que contribuiu para que ficasse com uma vaga.

Diferentemente dos colegas de posição, ele recuava para auxiliar na marcação quando o time não tinha a posse da bola. Considerava-se um jogador-maratonista, pois corria e se movimentava do apito inicial ao final.

Forma peculiar de jogar que, contudo, não lhe tirava o papel de azarão. Sendo assim, contou com o circunstancial para figurar entre os 22 da seleção.

Relata que problemas bucais, “de gengiva, de dente”, impediram tanto Pepe quanto Canhoteiro de enfrentar o Paraguai, no Maracanã, em maio, a um mês da Copa. “Ganhei essa grande oportunidade. Fui escalado, fiz dois gols, ganhamos de 5 a 1. Foi a minha sorte.”

Convenceu Vicente Feola, e o treinador cortou Canhoteiro, que vivia fase irregular e, além disso, era considerado baladeiro.

Zagallo falou em sorte para ir à sua primeira Copa. Pois, para estar entre os 11 da seleção, foi novamente agraciado por ela.

Pepe, em grande forma, foi vítima de uma jogada violenta em amistoso na Itália, pouco antes do embarque para a Suécia, que o deixaria fora de ação para a primeira fase do Mundial.

Nos gramados suecos, vestindo a camisa 7, Zagallo jogou do primeiro ao último minuto dos seis jogos da inédita conquista. Fez um gol nesse Mundial, o quarto do Brasil na final contra os anfitriões (5 a 2).

Campeão do mundo ao lado de Pelé, Garrincha, Didi, Gilmar e companhia, Zagallo, cujo vínculo contratual com o Flamengo se encerrara, teve em mãos uma oferta milionária do Palmeiras. Recusou porque sua mulher, Alcina, funcionária pública, não podia ser transferida para São Paulo. Transferiu-se então para o Botafogo, cuja proposta salarial era superior à da equipe da Gávea.

Valorizado, prosseguiu prestigiado na seleção e foi novamente titular no Mundial seguinte. Pepe, mais uma vez, assistiu do banco de reservas a uma Copa.

No Chile, Zagallo fez o primeiro gol da seleção de Aymoré Moreira na partida de estreia do Brasil, 2 a 0 no México. Como na Suécia, atuou todo o tempo em todas as seis partidas, dessa vez com a camisa 21, faturando o bi na final contra a Tchecoslováquia (3 a 1).

Zagallo jogou até 1965, quando pendurou as chuteiras. Decidiu continuar próximo das quatro linhas e assumiu o cargo de técnico do Botafogo, obtendo sucesso quase imediato, com as conquistas dos Estaduais de 1967 e 1968 e da Taça Brasil de 1968.

A maior conquista

Em março de 1970, foi chamado para substituir o polêmico e pouco subserviente João Saldanha no comando da seleção brasileira que disputaria, menos de três meses depois, a Copa do México.

Tinha nas mãos uma equipe recheada de craques (Pelé, Carlos Alberto, Tostão, Rivellino, Jairzinho, Gerson, Clodoaldo, Piazza, Paulo Cézar Caju) e mostrou capacidade para fazê-la funcionar. À sua maneira.

Tanto que Edu, ponta-esquerda “endiabrado”, superofensivo e driblador, não teve mais chance. Rivellino, meia, atuou como falso ponta, reforçando o poder de marcação da seleção quando o adversário tinha a bola. Outra mudança foi recuar Piazza para a zaga, a fim de que ele e outro excepcional volante, Clodoaldo, pudessem ser titulares.

“O Zagallo conseguiu colocar em prática o time jogar em bloco. Quando saía para o ataque, a defesa saía junto com o meio-campo, e o meio-campo, junto com o ataque. Quando os adversários tinham a posse de bola, a mesma coisa: ataque-meio de campo, meio de campo-defesa”, comentou Carlos Alberto (1944-2016), o Capitão do Tri, elogiando a formação tática daquela seleção.

Zagallo dirigiu um dos melhores times da história. Foram seis jogos e seis vitórias, com um futebol de primeiríssima classe e a conquista definitiva da Taça Jules Rimet após o 4 a 1 na decisão contra a Itália.

“Fizemos uma Copa sensacional, e o mundo inteiro gostou daquilo que o Brasil realizou no México”, declarava ele, orgulhoso. Sempre considerou esse título a maior conquista de sua carreira.

Quatro anos mais tarde, em 1974, sofreu seu primeiro revés de proporções mundiais como treinador. Já sem Pelé e Tostão no ataque e sem Gerson na criação, o Brasil falhou ao tentar o tetra na Copa da Alemanha. Não empolgou no decorrer do torneio e foi dominado pelo emergente Carrossel Holandês no jogo que valia vaga na final: 2 a 0.

Zagallo admitiu a superioridade da Holanda, a quem tinha subestimado antes do confronto. “Perdemos para a melhor estrutura tática que vi na minha vida.” A seleção terminou em quarto lugar.

Curiosamente, o tetra do Brasil só veio quando ele retornou à seleção, como auxiliar técnico de Carlos Alberto Parreira, na Copa dos EUA, em 1994. Antes, de 1978 a 1990, com Cláudio Coutinho, Telê Santana (duas vezes) e Sebastião Lazaroni, a seleção viu de longe a Taça Fifa.

Zagallo e Parreira construíram uma relação próxima ao longo das décadas de 1970 e 1980. Na Copa do México-70, Parreira foi preparador físico e espião da seleção de Zagallo.

O mundo árabe também fortaleceu os laços entre os dois, pois ambos conviveram no Oriente Médio e treinaram seleções da região. “Éramos verdadeiros irmãos”, dizia Zagallo.

Teórico do futebol, Parreira montou uma seleção pragmática e pouco criativa para os EUA-94, dependente dos gols de Romário, e Zagallo funcionou como um incansável motivador na campanha.

“Faltam quatro! Faltam três! Faltam dois!”, afirmava ele, ao término de cada jogo do Brasil, em uma espécie de contagem regressiva para o título.

Parreira saiu depois da conquista (nos pênaltis, após um 0 a 0 com a Itália), e Zagallo herdou a posição. Nesse novo ciclo com a seleção, foi muito contestado por seus críticos, que o consideravam ultrapassado e cada vez mais adepto de um futebol defensivo.

Os clamores por sua saída tornaram-se mais constantes depois da Olimpíada de Atlanta (EUA), em 1996. A semifinal foi trágica: com 3 a 1 a favor, a seleção permitiu o empate da Nigéria, que venceu na prorrogação, na “morte súbita”.

Esse dia foi considerado por Zagallo o mais doloroso de sua história na seleção. “Ficou engasgado. O jogo estava ganho.” A equipe que buscava o inédito ouro olímpico voltou para casa com o bronze.

Folha de S. Paulo

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