Conta de luz deve subir em média 5,6%, estima Aneel; projeção está acima do IPCA

A conta de luz deve subir, em média, 5,6% em 2024, segundo estimativas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A projeção está acima do IPCA (principal índice brasileiro de inflação) projetado pelo mercado para o período, de 3,86%, de acordo com o relatório Focus, divulgado pelo Banco Central.

Segundo o diretor-geral da agência reguladora, três fatores influenciam para a projeção de aumento na conta de luz. A primeira delas é a expansão da rede de transmissão, já que os consumidores remuneram as transmissoras de energia via tarifas.

“Essa expansão é necessária para integrar as fontes renováveis, é necessária também para trazer confiabilidade para o atendimento, mais segurança para o atendimento do SIN [Sistema Interligado Nacional] e ligar áreas que ainda estão isoladas”, explicou Feitosa.

O segundo fator que implica a alta neste ano é o aumento de subsídios embutidos na conta de luz via Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que é rateada entre todos os consumidores. Segundo proposta da Aneel submetida a consulta pública, o orçamento da CDE deste ano deve alcançar R$ 37 bilhões, o que representa um aumento de 6,2% em relação a 2023.

Também pesará para o aumento das contas neste ano o fim da devolução de créditos tributários oriundos da exclusão do ICMS da base de cálculo de PIS/Cofins. Conforme previsto em lei, os recursos cobrados indevidamente estão sendo devolvidos aos consumidores no momento dos reajustes e revisões tarifárias.

“Não teremos os recursos do PIS/Cofins, que foi utilizado muito no ano passado e em 2022 também. Então, esse recurso, em torno de R$ 50 a R$ 60 bilhões, já foi utilizado e temos pouco a ser utilizado ao longo deste ano”.

Bandeira tarifária

No ano passado, as contas de luz subiram, em média, 5,9% – abaixo da previsão inicial feita pela agência reguladora, que era de alta de 6,8% em média.

Feitosa disse ainda que ao longo de 2023 não houve o acionamento das bandeiras tarifárias – taxa adicional que é cobrada dos consumidores quando há um cenário desfavorável para geração de energia elétrica no Brasil. “Para 2024 ainda não temos como prever, pois precisamos aguardar o fim do período úmido, que vai até abril”.

Marlla Sabino/Estadão

Lula está plantando novo desastre com política industrial, diz Elena Landau

A economista Elena Landau
A economista Elena Landau avalia que o novo programa de estímulo à indústria anunciado pelo governo é ruim, tem ideias atrasadas e que, assim como plantou em 2010 o “desastre” dos governos Dilma, o presidente Lula (PT) está “plantando de novo o desastre” de seu sucessor no Planalto.

O Nova Indústria Brasil, que tem previsão de cerca de R$ 300 bilhões em aportes até 2026, traz uma visão desenvolvimentista e revisita propostas petistas, como a ênfase no conteúdo nacional e no crédito direcionado.

“É assim: você bota o novo na frente para fazer o velho. De novo, você vai escolher os setores a dedo, de novo você vai dar crédito direcionado, de novo vai interferir no mercado. Só é com nome novo”, critica.

Landau, coordenadora do programa econômico da então candidata à Presidência e hoje ministra Simone Tebet (Planejamento), chama de atraso a política do conteúdo nacional.

“Criou um atraso na Petrobras enorme. A política tecnológica de fazer coisa no Brasil não vai funcionar”, complementa. “A filosofia é a de sempre, né? Economia protegida, subsídio, elegendo determinados setores. Então, assim, como desenho é ruim”.

A economista afirma que é preciso se atentar à qualidade dos projetos. “Senão vai dar R$ 300 bilhões de projeto ruim. Então é muito ruim. Não tem nada o que celebrar aí”.

Ela ressalta que o problema no Brasil não é financiamento aos projetos, e sim segurança jurídica. “É muito triste ver isso sem nenhuma avaliação de política pública, porque não é só uma ideologia desenvolvimentista contra não sei o quê, é você fazer política pública sem avaliação”.

Landau critica ainda o discurso do presidente de que dinheiro não é problema. “A filosofia, de novo, é que você vai gastar. O Lula plantou em 2010 o desastre dos governos Dilma. Ele está plantando de novo o desastre de quem vier em 2026 e 2027. É exatamente igual. Os malefícios dessa política não vão sair em um ano e meio. O desastre dessa política vai ficar para o sucessor dele”.

A economista diz também ter achado boa a ausência dos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Tebet do anúncio —ambos cumpriam agenda em outros estados. “Achei muito bom que o Haddad e a Simone não estavam presentes no anúncio. Uma sinalização muito boa”.

Danielle Brant/Folhapress

Lessa disse que família morreria se ele falasse quem matou Marielle, afirma advogado

O ex-policial militar Ronnie Lessa, apontado como assassino da vereadora Marielle Franco
O advogado Bruno Castro, que representa o ex-policial militar Ronnie Lessa, afirmou que seu cliente tinha preocupações com a família caso viesse a falar sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Preso por ter matado a parlamentar, o ex-PM firmou um acordo de delação para apontar o mandante do crime. A colaboração ainda não foi homologada pelo STJ (Superior Tribunal Federal), onde o caso corre em sigilo.

À reportagem Castro disse que Lessa nunca demonstrou interesse em firmar uma colaboração premiada. No entanto, ele disse que sabia quem era responsável pela morte de Marielle, mas que, se falasse, sua família ficaria em perigo.

“A única coisa que ele me disse, há uns dois ou três anos, é que ele sabia quem tinha matado a Marielle. Mas afirmou que, se falasse, a família dele morreria”, disse o advogado. “Acho que ele nunca comentou [sobre o interesse de fazer a delação] por saber que meu escritório não faz esse tipo de acordo.”

O advogado de Lessa afirmou que prefere ainda não confirmar que houve a delação de seu cliente, pois ele próprio não foi informado oficialmente. No entanto, já antecipou que deve deixar o caso por não concordar com esse tipo de instrumento jurídico.

“Por ideologia jurídica não atuamos para delatores”, disse.

Castro também disse que a família de Lessa também não foi informada sobre acordo de delação.

Lessa está preso desde março de 2019 e passou a negociar uma colaboração premiada no fim do ano passado. O caso está no STJ (Superior Tribunal de Justiça), e a delação ainda não foi homologada. Para isso, é preciso que os investigadores comprovem o que foi dito pelo ex-PM no acordo.

Até firmar a delação, negociada no final de 2023, Lessa nunca tinha admitido sua participação no crime.

Marielle e Anderson foram mortos em 14 de março de 2018 ao terem o carro atingido por tiros enquanto passavam pelo Estácio, bairro do centro do Rio de Janeiro. Junto com Lessa, também foi preso o ex-PM Élcio de Queiroz, apontado como o motorista do veículo utilizado no crime.

Lessa está no presídio federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. Castro afirmou que ainda não teve contato com o ex-PM desde que veio à tona que ele está colaborando com as investigações. Por ele estar em uma penitenciária de segurança máxima, as comunicações com o preso devem ser solicitadas à direção do presídio e há um prazo para que elas sejam deferidas. O advogado afirmou que ainda não fez o pedido.

