Deputados bolsonaristas vão apresentar pedido de impeachment contra Lula por fala sobre Holocausto

Um grupo de mais de 40 deputados federais apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vai protocolar pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pela fala do chefe do Poder Executivo neste domingo, 18. Lula comparou a guerra de Israel contra a Palestina ao Holocausto.

Os deputados citam um trecho da lei que fundamenta os crimes de responsabilidade para justificar o pedido. O texto diz que é crime “cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade”.

Os parlamentares dizem que a afirmação de Lula é “injustificável, leviana e absurda”. “É uma afronta aos judeus, aos descendentes do horror do nazismo e algo que só fomenta o crescimento do antissemitismo no Brasil”, diz o texto.

Em Adis Abeba, na Etiópia, Lula disse que não há outro paralelo ao que está ocorrendo em Gaza a não ser o que foi feito durante a Alemanha Nazista, durante a Segunda Guerra Mundial. “O que está acontecendo em Gaza não aconteceu em nenhum outro momento histórico, só quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula.

“Não se pode comparar o incomparável. Nada se compara à maior tragédia da humanidade, que foi o Holocausto e que vitimou 6 milhões de judeus, além de diversas minorias”, disse Carla Zambelli (PL-SP), uma das signatárias.

Para o especialista em Direito Eleitoral Alberto Rollo, é preciso algo além do discurso de Lula para configurar o crime de responsabilidade. “Entendo que para caracterizar o tipo da lei tem que ter mais do que discurso ou opinião. Teria que ter envio de armas, soldados, ajuda para a manutenção do conflito”, afirma. “Entendo que comprometer a neutralidade é efetivamente se engajar por um dos lados. Por enquanto foi só discurso.”

Essa não foi a única reação que partiu do Congresso. No Senado, o grupo parlamentar Brasil-Israel da Casa condenou e classificou como “tendenciosa e desonesta” o pronunciamento de Lula.

Também condenaram a fala o presidente de Israel, Binyamin Netanyahu, e entidades judaicas no Brasil, como a Confederação Israelita do Brasil (Conib).

“As palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e sérias. São sobre banalizar o Holocausto e tentar ferir o povo judeu e o direito Israelense de se defender”, afirmou Netanyahu em seu perfil no X, novo nome do Twitter.

Levy Teles/Estadão Conteúdo
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Veja tudo o que Lula disse sobre Israel e Hamas desde o início da guerra

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi rápido ao condenar os ataques do grupo terrorista Hamas a civis em Israel, que deu o pontapé à guerra na região em outubro, mas foi adotando um tom cada vez mais crítico à resposta do governo israelense, diante do agravamento da crise humanitária.

Durante as negociações pelo resgate de brasileiros que estavam impedidos de sair da Faixa de Gaza, o chefe do Executivo evitou críticas mais duras e fez telefonemas a autoridades israelenses, numa dura negociação diplomática. Depois, voltou a elevar o tom, até que equiparou a ação de Israel em Gaza ao extermínio de judeus promovido por Adolf Hitler.

7.OUT.2023 – CHAMA ATAQUE EM ISRAEL DE TERRORISMO, MAS NÃO CITA HAMAS
A primeira declaração do presidente sobre o conflito ocorreu no mesmo dia em que o Hamas realizou ataques contra civis em Israel. Lula classificou ato como “terrorismo” nas redes sociais, mas não citou o grupo islâmico extremista Hamas.

“Fiquei chocado com os ataques terroristas realizados hoje contra civis em Israel, que causaram numerosas vítimas. Ao expressar minhas condolências aos familiares das vítimas, reafirmo meu repúdio ao terrorismo em qualquer de suas formas. O Brasil não poupará esforços para evitar a escalada do conflito, inclusive no exercício da Presidência do Conselho de Segurança da ONU”, escreveu o presidente, em sua rede social.

“Conclamo a comunidade internacional a trabalhar para que se retomem imediatamente negociações que conduzam a uma solução ao conflito que garanta a existência de um Estado Palestino economicamente viável, convivendo pacificamente com Israel dentro de fronteiras seguras para ambos os lados”, completou.

