Não podemos viver em impasse de ‘Bolsonaro vai ser preso’, afirma ex-presidente

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar nesta quarta (21) os inquéritos dos quais é alvo e disse que o ato que convocou para o próximo domingo (25) terá poucos discursos.

“Não podemos continuar vivendo aqui naquele impasse. ‘Ah, o Bolsonaro vai ser preso amanhã. Pode ser preso a qualquer momento’. Qual crime eu cometi?”, disse ele. O ex-presidente concedeu entrevista a Esmael Morais, que se apresenta como um blogueiro de esquerda.

Sobre a manifestação de domingo, Bolsonaro afirmou na entrevista que será um ato pacífico e pedindo respeito à Constituição.

Também disse que poucas pessoas devem falar no evento. “A senhora Michelle [Bolsonaro] fazendo uma oração. Seria o governador Tarcísio [de Freitas] o próprio pastor Silas Malafaia e eu. A princípio apenas essas pessoas falarão. Qual o recado ali? Em defesa do Estado democrático de Direito, da nossa liberdade e um retrato para o Brasil e imagens para o mundo do que nós, de verde e amarelo, queremos: Deus, pátria, família e liberdade”.

Bolsonaro também disse que não vai responder a perguntas nesta quinta (22) em depoimento marcado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), porque seus advogados ainda não tiveram acesso aos autos da investigação sobre golpismo.

“Pelo processo legal, eu tenho que saber do que estou sendo acusado. Eu tenho que ter acesso ao processo”.

Na entrevista, ele se disse vítima de uma “perseguição sem tamanho” do governo Lula e de “outros setores”.

“Na transição, ninguém reclamou. Foi feita uma transição pacífica. No penúltimo dia, fui embora para os Estados Unidos. Resolvi não passar a faixa, é um direito meu. Não é porque [João] Figueiredo não passou a faixa para [José] Sarney lá atrás. É um direito meu. Não sou obrigado a fazer isso aí”.

Folhapress

Pressão do Centrão leva ministra da Saúde a exonerar secretário de Atenção Primária

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, decidiu exonerar nesta quarta-feira, 21, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Nésio Fernandes. Nésio era pressionado por líderes partidários e pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que estavam insatisfeitos com a distribuição de verbas da pasta. Segundo três fontes das Pasta ouvidas pela reportagem, a decisão será publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 22.

Médico sanitarista, Nésio Fernandes estava no cargo desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No Ministério da Saúde, ele foi o encarregado de gerenciar políticas relacionadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) e ao programa Mais Médicos.

Nesta terça, Nésio se reuniu com subordinados, de acordo com relato de servidores que participaram do encontro. Ele comunicou sua saída e explicou que a decisão foi da ministra. O secretário visitou três diferentes prédios da Pasta para avisar que estava deixando o cargo. O Estadão procurou a ministra Nísia Trindade, mas ela não quis se manifestar. Nésio não atendeu às ligações.

Nésio sofreu pressão de Lira antes de ser exonerado

A Secretaria de Atenção Básica, chefiada por Nésio, era alvo de descontentamento de líderes partidários na Câmara dos Deputados. No começo deste mês, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), formulou um requerimento de informações (RIC) destinado à ministra da Saúde questionando a pasta sobre os critérios para a distribuição de verbas para serviços de média e alta complexidade (MAC) e de pagamento de emendas parlamentares. O pedido de informações foi assinado por líderes de outros seis partidos: PDT, Republicanos, União Brasil, PSDB, Podemos e PL. É inusual que o presidente da Casa faça este tipo de questionamento.

Apesar do descontentamento dos parlamentares, o Ministério empenhou (isto é, reservou para pagamentos) o equivalente a 98% do valor total das emendas apresentadas: R$ 12,5 bilhões. A pasta também empenhou 91% do total das verbas remanescentes do Orçamento Secreto. No Ministério da Saúde, essas verbas somavam R$ 2,67 bilhões em 2023. A partir do requerimento de Lira, especialistas em Orçamento da Câmara e do Ministério da Saúde passaram a se reunir para rastrear o envio de verbas por parte da pasta.

Antes de chegar na pasta, Nésio foi o secretário de saúde do Espírito Santo, durante o primeiro mandato do governador capixada Renato Casagrande (PSB). Em março de 2022, ele foi eleito presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

Filiado ao PCdoB, Nésio tentou se eleger deputado estadual por Tocantins, mas teve apenas 3.619 votos (0,48% dos votos válidos) e não foi eleito.

Secretaria de Nésio aprovou encontro com dança erótica no Ministério da Saúde

Em novembro do ano passado, o Ministério da Saúde foi criticado após a repercussão de uma dança erótica em um evento do Ministério da Saúde que custou quase R$ 1 milhão aos cofres públicos.

Após a veiculação da gravação, Nísia demitiu o diretor de Prevenção e Promoção da Saúde, Andrey Roosewelt Chagas Lemos que, segundo a ministra, assumiu que esteve na produção do evento. Porém, todas as etapas do processo contaram com a aprovação de Nésio, que era o seu superior hierárquico.