“Acredito que ele tenha mais a explicar à família do que ao advogado”, afirmou Castro.

A preocupação com a família também foi uma questão para Élcio de Queiroz quando firmou sua colaboração, no ano passado. Uma das contrapartidas pedidas por ele foi que seus parentes passassem a ter uma segurança reforçada.

Queiroz também foi transferido de presídio após a colaboração. Ele estava no presídio federal em Brasília e foi para o Complexo Penitenciário da Papuda, também no Distrito Federal.

Camila Zarur/Folhapress
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TRE pode cassar Sergio Moro; veja quem são os cotados para eventual disputa ao Senado

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) deve retomar nos próximos dias o julgamento do senador Sergio Moro (União-PR), que responde a duas ações por abuso de poder econômico e caixa dois. Com a possibilidade da cassação do mandato do ex-juiz, os partidos políticos já preparam candidaturas para uma eventual eleição suplementar para o Senado.

O TRE-PR retomou as atividades nesta segunda-feira, 22, mas o caso ainda não está na pauta da Corte. Em dezembro, pouco antes do recesso do Judiciário, o Ministério Público Eleitoral (MPE) emitiu um parecer favorável à perda do mandato de Moro. As ações são encabeçadas pelo PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, e pela Federação Brasil da Esperança, formada por PCdoB, PV e PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Moro é acusado de ter causado um desequilíbrio eleitoral nas eleições para senador no Paraná em 2022. No pleito, o ex-juiz da Lava Jato foi eleito com 1,9 milhões de votos (33,5% dos votos válidos), derrotando Paulo Martins (PL), candidato apoiado por Bolsonaro, e o ex-governador Alvaro Dias, que foi um de seus principais aliados no Podemos, antes de Moro migrar para o União Brasil.

A condenação de Moro provocaria uma nova eleição suplementar já que os dois suplentes também seriam punidos com a cassação. Com essa possibilidade, PT e PL se movimentam para escolher os candidatos para um eventual pleito suplementar. O União Brasil, partido do ex-juiz, e o PP também devem lançar postulantes ao cargo, caso seja confirmada a decisão desfavorável a Moro.

Disputa no PL é entre Michelle e derrotado em 2022

Cotada pelo PL, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro nunca se candidatou a cargos eletivos, mas se destacou como cabo eleitoral de Bolsonaro nas eleições de 2022 e tem proximidade com o eleitorado evangélico. Em fevereiro do ano passado, ela assumiu a liderança do PL Mulher, o braço feminino da sigla.

Em dezembro, enquanto estava em um comício do PL Mulher em Curitiba, Michelle foi recebida com um coro de “senadora” por apoiadoras. Na ocasião, a ex-primeira-dama ainda alfinetou Moro, ao afirmar que os paranaenses devem eleger alguém “realmente elegante”.

Para ser candidata no Paraná, a ex-primeira-dama precisa comprovar ter domicílio eleitoral no Estado seis meses antes da eleição. Hoje, o domicílio eleitoral dela é no Distrito Federal. Em uma entrevista para a GloboNews em dezembro, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que Michelle não tem interesse em disputar uma cadeira no Paraná. “Haveria tempo para transferir, mas ela não quer”, disse o dirigente partidário.

O PL não possui apenas Michelle como cotada a disputar o espólio de Moro. Derrotado pelo ex-juiz da Lava Jato, o jornalista Paulo Martins também já manifestou interesse em concorrer novamente para uma cadeira no Senado. Martins foi deputado federal entre 2019 e 2022 e perdeu o pleito para o ex-juiz por 250 mil votos.

À reportagem, o deputado federal Fernando Giacobo (PL-PR), que é o presidente do diretório paranaense, afirmou que o candidato que eventualmente vai representar o PL será escolhido por Valdemar e Bolsonaro. Segundo Giacobo, a atmosfera atual aponta que Martins será o escolhido. “Quem eles indicarem terá o nosso apoio”, respondeu o parlamentar.

Procurado pela reportagem, Paulo Martins confirmou que vai se candidatar caso haja a cassação do mandato de Moro. O ex-deputado também afirmou que é próximo do dirigente nacional do partido e do ex-presidente. “Tenho uma relação muito boa com os dois. A candidatura é natural, mas antes é preciso aguardar as decisões para que a eleição seja uma realidade”, afirmou.

A reportagem procurou Michelle Bolsonaro, mas não obteve retorno.

Gleisi, Zeca Dirceu e Requião são os nomes cotados no PT

O deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR) e a deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), disputam a indicação da legenda de Lula para a iminente disputa.

Filho do ex-ministro da Casa Civil condenado pelo escândalo do mensalão e pela Lava Jato, José Dirceu, Zeca tem 45 anos e está no quarto mandato como deputado. Nas últimas eleições, foi o 11º deputado mais votado no Paraná, com 123.033 votos.

Já Gleisi foi ministra da Casa Civil do governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) entre os anos de 2011 e 2014 e já ocupou uma cadeira do Senado pelo Paraná entre 2011 e 2019. Ela está no segundo mandato como deputada federal e, nas últimas eleições, foi a segunda parlamentar mais bem votada no Estado, com 261.247 votos.

Interlocutores do diretório paranaense do PT ouvidos pela reportagem firmaram que a candidatura de Gleisi é apoiada pela primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, que é paranaense, e também pelos parlamentares do Estado, que a veem como uma franca favorita para a indicação.

Dirceu, por sua vez, recebe o apoio de dois dos oito prefeitos petistas do Paraná. Ele está mais propenso a se candidatar para disputar a Prefeitura de Curitiba em outubro, e a pré-candidatura ao Senado é interpretada como uma forma de ele se “cacifar” para as eleições municipais.

Segundo o deputado estadual Arilson Chiorato, que é o presidente do PT paranaense, outro político petista que já manifestou interesse em disputar uma eleição suplementar é o ex-governador Roberto Requião. Pelo MDB, sigla por onde ficou por quase 40 anos, Requião foi senador por 16 anos e comandou o Executivo do Estado entre 1991 e 1994 e no período de 2003 a 2010.

Requião, porém, não possui apoio no PT e ele estuda migrar para o PRD, o novo partido que surgiu após a fusão do PTB e do Patriota.

Em 2022, ele tentou se candidatar ao governo do Estado, mas perdeu para Ratinho Júnior (PSD) ainda no primeiro turno. Ele terminou o pleito em segundo lugar, após receber 1.598.204 votos (26,23% dos votos válidos).

A reportagem procurou Zeca Dirceu, Gleisi Hoffmann e Roberto Requião, mas não obteve retorno.

Ex-líder do governo Bolsonaro se ‘lançou’ candidato no meio do ano passado

Pelo PP, o candidato deve ser o deputado federal Ricardo Barros, que foi líder do governo Bolsonaro na Câmara e ministro da Saúde do governo de Michel Temer (MDB). Barros está afastado do Legislativo desde fevereiro do ano passado, após ser empossado secretário de Indústria, Comércio e Serviços do governador Ratinho Júnior.

Nas vésperas do depoimento de Moro no TRE, Barros começou a intensificar agendas em Brasília para articular a sua candidatura. A filha do ex-ministro, Maria Victoria Barros, é a presidente do diretório estadual do PP no Estado.