20.OUT.2023 – CHAMA HAMAS DE TERRORISTA PELA 1ª VEZ E CLASSIFICA REAÇÃO DE ISRAEL COMO ‘INSANA’
A declaração ocorreu por vídeo, em primeira aparição pública do presidente, desde suas cirurgias no quadril e nas pálpebras, em 29 de setembro. Ele participou remotamente de cerimônia dos 20 anos do Bolsa Família, quando mencionou espontaneamente a guerra e criticou, sobretudo, as mortes de crianças em Gaza.

“Hoje quando o programa [Bolsa Família] completa 20 anos, fico lembrando que 1.500 crianças já morreram na Faixa de Gaza”, afirma Lula em vídeo, em referência ao balanço de 1.524 mortes divulgado pelo Ministério da Saúde de Gaza. “[Crianças] Que não pediram para o Hamas fazer o ato de loucura que fez, de terrorismo, atacando Israel, mas também não pediram que Israel reagisse de forma insana e as matasse. Exatamente aqueles que não têm nada a ver com a guerra, que só querem viver, brincar, que não tiveram direito de ser crianças.”

13.NOV.2023 – EQUIPARA RESPOSTA DE ISRAEL A ATAQUES DE HAMAS
Lula voltou a chamar os ataques do Hamas no sul de Israel de atos de terrorismo, mas acrescentou que “a solução do Estado de Israel é tão grave quanto foi a do Hamas”. “Porque eles [soldados israelenses] estão matando inocentes sem nenhum critério”, seguiu o presidente. “Jogar bomba onde tem criança, onde tem hospital, a pretexto de que o terrorista está lá, [isso] não tem explicação. Primeiro vamos salvar crianças, mulheres, aí depois faz a briga com quem quiser fazer.”

O presidente discursava em cerimônia no Palácio do Planalto para a sanção da lei que atualiza o sistema de cotas. A fala ocorreu quando ele contava sobre as ações que lograram retirar brasileiros que estavam em Gaza neste fim de semana após dias de impasse. O petista disse que as tratativas foram difíceis e envolveram diferentes fatores, entre eles a “boa vontade de Israel”.

21.NOV.2023 – DIZ QUE GUERRA É CONSEQUÊNCIA DA FALTA DE LAR SEGURO DOS PALESTINOS
As declarações foram feitas durante reunião extraordinária da cúpula do Brics para tratar da situação na Faixa de Gaza. “O reconhecimento de um Estado palestino viável, vivendo lado a lado com Israel, com fronteiras seguras e mutuamente reconhecidas, é a única solução possível. Precisamos retomar com a maior brevidade possível o processo de paz entre Israel e Palestina”, afirmou.

O petista acrescentou que é fundamental acompanhar também a situação na Cisjordânia, onde, segundo ele, colonos israelenses impõem ainda mais obstáculos à autonomia palestina ao continuar a expandir seus assentamentos. E manifestou preocupação com a possibilidade de que a guerra se espalhe pelo Oriente Médio.

14.NOV.2023 – ACUSA ISRAEL DE QUERER OCUPAR GAZA
Lula disse ter a percepção de que Israel usa os bombardeios para expulsar os palestinos e, assim, ocupar o território. Ele ainda disse ser inadmissível que não haja solução para o conflito no Oriente Médio. Também voltou a pedir a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas).

“É preciso que a ONU convoque alguma coisa especial porque essa guerra, do jeito que vai, ela não tem fim. Estou percebendo que Israel parece que quer ocupar a Faixa de Gaza e expulsar os palestinos de lá. Isso não é correto, não é justo. Nós temos que garantir a criação do Estado palestino para que eles possam viver em paz junto com o povo judeu”, afirmou o presidente, em sua tradicional transmissão semanal na internet, o Conversa com o Presidente.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, já mencionou em mais de uma ocasião a intenção de ocupar Gaza. Diante da repercussão negativa, chegou a recuar da afirmação, mas depois a reiterou.