O evento se chamava “Em Prosa – 1º Encontro de Mobilização da Promoção da Saúde no Brasil”, e ocorreu em Brasília nos dias 04 a 06 de outubro de 2023. Na agenda, uma dançarina fazendo uma performance de dança erótica no centro do palco ao som do hit Batcu, da drag queen Aretuza Lovi.

Gabriel de Sousa/André Shalders/Estadão

Câmara de Ipiaú vota nesta quinta-feira projetos que beneficiam professores e servidores do município

Na sessão ordinária que a Câmara Municipal realizará nesta quinta -feira , 22, a partir das 20 horas, os vereadores estarão deliberando sobre duas importantes matérias para os servidores públicos do município. Ambas são originárias do Poder Executivo Municipal e foram lidas na primeira sessão ordinária que a casa realizou neste semestre. A sessão será conduzida pelo Presidente da Câmara, vereador Robson Moreira.

Já com pareceres favoráveis das comissões de Finanças e de Justiça, presidas respectivamente pelos vereadores Claudio Nascimento e Andréia Novaes, constam da Ordem do Dia o Projeto de Lei 02/2024 que dispõe sobre a concessão do reajuste salarial aos servidores da administração direta, indireta, autárquica e funcional do município e o Projeto de Lei 03/2024, que concede reajuste de vencimento aos profissionais do magistério do município para o fim especifico de adequação ao piso salarial nacional.
Aos servidores da administração direta, indireta, autárquica e funcional, incluindo membros do Conselho Tutelar, fica concedido, a titulo de reposição e perdas salariais, o percentual de 4,62% (quatro virgula sessenta e dois por cento) de reajuste.

Esse reajuste contempla os integrantes do quadro efetivo e ocupantes de cargos em comissão, exceto aqueles que têm como teto o salário mínimo, os agentes comunitários de saúde e de combate a endemias, regidos pela Lei n° 2.400/2019 e os profissionais do Magist6rio Municipal amparados pela Lei 2.237/2016. O referido reajuste se estende aos subsídios dos secretários, prefeito e Vice-Prefeito. O percentual previsto deve ser pago ainda neste mês de fevereiro.

PROFISSIONAIS DO MAGISTERIO

Com a provável aprovação do Projeto de Lei ( PL) 03/2024, ficará autorizado aos profissionais integrantes do quadro do magistério a adequação salarial de vencimentos ao piso nacional, estimado de acordo com o valor mínimo nacional por aluno aprovado pelo Governo Federal para este ano de 2024, ou seja: R$ 2.290,28 para a jornada de 20 horas semanais, correspondendo ao valor do nivel e referencia iniciais da carreira e R$ 4.580,57 para a jornada de 40 horas semanais, também correspondendo ao valor do nível e referencia iniciais da carreira.

De conformidade com o PL03/2024, os valores retroativos correspondentes à diferença entre o valor pago e o valor do novo piso nacional de 2024, referente ao mês de janeiro/2024, serão pagos integralmente.
(José Américo Castro(ASCOM- Câmara Municipal de Ipiaú)

Lula deveria ouvir sobrevivente do 7/10, afirma chanceler israelense mundo

O ministro israelense das Relações Exteriores, Israel Katz
O ministro israelense das Relações Exteriores, Israel Katz, alfinetou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo quarto dia consecutivo, nesta quarta-feira (21), após o brasileiro comparar as ações militares de Tel Aviv na Faixa de Gaza ao genocídio cometido pelo regime de Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial.

O chanceler publicou um depoimento de Rafaela Treistman, 20, uma sobrevivente do massacre cometido pelo grupo terrorista Hamas em 7 de outubro, e escreveu que o presidente brasileiro deveria ouvi-lo.

“Presidente Lula, após a sua comparação entre a nossa guerra justa contra o Hamas e os atos desumanos de Hitler e dos nazistas, a Rafaela tem uma mensagem que o senhor deveria ouvir”, escreveu Israel Katz na plataforma X. Assim como nos dias anteriores, o ministro marcou o perfil de Lula na publicação.

Treistman estava na festa de música eletrônica que ocorria no deserto de Negev, a menos de seis quilômetros da Faixa de Gaza, no momento em que terroristas romperam barreiras e invadiram o sul de Israel. Ela era namorada de Ranani Glazer, um dos brasileiros mortos nos atentados.

A invasão teve início ao amanhecer, quando a rave foi interrompida pelo barulho de mísseis e seus organizadores pediram que o público fosse à procura de refúgio. Rafaela, Ranani e um amigo do casal foram para um bunker à beira da estrada. A instalação foi encontrada e atacada por terroristas.

“Rafaela sobreviveu, mas seu namorado Ranani Glazer foi brutalmente assassinado por terroristas do Hamas, juntamente com vários dos seus amigos”, escreveu o ministro Katz, em português, no post.