Em junho de 2023, quando o tribunal paranaense ainda reunia as denúncias contra Moro, Barros se “lançou” como pré-candidato durante uma sessão da Assembleia Legislativa do Paraná. “Coloco meu nome à disposição e, havendo a eleição suplementar, nós vamos disputar a vaga no Senado Federal para representar o Paraná lá no Senado e poder trazer resultados para o Estado”, afirmou.

À reportagem Barros afirmou que o PP já consolidou a candidatura dele caso Moro perca o mandato. Segundo o ex-ministro, ele está buscando o apoio de entidades municipalistas e empresariais e vai conversar com lideranças de outros partidos após o término do julgamento.

“Eu estou trabalhando no apoio da minha candidatura e tenho recebido muita adesão. Não tenho recebido nenhuma resistência por interesse em outras candidaturas. Estou indo bem e estou tranquilo”.

Esposa do ex-juiz, Rosângela Moro pode ser candidata

Há também a possibilidade do sobrenome do ex-juiz da Lava Jato competir novamente ao Senado. Segundo o jornal O Globo, a opção avaliada pelo entorno do ex-juiz é lançar a candidatura da deputada federal Rosângela Moro (União-SP), esposa do senador.

Rosângela estreou recentemente na política e foi eleita para a Câmara por São Paulo, mesmo residindo no Paraná com o marido. Assim como Michelle Bolsonaro, caso queira se candidatar em uma possível eleição suplementar, ela precisaria mudar o seu domicílio eleitoral para o Estado.

A reportagem procurou o deputado federal Felipe Francischini, presidente do União Brasil paranaense, mas não obteve retorno. Rosângela Moro, por sua vez, não quis responder.

Gabriel de Sousa/Estadão

Ex-secretária de Porto Alegre é presa por suspeita de corrupção na compra de material escolar

Foto: Divulgação/Polícia Civil
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou na manhã desta terça (23) uma operação para investigar irregularidades em licitações da Secretaria de Educação de Porto Alegre. Entre as quatro pessoas presas está a ex-secretária de Educação do município Sônia da Rosa. Também foram cumpridos mandados em Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e Maranhão.

Além da ex-secretária, foram presos o empresário Jailson Ferreira da Silva, a ex-assessora técnica do gabinete Mabel Luiza Vieira, e a ex-coordenadora pedagógica Michele Bartzen. A reportagem ainda tenta contato com as defesas dos detidos.

Por determinação da Justiça, oito servidores tiveram o exercício da função pública suspensa por 180 dias, entre eles o atual secretário municipal extraordinário de Modernização e Gestão de Projetos, Alexandre Borck, que é presidente do MDB de Porto Alegre, partido do prefeito Sebastião Melo.

A determinação impede, ainda, que 11 empresas e dois empresários façam negócios com o poder público pelo mesmo prazo.

Rosa foi exonerada do cargo em junho de 2023, após uma série de reportagens de veículos do Grupo RBS revelar um suposto esquema de corrupção em licitações e mostrar que materiais escolares novos comprados pela prefeitura não haviam sido distribuídos.

Milhares de livros, cerca de mil notebooks e kits pedagógicos foram encontrados acumulados em galpões e depósitos de diferentes escolas da rede municipal. As irregularidades resultaram em duas CPIs na Câmara Municipal de Porto Alegre.

Conforme a investigação da Polícia Civil até aqui, empresas teriam sido beneficiadas para vencer licitações mediante conluio com concorrentes, por meio de propostas previamente combinadas.

Quatro licitações foram vencidas por uma empresa sediada em Curitiba, a Inca Tecnologia de Produtos e Serviços, cujo representante autorizado, Jailson Ferreira da Silva, teve reuniões prévias com funcionários da Prefeitura de Porto Alegre.

Desde 2022, empresas ligadas a Silva receberam R$ 43,2 milhões da prefeitura, segundo a polícia. Estão sob investigação ao menos R$ 34 milhões referentes a compras de 544 mil livros.

Rosa assumiu a Educação em Porto Alegre em março de 2022. Sua antecessora, Janaina Audino, havia sido exonerada por ter gasto apenas 21% dos recursos reservados à pasta no primeiro ano da gestão Sebastião Melo. A primeira reunião entre Rosa e Silva ocorreu seis dias após ela entrar no governo.

Após a operação, a Prefeitura de Porto Alegre divulgou nota dizendo que “a apuração de ocorrências na Secretaria Municipal de Educação iniciou no âmbito Executivo, por determinação do prefeito [Melo], em junho do ano passado” e que “todas as informações levantadas na auditoria interna foram divididas com os órgãos de controle para aprofundamento das investigações”.

Sebastião Melo se manifestou nas redes sociais. Em seu perfil no X, repetiu que as “ocorrências na Smed” começaram a ser apuradas pela prefeitura por sua determinação e que ” nenhuma eventual ilegalidade teve ou terá guarida” em sua gestão.

Questionado na saída de um evento sobre o afastamento de Alexandre Borck, Melo disse que o secretário “já deve ter constituído advogado e fará sua defesa nas investigações”.

Caue Fonseca/Folhapress

Piso desaba durante entrevista do governador de São Paulo em feira agropecuária

Foto: Reprodução

O piso de uma estrutura montada para a feira de agropecuária em Cândido Mota, no interior de São Paulo, cedeu quando o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) participava de uma entrevista à imprensa na manhã desta terça (23). Ninguém ficou ferido.

Segundo a assessoria do governador, o piso, que era de palete, cedeu apenas onde a imprensa se reunia. Depois, todos se deslocaram para a área externa.

Em vídeo divulgado pelo portal UOL, é possível ver o momento em que o governador respondia aos jornalistas e o piso cede. Um grupo de pessoas ao redor de Tarcísio se assusta ao cair junto com ele.

Folhapress

Dário Meira: Adolescente é apreendido por "Ato Infracional" Similar ao tráfico de drogas

Por volta das 11h00min esta guarnição estava realizando rondas e abordagens na localidade próxima à quadra. Ao ser realizada abordagem em T. S.C verificou que estava com o mesmo uma porção de substância análoga à maconha. Diante dos fatos, o conduzimos à delegacia local juntamente com o material apreendido para tomada das medidas cabíveis. Tendo em vista que o abordado estava sem os documentos pessoais, compareceu na delegacia a senhora Laiane Nascimento Santos, genitora de T. S.C e apresentou o documento do mesmo.

Autor: TSC data de nascimento, 02/05/2008, End: - Centro - Dário Meira; Naturalidade: Itabuna, Endereço: Rua Zenóbio Freitas s/n
Material apreendido: 01 porção de substância analóga a maconha, aproximadamente 5 gramas, 01 celular nokia ( lilás) TA-1274, 100 reais em espécie

Fonte: Ascom/55ª CIPM/PMBA, uma Força a serviço do cidadão!