1.DEZ.2023 – NETANYAHU É EXTREMISTA E FALTOU SENSIBILIDADE DE BIDEN
Durante seu giro pelo Oriente Médio no qual passou por Arábia Saudita, o presidente criticou o premiê de Israel por sua condução da guerra, disse que faltou sensibilidade a Joe Biden por não ter trabalhado para impedir o conflito.

As declarações do petista se deram durante entrevista em vídeo à rede qatari Al Jazeera. Lula voltou a afirmar que o conflito Israel-Hamas que se desenrola em Gaza “não é uma guerra tradicional, mas um genocídio que mata milhares de crianças e mulheres que não têm culpa alguma”.

“Como governante, ele [Netanyahu] é uma pessoa muito extremista, de extrema direita e com sensibilidade baixa em relação aos problemas do povo palestino”, disse. “Ele pensa que os palestinos são pessoas de terceira ou quarta classe”, completou.

13.DEZ.2023 – CONTINUARÁ TRABALHANDO POR CESSAR-FOGO PERMANENTE
Durante reunião conjunta de sherpas (representantes diplomáticos), vice-ministros das Finanças e vice-presidentes de Bancos Centrais do G20, no Itamaraty, em Brasília, Lula disse que o Brasil está de luto pela guerra no Oriente Médio e continuará trabalhando por um cessar-fogo permanente entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

“O Brasil segue de luto com o trágico conflito entre Israel e Palestina. A violação cotidiana do direito humanitário é chocante e resulta em milhares de civis inocentes, sobretudo mulheres e crianças”, afirmou.

“O Brasil continuará trabalhando por um cessar-fogo permanente que permita a entrada da ajuda humanitária em Gaza e pela libertação imediata de todos os reféns pelo Hamas.” A fala ocorreu dois depois depois de Lula receber no Planalto a família de Michel Nisenbaum, 59, brasileiro-israelense que estaria entre os reféns do grupo terrorista em Gaza.

25.DEZ.2023 – SE ENCONTRA COM REPATRIADOS DE GAZA E VOLTA A DEFENDER CRIAÇÃO DO ESTADO PALESTINO
Em discurso durante evento na base da Força Aérea em Brasília com repatriados de Gaza, Lula voltou a defender a criação de um Estado palestino como solução para o histórico de conflitos. O presidente também disse que a destruição e as mortes de civis que estão ocorrendo na guerra Israel-Hamas são inaceitáveis.

“Quero dizer para vocês que não é humanamente possível aceitar o que está acontecendo na Faixa de Gaza. Não é possível [aceitar] a morte de tantas mulheres e crianças, a destruição de todo o patrimônio que foi construído pelo povo palestino”, afirmou Lula.

“Vocês sabem que nós, cristãos, comemoramos hoje o nascimento de Jesus Cristo. Hoje é um dia de muita confraternização e eu quero que vocês tenham um almoço muito tranquilo, e nós vamos continuar cuidando de vocês da melhor forma possível. Não percam esperança na paz e tenham certeza que o Brasil é um lugar onde judeus e palestinos vivem em completa harmonia”, disse.

18.FEV.2024 – COMPARA AÇÃO DE ISRAEL EM GAZA À DE HITLER CONTRA JUDEUS
Durante entrevista coletiva em viagem à África, Lula disse que as ações militares de Israel na Faixa de Gaza configuram um genocídio e ainda fez um paralelo com o extermínio de judeus promovido por Adolf Hitler. A declaração abriu uma nova crise diplomática com o governo israelense, que chegou a convocar o embaixador brasileiro em Tel Aviv para prestar esclarecimentos.

“Sabe, o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, afirmou Lula na Etiópia.

Folhapress

Dino quer trocar aposentadoria compulsória por demissão sem salário de juiz, militar e promotor

O ministro Flávio Dino
Em breve passagem no Senado antes de assumir a vaga como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino (PSB-MA) irá apresentar, nesta segunda-feira, 19, uma proposta de emenda à Constituição (PEC) propondo o fim das aposentadorias compulsórias a juízes, promotores e militares que cometerem delitos graves. Ao invés disso, ele sugere a exclusão do serviço público.