Trata-se de mais uma cobrança feita pelo chanceler ao brasileiro. Na véspera, Katz escreveu, também na plataforma X, que Lula deveria pedir desculpas. “Como ousa comparar Israel a Hitler?”, publicou o ministro.

Antes, na segunda (19), o chanceler declarou o líder petista “persona non grata” em Israel. No domingo (18), horas após Lula fazer a comparação de Gaza com o Holocausto, o ministro disse que o comentário havia sido “vergonhoso e grave”.

Na África, Lula afirmou que as ações militares de Israel na Faixa de Gaza configuram um genocídio e ainda fez um paralelo com o extermínio de judeus promovido por Hitler. “Sabe, o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse o petista.

A comparação de Lula abriu uma crise diplomática com o governo israelense. Em Brasília, o governo brasileiro avalia a possibilidade de expulsar o embaixador israelense Daniel Zonshine, o que representaria uma medida diplomática drástica, dependendo do próximo passo de Israel na escalada da crise.

“Israel vem me ajudando com todo o processo de cura, com todo o processo de medicação, tratamento e psicólogos. Eu recebo todo o apoio que eu preciso aqui. E me entristece muito saber que o país onde eu nasci, onde eu chamo de casa, se encontrada nessa situação. Numa situação onde o governo compara as atitudes de Israel com o Holocausto”, afirma Treistman, que é judia, em vídeo.

Ela acusa Lula de fazer comentários antissemitas e diz que o governo brasileiro, diferentemente do israelense, nunca entrou em contato com as vítimas do Hamas para oferecer apoio.

Folhapress

Evangélicos veem Lula mais distante e apontam erros em série após fala sobre Holocausto

Líderes evangélicos mais próximos ao governo avaliam que o presidente Lula (PT) tem cometido erros em série, o que cria barreiras à intenção do petista de se aproximar do segmento.

A avaliação foi feita após a declaração de Lula na qual comparou as ações de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto nazista. Os evangélicos apoiaram majoritariamente Jair Bolsonaro (PL) na corrida presidencial de 2022, segundo mostraram as pesquisas de opinião às vésperas da eleição.

O PT tem ciência dos entraves para reduzir resistências do segmento a Lula e tem focado em ações na área econômica e social para atrair evangélicos de baixa renda à base política do partido. Sobre a recente crise com Israel, integrantes do PT minimizam os impactos no relacionamento com esses eleitores.

O deputado Silas Câmara (Republicanos-AM), que até o início do ano estava à frente da bancada evangélica no Congresso, classificou a fala de Lula como um “erro gravíssimo” e mais um episódio que mostra a necessidade de o presidente deixar de falar de maneira improvisada.

Silas Câmara é visto pelo Palácio do Planalto como um interlocutor importante com os evangélicos, por ter atuado no ano passado para tentar contornar crises entre o governo e o setor.

“O Lula de hoje e o PT de hoje não acordaram para a realidade que o Brasil de hoje não é o de dez anos atrás. É um país dividido e todo erro que ele comete é potencializado em um milhão de vezes pelas redes sociais, que quem controla não é a esquerda, é a direita”, disse o deputado.

“Lula é político habilidoso e pode mudar muita coisa em relação à divisão do Brasil. Como? Ele não falando sem escrever [o discurso antes].”

Outros líderes evangélicos já criticaram a declaração de Lula nos últimos dias, como o presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP), e o deputado federal Cezinha de Madureira (PSD-SP), que também ocupa o posto de um dos principais interlocutores de Lula junto ao segmento evangélico.

Cezinha avalia que o presidente “errou feio” ao comparar a ação militar de Israel em Gaza ao Holocausto. Para Pereira, “a perda de vidas não pode servir como índice comparativo, como lamentavelmente fez o presidente ao citar o Holocausto”.

Nos bastidores, integrantes da bancada evangélica se dividem sobre a possibilidade de a crise servir para inflar a participação desse setor na manifestação convocada por Bolsonaro no próximo domingo (25), na avenida Paulista, em São Paulo.

Já aliados de Lula minimizam o impacto da fala. Para esses auxiliares, o segmento evangélico no Brasil é mais sensível a pautas de costumes, às quais o presidente tem evitado tratar nesse mandato.

No entanto líderes evangélicos apontam que o governo tem adotado medidas que tornam pouco propícia uma aproximação com o presidente, como a suspensão da isenção tributária a pastores.

Esse grupo lembra ainda da resolução do Conselho Nacional de Saúde que versa, entre outros temas, sobre a transição de gênero entre adolescentes. Por isso, falam em “erros em série” que dinamitam os esforços do governo de se aproximar do segmento.

Um deputado evangélico e aliado de Lula afirma, sob reserva, que as declarações de Lula sobre Israel atrapalham a relação com os evangélicos, mas que ela não fica comprometida por isso.

Ele diz que não é todo o segmento que se sentiu ofendido com a fala, mas sim os que são mais ligados a Israel, e que a mensagem que deve ser difundida é a de que Lula discursou pela paz e contra as injustiças.