Davi Alcolumbre enviou R$ 9 milhões do orçamento secreto para obra tocada pela empresa do suplente

O senador Davi Alcolumbre (União-AP) enviou R$ 9 milhões do orçamento secreto para uma obra no município de Santana (AP) que é executada pela empreiteira de propriedade do seu suplente, Breno Barbosa Chaves Pinto. A Construtora e Reflorestadora Rio Pedreira foi investigada pela Polícia Federal (PF) em dezembro de 2022 por suspeitas de superfaturamento em outra obra viária no Amapá. À época, a investigação apontou superfaturamento de R$ 6,1 milhões, e o suplente de Alcolumbre foi alvo de busca e apreensão.

A reportagem tentou contato com a prefeitura de Santana, com o prefeito Sebastião Bala Rocha (PP), com a empresa e com Davi Alcolumbre, por meio da assessoria, mas não houve resposta. No memorial descritivo, a prefeitura justificou a obra argumentando que ela proporcionaria a “redução de gastos com manutenção de vias públicas; valorização das propriedades existentes na área beneficiada; redução de danos às propriedades e etc”, de modo a “melhorar a qualidade de vida dos munícipes”. Não há, a princípio, nenhuma irregularidade no envio da emenda ou na condução da obra.

O dinheiro para a obra em Santana foi empenhado (isto é, reservado para pagamento) ainda em dezembro de 2020, por meio do orçamento secreto. O nome de Alcolumbre não aparece nos documentos e ele não apresentou a relação de emendas que patrocinou quando o Supremo Tribunal Federal (STF) obrigou a divulgação dos parlamentares.

Coube ao prefeito de Santana, Sebastião Bala Rocha, divulgar nas redes sociais que o dinheiro foi enviado a pedido do ex-presidente do Senado. O orçamento secreto foi declarado inconstitucional pelo STF no fim de 2022, mas o saldo seguiu sendo pago pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Embora o empenho seja de 2020, os pagamentos só começaram no fim do ano passado.

O prefeito Bala Rocha agradeceu a Alcolumbre por enviar os recursos em duas publicações no Instagram, nas quais mostra as obras de pavimentação tocadas pela Rio Pedreira. Uma delas é a revitalização da Avenida Santana, uma das principais da cidade, e a outra é o asfaltamento da avenida Princesa Isabel.

O envio de recursos federais para o Amapá está diretamente relacionado à atuação política de Alcolumbre. No fim do ano passado, o governo acelerou a liberação de dinheiro para o Estado depois que Alcolumbre marcou as sabatinas de Flávio Dino para o STF e de Paulo Gonet para a Procuradoria-Geral da República (PGR). Ambos foram ouvidos pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), presidida pelo amapaense.

Num dos vídeos, Bala Rocha aparece de boné e camisa social rosada, no meio de um canteiro de obras. “Estamos aqui no canal da (avenida) Princesa Isabel, nos dois lados, já recebendo o tratamento para chegar depois, logo logo, a pavimentação asfáltica. A prefeitura continua, portanto, executando asfaltos em Santana. Emenda do senador Davi (Alcolumbre) mais uma vez. Muito trabalho aí, Anderson (Almeida Feio, secretário de Obras Públicas e Serviços Urbanos)”, diz ele, no vídeo publicado no dia 04 de novembro de 2022.

A obra de asfaltamento é tocada por meio de um contrato entre o Ministério das Cidades e a Prefeitura de Santana. Firmado em dezembro de 2020, na gestão do então prefeito Offirney Sadala (União Brasil), o contrato originalmente era entre a prefeitura e o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). À época, o MDR era comandado pelo hoje senador Rogério Marinho (PL-RN). O contrato tem duração prevista até novembro de 2025 e valor total de R$ 9,1 milhões, sendo R$ 9,07 milhões a serem repassados pela União e R$ 45 mil como contrapartida da Prefeitura.

No dia 1º de novembro de 2023, o empenho de 2020 deu origem a um pagamento de R$ 810.941,50 da União para a Prefeitura de Santana, e, nos dias seguintes, a prefeitura pagou R$ 814.542,25 para a empreiteira do suplente do senador. De acordo com o memorial descritivo do contrato, datado de dezembro de 2020, seriam feitas obras de drenagem e pavimentação com CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a Quente) em ruas do bairro Vila Amazonas e na avenida Vila Isabel, por onde passa um canal.

No dia 4 de setembro de 2023, Bala Rocha mostrou no Instagram as obras de outro trecho que estava sendo asfaltado pela Construtora Rio Pedreira – novamente, como parte do mesmo contrato de repasse. “Olá, famílias! Olha só como está ficando o asfalto da Avenida Santana. A revitalização está sendo feita no trecho da Rua Tancredo Neves, até a Rua Euclides Rodrigues, e o recurso vem de emenda do senador @davialcolumbre”, escreveu ele no Instagram. O trecho não consta no memorial descritivo de 2020, mas passa a ser mencionado em documentos posteriores, como numa planilha orçamentária de março passado.

A relação política de Bala Rocha e Alcolumbre transcende o eventual envio de emendas para obras. A mulher do prefeito, Enaim de Paula de Araújo, ocupa um cargo comissionado no escritório de apoio do gabinete de Alcolumbre no Senado Federal desde 2015. Em dezembro, ocupando o cargo de “auxiliar parlamentar intermediário”, ela recebeu um salário bruto de R$ 7.152,04. Ela também é sócia de uma empresa de serviços de saúde em Santana.

A primeira-dama do município publicou, em fevereiro do ano passado, uma foto ao lado do marido e do parlamentar. “Posse do nosso querido senador Davi Alcolumbre”, escreveu Enaim Araújo. Como mostrou o Estadão, Alcolumbre mantém outro aliado em Santana. O secretário de obras do município, Anderson Almeida, mencionado na postagem de Bala Rocha no Instagram, é tesoureiro-adjunto do diretório do partido do União Brasil no Amapá e se refere ao senador como o “irmão que a vida me deu”.

Davi Alcolumbre também favoreceu a prefeitura de Santana com o envio de uma “emenda Pix” no valor de R$ 8.854.320,00 no ano passado. Trata-se de uma emenda individual do senador e que pode ser usada pela prefeitura para qualquer finalidade, sem estar atrelada a nenhum projeto ou convênio específico. Em 2023, o senador enviou “emendas Pix” para 11 municípios amapaenses. Todos, com exceção de Santana, receberam o mesmo montante: R$ 2,06 milhões. Segundo o site da prefeitura, a “emenda pix” de Alcolumbre será usada para operações de “custeio”, ou seja, para a manutenção de serviços já existentes, e não para novas obras ou outro investimento.

Há também uma coincidência de datas: a “emenda pix” caiu no cofre da prefeitura em 30 de agosto de 2023. No dia seguinte, 31, a prefeitura empenhou R$ 8,07 milhões para a empreiteira Rio Pedreira. Apesar disso, não há relação direta entre as duas coisas, já que as obras são custeadas pela emenda de relator-geral de 2020. Com quase 120 mil habitantes, Santana é o segundo maior município do Estado do Amapá, e faz parte da região metropolitana da capital, Macapá.

No fim de 2022, Breno Barbosa Chaves Pinto foi alvo de busca e apreensão por conta de um outro contrato da Rio Pedreira. A investigação começou a partir de um alerta feito pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que apontou o possível uso de informações falsas por parte da empresa com o objetivo de “esquentar” madeira de origem ilegal – ou seja, dar uma aparência de legalidade ao material.