O texto ainda buscará colher assinaturas. Ele precisa do apoio de 27 senadores, o que equivale a um terço de todos os 81 integrantes da Casa. “Não há razão para essa desigualdade de tratamento em relação aos demais servidores públicos que, por exemplo, praticam crimes como corrupção ou de gravidade similar”, diz Dino

Em dissertação de mestrado, em 2001, Dino se opôs à demissão para juízes por ato administrativo. “Com isso, revogar-se-ia uma das mais importantes garantias da independência da magistratura — isto é, a vitaliciedade — que se diferencia da mera estabilidade exatamente por implicar a vedação de demissão por ato administrativo”, escreveu Dino. A PEC que criou o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) estabeleceu que a punição máxima aplicada pelo colegiado a um magistrado seria de aposentadoria compulsória com direito a continuar recebendo remuneração.

O agora senador deixou o ministério da Justiça no final de janeiro e voltou ao Senado Federal no começo de janeiro. Ele disse, dias antes do retorno, que apresentaria cinco propostas legislativas e faria discursos no plenário da Casa.

No plenário do Senado, Dino criticou ações para restringir poderes da Corte. Para ele, há “falsas soluções” sendo colocadas em debate, como a defesa de impeachment de ministros do STF. Um dos projetos apresentados por ele, por sua vez, visa proibir o acampamento de pessoas em quartéis.

Dino assumirá o STF na próxima quinta-feira, 22. Ele herdará a relatoria de 344 processos que estavam no gabinete da ministra aposentada Rosa Weber. Entre eles, há investigações sobre o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, investigado pela Polícia Federal em operação baseada em reportagens do Estadão. Eles foram parceiros na Esplanada dos Ministérios.

Levy Teles/Estadão Conteúdo

Mulher é detida e mais de R$ 31 mil são apreendidos pela PM em Maragogipe

Com a suspeita, além do dinheiro, foram encontrados quatro cartões bancários de instituições financeiras diferentes.

Policiais militares da 27ª CIPM detiveram uma mulher e apreenderam mais de R$ 31 mil reais de procedência incerta, no início da tarde de sexta-feira (16), em Maragogipe, no Recôncavo Baiano. 

Os militares realizavam rondas na localidade conhecida como Palmeiras, quando receberam uma denúncia de que havia uma mulher em atitude suspeita nas proximidades dos estabelecimentos comerciais situados na região. Ainda de acordo com as informações recebidas, essa pessoa teria recebido um pacote das mãos de um indivíduo que conduzia uma motocicleta de placa não identificada e que, após a entrega, a mulher teria deixado o local a bordo de um carro vermelho.

As buscas foram iniciadas e o automóvel, localizado e abordado. Com a suspeita, foram encontrados R$ 31.179,00 em espécie, além de quatro cartões bancários de instituições financeiras diferentes.

Em razão da grande soma de dinheiro e das dúvidas quanto à procedência do valor, a mulher e todo o montante foram encaminhados à delegacia que atende à região, onde a ocorrência foi registrada.

Chico Alencar tenta reverter decisão do STF que afrouxou regras de impedimento de juízes

O deputado Chico Alencar
O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) apresentou um projeto de lei para contornar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que flexibilizou regras para impedimento de juízes.

Em agosto do ano passado, por maioria de votos, os ministros permitiram que magistrados julguem ações de clientes de escritórios de advocacia de seus parentes.

A decisão vale para todos os tribunais do País e afeta o funcionamento do próprio STF, já que muitos ministros têm familiares advogados, incluindo em seu núcleo próximo, como mulheres e filhos.

A mudança permitiu, por exemplo, que o ministro Dias Toffoli julgasse – e atendesse – o pedido da J&F para suspender a multa do seu acordo de leniência, apesar de a advogada Roberta Rangel, mulher do ministro, ter defendido o frigorífico em outros processos.

Ao apresentar o projeto de lei, Chico Alencar argumentou que a flexibilização das regras de impedimento dos juízes gera “desconfiança” da sociedade e pode colocar em xeque a legitimidade das decisões judiciais.

“Esse tipo de acesso privilegiado, que pode ser valiosíssimo em tribunais nos quais tramitam milhares de processos todos os anos, representa um desprestígio à Justiça brasileira”, critica o deputado na justificativa que acompanha a minuta do texto.