Petistas e pessoas próximas ao presidente dizem que a fala não deve criar rusgas com o segmento. O argumento deles é que a crítica de Lula foi direcionada ao premiê Binyamin Netanyahu e que, na base evangélica, a discussão não deve encontrar terreno.

“O presidente se referiu ao governo da extrema direita, e não ao povo judeu nem israelense. Isso é uma tragédia o que estamos vendo”, disse a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann.

O líder do PT na Câmara, deputado Odair Cunha (PT-MG), traçou o mesmo cenário. “Na medida em que fica claro os crimes cometidos pelo governo de Israel, as pessoas vão compreender que o presidente Lula atacou Netanyahu, e isso não tem nada a ver com a relação de Lula com o povo de Israel”, afirmou.

Essa visão do PT, no entanto, é criticada por evangélicos, que afirmam que o partido não tem conseguido olhar para fora da sua base de esquerda.

A crise Lula-Israel deu munição à oposição e mobilizou aliados de Bolsonaro para um novo pedido de impeachment contra o presidente, mas líderes de bancadas no Congresso Nacional afirmam ser zero a chance de a ofensiva prosperar.

O deputado federal André Figueiredo (PDT-CE), que faz parte da base política de Lula, disse que o presidente agiu corretamente ao condenar os ataques ao povo palestino, mas que ele deveria moderar o discurso.

“É preciso falar sobre esse genocídio. Mas o presidente precisa ficar atento a esses discursos de improviso que geram desgastes. Mas não tem como ver isso como uma crítica aos evangélicos.”

Thiago Resende e Victoria Azevedo, Folhapress

Brasileira grávida de seis meses morre atropelada por carro na Irlanda

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Uma brasileira grávida morreu atropelada por um carro na última segunda-feira (19), na Irlanda.

Valeria Amorim, de 27 anos, caminhava com sua filha mais velha e a mãe quando foi atingida. O acidente aconteceu na rodovia Boa Island, no condado de Fermanagh, onde morava com a família. Ela estava grávida de seis meses e a bebê também morreu.

As outras duas pessoas atropeladas foram atendidas pelo Serviço de Ambulância e ficaram feridas, segundo a imprensa local.

A motorista, de 34 anos, foi presa e permanece sob custódia policial. Ela é acusada pela morte da mulher grávida, por direção perigosa e excesso de álcool. Além disso, a suspeita dirigia sem carteira de motorista.

Valéria e a família são de Anápolis (GO). ''Descanse nos braços do Pai, você e a neném Cloe estarão para sempre nos nosso corações'', escreveu a cunhada de Valéria nas redes sociais.

Leia Também: "Acordem, vamos morrer"; mãe atira filha pela janela durante incêndio
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Paulo Coelho rebate criticas de Tabata Amaral a Lula após comparação de ação de Israel ao Holocausto

O escritor Paulo Coelho usou as redes sociais para criticar os comentários da deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) com relação a comparação sobre os ataques de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele compartilhou no X (antigo Twitter) um vídeo do pronunciamento de um judeu filho de vítimas dos campos de concentração. “Entendeu, Tabata Amaral? Se não entendeu, leia as legendas”,começou ele.

No vídeo, o judeu reage contra o que chama de crimes do estado de Israel contra os palestinos. Ele conta que os pais tiveram em campo de concentração nos anos de 1930 e perderam vários parentes na época da Alemanha nazista.

“Não ficarei em silêncio quando Israel comentar seus crimes contra os palestinos. E considero que não há nada mais depreciável que usar o sofrimento e martírio deles para tentar justificar a tortura, a brutalização, a demolição de casas que Israel comete diariamente contra os palestinos”, diz parte do vídeo publicado por Paulo Coelho.

No domingo (18), durante uma coletiva de imprensa em Adis Abeba, na Etiópia, Lula falou que “o que está acontecendo em Gaza não aconteceu em nenhum outro momento histórico, só quando Hitler resolveu matar os judeus”. O presidente ainda disse que defendia a criação de um estado palestino e o conflito “não é uma guerra entre soldados e soldados, é uma guerra entre um Exército altamente preparado e mulheres e crianças. Não é uma guerra, é um genocídio”, completou. A fala repercutiu mundialmente e o presidente brasileiro chegou a ser declarado “persona non grata” por Israel.

Pré-candidata à prefeitura de São Paulo, Tabata afirmou que falas como de Lula “só alimentam com mais ódio essa tragédia e nos afastam de seu fim”, lamentou. “Comparar a guerra atual ao Holocausto, no qual 6 milhões de judeus foram sistematicamente assassinados pelo regime nazista, é errado e irresponsável. Precisamos sim de um cessar-fogo urgente na Palestina e da liberação dos reféns israelenses. O número de vítimas é inaceitável”, escreveu.

Jequie: Chesf anuncia vazão de 400 m³/s na Barragem da Pedra após aumento das chuvas na região

A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco - Eletrobras Chesf divulgou nesta quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024, comunicado informando o nível de água do Reservatório da Barragem da Pedra, localizada em Jequié-BA.  