Ao aprofundar as investigações, a Controladoria-Geral da União (CGU), o Ministério Público Federal (MPF) e a PF encontraram indícios de superfaturamento na contratação da empresa para obras emergenciais de manutenção na rodovia BR 156. O valor superfaturado, segundo a CGU, chegou a R$ R$ 6.179.116,97. Ao todo, foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão em vários municípios do Amapá, inclusive Santana, onde fica a sede da Rio Pedreira.

Empresa de suplente ganhou contratos de R$ 354 milhões

Apesar da operação da Polícia Federal em 2022, Breno Chaves está prosperando nos negócios no governo Lula. Outra empresa do suplente, a L B Construção, foi beneficiada com R$ 106,65 milhões do orçamento federal em 2023, todos os empenhos realizados em dezembro. Os recursos foram liberados pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

As verbas foram indicadas pela bancada do Amapá no Congresso, presidida por Alcolumbre. A empresa deve receber ainda mais dinheiro neste ano. A empreiteira venceu uma licitação do Dnit no valor R$ 268,7 milhões para pavimentação de um trecho de 56 quilômetros da BR-156. A construtora do suplemente do Alcolumbre também foi a vencedora de três licitações da Codevasf que somam R$ 86,4 milhões. As contratações de 2024 foram reveladas pelo jornal Folha de S.Paulo e confirmadas pelo Estadão.

André Shalders/Daniel Weterman/Julia Affonso/Estadão
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Igreja Universal vai lançar candidatura de pastor a vereador de Salvador para substituir Isnard Araújo

A Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) decidiu lançar o líder religioso Kênio Rezende como candidato a vereador de Salvador. A estratégia é ocupar o espaço deixado pelo vereador Isnard Araújo (PL), que anunciou, no último dia 10, o desligamento do trabalho como pastor da Iurd, deixando de ocupar um papel destacado na instituição.

Além de ser pastor, Kênio desenvolve um trabalho social voltado principalmente para a região do Subúrbio Ferroviário. Ele nunca disputou uma eleição, mas a expectativa da Iurd é que seja eleito com folga em uma legenda mais leve. A decisão sobre o partido ao qual Kênio irá se filiar ainda será tomada com o envolvimento direto do prefeito Bruno Reis (União), que tem atuado na montagem das chapas proporcionais das siglas aliadas.

Está definido, entretanto, que o pastor não ingressará no Republicanos, dentro da mesma estratégia adotada com Isnard, que concorreu em 2020 pelo PL. O objetivo é facilitar a primeira eleição do religioso.

Atualmente, a Iurd possui dois representantes ligados à cúpula da igreja na Câmara de Salvador, todos do Republicanos: Ireuda Silva e Júlio Santos. A sigla tem ainda na Casa Alberto Braga, que não integra a instituição, mas é suplente do pastor da Universal Luiz Carlos, vereador mais votado de Salvador no último pleito (acima de 17 mil votos) e que está licenciado por ocupar a titularidade da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra) da Prefeitura, porém concorrente à reeleição.

Entre os membros da Iurd eleitos vereadores em 2020 ninguém recebeu menos de 8,8 mil votos, o que inclui Isnard Araújo (12,7 mil). Vale frisar que, embora tenha se desligado da cúpula da igreja, Isnard garantiu que segue na Universal como fiel e pretende disputar a reeleição pelo PRD, partido que surgiu da fusão do Patriota com o PTB e que é disputado por Bruno Reis e pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT), como revelou o site.

Outro evangélico que figura na lista dos edis mais bem votados em 2020 é Ricardo Almeida (mais de 10 mil), pastor da Assembleia de Deus eleito pelo extinto PSC e atual Podemos. Ele é outro cujo destino partidário será definido com o respaldo de Bruno Reis, uma vez que o Podemos está atualmente na base de Jerônimo e pretende apoiar a candidatura do vice-governador Geraldo Júnior (MDB) ao Palácio Thomé de Souza.

Política Livre

PF e PRF prendem investigado em ação que apreendeu 47 kg de ouro em Manaus

Durante a Operação Pronta Resposta foram cumpridos três mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva.

Manaus/AM. A Polícia Federal, com apoio da Polícia Rodoviária Federal, deflagrou nesta terça-feira, 23/1, a Operação Pronta Resposta, para reprimir crimes de usurpação de patrimônio da União, organização criminosa e falsidade ideológica, cujas penas máximas somadas ultrapassam 13 anos de prisão.

 Ao todo, foram cumpridos um mandado de prisão temporária e três ordens judiciais de busca e apreensão expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado do Amazonas. Participaram da operação 17 policiais federais e oito policiais rodoviários federais. Além dos mandados, foi determinado o bloqueio de bens e valores dos envolvidos tal como o sequestro de bens móveis e imóveis que, eventualmente, estejam em sua posse.

 Sobre a investigação:

 As investigações tiveram início em dezembro de 2023, a partir da prisão em flagrante de dois indivíduos, na cidade de Manaus/AM, enquanto transportavam aproximadamente 47 kg (quarenta e sete quilos) de ouro na forma de barra em duas malas. Durante o transporte da carga, o veículo foi abordado por outros dois veículos que tentaram roubar a carga, avaliada em aproximadamente R$14.1000.000,00 (quatorze milhões e cem mil reais), que acabou sendo frustrado por uma equipe da Polícia Militar do Amazonas. Dois veículos conseguiram escapar. As equipes, então, iniciaram as diligências em busca dos veículos e seus ocupantes.

 A Operação Pronta Resposta aconteceu durante todo o mês de dezembro, em três etapas. A primeira aconteceu com o cumprimento de dois mandados de prisão e quatro mandados de busca e apreensão. A segunda etapa, mais um mandando de prisão preventiva e um mandado de busca e apreensão. A terceira e última etapa aconteceu hoje, em que o indivíduo foi preso e será ouvido na Superintendência da Polícia Federal no Amazonas.

Lessa delata Domingos Brazão como um dos mandantes do assassinato de Marielle, diz site

Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), é apontado como um dos mandantes do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSol), ocorrido em 14 de março de 2018, conforme revelado na delação premiada prestada à Polícia Federal pelo PM reformado Ronnie Lessa, acusado de ser o autor dos disparos. A informação foi divulgada pelo site The Intercept Brasil.

O acordo de delação está em trâmite no Superior Tribunal de Justiça (STJ), indicando que o suposto mandante do crime contra a parlamentar e seu motorista possui foro especial por prerrogativa de função, conhecido como foro privilegiado, um direito atribuído a autoridades ocupantes de cargos públicos, como é o caso de Brazão.

“A principal hipótese para que Domingos Brazão ordenasse o atentado contra Marielle é vingança contra Marcelo Freixo, ex-deputado estadual pelo PSol, hoje no PT, e atual presidente da Embratur”, diz o The Intercept Brasil.

Enquanto ocupava o cargo de deputado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Domingos Brazão envolveu-se em conflitos significativos com Marcelo Freixo, atualmente no PT, e com quem Marielle Franco trabalhou por uma década antes de ser eleita vereadora em 2016. Em 2008, Domingos Brazão foi mencionado no relatório final da CPI das Milícias, presidida por Freixo, como um dos políticos autorizados a realizar campanha em Rio das Pedras.