“Pretender que a sociedade brasileira que feche os olhos à altíssima probabilidade de que um parente ou mesmo o cônjuge do juiz o influencie na decisão de uma causa que lhe traria benefícios seria abandonar qualquer ideia de freios e contrapesos em prol de uma confiança pueril no espírito incorruptível de integrantes do Poder Judiciário.”

Antes do STF mudar as regras de impedimento, juízes eram proibidos de decidirem qualquer processo de clientes de seus parentes, inclusive ações patrocinadas por outras bancas de advogados. Isso quer dizer que, se o cliente tivesse alguma causa no escritório do parente do juiz, o magistrado estava impedido de julgar qualquer ação dele.

A restrição foi criada para garantir a imparcialidade nos julgamentos e evitar brechas para corrupção e tráfico de influência. A maioria do STF decidiu, no entanto, que a regra era desproporcional e que o juiz não tem controle sobre a carteira de clientes dos escritórios de seus parentes.

Rayssa Motta/Estadão Conteúdo

Israel diz que fala de Lula comparando ação em Gaza a Hitler é vergonhosa e convoca embaixador

O presidente Lula
O ministro israelense das Relações Exteriores, Israel Katz, disse neste domingo (18) ter ordenado a convocação do embaixador do Brasil em Tel Aviv para uma “chamada de reprimenda” após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparar as ações do país na Faixa de Gaza ao extermínio sistemático promovido por Adolf Hitler, no qual 6 milhões de judeus foram assassinados.

“As palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e graves. Ninguém prejudicará o direito de Israel se defender. Ordenei ao pessoal do meu gabinete que convoque o embaixador brasileiro para uma chamada de reprimenda amanhã [segunda, 19] “, afirmou Katz.

Binyamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, também se manifestou na plataforma X, endossando a convocação. “As palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e graves. Isso torna trivial o Holocausto e prejudica o povo judeu e o direito de Israel de se defender. Comparar Israel ao Holocausto nazista e a Hitler é cruzar a linha vermelha”, disse.

No Brasil, a Conib (Confederação Israelita do Brasil) também condenou as declarações. “O governo brasileiro vem adotando uma postura desequilibrada em relação ao trágico conflito no Oriente Médio, abandonando a tradição de equilíbrio e busca de diálogo da política externa brasileira. A Conib pede mais uma vez moderação aos nossos dirigentes”, disse a entidade em comunicado.

Em nota, a Federação Israelita do Estado de São Paulo também lamentou a fala do presidente.

“Comparar a legítima defesa do Estado de Israel contra um grupo terrorista que não mede esforços para assassinar israelenses e judeus com a indústria da morte de Hitler é de uma maldade sem fim”, diz o comunicado.

Lula afirmou neste domingo que as ações militares de Israel na Faixa de Gaza configuram um genocídio e ainda fez um paralelo com o extermínio de judeus promovido por Adolf Hitler.

“Sabe, o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, afirmou o presidente.

As declarações foram feitas durante entrevista a jornalistas no hotel em que ficou hospedado em Adis Abeba, a capital da Etiópia. Lula cumpriu neste domingo o seu último dia de compromissos oficiais em sua viagem ao continente africano e embarcou de volta ao Brasil por volta de 13h no horário local (7h no horário de Brasília).

Na Etiópia, Lula discursou na sessão de abertura da cúpula da União Africana, teve eventos oficiais com o primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, e uma série de reuniões bilaterais com líderes do continente.

Folhapress

Governo Lula deve trabalhar contra candidatura de Elmar Nascimento na sucessão de Lira

O governo (PT) deve trabalhar contra a candidatura do deputado Elmar Nascimento (União-BA) para suceder Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara. O planalto quer evitar que o União Brasil se torne excessivamente poderoso em 2025.

Conforme o Blog do Noblat, estimativas dos apoiadores do governo dão conta de que o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) é amplamente favorito para vencer a eleição no Senado Federal. Nesse sentido, ter um partido controlando ambas as presidências do Congresso, especialmente um dos menos leais, teria repercussões catastróficas.