Segundo a CHESF, devido às chuvas ocorridas na Bacia do Rio de Contas nos últimos dias, o Reservatório da Pedra registrou na data de ontem, 20/02/2024, uma afluência da ordem de 270 m3 /s e alcançou às 06h00 de hoje, 21/02/2024, a cota 222,61 m, com um armazenamento correspondente a 62,38 % do volume útil (V.U), sendo a curva de volume de espera estabelecida para o período 64%.

Tendo em vista a previsão de chuvas na bacia para os próximos dias e visando a manutenção de volume vazio para controle de cheia, as defluências do Reservatório da Pedra serão elevadas, gradualmente, com abertura de comporta, para o valor 400 m³/s, a partir da data de hoje, conforme programação a seguir, devendo permanecer neste valor até nova avaliação.

Desta forma, segue programação de defluência média diária do referido reservatório: Data Defluência da Pedra (m³/s) 21/02/2024 (quarta-feira) 100 22/02/2024 (quinta-feira) 180 23/02/2024 (sexta-feira) 400 Informamos que a vazão de restrição do Vale é de 800 m³/s.

A situação hidrológica está sendo permanentemente avaliada, podendo haver alterações nos valores ora praticados em função da evolução das chuvas e vazões na Bacia do Rio de Contas.

A programação de defluências da UHE Pedra também será informada através de mensagem SMS.

Para recebê-la é necessário realizar cadastro enviando SMS com a palavra PEDRA para o número 27569.

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PF e GAECO/MP-BA deflagram operação contra facção criminosa

Grupo atua no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro
Salvador/BA. A Polícia Federal, com o apoio do GAECO/MP-BA, deflagrou, na manhã desta quarta-feira (21/2), a Operação Kariri, que investiga organização criminosa envolvida em tráfico de entorpecentes e lavagem de dinheiro. A ação também contou com o apoio do CIPE Cerrado e 28ª CIPM do Comando Regional Meio Oeste.
Grupo atua no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro
A operação identificou uma família que se reestruturou na cidade de Feira de Santana/BA, após saída de Pernambuco, onde começou sua empreitada no plantio de cultivo ilícito de maconha.

As investigações tiveram início em 2019, sendo realizados um total de três flagrantes, nos quais foram apreendidos mais de uma tonelada da droga, além de roças de maconha erradicadas, sendo, assim, possível identificar o responsável pela organização e toda a cadeia de lavagem de capitais.

Todo lucro auferido pela organização criminosa era revertido em compra de bens imóveis de alto poder aquisitivo, beneficiando toda a família e seus parentes próximos que forneciam contas bancárias para tentar ocultar o rastreio do dinheiro pela Polícia Federal. Além disso, foram identificadas cinco fazendas pertencentes ao principal alvo da investigação, que estão em nome de terceiros.

No total, foram expedidos sete mandados de prisão e 20 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de contas bancárias e imóveis, que podem totalizar, aproximadamente, R$ 50 milhões, dentre eles, seis imóveis de alto padrão e cinco fazendas, localizados na Bahia e em Pernambuco.

Aproximadamente, 100 Policiais cumprem as ordens judiciais nas cidades de Salvador/BA, Feira de Santana/BA, América Dourada/BA, Morpará/BA, Ibititá/BA, Muquém do São Francisco/BA, Brasília/DF, Ibimirim/PE e São Paulo/SP.

Os envolvidos responderão pelos crimes de tráfico de entorpecentes, organização criminosa e Lavagem de Dinheiro.

Comunicação Social da Polícia Federal na Bahia

Lula recebe Antony Blinken no Planalto em meio à crise com Israel

Lula durante reunião com o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, no Palácio do Planalto
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne na manhã desta quarta-feira (21) com o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, no Palácio do Planalto.

O encontro ocorre em meio a crescentes discordâncias entre os dois governos sobre temas-chave da geopolítica atual, entre eles a ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza e a deriva autoritária de Nicolás Maduro na Venezuela.

Ao mesmo tempo, Blinken e Lula devem encontrar terreno comum em áreas como transição energética, direitos de trabalhadores e ações internacionais de combate à fome.

A expectativa de auxiliares palacianos é de que eles debatam temas ambientais, como o encontro das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas que acontecerá no Brasil, COP30. Não é praxe o chefe de Estado receber um chanceler, mas Lula o fez devido à importância de Blinken, segundo aliados.

O secretário de Estado desembarcou em Brasília na noite desta terça-feira (20). Depois do encontro com Lula, ele segue para o Rio de Janeiro, onde tem um compromisso com o ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) e participa da reunião de chanceleres do G20.

A chegada de Blinken a Brasília ocorre no momento em que o governo Lula ainda lida com a repercussão das declarações do petista na Etiópia, no domingo (18). Na ocasião, Lula comparou a ofensiva militar israelense em Gaza ao Holocausto na Segunda Guerra Mundial.