O advogado Márcio Palma, que representa Domingos Brazão, alegou que o cliente é inocente. “Ele disse que não ficou sabendo dessa informação. Disse também que tudo que sabe sobre o caso é pelo que acompanha pela imprensa, já que pediu acesso aos autos e foi negado, com a justificativa que Brazão não era investigado”, destaca o site.

Prefeitura de Ipiaú promove entrega de cestas básicas a partir deste domingo; confira a programação


A Prefeitura de Ipiaú, através da Secretaria da Assistência e Desenvolvimento Social, está se preparando para realizar a entrega de cestas básicas para os cadastrados no programa de assistência social do município. A ação tem como objetivo proporcionar apoio às famílias em situação de vulnerabilidade, especialmente em tempos difíceis.
A distribuição das cestas básicas na zona urbana está agendada para o dia 28 de janeiro, das 08h às 12h, e será realizada em quatro escolas estrategicamente localizadas, divididas de acordo com as iniciais dos nomes dos cadastrados. Confira os locais de entrega:

  • A, B, C, D, E, F (Celestina, no Centro)
  • G, H, I, J, K (Pastor Paulo, Bairro Democracia)
  • L, M, N, O, P, Q (José Mendes, Santa Rita)
  • R, S, T, U, V, W, X, Y, Z (Adélia Matta, Av. Lauro de Freitas)

É importante ressaltar que não haverá entrega de cestas básicas nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS).

Além disso, a Secretaria da Assistência e Desenvolvimento Social informa que a entrega das cestas básicas seguirá um cronograma nos dias subsequentes para os cadastrados residentes na zona rural. Confira as datas e locais:

  • 29/01:
  • BR 330
  • Corcovado
  • Ribeirão do Félix
  • Sapucaia
  • Bois
  • Água Vermelha
  • 30/01:
  • Gulosinho
  • Braço Pequeno
  • Tororó
  • Cajueiro
  • Tinguir
  • 31/01:
  • Bom Sem Farinha
  • Buri
  • Passa com Jeito
  • Fazenda do Povo
  • Córrego de Pedras

“Reforçamos a importância de a população beneficiada ficar atenta aos horários e locais divulgados, garantindo assim a eficácia e organização da distribuição das cestas básicas”, reitera a secretária do social, Rebeca Câncio. A administração municipal reitera seu compromisso em amparar as famílias em situação de vulnerabilidade, promovendo ações que visam o bem-estar e a dignidade de todos os cidadãos do município.

Michel Querino / Decom Prefeitura de Ipiaú

Entenda o que é e como funcionam as emendas parlamentares

As emendas parlamentares são um instrumento criado pela Constituição de 1988 para aumentar a participação do Legislativo no processo orçamentário. Politicamente, elas são uma forma com que congressistas conseguem enviar dinheiro para suas bases eleitorais e, com isso, ampliar o capital político.
Elas são divididas em emendas individuais (que todo deputado e senador têm direito), as de bancada (parlamentares de cada estado definem prioridades para a região) e as de comissão (definida por integrantes dos colegiados do Congresso Nacional).

O Orçamento de 2024 tinha sido aprovado com um valor recorde para as emendas, de R$ 53 bilhões. Ao sancionar a lei, no entanto, o presidente Lula (PT) vetou R$ 5,6 bilhões deste valor, referentes a parte das emendas de comissão previstas pelos parlamentares.

A sanção de Lula foi publicada em edição do Diário Oficial da União desta terça-feira (23).

O dinheiro das emendas tem sido usado com critérios políticos, e não técnicos. Ou seja, a verba do governo federal é enviada a redutos de deputados e senadores, sem que ocorra necessariamente uma avaliação sobre a sua necessidade. Na prática, programas federais têm sido esvaziados.

Entenda o que são e como funcionam as emendas parlamentares:

O QUE SÃO
A cada ano, o governo tem que enviar ao Congresso até o fim de agosto um projeto de lei com a proposta do Orçamento Federal para o ano seguinte. Ao receber o projeto, congressistas têm o direito de direcionar parte da verba para obras e investimentos de seu interesse pelas emendas parlamentares.

Muitas vezes, ao invés de seguirem critérios técnicos de demandas por serviços públicos e obras, deputados e senadores priorizam o atendimento de seus redutos eleitorais. Série de reportagens da Folha mostrou, por exemplo, como o uso das emendas parlamentares tem ampliado o abismo no acesso a água em regiões do Nordeste.

AUMENTO NO VALOR DAS EMENDAS
Em ano eleitoral, o Congresso Nacional chegou a aprovar um valor recorde de R$ 53 bilhões para emendas. Mesmo com o veto de Lula, o saldo será cerca de R$ 47,5 bilhões, o que ainda representará um patamar sem precedentes para atender a parlamentares. No primeiro ano do atual governo Lula, foram reservados R$ 46,5 bilhões para atender aos parlamentares, o que já era um patamar inédito.

O aumento do valor das emendas é visto como um entrave para a relação de Lula com o Congresso. Isso amplia a margem para deputados e senadores votarem de forma independente ao governo, pois eles já têm a garantia milhões de reais para enviar a suas bases.

Além disso, desde 2015, foram aprovadas medidas que diminuíram a margem de barganha do governo por meio das emendas individuais e de bancada.

QUAIS OS TIPOS DE EMENDAS
As emendas parlamentares se dividem atualmente em:

Emendas individuais: cada um dos 594 congressistas tem direito de apresentar até 25 emendas individuais. A execução das emendas era uma decisão política do governo, que poderia ignorar a destinação apresentada pelos parlamentares. A partir de 2015, por meio da emenda constitucional 86, o Executivo passou a ser obrigado a executar as despesas previstas por elas
Emendas de bancadas: É a verba proposta pelas bancadas estaduais. Em 2019, o Congresso ampliou o orçamento impositivo ao aprovar a emenda constitucional 100, tornando obrigatório o pagamento deste tipo de emenda
Emendas de comissão: São valores propostos pelas comissões permanentes da Câmara dos Deputados e do Senado, e pelas comissões mistas, do Congresso. O veto de Lula foi neste tipo de emenda. Líderes do Congresso admitem que as emendas de comissão devem funcionar como as extintas emendas de relator
Emendas de relator: principal moeda de troca nas negociações do governo de Jair Bolsonaro (PL) e do Legislativo, o mecanismo das emendas de relator foi derrubado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) no fim de 2022. Segundo a decisão, elas só podem ser usadas apenas para correções pontuais no projeto orçamentário, formuladas pelo relator do Orçamento

CRONOLOGIA DAS EMENDAS
Antes de 2015
Emendas parlamentares eram de critério político do governo federal, podendo ignorá-las na execução do Orçamento; não havia regras para a indicação dos recursos pelos parlamentares

2015
Foi aprovada emenda constitucional impondo ao governo o pagamento das emendas individuais previstas pelas emendas parlamentares. Metade dos valores deve ser destinado para a Saúde, e em caso de contingenciamento as emendas serão congeladas na mesma proporção do Orçamento

2019
Congresso amplia o orçamento impositivo ao aprovar a emenda constitucional 100, tornando obrigatório o pagamento das emendas de bancadas estaduais