Integrante da comitiva de Lula tem princípio de surto e precisa ser contido pelo GSI

O presidente Lula no continente africano
Uma pessoa que integrou a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na viagem à Adis Abeba, na Etiópia, teve um princípio de surto e precisou ser contida por agente do GSI (Gabinete de Segurança Institucional).

O governo Lula informou apenas que não teve nenhum ministro ou pessoa próxima ao presidente com princípio de surto. Interlocutores apontam que se tratou de uma pessoa que não ocupa cargos de alto escalão em nenhum ministério.

Essa pessoa teria agredido verbalmente outro integrante da comitiva no hotel Skylight, onde o presidente e auxiliares se hospedaram. Por isso, ao se exaltar, foi contida por um agente do GSI até que se acalmasse.

O mandatário ainda estava no quarto do hotel no momento do acontecimento. Interlocutores apontam que essa pessoa não esteve em nenhum momento na mesma sala ou próxima do presidente durante a viagem.

Lula cumpriu normalmente os seus compromissos em seu último dia na capital etíope. Teve uma série de reuniões oficiais com presidentes do continente africano, em uma sala de conferência do hotel, e depois concedeu uma entrevista coletiva a jornalistas.

O mandatário embarcou de volta ao Brasil no início da tarde —início da manhã no horário de Brasília. O presidente brasileiro realizou uma viagem de cinco dias pelo continente africano. Na Etiópia, Lula discursou na sessão de abertura da cúpula da União Africana, teve eventos oficiais com o primeiro-ministro Abiy Ahmed e uma série de reuniões bilaterais com líderes do continente.

O presidente antes esteve no Cairo, onde se encontrou com o ditador egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, e também discursou na Liga Árabe, além de realizar turismo nas pirâmides, ao lado da primeira-dama.

Renato Machado/Folhapress
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Nova arma da Rússia contra satélites preocupa governo dos EUA

Quando a Rússia fez uma série de lançamentos secretos de satélites militares no começo de 2022, pouco antes de invadir a Ucrânia, autoridades de inteligência dos Estados Unidos começaram a investigar o que, exatamente, os russos estavam fazendo.

Mais tarde, as agências de espionagem descobriram que a Rússia estava trabalhando em um novo tipo de arma espacial que poderia ameaçar os milhares de satélites que mantêm o mundo conectado.

Nas últimas semanas, um novo aviso circulou pelas agências de espionagem dos EUA: outro lançamento pode estar em andamento, e a questão é se a Rússia planeja usá-lo para colocar uma arma nuclear no espaço —o que seria uma violação de um tratado com meio século de existência.

As agências estão divididas sobre a probabilidade de o presidente Vladimir Putin ir tão longe, mas, mesmo assim, o assunto é considerado uma preocupação urgente para o governo Biden.

Mesmo que a Rússia coloque uma arma nuclear em órbita, autoridades dos EUA concordam com a avaliação de que o equipamento não seria detonado. Em vez disso, permaneceria como uma bomba-relógio em órbita baixa, numa espécie de lembrete deixado por Putin de que, se for ainda mais pressionado com sanções ou oposição militar às suas ambições na Ucrânia, ele poderá destruir economias sem atingir humanos na Terra.

Apesar das incertezas, o secretário de Estado, Antony Blinken, levantou a possibilidade de um movimento nuclear russo com colegas da China e da Índia na sexta-feira (16) e neste sábado, à margem da Conferência de Segurança de Munique.

A mensagem de Blinken foi direta: qualquer detonação nuclear no espaço não atingia apenas os satélites americanos, mas também os de Pequim e os de Nova Déli.

Além disso, autoridades americanas e analistas dizem que os sistemas de comunicação globais falhariam, o que interromperia diversos serviços. Detritos da explosão se espalhariam por toda a órbita terrestre baixa e tornariam a navegação difícil, senão impossível, para tudo, desde satélites Starlink, usados para comunicações via internet até satélites espiões.