“Sabe, o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, afirmou o líder brasileiro.

A fala desencadeou uma crise com o governo de Israel, que declarou Lula “persona non grata” no país. Como resposta, o Itamaraty convocou o embaixador do Brasil em Tel Aviv para consultas.

Marianna Holanda/Folhapress

Rui Costa e Arthur Lira participam de reunião fora da agenda em Brasília

O ministro Rui Costa
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, se reuniu nesta terça-feira (20) com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em Brasília. O encontro ocorreu na residência oficial de Lira no início da tarde e não foi registrado nas agendas oficiais de ambos. O deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, também participou da discussão. A informação é do colunista Igor Gadelha, do site Metrópoles.

Membros do governo afirmam que Rui estava lá para “conversar” sobre as agendas de interesse do governo. O ministro da Casa Civil assumiu a interlocução com Lira após o deputado recusar o diálogo com Alexandre Padilha, ministro da articulação política.

Equipes da Defesa Civil e Secretarias Municipais prestam assistência às famílias afetadas pelas chuvas em Ipiaú

Na noite dessa terça-feira (20), uma equipe conjunta formada pela Defesa Civil, Secretaria de Assistência Social, Secretaria de Saúde e Secretaria de Infraestrutura realizou uma visita às áreas afetadas pelas chuvas recentes em Ipiaú. Lideradas pelos secretários Rebeca Câncio, Laryssa Dias e Railan Dias, juntamente com a equipe da Defesa Civil, as equipes estiveram presentes para escutar as necessidades das famílias e fornecer assistência.
Durante a visita noturna, as equipes percorreram os bairros e residências da cidade para avaliar os pontos de alagamento e identificar as famílias que necessitavam de apoio. A secretária Laryssa Dias enfatizou o comprometimento da gestão Maria das Graças em atender as demandas do município, destacando que “toda a equipe está empenhada em prestar assistência à população de Ipiaú”.

Além de oferecer suporte e acolhimento às famílias afetadas, as equipes também se dedicaram a realizar ações preventivas, buscando minimizar os impactos das chuvas e garantir a segurança dos moradores. A integração entre as secretarias e a Defesa Civil demonstra o compromisso da administração municipal em enfrentar os desafios causados pelas condições climáticas adversas

DECOM/PMI

Governo cogita expulsar embaixador de Israel no Brasil, diz colunista

Daniel Zonshine, embaixador de Israel
A possibilidade de expulsar o embaixador de Israel, Daniel Zonshine, do Brasil, tem sido cogitada pelo presidente Lula e seus principais assessores na crise com o referido país. A informação é da coluna de Malu Gaspar no jornal O Globo.

Embora considerada uma medida “drástica e indesejável” pelo Itamaraty, a medida teria sido discutida na segunda-feira (19) pelo presidente, com o assessor especial Celso Amorim, em uma ruenião no Palácio da Alvorada.

Ainda de acordo com a coluna, um integrante da cúpula do Ministério das Relações Exteriores e um auxiliar do Palácio da Alvorada teriam dito que a expulsão “é uma das opções à mesa”. Seria, ainda, a próxima reação possível no protocolo diplomático caso os conflitos se intensifiquem.

Segundo fontes do Itamaraty, a possibilidade da expulsão foi sugerida em linguagem diplomática ao próprio Zonshine na reunião entre ele e o chanceler Mauro Vieira, também na segunda-feira.

Política Livre

Investigado por tráfico e adulteração veicular é preso pela Polícia Civil

Uma motocicleta com chassi e motor adulterados e um revólver calibre 22, municiado, foram apreendidos com o suspeito.
Um homem, de 38 anos, investigado por adulteração veicular e envolvimento com o tráfico de drogas, foi preso em flagrante, na manhã desta terça-feira (20), com uma motocicleta com chassi e motor adulterados e um revólver calibre 32, municiado, por policiais da Delegacia Territorial (DT) de Iguaí.
O veículo estava estacionado na porta da casa do suspeito, localizada na Rua Fulgêncio Teixeira, no centro de Iguaí. Já a arma e as seis munições foram encontradas dentro da residência. “Ele alegou que comprou a moto, mas não verificou o documento. Já o revólver, disse que havia trocado por uma arma de pressão e que seria para sua defesa pessoal”, informou o titular da DT/Iguaí, delegado Shangai Ramos.

“Vamos apurar todas as informações passadas pelo suspeito, que foi autuado pelos crimes de adulteração de sinal identificador de veículo automotor e posse irregular de arma de fogo”, acrescentou o delegado. O homem foi submetido ao exame de lesão corporal e está à disposição da Justiça.

Fonte: Ascom PC

Polícia Civil prende líder religioso por estupro de vulnerável em Juazeiro

O suspeito foi preso quando o acusado compareceu ao Complexo Policial da cidade para um atendimento

A Polícia Civil, por meio da Delegacia Territorial (DT) de Juazeiro, cumpriu, nesta terça-feira (20), o mandado de prisão preventiva de um líder religioso acusado de estupro de vulnerável, cuja vítima foi um adolescente. A prisão ocorreu quando o homem compareceu ao Complexo Policial da cidade para passar por um atendimento.