2021
STF determinou a divulgação do processo de definição e a execução das emendas de relator nos orçamentos de 2020 e 202. Também mandou que fossem registradas todas as demandas parlamentares voltadas à distribuição desse tipo de emenda

2022
Em dezembro, o Supremo torna inconstitucional o uso amplo das emendas de relator; elas devem ser usadas apenas para correções do relator-geral do Orçamento durante as discussões do projeto

Folhapress

Lula prega cautela em participação na eleição de Salvador: ‘Não vou me jogar para criar conflito’

Lula deixou claro que vai se envolver diretamente nas disputas municipais onde houver um confronto direto com o antecessor Jair Bolsonaro
Ao ser questionado sobre a participação que terá na campanha deste ano em Salvador, o presidente Lula (PT) disse nesta terça-feira (23), em entrevista à Rádio Metropole, que será cauteloso para não criar problemas com aliados no Congresso Nacional. Na capital baiana, dois partidos da base do Palácio do Planalto irão se confrontar na corrida pela Prefeitura: o MDB, que tem como pré-candidato o vice-governador Geraldo Júnior, e o União Brasil, do prefeito e postulante à reeleição Bruno Reis.

“Não vou me jogar para criar conflito. Tenho que saber que sou presidente da República e preciso conversar com as pessoas, fazer o jogo mais ou menos acertado, para que não traga problema depois, quando terminar as eleições, no Congresso Nacional”, frisou Lula.

Ele argumentou ainda que não pode, como presidente, fazer uma campanha como se fosse um cidadão comum. “Tenho que levar em conta se tiver dois candidatos da base do governo disputando a eleição. Tenho que dar tratamento mais respeitoso. Eu não posso ser acintoso no apoio a um candidato nosso”, declarou. O presidente, no entanto, disse confiar na vitória de Geraldo Júnior.

Lula deixou claro que vai se envolver diretamente nas disputas municipais onde houver um confronto direto com o antecessor Jair Bolsonaro (PL). “A disputa é entre o governo que coloca o povo em primeiro lugar e o governo da fake news”, declarou.

Por conta desse cenário de polarização, o presidente explicou o intenso envolvimento dele na disputa eleitoral pela capital paulista. “Isso (participação na campanha) vai depender de cidade por cidade. Na capital de Sã Paulo, é uma coisa muito especial, porque há uma confrontação direta entre eu e o ex-presidente”, pontuou.

Política Livre

Disputa pela Eldorado Celulose reacende debate sobre terras em mãos de estrangeiros

Ao solicitar a anulação da compra da Eldorado Celulose pela Paper Excellence, o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) reacendeu a discussão sobre a flexibilização (ou não) da compra de terras no Brasil por pessoas físicas ou jurídicas estrangeiras.

O órgão determinou que fosse comunicado à Junta Comercial de São Paulo e à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) “para ciência da decisão que vier a ser adotada, para as providências cabíveis dentro da sua esfera de competência a fim de evitar a formalização do negócio”, diz o documento do final do ano passado, assinado por João Batista Queiroz Eudociak e Paulo Roberto Lucca, analistas em reforma e desenvolvimento agrário.

A Eldorado tem em seu nome 11 matrículas de imóveis (terrenos) em Aparecida de Taboado, Inocência, Selvíria e Três Lagoas, todos no Mato Grosso do Sul. A empresa foi comprada pela Paper, associação de companhias de origem canadense e malásia. O dono é indonésio. A negociação foi selada em 2017 com a brasileira J&F. Desde então, as duas estão na Justiça por causa da transferência do controle acionário.

O Incra argumentou que, segundo a legislação vigente, a mudança de dono, por envolver terras, teria de receber o aval do Instituto ou do Congresso Nacional.

Segundo levantamento da Redirection International, empresa especializada em desenvolvimento corporativo, nos últimos cinco anos aconteceram 150 operações de fusão e compra de empresas estrangeiras no país que podem ser influenciadas pela nota técnica publicada pelo Incra. Os setores mais atingidos seriam os de energia e mineração.

Na área de energia, foram 58 operações movimentando R$ 124 bilhões. A mineração totalizou R$ 29 bilhões em 58 negociações.

Nos 10 maiores investidores em parque eólicos no Rio Grande do Norte, o estado com maior potência gerada no Brasil, seis são controlados por estrangeiros: EDP Renovável Brasil (portuguesa com participação chinesa), Voltalia (francesa), CPFL (brasileira com controlador chinês), AES (americana), Engie (franco-belga) e Neoenergia (espanhola).

“Há no Mato Grosso do Sul municípios com mais de 30% de terras nas mãos de estrangeiros. Há grandes produtores no estado. A discussão que precisa ser feita é como foram autorizados os registros dessas vendas ou arrendamentos. Os contratos são registrados em cartórios. Há investimentos bilionários em Inocência e Ribas do Rio Pardo”, afirma Lucas Brenner, advogado especialista em questões de terras e rurais.

O Incra cita lei 8.629, de 25 de fevereiro de 1993, que diz ser função do Congresso Nacional autorizar aquisição ou arrendamento por estrangeiros em área superior a 100 módulos de exploração indefinida. Trata-se de uma unidade de medida que varia entre 5 e 100 hectares, a depender da zona de localização do município e é usada no processo de aquisição de terras por estrangeiros.

“Esse caso explicitou um componente complicado, que é o efeito sistêmico. Às vezes, a empresa nem opera os imóveis que têm, o interesse é indireto. Anular a opção societária com base nesse fundamento coloca em xeque muitas operações. Existe uma insegurança jurídica para o investidor e para oportunismo concorrencial”, afirma o advogado Francisco Godoy, especialista em direito agrário, crítico da iniciativa do Incra.

Projeto de lei apresentado pelo senador Irajá (PSD-TO) quer flexibilizar a compra de terras no país por estrangeiros. O texto já foi aprovado pelo Senado, mas está parado desde 2020 na Câmara dos Deputados.

“Eu vejo com muita preocupação pessoas que têm algum tipo de preconceito com investimento nacional ou internacional. Se respeita nossa soberania, as leis trabalhistas e o nosso arcabouço tributário, não há sentido segregar. É um tema ultrapassado”, afirma ele. “O texto da lei é até conservador, mas aumenta a área. Do jeito que está hoje, um estrangeiro pode comprar todos os prédios da avenida Paulista, mas não pode comprar uma propriedade rural. Isso não tem sentido.”

Há também duas ações pendentes no STF (Supremo Tribunal Federal) referentes ao tema. A AGU (Advocacia Geral da União) emitiu três pareceres diferentes. Dois favoráveis à flexibilização e o último, mantendo as restrições.

“Há necessidade de uma definição da interpretação para garantir a segurança jurídica. Não há dúvida que é preciso monitorar a aquisição de terras por estrangeiros, lembrando que o estado, ao regular este mercado, vai afetar investimentos no setor agropecuário, em especial nos estados em que a economia depende desse segmento”, lembra o advogado Paulo Puttini Mendes, especialista em direito agrário e ambiental.