Como Putin deixa claro seu desprezo pelos Estados Unidos, Blinken disse que caberia aos líderes da China e da Índia —o dirigente Xi Jinping e o primeiro-ministro Narendra Modi— convencê-lo a recuar. Em comunicado divulgado no sábado, o Departamento de Estado disse que, nas reuniões, Blinken “enfatizou que a busca [da Rússia] por essa capacidade [militar] deve ser motivo de preocupação”.

“Ele continuará levantando isso em reuniões adicionais na Conferência de Segurança de Munique”, acrescentou o comunicado.

Não está claro o quanto Blinken compartilhou da inteligência americana sobre os testes de satélites russos de 2022 nos encontros com o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, ou com o da Índia, Subrahmanyam Jaishankar.

Algumas autoridades de inteligência se opuseram a compartilhar muitas informações sobre o que os EUA sabem porque os detalhes do programa russo permanecem altamente sigilosos. Mas outras argumentaram que Washington precisava compartilhar o suficiente para convencer a China e a Índia da seriedade da ameaça. Durante as reuniões de Munique, os dois homens teriam “absorvido” as informações, disseram autoridades, e Wang repetiu as declarações habituais da China sobre a importância do uso pacífico do espaço sideral.

“Depender de nosso maior adversário para transmitir mensagens a Moscou não é uma prática excelente, mas, neste caso, […] a China teria interesse em transmiti-las”, disse o deputado Michael Waltz, republicano da Flórida, que está no Comitê de Inteligência da Câmara, em email.

Blinken estava tentando replicar o que autoridades dos EUA acreditam ter sido uma série de advertências bem-sucedidas a Putin em outubro de 2022, quando houve séria preocupação em Washington de que a Rússia estivesse se preparando para usar uma arma nuclear tática na Ucrânia.

Putin recuou das ameaças, embora ainda não esteja claro sob quanta pressão ele estava, especialmente de Xi, que estreitou seus laços com Moscou.

Tanto os EUA quanto a União Soviética testaram brevemente armas nucleares no espaço antes da ratificação do Tratado do Espaço Sideral de 1967, que proíbe armas nucleares de qualquer tipo em órbita, bem como detonações nucleares no espaço.

Um teste feito em 1962 pelos EUA foi particularmente prejudicial. Explodindo a cerca de 400 quilômetros de altitude, o pulso eletromagnético destruiu eletrônicos no Havaí, interrompendo o serviço telefônico, e derrubando pelo menos meia dúzia de satélites em órbita, além de danificar outros.

Percebendo o quão prejudicial foi o teste, um ano depois os EUA e a União Soviética assinaram o Tratado de Proibição Parcial de Testes Nucleares, que proibia testes nucleares na atmosfera ou no espaço sideral.

Se Putin implantar a arma em órbita baixa da Terra, autoridades dos EUA temem que isso fará mais do que simplesmente violar o tratado de 1967. É um dos últimos tratados de controle de armas importantes ainda em vigor. Autoridades do governo Biden manifestaram preocupações de que, se a Rússia violar o tratado, outras nações —como a Coreia do Norte— possam seguir o exemplo.

Para Putin, lançar uma arma nuclear no espaço aumentaria sua crescente confrontação com os EUA e a Europa. Sua incapacidade de assumir o controle da Ucrânia, mesmo com um Exército muito maior, demonstrou os limites das forças convencionais da Rússia. Para as agências de inteligência americanas e europeias, isso o tornou mais dependente de armas nucleares e ciberataques, suas armas assimétricas mais potentes.

Publicamente, a Casa Branca descreveu a nova arma russa apenas como uma tecnologia antisatélite, sem fornecer detalhes. Mas as autoridades insistiram que ela não representa uma ameaça direta às populações humanas.

“Não estamos falando de uma arma que possa ser usada para atacar seres humanos ou causar destruição física aqui na Terra”, disse John Kirby, porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca.

Folhapress

Lula compara ação de Israel em Gaza à de Hitler contra judeus

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste domingo (18) que as operações militares israelenses na Faixa de Gaza configuram um genocídio e ainda fez um paralelo com o extermínio de judeus promovido por Adolf Hitler.

“Sabe, o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, afirmou o presidente.