As investigações tiveram início no dia 4 deste mês, quando um familiar da vítima comunicou o fato à unidade da Polícia Civil. Depois da coleta de depoimentos, exames periciais e outras diligências investigativas, foi solicitada ao Poder Judiciário a prisão – decretada logo em seguida.

A vítima irá passar por acompanhamento psicossocial. O autor foi submetido a exames periciais e foi encaminhado para uma unidade do sistema prisional, onde ficará à disposição da Justiça.

 

Bolsonaro tem novas derrotas no STF ao tentar afastar Moraes de inquérito e ser dispensado de ir à PF

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sofreu novas derrotas nesta terça-feira (20) em solicitações feitas ao STF (Supremo Tribunal Federal).

O ministro Alexandre de Moraes negou novamente um segundo pedido feito pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para ser dispensado do depoimento marcado para a próxima quinta (22), na PF (Polícia Federal).

Moraes afirmou que há qualquer motivo para adiar a data agendada para o interrogatório e que a defesa insiste nos mesmos argumentos já rejeitados em decisão anterior, “onde ficou absolutamente claro que o investigado teve acesso integral a todas as diligências efetivadas e provas juntadas aos autos”.

Em decisão anterior, Moraes tinha dito que não tem razão ao investigado ao afirmar que não foi garantido o acesso integral a todas as diligências efetivadas e provas juntadas aos autos, “bem como, não lhe compete escolher a data e horário de seu interrogatório”.

O ministro também escreveu, em sua decisão, que a Constituição Federal consagra o direito ao silêncio e o privilégio contra a autoincriminação, “mas não o direito de recusa prévia e genérica à observância de determinações legais ao investigado ou réu”.

“Ou seja, não lhes é permitido recusar prévia e genericamente a participar de atos procedimentais ou processuais futuros, que poderão ser estabelecidos legalmente dentro do devido processo legal”, afirmou.

Bolsonaro é alvo de investigação que apura a montagem de uma trama golpista em 2022 para mantê-lo no poder mesmo após a eleição do presidente Lula (PT).

Os advogados do ex-presidente afirmaram ao STF que ele optou por “não prestar depoimentos ou fornecer declarações adicionais” até que tenha acesso integral às mídias apreendidas nas apurações da PF. Também solicitou acesso à delação de Mauro Cid, que foi seu ajudante de ordens.

A defesa do ex-presidente disse que não abre mão, “por óbvio, de ser ouvido em momento posterior e oportuno”.

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, também rejeitou, nesta terça-feira, 192 pedidos que pediam a suspeição ou impedimento do ministro Moraes da relatoria das ações penais que apuram crimes relacionados aos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro de 2023.

Os pedidos foram feitos pelos réus acusados pelos ataques e também pelo ex-presidente Bolsonaro, que queria o afastamento do ministro da relatoria da Operação Tempus Veritatis, deflagrada há duas semanas.

As partes sustentaram que há incidência da causa, prevista no Código de Processo Penal, tendo em vista que Moraes afirmou, em entrevista ao jornal O Globo, que é vítima nos processos do 8 de janeiro.

Barroso disse que não foi demonstrada “minimamente, de forma clara, objetiva e específica, o interesse direto no feito por parte do ministro alegadamente impedido”.

“Para essa finalidade, não são suficientes as alegações genéricas e subjetivas, destituídas de embasamento jurídico”, disse.

“Além disso, os fatos narrados na petição inicial não caracterizam, minimamente, as situações legais que impossibilitam o exercício da jurisdição pela autoridade arguida”, alegou.

Constança Rezende/Folhapress

Líderes reclamam de privilégio de verba da Saúde para PT e veem influência de Padilha

Alexandre Padilha é o ministro das Relações Institucionais
A divisão de recursos do Ministério da Saúde tem sido apontada por líderes partidários como mais um episódio de desgaste na relação do governo com o Congresso. Além do mais, a partilha é usada pela cúpula da Câmara para pressionar o presidente Lula (PT) a promover mudanças na articulação política.

A Folha mostrou na segunda-feira (19) que o governo Lula privilegiou prefeitos e governadores aliados e do PT com verba extra liberada pela pasta para financiar ações em hospitais e ambulatórios em 2023.

Aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), veem influência do ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), nas decisões sobre a partilha dos recursos. Padilha é responsável pelas negociações com o Congresso e foi ministro da Saúde de Dilma Rousseff (PT).

Procurada, a SRI (Secretaria de Relações Institucionais) dis se que não faz indicações de verbas da Saúde. A pasta declarou que “apenas encaminha, dentro do diálogo permanente com estados, municípios e representantes da sociedade, os pleitos a ela apresentados para a análise técnica”.

Na lista de maiores beneficiados com o recurso extra também estão, entre outros, Araraquara, Diadema e Matão, municípios do interior de São Paulo comandados pelo PT.