Alex Sabino/Folhapress

Rui Costa avisou a Lira em dezembro que vetaria R$ 5 bi em emendas, diz colunista

Foto: Pedro França / Agência Senado
O Palácio do Planalto avisou ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetaria cerca de R$ 5 bilhões em emendas parlamentares de comissão ao sancionar o Orçamento para 2024, na segunda-feira (22).

De acordo com a coluna de Igor Gadelha do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, o aviso foi dado a Lira pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, ainda em dezembro, quando o Congresso aprovou a Lei Orçamentária Anual. Rui é o coordenador da Junta de Execução Orçamentária (JEO).

Na conversa, o ministro argumentou que o veto seria necessário porque o valor de emendas de comissão aprovado pelo Congresso, de cerca de R$ 16 bilhões, estava acima do acordado entre Executivo e Legislativo, de R$ 11 bilhões.

Nos bastidores, integrantes do governo Lula têm usado a conversa entre Rui Costa e Lira para demonstrar que o governo não teria descumprido qualquer acordo, nem surpreendido o Congresso com o veto.

Apesar disso, integrantes do Planalto já esperam que lideranças do Centrão no Legislativo trabalharão fortemente para tentar derrubar o veto de Lula à parte das emendas de comissão.

Gabigol no Bahia? Comentarista da Globo diz que Tricolor "começa a falar" no jogador

Foto: Divulgação / Flamengo
Comentarista da Globo, o ex-jogador Alex, que se destacou no Internacional e também passou pelo Corinthians, disse que o Bahia está começando a falar de uma possível contratação do atacante Gabigol, de 27 anos. A declaração foi dada, nesta segunda-feira (22), durante o programa Boleiragem, do canal fechado SporTV.

 "Já estão começando a falar do Gabigol", afirmou Alex. "O interesse já existe. A dificuldade para o negócio com o Flamengo é gigantesca. O Flamengo não vai abrir mão. E o Gabigol desse jeito que está o Flamengo hoje... Não é que não vai acontecer, porque futebol a gente não sabe, mas está difícil, tem até o Bruno Henrique para jogar nesse nível, jogando bem De la Cruz, jogando bem Arrascaeta, jogando tão bem Everton Cebolinha, como você vai fazer? Então, nesse ponto, Gabigol jovem ainda do que jeito que está, de repente é o tipo de projeto que pode ser a ida do Everton [Ribeiro] lá e pode ser aquele negócio de atrair. "Vamos fazer um negócio diferente? Vamos resgatar esses gigantes e participar desse projeto?" Pode acontecer", concluiu.

 Vale lembrar que Flamengo e Gabigol iniciaram as negociações para uma renovação de contrato, mas as conversas estão paradas após impasse. O atual vínculo termina no final deste ano e a multa rescisória para o futebol brasileiro é de R$ 700 milhões, enquanto para o exterior é de 33 milhões de euros, o equivalente a R$ 161 milhões. O staff do jogador apresentou alguns valores à diretoria rubro-negra. Recentemente, o Corinthians chegou a abordar o atacante, mas esbarrou na quantia da transferência.

Gabigol é o sexto maior artilheiro da história do Flamengo. No clube carioca desde 2019, ele disputou 268 jogos e 153 gols marcados. Conquistou 11 títulos, a maioria absoluta deles de peso e na posição de protagonista: duas Libertadores, dois Brasileiros, uma Copa do Brasil, uma Recopa Sul-Americana, duas Supercopas do Brasil e três estaduais.

O elenco principal do Flamengo está em pré-temporada nos Estados Unidos, enquanto o Bahia retornou de Manchester no último domingo (21). O Tricolor entra em campo nesta quarta (24), às 19h15, na Arena Fonte Nova, contra o Jacobina, pela terceira rodada do Baianão.

Governo Lula é pior que o de Bolsonaro para 40% dos evangélicos, diz pesquisa CNT/MDA

O presidente Lula (PT) inicia o segundo ano de seu terceiro mandato ainda enfrentando uma resistência expressiva dos evangélicos. Na avaliação de 40% deles, é possível perceber pioras em relação ao governo de Jair Bolsonaro (PL), revela a nova edição da Pesquisa CNT de Opinião feita pelo Instituto MDA Pesquisa.

Outros 33% dos respondentes protestantes, porém, dizem identificar melhorias na gestão do petista, enquanto 24% afirmam ver um governo semelhante ao de seu antecessor.

Os índices contrastam com as respostas dadas por praticantes da fé católica, entre os quais 54% dizem ver um governo melhor que o de Jair Bolsonaro, 25% identificam pioras e 20% apontam que as duas gestões são semelhantes.

Ao comparar os governos petista e bolsonarista, os evangélicos lideram como os mais desgostosos. Na sequência, os maiores percentuais de avaliação negativa aparecem entre aqueles que ganham mais de cinco salários mínimos (38%) e têm ensino superior (36%).

A pesquisa da CNT (Confederação Nacional do Transporte) foi feita com base em 2.002 entrevistas presenciais realizadas entre quinta-feira (18) e domingo (21). A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, e o nível de confiança, de 95%.

Em outubro de 2023, quando a CNT divulgou seu levantamento mais recente, 42% dos evangélicos diziam que o governo Lula estava sendo pior que o anterior —de lá para cá, houve uma variação de dois pontos percentuais para menos dentro da margem de erro. Na época, a percepção de melhora também foi indicada por 33% dos entrevistados protestantes.

A 160ª edição da Pesquisa CNT de Opinião, que será divulgada na íntegra nesta terça-feira (23), ainda aferiu a avaliação geral da gestão Lula pelos dois estratos religiosos.

O governo foi avaliado como ótimo ou bom por 31% dos evangélicos, como ruim ou péssimo por 36% deles e como regular por 30%. Entre católicos os índices foram de 49%, 24% e 27%, respectivamente.

Em outubro de 2023, o governo Lula era visto como ótimo ou bom por 29% dos evangélicos, como ruim ou péssimo por 38% deles e como regular por 30%. Em comparação à pesquisa deste mês, as variações de ótimo ou bom e de ruim ou péssimo registraram queda, mas dentro da margem de erro.

O levantamento feito na semana passada também perguntou a opinião dos respondentes sobre uma eventual reeleição de Lula em 2026. Entre os 55,2% que dizem aprovar a atuação do petista, 78,3% apoiam que ele se candidate no próximo pleito presidencial, ante 16,5% que rejeitam a ideia e 5,2% que disseram não saber avaliar.

A pesquisa ainda identificou que a maior parte dos 39,6% que dizem desaprovar a atuação de Lula está aberta a mudar de opinião. Neste grupo, 63,3% afirmam que poderiam passar a aprovar o petista caso ele “consiga reduzir a inflação, melhorar a economia, reduzir o desemprego e melhorar qualidade de vida” dos brasileiros. Outros 34% rechaçam a ideia de aprová-lo mesmo diante da melhora desses indicadores, e 2,7% dizem não saber avaliar.

A íntegra da nova Pesquisa CNT de Opinião será divulgada no canal da confederação no YouTube a partir das 11h. Além da avaliação sobre o primeiro ano do atual governo de Lula, o levantamento trará dados sobre a visão dos brasileiros em temas como emprego, educação, saúde, segurança e inteligência artificial.

Mônica Bergamo/Folhapress

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