As declarações foram dadas durante entrevista a jornalistas no hotel em que está hospedado em Adis Abeba, a capital da Etiópia.

Lula cumpre neste domingo o seu último dia de compromissos oficiais em sua viagem ao continente africano. Ele deveria retornar ao Brasil por volta de 13 horas no horário local (7 horas no horário de Brasília).

Na Etiópia, Lula discursou na sessão de abertura da cúpula da União Africana, teve eventos oficiais com o primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, e uma série de reuniões bilaterais com líderes do continente.

O presidente antes esteve no Cairo, onde se encontrou com o ditador egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, e também discursou na Liga Árabe, além de realizar turismo nas pirâmides, ao lado da primeira-dama Janja.

A situação na Faixa de Gaza foi o principal tema da viagem de cinco dias de Lula, primeiro ao Egito e depois a Adis Abeba. No entanto, o próprio presidente minimizou o seu poder de influenciar a situação para que as partes estabeleçam um cessar-fogo.

Ao lado do ditador egípcio Abdel Fattah al-Sisi, o presidente brasileiro voltou a criticar Israel pela resposta desproporcional após ser atacado pelo grupo terrorista Hamas.

“O Conselho de Segurança não pode fazer nada na guerra entre Israel e [o Hamas na] Faixa de Gaza. A única coisa que se pode fazer é pedir paz pela imprensa, mas me parece que Israel tem a primazia de não cumprir nenhuma decisão emanada da direção das Nações Unidas”, afirmou o presidente.

Neste sábado, ele teve encontro bilateral, às margens da cúpula da União Africana, com o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohammad Shtayyeh, no qual ouviu de seu interlocutor que a situação em Gaza configura um genocídio.

Durante o encontro, o primeiro-ministro teria agradecido a Lula por suas intervenções em favor de um cessar-fogo na Faixa de Gaza e também pela atuação do Brasil, que apoiou a denúncia da África do Sul à Corte Internacional de Justiça da ONU para apurar a acusação de que Israel comete genocídio em Gaza.

Shtayyeh também afirmou que a situação in loco é muito pior do que os números internacionais apontam. Além dos 30 mil mortos palestinos, afirmou que há 9 mil desaparecidos, sob os escombros de casas e prédios destruídos nos ataques israelenses.

Lula também teria condenado diretamente ao primeiro-ministro as ações Hamas.

Renato Machado/Folhapress

Morre motociclista vítima de acidente envolvendo viatura da PM em semáforo no centro de Ipiaú

O jovem Islan Moreira Novaes, de 21 anos, vítima de um grave acidente envolvendo uma viatura da PM e uma motocicleta, não resistiu aos ferimentos e faleceu no final da noite de sábado (17), durante uma intervenção cirúrgica no Hospital Geral Prado Valadares, na cidade de Jequié. A informação do óbito foi divulgada no perfil de uma rede social da distribuidora de bebidas, na qual o rapaz trabalhava. Islan sofreu traumatismo craniano.
O acidente aconteceu por volta das 17h deste sábado, no semáforo próximo a agência dos Correios, no centro de Ipiaú, quando a motocicleta conduzida por Islan colidiu na lateral de uma viatura da Polícia Militar que estaria se deslocando com urgência para averiguar uma denúncia de tentativa de homicídio no bairro ACM. No cruzamento os dois veículos se colidiram.
Familiares também confirmaram o óbito à reportagem do GIRO e afirmaram que Islan não teve culpa do acidente, que estaria trafegando corretamente com o sinal livre para ele. Os policiais que estavam na viatura não se feriram. As circunstâncias reais do acidente estão sob investigação. O motociclista era morador do Bairro Santa Rita e deixa uma filha de 04 anos. Ainda não há informações sobre velório e sepultamento da vítima. (Giro Ipiaú)
“Lamentamos muito essa enorme perda. Que todos nós, e em especial a família de Islan, possam encontrar paz e consolo nesse momento difícil. Fica aqui nossa homenagem a essa pessoa incrível. É sempre difícil encontrar as palavras certas nesses momentos”, destaca a empresa na nota divulgada nas redes sociais informando o falecimento do colaborador.

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