“O envio desses recursos é reconhecimento do governo federal e do presidente Lula a respeito do trabalho que está sendo feito na cidade de Diadema”, disse Padilha no fim de outubro, segundo o site do PT paulista, ao anunciar a previsão de envio de dinheiro.

A verba saiu após pedidos por “reforços” para financiar atividades de média e alta complexidade, setor classificado pela sigla MAC por gestores do SUS.

O ministro Padilha chegou a gravar vídeo afirmando que a liberação de verba para Hortolândia foi feita por “decisão do presidente Lula”.

O município, comandado por Zezé Gomes (ex-PT, PL e atual Republicanos), recebeu R$ 50,7 milhões adicionais em novembro passado, cifra que ultrapassa os cerca de R$ 30 milhões previstos pela Saúde para a prefeitura.

“Quanto aos conteúdos postados nas redes sociais, em outubro do ano passado, o ministro Alexandre Padilha costuma dar visibilidade, em seus perfis, a diversos anúncios de programas e ações realizadas e apoiadas pelo governo federal”, disse a pasta das Relações Institucionais.

Essa preferência por aliados do PT gerou críticas de parlamentares que já contestavam a ausência de pagamentos a outras prefeituras no fim do ano passado pelo Ministério da Saúde –cerca de R$ 2,6 bilhões foram repassados na semana passada após reunião de Lira com o ministro Rui Costa (Casa Civil) e encontro do deputado com o presidente Lula.

Líderes da Câmara citam que a influência do PT no Ministério da Saúde se dá via decisões do secretário-executivo da pasta, Swedenberger Barbosa, e do assessor da SRI Mozart Sales. Barbosa foi o número 2 da Casa Civil na gestão de José Dirceu e deixou aquele cargo em 2005. Sales participou da criação do Mais Médicos e hoje cuida da gestão de emendas na área de saúde.

A cúpula da Câmara apresentou no início do mês um requerimento de informações assinado por Lira e líderes para que a ministra Nísia Trindade (Saúde) esclareça quais foram os critérios usados na liberação dos recursos apadrinhados por parlamentares.

Membros do centrão ouvidos pela Folha afirmam que isso tende a desgastar mais a relação do Legislativo com o Executivo. Eles dizem que muitos dos casos já eram tema de conversas reservadas desde o começo do ano, mas que agora aumenta a pressão para que o governo explique o que ocorreu.

Um cardeal do grupo diz que há falta de transparência nos critérios utilizados e que nem as assessorias técnicas dos parlamentares conseguem navegar pelo sistema da Saúde para acompanhamento da execução orçamentária.

Outra liderança do grupo afirma que essa situação expõe a própria ministra Nísia, que teve o cargo cobiçado pelo centrão ao longo do ano passado. E que esse problema teria sido evitado desde o começo se o governo tivesse cumprido com o acordado e realizado os pagamentos.

Integrantes do governo dizem que a verba extra foi direcionada a locais que não são redutos do centrão, o grupo que controla a maior parte das emendas parlamentares. Por essa lógica, afirmam que o repasse ajudou a equilibrar a partilha da verba da Saúde.

“Os recursos para alta e média complexidade não devem ser analisados de forma parcial, isolando certos tipos de parcelas e deixando de compreender uma análise global, já que quaisquer recortes isolados não refletem a realidade do financiamento federal total”, disse a Saúde.

O governo federal define anualmente o “teto MAC” de estados e municípios, verba usada para financiar parte das atividades de média e alta complexidade em saúde. O valor repassado a estados e municípios considera exames, cirurgias e atendimentos feitos em cada local, entre outros fatores.

Thiago Resende, Victoria Azevedo e Mateus Vargas/Folhapress

Rio transborda e água invade ruas e casas no distrito de Córrego de Pedras

O distrito de Córrego de Pedras, situado no município de Ipiaú, enfrenta sérios transtornos devido ao transbordamento do rio local, que invadiu ruas e residências, causando prejuízos significativos tanto para moradores quanto para estabelecimentos comerciais. As áreas mais afetadas são a rua principal e a Manoel Augusto, onde a água acumulou-se devido às intensas chuvas.

Conforme relatos obtidos pelo GIRO, a situação começou a se agravar no final da tarde de terça-feira, 20, após uma precipitação pluviométrica intensa. Moradores expressam preocupação com a necessidade urgente de limpeza do rio para melhorar o escoamento da água e minimizar os danos. Um deles ressaltou a importância de uma escavadeira hidráulica para auxiliar nesse processo.

Com a previsão de continuidade do período chuvoso ao longo da semana, a comunidade de Córrego de Pedras se mobiliza para lidar com as consequências do transbordamento. Em resposta à emergência, equipes da prefeitura de Ipiaú já se deslocaram para o distrito na manhã desta quarta-feira, visando prestar assistência e iniciar os trabalhos de limpeza e recuperação das áreas afetadas. (Giro Ipiaú)

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